Lição 13 - Seja um Mordomo Fiel
3º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS
II – AS CARACTERÍSTICAS DO MORDOMO INFIEL
III – AS QUALIDADES DO MORDOMO FIEL
I – O QUE DEUS ESPERA DE SEUS MORDOMOS
II – AS CARACTERÍSTICAS DO MORDOMO INFIEL
III – AS QUALIDADES DO MORDOMO FIEL
Elinaldo Renovato
A função de mordomo não é bem conhecida nos tempos presentes e no mundo ocidental. Em séculos passados, mesmo no Brasil, havia mordomos entre os nobres e ricos, mais notadamente no tempo do Império ou dos reinos, que dominaram o país. Mas essa figura, ligada à área da administração da nobreza, era bem conhecida nos tempos bíblicos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. No AT, Abraão, personagem de destaque na História de Israel, tinha um mordomo chamado Eliézer. Este gozava de tanta confiança que, além de cuidar de todos os seus bens, foi designado para buscar uma esposa para seu filho, Isaque, na terra longínqua de seus parentes. José, filho de Jacó, foi vendido para o Egito como escravo, e Deus fez dele governador daquele reino, e José teve mordomos a seu serviço. Reis e senhores sempre tiveram servos de muita confiança, a quem entregavam a administração de todos os seus bens.
No Novo Testamento, nos tempos de Jesus, também havia mordomos a serviço de senhores ricos ou abastados. Na parábola da vinha, o mordomo é encarregado de fazer o pagamento aos trabalhadores (Mt 20.1-16). Na parábola do servo vigilante, ele é o “[...] mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos [...]” (Lc 12.42). Na parábola do mordomo infiel, ele é acusado de dissipar os bens de seu senhor (Lc 16.1-13). No livro de Atos, vemos a figura de um alto funcionário do reino da Etiópia, a quem Filipe, o evangelista, foi designado para falar o evangelho: “E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração” (At 8.27).
Em todos esses textos, vemos a figura do mordomo aplicada a todos os servos de Deus, a quem são dadas oportunidades e missões das mais importantes no Reino de Deus. Nos exemplos citados, podemos ver que só há dois tipos de mordomos que são tomados como exemplo para a vida cristã: os fiéis e os infiéis. Todos os mordomos são servos que cuidam dos interesses dos seus patrões ou soberanos. Na vida cristã, há servos a quem são confiadas funções de maior responsabilidade, como cuidar e prover para supervisionar e remunerar os seus conservos, como na parábola da vinha e na do mordomo fiel e prudente. Hoje, tais servos podem ser identificados na pessoa dos pastores, dos dirigentes de departamentos e de outros cargos de liderança. Haverá uma prestação de contas, na qual cada um dará contas do que fez ou não com a obra do seu Senhor: “Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12).
De modo geral, na Igreja, todos os salvos são servos de Deus, tanto homens quanto mulheres. Não há distinção social, sexual ou racial: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28; Cl 3.11). Na comunidade cristã, os líderes não são “maiores” que os liderados. São servos a serviço dos servos de Deus. Cada crente em particular, mesmo que não tenha cargo eclesiástico ou ministerial, é servo de Deus. Foi chamado para ser salvo e para ser servo. Como tal, ele tem o dever de servir na casa do Senhor conforme a capacidade e as oportunidades que Deus conceder a ele. Seja como for, líder ou liderado, o salvo só é aprovado e recompensado por Deus se for um “servo” ou “mordomo fiel”.
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
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