quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - Pedro é livre da prisão - Jovens.

Lição 10 - Pedro é livre da prisão 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- A Prisão de Pedro;
II- Pedro é Livre da Prisão;
III-Deus responde.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Analisar o contexto da prisão de Pedro e a intercessão feita pelos irmãos;
Narrar os fatos e lições da libertação miraculosa de Pedro;
Reafirmar o fato de que Deus ouve a oração de seus filhos.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
Embora estejamos estudando o avanço da Igreja Primitiva entre os povos, envolto em sinais e milagres da parte do Senhor, o movimento também experimentou perseguição. Neste relato, registrado no capítulo 12, foi Herodes Agripa I, rei da Judeia, que empreendeu tal oposição. Para agradar os judeus, ele maltratou vários cristãos, matou Tiago, irmão de João, e prendeu a Pedro. Jesus, entretanto, tinha uma aliança com Pedro. Ele tinha ficado com a responsabilidade de ser um dos líderes da Igreja (Mt 16.18,19; Jo 21.15-17; At 1.15-25; 2.14-36; 4.1-12; Gl 1.18; 2.9). Logo, Deus não permitiria que ele ficasse preso para sempre, mas o propósito na vida do apóstolo continuaria a acontecer.
Herodes Agripa I
Herodes Agripa I era neto de Herodes, o Grande, e um dos filhos de Aristóbulo, a quem Herodes matou. Herodes, o Grande, deixou três filhos, entre os quais seu reino foi dividido — Arquelau, Filipe e Antipas (ver Mateus 2.19). Para Filipe, ficou Itureia e Traconita (ver Lucas 3.1); para Antipas, Galileia e Pereia; e para Arquelau, Judeia, Idumeia e Samaria. Arquelau, sendo acusado de crueldade, foi banido por Augusto para Viena na Gália, e a Judeia foi reduzida a uma província e unida à Síria. Quando Filipe morreu, essa região foi concedida pelo imperador Calígula a Herodes Agripa. Herodes Antipas foi expulso também para a Gália e, depois, para a Espanha, e Herodes Agripa recebeu também sua tetrarquia. “No reinado de Cláudio também, os domínios de Herodes Agripa foram ainda mais ampliados”.1  Quando Calígula foi assassinado, ele estava em Roma e, tendo-se agradecido a Cláudio, conferiu-lhe também Judeia e Samaria, de modo que seus domínios eram iguais em extensão aos de seu avô, Herodes, o Grande. Ele era altamente respeitado pelos judeus e começou a perseguir a Igreja apenas para agradá-los. 
A Cruel Perseguição
Por ter recebido o trono da Palestina pelo imperador Cláudio, Herodes Agripa I quis logo agradar os romanos pelos seus favores. Ele vivia uma vida em meio aos luxos e prazeres dos pagãos e, junto a isso, queria obter a reputação de um judeu piedoso. Certamente, ele já tinha ouvido falar dos cristãos, uma “seita fanática” que começava a incomodar o sistema. E, pra conquistar ainda mais a popularidade nacional, ele empreendeu uma cruel perseguição aos cristãos e matou à espada Tiago, irmão de João, e prendeu Pedro.
Para perseguir o cristianismo era necessário resolver qual o método seria adotado. O imperador romano Deocleciano, por exemplo, imaginou pôr fim ao cristianismo destruindo as Sagradas Escrituras. Então, promulgou um decreto para busca e apreensão de todas as bíblias encontradas em seu vasto império. Herodes usou estratégia de acabar com os líderes. Acreditava que a morte dos pastores dissiparia o rebanho. O primeiro a sofrer com essa perseguição foi o apóstolo Tiago. Certa vez ele declarou poder beber o cálice de sofrimento como prova de fidelidade a Cristo (Mt 20.20-23). Por que Tiago foi morto e Pedro libertado? Tiago já tinha completado a obra destinada a ele. Em relação a Pedro, Deus tinha outros planos. Deus é glorificado no martírio de alguns servos e na libertação de outros.2 
Um Prisioneiro Badalado
Pedro era o presidiário mais badalado da época, pois era o principal líder da seita do nazareno, que começava a incomodar não só os judeus, mas agora os romanos. A Páscoa era o evento mais importante para os judeus, e Pedro, sendo apresentado ao povo, ia tornar-se a atração principal (At 12.4). Realmente, ele era o apóstolo principal, pois era bem conhecido e contra quem os judeus tinham, sem dúvida, uma antipatia em particular. Eles ficariam felizes se pudessem ficar livres dele; este Herodes era sensato e, portanto, para agradá-los, ordenou que ele fosse preso. 
Eram os dias dos pães asmos. Portanto, a detenção do discípulo acontece na mesma época em que seu Mestre foi preso. Porém, enquanto no caso de Jesus o Sinédrio realizara o processo às pressas, ainda antes do começo da festa, Herodes evidentemente pensa num grande processo espetacular, a ser realizado calmamente após a festa. Pedro é vigiado rigorosamente na prisão. “Quatro escoltas de quatro soldados” se revezam na vigilância a cada três horas conforme o costume romano. Talvez o Sinédrio tenha alertado Herodes para os constrangedores acontecimentos de Atos 5.17 a 26.3 
Seu aprisionamento foi levado tão a sério que ele era guardado por 16 soldados. A Bíblia diz que eram quatro escoltas de quatro. Ele ainda foi acorrentado com duas cadeias, dormia entre dois soldados, e a porta era vigiada por outros dois soldados. Nos dias de hoje, seria como guardar um dos piores criminosos do mundo com tanta segurança que chamaria muita atenção midiática. Talvez Agripa temesse uma resistência armada, uma tentativa de seu grupo libertá-lo. Era realmente um homem perigoso ao regime e à religião dominante. 
A Igreja em Oração
O versículo 5 deste capítulo é essencial para o milagre ocorrido. O texto bíblico diz que “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus”. O cenário era dos piores, com uma cruel perseguição acontecendo, um apóstolo já morto, e outro aprisionado. Entretanto, a igreja ainda tinha uma arma poderosa em suas mãos: a oração. E essa oração era feita de forma incessante a Deus em favor do apóstolo Pedro. Tiago dirá mais tarde que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16). O próprio Pedro fez menção desse episódio quando escreveu: “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações” (1 Pe 3.12). O profeta Isaías diz “que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir” (Is 59.1). 
Quando Moisés orou, o Mar Vermelho foi dividido. Quando Elias orou, fogo desceu dos céus. Quando Daniel orou, um anjo fechou a boca dos leões. Quando Ana orou, ela recebeu um filho. A Bíblia apresenta-nos muitos relatos de orações respondidas. E ela é quem nos recomenda a oração como a forma de apoderarmo-nos do poder infinito de Deus. Jesus promete: “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.14). 
“A oração toma posse do plano de Deus e se torna o link entre Sua vontade e seu cumprimento na terra.” (Elisabeth Elliot). Elizabeth Elliot (1926–2015) foi missionária juntamente com seu marido no Equador por muitos anos. Escritora e palestrante, Elliot escreveu vários livros sobre o cuidado de Deus com nossas vidas e sua direção para conosco. Na frase mencionada, ela expressa de forma contundente que a oração é o link, numa linguagem bem jovem, para Deus realizar sua vontade em nossas vidas. Em seu livro God’s Guidance – Finding His Will for Your Life (A Direção de Deus – Descobrindo a Vontade do Senhor para sua Vida), ela diz que está totalmente segura de que Deus quer guiar nossas vidas, mas temos que nos aproximar dEle para caminharmos confiantemente, e essa aproximação dá-se pela oração. 
A igreja estava em oração contínua. Quando Paulo fala para orarmos sem cessar (1 Ts 5.17), podemos pensar: “Mas como é que eu vou orar sem cessar?”. Nem sempre posso estar ajoelhado(a) em meu quarto para buscar a Deus. Mas o que o apóstolo está dizendo é que devemos orar em espírito sempre que pudermos, pois Deus ouve nossos pensamentos e sentimentos. Quando estou no ônibus, quando estou dirigindo, andando na rua ou esperando em algum consultório médico, posso muito bem usar essas ocasiões para orar. Enfim, em todas essas situações, posso orar em espírito, louvando, pedindo sua direção para todas as coisas e intercedendo pelos meus irmãos. O rei Davi orava quatro períodos do dia: de manhã, ao meio-dia, à tarde e à noite (Sl 55.17; 6.6). E Daniel? Três vezes ao dia. Martinho Lutero (1483–1546), um dos mais importantes nomes da Reforma Protestante do século XVI, dizia que, se não orasse duas horas todos os dias, não conseguiria realizar tudo o que tinha para fazer. Obviamente, nem todos conseguem orar durante esse tempo todos os dias, mas creio que podemos fazer um pouco mais do que já fazemos. 
O escritor Charles Swindoll, em seu livro Firme Seus Valores, diz que o mais interessante em tudo isso é que a primeira e única solução de um problema que temos é a última a que recorremos... oração. 
Veja o que diz em Filipenses 4.6,7:
Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
Porém, pode ser que já estejamos tão acostumados com essas palavras que elas não surtem mais o efeito esperado. Assim sendo, vejamos esse mesmo texto em outra versão, a da Bíblia Viva:
Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-Lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.
A Igreja Primitiva acreditava no poder da oração, e Deus atendeu. Ainda hoje, devemos sempre crer e viver uma vida de oração. 
A Intervenção Angelical
Mais uma vez, temos uma cena em que o ministério angelical entra em ação. Semelhantemente, um anjo já havia aberto portas de prisões (At 5.19). Noutra ocasião, um anjo também age quando dava uma orientação a Filipe sobre o lugar em que ele precisava estar (At 8.26). Alguns intérpretes, com a mente cética, não têm acreditado no ministério dos anjos. Mas vemos que, em diversas passagens bíblicas, essa aparição e intervenção é mencionada. Como aqui no livro de Atos e em outras passagens do Novo Testamento, alguns vão até dizer que essa foi uma alegoria feita pelo escritor sagrado para relatar o livramento que Deus deu a Pedro. Outros ainda vão dizer que houve algum fenômeno natural, como terremoto, que teria possibilitado a fuga do apóstolo. Contudo, o texto é claro quando nos diz que um anjo do Senhor iluminou a prisão e, tocando em Pedro do lado, despertou-o e disse para ele levantar-se depressa. As cadeias foram ao chão (v. 7). Podemos ver em Hebreus 1.14 que há um ministério ativo dos anjos em favor dos crentes. No entanto, o que precisamos sempre lembrar é de que os anjos são seres criados por Deus, mas nunca alvo de adoração.
Tomando a Capa de Volta 
Quando o anjo do Senhor desperta Pedro e as cadeias caem, ele diz para o apóstolo cingir-se, atar suas sandálias e colocar sua capa. Nada de correria ou pânico; Deus está no controle de tudo.
O anjo poderia ter mandado Pedro fugir, salvando sua vida. Ou ter arrancado o apóstolo pela porta, num gesto repentino. Mas fez tudo de modo a revelar que Deus domina as circunstâncias, não havendo, portanto, lugar para o pânico. Manda Pedro se vestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa necessária para atravessar a cidade à noite. O anjo dava a entender que os soldados não seriam um problema, e que tudo estava sob controle. Os planos e propósitos de Deus são tão firmes e seguros que não há correria! Pânico e preocupação não devem perturbar a vida espiritual de quem está dentro dos planos dele!4 
O aprisionamento de Pedro poderia significar o fim de seu ministério. Porém, o Senhor ainda tinha algo a fazer por meio da vida de Pedro. A obra não tinha acabado (Fp 1.6). A ordem era para ele cingir-se, ou colocar seu cinto de volta. Paulo, escrevendo sobre a armadura de Deus que devemos ter, diz que precisamos estar cingidos com a verdade (Ef 6.14), ou seja, nossa vida precisa estar envolvida com a verdade (Jo 14.6). Depois, ele deveria atar as sandálias, ou a preparação do evangelho (Ef 6.15). E, por fim, vestir a capa. Esse item era símbolo da chamada, ministério, que agora tinha sido colocada de lado. Mas a capa de Pedro não ficou muito tempo longe dele. E é assim que Deus fará conosco. Mesmo que nossa chamada seja desafiada e interrompida, Deus vai intervir e dizer-nos para estarmos sempre envolvidos com a verdade, preparar nossos pés e retomar nosso ministério de volta.
É o Senhor quem Abre Portas
Os soldados, as correntes, as sentinelas e o portão de ferro não são nada quando Deus está conosco e quando a oração está atrás de nós. Muitos de nós estamos preocupados com o portão de ferro antes de chegarmos a ele. Mesmo dias, semanas ou meses antes já estamos ansiosos com o portão de ferro! Mas Deus cuidará disso quando chegarmos a Ele. É Ele quem guia os passos de seus filhos para o propósito que Ele designou. A Palavra de Deus diz: “O coração do homem considera o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos” (Pv 16.9). Ainda no Salmo 32.8 diz: “Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos”. Deus tem um propósito para cada um de nós e, se estivermos no centro de sua vontade, Ele vai abrir as portas necessárias e ser nosso guia para que vivamos os seus planos. 
F. F. Bruce (1910–1990), um apologista e erudito da Bíblia, relata a história de Sundar Singh, um cristão tibetano que também foi milagrosamente liberto de uma prisão. Por causa de sua pregação do evangelho, ele foi jogado em um poço, e uma cobertura foi colocada sobre ele e trancada com segurança. Ele seria deixado no poço até morrer. Sundar podia ver apodrecendo os ossos e cadáveres daqueles que já haviam perecido ali. Na terceira noite de sua prisão, ele ouviu alguém destrancando a tampa do poço e removendo-a. Uma voz disse a ele para segurar a corda que estava sendo baixada. Sundar ficou grato por a corda ter um laço no qual ele poderia colocar o pé, porque ele havia machucado o braço na queda no poço. Ele foi levantado, e a tampa foi substituída e trancada, mas quando ele olhou para agradecer ao seu salvador, não encontrou ninguém. Quando a manhã chegou, ele voltou para o mesmo lugar em que foi preso e começou a pregar novamente. As notícias da pregação chegaram ao oficial que o prendera, e Sundar foi trazido diante dele novamente. Quando o funcionário disse que alguém deveria ter pegado a chave e libertado Sundar, eles procuraram a chave e encontraram-na no próprio cinturão oficial. Deus ainda está escrevendo o livro de Atos!
Acredite ou não 
A história da libertação de Pedro também tem sua pitada de humor. Depois de ser levado pelo anjo para fora, Pedro cai em si e vai à casa de Maria, onde muitos irmãos estavam reunidos orando justamente pela libertação de Pedro. E ele aparece bem à frente da casa deles, bate à porta, e uma menina chamada Rode foi ver quem era. Quando ouviu a voz de Pedro, ela disse aos irmãos que ele estava ali, ao que responderam que ela estava fora de si. Insistindo a menina, diziam que era seu anjo! Eles até esperavam que Deus fosse salvar Pedro; agora crer já é outra história! Lá estava o pobre do Pedro ali, um tanto assustado, e o povo que orou por sua libertação dizendo à menina que aquilo tudo era coisa da cabeça dela (At 12.12-16). Sobre esse episódio, Keener comenta:
Na comédia grega, um escravo às vezes diz bobagens; aqui, contudo, são os ouvintes livres da criada que atuam como figuras cômicas. Devido ao propósito da reunião de oração (12.5), a surpresa deles é ironia, assim como o fato de Pedro precisar insistir em bater na porta — o que poderia acordar alguns vizinhos, provavelmente famílias sacerdotais aristocráticas; assim, eram potencialmente perigosos. Essa ironia provavelmente não escaparia dos ouvintes antigos de Lucas (cf. 24.10,11,37). Em algumas tradições judaicas populares os justos se tornariam semelhantes aos anjos depois da morte.5 
Eles nem tinham crido, mas a oração já tinha sido respondida. Sim, Deus pode responder nossas orações mesmo quando nossa fé é fraca e nossas dúvidas são fortes (cf. Mc 9.24). 
Continue Batendo 
Uma lição importante desse texto é o da persistência. O apóstolo Pedro não se desanimou quando a menina Rode não abriu a porta para ele, mas continuou batendo. Ele não foi embora em desgosto por não ter sido atendido na primeira batida. Nós também devemos continuar em oração. A mão da fé nunca bateu a porta da graça em vão. Muitas coisas são conquistadas por aqueles que continuam batendo, isto é, tentando, insistindo, recomeçando, mesmo diante das barreiras e dificuldades ao longo do caminho. Jesus mesmo disse: “Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre” (Mt 7.8). É essencial estabelecermos alvos menores que nos conduzirão a alvos maiores. Precisamos estar preparados para continuarmos diligentemente em direção àquilo que almejamos. Pedro tinha convicção de que Deus havia feito um milagre e que tinha um plano na vida dele. O Senhor já havia aberto portões grandes de ferro vigiados por soldados. Não era um portão comum de uma casa, que foi atendido por uma menina, que ia desencorajá-lo agora. Por isso, ele ficou, continuou batendo, insistindo e finalmente se alegrou com seus irmãos. 
O Toque Divino
Toda libertação de Pedro começou com um toque do anjo ao seu lado na prisão. Pedro estava dormindo, quem sabe desanimado quanto ao seu destino no dia seguinte. Sua vida acabaria ali? Não. Por meio de um anjo, o Senhor toca nele. Ele atribui diretamente sua libertação ao Senhor; não menciona o anjo. O toque do Senhor pode mudar toda uma situação. Daniel foi tocado pela mão de Deus e recebeu consolo em um momento de aflição (Dn 10.10). Em 1 Samuel 10.26, está escrito: “E foi também Saul para sua casa, a Gibeá; e foram com ele, do exército, aqueles cujo coração Deus tocara”. Olha que interessante! Não foi a esposa, os filhos ou os líderes que tocaram o coração daqueles homens; foi Deus.  
Certa vez, Jesus descia do Monte seguido por grandes multidões. Um leproso aproximou-se dEle, adorou-o e disse que, se o Senhor quisesse, podia purificá-lo. Jesus, movido por compaixão, estendeu a mão, tocou aquele leproso e disse: “Quero, sê limpo”. E, na mesma hora, ele ficou limpo de sua lepra (Mt 8.1-4). O toque de Jesus tem poder. Não há barreiras, ou qualquer outro tipo de impedimento que possa frustrar quando Deus deseja tocar em uma pessoa.
O coração é algo muito profundo, que fala de intimidade, do mais profundo de nosso interior. E Deus é capaz de tocar-nos justamente nesse local que poucos conseguem entrar por meio de sua palavra, que é considerada na Bíblia como algo mais cortante que uma espada de dois gumes (Hb 4.12). O toque de Deus é poderoso, e onde Ele toca as coisas são transformadas. Corações endurecidos tornam-se de carne novamente. Há um lindo louvor antigo que diz: “Tocou-me, Jesus tocou-me. De paz Ele encheu meu coração. Quando o Senhor Jesus me tocou, livrou-me da escuridão”. 
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens


1 BARNES, 1870.
2 PEARLMAN, 1995, p. 132. 
3 BOOR, 2002, p. 179.
4 PEARLMAN, 1995, p. 135.
5 KEENER, 2017, p. 424.

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Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - O Pecado do Homem segundo o Coração de Deus - Adultos.

Lição 10 - O Pecado do Homem segundo o Coração de Deus 

 4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
II – A AMBIENTE EM QUE DAVI PECOU
III – O ADULTÉRIO E O HOMICÍDIO DE DAVI 
CRIANDO UM AMBIENTE PROPÍCIO AO PECADO
Osiel Gomes
Os capítulos anteriores destacaram o Davi triunfante, em constante batalha, que lutava incansavelmente para estabilizar seu reinado. Isso ele fez participando de oito guerras, ao longo, aproximadamente, de vinte anos, mas agora ele será descrito como o Davi humano que peca, que se desvia dos caminhos do Senhor, como o que desceu até o pó, por andar por caminhos tortuosos.
A expressão “decorrido um ano” é uma referência direta a 1 Samuel 10.14. Já havia se passado o período chuvoso, então Davi manda que Joabe se lance à batalha contra Hadadezer com o propósito de que ele não juntasse forças e se fortalecesse. A finalidade dessa guerra era restabelecer o controle da capital, Rabá, que era a capital dos filhos de Amom, chamada hoje em dia de Amã, localizada a 35 quilômetros do rio Jordão. 
O texto ressalta que Davi ficou em Jerusalém. É bem verdade que bom seria se ele tivesse ido, pois a ociosidade vai abrindo caminhos para diversas tentações. Do seu palácio, que ficava em uma colina, Davi podia enxergar o quintal de outras pessoas e contemplou Bate-Seba, mulher de Urias, banhando-se ao ar livre. Por meio da expressão “passeava”, possivelmente às três horas da tarde, ele tenha ido fazer uma caminhada, um relaxamento, ou tirar uma sesta, conforme o costume daquele tempo, e, de modo inesperado, contemplou uma bela mulher, atraente, tomando banho. Ele não conseguiu vencer a tentação e pecou.
Que fique claro, passear, fazer exercício físico, um relaxamento, nada disso é pecado, pois o próprio Jesus passeava (Jo 10.23); a questão é quando a cobiça ou a concupiscência se torna descontrolável, a ponto de a pessoa fazer de tudo para que o seu desejo seja realizado, usando dessas circunstâncias para desagradar ao Senhor.
Em tudo o que se descreve nos primeiros versículos do capítulo 11, entende-se claramente que Davi procurou preparar o ambiente para o pecado. Isso podemos analisar da seguinte maneira:
• Enquanto alguns estavam arriscando a vida na batalha, Davi passeava no palácio. Já falamos que ele fazia sua sesta, mas o seu passear para um lado e outro não o levava a lugar algum.
• Contemplando tudo. De onde estava, Davi podia contemplar tudo, mas vale dizer que contemplar não era pecado, mas não manter controle sobre o que se vê, sim. Observe que Davi contempla uma linda mulher tomando banho; começou com um vislumbre, que logo se tornou um olhar fixo, impuro e, conforme falou Jesus, os que procedessem assim já teriam cometido adultério (Mt 5.28).
• Davi procura se informar sobre a mulher, o que revela seu grande desejo pecaminoso. Através de suas indagações, ele toma conhecimento da família e do marido da mulher: ela era esposa de um de seus soldados, Urias, o qual se destacava como grande soldado, sendo um dos mais corajosos, estava incluso na lista dos valentes (2 Sm 23.39) e era fiel ao rei. Ele era heteu; todavia, aceitou a religião de Davi, o que pode ser provado pelo seu nome, Luz de Javé.
• Agindo como rei ímpio. Ao mandar buscar Bate-Seba para a tomar para si, Davi estava procedendo como um rei oriental ímpio, que poderia mandar buscar a mulher que o agradasse para a possuir, mas isso jamais deveria fazer aquele que tivesse conhecimento da lei de Deus. Davi passa por cima de tudo, mesmo tendo conhecimento de que a mulher era casada. Ele não queria saber. Antes, seu objetivo era satisfazer seu apetite carnal agora desenfreado. 
Todos esses pontos deixam claro que Davi criou um ambiente para o pecado, pois não foi cuidadoso no seu dever. Ele também deveria estar na guerra, mas, em seu ócio, deixou-se dominar pelo que viu, tendo um olhar descontrolado, não procedendo como Jó (31.1), nem atentando para a Palavra, que alerta para orarmos a fim de que o Senhor nos livre de contemplar coisas vaidosas (Sl 139.37). 
Davi vai trilhar o caminho do pecado, da derrota, porque vai desejar o que viu, vai indagar acerca do que viu. Pareciam coisas simples, fáceis, controláveis, mas elas se tornaram fatais para esse rei. O pecado sempre parece vantajoso, inocente, sem complicação, mas é bom lembrar que sua prática pode deflagrar uma queda tão grande que pode até ser difícil se levantar outra vez, quando não impossível.
Texto extraído da obra “O Governo Divino em Mãos Humanas”, editada pela CPAD.


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Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - As Consequências do Pecado de Davi - Adultos.

Lição 11 - As Consequências do Pecado de Davi 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O CONCEITO DE PECADO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
II – A REPREENSÃO DO PROFETA NATÃ AO REI DAVI
III – AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI 
O PECADO
Osiel Gomes
No Antigo Testamento
Von Rad está certo quando afirma que Israel tinha diversos termos para a palavra pecado, mas apenas analisar etimologicamente seu sentido ou buscar uma definição por meio de um vocábulo não disseca sua essência. Quem assim procede pode correr o risco de aplicá-las fora do seu devido contexto, conforme descrevem as Escrituras.
Nessa mesma linha de pensamento andou G. Ernest. Segundo ele, não se pode buscar a natureza do pecado simplesmente por meio de um aspecto etimológico, pois isso não ajuda em quase nada. Ele pontua que há semelhança no uso da palavra pecado no Egito, Babilônia e Grécia. Assim, na sua concepção, o melhor é estudar a palavra pecado ainda que buscando seu sentido pelo vocabulário, dentro do contexto da fé. 
Na definição da palavra pecado, usando o vocábulo hata, fala de alguém que erra o alvo; é como alguém que atira uma pedra e erra seu ponto almejado (Jz 20.16). Pode ser aplicada no caso de alguém que segue uma viagem, mas que erra o caminho (Pv 19.2).
Outra palavra que descreve o pecado no sentido de perverter ou tornar mau é o vocábulo hebraico awôn (1 Sm 20.21). Pode-se entender que, somente pelo uso desses dois vocábulos, o pecado é algo que leva alguém a andar errado, perverso; ele jamais ajuda uma pessoa a alcançar o alvo certo, a se conduzir corretamente, pois é tortuoso, irregular, nunca segue um padrão de normalidade, verdade, santidade, justiça, retidão. O pecado é sempre sujo, imoral, não busca a pureza divina, o que é correto; por isso que separa o homem de Deus (Rm 3.23).
Vale dizer que, nas páginas do Antigo Testamento, o pecado é descrito quase por inteiro como pessoal. Quem o pratica o faz conscientemente e por sua própria decisão, isso porque o homem é um ser livre para fazer suas escolhas, decisões, ao contrário dos animais irracionais e das coisas; elas jamais podem pecar, pois não têm decisão sobre nada.
Sendo livre e tendo capacidade para fazer a escolha entre o bem e o mal, o Antigo Testamento fala de pecados cometidos pelo povo de Deus, tanto de modo coletivo como individual, lembrando que, por meio da nação ou pessoal, cada um seria responsável pelo seu próprio pecado (Dt 9.6-24; Sl 106.6-39; Is 59.1-8; Jr 2.4-28; Ez 16.14-58; Am 2.6,8; Mq 2.1,2).
O importante é entender que, segundo o Antigo Testamento, estão estampadas em suas páginas as ênfases proféticas contra Israel por causa de suas experiências com o pecado, evidenciando assim procedimento torto para com Deus, como também a falta de retidão. Esses profetas dissecaram não somente a raiz de uma palavra para falar do pecado e seus males, mas usaram figuras de linguagem corriqueiras com o propósito de mostrar o tanto que o pecado suja a pessoa que o pratica.
O profeta Jeremias falou da sujeira do povo de Deus, esclarecendo que ele estava sujo e precisava ser limpo, assim como faziam as lavadeiras (Jr 2.22). O profeta Isaías, falando do pecado do povo de Deus, afirmou que, por causa de sua prática, todos estavam doentes (Is 1.5,6). Na linguagem pastoril, uma ovelha que saísse do rebanho, considerada como desgarrada, era sinal de pecado (Jr 23.3). O agricultor descrevia o pecado como um trigo repleto de palhas que precisava ser peneirado (Am 9.9). 
Em se tratando de ouro, prata, minas, os objetos que precisavam passar por um refinamento eram comparados à vida daqueles que eram impuros, pecadores e precisavam de purificação (Ez 22.18.19). Para o construtor, quem praticasse ou vivesse no pecado seria comparado a uma parede torta (Am 7.8). Na linguagem da dona de casa, o pecado era comparado a um chão sujo (Is 14.23). Na visão do oleiro, quem cometia pecado era como um vaso com barro e pedras (Jr 18.1-4).
Note que em todo o Antigo Testamento o pecado é visto como algum ruim, sujo, feio, por isso é que Deus não ama o pecado, apenas o pecador; dele todos nós precisamos fugir, buscando a purificação por meio da fé em Cristo Jesus, o Filho de Deus, o qual tem poder para perdoar os nossos pecados.
No Novo Testamento
A ideia neotestamentária para pecado é hamartia. Trata-se de errar o alvo, por isso se chega ao fracasso, não alcançando o padrão estabelecido. Fora do seu sentido original, a palavra pecado alcançou sua universalidade e, nesse particular, ela é descrita categoricamente como princípio. 
Entende-se, à luz do Novo Testamento, que o pecado em si é um ato, mas também uma condição, ou seja, o que se pode fazer, praticar e, como condição, trata-se do estado em que a pessoa se encontra quando o comete. Ao lermos Romanos 3.23, o homem está na condição de pecador porque primeiramente o praticou, fez um ato.
João descreve o pecado como sendo um desvio desregrado da verdade que se conhece, de não proceder moralmente segundo a retidão exigida por Deus (1 Jo 3.4), assim ele salienta a condição humana sem a regeneração e tais práticas resultam de atos pecaminosos (Mt 15.19).
Nas páginas do Novo Testamento, está claro que o pecado faz o homem errar de direção, dos ideais divinos, pois se afasta daquilo que foi proposto por Deus, dos seus projetos, intentos benéficos. 
Fora do padrão estabelecido por Deus, o homem caminha a esmo e, desse modo, vive impiamente, o que pode ocasionar sérias consequências para sua vida, pois não corresponde ao ideal divino (2 Pe 2.6), que está contido em Jesus Cristo, o Filho de Deus, o qual deseja que sejamos semelhantes a Ele (Rm 8.29). Vivendo fora do modelo estabelecido por Deus, então o homem pratica os seguintes atos:
• Asebeia – Impiedade (2 Pe 2.6).
• Parabasis – Transgressão contra os princípios divinos (Mt 6.14; Tg 2.11).
• Paranomia – Quebra da lei, distanciamento da lei moral (At 23.3; 2 Pe 2.16).
Resumidamente, o Novo Testamento traça o pecado em diversas linhas de pensamento e modo, mas, em todas as suas definições, ele é apresentado negativamente, e que a cura para esse inimigo cruel é somente Jesus Cristo. Através do sacrifício feito por Jesus Cristo na cruz do Calvário, aquele que crê pode ser uma nova criatura.
Texto extraído da obra “O Governo Divino em Mãos Humanas”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - Um menino e um gigante - Berçário.

Lição 09 - Um menino e um gigante 

4º Trimestre de 2019 
Objetivo da lição: Mostrar à criança que o Papai do Céu deu força e coragem a Davi para ele vencer o gigante.
É hora do versículo: “Eu clamo a Deus, pedindo ajuda [...]” (Sl 18.3).
Nesta lição, as crianças estudarão mais um pouco sobre a história de Davi. Agora Davi tinha ido até o campo de batalha a fim de ver seus irmãos que estavam na guerra e levar notícias deles ao seu pai. Ele viu que todos os soldados do povo do Papai do Céu estavam com medo de um gigante chamado Golias. Mas o Papai do Céu deu força e coragem a Davi para ele vencer o gigante e livrar todo o povo.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças fazerem um círculo em volta do menor e um  X sobre o maior personagem.
daviegolias licao9 bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - O Livro de Deus conta a história de uma ovelha - Jd. Infância.

Lição 09 - O Livro de Deus conta a história de uma ovelha 

4º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão compreender que o amor de Deus pela humanidade é sem limites; e contribuir na tarefa da evangelização. 
É hora do versículo: “Eu sou o bom pastor; o bom, pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
Nesta lição, as crianças irão aprender que nós somos ovelhas do Papai do Céu. E com a parábola da ovelhinha desgarrada, Jesus nos deu um exemplo de evangelização, de ir atrás do que está perdido, longe do Papai do Céu. O amor dEle pela humanidade é sem limites e precisamos estimular nossas crianças a contribuir na tarefa da evangelização.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno e peça que recortem a ovelhinha e colem-na em uma folha em branco e em volta desenhem um pasto bem verdinho ou ainda um local bem cercado para as ovelhas ficarem protegidas. Elas deverão escrever os seus nomes dentro da ovelha e reafirmem que são ovelhas de Jesus. Ou ainda, podem escrever o nome de algum amiguinho que está desgarrado do rebanho do Papai do Céu.
ovelha licao9 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - A Bíblia ensina amar o ser humano - Adolescentes.

Lição 9 - A Bíblia ensina amar o ser humano 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
O SER HUMANO É A IMAGEM E A SEMELHANÇA DE DEUS
DEVEMOS AMAR O SER HUMANO PORQUE ELE É A IMAGEM DE DEUS
AMANDO O OUTRO SER HUMANO COMO A NÓS MESMOS
OBJETIVOS
Fazer os alunos compreenderam o que é o amor;
Conscientizá-los de que amar ao próximo não é uma opção, mas um mandamento;
Refletir sobre de que forma podem demonstrar seu amor pelo próximo.
O CRISTÃO E SEU RELACIONAMENTO COM OS EXCLUÍDOS
Douglas Roberto de Almeida Baptista
Durante seu ministério terreno, Jesus quebrou vários paradigmas ao encontrar-se com coletores de impostos e prostitutas (grupo de excluídos à época na cultura judaica). No entanto, ao se relacionar com estas pessoas, Jesus nunca aprovou e jamais incentivou a conduta de nenhuma delas. Ao contrário, ao demonstrar amor e interesse pelos excluídos Jesus tinha como objetivo libertá-los da má conduta e da opressão do pecado.
O encontro de Jesus com Zaqueu, por exemplo, trouxe mudanças imediatas na vida do publicano. Zaqueu devolveu os impostos cobrado a mais e ainda entregou metade dos seus bens para ser repartido entre os pobres. Diante desta transformação na vida deste coletor de impostos Jesus exclamou: "Hoje veio salvação a esta casa" (Lc 12.9).
Outra situação esclarecedora trata-se do encontro de Cristo com a mulher que havia sido flagrada se prostituindo com um homem casado. Ao despedir envergonhados aqueles que queriam apedrejá-la, Jesus disse a mulher: "Vai-te, e não peques mais" (Jo 8.1).
Portanto, certamente Jesus deseja que façamos algo em favor dos grupos de excluídos, mas sem aprovar ou incentivar nenhuma conduta pecaminosa. Os Cristãos devem amar os pecadores e repudiar apenas o pecado. O verdadeiro cristão não nutre ódio algum por quem quer que seja. O cristão não sente fobia alguma por homossexuais ou prostitutas, nem por políticos corruptos, pedofílos ou bandidos. Apenas não concorda com suas atitudes e práticas:
"Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus" (1Co 6.10)

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - O Reinado de Davi - Adultos.

