quarta-feira, 29 de abril de 2020

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Confirmando o Concerto - Jovens.

Lição 5 - Confirmando o Concerto 

2º Trimestre de 2020
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
CONFIRMANDO O CONCERTO
Introdução
Caminhar com Deus apresenta, algumas vezes, exigências pouco compreensíveis, sob o prisma da racionalidade. Nesse diapasão, o Deus que criou o Universo e tudo que nele há, estabeleceu os princípios que regem o Seu relacionamento com os homens, e para tanto, prescreveu-lhes condutas, muitas das quais, é bem verdade, simbólicas, mas extremamente necessárias. Uma delas é a circuncisão, a remoção cirúrgica do prepúcio do órgão sexual masculino (Gn 17.11; At 7.8; Rm 4.11), anunciada pelo Senhor como condição indispensável, antes da Dispensação da Graça, para que alguém participasse do pacto abraâmico1 – a fonte de toda a bem-aventurança dos hebreus enquanto nação. Assim, para que Abraão cumprisse a sua parte na aliança (observe-se como Deus é humilde – submeter-se a fazer acordo com homens fracos e mortais), ele deveria se comprometer com a prática da circuncisão em todos os homens de sua casa.
O pai da fé cumpriu fielmente esse compromisso, que foi transmitido aos seus descendentes. Entretanto, durante a peregrinação no deserto, não consta a realização de nenhuma cerimônia de circuncisão. Deus, nesse período, deu aos hebreus mantimento, conforto, proteção, porém requeria deles (como requer da Igreja) uma atitude de obediência e fé, o que não aconteceu, e isso lhes custou, também, a perda do privilégio da celebração da Páscoa.
Quando a nova geração colocou os pés em Canaã – o evento conhecido como eisodus, Deus autorizou a circuncisão, para a confirmação da aliança, e a comemoração da Páscoa, pois uma nova etapa da vida deles estava chegando. Aliás, sabe-se que “aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias”2. Nesse caso específico, as partes eram Deus e Abraão e seus descendentes; a condição para Abraão era a circuncisão, os resultados e as garantias eram com Deus, e, por isso, o Senhor fez um juramento, porque Ele queria “mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa” de forma que “por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta,” Abraão e sua descendência fossem consolados na esperança do cumprimento da promessa (Hb 7.13-18).
Na vida dos cristãos hodiernos, igualmente, Deus cerca seus filhos de muitas promessas que nos acalmam o coração se, realmente, aprendemos a descansar nEle. A missão de Jesus Cristo, em seu aspecto encarnacional, ou seja, quando adentrou e participou do mundo do sofrimento humano3, frequentemente falava sobre o futuro com seus discípulos, mostrando-lhes as lutas e dificuldades que enfrentariam, mas sempre lhes garantindo que dias melhores viriam, ainda que fossem quando atravessassem os umbrais da eternidade. Que importava? Desde que mantivessem intacta a aliança com o Senhor, nesta vida ou no provir, eles seriam mais que vencedores. As contingências próprias da existência, portanto, fossem elas agradáveis ou não, seriam apenas o tempero da vitória no Céu (Rm 8.18).
Circuncisão: um segredo de Deus para os hebreus
A circuncisão não trazia em si a concretização de uma aliança,  ela representava a adesão humana ao concerto firmado pelo Senhor com o patriarca Abraão (Gn 17.9-14)– uma condição imposta por Deus, como dito anteriormente, que consistia em um ato de obediência e fé (Dt 10.16; Jr 4.4; Cl 2.11,12). A cirurgia (por óbvio, sem anestesia), feita com uma pedra amolada (Js 5.2), causava fortes dores e desconforto por até três dias, deixando uma cicatriz na carne que distinguia os israelitas dos demais povos. Para se entender o motivo pelo qual Deus não mudou o rústico instrumento cirúrgico utilizado para a circuncisão, mesmo com o avanço da metalurgia do bronze e ferro, mister lembrar que Jesus disse ser Ele a pedra angular rejeitada (Mc 12.10; At 4.11; 1Pe 2.7) e Paulo ter afirmado que Cristo era a rocha que os seguia (1Co 10.4).
Na verdade, Deus estava apontando sempre, com todas as regras cerimoniais, para Cristo. Prova disso é que Paulo, ao falar da circuncisão menciona que “Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas pela remoção do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo (...)” (Cl 2.11, 12 NAA). Assim, o apóstolo dos gentios fez uma ponte tipológica entre a circuncisão e o batismo em águas, ressignificando a circuncisão em relação à ordenança neotestamentária, haja vista que são momentos simbólicos da velha e nova aliança em que o ser humano morre para si mesmo e ressurge para Deus.
Ocorre, entretanto, que alguns estudiosos erradamente elegem o trecho de Cl 2.11,12 como argumento para defenderem o batismo em águas de bebês, alegando que as crianças hebreias, logo aos oito dias de vida, deveriam ser circuncidadas. Essa interpretação, todavia, não resiste ao melhor uso das premissas hermenêuticas. Ora, se por um lado, Paulo, para combater a doutrina dos judaizantes, ressignificou a circuncisão, de outro Jesus realizou a mesma engenharia interpretativa com festa da Páscoa, transmudando-a na celebração da Santa Ceia, porém poucos elementos cerimoniais permaneceram na nova “festa” instituída, inclusive não sendo observada o tempo em que acontecia, pois a Páscoa era realizada uma vez por ano, no primeiro mês, ao passo que a ceia cristã era celebrada sempre, na igreja primitiva, ao que tudo indica,  “no primeiro dia da semana”.
Dessa forma, há respaldo bíblico para afirmar que a Páscoa foi transmudada em Santa Ceia e que a circuncisão foi ressignificada pela ordenança do batismo. Contudo, daí a defender que haja batismo de crianças por que a circuncisão acontecia no oitavo dia de nascimento, constitui-se em verdadeira agressão hermenêutica, uma vez que não há designações neotestamentárias que fundamentem tal tese.
O pacto abraâmico, portanto, ao exigir como condição de aceitação a circuncisão, traduzia o simbolismo da morte do adorador, em oposição ao sacrifício de seres humanos, amplamente praticado em religiões pagãs. Paulo explica, todavia, que a circuncisão em si não era nada se a pessoa não fosse fiel a Deus, pois o que vale para o Céu é a circuncisão do coração (mente); a mesma regra aplica-se integralmente a quem participa da Santa Ceia.
No cristianismo, não adianta a pessoa apresentar santidade exteriormente se não houver, no interior, fidelidade, pureza e bondade. Nessa situação, o indivíduo não passará, como disse Jesus, de um sepulcro caiado, bonito por fora, nas cheio de podridão por dentro (Mt 23.27). Imprestável, portanto. Essa é, em suma, a ética do Reino de Deus em todos os tempos!
Uma marca de Deus
Ao longo da Bíblia observa-se o Senhor Deus, aqui e acolá, marcando as pessoas, seja no sentido físico, como foi o caso de Caim (Gn 4.15), ou espiritual, como se vê em Ez 9.4, em que o Altíssimo mandou que fosse colocada uma marca na testa daqueles que gemiam por causa do pecado de Jerusalém, e em Ap 19.16, quando Jesus, em glória, foi visto com uma inscrição na coxa: Rei dos reis e Senhor dos senhores. 
Interessante perceber, ao contrário, em Lv 19.28, que o Eterno proibiu aos homens colocarem marcas (hb. aqa` – que também pode ser traduzido por incisão, impressão, tatuagem) sobre a pele deles, pois isso teria uma representação simbólica importante sobre a “propriedade do indivíduo” – a quem a pessoa pertence – na medida em que havia um antigo costume no Oriente de que escravos e soldados levassem o nome ou o sinal de seu mestre ou comandante tatuado ou perfurado (cortado) em seus corpos para indicar a que mestre ou general eles pertenciam. Alguns devotos pagãos, igualmente, e com o mesmo sentido, marcavam a si mesmos desta forma, com o símbolo identificativo dos deuses que adoravam.
Assim, quando o Todo-Poderoso anunciou que a circuncisão – a resposta humana de aceitação – ficaria como sinal (hb. owth– marca distintiva, ou símbolo) da aliança estabelecida (Gn 17.11), demonstrava que, sendo Ele o Criador, poderia marcar os homens com a cicatriz da circuncisão, ou outra qualquer (como aconteceu com Caim) – isso é soberania – porém os homens não deveriam permitir nenhuma inscrição em sua pele (Lv 19.28), a fim de denotarem que suas vidas eram consagradas exclusivamente ao Senhor, que os marcara.
O significado espiritual da circuncisão, portanto, era tão importante que o apóstolo Paulo, pelo Espírito, em Rm 4.11 (versão NAA), afirmou: “E Abraão recebeu o sinal [gr. semeion– marca, símbolo – que indica, no texto, aquilo pelo qual uma pessoa é diferenciada das outras e pelo qual se faz conhecida] da circuncisão como selo da justiça da fé (...)”. Que visão extraordinária! Paulo estava ensinando que a circuncisão deixava mais que uma cicatriz, era um sinal de Deus, o selo da justiça que provém da fé, porque não era autorizada em face da realização de algum ato de “justiça própria” do homem, que sugerisse sua autojustificação pelas obras da lei. Absolutamente, mas era realizada, pela fé, em todos os meninos (já que não existe predestinação individual para alguém ir para o céu ou o inferno) aos oito dias de nascimento.
O sinal de Deus no homem pela circuncisão (Rm 4.11), simbolizava a concessão divina de comunhão e autoridade que defluiriam, para todos que cressem, do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário (com efeito retroativo), conforme está escrito: “...para que aquele que nEle crer...” (Jo 3.16). Nesse sentido, o mesmo Paulo escreveu: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito” (Gl 3.13, 14 – grifo acrescido). Isso é Graça, o dom imerecido. O selo da justiça da fé.
Mister recordar, porém, que a geração que saiu do Egito, não obstante circuncidada na carne, não tinha coração e lábios circuncidados (Ex 6.12; Lv 26.41; Rm 2.25), por isso morreu no deserto. Nesse passo, em Gl 6.17, Paulo fez lembrar que trazia no seu corpo as marcas (gr. stigma– sinal perfurado ou marca "a ferro e fogo") de Cristo. Essas marcas espirituais (embora ele possa aqui estar fazendo um trocadilho pelas cicatrizes que possuía, em face das 195 cruéis chicotadas recebidas dos judeus – 2 Co 11.24) constituíam-se no selo de sua comunhão com Deus e autoridade espiritual. Por isso, os gálatas não deveriam molestá-lo por questões sem importância, alusivas à lei mosaica, haja vista que ele já tinha o suficiente para a salvação– as marcas de Cristo.
Requisito para ser guerreiro
Para vencer as guerras que se avizinhavam, além da bênção de Deus, Israel precisava de um exército valoroso, obediente e cheio de fé, à altura do seu líder. Por isso, a restauração do pacto abraâmico era condição indispensável para se comer a Páscoa (Ex 12.44,48), bem como para um hebreu tornar-se guerreiro (Js 5.4); aliás, em Gn 17.14 Deus disse que os não circuncidados deveriam ser exterminados do povo e, de fato, o Senhor quase matou um filho de Moisés porque ele não era circuncidado (Ex 4.24-26).
Por tudo isso, a circuncisão para um guerreiro soava com uma verdadeira proteção (1Sm 17.26,36; Jz 14.3; 15.18; 1 Sm 14.6; 18.25; 2Sm 1.20; 3.14), que trazia a garantia da aliança com Deus, entretanto, ao mesmo tempo, tratava-se de uma cirurgia extremamente debilitante. Para se ter uma ideia das sequelas físicas, em Js 5.8 está escrito que o exército ficou desmobilizado até que sarassem as feridas, as quais provocavam fortes dores nos homens por, pelo menos, três dias (Gn 34.24,25), explicação apresentada por Josué como justificativa para a excepcionalidade da não circuncisão dos guerreiros até aquele momento (Js 5.4-7).
Um lugar chamado Gilgal
Lugar de aliança
Deus frequentemente escolhe lugares especiais para atos marcantes. Alguns desses ambientes são de incomparável beleza, como foi o caso de Cesareia de Filipe, para onde Jesus levou seus discípulos e ali ouviu a declaração de Pedro de que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.13-16); outros, porém, são bastante inóspitos e estigmatizados, tal como a Ilha de Patmos, que era utilizada para abrigar prisioneiros do Império Romano, onde Deus revelou todo o futuro a João. Assim, haja vista que nada acontece por acaso no Reino de Deus, o Senhor escolheu Gilgal como o local da renovação da aliança abraâmica, amalgamando os sentimentos de comunhão com Deus e a unidade de propósitos entre os Israelitas.
Gilgal, que pode ser traduzido por Monte de Prepúcios (Js 5.8 ARA), constituiu-se em um memorial, às gerações futuras, acerca das muitas circuncisões ocorridas– símbolo da conversão nacional – corroborando a ideia de que os prepúcios, quando cortados, foram amontoados em uma pilha e cobertos com terra, formando um pequeno monte.4 
Aquele lugar, na verdade, por muito tempo seria um espaço de referência para os hebreus, sendo que ali se tornou um dos três lugares em que Samuel julgava a Israel (1Sm 7.16), um local de sacrifícios (1 Sm 10.8; 13.8; 15.21) e onde Saul foi proclamado rei (1Sm 11.15). Talvez lá tenha se tornado o centro da escola de profetas no tempo de Elias e Eliseu (2 Rs 2.1-4; 4.38). Uma localidade, portanto, que participou de forma importante da vida política e religiosa dos israelitas. 
Lugar de exaltação
Em Js 5.9 o Senhor disse que, por causa da confirmação da aliança abraâmica, Ele tirou, naquele dia, o opróbrio (grande desonra pública) do Egito sobre os Israelitas, porque naquele momento “eles foram reconhecidos como sendo filhos de Deus livres, tendo o selo da aliança em sua carne” 5, não havendo mais nenhum resquício de influência da cultura do Egito. Isso significava que a vergonha, vexame, desgraça, de ter a aliança abraâmica suspensa (Nm 14.28-30), por causa do amor ao Egito (Nm 14.2-4), que gerou a desaprovação do povo diante de Deus, e fez milhares morrerem no deserto (Nm 14.22,23), resolvera-se ali!
A estratégia e perícia humanas apresentavam-se como elementos importantes para a conquista de Canaã, como se viu nos combates descritos por Josué, entretanto, caso os guerreiros estivessem conformados com este mundo (Rm 12.1,2), de nada serviria toda a preparação. Exemplo disso aconteceu em Nm 14.40-45, quando um grupo de combatentes, desobedecendo à orientação de Moisés, começou uma guerra para conquistar a terra prometida, mas foram fragorosamente esmagados pelos inimigos.
Da mesma forma, para os cristãos entrarem no descanso que Deus tem preparado para aqueles que O amam, deve ser removido todo o resquício de influência do mundo (o que Deus considera “opróbrio”), e isso se dá quando acontece a verdadeira conversão, pois “quem está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).
Lugar de prosperidade
Gilgal, o primeiro acampamento em Canaã, era, por excelência, um lugar do qual manava leite e mel. Ali não havia crise hídrica, e nem crise de pão. Os israelitas se sentiam muito felizes em Gilgal, pois estavam livres das dificuldades que suportaram no deserto e julgavam nada mais terem o que recear.6 
Há um tempo, na vida do servo de Deus, que as coisas inexoravelmente são difíceis e, por isso, os milagres são abundantes, como aconteceu na caminhada pelo deserto. Entretanto, passado o deserto, renovada a aliança com Deus, e chegado o tempo do cumprimento da promessa, os milagres da Providência diminuirão, em face da prosperidade da abundância da terra prometida. Nesses dias, a dependência de Deus ainda será necessária (antes o povo era saciado milagrosamente com água saída da Rocha, todavia agora beberia regularmente as águas das chuvas – Dt 11.11,12), mas é certo que um novo padrão de acontecimentos, com alguma previsibilidade, desenvolver-se-á.
A celebração da Páscoa
Um pouco de história
A informação de Paulo de que o Reino de Deus consiste em justiça, paz e alegria no Espírito (Rm 14.17), confere com percepção de que o Senhor costumeiramente se relaciona com seus filhos através de festas, sejam elas as estabelecidas por Deus ou criadas pelas tradições. São muitas. O próprio Jesus, nos seus dias sobre a Terra, habitualmente frequentava festas, fossem elas religiosas ou não. No evangelho de João, por exemplo, quase todos os eventos narrados aconteceram antes, durante ou logo após a celebração de alguma festa; vale lembrar que primeiro milagre de Jesus aconteceu numa festa de casamento. Ele morreu na festa da Páscoa, Sua ressurreição e a ressureição dos santos, quando do arrebatamento, estão vinculadas biblicamente à festa das primícias (1Co 15.20-23) e o Espírito Santo foi enviado durante a festa de Pentecostes.
O que interessa, neste instante, entrementes, é tratar acerca de uma das mais importantes, a da Páscoa, que foi estabelecida por Deus, sob a administração de Moisés, em Ex 12.1-20, sendo determinado que, no dia 10 do mês de abibe (ou nisã), o povo separasse um cordeiro, ou cabrito, por família, porque, dentro de quatro dias, o animal seria sacrificado, assado no fogo e comido com pães ázimos e ervas amargosas, e isso apressadamente, haja vista que o povo estaria em retirada da terra dos faraós. Assim, no dia 14 do mês de abibe (ou nisã) ela foi celebrada pela 1ª vez no Egito (Ex 12.12); a 2ª vez aconteceu no deserto, ao pé do Sinai (Nm 9.5) e depois disso houve sua suspensão, por causa da rebelião dos filhos de Israel, pois em seus corações voltaram ao Egito (At 7.39), pelo que Deus rejeitou àquela geração. Quando, porém, em Gilgal, aconteceu a circuncisão dos hebreus que nasceram no deserto, e o Senhor retirou de sobre eles o opróbrio do Egito, pela confirmação da aliança abraâmica, o Senhor concordou que, pela 3ª vez em 40 anos, a Páscoa fosse comemorada.
Páscoa: um memorial judaico perpétuo
Importante mencionar que não há informação de que os crentes da igreja primitiva tenham celebrado a Páscoa, tendo Jesus a comido pela última vez, juntamente com seus discípulos, na noite em que foi traído, quando a reinterpretou, em consonância com suas próprias experiências, fazendo-a adquirir maior significado em Sua própria Pessoa, retendo, com isso, todo o simbolismo, ao estabelecer a ordenança da Santa Ceia 7. A partir de então os crentes estão esperando o dia em que Ele beberá conosco do fruto da vide no Reino do Pai (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18), nas bodas do Cordeiro (Ap 19.7,9), mas em relação aos judeus ela foi estabelecida em memorial perpétuo (Ex 12.17). Paulo, nesse sentido, afirmou que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7)!
A perpetuidade do memorial judaico tem arrimo em suas raízes históricas, pois eles nunca devem esquecer que foram escravos do Egito e que o Senhor os tirou de lá com mão forte e braço estendido, sendo que o cordeiro trazia à lembrança o sacrifício; o pão sem fermento era um memorial à pureza e as ervas amargosas fazia menção à servidão amarga do Egito8. Não por a acaso, na Santa Ceia também, espiritualmente, fazemos a mesma viagem introspectiva, olhando para nosso o passado, presente e futuro em Cristo.
Páscoa: um símbolo poderoso 
A Páscoa era uma festa obrigatória para os hebreus, e a ausência injustificada de alguém apto seria punida com a morte, haja vista a força simbólica do evento. Confirmando tal circunstância, João Batista disse que Jesus era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), fazendo clara alusão ao Senhor como o Cordeiro pascoal, e, com isso, atribuindo-lhe um simbolismo ainda mais poderoso: representava a morte do Filho Unigênito de Deus! 
Desde o início, quando celebrada ainda no Egito, não se tratava, aos olhos do Eterno, de mera celebração cívico-religiosa, era na verdade um culto ao Deus verdadeiro, o criador do Universo, o qual se encarnaria, fazendo-se semelhante aos homens, e entregaria voluntariamente Sua vida para salvar a humanidade de seus pecados.
Conclusão
A circuncisão nacional dos nascidos no deserto, bem como a comemoração da Páscoa, por Josué, em Gilgal, provavelmente, diante de Deus, foram os episódios mais importantes de seu ministério. A passagem pelo rio Jordão, a queda dos muros de Jericó, a vitória sobre 31 reis cananeus têm seu excepcional significado espiritual e histórico, sem dúvida, mas esses dois fatos, que cravaram irretorquivelmente que o Altíssimo voltava-se, com compromisso, à geração que entrou em Canaã, ressai gloriosamente como a garantia de que todas as outras coisas dariam certo. Israel, enfim, estava apto para tomar posse das promessas divinas.

1 PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 421.
2 PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 61.
3 STOTT, John W. R..O Discípulo Radical. Viçosa, MG: Ultimato, 2011, p.26.
4 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Estervol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 21.
5 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico - Antigo Testamento - Josué a Ester. vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 20. 
6 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 241.
7 JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 241.
8 CHAMPLIN, R. N.. Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia. 13ª ed., vol. 5, São Paulo: Hagnos, 2015 p. 101.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 05 - 2º Trimestre 2020 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Adultos.

Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo 

2º Trimestre de 2020
O capítulo 2 de Efésios mostra o processo de libertação do pecador para uma nova vida em Cristo. Assim, a presente lição procura revelar a graça salvadora de Jesus Cristo que nos garante a vida eterna. A libertação do pecado só foi possível por causa dessa graça. 
Para mostrar esse processo de libertação do pecado, reflita com a classe sobre a natureza pecaminosa do homem, morta em delitos e pecados; em seguida, explique que a graça de Deus vivificou-nos, transformando a nossa natureza para agora sermos inclinados às coisas celestiais; e, finalmente, afirme que a nossa salvação não vem de obras, mas de Deus pela sua graça salvadora. 
Resumo da lição
A graça salvadora de Cristo nos garante a vida eterna. Esse ponto é central em nossa lição. Por esse motivo, o primeiro tópico faz uma reflexão acerca da antiga natureza humana morta em delitos e pecados. Ele mostra que a nossa condição diante de Deus era caótica, éramos escravos e estávamos condenados à perdição e morte eterna. Isso significa que o pecado não consiste apenas em atos isolados, mas numa realidade que se revela na natureza má dentro da pessoa.
Entretanto, Deus não ficou passivo diante de morte do ser humano em ofensas e pecados. O segundo tópico explica que fomos vivificados pela graça divina. O pecador passou da morte para a vida por meio da graça de Deus, que nos foi concedida por obra da misericórdia e do grande amor de Deus. Tudo isso foi possível pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Nesse caso, não há salvação se o homem não crer no Filho de Deus (Jo 3.16), pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
Assim, se a salvação é pela graça por meio da fé, o terceiro tópico afirmará que ela não vem pelas obras, pois estas não são o meio, mas o resultado da salvação pela graça. 
Aplicação
Deixe claro para a classe que não há qualquer esforço próprio ou ritual que nos garanta a salvação. Somos salvos pela graça mediante a fé somente (Ef 2.8). Essa graça se revelou em Cristo Jesus, conforme a sua obra completa. Na ação da graça de Deus leva-se em conta o chamado ao arrependimento e à fé. Quem torna possível a resposta a esse chamado é a obra do Espírito Santo que convence o mundo do pecado, e da justiça e do juízo (Jo 16.8). Assim, regenerados pelo Espírito Santo, estamos habilitados a produzir boas obras (Ef 2.10).
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar)
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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - O Dom da Fé - Pré Adolescentes.

Lição 4 - O Dom da Fé 

2º Trimestre de 2020 
A lição de hoje encontra-se em: 1 Coríntios 12.9; João 11.40-44.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito do Dom da Fé. A Palavra de Deus nos ensina muitas lições a respeito da fé. Pela fé, como diz o autor da Carta aos Hebreus, os antigos alcançaram bom testemunho e alcançaram a aprovação de Deus (cf. Hb 11.2). As Escrituras também ensinam que sem fé não podemos agradar a Deus, pois é necessário que a pessoa que se aproxima de Deus creia que Ele existe e é Poderoso para realizar tudo quanto Lhe pedimos (v. 6). Mas a fé que iremos compartilhar na lição de hoje não se trata da fé salvífica ou mesmo da fé que faz parte do fruto do Espírito. A fé que iremos abordar trata-se da fé como dom concedido por Deus à sua igreja.
Não iremos nos conter na definição de cada tipo de fé, porquanto a lição já apresenta esta distinção. Antes, precisamos compreender a importância de falarmos sobre a fé como um dom muito especial. Seus alunos precisam aprender de que forma este dom se manifesta no seio da igreja e em quais circunstâncias ele se faz necessário.
Em primeiro lugar é preciso ter em mente que o dom da fé é a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para que este possa realizar feitos que estão além da compreensão humana. Lembrando que as manifestações do poder de Deus ocorrem de acordo com o propósito e vontade divinos. Deus não desperdiça tempo realizando milagres somente nas ocasiões em que desejamos. É importante que a pessoa que tem este dom tenha também o discernimento quanto às ocasiões em que o Espírito Santo deseja realizar os seus feitos mediante a fé. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1756):
O dom da fé. Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (1 Co 13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
Como podemos observar o dom da fé atua em conjunto com outros dons. Isso significa dizer que as manifestações do Espírito são coordenadas por Ele para que a igreja, e não apenas um crente em especial tenha o protagonismo na realização de um milagre. Importa para Deus que o Seu Nome seja glorificado e a igreja edificada espiritualmente.
Aproveite a ocasião e reforce esta lição aos seus alunos: Deus não realiza maravilhas no meio do seu povo para que um crente especial esteja em evidência. Pergunte aos seus alunos se eles conhecem algum testemunho de milagre ocorrido mediante a fé de alguém. Com base na definição do dom da fé peça aos seus alunos que identifiquem no livro de atos em quais situações é possível perceber a manifestação deste dom no início da igreja. Ao final, reúna os alunos e peça que leiam os exemplos encontrados. A atividade pode ser realizada em grupos.

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - Onde Aprendemos a Palavra - Juniores.

Lição 4 - Onde Aprendemos a Palavra 

2º Trimestre de 2020
Texto bíblico – 2 Timóteo 3.14-17.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos estudarão a respeito da importância de comparecerem na Casa de Deus. A Escola Dominical é o espaço reservado para o crente conhecer com maiores detalhes as Escrituras Sagradas e o que Deus tem reservado para aqueles que o adoram em espírito e em verdade (cf. Jo 4.24). É também o local onde conhecemos Deus à medida que aprendemos e praticamos os ensinamentos que recebemos.
Caro professor, é fundamental que os seus alunos tenham o gosto por estarem na Casa de Deus aos domingos pela manhã. A igreja, em especial o espaço da Escola Dominical, deve ser um ambiente prazeroso para o aluno. Eles devem gostar tanto da escola bíblica a ponto de sentirem falta quando não puderem comparecer. Para tanto, as atividades realizadas neste espaço precisam ser dinâmicas e interessantes para os alunos, afinal de contas, a classe dos juniores é formada por crianças bem ativas.
A lição de hoje enfatiza a importância de praticarmos os ensinamentos da Palavra de Deus. Timóteo foi um discípulo de Paulo que, ainda jovem, recebeu o chamado do Senhor para exercer o ministério na Casa de Deus. O apóstolo exorta Timóteo a ler continuamente as Escrituras Sagradas, a zelar pelo ensino e ocupar-se nisso para que a sua dedicação fosse proveitosa a todos (cf. 1 Tm 4.13-16).
O incentivo à leitura é uma metodologia indispensável para que seus alunos conheçam mais as Escrituras Sagradas. Além disso, a leitura facilita e aperfeiçoa a escrita. Seus alunos terão maior facilidade de memorização e compreensão dos textos bíblicos se desde cedo forem incentivados a ler e escrever sobre a Palavra de Deus. Além disso, a dedicação ao estudo da Palavra resultará em uma melhor compreensão de como praticá-la. De acordo com LEBAR (2009, p. 128):
O objetivo do ensino é levar o aluno a escutar o que Deus lhe fala, para que haja uma reação pessoal. O Senhor sempre toma a iniciativa e, em amor, revela sua vontade e a si mesmo. Nós, professores, trabalhamos, com o sentido de preparar o aluno para ouvir a mensagem do evangelho no contexto de sua vida cotidiana, que é a única situação que possui algum sentido para ele. A revelação exige uma resposta. Deus quer estabelecer relacionamentos pessoais com os alunos, relacionamentos cada vez mais íntimos. O cristianismo é um relacionamento pessoal.
Sendo assim, sugerimos que na aula de hoje você reúna a turma e entregue uma folha de papel A4 ou almaço (pautada) para cada aluno. Solicite que eles escrevam um texto de no mínimo 10 linhas recontando a história da lição de hoje. Explique que eles devem contar a história com as próprias palavras, não vale apenas repetir o texto da lição. Além disso, os alunos deverão dizer no mesmo texto, na frase final o que eles acharam de mais interessante na história de Timóteo. Você pode comentar e auxiliá-los na orientação da atividade. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - Elias orou pedindo fogo - Berçário.

Lição 04 - Elias orou pedindo fogo 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Apresentar o poder da oração.
É hora do versículo: “[...] Que orem em todo lugar [...] "(1 Timóteo 2.8).
Nesta lição as crianças aprenderão que uma oração é muito poderosa e revela que o Papai do Céu é muito poderoso. Elias orou e o Papai do Céu mandou fogo do céu e queimou todo o altar com a oferta do profeta.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a cena da  oração de Elias sendo respondida pelo  fogo que o poderoso Papai do Céu enviou sobre o altar.
licao4 bercario elias 2
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo Jesus Cura o Filho de um Oficial - Maternal.

Lição 4 - O Meu Amigo Jesus Cura o Filho de um Oficial 

2º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Ensinar às crianças que o nosso amigo Jesus nos ama, e tem poder para nos curar quando estamos doentes. 
Para guardar no coração: “Ele me escuta, quando peço ajuda [...].” (Sl 6.9)
Seja bem-vindo 
“Receba os alunos com alegria, tendo em mãos, se possível, um megafone. Caso não consiga um, improvise fazendo um cone de papel cartão. A cada um que chegar, fale no megafone: “Eu tenho uma notícia para você. Jesus é maravilhoso. Ele faz coisas incríveis!” 
Depois que todos se acomodarem, verifique se há visitantes e cante um hino de boas-vindas. Diga aos alunos que faltaram no domingo anterior que a falta deles foi sentida. Agora, acompanhados por um cântico apropriado, recolham as ofertas.” (Karen Bandeira)
Perfil da criança 
“De tudo o que a criança passa a ser capaz nesta fase, o incrível desenvolvimento da linguagem é o mais marcante. Aos quatro anos, espera-se que ela articule adequadamente vários fonemas, e que construa um discurso coerente e compatível com a sua realidade.
Havendo dominado a articulação e a coerência, os pequeninos deter-se-ão à ampliação do vocabulário e à assimilação de estruturas linguísticas mais complexas. Por isso, ressalto a importância de o adulto usar linguagem correta para que a criança, ao observá-lo, internalize as regras de sua língua, e também a importância de expor a criança a bons textos, que deverão ser-lhe transmitidos oralmente, já que ainda não foi alfabetizada.” (Karen Bandeira)
Fixando a aprendizagem
“Cada aluno, com a sua ajuda, fará o seu próprio megafone utilizando papel ofício. Oriente-os a enrolar a folha em formato de cone, e finalize com fita adesiva para que o cone não desmonte. Quando terminarem, vocês podem ‘comemorar’ juntos o fim dessa tarefa recitando, cada um em seu megafone, o versículo de hoje.” (Karen Bandeira)
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em João 4.46-54. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br 

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - O Amigo que Mentiu - Jd. Infância.

Lição 04 - O Amigo que Mentiu 

2º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão saber que enganar os outros é errado e devemos dar valor àquilo que Deus nos dá.
É hora do versículo: “[...] é melhor ser pobre do que mentiroso” (Pv 19.22)
Nesta lição as crianças aprenderão que Esaú e Jacó eram gêmeos, e Jacó era o filho mais novo. Por este motivo, ele não tinha direito de receber a benção da primogenitura. Por isso ele decidiu, junto com sua mãe, Rebeca, mentir para o seu pai, que estava cego e também enganar ao seu irmão mais velho, Esaú. Embora tudo isso tenha acontecido com  a  permissão de Deus, a criança não pode achar que mentir e enganar é algo banal e, muitas vezes, normal.  Seus alunos precisam saber que enganar os outros é errado e devemos dar valor àquilo que o Papai do Céu nos dá.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a ilustração que representa o momento em que Jacó está recebendo a bênção do seu pai, Isaque, no lugar do seu irmão mais velho, Esaú. Reforce que enganar os outros é errado e devemos dar valor àquilo que Deus nos dá.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - Eu devo ser assim - Adolescentes.

Lição 4 - Eu devo ser assim 

2º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
Toda pessoa é má?
Você não está sozinho!
Viva diferente a escolha é nossa
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conscientizar que a natureza humana tende para o mal;
Afirmar que o Espírito Santo nos ajuda a resistir ao mal;
Encorajar para uma vida de submissão ao Espírito de Deus.
A PECAMINOSIDADE HUMANA
Pastor Esequias Soares
A definição teológica do pecado descrito na Declaração de Fé da Assembleia de Deus é “rebelião e desobediência, incapacidade espiritual, a falta de conformidade com a vontade de Deus em estado, disposição ou conduta e a corrupção inata do homem”. O pecado é um assunto nada agradável, mas o estudo dessa doutrina é extremamente importante por várias razões. Há uma diferença abissal entre a depravação humana e a santidade e a glória de Deus. Qualquer desvio dos padrões divinos se constitui num ato grave, que se chama pecado. A experiência humana é uma confirmação de tudo o que a Bíblia ensina sobre a realidade do pecado, do mal que existe no mundo, de como o ser humano criado em santidade à imagem de Deus veio a se corromper de modo que somente em Cristo é possível a sua restauração a Deus.
[...] O pecado é transgressão da lei de Deus: “porque o pecado é a transgressão da lei” (1 Jo 3.4 – ARA). O substantivo “transgressão” ou verbo “transgredir” é de uso comum desde o Antigo Testamento. O verbo hebraico ‘avãr, literalmente “atrevessar, passar”, não tem conotação moral: “E passou Abrão por aquela terra” (Gn 12.6). Mas é comum o seu uso no sentido de ir além de um limite estabelecido e é isso o que significa “transgredir um mandamento” ou “traspassar o mandado do SENHOR” (Nm 22.18; 24.13); “seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna” (Is 24.5); “eles traspassaram o meu concerto e se rebelaram contra a minha lei” (Os 8.1). [...]
O termo grego para “transgressão” em 1 João 3.4 é anomia, que literalmente quer dizer “falta de lei, quebra da lei”; o ánomos é alguém para o qual não existe uma lei. A versão Almeida Atualizada e a Tradução Brasileira traduzem essa palavra por “iniqüidade”. 
(Texto extraído da obra A Razão da Nossa Fé: assim cremos, assim vivemos, CPAD, pp.86,87)

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - Vencendo os Obstáculos - Jovens.

Lição 4 - Vencendo os Obstáculos 

2º Trimestre de 2020
Prezado professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:Prezado professor(a), com a graça de Deus, estamos iniciando o preparo de mais uma lição. Segue abaixo o subsídio elaborado pelo comentarista do trimestre, pastor Reynaldo Odilo:
VENCENDO OS OBSTÁCULOS 
Por Reynaldo Odilo
Introdução
Há uma frase milenar, atribuída ao chinês LaoTsé, que sintetiza o segredo do sucesso: “o rio alcança seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos”. Essa afirmação parte de um pressuposto conhecido empiricamente por todos: a vida não é um mar de rosas; e isso não se dá, necessariamente, em consequência de ações perversas de homens maus (não obstante algumas condutas humanas, inclusive de nós mesmos, criem enormes dificuldades para o caminho). A maioria dos obstáculos que surgem nas trajetórias dos rios (cujas águas correm por causa da força da gravidade, descendo constantemente até se encontrarem com o mar) aparecem naturalmente, todavia não para impedirem o progresso das águas, mas para que se tornem mais influentes e abrangentes, enchendo de beleza e vida muitas outras paisagens.  
Ademais, com isso, por vezes, os rios conseguem novos afluentes que fazem aumentar significativamente o seu volume fluviométrico, propiciando que o curso d’água alcance lugares nunca dantes imaginados.
Na vida do povo de Deus, igualmente, há dificuldades que foram arquitetadas por Deus, como o Rio Jordão na época das cheias, ou uma alta montanha (que precisa ser transposta), ou o clima árido do deserto, ou a pouca inteligência de uma pessoa. Todos esses aspectos da Natureza existem para serem superados – não devem interromper a jornada rumo ao ideal almejado. Aliás, esses obstáculos produzem os entraves mais perigosos, pois podem ser interpretados, pelos desavisados, como Deus dizendo: — Não! Parem. Não estão vendo que isso não vai dar certo?!
É preciso ter discernimento para, transpondo as barreiras, seguir em frente e alcançar tudo o que o Senhor prometeu. Para que isso acontecesse com Israel, Josué precisou ligar intelectualmente e espiritualmente os fatos da longa jornada do povo, para compreender que, no fim, todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Analisar esses episódios, alguns dos quais são inspiradores e outros decepcionantes, naturais ou artificialmente fomentados pelo arquiinimigo do Homem, forma-se um quarto hipotético que se pode chamar de a “corrida dos pontinhos”, o qual mostra como cada pessoa, ou povo, que ama a Deus, utiliza os obstáculos do caminho como propulsores, ou não, para o crescimento desejado pelo Senhor (Sl 35.27)! Diante dessa visão estratégica, Josué, com a ajuda de Deus, não ficou parado vendo as águas correrem velozmente, mas logrou êxito, por causa de um milagre, em fazer seu povo atravessar o Rio Jordão.
I- Atravessando o Jordão
Deus é o Ser mais criativo de todos os tempos – e até mesmo fora dele! “Criatividade” é a “inteligência para criar”. Recortando apenas a realidade brasileira, será possível encontrar mais de 100 mil espécies de animais e mais de 40 mil de vegetais – isso as catalogadas até agora. O Criador, portanto, ocupa-se com os detalhes. Observe as formigas, um animalzinho, com mais de mil espécies, só na Amazônia! Que nível de particularidades! O Deus que criou todas as coisas manifesta sua infinita sabedoria na semelhança com diversidade, variando, entre elas, em todos os detalhes! De longe, todas são iguais; perto, todas são diferentes.
O mesmo poder criativo se manifesta no plano de Deus para seus servos. É como se todos nós estivéssemos, como dito, numa espécie de “corrida dos pontinhos”, onde cada questão importante é um acontecimento que, depois da reflexão, gera inflexão – mudança de direção – na trajetória.
Uma pequena demonstração dessa criatividade divina na trajetória dos israelitas ocorreu no dia 14 de abibe (dia da saída do Egito e o da comemoração da páscoa – dois relevantes pontos de inflexão – Ex 13.4; 23.15), pois foi também nesse dia, 40 anos depois do êxodo, que o Senhor promoveu a entrada do povo em Canaã! Deus, poeticamente, concretizava a trajetória planejada – Ele conectava os pontos!
O grande problema é que, por mais que o homem se esforce para compreender Deus, nunca entenderá a plenitude do projeto divino. Isso faz com que os planos dEle sejam infinitamente mais complexos (conquanto sejam mais simples), mais difíceis (embora sejam mais fáceis) e até aparentemente ilógicos (enquanto revelam, na verdade, a lógica do Alto). Dessa forma, o homem jamais poderá planejar tão bem quanto Deus e, por isso, é imprescindível para o crente desenvolver a consciência de que ele não é, por si só, capaz de conectar “os pontos” (fatos) olhando para frente (tentando prever os próximos passos de Deus), mas apenas olhando para trás (testemunhando o que Deus já havia planejado pormenorizadamente até chegar ali), produzindo, portanto, uma enorme confiança de que Deus é o Senhor de “cada pontinho” do caminho, seja ele alegre ou triste. Josué, deste modo, cheio do Espírito, entendeu que o Altíssimo estava no controle de tudo!
A arca aponta o caminho a seguir
Nos 40 anos de peregrinação pelo deserto, Deus guiava seu povo através da nuvem ou coluna de fogo. Agora, porém, os hebreus seriam guiados pela arca, a qual, em regra, era levada pelos coatitas (Js 3.3,4). Atente-se que em somente em três oportunidades ela foi conduzida pelos sacerdotes: 1) neste episódio; 2) quando, dias depois, circundariam Jericó e 3) por fim, ao levarem-na para o interior do templo de Salomão. Outro aspecto interessante é que a arca sempre era conduzida no meio do acampamento, entre as tribos, mas neste episódio ela estaria à frente, a quase 1km de distância. 
Deus é o Senhor do caminho. Ele sabia exatamente o que os israelitas precisavam e já tinha um plano perfeito e exclusivo para realizar na trajetória deles. Por um momento eles precisaram da arca no centro do acampamento e da nuvem ou coluna de fogo por 40 anos de caminhada pelo deserto, mas nesse instante o povo estava diferente: havia uma outra geração, que experimentara novas experiências com o Senhor, gerando uma mentalidade diferente (o que alguns estudiosos modernos chamam de mindset). Assim, eles precisavam de um novo paradigma.
Com a conexão divina do “pontinho” da entrada na terra prometida (eisodus), Deus dava aos hebreus o que lhes faltava para a construção da identidade nacional: um território. Era o fim do nomadismo, os hebreus não seriam mais peregrinos, teriam sua terra, habitariam não mais em tendas, porém em casas. A arca, e tudo que ela representava (as tábuas, o maná e a vara de Arão), deveriam guiar doravante suas mentes e corações. Cada um dos “pontos” (fatos) vividos pelos israelitas foram fundamentais para os conduzirem até esse momento, da forma e no tempo que Deus determinara. Nesse instante, embora humanamente os israelitas estivessem sem nada nas mãos, eles desprezaram todo o medo, e lançaram-se contra todos para realizarem um magnânimo projeto que os faria alcançar seus objetivos. Eles estavam preparados para enfrentarem a verdadeira aventura da vida, que “só começa quando reunimos força para fazer aquilo que temos medo” 1.
A providência mais importante do eisodus
A ordem mais importante que Josué deu foi: santificai-vos (Js 3.5)! Ele deixava claro que de nada adiantaria fazer tudo certo, mas se apresentar à peleja sem as “vestes da santidade”. A Bíblia não diz em lugar nenhum que Deus é bom ou justo três vezes seguidamente; porém está escrito que Ele é “Santo, Santo, Santo” (Is 6.3), fazendo emergir a presunção que a característica que mais demonstra a essência do caráter divino é a santidade.
Recordando a doutrina do saudoso Pr. Antônio Gilberto, ele assevera acerca do aspecto progressivo da santificação, aduzindo que ela é concebida também como um processo de amadurecimento espiritual na vida do crente (“Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos” – 1 Jo 2.12, 13). É importante destacar, porém, que a santificação progressiva, sob o prisma da maturidade espiritual, não é necessariamente proporcional ao tempo transcorrido, mas sim à ação contínua de santificar-se. Ele ensinava: “não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação contínua da limpeza” 2
Deus, ao mesmo tempo em que preparava os hebreus para a entrada na terra prometida, estava, progressivamente, santificando o povo. Ele queria uma nação santa! Na caminhada da vida, o Senhor deseja que amadureçamos em todos os sentidos, especialmente em santidade! “Ora amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Co 7.1).
A dificuldade no caminho da bênção
Atravessar o Mar Vermelho rumo ao Sinai, a fim de ter um encontro com Deus, e também para não morrer pelas mãos de faraó era uma coisa, mas passar o Jordão para entrar numa guerra sangrenta contra dezenas de cidades-estados fortificadas há séculos, como era o caso de Jericó (cuja muralha, de acordo com estudos arqueológicos, estava intacta há uns 800 anos), exigia muito mais fé e coragem.
O fato é que os obstáculos fazem parte do caminho... na verdade, eles são o caminho. Se o Senhor permitiu um obstáculo no meio do caminho é porque esse é, na realidade, o próprio caminho. Possuir essa mentalidade faz com que o sentido dos desafios seja ressignificado. Ao invés de entrar em crise e desanimar, o crente fica alegre, mesmo em meio à dor, pois está diante de uma oportunidade de crescer e manifestar a glória de Deus! Em cada curva da estrada, subida, descida, parada, caminhada do povo (a que, aqui, convencionou-se chamar “pontinho” – vide gráfico neste capítulo) atende a um plano especial de Deus, pois sempre há propósito na provação.
Relembrando a imagem do tópico I, ponto 1, nota-se que os homens geralmente planejam suas vidas em uma linha reta ascendente da seguinte maneira: entre o primeiro e último pontinho (nascimento e morte), há diversos acontecimentos de sucesso, como a aprovação no ENEM, um lindo casamento, o emprego dos sonhos ou mesmo uma aposentadoria farta; uma história escalonada de sucesso em sucesso. Seria um plano perfeito, se não fosse pura ficção. Na vida real, a maioria dos pontinhos geralmente não são as grandes conquistas pessoais, relacionais, profissionais ou sociais, o Senhor utiliza majoritariamente, por incrível que pareça, os obstáculos para nos fazer crescer!
O povo hebreu, além dos desafios já enfrentados e dos embates que os aguardavam na conquista de Canaã, como mencionado, tinha um obstáculo intransponível: o rio Jordão. Era impossível milhões de pessoas e animais o atravessarem na época da cheia. O segredo é que Deus, utilizando os desafios, preparou o melhor treinamento do mundo para o Seu povo. Ele transformou uma multidão de ex-escravos, quando saíram do Egito, acostumados a olharem para o chão de tanto pisarem barro e carregar fardos pesados, em uma nação (a 2ª geração) que ergueu os olhos para o Alto e viveu grandes realizações no plano de Deus!
A bênção - tempo da ceifa
Os israelitas estavam vivendo no tempo da bênção, pois naqueles dias estavam sendo colhidos abundantes frutos em Canaã. Deus tinha preparado uma farta colheita, tendo em vista que os hebreus comeriam dela (Js 5.11,12). Exatamente quando o povo passou a comer do fruto da terra de Canaã o maná cessou – Deus conectava mais um “ponto”.
O Senhor surpreende o Seu povo com frequência. Enquanto os israelitas se preparavam para atravessarem o Jordão, Deus, do outro lado, aprontava um faustoso banquete de boas-vindas para seus filhos, certamente com os mais excelentes frutos da terra de Canaã. Está escrito que o Senhor “ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, para dá-lo ao que é bom perante Deus” (Ec 2.26). O Altíssimo, como um pai amoroso, tinha lhes prescrito inclusive os alimentos que poderiam ou não serem ingeridos. Canaã tinha praticamente de tudo, todavia o povo de Deus deveria se abster de alguns tipos de comida, afinal nem tudo que apresenta um bom sabor é saudável! 
Interessante: quantos hebreus morreram no deserto por causa de rebeliões haja vista a pouca variedade de comida, pois a base da alimentação era o maná! Deus os estava provando, para que, em breve, eles fossem dignos de experimentarem das finas iguarias da terra prometida! Sem dúvida, a dieta deles, doravante, seria muito melhor do que aquela disponibilizada “de graça” pelos exatores egípcios (Ex 3.7; 5.10-14; Nm 11.15)! Há tempo para todas as coisas, por tal razão o cristão deve esperar com paciência no Senhor (Sl 40.1).
O milagre - o povo passou a seco
Quando os pés dos sacerdotes, que levavam a arca, tocaram na águas do rio, Deus começou a realizar o milagre (Js 3.15), mas não como na travessia do Mar Vermelho, em que foi aberto um caminho no mar, tendo as águas “coalhado” de um lado e outro (Ex 15.8), fazendo-se dois muros. O Senhor é extremamente criativo, pois mesmo com dois problemas similares, Ele apresentou soluções distintas. No episódio do Mar Vermelho, Deus fez soprar um vento forte, que dividiu as águas. O Altíssimo, no caso da travessia do Jordão, criou uma enorme represa no curso do rio. Alguns estudiosos indicam o provável lugar a alguns quilômetros da travessia (Js 3.16), supondo que houve um terremoto que fez deslocar grandes pedras que bloquearam a passagem das águas. 
Assim, o leito do rio começou a baixar gradualmente, à proporção que as águas iam descendo. Quando ficou seco, o povo passou (Js 3.17). 
Isso faz lembrar a criatividade de Deus em remover obstáculos. Há situações em que Ele intervém abruptamente (como foi no milagre do Mar Vermelho), noutros momentos, porém, como aqui, o Senhor age paulatinamente. O resultado do obstáculo é milagre!
Um evento para não esquecer
Memoriais são “pontos” destacados (vide gráfico), maiúsculos, superlativos, na trajetória da vida, os quais, por isso, devem ser frequentemente lembrados, celebrados; diferentemente de outros fatos (“pontos” menores), os quais, embora dignos de nossa gratidão, não se constituem memoriais. Por exemplo, não era preciso realizar um culto em ação de graças cotidianamente pelo maná que caíra na madrugada, não obstante era preciso agradecer quando das refeições; doutra banda, uma porção de maná foi colocada dentro da arca de aliança.
Nesse propósito de marcar indelevelmente o inconsciente coletivo do povo, o Senhor falou a Josué (Js 4.1) que erigisse um memorial, com pedras retiradas do rio, em Gilgal (Js 4.2-5) a fim de que, no futuro, quando os filhos dos hebreus perguntassem o que significavam aquelas pedras, eles narrassem a história da travessia do Jordão (eisodus) para a glória de Deus (Js 4. 6,7). Diante disso, é possível extrair, pelo menos, duas lições dessa determinação divina: 1) os feitos extraordinários de Deus não devem ser esquecidos; 2) as marcas deixadas pelo caminho são testemunhas às gerações futuras dos milagres do Senhor!
Interessante como Deus deixou claro que aquele milagre não deveria cair no esquecimento, pois funcionaria como “ponto” de reflexão (autoanálise) e de inflexão (mudança de direção) na trajetória dos Israelitas.
As ligações das várias provações, conectadas com inúmeras circunstâncias, corroboram para fazer o crente prosperar na trajetória, conforme Rm 8.28! O lugar da impossibilidade, na vida do crente, é o lugar da vitória, por isso Deus mandou que tomassem as pedras do meio do Jordão. Deus estava humilhando as impossibilidades erguendo um memorial que contaria aquele milagre a quem passasse em Gilgal.
O memorial de Josué
Sabendo que os memoriais servem de testemunho da ação divina aos outros, Josué também decidiu levantar outro memorial, sendo que esse ficaria dentro do leito do rio, no local onde os sacerdotes seguravam a arca da aliança. Tempos depois (não se sabe quando), por ocasião do registro literário do episódio, aquelas pedras ainda resistiam à correnteza do Jordão (Js 24.9). 
O homem que Deus colocou à frente da nação sabia de que os israelitas precisavam reconhecer perenemente a bênção de Deus sobre o seu ministério, inaugurada aos olhos do povo naquele dia.  Disso dependeria não a promoção pessoal de Josué, porém a obediência de um povo que, historicamente, era rebelde contra seu líder.
O milagre foi tremendo, não só pelo fato de o rio ter deixado de correr, mas porque, também, os pés dos sacerdotes estacionaram em cima do lajedo de pedras soltas, que não podiam ser observadas quando as águas corriam, pois eram barrentas. O Senhor, portanto, preparou um lugar para que Sua vontade, no que tange à lembrança do povo, ficasse estabelecida. Doutra banda, aqueles dois montes de pedras testemunhavam que as doze tribos estavam unidas e entrariam em Canaã juntas em um mesmo ideal!
O propósito dos memoriais
Vislumbram-se, nas Escrituras, diversas menções sobre ocasiões especiais em que o povo levantou memoriais de pedras: observa-se isso em casos de teofania (Gn 28.18; 35.14), votos ou alianças (Gn 31.45-53; Js 24.25,26,27; Is 24.26), homenagens a pessoas ou tribos (Gn 35.20; Ex 24.4), e mesmo em acontecimentos sobrenaturais (1Sm 7.10-12) como neste episódio. A arqueologia confirmou tal costume, tendo sido descobertos diversos monumentos com essas características nas terras bíblicas.
Josué explicou que as gerações futuras, por meios dos memoriais, deveriam saber o que Deus fez no passado. Ou seja, eles foram feitos para a glória de Deus, nunca para a do homem, não obstante nos alegremos com os homens a quem Deus usa! Para concluir, o líder, depois de mencionar o Deus que abriu o Mar Vermelho como sendo o mesmo que deu passagem pelo Jordão (Js 4.23), informou que os monumentos serviriam também para amedrontar os inimigos (Js 4.24), o que aconteceu rapidamente (Js 5.1).
Conclusão
A travessia dos filhos de Israel pelo Jordão ensina que Deus marca a história do Seu povo muitas vezes com obstáculos, fazendo-os atuarem como verdadeiros propulsores do desenvolvimento espiritual e pessoal. Até de forma imperceptível, às vezes, o Senhor modela a vida do crente através de situações difíceis ou mesmo impossíveis!
É exatamente através dessas impossibilidades intransponíveis, como o Jordão, por exemplo, que o Criador executa o plano mais perfeito e criativo que poderia ser pensado e, através do milagre, manifesta Seu Poder!
O milagre da travessia do Jordão nunca deveria ser esquecido por aqueles que passaram a pé enxuto, para as gerações futuras, e também por aqueles que eram inimigos de Israel. Daí a importância de erguer-se memoriais e celebrar as vitórias! Com visão espiritual aguçada e fé, todos obstáculos naturais serão transpostos para glória do Deus. 

1 PARROT, T, Les. Você é Mais Forte do que Pensa. 1ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 13.
2 GILBERTO, Antonio. Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2006 - As Doutrinas Bíblicas Pentecostais. RJ: CPAD, 2006, p. .

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 04 - 2º Trimestre 2020 - A Iluminação espiritual do crente - Adultos.

Lição 4 - A Iluminação espiritual do crente 

2º Trimestre de 2020
Na Carta, o apóstolo ora para que os crentes, “tendo os olhos iluminados do vosso entendimento”, conheça a dimensão da sua vocação, as riquezas da herança divina e grandeza do poder de Deus. Só pode compreender esse mistério espiritual quem tem a mente voltada para o céu. Nesse sentido, você tem o objetivo central de esclarecer a dimensão da nossa chamada para a salvação, destacando a vocação e as riquezas na herança divina que temos direito em Cristo; salientando a grandiosidade do poder divino que opera em favor dos crentes; expressando a exaltação em Cristo como resultado do poder grandioso de Deus. Essa é a iluminação que o apóstolo pede em sua oração para que os crentes compreendam acerca de quem eles são e a quem eles pertencem. 
Resumo da lição
A lição gira em torno deste ponto central: A herança de preciosas riquezas espirituais conferidas aos eleitos faz parte da vocação do crente. Nesse sentido, o primeiro tópico versa acerca da esperança da vocação e as riquezas da glória, mostrando que os santos devem louvar a Deus pela eleição e por conhecer tamanha esperança do chamado e as riquezas que fazem parte de nossa herança.
Essa esperança e esse chamado são consequências da sobre-excelente grandeza e força do poder de Deus, isso marca o segundo tópico da lição em que fica exposto que o poder de Deus é extraordinário e supera todo e qualquer outro poder. Ele opera no interesse de salvar a humanidade caída, ou seja, Deus em seu incomensurável amor atua para salvar a humanidade.
O exemplo prático dessa sobre-excelente grandeza do poder de Deus é aplicado no terceiro tópico. Como o poder de Deus ressuscitou a Cristo e o elevou à sua direita, tanto a ressurreição quanto o assentar-se nos céus está disponível aos crentes, e de semelhante modo à glorificação por meio do grande poder de Deus.
Aplicação
Ao concluir essa lição você deve ter como meta conscientizar os alunos quanto às riquezas da glória de Deus. O privilégio de desfrutar do seu perdão, de ser adotados como filhos e participar das bênçãos espirituais. Faça um apelo aos alunos para que suas mentes sejam elevadas aos céus, ou seja, às coisas espirituais. Que eles reflitam seriamente sobre a necessidade de fortalecer o nosso “homem interior” pelo poder do Espírito, do qual o apóstolo ora em sua epístola (Ef 3.16), de modo que tudo em nós resplandeça a glória de Cristo. 
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81 (Jan/Fev/Mar)
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Lição 03 - 2º Trimestre 2020 - O Meu Amigo ajuda 4 Amigos - Maternal.

Lição 3 - O Meu Amigo ajuda 4 Amigos 

2º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Ensinar as crianças que podem confiar em Jesus. 
Para guardar no coração: “Jesus viu que eles tinham fé [...].” (Lc 5.20)
Seja bem-vindo 
“Em Mc 2.1-12, vemos Jesus rodeado pelas pessoas que souberam da notícia de seu regresso a Cafarnaum. Havia tanta gente na casa, que não tinha lugar nem mesmo no lado de fora. Cheios de fé, um paralítico e seus quatro amigos não viam outra possibilidade, senão chegar a Jesus. Tamanha determinação levou-os a um plano audacioso: abrir um buraco no telhado da casa, bem acima do lugar onde Jesus estava. Pela abertura, desceriam o doente. 
Sempre amoroso, a reação de Jesus foi dar ao paralítico a dádiva mais preciosa que se pode obter: o perdão dos pecados. Sim, por ser o Filho de Deus, Jesus tinha poder para perdoar os pecados daquele homem. Para Cristo, seria infinitamente mais fácil curar o doente, pois perdoá-lo dependia do sacrifício que, posteriormente, faria na cruz. Não obstante, antes de curá-lo preferiu absolver-lhe os pecados. Que Deus amoroso! Sacrificou-se para perdoar-nos e, por compadecer-se das nossas aflições terrenas, e para que todos vejam que ele é Deus, ainda dispensa-nos seus sinais maravilhosos!” (Karen Bandeira). 
Perfil da criança 
“Fazer quatro e cinco anos costuma deixar os pequeninos bem orgulhosos. É um período marcante, que aponta o final e o começo de uma das etapas do crescimento. Por ser capaz de fazer muita coisa sozinha, a criança costuma achar que é dona do próprio nariz. Contudo, ainda está totalmente voltada à mãe, a quem faz, ao longo do dia, inúmeros questionamentos: O que é isso? Para que serve? É feito de que? Nesta idade, a criança aprecia ajudar nos afazeres do lar, o que a deixa muito feliz.
Ainda apresenta forte sentimento de posse. Defende, com lágrimas, se preciso, os seus objetos favoritos. Esse egoísmo, porém, será amenizado por volta dos seis anos, quando passará a apreciar mais a companhia de outras crianças, bem como as brincadeiras e jogos em grupo.” (Karen Bandeira)
Fixando a aprendizagem
“Dê, a cada aluno, uma silhueta de coração, recortada em cartolina marrom ou roxa. É muito importante que esse coração seja feito com papel. Os alunos deverão cobrir todo o coração usando papel branco picado, ou bolinhas de papel crepom branco. Preencha toda a superfície do coração, de forma que não seja mais possível ver a cor escura que está no fundo. Reforce o ensino, durante a atividade, dizendo-lhes que Jesus é poderoso para apagar, do nosso coração, toda a sujeira do pecado.” (Karen Bandeira)
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 5.17-26. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 03 - 2º Trimestre 2020 - Obediência e Adoração - Adolescentes.

Lição 3 - Obediência e Adoração 

2º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
O que os olhos não vêem, Deus vê
Quem ama obedece e quem obedece adora a Deus
Obedecer aos pais é obedecer a Deus
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Propor uma vida transparente, sem aparência;
Analisar a obediência e sua relação com adoração;
Explicar o dever de obediência.
O EXERCÍCIO DA PIEDADE
Pr. Claudionor de Andrade
A melhor lição para se compreender a importância da obediência e sua correlação com a adoração é conhecer a disciplina da Piedade. Sobre isto, explica-nos o pastor Claudionor de Andrade:
“Recentemente ouvi a gravação de uma entrevista com o missionário Daniel Berg, feita nos anos sessenta. Naquela voz já cansada, naquela entonação já bastante amortecida pelo tempo e naquela simplicidade desconcertante, podia-se distinguir claramente um homem que vivia para orar e orava por viver na presença de Cristo. Este era o segredo do apóstolo da Obra Pentecostal no Brasil.
Berg exercitava-se intensamente na oração. Ao ler-lhe a biografia, tive a impressão de vê-lo ininterruptamente de joelhos. E foi justamente de joelhos que  semeou o Evangelho nas vastidões deste país. A colheita foi inesperada!
Temos nos exercitado na oração? Ou já temos nos conformado com uma vida desprovida de vida? Ou com um ministério sem serviço? Ou com uma esperança desesperançada? Ou com uma devoção desapaixonada e fria? 
Não podemos nos enganar: a piedade inexiste sem oração. Os mais piedosos são os que mais tempo passam aos pés do Senhor. Ao discorrer sobre a qualidade da vida cristã, E. M. Bounds é irretorquível: “É a força da oração que faz santos. Os caracteres santos são formados pelo poder da oração verdadeira”
Você tem por hábito orar todos os dias? Não estou perguntando se você tem o dom da oratória ou se as suas palavras no púlpito são convincentes. De joelhos, você ainda é um gigante? Intercedendo, tem eloqüência? Abençoando os que lhe querem o mal, são poderosas suas palavras? Que você leva o auditório às lágrimas eu sei; mas consegue chorar aos pés do Cordeiro até que Ele lhe incline os ouvidos?
Seu gabinete é confortável e acolhedor. Há nele porém o cantinho da oração? E as marcas dos joelhos? E a umidade das lágrimas? Aqui, você concede audiências e dá entrevistas, mas tem santificado um tempo para avistar-se com o Cristo de Deus? Ou está o Senhor do lado de fora a esperar pela hora que não vêm, pela porta que não se abre, pelo convite que não lhe é feito. Ponha-se aos pés de Cristo e, à semelhança de Maria, devote ao Cordeiro todas as suas devoções. Você não foi chamado para ser um mero executivo, mas para executar a vontade de Deus, ainda que adversas sejam as circunstâncias.
Ser bem articulado não é suficiente; o apoio humano falta quando mais dele precisamos. As riquezas não bastam em si mesmas; perdem-se em ações que se desvalorizam, inflacionando depressões e pesares. E as palavras, por mais rebuscadas e vívidas, nem sempre convencem; mas uma súplica contrita, ainda que muda, tem suficiente eloqüência para mover a mão de Deus.
Quanto mais nos exercitarmos em petições e súplicas diante de Deus, melhores ficaremos. Foi o que constatou o evangelista Stanley Jones: “Já descobri que sou melhor ou pior à medida que oro mais ou menos. Quando oro, sou igual a uma lâmpada colocada no lugar adequado; fico pleno de luz e poder”. Se orarmos com amor e perseverança, seremos poderosos em boas obras. E esse é o assunto do nosso próximo e último artigo desta série” (Texto extraído do site CPADNEWS.
Disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/claudionorandrade/posts/14/o-exercicio-da-piedade-(3%C2%AA-parte).html> Acesso em 11 de Abr de 2018.).