quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Lição 6 - 3º Trimestre 2013 - A Fidelidade dos Obreiros do Senhor.


Lição 06
A FIDELIDADE DOS
OBREIROS DO SENHOR





11 de agosto de 2013

TEXTO ÁUREO

“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” (Fp 2.19 - ARA).

VERDADE PRÁTICA

Os obreiros do Senhor devem estar conscientes quanto à sua responsabilidade no santo ministério.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” (Fp 2.19 - ARA).

Nosso texto áureo está inserido dentro das considerações do apóstolo Paulo em enviar a igreja de Filipos dois dos seus fiéis cooperadores: Timóteo e Epafrodito (Fp 2.19-30).
O apóstolo Paulo tinha esperança de visitar os irmãos filipenses (Fp 2.24), mas seu estado prisional em Roma não o permitia naquele momento.
Paulo então apresenta as credenciais de Timóteo (Fp 2.19-23), e envia Epafrodito por julgar ser necessário que assim o fizesse (Fp 2.25).
No nosso Subsídio do Ensinador Cristão, encontramos uma matéria intitulada:      A fidelidade dos Obreiros do Senhor, que apresenta as seguintes considerações:
“Certa feita escrevendo a Timóteo Paulo disse: “os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganado” (2Tm 3.13).
Mas o conselho do apóstolo a Timóteo foi bem contemporâneo:                                       “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” (2Tm 3.14).
Este era o grande desafio para os obreiros de Filipos. Por ser uma igreja nova na fé o perigo de os seus obreiros desviarem-se do alvo era iminente.
 Falsos ensinadores, os gnósticos e judaizantes, se multiplicavam nas cercanias da igreja filipense.
O apóstolo Paulo apesar de estar longe tinha o seu coração inclinado para comunidade de Filipos. Ele era um verdadeiro pastor. O seu coração era voltado para as ovelhas.
 Um líder que amava a Igreja. Aqui, salta aos olhos as características basilares de um verdadeiro pastor. É a mesma que pronunciou Jesus de Nazaré:                                                “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
Não há dúvidas que esta era à disposição do apóstolo. Somente dá a vida por alguém, aquele que compreende o real valor do outro.
Para o apóstolo o valor de uma vida era incalculável. Por isso, mesmo preso, Paulo informa o seu plano de enviar Timóteo à Filipos e a ida de Epafrodito.
O que nos chama atenção é que estes obreiros são pessoas da maior confiança de Paulo. Eles haviam aprendido o modelo paulino de liderança.
 Eles sabiam que o exercício do ministério de serviço (pastorado) deve levar em conta a humildade, a disposição e o amor pelas pessoas que constituem o rebanho.
O ministério pastoral nunca pode ser encarado numa perspectiva dominadora;            mas servidora, espontânea e voluntária. É naquele “espírito” de Pedro:
“apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente [...] nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).
Nesta lição cabe uma reflexão do pastorado contemporâneo à luz do contexto evangélico atual. A cada ano a igreja evangélica se torna mais forte, midiática, política e numerosa.          A tentação de homens desejarem o “episcopado” pela motivação errada é enorme.
Não há outro caminho a ser feito para evitar as motivações erradas que o da humilhação, voluntariedade e simplicidade. “Por isso todo candidato ao Santo Ministério precisa beber muito dos Evangelhos e dos Apóstolos”. 


RESUMO DA LIÇÃO 06


A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR

I. - A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros.
3. Paulo, um líder que amava a igreja.

II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24).
1. Paulo dá testemunho por Timóteo.
2. O modelo paulino de liderança.
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22).

III. - EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de confiança.
2. Epafrodito, um verdadeiro missionário.
3. Paulo envia Epafrodito.


INTERAÇÃO
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.
É assim que Jesus é apresentado aos seus discípulos pela narrativa do Evangelho de João.                         O bom Pastor doa a sua vida às ovelhas.

Ele não espera receber nada em troca do seu exercício ministerial, a não ser a alegria e a grata satisfação em ver uma vida, outrora em frangalhos, mas agora em perfeito juízo com a mente e o coração imersos no Evangelho.
O verdadeiro pastor sabe bem a dimensão profunda daquilo que significa: “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente;
 nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
Pontuar o modelo paulino de liderança.
Inspirar-se à prática cristã com o exemplo de Epafrodito.


COMENTÁRIO


                                        PALAVRA CHAVE
     FIDELIDADE:
Qualidade de fiel; lealdade.

I. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado. O versículo do texto áureo revela o coração amoroso de Paulo que, apesar de encarcerado, ansiava por notícias dos irmãos na fé.
O apóstolo temia que a igreja filipense ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitam da vulnerabilidade e da fragilidade das “ovelhas” a fim de “devorá-las” (Mt 10.16; At 20.29).
Paulo se preocupava com a segurança espiritual do rebanho de Filipos e esforçava-se ao máximo para atendê-lo.

2. Paulo, o mentor de novos obreiros. O apóstolo apresenta dois obreiros especiais para auxiliar a igreja de Filipos.
Primeiramente, Paulo envia Timóteo, dando testemunho de que ele era um obreiro qualificado para ouvir e atender às necessidades espirituais da igreja.
Em seguida, o apóstolo valoriza um obreiro da própria igreja filipense, Epafrodito. Este gozava de total confiança de Paulo, pois preservava a pureza do Evangelho recebido.
O apóstolo Paulo ainda destaca a integridade desses dois servos de Deus contra a avareza dos falsos obreiros (v.21).
Estes são líderes que não zelam pela causa de Cristo, mas se dedicam apenas aos seus próprios interesses.

3. Paulo, um líder que amava a igreja. Ao longo de toda a Carta aos Filipenses, percebemos que a relação do apóstolo Paulo para com esta igreja era estabelecida em amor.
Não era uma relação comercial, pois o apóstolo não tratava a igreja como um negócio.
Ele não era um gerente e muito menos um patrão. A melhor figura a que Paulo pode ser comparado em seu comportamento em relação à igreja é a de um pai que ama os seus filhos gerados na fé de Cristo.
Todas as palavras do apóstolo — admoestações, exortações e deprecações — demonstram um profundo amor para com a igreja de Filipos.
Precisamos de obreiros que amem a Igreja do Senhor. Esta é constituída por pessoas necessitadas, carentes, mas, sobretudo, desejosas de serem amadas pelos representantes da igreja (2Tm 2.1-26).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O compromisso pastoral do apóstolo Paulo passava pela mentoria que ele exercia sobre os novos obreiros e por seu amor pela igreja. Ele não era gerente de uma instituição, mas pastor de uma igreja.


II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo. O envio de Timóteo à Filipos tinha a finalidade de fortalecer a liderança local e, consequentemente, todo o Corpo de Cristo.
Além de enviar notícias suas à igreja, Paulo também esperava consolar o seu coração com boas informações acerca daquela comunidade de fé.
Assim, como Timóteo era uma pessoa de sua inteira confiança, considerado pelo apóstolo como um filho (1Tm 1.2), tratava-se da pessoa indicada para ir a Filipos, pois sua palavra à igreja seria íntegra, leal e no temor de Deus.
Paulo estava seguro de que o jovem Timóteo teria a mesma atitude que ele, ou seja, além de ensinar amorosa e abnegadamente, pregaria o evangelho com total comprometimento a Cristo (v.20).

2. O modelo paulino de liderança. Timóteo, Epafrodito e Tito foram obreiros sob a liderança de Paulo.
Eles aprenderam que o exercício do santo ministério é delineado pela dedicação, humildade, disposição e amor pela obra de Deus.
Qualquer obreiro que queira honrar ao Senhor e sua Igreja precisa levar em conta os sofrimentos enfrentados pelo Corpo de Cristo na esperança de ser galardoado por Deus.
Nessa perspectiva, o principal ensino de Paulo aos seus liderados era que o líder é o servidor da Igreja.
O apóstolo aprendera com Jesus que o líder cristão deve servir à Igreja e jamais servir-se dela           (Mt 20.28).

3. As qualidades de Timóteo (2.20-22). Timóteo aprendeu muito com Paulo em relação à finalidade da liderança.
Ele se solidarizou com o apóstolo e dispôs-se a cuidar dos interesses dos filipenses como um autêntico líder.
Paulo declarou aos filipenses que Timóteo, além de “um caráter aprovado”, estava devidamente preparado para exercer a liderança, pois tinha uma disposição de “servir” ao Senhor e à igreja.
Todo líder cristão precisa desenvolver uma empatia com a igreja, tornando-se um marco referencial para toda a comunidade de fé (1Tm 4.6-16).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O apóstolo desejou enviar Timóteo a igreja de Filipos visando o fortalecimento da liderança local e, consequentemente, de todo o Corpo de Cristo.
 
III. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de confiança. Epafrodito era grego, um obreiro local exemplar e de caráter ilibado.
O apóstolo Paulo o elogia como um grande “cooperador e companheiro nos combates”. Sua tarefa inicial era a de ajudar o apóstolo enquanto ele estivesse preso, animando-o e fortalecendo-o com boas notícias dos crentes filipenses.
Epafrodito também fora encarregado de levar a Paulo uma ajuda financeira da parte da igreja de Filipos, objetivando custear as despesas da prisão domiciliar do apóstolo.

2. Epafrodito, um verdadeiro missionário. Epafrodito não levou apenas boas notícias para o apóstolo, mas também propagou o Evangelho nas adjacências da cidade de Filipos. Em outras palavras, Epafrodito era um autêntico missionário.
À semelhança de Silvano e Timóteo (1Ts 1.1-7), bem como Barnabé, Tito, Áquila e Priscila, ele entendia que, se o alvo era pregar o Evangelho, até mesmo os sofrimentos por causa do nome de Jesus faziam parte de seu galardão.

3. Paulo envia Epafrodito. Filipenses 2.20 relata o desejo de Paulo em mandar alguém para cuidar dos assuntos da igreja em Filipos.
O pensamento inicial era enviar Timóteo, pois Epafrodito adoecera vindo quase a falecer.
Deus, porém, teve misericórdia desse obreiro e o curou (v.27), dando ao apóstolo a oportunidade de enviá-lo à igreja em Filipos (v.28).
Epafrodito possuía condições morais e emocionais para tratar dos problemas daquela igreja.
Por isso, o apóstolo pede aos filipenses que o recebam em Cristo, honrando-o como obreiro fiel (vv.29,30).
Que os obreiros cuidem da Igreja de Cristo com amor e zelo, e que os membros do Corpo do Senhor reconheçam a maturidade, a fidelidade e a responsabilidade dos obreiros que Deus dá à Igreja           (Hb 13.17).

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Epafrodito era um mensageiro de confiança do apóstolo Paulo, um verdadeiro missionário.  Foi enviado a Filipos para cuidar de assuntos locais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Igreja pertence a Cristo, e nós, os obreiros, somos os servidores desta grande comunidade espalhada por Deus pela face da terra.
Que ouçamos o conselho do apóstolo Pedro, e venhamos apascentar “o rebanho de Deus [...],     tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente;
nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.2,3).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CARLSON, R.; TRASK, T. (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
MACARTHUR JR, J. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 4 ed., RJ: CPAD, 2004.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Vida Cristã
“Quando a Igreja nasceu, no Dia de Pentecoste, Deus começou a chamar ‘pastores’ para apascentar os rebanhos de fiéis que se levantariam ao redor do mundo. Os pastores devem ser responsáveis pelo cuidado, direção e ensinamentos que uma congregação recebe. Eles são dons para a igreja (Ef 4.11), líderes necessários que devem ter vidas exemplares. Seu chamado ao ministério é de procedência divina (At 20.28); seu exemplo é Jesus Cristo, e o poder para fazerem esta incrível obra vem do Espírito Santo.

Julgo que os pastores têm de ser pentecostais para que apascentem igrejas também pentecostais. Essa é ordem de Deus. Visto que vivemos num dos tempos mais complicados e plenos de avanços tecnológicos que este mundo jamais viu, é crucial que os líderes da Igreja do Senhor sejam não só cheios mas também guiados pelo Espírito Santo. As pessoas são complexas; suas dificuldades e problemas, também. Somente Deus pode capacitar-nos a entendê-las e ajudá-las. À medida que os pastores empenham-se em auxiliar os que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas, do divórcio e de outras incontáveis tragédias, precisam urgentemente de poder e discernimento do Espírito para ministrar. Os métodos para se alcançar as pessoas mudam; entretanto, nossa mensagem não pode mudar” (CARLSON, R.; TRASK, T. (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed.,                          RJ: CPAD, 2005, p.7). FONTE:  www.professoralberto.com.br

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - Jovens e Adultos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja
  • Lição 6- A fidelidade dos obreiros do Senhor!

    INTRODUÇÃO

    I. A Preocupação de Paulo Com a Igreja
    II. O Envio de Timóteo à Filipos (2.19-24)
    III. Epafrodito, Um Obreiro Dedicado (2.25-30)

    CONCLUSÃO

    MANEJE AS POSSESSÕES MATERIAIS COM INTEGRIDADE

    Por

    James K. Bridges

    A preocupação nos tempos bíblicos dizia respeito ao encargo da usura ou juros sobre empréstimos feitos aos pobres, os quais não dispunham de recursos financeiros para prover as necessidades básicas. [...] Más índoles e reputações ministeriais têm sido destruídas pelo mau emprego do dinheiro e possessões materiais do que praticamente por qualquer outra tentação. Poucos têm aprendido a imitar o exemplo do apóstolo Paulo. Na verdade, foi ele quem observou que os presbíteros (pastores) são merecedores “de duplicada honra” (possivelmente, mas não necessariamente, de dinheiro). Também citou: “Digno é o obreiro do seu salário” (1 Tm 5.17,18). Mas o mesmo Paulo recusou aceitar salários da igreja coríntia, escolhendo antes sustentar-se por outros meios do que ser considerado como alguém que buscava obter riquezas pessoais daqueles a quem desejava ganhar para Cristo.

    Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Mas eu de nenhuma destas coisas usei e não escrevi isso para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer do que alguém fazer vã esta minha glória. Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo, para não abusar do meu poder no evangelho (1 Co 9.12,15,18).

    O dever de os líderes espirituais prestarem contas financeiras é algo extremamente desejável, a fim de evitar especulações desnecessárias sobre a remuneração e estilo de vida do servo do Senhor. Certo ministro que atua na pregação do Evangelho pela televisão solicitou a uma junta de diretores corretamente escolhida e comissionada, que o ajudasse na prestação de contas, de forma que a renda do seu ministério, proveniente de todas as origens, fosse devidamente monitorada. A obrigatoriedade de prestar contas não tem o desígnio de restringir a renda pessoal, mas de permitir que o público saiba que um sentinela foi instituído com o propósito de prevenir a possibilidade de abusos. Embora o Antigo Testamento proibisse os levitas de possuírem bens imóveis particulares, a restrição não é assim declarada no Novo Testamento. Não obstante, a liderança espiritual sempre deve se guardar da ganância de acumular possessões terrestres, as quais entorpecem o impacto do ministério do servo de Deus.

    Texto extraído da obra “Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais”, editada pela CPAD.

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - Juvenis 15 - 17 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
Fundamentos da nossa fé
  • Lição 6- Os Seres Angelicais!

    Texto Bíblico: Hb 1.5-7,13,14.

    AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS DOS ANJOS

    Os anjos desfrutam de uma razão de viver que todos os seres volitivos poderão experimentar. Adoram a Deus e prestam-lhe serviços. Seu propósito geral, refletido nas palavras hebraicas e gregas traduzidas por “anjo” (mal’akh e angelos, “mensageiro”), é levar a mensagem das palavras e das obras divinas.

    Os anjos, portanto, servem primariamente a Deus. Embora as Escrituras reconheçam-os como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14), não deixam de ser espíritos enviados por Deus (Ap 22.16).

    Que são servos de Deus fica também subentendido pela linguagem das Escrituras. São designados como “o anjo do SENHOR” (49 vezes), “o anjo de Deus” (18 vezes), e os anjos do Filho do Homem (7 vezes). Deus os chama especialmente “meus anjos” (3 vezes), e as pessoas se referem a eles como “seus anjos” (12 vezes). Finalmente, quando o termo “anjos” ocorre isoladamente, o contexto normalmente indica a quem eles pertencem – Deus!

    Todos os anjos foram criados numa só ocasião. A Bíblia não dá nenhum indício de um cronograma de criação incremental de anjos (nem de alguma outra coisa). Foram formados por Cristo e para Ele quando “mandou, e logo foram criados” (Sl 148.5; ver também Cl 1.16-17; 1 Pe 3.22). E posto que os anjos “nem casam, nem são dados em casamento” (Mt 22.30), formam um grupo completo, que não necessita de reprodução.

    Como seres criados, são perpétuos, mas não eternos. Somente Deus tem a “imortalidade”        (1 Tm 6.16) no sentido de não ter começo nem fim.

    Os anjos tiveram um começo, mas não terão fim, pois estarão presentes nos tempos eternos e na Nova Jerusalém (Hb 12.22; Ap 21.9,12).

    Os anjos têm uma natureza incomparável; são superiores aos seres humanos (Sl 8.5), mas inferiores ao Jesus encarnado (Hb 1.6).

    TEXTO EXTRAÍDO: Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD.

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - Adolescentes 13 e 14 anos.

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Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
Vivendo em Sociedade
  • Lição 6- Abaixo a violência!

    Texto Bíblico: Gênesis 4.5-8; Mateus 5.43-48.

    Grande parte da história do mundo parece estar relacionada com guerras.

    O século XX testemunhou duas guerras mundiais e muitas outras de menor amplitude. Na atualidade, há guerras frias e quentes, guerras de palavras, guerras que envolvem armas, rumores de guerra, formações maciças de sistemas de defesa e ameaças mais perturbadoras de guerras globais. Nosso Deus nos avisou que nos últimos dias não haveria paz, senão guerras e rumores de guerras (Mateus 24). Este é um sinal de que em breve Ele virá arrebatar a Igreja, julgar as nações e estabelecer o seu glorioso Reino de Paz e Justiça.

    O fato de não ter paz é confirmado por relatórios médicos que atribuem até setenta e cinco por cento de todas as doenças a distúrbios interiores, como ódio, medo, ansiedade ou tensão. Não vivemos em um mundo calmo; contudo, é possível que o crente cheio do Espírito tenha paz, porque sua confiança não está neste mundo, mas em Jesus. Em João 14.27, Jesus falou aos discípulos:      “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Extraído do livro O Fruto do Espírito, CPAD).
    O mundo tenta negociar a paz, mas nós, servos do Altíssimo, não precisamos negociá-la, porque temos o Príncipe da Paz. Charles Stanley autor do livro Paz um maravilhoso presente de Deus para você comenta que: “O mundo considera a Paz como sendo um resultado de fazer as coisas certas, dizer palavras certas, ter atividade profissional certa e ter as intenções certas. Esses não são nem de longe os critérios para a paz descrita na Palavra de Deus. A paz é uma qualidade íntima que nasce de um relacionamento correto com Deus [...]”.

    Quando nos aproximamos mais de Deus e passamos a ter intimidade real com Ele, brota à paz que excede todo entendimento. A Palavra Deus nos ensina a ter domínio próprio.

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - Pre Adolescentes 11 e 12 anos.

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Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
O plano da salvação
  • Lição 6- A fé que nos salva!

    Texto Bíblico: Marcos 5.25-30,33,34.

    “As Escrituras estão permeadas de diversos acontecimentos que foram promovidos pela fé. Deus operou de várias maneiras, com o objetivo de honrar a fé dos seus servos que nEle depositaram sua confiança.  Alguns destes milagres operados em respostas  a necessidades prementes, se visualizados dentro da lógica humana,  seriam tidos como impossíveis.

    Mas sabemos que para Deus nada é impossível, pois Ele opera quando quer e pode ultrapassar qualquer possibilidade daquilo que é impossível.

    ‘Porque para Deus nada é impossível’ (Lc 1.37). Aqui, portanto, cabe a frase que se delineia pelo campo da fé quando esta opera milagres: ‘ o milagre não se explica, se aceita’. E o testemunho da fé somente pode ser alcançado por meio da fé, por que sem fé é impossível que tal testemunho seja consolidado” (Extraído do livro Epístolas aos Hebreus, CPAD).
    Professor leia com os alunos o capítulo 11 de Hebreus, denominado por muitos com “A Galeria dos Heróis da Fé”. Converse com seus alunos acerca dos grandes feitos de Deus, e afirme que o Senhor continua a operar milagres e maravilhas. Aproveite essa oportunidade e convide um dos alunos para contar um milagre ou provisão de Deus que eles tenham vivido ou presenciando.

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - Juniores 9 e 10 anos.

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Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
Os reis de Israel - Deus fala com o seu povo
  • Lição 6- O rei muito sábio!

    Leitura Bíblica 1 Reis 1.28-40; 2.1-4; 3.3-28.

     Geralmente no meio do ano, somos tentados a fraquejar. Para encorajá-lo a prosseguir firme, segue uma reflexão:

    “E se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente [...]” Tiago 1.5
    Davi não sabia o que dizer aos filhos quando estes perguntaram se a sua mãe morreria. A esposa de Davi, Stephanie, havia começado a ter ataques. No início, eram leves e somente ocorriam poucas vezes no mês, mas com o passar do tempo, os sintomas pioraram em uma velocidade rapidamente crescente. Embora centenas de amigos, parentes e membros da igreja realizassem inúmeras vigílias de oração por ela, o seu peso diminuiu para 40 quilos e a sua condição piorou. Em 1996, os ataques aconteciam diariamente, às vezes de hora em hora.

    Davi raramente deixava Stephanie, e começou a se perguntar se ela conseguiria sobreviver até o dia do seu aniversário, quando faria trinta anos. Certa noite, nas primeiras horas da madrugada, Davi chegou ao limite. A situação parecia desesperadora, e ele mesmo estava exausto. Ele foi até o quintal iluminado somente pela luz das estrelas, e caiu de joelhos. “Deus!” Suplicou. “Não posso aguentar mais! Por favor, mostra-me o que fazer!”

    Foi uma oração desesperada. Naquele momento, contudo, um sentimento de tranquilidade encheu o coração de Davi, e imediatamente veio-lhe à mente o nome de um médico. No mesmo dia aquele médico examinou Stephanie e diagnosticou uma rara deficiência química – algo que os outros médicos tinham ignorado.

    Dentro de uma semana, os ataques de Stephanie haviam desaparecido. Seus olhos brilhavam, e sua mente estava lúcida. A oração de Davi a Deus foi sincera: “Obrigado, Senhor, por devolver-me a minha esposa!”

    Deus ainda atende a orações hoje, e ama quando seus filhos vêm até Ele com suas necessidades. Quando você não souber o que fazer, quando precisar de sabedoria divina acima de tudo, simplesmente peça-a – Ele a oferece gratuitamente! (Extraído do livro Graça Diária, CPAD).
    Prezado professor, quando estiver com dúvidas de qual o melhor método ou a melhor maneira para solucionar as dificuldades de sua classe, ore e busque ao Senhor, Ele lhe dará sabedoria para solucionar as dificuldades.

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - Primários 7 e 8 anos.

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Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
Uma nação diferente
  • Lição 6- Celebrando a Deus!

    Texto Bíblico: Êxodo 23.14-19; Levítico 23.4-21,23-44

    A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus por ocasião de sua última refeição de Páscoa, na companhia dos discípulos, apenas horas antes de ser crucificado. Para nós, a Ceia do Senhor tomou o lugar da Páscoa do Antigo Testamento, “porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5.7).

    Ordenou Jesus que a Ceia do Senhor fosse repetida em intervalos frequentes, até sua segunda vinda. Jesus disse: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1 Co 11.26).

    Os elementos que compõe a Santa Ceia, o pão e vinho, têm significados distintos. O pão simboliza o corpo de Cristo (Mt 26.26). O partir do pão simboliza Jesus, o qual nos foi dado (Lc 22.19) na sua morte, quando foi partido por nós. O vinho, o “sangue da uva” (Dt 32.14), simboliza o sangue de Jesus quando, na sua morte na cruz, foi derramado para a remissão dos nossos pecados (Mt 26.28).

    A ceia é um ato comemorativo da morte de Jesus. Ela não lembra somente o sofrimento, mas também a vitória de Jesus. Através da Santa Ceia, podemos olhar para trás, lembrando-nos da morte expiatória do Senhor; olhamos também para o presente, onde verificamos que o Gólgota  ainda tem poder, pois Cristo ressuscitou e está presente, manifestando a sua graça aos que crêem  na mensagem da cruz (1 Co 2.5).

        Professor, aproveite esta aula para explicar às crianças o significado e a importância da Santa Ceia do Senhor. Deixe bem claro aos pequenos que a Santa Ceia é uma festa para a Igreja do Senhor.

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - JD Infância 5 e 6 anos.

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Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
Como ser amigo de Deus?
  • Lição 6- O amigo de Deus é corajoso!

    Texto Bíblico: 1 Samuel 17.34,35

    De professor para professor

    Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é que a criança aprenda a confiar em Deus.

    A palavra-chave deste domingo é “Coragem”. No decorrer da aula diga: “O amigo de Deus é corajoso”.

    Conversando com o professor
    Entregue-se completamente a Deus

    “Uma das principais qualidade de um excelente pincel de um artista deve ser sua total entrega ao pintor para que possa fazer o que quiser com ele. Um harpista gosta muito de tocar em uma determinada harpa porque a conhece, e o instrumento quase parece conhecê-lo. Assim, quando Deus coloca suas mãos nas cordas de nosso ser, e toda força em nós parece responder aos movimentos das mãos dEle, tornamo-nos um instrumento que Ele pode usar.

    Não é fácil ficar nessa condição, estar sensível a ponto de receber a impressão que o Espírito deseja transmitir e ser influenciado por Ele. Se buscarmos a Deus diariamente, orando sem cessar, nos tornaremos um pincel na mão do Artista e uma harpa afinada para tocar a música do Mestre.

    Quão sensível você é ao toque do Mestre? Você fica atento para ouvi-lo?

    Texto extraído do livro: O Melhor de Charles Spurgeon, editado pela CPAD
    Atividade

    Você vai precisar de cartolina colorida, elástico fino, pincel atômico , tesoura e cola.

    Desenhe e recorte máscaras de leão e de urso para a seção Vamos brincar da revista.

    Tenha uma boa aula!

Lição 6 - 3º Trim. 2013 - Maternal 3 e 4 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 3º Trimestre de 2013
Papai do Céu e eu
  • Lição 6- Papai do Céu me dá alegria

    Texto Bíblico: Neemias 3.16-20; 4.1-6; 12.27-43



    I - De professor para professor

    Prezado professor, neste domingo as crianças aprenderão que Papai do Céu nos dá alegria.

    •    Recapitule a lição anterior. Pergunte o que elas aprenderam.
    •    A palavra-chave que trabalharemos neste domingo é “alegria”.             No decorrer da aula repita a frase: “Papai do Céu me dá alegria”.

    II – Para refletir

    Adorando a Deus através dos louvores.
    O salmo 150 diz: “Louvai-o com o som de trombeta;[...] com saltério e a harpa; [...] com adufe e a flauta”, (Sl 150.3,4). As crianças podem adorar e louvar a Deus com suas vozes e com instrumentos musicais simples. A música pode ser usada durante os momentos de adoração, de forma que as crianças sejam encorajadas responder a Deus pela Palavra e Seus atos poderosos. Extraído Manual de Ensino para o Educador, CPAD.


    III - Sugestão 

    Você vai precisar de palitos de churrasco, copos descartáveis, fitas adesivas coloridas, grãos de arroz ou feijão, cola, cola colorida e tiras de papel com a frase “Sirvo a Deus com alegria”.

    1 - Peças às crianças que enfeitem os copinhos de café com pintinhas feitas de cola colorida.

    2 - Após a secarem deposite alguns grãos dentro dos copinhos.

    3 - Una os copinhos com fita adesiva colorida.

    4 - Fure as bases dos copinhos (meio) transpassando o palito. Por segurança cole fita adesiva na ponta fina do palito.

    5 - No palito de churrasco cole a tira de papel com a frase “Sirvo a Deus com alegria”.

    6 - Junto com as crianças entoem cânticos alegres e utilize o chocalho.

    Obs. Você pode utilizar também potinhos ou garrafinhas de iogurte, com grãos dentro e fechar a boca do pote com um pedaço de plástico.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Lição 5 - 3º Trim. 2013 - As Virtudes Dos Salvos Em Cristo.

Lição 05

AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO
04 de agosto de 2013



TEXTO ÁUREO
“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).

VERDADE PRÁTICA

A salvação é obra da graça de Deus, garantida a humanidade mediante a morte expiatória de Jesus.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO

“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).

     Nosso texto áureo (Fp 2.13) está inserido logo após a explicação do exemplo de humildade e exaltação do Senhor Jesus (Fl 2.5-11). Nos versículos seguintes 12 a 18, Paulo nos exorta a respeito da salvação, obediência e santidade. A salvação emana exclusivamente da graça de Deus, a Bíblia declara que todos os membros da raça humana pecaram (Rm 3.23) e por isso, todos precisam de um Salvador.
O único Deus, eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, ou seja, a Santíssima Trindade é revelada na Bíblia de modo explícito na redenção e  reconciliação dos pecadores:
-     O Pai “envia” o Filho ao mundo (Jo 3.16-17).
-     O Filho suporta a vergonha do madeiro maldito, trazendo a paz (reconciliação) entre Deus e a humanidade (Rm 5.1; Ef 2.13-16). Ele nos comprou com seu próprio Sangue (Atos 20.28).
-     O Espírito Santo é quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo e emprega a obra do Filho no novo nascimento (Tt 3.5), santifica o crente (1 Co 6.11) e nos dá acesso (Ef 2.18), mediante o nosso Grande Sumo Sacerdote, Jesus Cristo (Hb 4.14-16), á presença do Pai (2 Co 5.17-21). Portanto, a salvação é obra da Santíssima Trindade.
Assim, nesta grande salvação, o apóstolo Paulo nos mostra o lugar para “temor e tremor” (Fp 2.12) e declara: “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13)”.
A maravilhosa graça de Deus é tão grande, que Ele opera nos seus filhos, para produzir neles tanto o desejo quando poder para cumprir sua santa e verdadeira vontade. Porém é bom salientar que a vontade de Deus mediante sua graça dentro de nós, como templo do Espírito Santo que somos, não é de compulsão e nem de graça irresistível, lembramos das palavras do Senhor Jesus: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20).
Estejamos atentos que a obra da graça de Deus em nós está associada a aceitação, obediência, fidelidade e cooperação: “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão” (Fp 2.12-16).
Assim a expressão: “Porque Deus é o que efetua”, nos revela o lado “divino” da salvação, assim como o versículo 12 que antecede ao nosso texto áureo, nos mostra o lado “humano”. Portanto Deus salva, mas o homem deve corresponder a graça divina: Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.16).
“Opera em vós” – essa expressão vem do verbo grego “energeo”, que significa: “efetuar”, “trabalhar”, “produzir”, “operar”, “atuar”. Todo bem que é produzido em nós é operado por Deus, veja a relação do fruto do Espírito em Galátas 5. 22-23.
Agostinho, bispo de Hipona (354-430) declara: “Nós desejamos, mas é Deus quem implanta em nós esse desejo. Portanto, agimos, mas Deus é quem age em nós”.
“Segundo a sua boa vontade” – Literalmente “em favor de sua boa vontade”. A vontade de Deus não envolve uma preferência arbitrária, mas antes, tem alvos específicos e benéficos em relação aos homens. Tudo está unido ao amor de Deus Pai, efetuando em nós na qualidade de filhos seus.
As palavras “boa vontade”, na língua grega é uma palavra só: “eudokia”, que significa “favor”, “beneplácito”, “boa vontade”. Todas essas expressões referem-se à benevolência de Deus.
De acordo com o subsídio bíblico lemos: “Quem opera a salvação no homem é Deus através do Espírito Santo que convence o homem do seu estado de pecado. Quando isto acontece o homem está livre para dizer sim à graça de Deus.
O arrependimento e a fé em Deus são brotados no coração do homem pelo próprio Pai. Isto faz do Senhor o autor da salvação humana. Esta verdade precisa ficar clara para os alunos.
Uma vez lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro o ser humano é livre para colocar em prática a consequência da salvação.
O discípulo de Jesus foi chamado para produzir frutos. João 15.8 diz: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muitos frutos; assim serei meus discípulos”.
Frutos, aqui, não é ascetismo, arroubos exteriores e comportamentais, mas é amar “uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12).
Esta característica é que distinguirá quem é o discípulo de Jesus: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Ou seja, é pela prática do amor às outras pessoas que o mundo saberá ou não quem é discípulo de Jesus.
É com esse olhar que devemos ler a Epístola de Paulo aos filipenses. Então compreenderemos a sua conclamação: “operai a vossa salvação com temor e tremor”.
A ideia desta expressão não é a de reforçar que o crente é responsável de ir ou não para o inferno segundo as suas ações. Ali, o apóstolo quer mostrar que o crente recebeu uma tão grande salvação que é inimaginável ele não por em prática esta nova realidade devida, pois é “Deus que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”.
Temos que destacar que o operar a salvação é a mesma conotação vista acima no Evangelho de João para produzir frutos.
É por isso que o apóstolo usa expressões tão fortes que tem haver com a relação com o próximo: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”; “sejais irrepreensíveis e sinceros”; “retendo a Palavra da vida”.
Paulo espera ver a igreja de Filipos operando a sua salvação, pois segundo o apóstolo, não pode haver outro resultado, se não, um profundo contentamento e alegria do povo de Deus.
Os crentes são chamados a praticar as boas obras. Estas foram preparadas por Deus para os nascidos de novo andarem por elas.
Essas grandes verdades devem ser enfatizadas: não somos salvos pelas obras, mas somos salvos para produzi-las. Era inimaginável para o apóstolo um crente sem obras (amor)”.
Outro aspecto importantíssimo sobre o assunto é o que nos mostra o irmão Kennndey: “Estes versículos servem de reprimenda contra todo o egoísmo e contra toda a vanglória” .

(algumas citações adaptadas das obras: A Bíblia de Estudo Pentecostal e O Novo Testamento Interpretado – versículo por versículo – R. N. Champlin). 

RESUMO DA LIÇÃO 05


AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13)
1. O caráter dinâmico da salvação.
2. DEUS é a fonte da vida.
3. A bondade divina.
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16)
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas".
a) Murmurações.
b) Contendas.
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros". O
3. "Retendo a palavra da vida".
III. A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA (2.17,18)
1. O contentamento da salvação operada.
2. A alegria do povo de DEUS.

INTRODUÇÃO


Há muitos significados que poderíamos tomar emprestado para conceituar o termo “obediência”. Como, por exemplo, “sujeitar-se a vontade de”, “estar sob autoridade de” e “estar sujeito”. Estes manifestam o sentido estrito e real da expressão obediência.
Há de se destacar, porém, que o apóstolo Paulo quando fala de obediência, refere-se à virtude — uma disposição firme para praticar o bem — de uma pessoa que abraçou a fé mediante o Evangelho de Cristo.
Aqui, obedecê-lo é encarnar os valores do Reino de Deus numa perspectiva de se espalhar o bem no mundo.
Para Paulo, a melhor forma de fazer isso é semeando o Evangelho, a mais bela das notícias para a humanidade.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a dinâmica da salvação.
Analisar a operação da salvação.
Saber que a salvação opera alegria e contentamento no crente.


COMENTÁRIO


                                            PALAVRA CHAVE
      Virtude:
 Na lição é a disposição firme e constante para prática do bem.


Na lição de hoje, aprenderemos que a obediência a Deus é uma virtude que deve ser buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo.
O apóstolo Paulo não duvidava da obediência dos irmãos filipenses, contudo, ele reafirma aos crentes a verdade de que a submissão ao Evangelho de Cristo é uma das principais virtudes dos salvos.
Assim, a intenção do apóstolo é estimular os cristãos de Filipos a continuar perseverando na obediência ao Santo Evangelho.

I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13)
O propósito de explicar a dinâmica da salvação é meramente didático, pois nos é impossível catalogar um assunto da natureza do mistério da salvação.
Seria muita pretensão nossa pensar que podemos dar conta de tão importante aspecto da salvação através de um instrumento didático.
A DINÂMICA DA SALVAÇÃO
1. Obra realizada e consumada na cruz. O brado de Cristo na cruz — “Está consumado!” — representa o significado atemporal da salvação. Nele, somos salvos do passado, guardados do presente, mas esperançosos no futuro.
O pecado não tem mais poder sobre a vida do discípulo de Cristo: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).
2. O progresso da operação da salvação. É bem verdade que não estamos plenamente redimidos porque habitamos num corpo corrompido. Mas as palavras de Agostinho de Hipona têm muito a nos dizer sobre como devemos lidar com essa tensão:
“A permanência da concupiscência em nós, é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”. 
3. A plenitude da salvação. Vivemos a vida cristã numa tensão entre o “já” e o “ainda não”. Isto é, o reino de Deus está entre nós, mas não se manifestou plenamente. Temos a esperança de uma transformação gloriosa que permeará toda a terra quando da vinda de Jesus: “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8.19).
1. O caráter dinâmico da salvação. No texto de Filipenses 2.12, podemos destacar três aspectos da salvação operada em nossa vida pelo Senhor Jesus. O primeiro refere-se à obra realizada e consumada de forma suficiente na cruz do Calvário. É a salvação da pena do pecado. Não somos mais escravos, e sim libertos em Cristo (Rm 8.1).
O segundo aspecto diz respeito ao caráter progressivo da salvação na vida do crente. Mesmo que o nosso corpo ainda não tenha sido transformado, resistimos ao pecado e este não mais nos domina (Rm 8.9; cf. 1Jo 2.1,2).
Não obstante o fato de a salvação eterna vir de Deus, Paulo diz que o Senhor nos chama a zelar e a “desenvolvê-la” em nosso cotidiano.
Por último, o texto trata da plenitude da salvação, quando finalmente o nosso corpo receberá uma redenção gloriosa e não mais teremos dor, angústia ou lágrima, pois estaremos para sempre com o Senhor (1Ts 4.14-17).

2. Deus é a fonte da vida. Por si só o crente não pode ser salvo (Fp 2.13), pois é o Espírito Santo quem “opera” no homem a salvação (Jo 16.8-11). Sem o Senhor, a humanidade está cega, morta no pecado e carente da iluminação do Espírito para o arrependimento.
Se na vida dos ímpios Satanás opera instigando-os à prática das obras más (2Ts 2.9), é o Espírito de Deus quem opera nos crentes a vida eterna (Jo 16.7-12; cf. Rm 8.9,14). Dessa forma, o salvo torna-se um instrumento de justiça num mundo corrompido.
3. A bondade divina. A ideia que a salvação tem um caráter seletivo não é bíblica. Todos têm o direito de recebê-la. O querer e o efetuar de Deus não anulam esse direito, pelo contrário, a operação do Eterno habilita qualquer pessoa à salvação através da iluminação do Evangelho (Jo 1.9), tornando-se posteriormente útil ao Corpo de Cristo (Ef 4.11-16; 1Co 12.7).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Por si só o crente não pode ser salvo, pois é o Espírito Santo quem “opera” no homem o desejo de salvação.
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16)
1. “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”. No versículo 14, o apóstolo Paulo destaca duas posturas nocivas à predisposição dos filipenses:
a) Murmurações. O Antigo Testamento descreve a murmuração dos judeus como uma atitude de rebelião. Quando os israelitas atravessaram o deserto, sob a liderança de Moisés, passaram a reclamar da pessoa do líder hebreu.
Para eles, Moisés jamais deveria ter estimulado a saída do povo judeu do Egito (Nm 11.1; 14.1-4; 20.2-5). Esse ato constrangeu o homem mais manso da face da terra, e os israelitas receberam dele a alcunha de “geração perversa e rebelde” (Dt 32.5,20).
Tal “titulação” não se aplicava aos filipenses, pois eles não eram rebeldes nem murmuradores, ainda assim o apóstolo Paulo os exortou a fazer todas e quaisquer coisas sem murmurações ou queixas, tal como convém aos mansos.
b) Contendas. Em o Novo Testamento, a expressão grega para contendas é dialogismos. Essa expressão descreve as disputas e os debates inúteis que geram dúvidas e separações na igreja local.
É o mesmo que discussões, litígios e dissensões. Infelizmente, muitos hoje as promovem levando, inclusive, seus irmãos aos tribunais (1Co 6.1-8). Esta, definitivamente, não é a vontade de Deus para a sua Igreja.
2. “Sejais irrepreensíveis e sinceros”. O apóstolo apela aos filipenses para que se achem irrepreensíveis e sinceros. Ser irrepreensível significa conduzir-se de forma correta e moralmente pura, não necessitando de repreensão.
É alguém que dominou a carne, pois anda no Espírito (Gl 5.16,17). A sinceridade é outra virtude que se opõe ao mal, ao dolo, ao engano e à má fé. A pessoa sincera pauta-se pela lealdade, a lisura e a boa fé. Nada menos que isso é o que o Eterno espera do seu povo.
3. “Retendo a palavra da vida”. Para o apóstolo, reter a Palavra de Deus não é apenas assimilá-la, mas, sobretudo praticá-la, pois o poder da Palavra gera vida (Hb 4.12). Por isso, Paulo encoraja os filipenses a guardarem a Palavra, pois além de promover a vida no presente, ela ainda nos garante esperança e vida eterna para o futuro próximo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
 De acordo com o ensino do apóstolo Paulo, quem guarda a Palavra não murmura, não cria contendas e vive em sinceridade.
III. A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA (2.17,18)
1. O contentamento da salvação operada. O apóstolo Paulo reporta-se ao Antigo Testamento para mostrar aos filipenses como, a fim de servi-los, ele entregou sua vida: “ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” (v.17).
O apóstolo está ciente das privações que impôs a si mesmo para edificar o Corpo de Cristo em Filipos. Ele, porém, se regozija e alegra-se pelo privilégio de servir aos filipenses. Em outras palavras, a essa altura, o sacrifício e os desgastes do apóstolo são superados pela alegria de contemplar, naquela comunidade, o fruto da sua vocação dada por Cristo Jesus: a salvação operada em sua vida também operou na dos filipenses.
2. A alegria do povo de Deus. O apóstolo estimula os filipenses a celebrarem juntamente com ele esta tão grande salvação (Hb 2.3). O apelo de Paulo é contagiante: “regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo” (v.18).
A alegria de Paulo é proveniente do fato de que uma vez que Jesus nos salvou mediante o seu sacrifício no Calvário, agora o Mestre nos chama para testemunharmos a verdade desta mesma salvação operada em nós (v.13). Portanto, alegremo-nos e regozijemo-nos nisto.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A salvação opera no povo de Deus a alegria e o contentamento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Evangelho nos convoca a desenvolvermos a salvação recebida por Deus através de Cristo Jesus. Devemos ser santos, como santo é o Senhor nosso Deus.
Para isso, precisamos nos afastar de todas as murmurações e contendas e abrigarmo-nos no Senhor, vivendo uma vida irrepreensível, sincera e que retenha a palavra da vida (Fp 2.16).
Somente assim a alegria do Senhor inundará a nossa alma e testemunharemos do seu poder salvador para toda a humanidade.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HOLMES, A. F. Ética: As decisões Morais à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2000.
ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009
CHAMPLIN, R. N. - O Novo Testamento Interpretado – versículo por versículo – Ed. Candeia – 1995 – SP).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“O ALCANCE DA OBRA SALVÍFICA DE CRISTO”
Há entre cristãos uma diferença significativa de opiniões quanto à extensão da obra salvífica de Cristo. Por quem Ele morreu? Os evangélicos, de modo global, rejeitam a doutrina do universalismo absoluto (isto é, o amor divino não permitirá que nenhum ser humano ou mesmo o diabo e os anjos caídos permaneçam eternamente separados dEle). O universalismo postula que a obra salvífica de Cristo abrange todas as pessoas, sem exceção. Além dos textos bíblicos que demonstram ser a natureza de Deus de amor e de misericórdia, o versículo chave do universalismo é Atos 3.21, onde Pedro diz que Jesus deve permanecer no Céu ‘até aos tempos da restauração de tudo’. Alguns entendem que a expressão grega apokastaseōs pantōn (‘restauração de todas as coisas’) tem significado absoluto, ao invés de simplesmente ‘todas as coisas, das quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas’. Embora as Escrituras realmente se refiram a uma restauração futura (Rm 8.18-15; 1Co 15.24-26; 2Pe 3.13), não podemos, à luz dos ensinos bíblicos sobre o destino eterno dos seres humanos e dos anjos, usar esse versículo para apoiar o universalismo. Fazer assim seria uma violência exegética contra o que a Bíblia tem a dizer deste assunto.

Entre os evangélicos, a diferença acha-se na escolha entre o particularismo, ou expiação limitada (Cristo morreu somente pelas pessoas soberanamente eleitas por Deus), e o universalismo qualificado (Cristo morreu por todos, mas sua obra salvífica é levada a efeito somente naqueles que se arrependem e creem). O fato de existir uma nítida diferença de opinião entre crentes bíblicos igualmente devotos aconselha-nos a evitar a dogmatização extrema que temos visto no passado e ainda hoje. Os dois pontos de vista, cada um pertencente a uma doutrina específica da eleição, têm sua base na Bíblia e na lógica. Nem todos serão salvos. Os dois concordam que, direta ou indiretamente, todas as pessoas receberão benefícios da obra salvífica de Cristo. O ponto de discórdia está na intenção divina: tornar a salvação possível a todos ou somente para os eleitos?” (HORTON, S. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.358-59). FONTE: www.professoralberto.com.br