Lição 9 - O Reinado de Davi 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – DAVI É CONSTITUÍDO REI
II – A CONSOLIDAÇÃO DO REINO DE DAVI
III – A GRANDEZA POLÍTICA DO REINADO DE DAVI 
DAVI COMO PASTOR E CHEFE
Osiel Gomes
Antes de ser rei, Davi tinha sido ungido por Samuel. Antes de lutar contra Golias, ele já tinha travado lutas com animais ferozes e vencido por meio da fé em Deus. Antes de chegar ao trono, já fora provado e aprovado pelo povo como um grande guerreiro. Por isso, não foi à toa o que as mulheres cantavam ao seu respeito: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares” (1 Sm 18.7). 
Nos tempos dos reis de Israel, eles eram metaforicamente denominados pastores, pois tinham a missão de proteger, nutrir e lutar pela nação que governavam. No aspecto bíblico, lendo Salmos 78.71,72 e Ezequiel 34.23,24, pode-se compreender perfeitamente a missão de um pastor.
A comissão que vai até Davi em Hebrom — a qual representava as tribos do norte, mas, é claro, outros guerreiros, multidões de Judá ali estavam também — afirma para Davi que, antes de ser rei, ele já era considerado chefe, pois entrava e saía com eles nas batalhas militares. No hebraico, a palavra “chefe” é nagid; fala de alguém que é líder, um capitão, um superintendente. Davi como líder sabia atrair as pessoas para perto de si, como também orientá-las. Podemos dizer que, se Davi fosse um homem sem simpatia, sem a capacidade de reunir pessoas, essa multidão jamais teria ido buscá-lo para reinar sobre a nação. 
Deus vai colocar Davi para ser o pastor do seu povo. Observe que pastor, do hebraico, é ra`há, e quer dizer “alimentar, cuidar, apascentar”. Davi não era apenas um chefe mandão, mas um líder amigo, companheiro, que se interessava pelo bem do povo, por isso todos queriam torná-lo rei. Líderes que apenas querem ser chefes, mandar no povo, exigir, cobrar, sem cuidar com verdadeiro amor e carinho, jamais terão o respeito que desejam. 
Teologicamente, no aspecto de ser um pastor à frente do rebanho, devemos seguir o modelo de Pedro — ser pastor do rebanho de Deus não por constrangimento, do grego anagskastos, pela força, obrigatoriamente, mas voluntariamente, espontaneamente, do grego hekousios, ou seja, de acordo consigo mesmo, voluntariamente (1 Pe 5.2). Ele diz ainda que não deve ser como tendo domínio sobre ele, do grego katakurieou, colocar sob seu domínio, seu próprio querer, e não o de Cristo (1 Pe 5.3). 
Todo obreiro deve ter sempre vivo em mente as palavras de Paulo: quem comprou o rebanho foi Deus com o sangue de seu próprio Filho e, assim, nós somos apenas supervisores, curadores, para verificarmos se as coisas estão sendo feitas como deveriam, e não para impor o nosso querer. Esse é o sentido da palavra bispo, que, do grego, é episkopos (At 20.28).
Precisamos entender que um chefe, na visão atual, é uma pessoa que manda, que deve ser temida, que só aponta erros; toda responsabilidade ele coloca sobre a equipe, se vangloria, comanda, impõe. Nesse aspecto, o pastor jamais pode tomar essa palavra para si, pois sua missão não é mandar, cobrar, exigir, mas, sim, supervisionar. Enquanto que o chefe apenas manda, o líder motiva, inspira pessoas, valoriza habilidades, busca benefício para o seu grupo. Um verdadeiro pastor quer sempre o melhor para o rebanho que pastoreia. Isso está bem claro no Salmo 23.
Texto extraído da obra “O Governo Divino em Mãos Humanas”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - Um Templo para Louvar a Deus - Maternal.

Lição 9 - Um Templo para Louvar a Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: Ensinar à criança a louvar a Deus com alegria pelo cumprimento de suas promessas. 
Para Guardar no Coração: “[...] Todo o povo gritava bem alto e louvava o Senhor [...].” (Esdras 3.11)
Perfil da Criança 
Eis o texto da psicóloga e autora Elaine Cruz a respeito da criança de quatro anos: “É uma idade expansiva, em que a criança pode bater em amigos, dar pontapés, atirar pedras, quebrar coisas e, nas suas manifestações emocionais, rir de forma estrondosa, ter acessos de fúria ou chorar copiosa e exageradamente. Funciona, porém, como uma gangorra, pois em outros momentos são perfeitamente encantadoras e divertidas, não obstante os excessos do seu comportamento.
“Nesta fase, a criança gosta que lhe concedam novos privilégios, e é menos sensível aos elogios e às censuras. Precisa receber ordens antecipadas, claras e simples, para começar a fazer aquilo que se pretende que faça, como ‘depois deste desenho você vai tomar o seu banho’. Se a criticam ou censuram, pode mostrar-se arrogante, grosseira, respondona, ou fazer uma birra de mau gênio. Faz suas tarefas de rotina sem protestos e de uma forma independente. As restrições verbais dão agora melhores resultado que as físicas. Os objetivos e as competições ajudam a motivá-las” (Elaine Cruz, Amor e Disciplina Para Criar Filhos Felizes, CPAD).
Subsídio Professor
Zorobabel incentiva e ajuda o povo a reconstruir o Templo. O templo de Deus não podia ser um edifício qualquer; tinha de ser o mais belo e o mais forte; um templo que honrasse o Deus Criador e Todo-Poderoso, ali adorado.
Isto nos faz pensar no edifício espiritual, de que nos fala Paulo em 1 Coríntios 3.9-15. Edifício que você está ajudando a edificar. A cada domingo, ao ministrar a lição aos seus pequenos alunos, você está ajudando a levantar as paredes desse templo espiritual, que é a Igreja de Cristo.
Portanto, cuidado, “veja cada um como edifica”. O alicerce deste templo não pode ser outro, senão Jesus Cristo, a principal pedra de esquina. É sobre Ele que a sua Igreja é edificada. No entanto, é possível que alguém tente edificar sobre o fundamento correto, usando o material errado, como o caso mencionado por Paulo nesta passagem. Ele, como sábio construtor, lançara o fundamento certo: Jesus (v.10). Mas outros estavam levantando as paredes com material de categoria inferior; material facilmente consumível pelo fogo, como o feno e a palha.
O que seriam estes materiais na construção espiritual? Talvez a sabedoria carnal; provavelmente as doutrinas de homens e as heresias. Deus nos guarde de laçarmos mão destas coisas. Que Ele nos ajude a somente empregar em sua construção o ouro, a prata e as pedras preciosas, que são as excelentes doutrinas do evangelho e os valores da pessoa de Jesus. Somente estes materiais são de durabilidade eterna e trazem a Deus a glória que lhe é devida.
Oficina de Ideias 1
Distribua blocos de plástico, ou de madeira, e ferramentas de brinquedo, para que as crianças brinquem de construir o Templo.
Até LogoDepois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Esdras 3.1-11.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal   

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - Uma Pequena Semente - Juniores.

Lição 9 - Uma Pequena Semente 

4º Trimestre de 2019

Texto Bíblico – Mateus 13.31-33; Lucas 13.18-21.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que os valores do Reino de Deus são opostos aos valores da terra. A dinâmica celestial é diferente daquela que interpretamos na esfera material. Deus, por várias vezes, apresenta em sua Palavra que as coisas que muitas vezes consideramos insignificantes nesta vida são justamente as que Ele usa para nos surpreender. O apóstolo Paulo declara aos coríntios que “para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu aquilo que o mundo acha que é fraco” (cf. 1 Co 1.27). No Reino de Deus não há lugar para a aparência ou autossuficiência, pois todas as coisas são realizadas para a glória do nome dEle.
Em ambas as parábolas, apresentadas na lição, o ensinamento central é que Deus considera as pequenas coisas com a mesma importância que as grandes. Aquilo que aparentemente parecia pequeno e infrutífero se torna grande e produtivo no Reino de Deus. Assim se iniciou o trabalho de Jesus quando pregava o evangelho pela antiga Palestina. No início havia poucos discípulos, apenas doze, mas com passar dos dias várias pessoas decidiram seguir Jesus, não importasse aonde o Mestre fosse. Todas tinham a mesma necessidade: estar com Jesus. Com isso, a pregação do evangelho se espalhou por todo o Israel até atingir outras nações, e não muito tempo depois, todo o mundo antigo se apropriou da boa semente do Reino. A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (2003, p. 1382) discorre a respeito:
A expectativa geral entre os ouvintes de Jesus era a de que o Messias viria como um grande rei e, como tal, livraria a nação judaica de Roma e restabeleceria a antiga glória de Israel. Mas Jesus disse que seu Reino começava silenciosamente. Como a minúscula semente de mostarda, que cresce e transforma-se em uma árvore enorme, ou como um pouco de fermento, que faz dobrar de tamanho a massa de pão, o Reino de Deus se expandirá até que o mundo inteiro seja mudado.
Compreender como o Reino de Deus funciona é importante para que os seus alunos saibam como se comportar dentro dele. Assim como o evangelho se disseminou a partir de Cristo e assumiu a dimensão que vemos hoje, é possível que a ação do Espírito continue a realizar grandes feitos a partir da vida de pessoas que aos olhos da sociedade pareçam insignificantes. Deus continua a surpreender os sábios em sua sabedoria e a chamar as coisas que não são para confundir as que são, a fim de que somente o Seu nome seja engrandecido.
Dito essas coisas, aproveite e mostre para os seus alunos que eles fazem parte do Reino celestial e, assim como o Reino começou como uma pequena semente, explique que Deus os chamou ainda na infância para uma grande obra. Diga que, na verdade, o mais importante no Reino de Deus não é que as nossas habilidades e capacidades apareçam para que sejamos notados ou mesmo elogiados, mas que a nossa vida seja apresentada a Deus com o intuito de que o Reino dEle continue a crescer e vidas sejam salvas.
Aproveite e leve para a sala de aula um cartaz com diversos tipos de sementes. Coloque as sementes em saquinhos de sacolé e prenda-os no cartaz. Ao lado do saquinho, faça uma ficha com as informações referentes à semente: nome, origem, para que serve, benefícios, como é consumida, etc. Não se esqueça de apresentar a semente de mostarda entre as demais e mostre como uma tão pequena semente cresce e se transforma em uma grande planta.

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - Cuidado com os Modismos - Pré Adolescentes.

Lição 9 - Cuidado com os Modismos 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 6.19,20; 10.31.
Caro(a) professor(a),
A aula desta semana aborda um assunto que é discutido de maneira polêmica na adolescência: os modismos Há muita divergência sobre o tema, principalmente, no que diz respeito à vestimenta, piercing e tatuagem. Enquanto para alguns não há nada demais fazer uso de tais costumes, para outros, são práticas totalmente incompatíveis com os valores da Palavra de Deus. Seja qual for o posicionamento das pessoas a respeito do assunto o que a Palavra de Deus ensina deve ser mantido e obedecido. 
Há uma verdade ensinada pelo apóstolo Paulo que serve de norte para a nossa discussão. Paulo diz que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em nós e não pertencemos a nós mesmos e, por esse motivo, devemos glorificar a Deus por meio do nosso corpo (cf. 1 Co 6.19,20). Partindo dessa premissa, pergunte para os seus alunos se convém fazer o que bem entender do corpo ou mesmo da própria aparência. Considerando que já não vivemos para nós mesmos, e sim a fim de agradar aquEle que nos criou, importa que a nossa aparência esteja bem cuidada de modo que glorifique a Deus. Na Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, encontramos o seguinte comentário:
O que Paulo quis dizer quando mencionou que o nosso corpo pertence a Deus? Muitas pessoas dizem que têm o direito de fazer o que quiserem com seu corpo. Embora pensem que isso seja liberdade, estão na realidade escravizadas por seus próprios desejos. Quando nos tornamos cristãos, o Espírito Santo passa a habitar em nós. Assim sendo, o nosso corpo não nos pertence mais. O fato de Deus ter nos comprado ‘por bom preço’ alude nossa condição de escravos adquiridos em um leilão. A morte de Cristo nos libertou do pecado, mas nos obriga a servi-lo. Se alguém viver em um edifício de propriedade de outra pessoa, procurará evitar violar as regras do edifício. Por seu corpo pertencer a Deus, você não deve violar os padrões de vida estabelecidos pelo Senhor.
Com base neste entendimento é importante que seus alunos tenham em mente que a nova vida em Cristo não é para ser vivida de acordo com o que pensam ser o melhor. Antes, a nova vida em Cristo implica em um estilo de vida obediente e submisso à Palavra de Deus. Toda e qualquer atitude que tem proximidade com os apelos mundanos deve ser rejeitada (cf. 1 Ts 5.22). João acrescenta em sua epístola que o mundo e os seus desejos passam, mas aquele que faz o que Deus manda vive para sempre (cf. 1 Jo 2.17). Aproveite o assunto da lição, converse com seus alunos e procure saber o que pensam a respeito dos modismos. Tendo em vista que estamos vivendo em um tempo em que tudo gira em torno da moda, mostre a partir da reflexão na Palavra de Deus que os modismos fazem parte do contexto cultural de cada época, mas os valores da Palavra de Deus são permanentes.    

Lição 09 - 4º Trimestre 2019 - A Conversão do Centurião e de sua família - Jovens.

Lição 9 - A Conversão do Centurião e de sua família 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- O centurião Cornélio;
II-O reconhecimento de Pedro;
III-A manifestação sobre os gentios.
Conclusão
* ATENÇÃO: Na seção Agenda de Leitura no versículo de quarta-feira a referência correta é Tiago 2.9. 

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da pessoa do centurião Cornélio;
Mostrar como Pedro reagiu diante da visão que teve da parte do Senhor;
Destacar a conversão e o batismo com o Espírito Santo de Cornélio e sua casa.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
Após o relato da conversão de Saulo e o início de seu ministério em Damasco, Jerusalém e em Tarso, o versículo 31 do capítulo 9 diz que as igrejas cresciam. O texto bíblico vai dizer que a Igreja tinha paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria. Elas eram edificadas e caminhavam no temor do Senhor e no conforto do Espírito Santo — e cresciam em número. Aqui, no livro de Atos, mais uma vez temos a chave para o crescimento da Igreja. É interessante observar que essa fórmula não é especificamente o que muitos dizem ser o segredo do crescimento de uma igreja nos dias de hoje. São inventadas muitas estratégias de crescimento que nem sempre funcionam para todos. Mas uma coisa é clara: a Palavra de Deus ainda mostra o segredo para a Igreja crescer. No capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos, temos, pela primeira vez, o grande fundamento para esse crescimento. O versículo 42 diz que os irmãos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. E o versículo 47 diz que lhes acrescentava o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. Esses fundamentos ainda funcionam em qualquer época, inclusive hoje. Logo, temos que nos apropriar e viver essas verdades para que o Senhor faça a sua obra crescer. 
Neste relato de mais um milagre, temos a figura de Pedro, que, diz o texto, passava por toda a parte, certamente supervisionando e edificando as igrejas. Ele havia descido até os santos que habitavam em Lida. 
Lida, situada praticamente a quarenta quilômetros a noroeste de Jerusalém, era a cidade judaica mais importante da planície de Sarom. Capital de um dos distritos da Judeia em que também viviam os não judeus, ela escapou de grande parte da devastação da revolta posterior e acabou hospedando muitos mestres importantes, bem como uma escola rabínica.1  
Provavelmente, Lida foi evangelizada por Felipe, haja vista estar na estrada que ia de Azoto a Cesareia, caminho por qual passou segundo o relato de Atos 8.40. Quando Eusébio escrevia (263–330 d.C.), Diospolis era uma cidade bem conhecida e muito frequentada.
O Paralítico
Diz-nos o texto que Pedro encontrou um paralítico que jazia na cama há oito anos. Seu nome era Eneias. Sobre esse nome, Clarke vai dizer:
Esse nome foi celebrado nos anais da poesia pagã, naquela bela obra do poeta Virgílio chamada Eneida; que dá conta dos infortúnios, viagens, guerras, etc., de um príncipe troiano deste nome, após a destruição de sua cidade natal, Troia. Sobre a diferença de nomes que frequentemente ocorre em alguns passados das Escrituras, Calmet faz as seguintes observações sensatas: Como o grego e o hebraico, ou siríaco, eram comumente falados na Palestina, a maioria das pessoas tinha dois nomes, um grego e outro hebraico. Assim, Pedro foi chamado Cefas em hebraico e Petros em grego. Paulo foi chamado Saulo em hebraico e Paulo em grego. A pessoa em Atos 9.36, Tabita em hebraico e Dorcas em grego. E o paralítico curado por Pedro, Hananias em hebraico e Eneias em grego. Então, Tomé era o nome hebraico do apóstolo que, em grego, se chamava Dídimo.2 
A menção de um milagre específico, à luz dos “muitos sinais e prodígios” realizados, deve sempre ter um propósito específico. Logo, o ponto aqui é que, como no começo (At 3.1-10), os coxos e paralíticos são restaurados. Em Atos 9, era Eneias, e, no entanto, também devemos ver Eneias como uma imagem da humanidade, paralisada e aguardando a restauração. Foi isso que o ministério contínuo dos apóstolos estava realizando, e a ênfase está no fato de que, realmente, estava continuando. Nada poderia impedir o movimento crescente do poder do Espírito Santo. Ali estava alguém que precisava muito de algo, e agora sua necessidade deveria ser satisfeita, assim como a necessidade de um mundo que espera ainda mais.
E o mundo continua neste estado de paralisação, como se estivesse esperando por um milagre, pois ele está morto em seus pecados (1 Jo 5.19). Somente a ação sobrenatural do Espírito Santo pode levantar essas pessoas, como fez com Eneias, o paralítico. Se olharmos à nossa volta, veremos como muitas pessoas ainda aguardam uma restauração, pois estão paralisadas. Contudo, podemos crer que aquele momento da história iniciado no livro de Atos dos Apóstolos ainda perdura pelos séculos até nossos dias. Cremos, portanto, que podemos utilizar dessa autoridade que ocorreu para sermos canais de cura e transformação para muitos. 
Jesus Cura
Quando Pedro encontrou este homem paralítico, disse a ele de forma contundente: “Eneias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e arruma o teu leito” (At 9.34, ARA). Não era por outro nome que um milagre poderia ser realizado. Não era pelo nome de Pedro ou de qualquer outro apóstolo, mas apenas pelo nome de Jesus! Em sua carta aos Filipenses, Paulo diz que “Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome” (Fp 2.9). 
Logo depois de proferir as palavras de cura, Pedro fala para Eneias levantar-se e fazer a sua cama. E a Palavra de Deus diz que Eneias “logo se levantou”. Não foi necessário nenhum ritual, cerimônia, nenhum culto acontecendo, muito menos música inspiradora; era apenas a fé no nome de Jesus. 
Por sua iniciativa e certo de sua incumbência, ele se dirige ao enfermo: “Enéias, Jesus te cura”. De maneira ainda mais nítida do que na cura do mendigo aleijado em At 3, aqui Jesus é imediatamente destacado como o verdadeiro e único doador da cura. O nome de Jesus podia ser citado imediatamente, porque Jesus era conhecido pela fé nessa casa cristã.3  
Lembro-me de um culto de que participei na sede da Assembleia de Deus em Curitiba, no qual o dirigente do culto chamou os enfermos à frente para que nós, obreiros, orássemos por eles. Naquele momento, fui orar por um irmão da igreja, que não sabia qual era seu problema. Impus minha mão sobre sua cabeça e pedi a cura para ele em nome de Jesus. Semanas depois, ele veio alegremente me relatar que sofria de uma enfermidade há anos e que, naquela noite, naquela oração, Jesus havia-o curado e que, a partir daquele momento, ele nunca mais sofreu com aquele mal! Ficamos alegres no Senhor e certos de que Ele continua realizando milagres! 
Jesus não mudou e continua curando nos dias de hoje. César Moisés Carvalho destaca: “[...] é exatamente dessa forma que crê os pentecostais, pois em nenhum lugar da Bíblia está escrito que as manifestações sobrenaturais do Espírito acabariam com a morte do último apóstolo do Senhor”.4  Há milagres de cura ocorrendo em todas as partes do mundo. Eles não ocorrem com todas as pessoas, pois Deus é soberano e muitas vezes não cura por visar um propósito ainda maior (Is 40.28; Sl 147.5), mas Ele tem o mesmo poder para curar. 
Faça tua Cama
A ordem do apóstolo Pedro era para Eneias levantar-se e fazer a sua cama. Este homem jazia sobre aquele leito havia oito anos. Ele vivia impotente, sem poder levantar-se, além de muito dependente de outras pessoas para sua sobrevivência. Agora, porém, ele estava curado. E aquele ato de fazer a cama iria demonstrar publicamente que aquilo que o detinha estava agora sobre seu controle.
Quando somos curados e libertos por Jesus, temos a capacidade de ter o controle sobre situações que, antes, eram incontroláveis. Pessoas que vivem amarguradas e sem esperança podem alegrar-se quando Deus age, pois agora não mais viverão sob o peso da dor. Foi isso que Noemi disse para sua nora Rute quando ela estava prestes a encontrar-se com Boaz: “Lava-te, pois, e unge-te, e veste as tuas vestes” (Rt 3.3). Em outras palavras, ela estava dizendo: “Um novo tempo chegou para sua vida. Prepare-se para viver a bênção do Senhor”. O salmista declarou isso: “Tornaste o meu pranto em folguedo; tiraste o meu cilício e me cingiste de alegria” (Sl 30.11). O Senhor transformou minha tristeza em dança e o cilício5 em cinto de alegria. 
Nosso Salvador pede que o enfermo da paralisia levante-se e tome sua cama (Mc 2.11); e assim Ele comanda o homem impotente (Jo 5.8). Aqui, Pedro pede para este paralítico fazer sua cama; o que parece mais estranho, sendo ele ordenado a levantar-se, de modo que agora ele não deveria ter necessidade de ter sua cama feita; mas é facilmente respondida, sendo que isso se destinava apenas a mostrar quão plenamente ele estava curado, a construção de sua cama demonstrou tanto para si mesmo quanto para os outros que ele estava recuperado, como qualquer outra coisa poderia fazer.6 
Devemos sempre testemunhar do que Deus fez e faz em nossas vidas. O maior testemunho, com a absoluta certeza, é relatar que fomos salvos quando Ele morreu por nós lá na cruz do Calvário. O perdão de nossos pecados e a vida eterna (Jo 3.16) é algo que sempre deve estar em nossos lábios (Lc 1.46,47). Além da maior das bênçãos, precisamos testemunhar dos milagres que Ele tem realizado conosco e com nossa família. 
E os Habitantes São Convertidos 
Que maravilha é o desfecho dessa história! Aquele homem paralítico, que jazia numa cama havia oito anos, torna-se o instrumento para que muitas pessoas creiam no Senhor. Aliás, o versículo 35 diz: “E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor”. O impacto do milagre é nítido nessa história. Por meio dessa cura, o evangelho foi aceito, pois todos testemunharam a mudança sobrenatural que ocorreu com aquele homem mediante a oração de Pedro em nome de Jesus.
Os efeitos do poder de Jesus são visíveis. Sob a ordem de Pedro, Enéias se levanta, não deixando dúvida sobre a realidade da cura. Os judeus em Lida e na planície circunjacente de Sarona veem que o homem foi completamente curado. O homem é muito conhecido, e esta ação profética faz com que muitos deles se tornem crentes no Senhor Jesus.7  
Nesse episódio, podemos ver claramente a relevância que o milagre teve na conversão daquela gente. O evangelho nem sempre vai enfatizar que o meio para crermos é vendo milagres, mas também é ouvindo a Palavra de Deus e, pela fé, crer no Senhor Jesus, mesmo não vendo milagre algum (Hb 3.7,8; Rm 10.9). Nessa passagem, porém, o milagre foi a mola propulsora para que muitos cressem. Isso nos faz lembrar a resposta de Jesus mediante a pergunta de João Batista — se Ele era, de fato, aquEle que haveria de vir. César Moisés Carvalho comenta:
Fico pensando em como Jesus Cristo seria visto nessa análise, posto que ao ser questionado pelos discípulos de João Batista, a pedido do último profeta veterotestamentário, acerca de sua messianidade, o Senhor não lhes ofereceu uma “resposta-teológica-proposicional-metafísica”, mas apenas operou vários milagres e maravilhas diante deles e deixou que os discípulos do Batista levassem o relatório e que, diante disso, ele mesmo tirasse suas conclusões (Mt 11.1-6; Lc 7.18-23).8 
A figura de Pedro foi crucial nesse acontecimento, pois o próprio Senhor Jesus disse: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, [...] imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18). 
Uma Cidade Chamada Jope
No mesmo capítulo 8 de Atos, após o maravilhoso relato da cura de Eneias, o texto vai informar mais um acontecimento extraordinário. Esse se deu em Jope, onde é, hoje em dia, a moderna cidade de Jafa, porto marítimo, mais próximo a Jerusalém. Essa cidade foi local de vários momentos importantes na história ao longo dos séculos. Beers discorre:
Mencionada em primeiro lugar na lista das cidades tomadas por Tumés III no século XV a.C., foi, durante muito tempo, um centro importante do governo egípcio. Sob os filisteus, tornou-se o porto do norte da nação. Davi a recapturou, e Salomão a usou para receber o cedro que fez flutuar desde o Líbano, e transportou por terra até Jerusalém para usar no seu templo. Jonas fugiu de Jope, de barco, para evitar a sua ida a Nínive. Em 701 a.C., Senaqueribe destruiu a cidade, mas nos tempos de Esdras ela novamente estava disponível para que Zorobabel transportasse os cedros para o seu Templo, em Jerusalém. Alexandre, o Grande, mudou seu nome de Yapho para Jope, em honra a Jope, filha de Éolo, deus dos ventos. Sob a dominação de Roma, ela se tornou parte do território de Herodes, o Grande. Como o povo de Jope odiava Herodes, ele construiu Cesaréia a 64 quilômetros ao norte, e a importância de Jope declinou.9 
Nos dias de hoje, como subúrbio de Tel Aviv, ela abriga em torno de 55 mil habitantes. Já a área da grande Tel Aviv possui quase 440 mil habitantes, correspondendo a um terço da população do país. Instalada sobre uma rocha que se projeta no Mediterrâneo, possui praias arenosas, mas que escondem recifes perigosos. 
Uma Mulher de Boas Obras
Nessa cidade, havia “uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia” (At 9.36). Ambos os nomes significam “gazela”. Essa palavra era usada como símbolo de beleza e graciosidade. Mas a beleza dessa mulher não era necessariamente devida à sua aparência física, mas, sim, à caridade que ela exercia. Sua notabilidade originava-se de suas ações, e não apenas de suas palavras. 
Jesus diz que a árvore é conhecida por seus frutos (Lc 6.44). Em outra passagem, no Sermão do Monte, o Senhor diz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16). Essa mulher certamente glorificava a Deus pelas suas obras. Sabemos que as obras não nos salvam (Ef 2.8,9). Contudo, fomos salvos em Cristo Jesus para as boas obras (Ef 2.10), ou seja, as boas obras são uma confirmação externa de nossa fé, pois elas agem conjuntamente (Tg 2.22). A Bíblia afirma categoricamente que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). 
No Mundo Tereis Aflições
Como qualquer outra pessoa, o discípulo ou discípula de Jesus também passa por provações. Jesus disse isso aos seus discípulos em suas palavras de despedida (Jo 16.33). Nesse caso, Tabita adoeceu, o que a levou às últimas consequências: a morte. 
Existe um evangelho sendo pregado que promete só coisas boas àqueles que se entregam a Cristo e utilizam a sua fé. A trágica teologia da prosperidade vai dizer que sofremos porque não temos fé; se estivermos sem dinheiro, é porque não temos fé; se ficarmos doentes, também é porque não usamos nossa fé. Mas não é isso que a Bíblia diz. O fato de estarmos sem dinheiro ou mesmo passando por dificuldades não quer dizer que não estamos na presença do Senhor ou porque não temos fé. Jesus disse que Ele mesmo não tinha onde “reclinar a cabeça” (Mt 8.20). Ainda temos a história do jovem rico, que ficou demonstrando que o amor ao dinheiro é terrível (Lc 18.18-30; cf. 1 Tm 6.10). O sofrimento também faz parte da vida do cristão. Em Tiago 1.2-4, está escrito: 
Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. 
E, quanto a estar doente, temos alguns exemplos na Bíblia de pessoas de fé que continuaram doentes. Em 2 Samuel 12, Davi pediu cura para seu filho, mas ele acabou morrendo. Paulo, a quem Deus usou para realizar maravilhas, deixou Trófimo doente em Mileto (2 Tm 4.20); e ele mesmo pediu que o curassem de um espinho na carne, que o Senhor não o atendeu (2 Co 12.7-9). 
Chamem o Homem de Deus
Os discípulos de Jesus em Jope ouviram falar que Pedro estava em Lida, outra cidade. As pessoas que conheciam Dorcas não hesitaram em buscar Pedro, que estava a uns 15 km dali, para encontrar-se com eles (At 9.38).
Mesmo diante da morte, eles ainda criam que Pedro era um homem a quem o Senhor usava poderosamente. Como é lindo perceber que muitas pessoas ainda creem que Deus usa os seus servos escolhidos! Mesmo diante do pior cenário, aquelas pessoas criam que algo poderia acontecer por meio da vida do apóstolo. Isso nos traz valiosas lições, a saber, que as pessoas olharão para nós, cristãos, como homens e mulheres de Deus e terão uma grande expectativa de que poderemos ajudá-las de alguma forma. Outra grande lição que vem dessas pessoas que amavam a falecida é a de que temos de fazer tudo o que estiver a nosso alcance para socorrer uma pessoa, ainda que seu estado esteja sem esperança.
Preparação do Ambiente
Quando Pedro chegou ao ambiente fúnebre, fez com que todas as pessoas saíssem. Pedro não queria estar perto de duvidosos ou de pessoas que não iriam ajudar naquele momento crucial. O apóstolo não desejou ficar perto de pessoas que estavam apenas chorando, mas queria ter toda a sua concentração naquEle que poderia realizar o milagre. Ele não queria transformar aquilo num espetáculo, mas apenas glorificar o nome do Senhor Jesus. “Pedro quis ver-se livre das pessoas que não contavam com o poder divino: sente-se dependente da graça que vem pela oração”.10 
E a Morta Ressuscita
Tendo preparado o ambiente, Pedro volta-se para o corpo e diz: “Tabita, levanta-te” (v. 40). “A frase que Pedro usa em 9.40 — ‘Tabita, levanta-te’ — é muito semelhante à que Jesus disse em aramaico em Marcos 5.41: ‘Talita cumi’”11.  E o texto continua: “E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva” (At 9.40,41). Que maravilha! Assim como aconteceu nas passagens do filho da viúva (Lc 7.11-17); a filha de Jairo (Mc 5.21-43) e com o amigo de Jesus, Lázaro (Jo 11), mais um milagre de devolver a vida a quem estava morto acontece! 
E muitos Creram no Senhor
Esse milagre ficou “conhecido por toda Jope, e muitos creram no Senhor” (At 9.42, ARA), isto é, creram em Cristo Jesus, em cujo nome e através de cujo poder eles entenderam que esse milagre foi realizado. Esse milagre, assim como o de Lida, não era apenas o meio de fortalecer a fé dos discípulos e de ganhar crédito pela causa do cristianismo, mas também de trazer muitos convertidos sinceros ao Senhor, de modo que a Igreja era tanto edificada como aumentada.
Um fato dessa grandeza não pode ficar oculto. Antes disso os “santos” em Jope também não haviam se calado acerca de Jesus. Agora seu poder redentor tornou-se visível entre eles em sua própria cidade. “E muitos creram no Senhor”. Muitos, não todos. Contudo, Pedro tem motivos para permanecer um tempo mais longo em Jope e levar adiante o movimento desencadeado pelo avivamento de Tabita. Por maior que fosse a alegria dos cristãos, sobretudo das viúvas, de terem a “Gazela” de volta, o mais importante não era esse movimento corporal, mas o subsequente avivamento espiritual. Tabita teria de morrer em outro dia. Porém quem aceitava a fé agora ganhava a vida eterna.12 
Esse foi o primeiro milagre desse tipo que foi realizado pelos apóstolos. O efeito foi que muitos creram. Não se tratou apenas de um trabalho de benevolência, em restaurar a vida a alguém que contribuiu em grande parte para o conforto dos pobres, mas também era um meio de ampliar e estabelecer, como foi concebido, sem dúvida, o Reino do Salvador.
Os frutos do milagre estavam claros. Dorcas foi apresentada viva novamente aos crentes da igreja local e, especialmente, às suas companheiras viúvas. Isso foi mais do que um consolo; também foi uma ação sobrenatural do poder e da bondade de Deus para com aquelas pessoas. Certamente, houve uma alegria indizível por parte das pessoas que a conheciam naquela região; afinal de contas, uma irmã que realizava tantas coisas boas faria muita falta. Fora uma perda terrível. Deus, todavia, quis demonstrar seu poder sobre a morte e que isso seria sinal aos incrédulos, assim como foi de fato. Então, além de ser a fonte de gozo para com a comunidade local, esse milagre fantástico serviu para que muitos se voltassem ao Senhor e recebesse a fé cristã. Não foi algo para enaltecer Pedro ou promover a igreja, como muito se vê atualmente, mas, sim, para que as pessoas cressem em Cristo. Aliás, o texto subsequente ao milagre diz que Pedro, o canal por onde se deu o milagre, ficou muitos dias em Jope. Mas ele não ficou em um hotel 5 estrelas, nem ficou dando entrevistas e tirando fotos como uma unanimidade. Não. Pedro ficou na casa de um profissional chamado Simão, cuja atividade era ritualmente imunda para Pedro — um curtidor, alguém que convertia peles de animais em couro. Isso é bem diferente do que acontece com muitas estrelas gospel de hoje, que são tão badaladas como se fossem estrelas de Hollywood. 

1 KEENER, 2017, p. 414.  
2 CLARKE, 1832.  
3 BOOR, 2002, p. 152.  
4 CARVALHO, 2017, p. 234.  
5 Cinto ou cordão eriçado de cerdas ou correntes de ferro, cheio de pontas, com que os penitentes cingem o corpo diretamente sobre a pele. 
6 POOLE, Matthew. Matthew Poole’s English Annotations on the Holy Bible, 1685. 
7 ARRINGTON, French L. Comentário Bíblico Pentecostal, 2015, p. 679.  
8 CARVALHO, 2017, p. 253.  
9 BEERS, 2013, p. 357. 
10 MCNAIR, 1985, p. 394.  
11 GONZÁLEZ, 2011, p. 160.  
12 BOOR, 2002, p. 154.

Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Lição 08 - 4º Trimestre 2019 - Um menino pastor - Berçário.

Lição 08 - Um menino pastor 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Mostrar à criança que Davi era pastor e cuidava bem das suas ovelhinhas.
É hora do versículo: “Eu sou o bom pastor [...]” (Jo 10.11).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi. Desde bem cedo ele já ajudava o seu pai a cuidar das ovelhas. Davi protegia suas ovelhinhas dos animais que fariam mal a elas. Ele também tocava um instrumento musical muito bonito chamado harpa. Davi cuidava muito bem das suas ovelhinhas. Nós também somos ovelhinhas de Jesus, Ele é o nosso pastor e cuida muito bem de nós.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colarem algodão e escrever o nome delas na ovelhinha. Diga a elas que nós somos ovelhinhas de Jesus e Ele cuida muito bem de nós.
ovelha licao8 bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário