sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - A Ovelha Perdida - Juniores.

Lição 12 - A Ovelha Perdida 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Lucas 15.1-7.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana, seus alunos aprenderão a respeito de uma história cativante. Sempre que contada nos faz perceber quão grande é o amor do Pai pelas pessoas. A história da ovelha perdida é o tema desta lição. Nela, seus alunos terão a oportunidade de aprender mais um pouco sobre o amor de Deus por aqueles que, assim como a ovelha que se perdeu do rebanho, também se encontram afastados da Casa do Pai.
Jesus contou esta parábola quando percebeu o preconceito dos fariseus e escribas a respeito daqueles que se achegavam a Jesus para ouvir a sua palavra. Eram pecadores e publicanos que se juntavam a Jesus não somente para ouvi-lo, mas também para fazer uma refeição. O momento da refeição era sagrado para os judeus e representava os laços de união entre aqueles que estavam assentados à mesa. Como poderia, aquEle que se dizia ser um homem santo, o Filho de Deus, sentar-se à mesa para comer com pecadores e publicanos, pessoas consideradas de baixa moral em Israel? A resposta de Jesus ao preconceito religioso e insano dos fariseus se dá no momento em que Ele começa a contar a parábola.
Jesus declara que, assim como aquele homem deixou as noventa e nove ovelhas no aprisco e foi em busca daquela que estava perdida, o Senhor Deus também está à procura dos que estão perdidos. Para Deus, não importa o que tenha levado à ovelha desgarrar-se do rebanho, e sim o fato de encontrá-la e trazê-la de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
É possível perceber a alegria daquele homem ao reencontrar a sua ovelha. Ele resolveu chamar seus amigos e vizinhos para comemorar aquele fato que tinha fundamental importância para ele. A alegria de Deus é a mesma quando um pecador se arrepende.
Em o Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento (2007, p. 174), Lawrence O. Richards discorre:
[...] Embora os pastores de ovelhas do século I tivessem uma posição social tipicamente baixa, todos estavam familiarizados com o cuidado com o que o bom pastor protegia o seu rebanho. À noite, o pastor contava cuidadosamente suas ovelhas para se certificar de que não estivesse faltando nenhuma. Se faltasse uma, ele não deixaria as outras sozinhas, mas encontraria outra pessoa para vigiá-las em seu lugar. Contudo, Jesus retrata este pastor deixando o seu rebanho de forma apressada para encontrar a única ovelha perdida. De algum modo, o pastor sentiu uma urgência terrível; e quando achou a ovelha, ele a apanhou em seus braços e a trouxe com grande alegria.   
O cuidado e a diligência do bom pastor ilustram o cuidado de Deus em busca pelos que estão perdidos. Deus tem operado e falado aos corações daqueles que por algum motivo encontram-se afastados do caminho da salvação. Em muitos casos, a falta de conhecimento e compreensão das Escrituras Sagradas tem levado a muitos se distanciarem do aprisco do Senhor. Muitos alegam que não se sentem dignos de participar da comunhão com os irmãos, quando, na verdade, Jesus deixou claro que não necessitam de médicos os que estão são, mas sim os que estão doentes (Mt 9.12). Sãos as pessoas que precisam, ou mesmo, as que reconhecem suas fraquezas e se colocam na dependência de Deus, que alcançam a graça divina.
Em outra ocasião, o Mestre afirmou que não veio chamar os justos, mas sim os pecadores ao arrependimento (Lc 5.32). O sentimento de indignidade é natural, tendo em vista que somos pecadores carentes da misericórdia de Deus. Todavia, é importante entender que a nossa salvação não está fundamentada em boas obras. Antes, cremos naquEle que nos justifica perante Deus, a saber, Jesus Cristo, o Justo. Do mesmo modo, as boas obras foram feitas para que nela andássemos e as praticássemos.
Concluímos, pois, que não somos salvos pelas obras, e sim para as boas obras (Ef 2.8-10). Considerando essas informações, converse com seus alunos a respeito de termos o Senhor como nosso Bom Pastor. Reforce que somos ovelhas do Senhor e Ele é quem cuida de nós em todos os momentos de nossas vidas. 
Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:Recorte vários pedaços de cartolina em formato retangular 10 cm X 15 cm.
Recorte, também, gravuras de diversos animais, inclusive a ovelha, pode ser: boi, cavalo, cachorro, galinha, pássaros, leão, urso e outros. Cole as gravuras nos pedaços de cartolina e cole debaixo das cadeiras. Divida a turma em dois grupos e, ao seu sinal, permita que os alunos procurem onde está a ovelha. Deixe as cadeiras fora do lugar na sala para dificultar a procura. Cada grupo terá a sua vez de procurar a ovelha. Quando for a vez do segundo grupo, embaralhe os cartões de modo que os alunos não percebam em qual cartão está a ovelha. Vence a equipe que encontrar mais rápido a ovelha.

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - Namoro no Tempo Certo - Pré Adolescentes.

Lição 12 - Namoro no Tempo Certo 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Eclesiastes 3.1-8. 
Caro(a) professor(a),
A lição desta semana trata de um assunto muito polêmico entre os pré-adolescentes: namoro. Talvez você possa se perguntar: como assim? Não é muito cedo para tratar deste assunto com meus alunos? Acontece que com o advento da internet as informações circulam cada vez mais rápidas. Isso faz com que muitos pré-adolescentes tenham acesso cada vez mais cedo a todo tipo de informação. Hoje em dia é possível aprender qualquer coisa de qualquer lugar a qualquer hora do dia. Basta ter um pequeno computador ou mesmo celular com acesso à internet e pronto, seus alunos saberão tudo a respeito de namoro. 
Por esse motivo, professor, você exerce um papel importantíssimo na formação de seus alunos. Mesmo que tenham acesso a qualquer tipo de informação, seus alunos procurarão você para pedir um conselho a respeito do que estão sabendo. Mas para que isso de fato aconteça é fundamental que haja afinidade entre vocês. Seus alunos só se abrirão se, de fato, souberem que podem confiar em você.
À medida que seus alunos sentirem-se confortáveis, certamente, conversarão com você sobre a área sentimental. Esteja em oração para que o Senhor conceda-lhe a sabedoria necessária. É bem provável que muitos ainda não estejam amadurecidos ou sintam-se constrangidos em dividir um assunto tão particular com você. Então, seja respeitoso e não obrigue seus alunos a falarem o que não querem somente porque este é o assunto da aula de hoje. Na verdade, este é um assunto que você deve tratar com maiores detalhes em particular com aqueles alunos que decidirem se abrir, salvo se alguém quiser compartilhar alguma experiência ou testemunho com os demais em classe. Mostre para a turma, sempre de maneira respeitosa, os princípios da Palavra de Deus a respeito de um relacionamento e que este deve ser vivido no tempo certo.
Mas, afinal de contas, o que é namoro? De acordo com Valquíria Salinas, na obra Mente Saudável para o Adolescente (2017, p. 145):
O namoro é uma oportunidade muito boa para conhecer o outro de maneira mais segura, e também é uma oportunidade de amadurecimento antes de assumir um casamento. Faz-se necessário que os jovens tenham uma noção real do que é um relacionamento a dois. [...] O namoro oferece aos jovens a oportunidade de se conhecerem melhor e aprenderem a se relacionar com as pessoas. Através do namoro você poderá descobrir se é inseguro, que precisa amadurecer, isso se você se permitir, for sincero com você mesmo, então viverá um momento muito rico e cheio de descobertas internas que contribuirão não somente em seu futuro casamento, como nas diversas formas de relacionamento social. 
E, por fim, o namoro é uma etapa da vida de seus alunos que será fundamental para que conheçam a pessoa ideal com quem decidirão construir uma família. Neste caso, ainda não é tempo de seus alunos se preocuparem com isso, porquanto, ainda são muito novos. Entretanto, é importante alertá-los quanto aos perigos de aderirem a um relacionamento tão cedo.
A vida é feita de etapas que não devem ser queimadas, pois as funções emocional, física, psicológica do organismo humano precisam estar amadurecidas para que tudo seja desfrutado em seu tempo e em obediência à Palavra de Deus. Qualquer decisão antes do tempo pode acarretar em sérios problemas, e até mesmo em situações que tomam proporções irreversíveis.
Sendo assim, professor, alerte seus alunos a respeito de tais cuidados que servem de prevenção, pois é melhor a prevenção do que a medicação. Converse com eles e pergunte o que pensam sobre o assunto. Leve para a sala de aula uma fruta, pode ser uma manga, banana ou qualquer outra que esteja amadurecendo. Mostre que há um tempo determinado para todas as coisas e seus alunos devem esperar o tempo certo. Explique também que assim como a fruta retirada da árvore antes do tempo não tem o sabor esperado, um relacionamento antes do tempo também não pode ser desfrutado com satisfação e alegria que merece.

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - A Bíblia ensina a respeitar as autoridades - Adolescentes.

Lição 12 - A Bíblia ensina a respeitar as autoridades 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
QUEM SÃO AS AUTORIDADES
RESPEITANDO OS NOSSOS PROFESSORES (PROFESSORES SECULARES E DA ESCOLA DOMINICAL)
RESPEITANDO OS NOSSOS PASTORES E LÍDERES ESPIRITUAIS
OBJETIVOS
Esclarecer que as autoridades, tanto as espirituais quanto as seculares, foram instituídas por Deus;
Conscientizá-los de que mesmas autoridades seculares impopulares;
Mostrar que Deus exige respeito a todas as autoridades.
CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS NA IGREJA E NA COMUNIDADE
Por Richard B. Foth
Deus tem um plano para humanidade. Trata-se de relacionamento, tanto temporal quanto eterno. Nada mais, nada menos. Gênesis 2.18 afirma: “Não é bom que o homem esteja só”, e Mateus responde: “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL (EMANUEL traduzido é: Deus conosco)” (Mt 1.23). Mas o que isso implica para mim como pastor? Emanuel está agora com o Pai e eu estou aqui perambulando pela rua principal. De que forma funciona sua estratégia de se fazer presente neste mundo em pleno século XXI? 
Os Fundamentos
O antigo axioma de que não podemos escapar da morte nem dos impostos reflete o investimento que fizemos para as nossas vidas: em relacionamentos e dinheiro. Em princípio, parece que a morte leva a vida e os impostos. Para o crente, entretanto, os relacionamentos continuam. De fato, os relacionamentos são a essência, o processo e a meta da interação de Deus com as pessoas. Da criação à consumação, a história bíblica detalha os esforços de Deus em estabelecer relacionamentos com os seres humanos, que, em resposta, podem desenvolver relacionamentos uns com os outros. E tudo continua para sempre.
A igreja não tem outra razão para existir senão expressar como são os relacionamentos em Cristo e atrair a grande comunidade cívica a desfrutar dessa mesma experiência. Jesus colocou nestes termos: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35).
À proporção que vemos a missão da igreja local somente em termos quantitativos (e.g., “Quantos são os membros?”), diluímos a mensagem essencial e qualitativa do Evangelho (e.g., “Você é precioso para Deus!”). É o maior desafio para nós que estamos em alguma posição de liderança, tanto por votação quanto por indicação, meditar diligentemente no que Jesus mencionou como o fator mais importante dito por Deus para a humanidade: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27).  
A injunção é tão válida hoje quanto o era quando Jesus a proferiu, vinte séculos atrás. Contudo, é, de fato, a máxima mais dura apresentada nos evangelhos, uma verdade que deve ser tratada no âmago desse organismo chamado Igreja. A tendência é deixar passar esse grande mandamento simplesmente confessando-o: “Sim, é claro; é isso mesmo! É por onde devemos começar”. Contudo, na realidade, não é por onde devemos começar; antes, é por onde devemos terminar. A reflexão de Oswald Chambers aprende a essência da ideia, quando diz: “Aquilo que o homem vê como o processo Deus vê como a meta”.
Tudo acerca da vida, morte e ressurreição de Jesus aponta-nos em direção a uma união reconciliadora com Deus e a humanidade. Portanto, a missão da igreja é, primariamente, ser modelo de como o amor a Deus e o amor ao próximo agem. Com isso em mente, quando os pastores voltam sua atenção ao “aperfeiçoamento dos santos”, estão formando relacionamentos na igreja que naturalmente se difundem pela comunidade. Aqui os pastores podem agir com grande confiança, porque a obra está bem de acordo com o eterno plano de Deus para os séculos e suas implicações específicas para o viver diário. 
Um Requisito Prévio e um Príncípio
A formação de relacionamentos começa com um procedimento e um procedimento apenas: atitude. Um líder tem de querer vê-la acontecer. Se um líder desejar ver relacionamentos criados e mantidos, já tem ele toda a autoridade e o apoio de Deus. Mas é necessário termos a mesma atitude que o Pai teve por nós através de Jesus para chegarmos a esse ponto. O apóstolo Paulo descreve essa atitude como a “mente de Cristo” (Fp 2.5). Lendo os evangelhos, encontramos sua mente expressa em cada página. Quando chama os Doze, cura os doentes, alimenta os famintos, identifica-se com os proscritos, fica claro que sua intenção é: Ele deseja ter um relacionamento com as pessoas – em qualquer lugar, a qualquer hora, em qualquer cultura, com qualquer pessoa, a qualquer preço. Portanto, o quer que se levante contra tais relacionamentos redentores, dentro ou fora da igreja, não pode ter seu selo de aprovação.
Numa leitura mais detida, os evangelhos revelam um princípio que expressa o ímpeto do coração de Jesus. Ainda que muitos princípios-chaves estejam evidentes em seu ministério, este é o principal: Ele decide aceitar as pessoas onde quer que as encontre, exatamente do modo como estão. 
REFLEXÃO
“A formação de relacionamentos começa com um procedimento e um procedimento apenas: atitude. Um líder tem de querer vê-la acontecer.”
Texto Extraído da obra: “Manual do Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais”, editada pela CPAD. 

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - Novos Céus e Nova Terra - Juvenis.

Lição 12 - Novos Céus e Nova Terra 

4º Trimestre de 2019
“E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” (Ap 21.1).
OBJETIVOS
Ensinar sobre a esperança dos Novos Céus e Nova Terra;
Apontar o caráter renovador dos céus;
Conscientizar sobre como será a vida na Cidade Eterna.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A PROFECIA
2. RENOVAÇÃO DIVINA DOS CÉUS
3. O TAMANHO DA CIDADE
4. A VIDA NA CIDADE ETERNA
Querido (a) professor (a), na próxima aula você convidará os seus alunos a contemplarem com os olhos da fé a Jerusalém Celestial. Conforme reforçamos em sua revista, enquanto nos encontramos em carne, com todas as limitações que isto implica, não podemos compreender na totalidade como é a morada que Jesus nos foi preparar (cf. Jo 14.1-3). As Sagradas Escrituras nos fornecem as informações que temos condições de compreender, e que já são mais do que suficientes para nos maravilhar, nos fazendo anelar por estes “Novos Céus e Nova Terra”. 
O Novo Céu
As Escrituras descrevem a Nova Jerusalém como a 'Jerusalém que é de cima' (Gl 4.26), 'a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial (Hb 12.22), e 'a Santa Cidade' que ‘de DEUS descia do céu' (Ap 21. 2,10).
[...] O céu na eternidade será diferente daquele onde Deus agora habita. Na consumação de todas as coisas, Deus renovará os céus e a terra, fundindo seu céu a um novo universo e formando uma habitação perfeita que será o nosso lar eterno. Em outras palavras, o céu irá expandir-se e englobar todo o universo da criação. Tudo será transformado em um lugar perfeito e magnífico, adequado à glória do céu. 
O apóstolo Pedro descreveu isto como a esperança de todos os remidos (2 Pe 3.13). Naturalmente, uma reforma cósmica radical sempre esteve nos planos de Deus. Esta foi também a graciosa promessa que, por meio dos profetas do AT, Deus deu a seu povo (Is 65.17-19).
Deus declara que transformará de tal forma o céu e a terra que hoje conhecemos, que corresponderá a uma nova criação. Observe que, em um novo universo, a Nova Jerusalém será o foco de todas as coisas.
O novo céu e a nova terra serão tão magníficos que tornarão os antigos insignificantes. No capítulo final da profecia de Isaías, o Senhor promete que este novo céu e esta nova terra perdurarão para sempre, juntamente com todos os santos de Deus(Is 66.22).
Nos novos céu e terra nada nos trará medo e nada nos separará um dos outros. A única água descrita será do “rio puro da água da vida” (Ap 22.1).
Este rio claro como cristal desce pela rua principal do céu (Ap 22.2). Apocalipse 21.3-7 traz uma descrição das características mais marcantes dos novos céus e nova terra. 
[...] Não haverá lugar para lágrimas, dor, tristeza e pranto. Lá o povo de Deus habitará com Ele por toda a eternidade, completamente livre de todos os efeitos do pecado e do mal. 
Deus é retratado secando pessoalmente as lágrimas dos remidos. No céu, a morte estará completamente aniquilada (1 Co 15.26). Ali não haverá doença, fome, problemas ou tragédias. Haverá apenas a alegria completa e bênçãos eternas. (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.111-12, 328). 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - A Rebelião de Absalão - Adultos.

Lição 12 - A Rebelião de Absalão 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O HOMEM ABSALÃO
II – A REVOLTA DE ABSALÃO
III – A MORTE DE ABSALÃO 
PROCLAMANDO-SE REI
Osiel Gomes
A astúcia de Absalão é grandiosa. Lendo 2 Samuel 15.7-8, ele trabalhou quatro anos, não quarenta, como pontua o texto massorético, para implantar sua insurreição. Podemos crer que a expressão quarenta foi apenas um erro de escrita, visto que quatro no hebraico é arba, mas, no plural, arbaim, o que aconteceu foi apenas a inclusão do im. Todavia, é preferível a citação da Septuaginta e da Versão Siríaca, que mencionam também o número quatro.
Duas coisas podem caracterizar esse filho rebelde de Davi. Absalão, além de ter agudez de espírito, tinha paciência para esperar a execução de seu plano maléfico. Absalão trabalha de modo aparente, sem revelar o que está por trás dos seus projetos. É sob pretexto que diz ao pai que tem que voltar a Hebrom para cumprir um voto que havia feito com o Senhor. Observe que nesse particular ele revela uma piedade disfarçada para Davi, que é iludido, pois era perceptível algo errado. Como era possível, depois de quatro anos, agora é que ele queria ir agradecer a Deus por um voto feito? Por que não fez isso antes?
Na verdade, a ida a Hebrom fazia parte de uma estratégia de Absalão na execução do projeto de proclamar-se rei. Ele escolhe esse local por três razões: primeiro, havia nascido ali (2 Sm 3.2,3); segundo, foi nesse lugar que Davi iniciou seu reino; e, terceiro, tinha um tratado especial por parte da tribo de Judá, a qual o rebelde Absalão queria conquistar. O pai não percebeu nada do que o filho estava fazendo, mas façamos um correlato com o texto de 2 Samuel 13.23-27.
Absalão pede permissão a Davi para fazer um banquete e leva consigo uma parte da corte. Nesse segundo episódio, não convida o rei, o qual simplesmente diz: Vai-te em paz. Esse rebelde jovem parte para seu plano maléfico com aprovação do pai, sem saber que era uma trama para tirá-lo do poder e, daí, aproveita para aliciar as pessoas e buscar apoio, afirmando que o que fazia era segundo a aprovação do rei.
Um pastor ou líder chamado por Deus não pode ser dominado pelo ciúme, nem perseguir os obreiros auxiliares, porém, tem que saber realmente quais são as intenções daqueles que o servem, que o auxiliam na obra. Paulo indicou Timóteo e confiava missão especial a ele porque tinha consciência daquilo que realmente movia o seu coração (Fp 2.19-21). 
Existem aqueles que buscam apoio para determinadas atividades tão somente para complicar a liderança geral, colocando cada membro contra o seu pastor-presidente. Por isso, faz-se necessário todo cuidado nesse particular. Não foi à toa que Paulo disse a Timóteo para que tomasse cuidado com Himeneu e Alexandre (1 Tm 1.20; 2 Tm 4.14,15).
Estando em Hebrom, Absalão envia seus secretos emissários, mensageiros, do hebraico ragal, o qual ia à frente para levar uma mensagem; eles levariam a todo o Israel um sinal no qual se declararia, em um momento exato, a proclamação de Absalão como o novo rei, daí a expressão: “Absalão reina em Hebrom”.
Em Hebrom, Absalão não estava só. Havia com ele duzentos homens selecionados, convidados especialmente por ele, mas o texto diz que eles não sabiam por que estavam lá, ou seja, do que tudo aquilo se tratava. O texto diz que eles foram na sua simplicidade. Isso fala forte a todos os que servem à liderança. Sempre é bom comunicar as coisas ao pastor-presidente da igreja antes de participar de qualquer movimento, evento; perguntar a ele se isso é do seu consentimento ou não, para evitar desgaste e comprometer também a sua vida. 
Salomão disse que “O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos (Pv 14.15). Observe que a palavra simplicidade, que aparece em 2 Samuel 15.11, no hebraico é tom, que quer dizer inocência, integridade. Por vezes, crentes sinceros e bons entram em conflitos, contendas dos rebeldes, porque não sabem de nada, são enganados.
Para mostrar aparentemente ao povo que o que fazia era correto, além dessas duzentas pessoas ele leva consigo um dos conselheiros de confiança do rei Davi, Aitofel de Gilo, uma cidade que se localizava a oito quilômetros de Hebrom. É bom lembrar que Aitofel era avô de Bate-Seba (2Sm 11.3; 23.34). Esse detalhe é importante para dizer que sua aliança com Absalão tinha motivo; ele queria vingar tudo o que Davi havia causado à sua família, incluindo o assassinato de Urias. Nessas circunstâncias todas, Absalão declarou-se rei.
Texto extraído da obra “O Governo Divino em Mãos Humanas”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - Davi Traz a Arca à Jerusalém - Primários.

Lição 12 - Davi Traz a Arca à Jerusalém 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos compreendam que devemos ser obedientes.
Ponto central: A obediência agrada a Deus.
Memória em ação: “[...] Se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos” (Jo 14.15).
Querido (a) professor (a), o próximo domingo será bem próximo à data em que celebramos o nascimento de nosso Salvador Jesus Cristo. Converse com as crianças sobre o sentido do verdadeiro Natal e se possível, prepare um lanche e um momento especial de confraternização para o final desta aula. 
Você pode confeccionar ou comprar lembrancinhas de R$1,99, ou mesmo bombons para promover um amigo ocultos simbólico. O sorteio pode ser realizado minutos antes da troca de afeto. Frise que o mais importante não é o que vamos ganhar, mas a comunhão entre nós. E que o amigo sorteado estará em nossas orações.
O objetivo da próxima lição é abordar o tema OBEDIÊNCIA. O gancho desta conversa e transição para o momento natalino pode ser o maior exemplo de obediência de todos – o de Jesus, que mesmo sendo Deus e tendo todo o poder, se humildou e seguiu o plano do Senhor, vindo como um simples bebê, e obedecendo ao Pai até o fim para nos salvar. 
Através da história de 2 Samuel 6.1-19, podemos aprender inúmeras lições. As vezes mesmo com a melhor das intenções, cometemos erros, seja devido a precipitação, ansiedade, etc. 
A verdade é que não há atalhos quando queremos um bom resultado. Precisamos buscar a Deus e aguardar sua orientação, para então segui-la a risca. Quantas vezes vamos realizar objetivos, metas, tomar decisões importantes e não aguardamos o parecer divino?!
Agora, às vésperas do fim de mais um ano é bom avaliar o que conseguimos alcançar, nossos erros e acertos e como podemos melhorar em diversas áreas de nossas vidas. 
Lembre-se de não se comparar a ninguém, exceto a você mesma. Sua meta é ser melhor que a “você” de ontem, sem olhar a “grama do vizinho”. Cada um tem seu próprio tempo e história.
Ao traçar seus planos para 2020, consagre e submeta-os a Deus, peça dEle sua bênção e orientação para ser bem-sucedida no que quer que realize. Esse é o nosso sincero desejo e oração sobre a sua vida e ministério. 
Um Natal abençoado para você, sua classe e família! 
Jesus lhe abençoe e capacite. Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - O Milagre que Salvou o Carcereiro - Jovens.

Lição 12 - O Milagre que Salvou o Carcereiro 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- O Começo da Missão na Europa;
II- Paulo e Silas na Prisão;
III-Uma Conversão Inusitada.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender como se deu as missões na Europa;
Analisar a postura de Paulo e Silas na prisão diante das dificuldades;
Evidenciar a conversão do carcereiro e de toda a sua casa.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
Seguindo o propósito de demonstrar o avanço do evangelho por várias cidades, Lucas relata a segunda viagem missionária de Paulo. Dessa vez, chegaram com Silas a uma cidade da Macedônia chamada Filipos, onde aconteceram conversões maravilhosas, mas que ocasionaram a prisão desses dois pregadores do evangelho. Cada história de Atos dos Apóstolos possui características singulares; nesta, veremos mais uma vez a ação sobrenatural de uma forma diferente, bem como as transformações que a seguiram. 
O capítulo 16 de Atos é repleto de coisas espetaculares como, por exemplo, a visão que tiveram, o início da Igreja na Europa, a libertação de uma jovem, um terremoto libertador e a conversão de um carcereiro. Todas elas são fruto da ação sobrenatural do poder de Deus. O Senhor promove a paz, mas também causa a desgraça (Is 45.7), e ninguém lhe pode resistir (Jó 9.4). Ele possui mão poderosa e braço forte (Sl 136.12), vivifica os pecadores (Ef 2.1), tem poder sobre a natureza (Mc 4.39) e preserva os condenados à morte (Sl 79.11). 
Mudança de Planos
Paulo e Silas tentaram ir para a Ásia, mas os planos de Deus eram outros. Essa foi, sem dúvida, a região da Ásia Proconsular. Também foi chamado de Ionia. Éfeso era a capital dessa região; e aqui também estavam situadas as cidades de Esmirna, Tiatira, Filadélfia, etc., dentro das quais foram estabelecidas as sete igrejas mencionadas em Apocalipse 13. Cícero fala da Ásia Proconsular como contendo as províncias da Frígia, Mísia, Carla e Lídia. Em toda essa região, o evangelho foi posteriormente pregado com grande sucesso. Agora, porém, um campo mais importante e mais amplo foi aberto perante Paulo e Barnabé no extenso país da Macedônia. Essa proibição foi o meio da primeira introdução do evangelho na Europa.
A Bíblia diz que os caminhos e pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Portanto, impedidos pelo Espírito Santo de seguir para aquela região (At 16.6), seguiram à Trôade, uma colônia portuária romana. “E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!” (At 16.9). O apóstolo concluiu que Deus estava chamando-o, e confiaram na direção que o Espírito Santo estava dando. Então, eles partiram e chegaram a Filipos, na Macedônia. Sobre essa confiança no Espírito, Richards traz uma valiosa contribuição:
Quando Hudson Taylor, o grande pioneiro missionário e fundador da missão no interior da China, veio ao Canadá para um roteiro de palestras, a primeira pessoa que o hospedou estava emocionada. Finalmente ele iria conhecer um verdadeiro gigante da fé! E também estava curioso. Como esse crente liderado pelo Espírito iria planejar o seu itinerário? Na tarde seguinte, ele ficou chocado, quando Taylor pediu os horários de trens e simplesmente se sentou na cozinha para planejar seu cronograma. Onde estava a oração e o jejum que o anfitrião esperava? Hudson ficou surpreso. Deus já tinha providenciado as ferrovias do Canadá e os horários dos trens. O que mais havia para pedir? A abordagem de Paulo a suas missões era similar. Ele tinha uma estratégia que usava para escolher as cidades-chave, e para ministrar quando chegasse a essas cidades. Como Hudson Taylor, Paulo realizava o ministério de uma maneira prática. Mas a vida desses dois homens me mostra que eles também permaneciam sensíveis à liderança do Espírito, prontos a mudar de planos ou de direção, segundo o chamado do Espírito, e confiavam plenamente no Espírito. Não precisamos ser místicos para confiar no Espírito Santo. Nós podemos confiar nele usando o que Deus nos forneceu — desde horários de trens até a nossa capacidade de planejar e desenvolver estratégias. Mas confiar no Espírito também significa permanecer totalmente aberto a Deus, pronto a mudar qualquer plano quando ele disser “Não” ou “Vá em frente”.1 
Como é bom ser sensível ao Espírito Santo de Deus e seguir as suas orientações para nossas ações! Jesus mesmo disse que seríamos guiados pelo Espírito (Jo 16.13). Paulo e Silas tinham um plano todo esquematizado, mas o Espírito sopra onde quer e como quer (Jo 3.8). Que possamos, assim como Paulo, estar sempre sensíveis à voz do Espírito Santo e mudarmos nossos planos se necessário para fazer a vontade de Deus. 
A Conversão de Lídia e o Início da Missão na Europa
E a missão na Europa começa com Paulo e Silas na cidade de Filipos falando a algumas mulheres que se juntaram à oração (At 16.13). O evangelho de Cristo elevou as mulheres do lugar inferiorizado que tinham no judaísmo. Em Cristo, não há diferença entre homem e mulher, pois todos são remidos pelo mesmo sangue (Gl 3.28). Jesus já havia conversado e transformado a vida de uma mulher samaritana (Jo 4); tinha duas amigas, que eram Marta e Maria (Jo 11.5); perdoou e restaurou uma mulher adúltera (Jo 8.1-11); quando ressuscitou, apareceu primeiramente a uma mulher, Maria Madalena (Mt 28.5-7). Entre outros relatos, percebe-se claramente que a mulher tem o seu lugar de valor devido. É interessante observar que, quando Paulo e Silas chegam a Filipos, foram justamente as mulheres que se juntaram para ouvir as Boas Novas dos missionários em um lugar de oração junto ao rio (At 16.13). 
E Lídia, vendedora de púrpura, estava entre essas mulheres. Sua ocupação indica que era uma mulher bem-sucedida financeiramente, mas nenhum sucesso profissional jamais suprirá a necessidade da alma das pessoas que somente Jesus pode suprir. E o versículo 14 diz que o “Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”. Ela foi tocada pela graça de Deus e, dando um passo de fé, converteu-se, foi batizada, como toda a sua casa. Um dos pais da Igreja chamado Crisóstomo bem observou: “O abrir vem da parte de Deus, e a atenção veio da parte da mulher”.2  
O texto declara que Lídia constrangeu Paulo e Silas a ficar em sua casa se a julgasse fiel (v. 15). Isso era muito contrário aos costumes da época, mas o imediato batismo marcou sua identificação com Cristo. E foi a partir dessa casa que toda a missão no velho continente começou. E, mais ainda, na carta de Paulo aos filipenses, ele agradece a ajuda que recebera dos irmãos dessa igreja que havia começado na residência da irmã Lídia. Imagine se Paulo e Silas não tivessem seguido a orientação do Espírito Santo e seguissem o itinerário que eles mesmos possuíam. Mas a obra e o tempo são de Deus, e tudo contribui “para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).
A Libertação de uma Jovem
Depois da maravilhosa conversão de Lídia e sua casa, diz-nos o texto que uma jovem possessa com espírito de adivinhação começou a seguir a Paulo e Silas. Essa “adivinhação” era literalmente “pela fala inspirada” — por demônio. Essa não seria a única que vez que aconteceria casos como esse no livro de Atos. Outras situações semelhantes aconteceram com Simão, o mago (At 8.9-24); com Elimas ou Barjesus (At 13.6ss) e com os filhos de Ceva (At 19.14-16).3 Sobre adivinhação e predição do futuro, Beers coloca: 
Você consegue imaginar alguém que pensa que poderia predizer o seu futuro olhando para o fígado de um animal? Talvez não, mas esse método de determinar o futuro de um indivíduo já foi tão popular quanto o horóscopo é hoje — igualmente tolo! A jovem escrava que ganhava dinheiro para seus senhores adivinhando o futuro é um exemplo dessa antiga superstição de que, por meio de sinais naturais ou sobrenaturais, podemos saber de fatos específicos sobre o nosso futuro. O texto grego disse que ela tinha “espírito de píton”. Os senhores da escrava a consideravam instrumento de Píton, acreditando que o seu espírito vivesse no ventre da jovem. Qualquer que fosse o seu nome, havia um espírito maligno nela. Havia muitos outros métodos supersticiosos no mundo antigo, pelos quais as pessoas pensavam que podiam predizer eventos. Os adivinhos usavam presságios da natureza, como terremotos, um espirro e o voo de pássaros; e sinais como sonhos, padrões de estrelas e o lançar de sortes. Os adivinhos se comunicavam com os deuses por intermédio de oráculos. Os médiuns consultavam os espíritos dos mortos. A razão por que os babilônios consultavam fígados de animais era sua crença de que o fígado era a sede da vida. Sempre que Deus é abandonado, como aconteceu na antiga Roma, a astrologia parece tornar-se popular. A Bíblia se opõe a tais práticas (Lv 19.26,31; Dt 18.9-14).4  
Nesta situação particular em Filipos, a jovem seguia Paulo e Silas enaltecendo os apóstolos dizendo: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (At 16.17). O uso das palavras “Deus Altíssimo” era corrente entre judeus e gregos. Mas o que a jovem dizia poderia, na verdade, desacreditá-los, pois os gentios pensariam que o espírito da moça e o dos servos de Deus seriam o mesmo; logo, não teriam nada novo para ouvir e aprender. Assim, a única coisa a fazer era expulsar aquele demônio da menina. E Paulo assim o fez: “[...] voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu” (v. 18). 
Ainda hoje, há muitos jovens e pessoas de todas as faixas etárias que precisam ser libertos, pois estão sendo oprimidos por demônios que os levam às drogas, sexo ilícito, ocultismo, espírito suicida, rebeldia. Mas há poder no Nome de Jesus, que possui autoridade sobre espíritos malignos! (Lc 8.28; Mt 28.18). 
Lembro-me de quando era líder de jovens na Assembleia de Deus em Curitiba. Na igreja, havia um jovem oprimido por espírito de imoralidade. Por mais que desejasse, ele vivia uma vida promíscua. Mas o nome de Jesus tem poder. E, com muito amor, porém certos de que aquele rapaz precisava de uma libertação, a opressão foi desfeita, o rapaz casou e hoje é um diácono na casa de Deus. A libertação pode ser instantânea, assim como foi com esta jovem em Filipos, mas também pode ser um processo que levará um tempo. A questão é que precisamos usar a autoridade e o poder que nos têm sido dados por Deus e, com muito amor, poder e sabedoria, libertar pessoas das mãos do inimigo (Is 61.1). 
Sofrendo por Cristo
Nem sempre fazer a coisa certa traz as consequências que esperamos. Os amigos de Daniel, na Babilônia, foram parar na fornalha por não se dobrarem diante da estátua de ouro (Dn 3.21-23). O próprio Daniel, por não seguir o decreto do rei de não orar a outro deus que não fosse ele, foi lançado na cova dos leões (Dn 6.16). Por pregar a Jesus Cristo ressuscitado, Pedro e João foram presos pelos judeus (At 4.3), entre outros casos na Bíblia.
Nesse relato, a jovem liberta trouxe prejuízos aos seus senhores, o que acarretou em Paulo e Silas açoitados e levados ao cárcere. Jesus disse que teríamos inimigos e que seríamos perseguidos (Mt 24.9). Estão pregando um evangelho muito light por aí dizendo que crente não sofre, que é só vitória, que todos vão gostar de nós. Agora mesmo, há milhares de irmãos nossos sendo perseguidos, agredidos, e muitos estão sendo mortos por causa do nome de Jesus em diversos países. Todavia, mesmo em lugares com tolerância religiosa, como no Brasil ou nos Estados Unidos, não estaremos isentos do ódio do mundo, pois não pertencemos a este mundo (Jo 15.18,19). Como servos de Cristo, precisamos estar cientes de que podemos sofrer por Ele. 
Alegrando-se em Cristo
Embora sofrendo por Cristo, isso não impediu de Paulo e Silas alegrarem-se no Senhor. Eles provavelmente se lembraram das palavras de Jesus para alegrarem-se quando o mundo injuriá-los, mentir sobre eles e persegui-los, pois grande seria o galardão deles nos céus (Mt 5.10,11). E, por volta da meia-noite, já presos, a dupla orava e cantava, e eles eram ouvidos por todos os demais prisioneiros. Imagine aqueles presos naquele local terrível, onde só se ouviam palavrões, gemidos, xingamentos e, de repente, passam a ouvir preces e cânticos ao Senhor por dois injustiçados. 
Em geral as prisões eram imundas. Os prisioneiros corriam o risco de infecção em suas feridas. Os carcereiros eram notórios por sua brutalidade — e às vezes eram escolhidos por causa dela. As mulheres presas não ficavam em instalações separadas, mas os homens eram a maioria nas celas. [...] A “prisão interna” costumava ser a parte mais desagradável, menos ventilada e mais degradante da cadeia. Os carcereiros às vezes prendiam todos os prisioneiros ali à noite por segurança, levando, sem dúvida, à superlotação (condições como essa resultavam em calor excessivo e desidratação, bem como na disseminação de doenças). O “tronco”, fixado no chão, era muitas vezes usado para tortura e detenção, com vários buracos para que as pernas dos prisioneiros fossem obrigadas a ficar em posições dolorosas. 
Deve ter sido um espanto e tanto para os internos ver e ouvir a alegria dos apóstolos, que conseguiam cantar mesmo após serem açoitados. Essa é a alegria que somente o verdadeiro cristão pode ter — que, mesmo em meio à luta, sua alma volta-se a Deus e adora-o por quem Ele é. 
A história do hino “Sou Feliz com Jesus” exemplifica esse sentimento. Ele foi escrito durante um momento muito difícil na vida do autor Horatio Gates Spafford (1828–1888). O grande incêndio de Chicago de 1871 já o havia devastado financeiramente. Porém, o pior estava para acontecer em sua vida quando, em uma viagem por um transatlântico, as quatro filhas de Horatio morreram durante uma colisão com outro navio. Semanas mais tarde, ele passa pelo mesmo local da tragédia e acaba sendo inspirado pelo Espírito Santo a escrever a letra desse hino. A canção fala que, apesar daquilo que pudesse passar nesta vida, ele é feliz com Jesus. A alegria do crente vai além das circunstâncias, pois está enraizada no caráter e obra de Deus por nós (Jo 3.16). Trata-se da certeza de que Ele ainda é soberano sobre todas as coisas (Sl 103.19) e que nada pode tirar a presença e a alegria do Espírito Santo de nós (Rm 15.13). 
Experimentando o Sobrenatural de Cristo
É maravilhoso saber que, quando as circunstâncias são-nos demasiadamente desfavoráveis e estão além de nossa capacidade de vencê-las, Deus estende sua mão de uma forma especial. Nesse caso, Paulo e Silas estavam totalmente “vencidos” pelas correntes e prisão. Entretanto, a oração e o louvor deles não foram vencidos e chegaram até os céus. Um terremoto, então, acontece, abrindo todas as portas e soltando as correntes de todos. Somente algo sobrenatural poderia ter acontecido para soltar aquelas cadeias. Todavia, Deus move os céus para abençoar um de seus filhos. A Bíblia é a obra que nos traz muitos exemplos de como Deus age de forma sobrenatural para com os seus. Mesmo na velhice, o Senhor concede um filho para Abraão e Sara (Gn 21.2); com Moisés, o Senhor abre o Mar Vermelho para o povo passar (Êx 14.21,22); com Josué, o Senhor derriba as muralhas de Jericó ao som de louvores, gritos e instrumentos (Js 6.6-21); com Sansão, o Senhor concede a ele uma força descomunal para vencer os filisteus (Jz 15.5); com Elias, o Senhor manda fogo do Céu consumindo o altar (1 Rs 18); com Davi, o Senhor faz com que ele vença um gigante (1 Sm 17); com Maria, o Senhor faz com que ela gere, pelo seu Espírito, nosso Jesus amado (Lc 1.31; 2.7). 
Enquanto a oração e o louvor dos missionários subiam, correntes eram quebradas aqui embaixo. E essa combinação ainda é válida para os dias de hoje. Quando elevamos nosso clamor e louvor ao Senhor, Ele move as coisas nesta terra a nosso favor. A Palavra diz que a oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16). Quando louvamos, muralhas caem (Js 6.20). Você já experimentou o sobrenatural do Senhor em sua vida? Se já aceitou Jesus como seu salvador, então já experimentou, pois a salvação de uma pessoa é o maior milagre que há (Jo 3.3-6). Se já foi batizado com o Espírito Santo, então também já experimentou (Mt 3.11). Você já recebeu alguma cura ou uma porta aberta que só o Senhor pode abrir? Deus ainda quer realizar outros milagres em sua vida. Peça e, com fé, creia no poder do nome de Jesus. Aleluia! 
A Caminho da Morte 
Com o terremoto, o carcereiro responsável acordou e, vendo que as portas estavam abertas, tirou a espada para suicidar-se, pois pensava ele que todos tinham fugido (v. 27). Naquele tempo, se um carcereiro deixasse presos escaparem, ele tinha que pagar com a própria vida. Seu raciocínio foi de não haver mais esperança para o ocorrido. Logo, a única saída era tirar sua vida. 
Quando o carcereiro viu a porta aberta, seu primeiro impulso foi tirar a própria vida. Assim, evitaria a degradação pública seguida pela pena de morte (ver At 12.6-10,18,19). Esta imediata tendência ao suicídio era típica na civilização romana daqueles tempos. Havia um senso desesperado de que a vida nada valia e total ignorância de qualquer esperança além dela. Na realidade, alguns filósofos contemporâneos recomendavam o suicídio àqueles que achavam intoleráveis os fardos da vida diária.5 
Infelizmente, são muitos os que se encontram nessa situação hoje e querem tirar suas próprias vidas. A Unicefadverte que o suicídio é a segunda causa de morte para menores. Na Argentina, por exemplo, o suicídio entre adolescentes triplicou em apenas 30 anos,  e muitos que não pensam em tirar suas vidas fisicamente já não possuem mais esperança para suas situações. O inimigo causou tanto estrago que eles pensam não haver mais jeito. Jovens que foram abatidos pelas circunstâncias difíceis que passaram começam a pensar que não têm mais solução para seus problemas. 
A Bíblia também relata alguns casos de suicídio. Ao todo, são seis pessoas específicas que cometeram suicídio: Abimeleque (Jz 9.54); Saul (1 Sm 31.4); o escudeiro de Saul (1 Sm 31.4-6); Aitofel (2 Sm 17.23); Zinri (1 Rs 16.18) e Judas (Mt 27.5). Cinco dessas pessoas eram pecadoras e perversas. Sobre o escudeiro de Saul, não sabemos o suficiente para fazer um juízo de valor sobre seu caráter. E temos o caso de Sansão, que alguns consideram um exemplo de suicídio, mas o seu objetivo era matar os filisteus, e não a si mesmo (Jz 16.26-31). O Diabo veio para roubar, matar e destruir, mas Jesus veio para dar-nos vida em abundância (Jo 10.10). 
O Encontro com a Vida 
Como Atos dos Apóstolos é um livro de milagres, vemos mais um além do terremoto sobrenatural que aconteceu. E esse é o maior de todos — a salvação de uma pessoa. A caminho da morte, o carcereiro encontra-se com a vida, pois é interrompido por Paulo de cometer a atrocidade de matar a si mesmo. Mais um susto para aquele pobre homem, que se surpreendeu ao ver que os prisioneiros não haviam fugido (vv. 28,29). A única saída agora é a de prostrar-se diante dos missionários e ouvi-los. Um soldado romano, acostumado à brutalidade e à violência para com os prisioneiros, tem sua alma abalada por tudo o que ocorreu e só lhe resta uma pergunta: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30). “É possível que a pergunta mesmo não tivesse todas as dimensões teológicas que as pregações posteriores lhe atribuíram”.8  Isso, porém, não é o mais importante agora, e sim a resposta dos homens de Deus. E a resposta é curta, porém com efeito para toda a eternidade: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (v. 32). O ensino nítido de Atos dos Apóstolos é a fé — chave que abre a porta da salvação (cf. 4.12; 10.43; 13.39).
O fato de que Lucas nos informa que Paulo e Silas dizem isso é uma indicação de que essa não é uma mera fórmula que ambos repetem em uníssono. Antes, quer dizer que, em resposta à pergunta do carcereiro, os missionários falam a ele sobre o evangelho.10 
Que sejamos como raios de luz na escuridão na vida das pessoas, levando a elas essa mensagem maravilhosa de salvação em Jesus Cristo (Mt 18.11). Muitos estão a caminho da morte, como diz Provérbios 24.11: “Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar”. Muitas pessoas estão nas trevas, mas Deus quer usar a cada um de nós, como luz que somos, para livrá-las e dar a elas uma esperança de vida (Mt 5.14). 
Uma Família Salva
O coração aberto do carcereiro fez com que ele levasse a mensagem de salvação à sua família. Obviamente que ele não podia apenas transferir sua fé aos membros da sua casa, pois a salvação é individual, e não comunitária. O texto, porém, diz que todos creram e foram batizados (At 16.32-34). 
Só Jesus pode interromper o caminho de morte de uma pessoa, trazer-lhe salvação e vida e ainda salvar sua família. Aquele carcereiro mudou de um homem cruel a um novo homem que leva os “presos” para a sua casa, cuida de seus machucados e alimenta-os (vv. 33,34). Deus é poderoso para transformar o mais terrível e desesperançoso pecador em uma pessoa feliz e amável. Seu comportamento muda, sua linguagem muda; enfim, todo o seu estilo de vida, pois quem “está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Precisamos ser como esse carcereiro e levar a mensagem de salvação aos membros de nossa casa, crendo que Deus tem poder para salvar todos de nossa família.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens


1   RICHARDS, 2016, pp. 744, 745. 
2  https://biblehub.com/acts/16-14.htm3  COLEMAN, William L. Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos, 2017, pp. 304,305. 
4  BEERS, 2013, pp. 376, 377.  
5 PEARLMAN, 2018, p. 178.  
6 Fundo das Nações Unidas para a Infância. 
7 Jornal El País. https://elpais.com/elpais/2019/05/31/planeta_futuro/1559339527_948105.html. Acesso em 05 de junho de 2019.  
8 GONZÁLEZ, 2011, p. 233.  
9 SHEDD, 1997, p. 1558. 
10  GONZÁLEZ, 2011, p. 233.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - Davi Torna-se Rei de todo Israel - Primários.

Lição 11 - Davi Torna-se Rei de todo Israel 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus sempre cumpre o que promete.
Ponto central: Existe um tempo certo para o cumprimento da promessa feita por Deus.
Memória em ação: “Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que Ele promete” (Hb 10.36).
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos ensinar aos pequeninos sobre um assunto, que até mesmo para nós, adultos ansiosos, é muito difícil praticar – paciência. 
A Palavra de Deus nos ensina enfaticamente acerca da importância de crer, obedecer e esperar com paciência no Senhor. Ou seja, não basta apenas aguardar, precisa ser com PACIÊNCIA! 
Abaixo segue um trecho do Dicionário Bíblico Wycliffe acerca desta palavra que também é considerada sinônima de longanimidade, e, portanto parte fundamental do fruto do Espírito. 
Que ao ler estas linhas, estimado (a) professor (a), você reflita como anda seu coração em relação às promessas que tem esperado da parte de Deus, – se as tem aguardado murmurando, com a alma cheia de angustia, ansiedade e preocupação ou em paz, tendo a capacidade de aproveitar as bênçãos que Ele já te deu para usufruir no agora. 

[...] Nos Salmos 37.7 e 40.1 as palavras hebraicas hul e qawa foram respectivamente traduzidas como "esperar pacientemente" e em Eclesiastes 7.8, a palavra 'arek (anseio) foi empregada para descrever alguém que possui um espírito paciente. 
No NT, quatro palavras gregas foram traduzidas de alguma maneira relacionada à paciência. A palavra grega makrothumia é a qualidade de suportar um longo sofrimento (Mt 18.26,29). 
De acordo com Crisóstomo, makrothumia descreve o homem que é plenamente capaz de se vingar, mas recusa-se a fazê-lo. Também foi traduzida como "longanimidade" como uma qualidade de DEUS (Rm 2.4; 2 Pe 3.9) e como o fruto do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.22). 
A palavra grega hypomone foi descrita por William Barclay, na obra A New Testament Wordbook (Londres. SCM Press Ltd., 1956, p. 59), como "uma das mais nobres palavras do NT". Seu significado básico é o de resistir (Hb 12.1), uma qualidade que permite ao homem suportar as adversidades e provações (Rm 12.12). 
Enquanto makrothumia (lê-se Mácrosímia) está mais corretamente relacionada às pessoas, hypomone fala sobre a paciência em relação às circunstâncias difíceis. Essa palavra não retrata uma paciência submissa ou passiva que está irremediavelmente resignada ao seu destino infeliz; ao contrário, ela é uma resistência ativa marcada pela esperança e pela segurança (1 Ts 1.3). Barclay ainda acrescenta que esta é a "qualidade que mantém um homem sobre seus pés, com a face voltada para o vento" (p. 60). Um exemplo desse tipo de paciência é Jó, que suportou as aflições que lhe sobrevieram (Tg 5.11).
A terceira palavra traduzida como "paciência" é epieikes (1 Tm 3.2,3), que descreve uma atitude bondosa, condescendente, razoável e conciliadora, e que não insiste em seus direitos (Barclay, p. 38ss.). 
O quarto termo, anexikakos (2 Tm 2.24), significa, literalmente, "suportar sob o mal" e assim expressa o tipo de paciência que suporta o mal sem ressentimentos (Arndt). Veja Tolerância; Longanimidade; Perseverança. 
Renove sua paciência no Senhor! Jesus lhe abençoe e capacite. Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - A Ressurreição dos Mortos - Juvenis.

Lição 11 - A Ressurreição dos Mortos 

4º Trimestre de 2019

E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).
OBJETIVOS
Explicar o ensino bíblico sobre a ressurreição do corpo;
Mostrar a natureza e a ocasião da ressurreição;
Apontar a relação entre a ressurreição e o julgamento final.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O ENSINO BÍBLICO SOBRE A RESSURREIÇÃO
2. A NATUREZA E A OCASIÃO DA RESSURREIÇÃO
3. O JULGAMENTO FINAL
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos falar sobre a ressurreição dos mortos e o julgamento final – temas complexos e profundos que requerem preparo, muita oração e, sobretudo, humildade para reconhecer que nem sempre temos todas as respostas. Como escrito em Deuteronômio 29.29, há coisas ocultas, insondáveis, encobertas que pertencem somente ao Senhor, e o que Ele nos deu a conhecer, revelando-nos por meio das Sagradas Escrituras, cabe a nós guardar.
Até mesmo o Mestre dos mestres, o Deus encarnado, quando ensinando acerca do final dos tempos, disse: “[...] a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem mesmo o Filho, senão exclusivamente o Pai” (Cf. Mt 24.36).
Portanto, estimado (a) professor (a), entenda que dizer “eu não sei” é uma das lições do próprio Jesus para nós e não desmerece em nada a sua capacidade intelectual ou vocacional. Pelo contrário, é um grande exemplo de honestidade, humildade e sabedoria para os seus alunos. Exemplo este que muitos líderes não seguem, por sentirem que não podem demonstrar “fraqueza”. Assim, por vezes acabam ensinando respostas equivocadas às ovelhas na tentativa de demonstrar que tudo sabe, mero orgulho e vaidade. Vigiemos e aprendamos com o Rabi!
Se ocorrer de alguma dúvida complexa surgir em classe, e você não se sentir totalmente seguro (a) em responder, comprometa-se com eles de pesquisarem juntos e debaterem na próxima aula.
Abaixo segue a dúvida de um leitor acerca da relação entre a ressurreição dos mortos e a doação de órgãos, objetivamente esclarecida pelo pastor Douglas Baptista, – que é doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e comentarista das Lições Bíblicas CPAD.
A posição do Apóstolo Paulo quanto à ressurreição dos mortos é absolutamente firme, ele chega a declarar que sem ressurreição não há esperança: “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1Co 15. 13.14).
Portanto, temos convicção que “ressuscitaremos para participar da sorte do Cristo na parusia; a ressurreição dEle é penhor e prelúdio da nossa” [1]. A ressurreição é imprescindível afim de que os que morreram em Cristo possam participar com os que estiverem vivos da grande festa do retorno de Cristo “a encontrar o Senhor nos ares” (1Ts 4.17).
Paulo ensina que aqueles já partiram dormem em Cristo (1Co 15.16-18). A morte não é aniquilamento: “É apenas um sono para eles. É um descanso, um descanso imperturbado... Eles serão ressuscitados da morte, e despertados do seu sono, porque ‘Deus os tornará a trazer com Ele’ (1Ts 4.14b)... é um grande antídoto contra o medo da morte e a tristeza excessiva pela morte de nossos amigos cristãos” [2]. A doutrina da ressurreição é uma esperança cristã, pois “cremos que Jesus morreu e ressuscitou” (1Ts 4.14a) sendo Ele (o cristo) as primícias dos que dormem (1Co 15.20).
Desde quando era fariseu, mesmo antes de sua conversão em Damasco, Paulo já acreditava na ressurreição dos mortos (At 23.6-8). Por isso, “Não foi necessário nenhuma mudança significativa desse discurso teológico, uma vez que o apóstolo compreendera que Jesus venceu a morte e removeu seu aguilhão” [3].
Porém, para além desta certeza gloriosa, alguns cristãos ainda não compreendem como os corpos ressurgirão. Por conseguinte, afirmam alguns que “a doação de órgãos é incompatível com a doutrina da ressurreição dos mortos” [4]. Refutando esta ideia, Paulo ensina que o “corpo natural, ressuscitará corpo espiritual” (1Co 15.44), ou seja, não precisaremos de órgãos humanos, pois “a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus” (1Co 15.50).
Pense Nisso!
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - Um menino rei - Berçário.

Lição 11 - Um menino rei 

4º Trimestre de 2019

Objetivo da lição: Mostrar às crianças que elas também podem ser usadas pelo Papai do Céu.
É hora do versículo: “[...] Deixem que as crianças venham a mim [...]” (Lc 18.16).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre um menino que se tornou rei aos 8 anos de idade! Mesmo sem ter muita experiência, Josias fez muitas coisas boas. Isso que dizer que as crianças também podem ser usadas pelo Papai do Céu. Se formos obedientes ao Papai do Céu, Ele fará grandes coisas através de nós, como salvar a nossa família, por exemplo!
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a coroa do rei Josias. Elas também podem colar bolinhas de papel crepom no lugar das pedras preciosas ou papel laminado dourado.
coroa licao11 bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - Um menino volta a viver - Berçário.

Lição 10 - Um menino volta a viver 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Mostrar à criança que o Papai do Céu pode todas as coisas.
É hora do versículo: “Mas nós [...] daremos graças ao Senhor [...]” (Sl 115.18).
Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu pode todas as coisas e por isso ele fez um menino, filho de uma mulher viúva, viver novamente. 
Tratar sobre o tema da morte com as crianças requer um pouco de atenção porque, antes de mais nada, precisamos saber como esta faixa etária compreende esse conceito.
“A compreensão da criança a respeito da morte é assunto de diversas pesquisas, que sempre seguem a teoria piagetiana e seus ‘estágios’. Primeiramente, as crianças falam sobre a morte descrevendo-a. as pessoas mortas ficam deitadas, sem se mover, com os braços cruzados e os olhos fechados. A morte é definida como uma posição. Em suas brincadeiras, se fingem de mortas, mas não permanecem mortas. A irreversibilidade da morte ainda não faz parte do seu raciocínio. Para eles a morte envolve pouco sentimento ou emoção. Nesta fase, as histórias bíblicas envolvendo morte não são necessariamente tão violentas para as crianças, quanto imaginamos. As crianças não compreendem a morte o suficiente para serem atingidas por ela com impacto. [...] Do estágio ‘descritivo’ da morte, as crianças caminham para o estágio ‘funcional’. Passam a compreender que o corpo não funciona quando o indivíduo morre. Num primeiro momento, percebem apenas disfunções mais óbvias — os mortos não se movem, não falam, não piscam os olhos e assim por diante. Zangam-se, mas não comem porque não podem mover os braços. Ouvem, mas não respondem. Mais tarde, as disfunções menos óbvias são incluídas no conceito de morte. Os mortos não podem ouvir, nem sentir o perfume das flores. Seu coração e os outros órgãos internos não funcionam. Não sonham e não pensam. Algumas crianças nessa idade começam a entender a universalidade da morte. Ao entrar em contato com a morte repetidas vezes, por meio de histórias ou de outros contextos, percebem que é um fato que acontece a todos e que está geralmente associado aos mais velhos, exceto pela violência. Este conceito universal da morte está, de certa forma, incompleto, pois abrange o fato de que acontece a todos, mas não, que deve acontecer — o aspecto da necessidade lógica.”
BEECHICK, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 38,39)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - Papai Zacarias Louva a Deus - Maternal.

Lição 11 - Papai Zacarias Louva a Deus 

4º Trimestre de 2019

Objetivo da Lição: Suscitar na criança o desejo de louvar a Deus porque Ele nos surpreende com coisas boas. 
Para Guardar no Coração: “[...] O Senhor fez grandes coisas por nós, e por isso estamos alegres.” (Sl 126.3)
Perfil da criança do maternal
“Ela é capaz de entender mais do que imaginamos. Entretanto, o seu desenvolvimento mental encontra-se ainda na primeira fase, e exige que o ensino seja simplificado e repetido. É por isso que em nossas lições para esta turma repetimos a mesma ideia diversas vezes – no cântico, na explicação do versículo, na história bíblica, nas atividades manuais e até nas brincadeiras. Não se preocupe achando que vai enfadar a criança com tanta repetição. Ao contrário, ela as apreciará e assimilará a ideia.”
Subsídio Professor
“Coragem não é não ter medo; coragem é fazer o que é preciso, apesar do medo. Afinal, situações comuns, que não inspiram temor, não exigem coragem. E se alguém enfrenta um perigo sem experimentar qualquer temor, não é corajoso, mas imprudente ou irresponsável.
Você tem enfrentado situações que demandam coragem? A coragem dada por Deus está ao dispor de todo servo fiel. Professores, escriturários, donas de casa, gerentes, faxineiros, vendedores. Pessoas comuns, porém leais a Deus e dispostas a servi-lo. Gostamos de pensar em Débora como a profetiza e juíza de Israel, sentada sob uma palmeira, resolvendo conflitos nacionais. Esquecemo-nos dela como a mulher de Lapidote, que no papel de esposa, governava a sua casa e preparava o prato predileto do marido.
E o que dizer de Jael, a quem coube a honra pela derrota do capitão Sísera? Já vi alguém fantasiar a história de Jael, descrevendo-a como uma selvagem de cabelos vermelhos, que uma vez matara um leão com as próprias mãos. Mas a Bíblia diz apenas que era a esposa de Heber, o queneu; provavelmente, uma simples dona de casa, mas que guardava no coração o temor ao Deus de Israel, e permanecera fiel ao seu povo, mesmo quando o marido se associara ao inimigo (v.17). Talvez Jael não fosse capaz de reunir um exército dez mil homens, como fez Débora (v.14), mas sabia como servir uma taça de coalhada; era tarefa comum em seu dia-a-dia. Talvez não se achasse apta a compor um cântico didático e de adoração, como o entoado por Débora, mas tinha o pulso firme no manejo do martelo, e sabia fincar uma estaca; armar e desarmar tendas eram funções femininas. Com a coragem dada por Deus, e pondo ao seu dispor as suas habilidades cotidianas, Jael distraiu o inimigo com um copo de leite, e no momento oportuno, cravou-lhe na fronte uma estaca da tenda. A sua mão teria tremido, ao estender a Sísera a taça de leite, com nata boiando por cima? Teria o seu coração perdido o ritmo, ao caminhar para onde ele se achava adormecido, pé ante pé, com a estaca numa das mãos e o martelo na outra? É bem provável que sim, mas aplicava no mundo real a fé que depositava em Deus, e por isso foi encorajada por Ele, e dEle recebeu forças para a difícil tarefa.”   
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Lucas 1.67-79.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos! 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD.