quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - Pedro é livre da prisão - Jovens.

Lição 10 - Pedro é livre da prisão 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- A Prisão de Pedro;
II- Pedro é Livre da Prisão;
III-Deus responde.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Analisar o contexto da prisão de Pedro e a intercessão feita pelos irmãos;
Narrar os fatos e lições da libertação miraculosa de Pedro;
Reafirmar o fato de que Deus ouve a oração de seus filhos.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
Embora estejamos estudando o avanço da Igreja Primitiva entre os povos, envolto em sinais e milagres da parte do Senhor, o movimento também experimentou perseguição. Neste relato, registrado no capítulo 12, foi Herodes Agripa I, rei da Judeia, que empreendeu tal oposição. Para agradar os judeus, ele maltratou vários cristãos, matou Tiago, irmão de João, e prendeu a Pedro. Jesus, entretanto, tinha uma aliança com Pedro. Ele tinha ficado com a responsabilidade de ser um dos líderes da Igreja (Mt 16.18,19; Jo 21.15-17; At 1.15-25; 2.14-36; 4.1-12; Gl 1.18; 2.9). Logo, Deus não permitiria que ele ficasse preso para sempre, mas o propósito na vida do apóstolo continuaria a acontecer.
Herodes Agripa I
Herodes Agripa I era neto de Herodes, o Grande, e um dos filhos de Aristóbulo, a quem Herodes matou. Herodes, o Grande, deixou três filhos, entre os quais seu reino foi dividido — Arquelau, Filipe e Antipas (ver Mateus 2.19). Para Filipe, ficou Itureia e Traconita (ver Lucas 3.1); para Antipas, Galileia e Pereia; e para Arquelau, Judeia, Idumeia e Samaria. Arquelau, sendo acusado de crueldade, foi banido por Augusto para Viena na Gália, e a Judeia foi reduzida a uma província e unida à Síria. Quando Filipe morreu, essa região foi concedida pelo imperador Calígula a Herodes Agripa. Herodes Antipas foi expulso também para a Gália e, depois, para a Espanha, e Herodes Agripa recebeu também sua tetrarquia. “No reinado de Cláudio também, os domínios de Herodes Agripa foram ainda mais ampliados”.1  Quando Calígula foi assassinado, ele estava em Roma e, tendo-se agradecido a Cláudio, conferiu-lhe também Judeia e Samaria, de modo que seus domínios eram iguais em extensão aos de seu avô, Herodes, o Grande. Ele era altamente respeitado pelos judeus e começou a perseguir a Igreja apenas para agradá-los. 
A Cruel Perseguição
Por ter recebido o trono da Palestina pelo imperador Cláudio, Herodes Agripa I quis logo agradar os romanos pelos seus favores. Ele vivia uma vida em meio aos luxos e prazeres dos pagãos e, junto a isso, queria obter a reputação de um judeu piedoso. Certamente, ele já tinha ouvido falar dos cristãos, uma “seita fanática” que começava a incomodar o sistema. E, pra conquistar ainda mais a popularidade nacional, ele empreendeu uma cruel perseguição aos cristãos e matou à espada Tiago, irmão de João, e prendeu Pedro.
Para perseguir o cristianismo era necessário resolver qual o método seria adotado. O imperador romano Deocleciano, por exemplo, imaginou pôr fim ao cristianismo destruindo as Sagradas Escrituras. Então, promulgou um decreto para busca e apreensão de todas as bíblias encontradas em seu vasto império. Herodes usou estratégia de acabar com os líderes. Acreditava que a morte dos pastores dissiparia o rebanho. O primeiro a sofrer com essa perseguição foi o apóstolo Tiago. Certa vez ele declarou poder beber o cálice de sofrimento como prova de fidelidade a Cristo (Mt 20.20-23). Por que Tiago foi morto e Pedro libertado? Tiago já tinha completado a obra destinada a ele. Em relação a Pedro, Deus tinha outros planos. Deus é glorificado no martírio de alguns servos e na libertação de outros.2 
Um Prisioneiro Badalado
Pedro era o presidiário mais badalado da época, pois era o principal líder da seita do nazareno, que começava a incomodar não só os judeus, mas agora os romanos. A Páscoa era o evento mais importante para os judeus, e Pedro, sendo apresentado ao povo, ia tornar-se a atração principal (At 12.4). Realmente, ele era o apóstolo principal, pois era bem conhecido e contra quem os judeus tinham, sem dúvida, uma antipatia em particular. Eles ficariam felizes se pudessem ficar livres dele; este Herodes era sensato e, portanto, para agradá-los, ordenou que ele fosse preso. 
Eram os dias dos pães asmos. Portanto, a detenção do discípulo acontece na mesma época em que seu Mestre foi preso. Porém, enquanto no caso de Jesus o Sinédrio realizara o processo às pressas, ainda antes do começo da festa, Herodes evidentemente pensa num grande processo espetacular, a ser realizado calmamente após a festa. Pedro é vigiado rigorosamente na prisão. “Quatro escoltas de quatro soldados” se revezam na vigilância a cada três horas conforme o costume romano. Talvez o Sinédrio tenha alertado Herodes para os constrangedores acontecimentos de Atos 5.17 a 26.3 
Seu aprisionamento foi levado tão a sério que ele era guardado por 16 soldados. A Bíblia diz que eram quatro escoltas de quatro. Ele ainda foi acorrentado com duas cadeias, dormia entre dois soldados, e a porta era vigiada por outros dois soldados. Nos dias de hoje, seria como guardar um dos piores criminosos do mundo com tanta segurança que chamaria muita atenção midiática. Talvez Agripa temesse uma resistência armada, uma tentativa de seu grupo libertá-lo. Era realmente um homem perigoso ao regime e à religião dominante. 
A Igreja em Oração
O versículo 5 deste capítulo é essencial para o milagre ocorrido. O texto bíblico diz que “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus”. O cenário era dos piores, com uma cruel perseguição acontecendo, um apóstolo já morto, e outro aprisionado. Entretanto, a igreja ainda tinha uma arma poderosa em suas mãos: a oração. E essa oração era feita de forma incessante a Deus em favor do apóstolo Pedro. Tiago dirá mais tarde que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16). O próprio Pedro fez menção desse episódio quando escreveu: “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações” (1 Pe 3.12). O profeta Isaías diz “que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir” (Is 59.1). 
Quando Moisés orou, o Mar Vermelho foi dividido. Quando Elias orou, fogo desceu dos céus. Quando Daniel orou, um anjo fechou a boca dos leões. Quando Ana orou, ela recebeu um filho. A Bíblia apresenta-nos muitos relatos de orações respondidas. E ela é quem nos recomenda a oração como a forma de apoderarmo-nos do poder infinito de Deus. Jesus promete: “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.14). 
“A oração toma posse do plano de Deus e se torna o link entre Sua vontade e seu cumprimento na terra.” (Elisabeth Elliot). Elizabeth Elliot (1926–2015) foi missionária juntamente com seu marido no Equador por muitos anos. Escritora e palestrante, Elliot escreveu vários livros sobre o cuidado de Deus com nossas vidas e sua direção para conosco. Na frase mencionada, ela expressa de forma contundente que a oração é o link, numa linguagem bem jovem, para Deus realizar sua vontade em nossas vidas. Em seu livro God’s Guidance – Finding His Will for Your Life (A Direção de Deus – Descobrindo a Vontade do Senhor para sua Vida), ela diz que está totalmente segura de que Deus quer guiar nossas vidas, mas temos que nos aproximar dEle para caminharmos confiantemente, e essa aproximação dá-se pela oração. 
A igreja estava em oração contínua. Quando Paulo fala para orarmos sem cessar (1 Ts 5.17), podemos pensar: “Mas como é que eu vou orar sem cessar?”. Nem sempre posso estar ajoelhado(a) em meu quarto para buscar a Deus. Mas o que o apóstolo está dizendo é que devemos orar em espírito sempre que pudermos, pois Deus ouve nossos pensamentos e sentimentos. Quando estou no ônibus, quando estou dirigindo, andando na rua ou esperando em algum consultório médico, posso muito bem usar essas ocasiões para orar. Enfim, em todas essas situações, posso orar em espírito, louvando, pedindo sua direção para todas as coisas e intercedendo pelos meus irmãos. O rei Davi orava quatro períodos do dia: de manhã, ao meio-dia, à tarde e à noite (Sl 55.17; 6.6). E Daniel? Três vezes ao dia. Martinho Lutero (1483–1546), um dos mais importantes nomes da Reforma Protestante do século XVI, dizia que, se não orasse duas horas todos os dias, não conseguiria realizar tudo o que tinha para fazer. Obviamente, nem todos conseguem orar durante esse tempo todos os dias, mas creio que podemos fazer um pouco mais do que já fazemos. 
O escritor Charles Swindoll, em seu livro Firme Seus Valores, diz que o mais interessante em tudo isso é que a primeira e única solução de um problema que temos é a última a que recorremos... oração. 
Veja o que diz em Filipenses 4.6,7:
Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
Porém, pode ser que já estejamos tão acostumados com essas palavras que elas não surtem mais o efeito esperado. Assim sendo, vejamos esse mesmo texto em outra versão, a da Bíblia Viva:
Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-Lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.
A Igreja Primitiva acreditava no poder da oração, e Deus atendeu. Ainda hoje, devemos sempre crer e viver uma vida de oração. 
A Intervenção Angelical
Mais uma vez, temos uma cena em que o ministério angelical entra em ação. Semelhantemente, um anjo já havia aberto portas de prisões (At 5.19). Noutra ocasião, um anjo também age quando dava uma orientação a Filipe sobre o lugar em que ele precisava estar (At 8.26). Alguns intérpretes, com a mente cética, não têm acreditado no ministério dos anjos. Mas vemos que, em diversas passagens bíblicas, essa aparição e intervenção é mencionada. Como aqui no livro de Atos e em outras passagens do Novo Testamento, alguns vão até dizer que essa foi uma alegoria feita pelo escritor sagrado para relatar o livramento que Deus deu a Pedro. Outros ainda vão dizer que houve algum fenômeno natural, como terremoto, que teria possibilitado a fuga do apóstolo. Contudo, o texto é claro quando nos diz que um anjo do Senhor iluminou a prisão e, tocando em Pedro do lado, despertou-o e disse para ele levantar-se depressa. As cadeias foram ao chão (v. 7). Podemos ver em Hebreus 1.14 que há um ministério ativo dos anjos em favor dos crentes. No entanto, o que precisamos sempre lembrar é de que os anjos são seres criados por Deus, mas nunca alvo de adoração.
Tomando a Capa de Volta 
Quando o anjo do Senhor desperta Pedro e as cadeias caem, ele diz para o apóstolo cingir-se, atar suas sandálias e colocar sua capa. Nada de correria ou pânico; Deus está no controle de tudo.
O anjo poderia ter mandado Pedro fugir, salvando sua vida. Ou ter arrancado o apóstolo pela porta, num gesto repentino. Mas fez tudo de modo a revelar que Deus domina as circunstâncias, não havendo, portanto, lugar para o pânico. Manda Pedro se vestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa necessária para atravessar a cidade à noite. O anjo dava a entender que os soldados não seriam um problema, e que tudo estava sob controle. Os planos e propósitos de Deus são tão firmes e seguros que não há correria! Pânico e preocupação não devem perturbar a vida espiritual de quem está dentro dos planos dele!4 
O aprisionamento de Pedro poderia significar o fim de seu ministério. Porém, o Senhor ainda tinha algo a fazer por meio da vida de Pedro. A obra não tinha acabado (Fp 1.6). A ordem era para ele cingir-se, ou colocar seu cinto de volta. Paulo, escrevendo sobre a armadura de Deus que devemos ter, diz que precisamos estar cingidos com a verdade (Ef 6.14), ou seja, nossa vida precisa estar envolvida com a verdade (Jo 14.6). Depois, ele deveria atar as sandálias, ou a preparação do evangelho (Ef 6.15). E, por fim, vestir a capa. Esse item era símbolo da chamada, ministério, que agora tinha sido colocada de lado. Mas a capa de Pedro não ficou muito tempo longe dele. E é assim que Deus fará conosco. Mesmo que nossa chamada seja desafiada e interrompida, Deus vai intervir e dizer-nos para estarmos sempre envolvidos com a verdade, preparar nossos pés e retomar nosso ministério de volta.
É o Senhor quem Abre Portas
Os soldados, as correntes, as sentinelas e o portão de ferro não são nada quando Deus está conosco e quando a oração está atrás de nós. Muitos de nós estamos preocupados com o portão de ferro antes de chegarmos a ele. Mesmo dias, semanas ou meses antes já estamos ansiosos com o portão de ferro! Mas Deus cuidará disso quando chegarmos a Ele. É Ele quem guia os passos de seus filhos para o propósito que Ele designou. A Palavra de Deus diz: “O coração do homem considera o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos” (Pv 16.9). Ainda no Salmo 32.8 diz: “Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos”. Deus tem um propósito para cada um de nós e, se estivermos no centro de sua vontade, Ele vai abrir as portas necessárias e ser nosso guia para que vivamos os seus planos. 
F. F. Bruce (1910–1990), um apologista e erudito da Bíblia, relata a história de Sundar Singh, um cristão tibetano que também foi milagrosamente liberto de uma prisão. Por causa de sua pregação do evangelho, ele foi jogado em um poço, e uma cobertura foi colocada sobre ele e trancada com segurança. Ele seria deixado no poço até morrer. Sundar podia ver apodrecendo os ossos e cadáveres daqueles que já haviam perecido ali. Na terceira noite de sua prisão, ele ouviu alguém destrancando a tampa do poço e removendo-a. Uma voz disse a ele para segurar a corda que estava sendo baixada. Sundar ficou grato por a corda ter um laço no qual ele poderia colocar o pé, porque ele havia machucado o braço na queda no poço. Ele foi levantado, e a tampa foi substituída e trancada, mas quando ele olhou para agradecer ao seu salvador, não encontrou ninguém. Quando a manhã chegou, ele voltou para o mesmo lugar em que foi preso e começou a pregar novamente. As notícias da pregação chegaram ao oficial que o prendera, e Sundar foi trazido diante dele novamente. Quando o funcionário disse que alguém deveria ter pegado a chave e libertado Sundar, eles procuraram a chave e encontraram-na no próprio cinturão oficial. Deus ainda está escrevendo o livro de Atos!
Acredite ou não 
A história da libertação de Pedro também tem sua pitada de humor. Depois de ser levado pelo anjo para fora, Pedro cai em si e vai à casa de Maria, onde muitos irmãos estavam reunidos orando justamente pela libertação de Pedro. E ele aparece bem à frente da casa deles, bate à porta, e uma menina chamada Rode foi ver quem era. Quando ouviu a voz de Pedro, ela disse aos irmãos que ele estava ali, ao que responderam que ela estava fora de si. Insistindo a menina, diziam que era seu anjo! Eles até esperavam que Deus fosse salvar Pedro; agora crer já é outra história! Lá estava o pobre do Pedro ali, um tanto assustado, e o povo que orou por sua libertação dizendo à menina que aquilo tudo era coisa da cabeça dela (At 12.12-16). Sobre esse episódio, Keener comenta:
Na comédia grega, um escravo às vezes diz bobagens; aqui, contudo, são os ouvintes livres da criada que atuam como figuras cômicas. Devido ao propósito da reunião de oração (12.5), a surpresa deles é ironia, assim como o fato de Pedro precisar insistir em bater na porta — o que poderia acordar alguns vizinhos, provavelmente famílias sacerdotais aristocráticas; assim, eram potencialmente perigosos. Essa ironia provavelmente não escaparia dos ouvintes antigos de Lucas (cf. 24.10,11,37). Em algumas tradições judaicas populares os justos se tornariam semelhantes aos anjos depois da morte.5 
Eles nem tinham crido, mas a oração já tinha sido respondida. Sim, Deus pode responder nossas orações mesmo quando nossa fé é fraca e nossas dúvidas são fortes (cf. Mc 9.24). 
Continue Batendo 
Uma lição importante desse texto é o da persistência. O apóstolo Pedro não se desanimou quando a menina Rode não abriu a porta para ele, mas continuou batendo. Ele não foi embora em desgosto por não ter sido atendido na primeira batida. Nós também devemos continuar em oração. A mão da fé nunca bateu a porta da graça em vão. Muitas coisas são conquistadas por aqueles que continuam batendo, isto é, tentando, insistindo, recomeçando, mesmo diante das barreiras e dificuldades ao longo do caminho. Jesus mesmo disse: “Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre” (Mt 7.8). É essencial estabelecermos alvos menores que nos conduzirão a alvos maiores. Precisamos estar preparados para continuarmos diligentemente em direção àquilo que almejamos. Pedro tinha convicção de que Deus havia feito um milagre e que tinha um plano na vida dele. O Senhor já havia aberto portões grandes de ferro vigiados por soldados. Não era um portão comum de uma casa, que foi atendido por uma menina, que ia desencorajá-lo agora. Por isso, ele ficou, continuou batendo, insistindo e finalmente se alegrou com seus irmãos. 
O Toque Divino
Toda libertação de Pedro começou com um toque do anjo ao seu lado na prisão. Pedro estava dormindo, quem sabe desanimado quanto ao seu destino no dia seguinte. Sua vida acabaria ali? Não. Por meio de um anjo, o Senhor toca nele. Ele atribui diretamente sua libertação ao Senhor; não menciona o anjo. O toque do Senhor pode mudar toda uma situação. Daniel foi tocado pela mão de Deus e recebeu consolo em um momento de aflição (Dn 10.10). Em 1 Samuel 10.26, está escrito: “E foi também Saul para sua casa, a Gibeá; e foram com ele, do exército, aqueles cujo coração Deus tocara”. Olha que interessante! Não foi a esposa, os filhos ou os líderes que tocaram o coração daqueles homens; foi Deus.  
Certa vez, Jesus descia do Monte seguido por grandes multidões. Um leproso aproximou-se dEle, adorou-o e disse que, se o Senhor quisesse, podia purificá-lo. Jesus, movido por compaixão, estendeu a mão, tocou aquele leproso e disse: “Quero, sê limpo”. E, na mesma hora, ele ficou limpo de sua lepra (Mt 8.1-4). O toque de Jesus tem poder. Não há barreiras, ou qualquer outro tipo de impedimento que possa frustrar quando Deus deseja tocar em uma pessoa.
O coração é algo muito profundo, que fala de intimidade, do mais profundo de nosso interior. E Deus é capaz de tocar-nos justamente nesse local que poucos conseguem entrar por meio de sua palavra, que é considerada na Bíblia como algo mais cortante que uma espada de dois gumes (Hb 4.12). O toque de Deus é poderoso, e onde Ele toca as coisas são transformadas. Corações endurecidos tornam-se de carne novamente. Há um lindo louvor antigo que diz: “Tocou-me, Jesus tocou-me. De paz Ele encheu meu coração. Quando o Senhor Jesus me tocou, livrou-me da escuridão”. 
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens


1 BARNES, 1870.
2 PEARLMAN, 1995, p. 132. 
3 BOOR, 2002, p. 179.
4 PEARLMAN, 1995, p. 135.
5 KEENER, 2017, p. 424.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

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