sábado, 28 de setembro de 2019

Subsídios para a Escola Dominical - Incentivo Pastoral.

Incentivo pastoral como fator decisivo do crescimento da Escola Dominical 

A Escola Dominical desempenha papel de relevada importância na vida da Igreja. É inquestionável a sua contribuição na educação cristã, capaz de alcançar as mais variadas faixas etárias da membresia. A ED organizada e bem estruturada exerce grande influência na salvação e na formação do caráter cristão de seus alunos. Ela proporciona conhecimento das doutrinas bíblicas e aperfeiçoamento espiritual. O ensino é a mola principal da ED e sua eficácia depende da capacitação de seus professores e da frequência e assiduidade de seus alunos. E um fator decisivo na motivação daqueles que ensinam e recebem a instrução bíblica se processa por meio da atuação, participação, incentivo e exemplo demonstrados pelo pastor da Igreja.
O pastor é o líder espiritual vocacionado por Deus para apascentar o rebanho do Senhor. A defesa do verdadeiro evangelho e o ensino da doutrina bíblica constituem-se no propósito original da chamada ministerial: “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12).
Portanto, cabe ao pastor incentivar e motivar setores da Igreja que o possam auxiliar nesse mister. Sob esse aspecto, as atividades da ED merecem a atenção, o esmero e o cuidado pastoral. Uma ED de qualidade depende da participação e comprometimento pastoral. Portanto, as ações pastorais devem visar ao crescimento e à qualidade da ED.
Com esse propósito, ressaltamos abaixo alguns elementos fundamentais:
Valorização do Ensino: Não ensinar à Igreja equivale a deixá-la perecer. O pastor que não valoriza o ensino conduzirá um rebanho doente e suscetível a todo vento herético. Para motivar o ensino, é necessário despertar na igreja o desejo e a inclinação para aprender. Para alcançar esse propósito, é indispensável a realização de simpósios, seminários e conferências de educação cristã no âmbito da igreja local.
Os temas desses eventos devem ser essencialmente bíblicos e os preletores devem possuir notório conhecimento na área a ser abordada. O apelo, o incentivo e a motivação pastoral são fundamentais para o sucesso de tais atividades.
O pastor que preocupa-se apenas com a promoção de milagres e prosperidade torna-se responsável pelo ensino parcial das Escrituras e pelo desinteresse da igreja em aprender.A maior parte desses eventos não produzem arrependimento, confissão, regeneração ou santificação. Todo pastor que não tem apreço pelo conhecimento caminha pelo fanatismo religioso.
E esse comportamento é tanto reprovável como prejudicial à fé cristã. Na Igreja Primitiva, a direção era apontada pelo ensino contínuo da Palavra de Deus e as manifestações espirituais estavam sempre sujeitas ao ensino autorizado das Escrituras (1Tm 4.11, 6.2; 1Co 4.17; 2Ts 2.15).
Valorização da Escola Dominical: O pastor da Igreja deve enfatizar a importância da ED e priorizar suas atividades em todas as ocasiões possíveis. Ser o principal e maior motivador da educação cristã implica ações práticas e não evasivos discursos.
Ao pastor cabe a responsabilidade de ser aluno frequente, assíduo e pontual e assim servir de  exemplo ao rebanho. Ao pastor como administrador cabe prover a infraestrutura adequada para o bom funcionamento da ED. Salas de aula arejadas e equipadas, espaço para secretaria, recursos didáticos e pedagógicos entre outros demonstram interesse e preocupação pastoral com a ED.
Valorizar a ED também requer o estabelecimento de prioridade do ensino. Os horários preestabelecidos para as aulas não podem ser substituídos ou alterados em hipótese alguma.
Jamais a ED deve ser suspensa ou adiada para se promover ou priorizar outros eventos. O espaço da ED é sagrado e imexível.
Mesmo diante de outras atividades da igreja, o horário da ED deve manter-se inalterado.Enquanto o pastor manter a prioridade do estudo sistematizado e não autorizar a supressão ou adiamento das atividades de educação cristã, a membresia da igreja saberá valorizar o ensino e a importância da ED.
Valorização dos Professores: Outra preocupação do pastor incentivador da ED deve ser com a qualidade do ensino ministrado. A seleção de professores vocacionados e com unção para ministrar deve fazer parte do cuidado pastoral para com a educação cristã. Na escolha dos professores, é indispensável um prudente e atento exame da capacitação dos que são indicados. É imprescindível que os professores sejam idôneos e com reputação ilibada. Requer-se vida espiritual e bom testemunho, habilidade didática e pedagógica, conhecimentobíblico e teológico, comprometimento e responsabilidade, disposição e desejo de servir à causa do Mestre.
Para tanto, os cursos de capacitação e aperfeiçoamento para professores devem ser constantemente promovidos pelo pastor da Igreja. É preciso também possuir a mentalidade de que os recursos aplicados na qualificação dos professores são investimento para a melhoria e crescimento da ED. Ter ciência que o interesse dos alunos é despertado quando as lições são apresentadas com profundo conhecimento bíblico e didática adequada. Assim, o pastor não deve permitir improvisação no suprimento das necessidades das classes. E ainda deve exigir e fiscalizar avaliações periódicas do desempenho dos professores e do aproveitamento dos alunos.
Valorização do Material Didático: Para alcançar a excelência na educação cristã, seja no discipulado de novos membros, na educação infantil, bem como para educar adolescentes, jovens e adultos, a ED necessita observar o material didático e o currículo disponibilizado pela instituição oficial. Para que isto aconteça o pastor da Igreja deve destacar a importância e requerer o uso indispensável e obrigatório das revistas de aluno e periódicos que retratam a confissão de fé pentecostal adotada pelas Assembleias de Deus no Brasil. O uso do material apropriado facilita o processo ensino-aprendizagem e mantém a unidade doutrinária na Igreja.
Quando o pastor permite o uso de material didático diverso ao oficialmente disponível acaba promovendo um desserviço a ED.
Outros materiais que sistematizam o ensino bíblico, embora possuam qualidade teológica, não atendem a doutrina pentecostal professada pela Igreja.
Deste modo, é responsabilidade pastoral coibir possíveis atos de desprestígio ou desconsideração do material a disposição.
O pastor deve promover enaltecer e incentivar o uso do material apropriado. Com estação evita-se a introdução de heresias e previne-se os desvios doutrinários.
Percebe-se então, diante destas valorações o importantíssimo papel da ação pastoralpara o crescimento e o aumento do nível de qualidade da ED.
Ao promover a importância do ensino, ao priorizar a ED, ao reconhecer o valor dos professores e ao usar o currículo e material didático apropriado, o pastor da Igreja estimula e incentiva a membresia a frequentar a Escola Dominical. Por meio dessas ações, o pastor multiplica o número de alunos, resolve o problema de baixa frequência, elimina a evasão escolar e ainda cumpre sua função ministerial de capacitar e aperfeiçoar a Igreja.
Pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista é líder da Assembleia de Deus de Missão no Distrito Federal e do Conselho de Educação e Cultura da CGADB. Ele é graduado em Teologia, Pedagogia e Filosofia; especialista em Docência; mestre em Ciência das Religiões e doutor em Teologia.
Artigo publicado na Revista Ensinador Cristão, ano 18, ed69, jan/fev/mar de 2017

31ª Conferência de Escola Dominical da CPAD em Belém - PA - 31 de Outubro a 03 de Novembro 2019.

Vem aí 31ª Conferência de Escola Dominical da CPAD em Belém-PA 

Nos próximos dias 31 de outubro a 03 de novembro, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus realizará mais uma Conferência de Escola Dominical. Desta vez será a cidade de Belém do Pará que vai sediar este evento voltado para pastores, professores, superintendentes e alunos da Escola Dominical de todo o país.
O tema a ser abordado, “No princípio era a Palavra” João 1.1, será muito bem discursado em Plenárias, Seminários e Workshops, com os grandes nomes da Educação Cristã. Entre os preletores convidados para os eventos estão os pastores: Elienai Cabral, Claudionor de Andrade, Esequias Soares, Douglas Baptista, Alexandre Coelho, Eliezer Moraes, Claiton Pommerening, César Moisés, Esdras Bentho, Jamiel Lopes e Valmir Nascimento; as professoras Helena Figueiredo, Joany Bentes, Telma Bueno, Anita Oyaizu e Siléia Chiquini; e as psicólogas, Elaine Cruz e Valquíria Salinas.
O evento conta com a participação dos adoradores com selo CPAD Music, como Lília Paz e Marcelo Santos.
SERVIÇO:
Local: CENTRO DE EVENTOS PR. FRANCISCO ALVES RIBEIRO
End.: Passagem Sulei, 41 Ananindeua - PA
Como chegar: https://goo.gl/maps/VigFkymS25wiSFGY9
Dias: 31 de outubro a 03 de novembro de 2019
INSCRIÇÕES ABERTAS:
* Sem alimentaçãoInclui todo material do evento (crachá, pasta, bloco, apostila, caneta e certificado)
Parcelado em até 5X de R$ 25,00 ou R$ 125,00 (à vista)
* Com alimentação (almoço e jantar nos dias 01 e 02/11)Inclui todo material do evento (crachá, pasta, bloco, apostila, caneta e certificado)
Parcelado em até 6X de R$ 32,50 ou R$ 195,00 (à vista).
INFORMAÇÕES:
Tel.: (21) 2406-7400 / 2406-7352
WhatsApp: (21) 96453-1287 / 96452-2990
E-mail: eventos@cpad.com.br

3ª Conferência Nacional de Escola Dominical em Angola - Maio 2019.

3ª Conferência Nacional de Escola Dominical em Angola 

Quase seiscentos professores de Escola Dominical participaram da 3ª Conferência Nacional da Escola Dominical que ocorreu dos dias 14 a 18 de maio, na sede da Convenção Geral das Assembleias de Deus em Luanda, Angola. O tema geral foi “A Dimensão 3D da ED” e contou com a participação de delegados oriundos de 16 das 18 províncias de Angola, bem como palestrantes vindos do Brasil, representando a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), missionários americanos radicados em Angola e líderes eclesiásticos angolanos.
O Reverendo Francisco Domingos Sebastião, presidente da Convenção, manifestou gratidão aos esforços empreendido pela CPAD, na pessoa do seu Diretor Executivo, Ronaldo Rodrigues de Souza.
pr. cesarParticiparam como palestrantes o pastor César Moisés de Carvalho e a professora Telma Bueno, ambos da Gerência de Publicações da CPAD. O pastor César Moisés ministrou sobre: “O Perfil do Professor de ED Aprovado”, “Perfil do Superintendente de ED”, “Como utilizar o Currículo de ED da Editora CPAD”, “Marketing para a Escola Dominical”, abrindo espaço na sequência para perguntas dos participantes. “Essa é a minha segunda vez em Angola e a quarta no Continente Africano. Sinto-me satisfeito por contribuir de alguma forma com o povo angolano. A cada contato com os irmãos angolanos percebo o quanto quem não tem acesso aos recursos que temos, valorizam até mesmo as pequenas coisas que no Brasil desprezamos. Aprendendo mais na convivência com eles, do que eles me ouvindo”, afirmou o pastor César. 
telma
Para a professora Telma Bueno, a Conferência em Angola foi excelente, pois era visível o amor que a igreja angolana tem pela Escola Dominical. “Eles também têm um carinho especial pela CPAD e o nosso currículo. Nesta conferência dei três plenárias: “Psicologia do Desenvolvimento”, a “Igreja Saudável” e “Como trabalhar com o currículo CPAD”. Os temas foram sugeridos pela liderança local segundo as necessidades da igreja. Foi um tempo de ensino, aprendizagem, compartilhamento e de comunhão”, explicou Telma. 
Juntamente com os palestrantes, estavam representando a CPAD em Angola, o irmão Silvio Tomé, Gerente de Projetos (CPAD) e o pastor Alexander Costa.
Fonte: Informações extraídas de Filipe Campos Jr. da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal Maculusso.

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - Seja um Mordomo Fiel - Adultos.

Lição 13 - Seja um Mordomo Fiel 

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS
II – AS CARACTERÍSTICAS DO MORDOMO INFIEL
III – AS QUALIDADES DO MORDOMO FIEL

Elinaldo Renovato
A função de mordomo não é bem conhecida nos tempos presentes e no mundo ocidental. Em séculos passados, mesmo no Brasil, havia mordomos entre os nobres e ricos, mais notadamente no tempo do Império ou dos reinos, que dominaram o país. Mas essa figura, ligada à área da administração da nobreza, era bem conhecida nos tempos bíblicos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. No AT, Abraão, personagem de destaque na História de Israel, tinha um mordomo chamado Eliézer. Este gozava de tanta confiança que, além de cuidar de todos os seus bens, foi designado para buscar uma esposa para seu filho, Isaque, na terra longínqua de seus parentes. José, filho de Jacó, foi vendido para o Egito como escravo, e Deus fez dele governador daquele reino, e José teve mordomos a seu serviço. Reis e senhores sempre tiveram servos de muita confiança, a quem entregavam a administração de todos os seus bens. 
No Novo Testamento, nos tempos de Jesus, também havia mordomos a serviço de senhores ricos ou abastados. Na parábola da vinha, o mordomo é encarregado de fazer o pagamento aos trabalhadores (Mt 20.1-16). Na parábola do servo vigilante, ele é o “[...] mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos [...]” (Lc 12.42). Na parábola do mordomo infiel, ele é acusado de dissipar os bens de seu senhor (Lc 16.1-13). No livro de Atos, vemos a figura de um alto funcionário do reino da Etiópia, a quem Filipe, o evangelista, foi designado para falar o evangelho: “E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração” (At 8.27).
Em todos esses textos, vemos a figura do mordomo aplicada a todos os servos de Deus, a quem são dadas oportunidades e missões das mais importantes no Reino de Deus. Nos exemplos citados, podemos ver que só há dois tipos de mordomos que são tomados como exemplo para a vida cristã: os fiéis e os infiéis. Todos os mordomos são servos que cuidam dos interesses dos seus patrões ou soberanos. Na vida cristã, há servos a quem são confiadas funções de maior responsabilidade, como cuidar e prover para supervisionar e remunerar os seus conservos, como na parábola da vinha e na do mordomo fiel e prudente. Hoje, tais servos podem ser identificados na pessoa dos pastores, dos dirigentes de departamentos e de outros cargos de liderança. Haverá uma prestação de contas, na qual cada um dará contas do que fez ou não com a obra do seu Senhor: “Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12). 
De modo geral, na Igreja, todos os salvos são servos de Deus, tanto homens quanto mulheres. Não há distinção social, sexual ou racial: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28; Cl 3.11). Na comunidade cristã, os líderes não são “maiores” que os liderados. São servos a serviço dos servos de Deus. Cada crente em particular, mesmo que não tenha cargo eclesiástico ou ministerial, é servo de Deus. Foi chamado para ser salvo e para ser servo. Como tal, ele tem o dever de servir na casa do Senhor conforme a capacidade e as oportunidades que Deus conceder a ele. Seja como for, líder ou liderado, o salvo só é aprovado e recompensado por Deus se for um “servo” ou “mordomo fiel”. 
 Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - A Vinda do Senhor : a Nossa Suprema Esperança - Jovens.

Lição 13 - A Vinda do Senhor: a Nossa Suprema Esperança 

3º Trimestre de 2019
Introdução
I – Aqueles que zombam da vinda de Cristo;
II – A certeza da vinda de Jesus;
III – Preparando-se para a vinda do Senhor.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Saber quem são aqueles que zombam da vinda de Cristo;
Conscientizar sobre a certeza da vinda de Jesus;
Compreender a necessidade de estar preparado para o retorno do Senhor. 
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.

Pedro está chegando ao final da sua segunda epístola, e depois de ter advertido os crentes acerca dos falsos mestres e suas heresias, ele tem uma palavra de ânimo e de esperança firmada na certeza da volta de Jesus, pois foi o Senhor quem o prometeu. Se na sua primeira carta Pedro incentivou que os cristãos tivessem esperança no meio das provações, nesta segunda ele conclama a igreja a manter sempre viva a esperança futura, a despeito daqueles que desdenham da promessa de Cristo. Isso porque, o retorno do Filho de Deus em poder e grande glória é a nossa suprema esperança.
Despertando o ânimo sincero (3.1,2)
Antes de concluir sua segunda carta, Pedro deixa manifesto o propósito de suas duas epístolas: despertar o ânimo sincero dos crentes. O sentido desta frase é fazer acordar a mente e a compreensão dos seus leitores. Também pode ser entendido como um chamado para que os cristãos pensem naquilo que é importante, colocando a mente para trabalhar i. Afinal, mente desocupada é fábrica de maus pensamentos.
Novamente, o apóstolo está conclamando seus destinatários a se recordarem daquilo que lhes havia sido ensinado pelos santos profetas e pelos apóstolos do Senhor. Uma vez mais, Pedro mostra a harmonia entre o que fora dito pelos profetas e pelos apóstolos, entre o Antigo e o Novo Testamento. Logo, “o significado é bastante claro, e ressalta a conexão entre os profetas que pre¬nunciaram a verdade cristã, Cristo que a exemplificou, e os apóstolosque deram dela uma interpretação autorizada” ii.
Note que Pedro emprega o título integral, Senhor e Salvador. Ao combinar os dois títulos, o apóstolo está ensinando que a “soberania inclui a salvação”. Nas palavras de Michael Green: “Jesus não somente nos salva do passado (1:1-4), e é nosso Salvador no presente (2:20), mas também nos salva para o futuro. Negar a segunda vinda de Jesus é negar Jesus como Salvador” iii.
Escarnecedores da Vinda de Cristo
Os escarnecedores dos últimos dias (3.3)
Sabendo primeiro isto”, no verso 3, revela que o que Pedro tem a dizer a seguir é de importância fundamental. “Nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências”. Escarnecedores são aqueles que zombam, ridicularizam e manifestam desdém por aquilo que deveria ser tratado com reverência e seriedade. Eles são guiados por suas próprias paixões, e fazem cinismo das coisas sérias, posando com ar de superioridade. 
Estes zombadores faziam gracejos não somente com a demora na vinda de Jesus, mas principalmente com a promessa em si. Afinal, para o hedonista pouco importa o mundo futuro, o que vale é o aqui e o agora. Para o materialista, não existe nada no mundo além daquilo que pode ser visto e tocado. “Para os homens que nutrem uma crença na autodeterminação e perfectibilidade humanas, pois, a própria ideia de que somos dependentes e teremos que prestar contas é uma pílula amarga para engolir” iv
Pedro afirma que estes escarnecedores surgiriam nos últimos dias. Certamente, Pedro não está se referido a um futuro distante, mas algo que já estava ocorrendo naqueles dias. Cabe lembrar que "últimos dias" é uma expressão bíblica que alude ao período que começa com a ressurreição de Jesus e se estenderá até a sua volta, quando estabelecerá o seu Reino e julgará toda a humanidade. Os cristãos primitivos acreditavam piamente que o futuro havia começado, atestado pelo derramamento do Espírito, que também servia de garantia da futura consumação v.
Enquanto Jesus não voltar, diz as Escrituras, muitos rirão da verdade (1 Tm 4.1,2; 2 Tm 3.1-9), num tempo marcado pela multiplicação da iniquidade. Mas, a Bíblia também alerta para o fim dos escarnecedores: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). 
A indignação de Pedro era porque os hereges estavam zombando do ensino cristão da parousia, a promessa da vinda de Cristo. Eles questionavam acerca do seu cumprimento. Onde está a promessa da sua vinda? A pergunta maldosa queria dar a entender o seguinte: se Cristo não tinha vindo até aquele momento, Ele nunca mais o faria. Com isso, estavam dizendo que as palavras de Jesus não eram dignas de confiança (Mc 13.26,27; Lc 21.27; Jo 14.6). Tal postura observou Stanley Horton, é semelhante a dos impenitentes do Antigo Testamento que zombavam das advertências divinas acerca da iminência do julgamento de Judá e Jerusalém: “O Senhor não faz bem nem mal” (Sf 1.12) vi.
É preciso observar que os falsos doutores não se contentavam em viver de maneira ímpia, segundo suas concupiscência, eles também insistiam em zombar do cristianismo. Ainda hoje, estes escarnecedores riem de Deus, fazem deboche da igreja e menosprezam as coisas sagradas. Não raro, presenciamos grupos de humor que fazem piadas dos valores cristãos e manifestações públicas que ultrajam símbolos religiosos, muitas vezes sob título de arte. 
Não tem muito tempo, uma emissora de TV exibiu uma peça “humorística” chamada “Ônibus da fé”. O esquete mostrava passageiros “evangélicos” em um ponto de ônibus aguardando o transporte. Enquanto esperavam impacientemente o ônibus, os tais fiéis estereotipados reclamavam, oravam e até mesmo falavam em línguas estranhas. Passado algum tempo, um dos fiéis corre para avisar: “Ele está vindo!”. Enquanto os demais crentes comemoram, ele interrompe: “Não é o ônibus, é Jesus!”. A reação do grupo é de tristeza: “Mas esse aí volta o tempo todo, eu quero o 437”, reclama o líder dos “crentes”. 
A zombaria que a igreja enfrenta na atualidade era a mesma que Pedro presenciou em seus dias, diferenciando somente na forma. Diante desse tipo de ataque, somos naturalmente impelidos a revidar de maneira furiosa. Entretanto, não podemos nos esquecer do conselho que vimos na primeira carta, para respondermos aos descrentes com mansidão e temor (1 Pe 3.15).
O argumento falacioso (3.4)
Qual era o argumento ao qual os falsos mestres apelavam para justificar a descrença na volta de Cristo? Eles diziam: “Porque desde que os pais dormiram todas a coisas permanecem como desde o princípio da criação” (v.4). Na concepção dos falsários da fé, a história humana seguia uma continuidade permanente no tempo, sem espaço para mudanças miraculosas. O mundo é o mesmo desde que foi criado e, portanto, é impossível acreditarem em acontecimentos extraordinários, muito menos na Segunda Vinda de Cristo.
Os falsos mestres assumem declaradamente uma perspectiva naturalista e materialista do mundo, segundo a qual todas as coisas são julgadas e compreendidas a partir do que os olhos podem ver e as mãos podem tocar. Apesar de supostamente crerem em Deus, os falsos doutores eram movidos por premissas éticas e filosóficas que simplesmente anulavam a possibilidade da intervenção divina na história e na natureza. Se a religião é avaliada simplesmente a partir daquilo que o mundo demonstra, ou de acordo com a “comprovação científica”, então não sobra nenhum espaço para Deus.
Naturalismo e cristianismo são visões de mundo conflitantes. Enquanto o naturalismo começa com a suposição fundamental de que as forças da natureza sozinhas são suficientes para explicar tudo o que existe vii, a fé cristã declara que todas as coisas foram criadas por Deus e por Ele todas as coisas são sustentadas. Embora os escarnecedores afirmassem possuir um certo tipo de espiritualidade, no fundo o deus deles era a própria Natureza. É nesse sentido que Paulo escreve aos Romanos: “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.23-25).
Movidos pelo alerta de Pedro, devemos tomar todo o cuidado para não cairmos no engano de uma religião naturalista e anti-sobrenaturalista. Esse cuidado deve ser redobrado na presente época, na qual prolifera um tipo de descrença, não a descrença na religião (e nas igrejas), mas a descrença no Deus das Escrituras: pessoal, soberano e que se interessa pelo ser humano. Uma descrença prática que, a despeito de se afirmar crer em Deus, não acredita que Ele seja capaz de “manifestar o seu braço”, intervir na história e efetuar milagres em nossos dias. Eis a razão pela qual notamos um sem número de ateus práticos em nossas igrejas: creem com os lábios, mas descreem com o coração.
Ao menos do ponto de vista da experiência com o sagrado, a descrença religiosa e o ateísmo cristão talvez sejam mais perigosos que o ateísmo secularista, na medida em que, diante do conformismo e do tradicionalismo da religiosidade formal, impossibilitam a plena experiência com Deus e impedem, ao mesmo tempo, o retorno imediato à verdadeira espiritualidade. Mais cedo ou mais tarde é possível que o ateu reconheça a falibilidade de seus argumentos e de sua cosmovisão como um todo, sentindo a necessidade de voltar-se para Deus. Enquanto isso, aqueles que vivem nas águas gélidas da religião da descrença, apegados ao formalismo e vinculados a uma divindade distante; um Deus sem poder, dificilmente cairão em si e abandonarão a vida de falsa credulidade que estão acostumados. Com o passar do tempo a rotina da falsa credulidade retira o discernimento e a capacidade de vislumbrar o toque de Deus nas pequenas coisas da vida. E assim, o crente incrédulo torna-se incapaz de ver e reconhecer sua própria incredulidade. No fim das contas, a falsa espiritualidade é a pior das cegueiras. É a cegueira daquele que têm olhos, mas não vê (Is 43.8).
Gosto particularmente de olhar para Isaías 53, porque esta pequena porção das Escrituras nos fornece esperança em tempos de ateísmo crescente, religiosidade formal e incredulidade prática. O seu cumprimento profético de forma cabal em Cristo evidencia a veracidade das Escrituras e acima de tudo a fidelidade do próprio Deus. Encontramos esperança porque vemos, ainda hoje, a mão de Deus se manifestar em nosso meio. Ao contrário do deísmo, que acredita em uma divindade distante, que criou o universo e o abandonou à própria sorte, por meio de Cristo encontramos um Deus que intervém e se revela diariamente; é o Pai presente (Rm 8.15).
Inegavelmente, o braço do Senhor tem se manifestado no nosso tempo. A palavra para “braço” é ‘zeroa’ e indica o forte braço de Deus intervindo nas questões da humanidade, indicando a sua ação decisiva . Com efeito, a sua manifestação se dá mediante a sua provisão geral, para crentes e descrentes, mantendo a própria vida e suas condições, ou de modo específico para aqueles que o buscam e são alvos de sua graça salvadora.
O filósofo inglês Roger Scruton escreveu que Deus “tem uma relação íntima até com aqueles que o rejeitam. Assim como o esposo de um casamento sacramental, Deus é inevitável, ou evitável apenas por meio da criação de um vazio. Esse vazio se abre à nossa frente quando destruímos o rosto — não apenas o rosto humano, mas o rosto do mundo também. O vazio sem Deus é aquilo com quem nos defrontamos quando nossos ambientes perdem o rosto” . Desse modo, ainda que os ateus possam não o reconhecer, negando-lhe a existência, ou os falsos profetas não aceitem a sua intervenção, o braço de Deus é quem os sustenta. 
A Certeza da Vinda de Jesus
Ignorância deliberada (3.5-7)
Para refutar o argumento dos falsos mestres, Pedro inicia dizendo: “Eles voluntariamente ignoram isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste” (v.5). Como é possível perceber, antes mesmo de ofertar as razões da esperança da volta de Cristo, o apóstolo questiona o método enganoso utilizado pelos apóstatas, consistente na tática velada de propositadamente “esquecer”, desprezar uma informação ou questão importante. Os falsos profetas são conhecedores da verdade, mas de forma deliberada agem como se não soubessem. Como bem destacou Warren Wirsbe: “É espantoso como os chamados "pensadores" (cientistas, teólogos liberais, filósofos) são seletivos e se recusam, inten¬cionalmente, a considerar certos dados” x. Isso nada mais é do que falta de honestidade intelectual, o que é de se esperar de quem segue o curso do mundo e vive segundo suas paixões.
Sem dúvida, uma das estratégias das seitas e heresias é exatamente selecionar algumas partes das Escrituras e desprezar outras. Como é frequente, tomam passagens bíblicas isoladas e fora do seu contexto para fazer acreditar suas falsas doutrinas. O servo de Deus deve estar preparado para refutar este método interpretativo das Escrituras. Antes de atacar o conteúdo herético, é preciso demonstrar que os pressupostos e os métodos utilizados pelos ímpios são insustentáveis.
Assim, para desconstituir o argumento dos falsos doutores, Pedro vai questionar a premissa utilizada por eles – de que este é um mundo estável, imutável. Para tanto, o apóstolo recorre às evidências bíblicas e históricas. São elas: a criação do mundo pelo poder da Palavra de Deus e o julgamento diluviano (v.5,6). 
“Pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste”. Pedro está relembrando aos seus leitores acerca da história da criação contida no livro de Gênesis (1.9,10). Michael Green pondera que “a ênfase dada neste versículo ao fiat de Deus na criação é importante para Pedro em argumentar contra os falsos mestres que aparentemente sustentavam a auto-suficiência e imutabilidade da ordem natural” xi. Pelo contrário, diz Green, “o decurso da história é governado pelo Deus que é tanto Criador quanto Juiz do Seu mundo. As palavras são um protesto contra o antigo conceito epicurista de um concurso de átomos, e seu equivalente moderno, a teoria de uma evolução perpétua” xii.
O mesmo Deus que criou o mundo foi o mesmo que enviou o Dilúvio como julgamento sobre os habitantes da terra, como forma de punição pelo pecado. Ao comprovar a sua argumentação, infere-se do argumento de Pedro que, “se Deus é capaz de intervir no curso da história, Ele o fez no passado e pode fazê-lo outra vez. A vinda do Dia do Senhor, prometida pelos profetas e apóstolos e também por Jesus Cristo, é tão certa quanto foi a vinda do di¬lúvio no tempo de Noé e do fogo e enxofre para destruir Sodoma e Gomorra” xiii. Ao mesmo tempo em que comprovam a possibilidade da volta de Cristo, as palavras de Pedro também deixam entrever que Deus ainda haverá de julgar os homens ímpios, num claro alerta aos escarnecedores.
Ao utilizar as evidências históricas para confrontar os argumentos falaciosos, Pedro está demonstrando a importância desse recurso na apologética cristã, na defesa da nossa esperança e convicções. Alister McGrath afirmou que “esse recurso à história desfere um poderoso golpe nos argumentos, em geral feitos sobre bases frágeis, de que a religião cristã não passa de uma espécie de satisfação de desejos inconscientes” xiv. Com sua arguição, Pedro estava fazendo ruir o frágil edifício dos falsos mestres, ao mesmo tempo em que mostrava que aguardar a volta de Cristo não é uma ideia tola como supunham os acusadores da esperança Cristã.
Hoje, devemos fazer o mesmo quando somos confrontados pelas falsas religiões, ateus, agnósticos, céticos e todos aqueles que menosprezam a fé cristã. É preciso recorrer às evidências históricas, arqueológicas, científicas e racionais que confirmam nossas afirmações. Afinal, “o cristianismo é uma fé singularmente verificável, porque está baseada em fatos históricos que são claramente reconhecíveis e acessíveis a todos” xv.
No entanto, é preciso enfatizar neste ponto que não basta simplesmente confirmar a realidade histórica, é necessário também oferecer uma interpretação específica desses fatos. Uma apologética verdadeiramente piedosa oferece, além das evidências, deve dar a elas sentido, de modo tal que impacte a vida daqueles com quem dialogamos. É isso o que Pedro faz na sequência, ao sublinhar o valor da promessa divina. 
Deus não retarda a sua promessa (3.8,9)
Por isso, no verso 8, Pedro direciona uma palavra de ânimo e esperança aos amados irmãos. São três verdades bíblicas que todo crente deve guardar em seu coração. 
Primeiro, o tempo de Deus é diferente do nosso: um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia, disse Pedro certamente recordando o salmista (Sl 90.4). Sabiamente, Warren Wirsbe escreveu: “Deus pode realizar em um só dia aquilo que outros levariam um milênio para fazer! Ele espera para operar, mas uma vez que começa seu trabalho, ele o completa!” xvi.
Se o tempo de Deus é diferente do nosso, é bom confiar que o relógio dEle está batendo na medida exata, sem adiantar ou atrasar. O tempo de Deus é diferente do nosso, afinal Ele está fora do tempo. Nós, simplesmente mortais, nos sujeitamos ao relógio e corremos atrás dos minutos e das horas. Costumamos pensar, dizia C. S. Lewis, que todo o universo e até o próprio Deus passam do passado para o futuro, como nós fazemos. Mas, com toda a certeza Deus é atemporal, Ele está fora e além da linha do tempo. “A vida dele não consiste em momentos que são seguidos por outros momentos” xvii, e é por isso que “Deus não precisa se afobar no fluxo de tempo deste universo, assim como um escritor não precisa viver o tempo imaginário de seu romance” xviii.
Segundo, a promessa de Deus não está atrasada como muitos creem (v.9); o Eterno é soberano e trabalha de acordo com o calendário Dele. Ter fé implica confiar que Deus está conduzindo a curva da história da melhor maneira, não cabendo a nós duvidar ou questionar os seus desígnios. Pedro não questiona e muito menos especula sobre a data exata do Dia do Senhor. Afinal, Ele se lembrava da palavra de Jesus sobre este assunto: “Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Mt 24.36).
Existem duas posturas igualmente equivocadas sobre a volta de Jesus. Uma é não acreditar nela, a outra é acreditar e fazer uma previsão sobre o dia “exato” deste acontecimento. Ambas as posturas desonram o Evangelho, consistindo em heresias de perdição. É por esse motivo que devemos tomar cuidado tanto com a descrença quanto com o espiritualismo escatológico de homens que parecem saber mais sobre as últimas coisas que o profeta Daniel e o apóstolo João, que escreveu o Apocalipse. 
Com a veemência que lhe era peculiar, A. W. Tozer escreveu em seu livro Preparando-se para a volta de Jesus: “Reconheço que as profecias bíblicas são um campo fértil para seitas e farsas religiosas, e isso tem causado a queda de muitos no cristianismo. Heresias associadas às profecias das Escrituras, principalmente às de Apocalipse, afastam as pessoas da questão principal” xix. Isso porque, estes “especialistas escatológicos” se perdem em pormenores e gastam o tempo em trivialidades apocalípticas. Embora a Bíblia não nos informe a data exata da volta de Jesus, não devemos nos preocupar com isso. Como disse Tozer: “Não sei como será o amanhã. Ninguém sabe, nem mesmo os anjos sabem; somente o Pai que está no Céu. Portanto, não fiquemos desanimados porque nós, pessoas comuns, somos tão incapazes de prever o futuro quanto os grandes líderes mundiais” xx. Não precisamos saber o dia exato da Segunda Vinda, pois a intenção é estarmos sempre alertas, prontos para o grande dia. 
Terceiro, o Senhor é longânimo, e está dando oportunidade para que os pecadores se arrependam. Certamente, a afirmação de Pedro (não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (v.9) de modo algum está chancelando o universalismo, a ideia segundo a qual todos serão salvos ao final. Até porque, o verso é claro ao estabelecer a condição para a salvação: o arrependimento. 
A Bíblia diz com todas as letras que Deus deseja que todos os homens sejam salvos (1 Tm 2.4). Vale ressaltar que oportunidade universal da salvação está longe de ser uma reivindicação de salvação universal. Olson explica que “a morte de Cristo na cruz concedeu possibilidade de salvação a todos, mas ela é, de fato, concretizada quando os humanos a aceitam por intermédio do arrependimento e fé” xxi. O propósito da morte de Cristo na cruz foi proporcionar a salvação a toda a humanidade, mas sob a condição da fé em Cristo (Jo 3.16; 1 Tm 4.10). No que tange à extensão, Cristo entregou-se na cruz por toda a raça humana, e não apenas a um grupo seleto de eleitos (1 Jo 2.2). 
Na verdade, o fato da graça e misericórdia de Deus possibilitar mais tempo para as pessoas reconhecerem Cristo como Senhor e Salvador, aponta para a necessidade da pregação do evangelho pela igreja. Segundo Simon Kistemaker, “Não é o pecado humano, mas a longanimidade divina, que não pode ser compelida, que determina a demora. É o Deus soberano que graciosamente concede mais tempo para o arrependimento” xxii.
Preparando-se para a Vinda do Senhor
O alerta (3.10-13)
Pedro diz no verso 10: “Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão”. Pedro está chamando atenção para a forma repentina que será a vinda de Jesus. Pedro está se lembrando das palavras do Senhor no Sermão do Monte quando promete voltar como um ladrão de noite (Mt 24.43). Diz Michael Green: “A parusia será tão repentina, tão inesperada, tão desastrosa para os despreparados, como um arrombamento noturno” xxiii.
Podemos não saber o dia, a hora ou o ano da volta de Cristo, mas uma coisa temos a completa certeza. O Dia do Senhor virá! Esta convicção é nossa suprema e bem-aventurada esperança. Embora não saibamos ao certo os detalhes da afirmação de Pedro sobre este acontecimento glorioso, temos a certeza de que: 
Os crentes esperam ansiosamente o fim da terra somente porque isto significa o cumprimento de outra das promessas de Deus - sua criação de novos céus e nova terra. O objetivo de Deus para as pessoas não é a destruição, mas a recriação; não é a aniquilação, mas a renovação. Deus irá purificar os céus e a terra com o fogo; a seguir. Ele irá criá-los novamente. Todos os crentes podem alegremente esperar pela restauração do bom mundo de Deus (Rm 8.21). Em uma bela descrição dos novos céus e da nova terra, os crentes têm a segurança de que será um mundo em que habita a justiça, porque o próprio Deus viverá entre o seu povo (veja Ap 21.1-4,22-27) xxiv.
Aguardar a volta de Cristo não é uma atitude de mera passividade. Tal expectativa requer uma postura vigilante e santa (ver Rm 13.11-14; 2 Co 5.1-11; Fp 3.17-21; 1 Ts 5.1-11; Tt 2.11-15; 1 Jo 2.28,29). Enquanto ansiamos os novos céus e a nova terra, somos instados a viver neste mundo imaculados e irrepreensíveis (vv.13,14). Isso porque, “o imperativo moral segue o indicativo escatológico” xxv. Em outras palavras, o modo como encaramos o porvir molda a nossa forma de viver o presente.
Fica evidente o contraste entre os crentes que aguardam a volta de Jesus, e os ímpios que desdenham do seu retorno glorioso. Enquanto os cristãos são aconselhados a viverem de maneira santa e piedosa, os ímpios são ensinados a procederem de modo imoral. Isso demonstra que as crenças de uma pessoa acerca das coisas futuras definem o modo como ela vive nesta terra. Aqueles que não acreditam em julgamento e vida futura vivem com base no lema "aproveite o momento". Enquanto isso, aqueles que acreditam que devem prestar contas ao Criador, o qual julgará todo ser humano, vivem a vida presente em santidade e temor a Deus; é uma vida feliz segundo o propósito de Deus.
Pedro diz que devemos aguardar e apressarmo-nos para a vinda do Dia de Deus (v.12). Ou seja, temos expectativa, mas também temos pressa. Esperamos, mas também anelamos. Essas palavras correspondem à antiga oração que a igreja vem fa¬zendo desde o primeiro século a promessa de Cristo: Maranata, “Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
Como disse A. W. Tozer: “O propósito das profecias bíblicas não é alarmar-nos, e sim nos alertar para estarmos prontos para o segundo advento de Jesus – importante verdade bíblica que consola e encoraja os cristãos. Essa é a origem da expressão bem-aventurada esperança (Tt 2.13). Em um mundo repleto de incertezas, o consolo dos cristãos é a bem-aventurada esperança de que o Filho de Deus em breve voltará” xxvi
Esta esperança é suprema porque é o cerne da fé e da mensagem cristã. Embora vivemos esperançosos com aquilo que Deus faz conosco hoje, mais ainda esperamos no que Ele tem nos reservado para o futuro.
A nossa responsabilidade (3.14)
Seguindo seu raciocínio, Pedro conclama sua audiência a aguardar o cumprimento profético, ao mesmo tempo em que devem ser achados imaculados e irrepreensíveis em paz (v.14). Diferentemente dos falsos mestres que eram “nódoas e máculas” (2.13), os cristãos devem seguir o exemplo do Senhor Jesus que era “sem defeito e sem mácula”.
Uma vez mais Pedro deixa transparecer em sua carta a responsabilidade do cristão em relação a sua chamada e vida espiritual. A respeito dessa passagem, Roger Stronstad escreve: "Existe uma óbvia impressão de responsabilidade humana fluindo através das cartas de Pedro. Embora Deus seja aquEle que faz preciosas promessas, e embora recebamos seu divino poder e chamada, a responsabilidade é acrescentada ao elemento divino. Uma vida moral e ética não se adquire instantaneamente após a conversão, antes, é um modo de vida consistente e cotidiano alcançado gradualmente" xxvii.
Mas não somente isso, enquanto aguardamos, vivemos em paz. Mesmo vivendo em um mundo agitado e violento, a nossa suprema esperança guarda os nossos corações com uma paz que excede todo o entendimento.
Saudação final (3.15-18)
Pedro conclui sua segunda carta enfatizando longanimidade de Cristo, e a importância de se compreender as palavras do apóstolo Paulo, apesar de alguns pontos difíceis. Admoesta os crentes a se precaverem contra o engano dos homens abomináveis. Para tanto, diz para crescerem na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 
Estes são os conselhos que sintetizam as duas cartas do apóstolo. Para estarmos firmes na verdade é preciso crescer na graça e no conhecimento, isto é, precisamos nos desenvolver espiritual e intelectualmente. “O conhecimento de Cristo e o conhecimento através de Cristo, se andarem juntos, são a proteção contra a heresia e a apostasia e também são o meio para o crescimento na graça. Em resumo, Pedro exorta os crentes a se tomarem mais como o Mestre, demonstrando as características de Cristo em suas vidas” xxviii.
Mas, sobretudo, é preciso que seja dada glória e honra ao Senhor Jesus, hoje e eternamente. Amém!
Notas e referências do Capítulo 13
*Adquira o livro do trimestre. NASCIMENTO, Valmir. A Razão da Nossa Esperança: Alegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

i KISTEMAKER, 2006, p. 431.
ii GREEN, 1983, p. 119.
iii GREEN, 1983, p. 120.
iv GREEN, 1983, p. 122. 
v FEE, Gordon. Paulo: O Espírito e o povo de Deus. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 11.
vi HORTON, 2012, p. 102.
vii COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E agora como viveremos. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p. 76.
viii  PRICE, Ross E. e outros. Comentário Bíblico Beacon - Vol. 4 Isaías a Daniel. Rio de Janeiro: CPAD, p. 162.
ix SCRUTON, Roger. O rosto de Deus. São Paulo: É Realizações, 2015, p. 17–18.
x WIRSBE, 2007, p. 598.
xi GREEN, 1983, p. 125.
xii Idem.
xiii  WIRSBE, 2007, p. 599.
xiv MCGRATH, Alister. Apologética pura e simples. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 59.
xv  GEISLER; MEISTER, 2013, p. 33.
xvi WIRSBE, 2007, p. 599.
xvii  LEWIS, 2005, p. 223.
xviii  Idem.
xix  TOZER, A. W. Preparando-se para a volta de Jesus. Rio de Janeiro: Graça Editorial, 2018, p. 14.
xx  TOZER, 2018, p. 17.
xxi  OLSON, 2013, p. 289.
xxii  KISTEMAKER, 2006, p. 447.
xxiii GREEN, 1983, p. 131.
xxiv  Comentário do Novo Testamento de Aplicação Pessoal, Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 758.
xxv  GREEN, 1983, p. 133.
xxvi TOZER, 2018, p. 14.
xxvii ARRINGTON; STRONSTAD, 2015, p. 3.
xxviii KISTEMAKER, 2006, p. 466.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - Diga Não à Corrupção - Juvenis.

Lição 13 - Diga Não à Corrupção! 

3º Trimestre de 2019
“E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós, que faremos? E Ele lhes disse: A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo”  (Lc 3.14).
OBJETIVOS
Conscientizar os alunos sobre os males da corrupção;
Destacar que a Bíblia condena a corrupção;
Defender a necessidade de ser um cidadão “ficha limpa”.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A CORRUPÇÃO É COMO UM CÂNCER PARA A SOCIEDADE
2. AS ESCRITURAS CONDENAM A CORRUPÇÃO
3. SEJA UM CIDADÃO FICHA LIMPA
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos fechar o trimestre com “chave de ouro” falando a respeito de um tema atual e crucial a ser debatido e combatido para que tenhamos uma melhor sociedade: corrupção. 
Somos rápidos ao condenar a corrupção alheia e tardios para reconhecer as nossas próprias. Já dizia Jesus:
“[...] por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho?  Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus 7.3-5).
Oh, como necessitamos nos enxergar, individualmente, assim como coletivamente, enquanto Igreja brasileira. Tal como o Senhor disse à igreja de Laodicéia, que se achava superior aos demais, contudo, seu problema era ainda mais grave, pois nem mesmo era capaz de ser enxergado. 
“Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu), aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Apocalipse 3.17-19).
Não podemos disfarçar o combate ao pecado, de juízos, discursos, sentimentos ou ações contra o pecador. Cada um de nós precisa enxergar e corrigir as próprias falhas. Questionarmos a nós mesmos: Em quais pequenos delitos eu tenho caído? Eu critico a corrupção e pequenos delitos dos outros, mas será que não tenho os meus? O que preciso corrigir para ser mais ético (a), mais parecido (a) com Jesus Cristo?
Além de todo conteúdo programático, plano de aula, e sugestões de dinâmicas disponíveis em sua revista, propomos que ao final da aula você conduza os seus juvenis a esta reflexão e autoanálise. Peça que leiam os versículos aqui transcritos e por alguns minutos curvem suas cabeças refletindo sobre suas posturas e condutas. Em seguida, ore com eles, pedindo que o Espírito Santo convença do pecado da justiça e do juízo e nos limpe de todo pecado; que nos ajude a sermos mais éticos e parecidos com Jesus.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - A Minha Missão no Mundo - Pré Adolescentes.

Lição 13 - A Minha Missão no Mundo 

3º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 5.13-16; Marcos 16.15,20. 
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana, seus alunos serão conscientizados a respeito da missão que o Senhor nos chamou: pregar a Palavra de Deus. É importante que os pré-adolescentes entendam as razões pelas quais devemos realizar o trabalho evangelístico. Não basta apenas ensiná-los que é um dever realizar este trabalho, é preciso destacar que é um privilégio para cada um de nós sermos participantes da mais bela missão que alguém possa receber que é agregar almas para o Reino de Deus.
Um fato importante que deve ser considerado por professores e superintendentes da Escola Dominical é a importância de se identificar o que o aluno sabe a respeito do assunto abordado. Seus alunos precisam compreender o que é a salvação, de qual perigo estão sendo salvos e por que a salvação só é possível por intermédio de Jesus Cristo. São perguntas pertinentes que devem fazer parte da discussão em sala de aula. É importante que seus alunos entendam como se dá o processo e não apenas reproduzir as informações em sala de aula.
Se a classe de pré-adolescentes compreender a importância de estar na presença de Deus e o quanto são preciosos para Ele, então, sentirão o desejo de ajudar outros a alcançar a mesma salvação.
Neste caso para que os seus alunos despertem o interesse pela missão evangelística é necessário que a proposta seja apresentada por meio de estratégias que se utilizam de uma linguagem acessível e constituída de elementos da realidade de seus alunos. Geralmente, pré-adolescentes são facilmente influenciados e isso pode gerar uma via de comunicação que influencie outros da mesma idade.
Jesus utiliza a figura do sal e da luz para ilustrar como se dá essa influência dos crentes na sociedade:
“Se um tempero não tiver sabor, não fará diferença. Se os cristãos não fizerem um esforço para influenciar o mundo ao seu redor, serão de pouco valor para Deus. Se formos semelhantes ao mundo, não teremos importância. Os valores cristãos não devem ser misturados com os mundanos, a fim de que influenciemos as outras pessoas positivamente, da mesma maneira que o tempero na comida ressalta o melhor sabor.
Será possível esconder uma cidade no topo de uma montanha? Não, de noite, sua luz pode ser vista a quilômetros de distância.
Se vivermos para Cristo, brilharemos como luzes e mostraremos aos outros como Cristo realmente é. Mas esconderemos nossa luz: (1) se ficarmos quietos, quando deveríamos falar; (2) se juntarmo-nos à multidão; (3) se negarmos a luz; (4) se deixarmos que o pecado escureça a luz que há em nós; (5) se não explicarmos aos outros sobre a origem de nossa luz; (6) se ignorarmos as necessidades dos outros. Seja um farol da verdade, não oculte a luz de Cristo ao restante do mundo!” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1224).
Converse com seus alunos a respeito da importância de serem sal e luz para o mundo. Aproveite para agendar com os alunos um momento para evangelizarem após a Escola Dominical. Prepare uma lista com o nome de cada aluno que tem faltado à aula. Peça seus alunos que orem pelos ausentes e marque com a turma uma visita à casa deles.

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - Jesus Morreu, Ressuscitou e Subiu ao Céu - Juniores.

Lição 13 - Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao Céu 

3º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Mateus 27.11 — 28.20; Atos 1.6-11.
Prezado(a) Professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito da morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Este é o episódio mais importante da história de Jesus, tendo em vista que para este momento Ele veio ao mundo. Sua missão, desde o principio, era morrer na cruz e se tornar a causa da salvação de todo aquele que crê em seu testemunho (cf. Hb 5.9).
A morte de Cristo trouxe resultados relevantes para o nosso relacionamento com Deus. O primeiro que podemos citar diz respeito à reconciliação da humanidade com o Criador. Em Cristo, Deus estava reconciliando o homem consigo mesmo (cf. 2 Co 5.18,19). Em segundo lugar, sua morte também nos fez justos diante do Pai. Aquilo que era impossível acontecer, isto é, que os homens cumprissem a justiça de Deus de forma integral, tornou-se possível por intermédio da justiça de Cristo. O sacrifício de Jesus sobre a cruz do Calvário satisfez a justiça de Deus. Desde então, Deus atribui a justiça de Cristo à todo aquele que crer na obra redentora de Cristo sobre a cruz (cf. Rm 5.1,2).
Em terceiro lugar, a morte de Cristo nos garantiu salvação eterna e vitória sobre o pecado. O que era impossível para a humanidade, ou seja, pagar a dívida resultante do pecado, Cristo a pagou em nosso lugar. E nos vivificou juntamente com Ele, perdoando-nos todas as ofensas, e riscou a cédula que era contra nós, cravando-a na cruz (cf. Cl 2.14).
Há outros aspectos acerca da ressurreição de Cristo que devem ser considerados:
“A ressurreição de Jesus Cristo é uma das verdades essenciais do evangelho (1 Co 15.1-8). Qual a importância da ressurreição de Cristo para os que nEle creem? (1) Ela comprova que Ele é o Filho de Deus (Jo 10.17,18; Rm 1.4). (2) Garante a eficácia da sua morte redentora (Rm 6.4; 1 Co 15.17). (3) Confirma a verdade das Escrituras (Sl 16.10; Lc 24.44-47; At 2.31). (4) É prova do juízo futuro dos ímpios (At 17.30,31). (5) É o fundamento pelo qual Cristo concede o Espírito Santo e a vida espiritual ao seu povo (Jo 20.22; Rm 5.10; 1 Co 15.45), e a base do seu ministério celestial de intercessão pelo crente (Hb 7.23-28). (6) Garante ao crente a sua futura herança  celestial (1 Pe 1.3,4) e sua ressurreição ou transformação quando o Senhor vier (ver Jo 14.3 nota; 1 Ts 4.14ss). (7) Ela põe à disposição do crente, na sua vida diária, a presença de Cristo e o seu poder sobre o pecado (Gl 2.20; Ef 1.18-20; Rm 5.10)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1451).
É indispensável que seus alunos aprendam desde cedo a respeito da esperança da salvação que temos em Cristo. Para tanto, sugerimos a seguinte atividade: 
“Sente-se com seus alunos em círculo no chão da classe. Depois faça a seguinte indagação: ‘o que são doutrinas?’ Ouça os alunos e explique que doutrina significa ensino. Em seguida, passe a caixinha com as seguintes palavras: pecado, amor de Deus, perdão, graça, Jesus, vida eterna.
Peça que um aluno retire um papel da caixa. Ele terá que ler a palavra em voz baixa. Em seguida, terá que fazer uma mímica relacionada com a palavra para que os colegas descubram. Conclua explicando que precisamos de salvação porque somos pecadores (Rm 3.23). Mas Deus nos ama muito (Jo 3.16). O amor de Deus por nós é tão grande que Ele enviou Jesus, seu único Filho para morrer por nós e nos dar a vida eterna. A salvação é pela graça, ou seja, um favor de Deus que não merecíamos (Ef 2.8,9). Explique que a salvação é um dom, ou melhor, um presente que o Senhor nos oferece (Rm 5.21). Este presente é recebido mediante a nossa fé. Professor, aproveite a oportunidade e pergunte se alguém gostaria de receber este presente de Deus e entregar sua vida a Jesus” (BUENO, Telma. Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 58).   

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - Um Novo Líder para o Povo de Deus - Primários.

Lição 13 - Um Novo Líder para o Povo de Deus 

3º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que a desobediência a Deus tem consequências ruins.
Ponto Central: Deus fica contente com as pessoas que o obedecem.
Memória em ação: “[...] Se obedecermos ao Senhor, tudo correrá bem [...]” (Jr 42.6).
Querido (a) professor (a), no próximo domingo, nós vamos encerrar o tema do trimestre “Conhecendo a Viagem do Povo de Deus pelo Deserto” com chave de ouro, ensinando aos Primários sobre um dos atributos mais importantes da vida cristã: Obediência. 
Este que é um dos principais ensinamentos que o povo hebreu precisou aprender a duras penas, em uma jornada que poderia ter levado meses, mas devido à desobediência e incredulidade, acabou levando 40 anos.
Cabe a nós mestres, educadores e, portanto semeadores da Palavra de Deus, nos autoanalisarmos antes de semeá-la. Será que há em nossas vidas alguma promessa do Senhor, cujo seu cumprimento está sendo “atrasado” devido a uma postura nossa?! Será que temos sido obedientes?! Acaso não nos tem faltado fé?! 
Tais fragilidades são humanamente compreensíveis e inerentes a nossa natureza. A ótima notícia é que o Deus perfeito em Jesus se fez homem e compreende inteiramente as nossas fraquezas, dificuldades e limitações. Ele está disposto a nos ajudar a endireitar as nossas veredas e nos levar a “Terra Prometida”.
“Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te apoies no teu próprio entendimento. Reconhece o SENHOR em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas” (Pv 3.5,6).
Renove sua aliança com o Senhor neste dia, confesse seus pecados, temores, desesperanças; peça a ajuda do Todo-Poderoso. Ele está com as mãos estendidas, aguardando por você. Ele está pronto a ajudá-la a fazer o que é necessário, ainda que doloroso para sua carne: abandonar algum pecado, perdoar, pedir perdão, dar um difícil passo de fé, seguir uma orientação divina que lhe força abandonar algo ou mesmo alguém... Podem ser inúmeras situações, mas saiba que o Senhor é contigo para lhe dar vitória sobre todas elas.
Além dos demais recursos disponibilizados em sua revista, sugerimos aqui finalizar a lição com uma brincadeira, uma dinâmica que ilustre e reforce de maneira lúdica a importância da obediência. Pode ser a tradicional brincadeira “Chefinho mandou” ou “Morto-Vivo”. 
Se lhe for possível, procure premiar o vencedor, isto é, o que melhor seguir as instruções até o final. Pode ser com algo simples, um doce, ou deixando-o escolher uma atividade, canção, brincadeira em sala, etc. O importante é que as crianças tenham a compreensão aprofundada e experimentada na prática de que assim como a desobediência traz consequências ruins, a obediências por sua vez traz muitas bênçãos.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - Arão e Hur Ajudam Moisés e seu Povo - Jd. Infância.

Lição 13 - Arão e Hur ajudam Moisés e seu povo 

3º Trimestre de 2019

Objetivo: Os alunos deverão perceber que Deus estava cuidando de tudo. 
É hora do versículo: “[...] O Senhor Deus é a minha bandeira” (Êx 17.15).
Professor, nesta última lição as crianças continuarão aprendendo que Deus estava com o seu povo durante a caminhada no deserto, e deverão perceber que Deus estava cuidando de tudo. Houve uma guerra com o povo que já vivia nas terras que o povo de Deus estava morando. A briga deles era por causa da água, e eles também tinham medo de os israelitas pegarem aquelas terras para eles. Moisés subiu a um monte enquanto o povo guerreava e estendia as mãos para ele. Enquanto as mãos de Moisés estavam para cima, o povo de Deus prevalecia, quando as mãos de Moisés abaixavam, o povo de Deus era abatido. Moisés então precisou da ajuda de Arão e Hur para manter suas mãos erguidas.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir e entregue para os alunos desenharem Arão e Hur que foram os ajudantes de Moisés durante a guerra, não deixando que os braços dele abaixassem e, assim, o povo de Deus venceu a batalha. 
Saiba que a história do povo de Deus pelo deserto é extensa e muito rica, vários ensinamentos podem ser extraídos desse período. Graças a Deus que o assunto não se esgota, e nessas 13 lições deste trimestre vimos apenas uma parte. Durante o currículo a criança terá oportunidade de estudar a continuação dessas histórias em outras classes.
moisessemcajado licao13 jardim
Na revista do professor, sugerimos uma atividade para os alunos colorirem a bandeira do Brasil. Abaixo disponibilizamos uma imagem para ser baixada a fim de facilitar para o professor a realização dessa atividade. Lembre-se de que os alunos podem colorir a bandeira, com as cores corretas (chame a atenção deles para isso), utilizando lápis de cor, hidrocor, giz de cera, tinta guache ou bolinhas de papel crepom verde, amarela, azul e branca. Reforce que cada país tem a sua bandeira e a nossa bandeira como filhos de Deus é o Senhor (Jeová-Nissi).
bandeira licao13 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 13 - 3º Trimestre 2019 - Três Homens do Céu e a Chegada do Bebê - Maternal.

Lição 13 - Três homens do céu e a chegada do bebê 

3º Trimestre de 2019

Objetivo da lição: Mostrar à criança que Deus é poderoso. 
Para guardar no coração: “Será que para o Senhor há alguma coisa impossível? [...]” (Gn 18.14).
Perfil da criança
“A criança do maternal está numa fase de rápido desenvolvimento físico, e seus músculos exigem ação. Por muito comer e dormir, acumula energia, que precisa ser desgastada de alguma forma. Isto explica a sua agitação.
O professor deve fazer desta necessidade de mexer-se uma aliada do aprendizado. Promova atividades físicas durante a aula, dando oportunidade à criança de saltar, abaixar, levantar, olhar, atirar coisas, etc. Por outro lado, ela também se cansa com facilidade, e carece de períodos de descanso.
Outro fato que merece particular atenção é a facilidade que elas têm de adoecer. A sala de aula deve ser bem arejada e iluminada, sem correntes de ar, calor excessivo, ou poeira. Um ambiente saudável evita contágios” (Marta Doreto). 
Palavra ao professor
“Quer você tenha ou não preparado uma confraternização para encerrar o trimestre, seja entusiasmado e atencioso ao falar com os pais ou responsáveis, agradecendo-os por trazerem as crianças. Será interessante conversar com eles a respeito do que foi ensinado no trimestre” (Marta Doreto).
Oficina de ideias
Reproduza a folha de atividade abaixo. Providencie lápis para os alunos. Mostre as figuras dos visuais para as crianças e fale a respeito de cada figura. Em seguida oriente para que numerem as figuras na ordem certa. Enfatize que o Papai do Céu é poderoso.  
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para que leiam (em uma bíblia infantil) a história de Abraão e Sara que se encontra em Gênesis 18.1-16. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal