AS DORES DO ABANDONO
16
de setembro de 2012
TEXTO
ÁUREO
“Deus faz que o solitário
viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes
habitam em terra seca” (Sl 68.6).
VERDADE
PRÁTICA
Ainda que sejamos abandonados por parentes,
amigos ou irmãos, Deus
jamais nos desamparará.
COMENTÁRIO
DO TEXTO ÁUREO
“Deus
faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em
grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca” (Sl 68.6).
O Salmo de número 68 é de autoria de Davi, seu contexto demonstra
e fala sobre a vitória de Deus sobre os seus inimigos.
No entanto, especificamente sobre o versículo 6 objeto do nosso
estudo, declara que o Senhor acaba com a solidão humana. No livro do Gênesis o
Senhor ao criar o primeiro ser humano, Adão, observa que não é bom que o homem
estivesse sozinho, o Senhor é contra a solidão (Gn 2.18), por isso fez um outra
ser humano, uma mulher, Eva, para que juntos pudessem desfrutar de plena
comunhão, objetivos comuns, sonhos etc. Falando sobre abandono e solidão, no Novo Testamento, encontramos
um comentário de Bacon, bastante interessante sobre a experiência do apóstolo
Paulo: “Na ocasião em que foi
abandonado por todos, Paulo recorda como Deus foi fiel: ‘Ninguém
me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto
não seja imputado’ (2 Tm 4.16). [...] Paulo se recusou a ficar
amargurado por esta experiência. Sua oração pelos que o abandonaram é quase
idêntica à oração de Estêvão por seus assassinos: ‘Senhor,
não lhes imputes este pecado’ (At 7.60).
Mas Deus permaneceu
fiel: ‘Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse
cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do
leão’ (2 Tm 4.17). O apóstolo está se referindo à preponderância que teve ao
enfrentar ousadamente seus inimigos na audiência e ao testemunho fiel do
evangelho de Cristo, de que recebeu capacitação para testificar na mesma
ocasião. “Ficar livre da boca do leão foi um triunfo interior e espiritual em
toda essa dificuldade que os lacaios de Satanás puderam lhe causar” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.9., 1.ed., RJ: CPAD, 2005, p.535).
RESUMO
DA LIÇÃO 12
AS DORES DO
ABANDONO
I. O ABANDONO FAMILIAR
1. Na doença
2. No vício
3.- Na melhor idade
II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCIEIS
1. No desemprego
2. Da amizade
3.- Da igreja
III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA
1. Na angústia
2. O amigo
3.- A sua igreja.
INTERAÇÃO
Quem
nunca se sentiu solitário ou abandonado ao atravessar um momento de dor e
dificuldade? Os
amigos e familiares podem até nos abandonar, mas temos um Deus que jamais nos
desampara. Ele
não nos deixa só (Is 49.15). As
adversidades da vida muitas vezes embaçam os nossos olhos nos impedindo de ver
o livramento do Senhor. Todavia
Ele está conosco. Enfatize
essa verdade durante o decorrer da lição, e mostre que como servos de Deus não
podemos abandonar nossos irmãos, antes devemos consolá-los com o mesmo consolo
que recebemos do Senhor.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Reconhecer
a dor que um abandono familiar
pode causar.
·
Discutir a respeito do abandono em momentos difíceis.
·
Conscientizar-se de que Deus jamais nos abandona.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie a lição fazendo a seguinte indagação:
“O que fazer diante
do abandono?”.
Esta é uma situação muito difícil e que causa muita
dor emocional, mágoas e ressentimentos. Porém, podemos tomar duas atitudes: - a
primeira é ter a consciência e a certeza de que Deus, como um Pai amoroso e bondoso,
nunca nos deixa (Isaías 49.5). - a
segunda é perdoar os que nos abandonaram e desprezaram. Perdoar não é algo fácil.
Todavia, é preciso para que possamos seguir em
frente e sermos vitoriosos. Conclua lendo o texto áureo da lição.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Abandono:
Deixar só, desamparar.
Hoje, estudaremos dos efeitos que o abandono
ocasiona na vida do servo de Deus. Não é novidade para ninguém, que é justamente nos
momentos de angústia e aflição, que o ser humano sente-se esquecido por todos,
inclusive pelos mais chegados. Todavia, consola-nos saber que o Senhor nunca
abandona os seus filhos. Ele não os esquece. Aliás, o Pai Celeste conhece cada um de nós pelo
nome. Quando o Senhor subiu ao céu, não nos deixou
órfãos: enviou-nos o Espírito Santo, para consolar-nos e guiar-nos em todas as
coisas (Jo 14.16).
I. O ABANDONO FAMILIAR
1.
Na doença. Ninguém está imune às doenças, mesmo aqueles que
professam servir a Deus (Gn 3.16-19). Por isso, quando enfermos, todos nós precisamos de
ajuda e auxílio especializados. Infelizmente, há famílias que, nesses momentos, não
suportando o estresse, acabam abandonando o doente à própria sorte,
principalmente em se tratando de casos crônicos. Os que agem desta maneira demonstram não possuir ainda
o genuíno amor cristão. A pessoa enferma necessita do apoio, do carinho e
da dedicação dos seus familiares, para vencer e suportar a enfermidade. Não podemos nos esquecer, ainda, dos casais que se
divorciam quando um dos cônjuges adoece. Deus não aprova tal atitude (Mt 19.6).
2.
No vício. Geralmente é na fase da adolescência que se conhece
e se começa a consumir o fumo e o álcool e até drogas ilícitas. Muitos entram no submundo das drogas por carência
afetiva, curiosidade ou para ser aceito por um determinado grupo social.
A pessoa viciada perde a noção do certo e do errado
e, para satisfazer o vício, é capaz de roubar e até matar. Alguns cometem suicídio porque se sentem sozinhos e
abandonados por amigos e familiares. Lidar com viciados não é tarefa fácil. Mas é nessa hora que a família precisa fazer-se
presente e estar unida para ajudá-los a livrarem-se das drogas (1 Tm 5.8).
3.
Na melhor idade. A terceira idade, também chamada de melhor idade, é
composta por aqueles que passaram dos sessenta anos. Em nossa sociedade, os idosos não são prezados, e
algumas famílias chegam até a desampará-los. Muitos são colocados em casas de repouso, ou
asilos, e lá permanecem sem assistência alguma. As Escrituras relatam que os mais velhos devem ser
respeitados e ouvidos pelos mais novos (Js 23.1,2; Lm 5.12,14). O mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe
continua válido para os dias atuais (Ef 6.1-3).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os filhos jamais devem
desamparar os pais, pois o mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe
continua válido para os dias atuais.
II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS
1.
No desemprego. No desemprego, a situação financeira complica-se e
o padrão de vida sofre drástica queda. Nesse momento é que conhecemos, de fato, nossos
verdadeiros amigos (Lc 15.11-32). Até os familiares desaparecem, pois temem
emprestar-nos dinheiro e ouvir-nos as lamúrias. O Senhor Deus, porém, não deixa seus filhos ao
desamparo. Ele envia-nos o recurso
necessário (Sl 37.25).
2.
Da amizade. Todos sonhamos ter uma amizade parecida com a de
Davi e Jonatas e com a de Rute e Noemi (1 Sm 18.1; Rt 1.8-18). Uma amizade desinteressada e verdadeiramente
cristã. No momento da dor, Noemi encontrou em Rute um forte
esteio e Davi descobriu em Jonatas um verdadeiro e leal protetor. Infelizmente, muitas pessoas são abandonadas e
traídas por aqueles que pareciam grandes amigos. Até mesmo o apóstolo Paulo sentiu a dor do
abandono: “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa;
antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado” (2 Tm 4.16).
O Senhor, porém, assistiu e fortaleceu o apóstolo. A Palavra de Deus adverte-nos a não abandonar o
amigo (Pv 27.10). Sejamos, pois fiéis, leais e amorosos (Pv 17.17).
3.
Da igreja. A igreja é o local onde o abandonado e solitário
deveria encontrar amigos e irmãos (Mc 10.29,30). Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus
membros e congregados; não os visitam, não oram por eles e nem lhes tratam as
feridas. O Senhor Jesus, porém, interessa-se por cada uma de
suas ovelhas em particular. É chegada a hora de olharmos com mais carinho por
aqueles que necessitam de nossos cuidados. Olhemos também pelos missionários que, muitas vezes
abandonados, experimentam privações de toda sorte. Somos um só corpo e, como tal, devemos cuidar e
zelar uns pelos outros, para que a Igreja de Cristo desfrute perfeita saúde (1
Co 12.12).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O Senhor nunca
desampara seus filhos.
III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA
1.
Na angústia. Elias muito se angustiou, por causa das
perseguições que lhe movia Jezabel (1 Rs 18.40; 19.1-3). Temendo por sua vida, o profeta fugiu para o
deserto e, ali, desejou profundamente a morte (1 Rs 19.4). Após caminhar quarenta dias e quarentas noites até
Horebe, escondeu-se numa caverna (1 Rs 19.8). Ele muito se entristeceu porque achava ser o único
crente em todo o Israel. O Senhor, porém, animou-o, revelando-lhe que
reservara sete mil servos fiéis, em todo aquele reino, semelhantes a ele (1 Rs
19.14,18). Quantas pessoas não se sentem exatamente assim? O Senhor nunca nos desampara. Nas horas de aflição, sempre faz-se presente (Sl
50.15).
2.
O amigo. Abraão foi chamado de amigo de Deus (Tg 2.23). Será que podemos ter o mesmo privilégio? Jesus chamou seus discípulos de amigos, quando o
esperado era que os tratasse como servos (Jo 15.15). Ele é o amigo fiel; não nos abandona na hora
difícil.
Na tempestade, livrou os discípulos do naufrágio
iminente. Ele multiplicou pães e peixes e ressuscitou seu amigo, Lázaro (Mc
4.35-41; Jo 6.1-15; 11.11). Aleluia! Ao morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior
prova de amor e lealdade que um amigo pode dar (Jo 15.13). Cristo, o amigo verdadeiro, morreu na cruz do
Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para você ter esse amigo fiel ao seu lado, basta
aceitá-lo como seu salvador pessoal.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Jesus não nos deixou
sozinhos, Ele enviou-nos o Consolador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda que a família e os amigos venham a
abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele está ao nosso lado. O seu Espírito orienta-nos em todas as nossas
provações. Portanto, recorramos a Ele em nossas necessidades. Por outro lado, não nos esqueçamos de socorrer os
que se acham em lutas e tribulações. É o que nos recomenda a lei do amor que nos
entregou o Senhor Jesus. O seu mandamento é claro: amai-vos uns aos outros.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Comentário Bíblico Beacon. Vol.9., 1.ed., RJ: CPAD, 2005.