Lição 7
- Categoria: Jovens
- Publicado: 06 Fevereiro 2017
A Igreja na Reforma Protestante
1° Trimestre de 2017
INTRODUÇÃOI - A NECESSIDADE DA REFORMA NA IGREJAII - A REFORMA PROTESTANTEIII - FRUTOS DA REFORMA NOS ÚLTIMOS SÉCULOS CONCLUSÃO
Prezado professor, na lição deste domingo vamos tratar a respeito de um dos acontecimentos mais importantes da história da Igreja, a Reforma Protestante. Este ano será comemorado os quinhentos anos da Reforma. Deus usou a vida de um homem, Martinho Lutero, em favor da sua Igreja que estava vivendo um tempo de apostasia, todavia este não foi um movimento de homens, mas do Espírito Santo de Deus na História. Para sua reflexão e ajuda no preparo da lição, segue abaixo um texto de autoria do pastor Silas Daniel, chefe do Setor de Jornalismo da CPAD a respeito do tema.
“Introdução
A história da Reforma Protestante é inspiradora. Ela nos desperta a amarmos mais o estudo da Palavra de Deus. Afinal, a Bíblia é o farol, a bússola, o norteador da vida do cristão. Sem ela, perdemos o rumo. Se a desprezamos, acabamos errando o alvo e nos afastando da vontade de Deus para nossas vidas. Portanto, estudemos, apliquemos e amemos a Palavra de Deus!
A Reforma Protestante foi um movimento inspirado pelo Espírito Santo no século 16 e que propôs o retorno da igreja aos princípios da Palavra de Deus. Foi esse movimento que deu início às igrejas protestantes, das quais se destacam, além da Assembleia de Deus (protestante pentecostal), as igrejas históricas (luteranas, presbiterianas, anglicanas, batistas, metodistas e congregacionais). O primeiro grande instrumento de Deus para dar início à Reforma foi o jovem Martinho Lutero.
A história da Reforma Protestante é inspiradora. Ela nos desperta a amarmos mais o estudo da Palavra de Deus. Afinal, a Bíblia é o farol, a bússola, o norteador da vida do cristão. Sem ela, perdemos o rumo. Se a desprezamos, acabamos errando o alvo e nos afastando da vontade de Deus para nossas vidas. Portanto, estudemos, apliquemos e amemos a Palavra de Deus!
A Reforma Protestante foi um movimento inspirado pelo Espírito Santo no século 16 e que propôs o retorno da igreja aos princípios da Palavra de Deus. Foi esse movimento que deu início às igrejas protestantes, das quais se destacam, além da Assembleia de Deus (protestante pentecostal), as igrejas históricas (luteranas, presbiterianas, anglicanas, batistas, metodistas e congregacionais). O primeiro grande instrumento de Deus para dar início à Reforma foi o jovem Martinho Lutero.
I – Lutero e a Reforma
Certo dia, Martinho Lutero (1483-1546), um monge agostiniano de 22 anos, encontrou na biblioteca de seu convento uma velha Bíblia em latim. Ele ficou tão feliz em ter contato com o texto sagrado pela primeira vez que durante semanas inteiras dedicou-se a estudá-la. Admirado com a paixão crescente de Lutero pela Palavra, Staupitz, vigário geral da ordem agostiniana, em visita ao convento daquele monge, ofereceu-lhe uma Bíblia só para ele. Foi lendo o presente que o jovem deparou-se pela primeira vez com o texto de Romanos 1.17, que revolucionaria sua vida: “O justo viverá da fé”.
Certo dia, Martinho Lutero (1483-1546), um monge agostiniano de 22 anos, encontrou na biblioteca de seu convento uma velha Bíblia em latim. Ele ficou tão feliz em ter contato com o texto sagrado pela primeira vez que durante semanas inteiras dedicou-se a estudá-la. Admirado com a paixão crescente de Lutero pela Palavra, Staupitz, vigário geral da ordem agostiniana, em visita ao convento daquele monge, ofereceu-lhe uma Bíblia só para ele. Foi lendo o presente que o jovem deparou-se pela primeira vez com o texto de Romanos 1.17, que revolucionaria sua vida: “O justo viverá da fé”.
Pouco tempo depois, Lutero foi ordenado padre. Aos 25 anos, foi nomeado para a cadeira de Filosofia em Wittenberg, para onde se mudou. Em meio às atividades como professor, dedicava-se a estudar a Palavra de Deus. Foi nesse período que viajou a pé para Roma em companhia de um monge. Passou um mês ali, tendo inclusive celebrado missas. Um dia, subindo de joelhos a “santa escada”, desejando a indulgência (perdoa de pecados) que o papa prometia a quem fizesse isso, ouviu ressoar em seus ouvidos o texto bíblico que o impressionara: “O justo viverá da fé”. A experiência foi tão forte que Lutero imediatamente se levantou e saiu envergonhado.
De volta, lançou-se novamente ao estudo das Escrituras. O que aconteceu a seguir, ele mesmo conta: “Desejando ardentemente compreender as palavras de Paulo, comecei o estudo da Epístola aos Romanos. Porém, logo no primeiro capítulo, consta que a justiça de Deus se revela no Evangelho (vv16-17). Eu detestava as palavras ‘justiça de Deus’, porque, conforme fui ensinado, a considerava como um atributo do Deus santo que o leva a castigar os pecadores. Apesar de viver irrepreensivelmente como monge, a consciência me mostrava que era pecador perante Deus. Assim, odiava a um Deus justo, que castiga os pecadores (...) Senti-me ferido de consciência, revoltado intimamente, contudo voltava sempre para o mesmo versículo, porque queria saber o que Paulo ensinava”.
“Depois de meditar sobre o ponto durante muitos dias e noites, Deus, na sua graça, me mostrou a palavra: ‘O justo viverá da fé’. Vi então que a justiça de Deus, nessa passagem, é a justiça que o homem piedoso recebe de Deus, pela fé, como dádiva. Então me achei recém-nascido e no paraíso. Todas as Escrituras tinham para mim outro aspecto; perscrutava-as para ver tudo quanto ensinam sobre a justiça de Deus. Antes, essas palavras eram-me detestáveis; agora as recebo com o mais intenso amor. A passagem me servia como a porta do paraíso”.
Foi o texto de Romanos 1.17 que provocou, no século 16, a Reforma Protestante na Alemanha, se alastrando depois por todo o mundo. Foi em 31 de outubro de 1517 que Lutero apresentou suas 95 teses combatendo heresias que via na Igreja Católica Romana. Acabou sendo excomungado e perseguido, mas a Reforma Protestante prevaleceu na maior parte da Alemanha, e foi vencedora também em outros países, por meio da atividade incansável de servos de Deus como João Calvino, Ulrich Zwinglius, John Knos, Hans Tausen e outros.
II – Os princípios da Reforma Protestante
Seis princípios nortearam a Reforma Protestante. São eles: (1) Só a graça; (2) Só a fé; (3) Só as Escrituras; (4) Só Cristo; (5) Somente a Deus a Glória; e (6) Igreja reformada sempre se reformando. Vejamos o que significa cada um deles.
1 – Só a fé – A Igreja Católica Romana ensina que as pessoas precisam de boas obras para serem salvas. A Palavra de Deus, porém, afirma que nós não somos salvos pelas boas obras, mas para praticar boas obras (Ef 2.10). Somos salvos pela fé e aceitação do sacrifício de Cristo em nosso favor (Ef 2.8).
2 – Só a graça – A Bíblia diz que a Salvação em Cristo é “pela graça, por meio da fé” (Ef 2.8). E continua: “Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.9). Graça é favor imerecido. Somos salvos pela graça: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5).
3 – Só Cristo – A Igreja Católica Romana criou auxiliares para Jesus na mediação entre Deus e os homens: os santos, os mártires, Maria, etc. Porém, a Bíblia diz que só há um mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo (Jo 14.6; 1Tm 2.5). Só Ele!
4 – Somente a Deus a glória – A Igreja Católica Romana, ao venerar os santos, inclusive fabricando imagens, ídolos, algo totalmente condenado por Deus, está tirando a glória de Deus, pois só Ele deve ser adorado, venerado, glorificado, exaltado (Is 48.11b; Êx 20.1-6).
5 – Só as Escrituras – A Palavra de Deus é a única e infalível regra de fé e prática do cristão. Na Igreja Católica Romana, a tradição tem o mesmo peso que a Bíblia. Porém, para o cristão evangélico, a Bíblia está acima da tradição, posto que ela é a Palavra de Deus revelada ao homem (2Tm 3.14-17).
6 – Igreja reformada sempre se reformando – A ideia que os reformadores tinham ao proferir essas palavras não era de alguma necessidade de reformularmos as doutrinas bíblicas com o passar do tempo. Eles se referiam ao dever de sempre retornarmos às doutrinas bíblicas. Reforma compreende a ideia de corrigir e reorganizar, mas lembremos que o foco dessa reforma, conforme esse lema afirma, não é a doutrina, mas as igrejas, que precisam sempre se reavaliar periodicamente à luz das Sagradas Escrituras para evitar desvios paulatinos. Não é “doutrina reformada sempre se reformando”, mas “igreja reformada sempre se reformando”.
Conclusão
Quando os reformadores falavam de reforma, o que tinham em mente era a volta à Bíblia. Em outras palavras, avivamento. O que é avivamento? É a ressurreição do que antes estava vivo. Avivamento espiritual é reviver os princípios bíblicos, um avivamento das doutrinas bíblicas e de sua aplicação em nossas vidas. Busquemos isso para nossas vidas sempre”.
Quando os reformadores falavam de reforma, o que tinham em mente era a volta à Bíblia. Em outras palavras, avivamento. O que é avivamento? É a ressurreição do que antes estava vivo. Avivamento espiritual é reviver os princípios bíblicos, um avivamento das doutrinas bíblicas e de sua aplicação em nossas vidas. Busquemos isso para nossas vidas sempre”.
Saiba mais“É interessante notar que hoje em dia o termo ‘protestar’ ganhou um sentido essencialmente negativo. Derivado do latim protestari, até meados do século 18 (ou seja, mais de 200 anos depois da Reforma), essa palavra denotava apenas as ideias de confessar, testemunhar, professar e declarar abertamente. Foi nesse sentido que em 1529 os Estados evangélicos alemães “protestaram” contra a resolução da dieta de Speyer. A dieta era uma espécie de assembleia convocada pelos reis de uma região. Numa atitude déspota, a dieta alemã havia determinado que, nas regiões de maioria luterana, a minoria católica teria liberdade religiosa, enquanto que nas regiões predominantemente católicas, as minorias luteranas não poderiam exercer a sua fé.
Os luteranos reagiram com a formulação de uma declaração que afirmava as convicções consideradas por eles inegociáveis para o testemunho da fé cristã. Tal declaração repugnava alguns aspectos do catolicismo romano. Foi esse episódio que deu origem ao título “protestantes”, forma como os católicos começaram a tratar os filhos da Reforma.
Posto isso, o que é ser protestante? E mais: O que é ser um protestante pentecostal?
Ser protestante é pregar e viver todos os princípios da Reforma. Quais são eles? “Só a graça”, “Só a fé”, “Somente as Escrituras”, “Somente a Deus a glória”, “Somente Cristo” e “Igreja reformada sempre reformada”. Esses seis lemas básicos sintetizam as verdades de que a salvação é apenas pela graça de Deus, mediante a fé; Jesus é o único mediador entre Deus e os homens; as Sagradas Escrituras devem ser a nossa única regra de fé e prática; e só Deus deve receber adoração.
Nós, protestantes, não aceitamos o primado do papa, o confessionário, o jejum nos moldes clericais e o celibato compulsório. Com base no que nos ensina a Palavra de Deus, não reconhecemos a autoridade papal nem o culto à Maria, mãe de Jesus, ou aos santos. Repugnamos a venda de indulgência (perdão) ou bênçãos, quaisquer que sejam; a supersticiosidade e o uso de iconografia na adoração (imagens); a canonização de cristãos e a salvação pelas obras; o mercantilismo da fé; a idéia absurda do purgatório e orações ou cultos pelos mortos. Dos sacramentos ministrados pela Igreja Romana, só administramos, pela Bíblia, o batismo e a Santa Ceia, que não tem o mesmo significado e liturgia da eucaristia católica. Quanto ao batismo, há igrejas protestantes que se assemelham com Roma neste ponto, no que concerne à execução, mas não são maioria (Silas Daniel).”
Sugestão didática:
Professor, para a aula de hoje sugerimos que você faça um debate. O tema a ser discutido com os alunos é: “Os princípios da Reforma estão sendo vividos pelos crentes da atualidade?” Incentive todos a participarem do debate fazendo perguntas sobre o tema.
Por Telma BuenoEditora responsável pela Revista Lições Bíblica Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.