quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - A Bíblia e a Ciência - Adolescentes.

Lição 7

A Bíblia e a Ciência4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO:
A BÍBLIA REVELA O CRIADOR
A CIÊNCIA DESTACA A CRIAÇÃO
A BÍBLIA NÃO É UM LIVRO CIENTÍFICO, MAS DE FÉ
OBJETIVOSConscientizar os alunos de que a Bíblia é a Palavra de Deus;
Mostrar que não há incompatibilidade entre fé e ciência;
Explicar a importância de se manter a fé em uma época de tantos questionamentos.
FÉ E RAZÃO
César Moisés Carvalho
Quando em 14 de setembro de 1998 o então papa João Paulo II publicou sua 12ª Encíclica ― Fides et Ratio ― que, devido a temática abordada, causou frissonno mundo inteiro, a impressão que se teve é que a fé e, consequentemente, a religião, inimigas da razão, quisessem agora manter uma harmonia impossível. É como se elas fossem água e óleo, não tendo o que dizer uma à outra, devendo manter-se cada uma em seu próprio campo de atuação. A igreja ― leia-se o catolicismo ― através de seu pontífice maior também já havia reconhecido, inclusive formalmente, em 1992 o erro cometido no caso Galileu. Evidentemente que vozes mais “conservadoras” do catolicismo afirmam que, na verdade, o erro foi justamente o pedido de desculpas pelo falecido papa. Porém, o fato é que essa atitude serviu como uma forma de comemoração para os racionalistas que acreditam que o reconhecimento do equívoco demonstra o ilogismo que há em a ciência ser subordinada à religião.
Não questiono a inegável verdade de que não há lógica em a ciência ser restringida por assuntos de “fé” (fé aqui no sentido denominacional) desta ou daquela religião, porém, não acredito que seja interessante para a ciência uma “autonomia absoluta” (o que, particularmente, não acredito que exista) como se esse tipo de concessão pudesse torná-la mais produtiva e interessante. Recentemente, André Petry escreveu na revista Veja (Edição 2163, n.18) que a tecnologia [ciência] é moralmente neutra. No melhor estilo positivista, disse isso como se não houvesse pressupostos e premissas que fundamentam a elaboração de qualquer tecnologia. É como se alguém pudesse produzir qualquer tipo de conhecimento em um vácuo, em uma bolha atemporal que não sofre influência e nem influencia (Deixo claro que isso vale também para a teologia). Sua afirmação fez-me lembrar do que li na ficção O Diálogo, de Peter Kreeft. Na narrativa, interagem C. S. Lewis, Aldous Huxley e o presidente norte-americano, John Kennedy, todos falecidos no dia 22 de novembro de 1963, com espaços de apenas poucas horas. Quando Kennedy interpela C. S. Lewis com a objeção: “― Cálculos não mentem”. O professor de Oxford prontamente lhe replica: “― Mentirosos calculam”. Se não se pode confundir ato com agente, não é possível conceber o ato ― mesmo que este tenha sido involuntário ― sem um agente.
Na questão da ciência, todos os seus resultados ― indistintamente ― são frutos de atitudes voluntárias, pensadas, refletidas e com um propósito muito claro. Salvo raríssimas exceções (como, por exemplo, no caso da “invenção” do telefone por Alexander Graham Bell), nenhuma tecnologia é produzida por acidente ou visando uma massificação inicial, de forma que todos tenham acesso ao invento. Pensar assim é ingenuidade. Alinho-me com Petry no fato de que a demonização da tecnologia é uma inutilidade, mas não posso me esquecer que ela é sempre produto de uma visão de mundo. Mesmo que o resultado final seja objetivo, tangível e lógico, o grande e grave problema é quando há uma negação acrítica de que as premissas, os pressupostos e as motivações que levaram os seus criadores a pensá-la, não possuem a mesma objetividade e concretude do seu resultado. Isso implica em afirmar que não existe autonomia, mas as ideias são geradas dentro de um continuum social: você influencia e sofre influências. E mais, quanto menos consciente disso, mais refém a pessoa torna-se de seus pressupostos e ideologias. Consequentemente ela será mais intolerante, discriminadora e unilateral, pois partirá do princípio que todo mundo deve pensar igual a ela. Por isso, dizer que a ciência atual (com sua busca desenfreada por produção tecnológica de consumo de massa) visa apenas “melhorar” a vida das pessoas é um simplismo inconsequente. Qualquer um sabe que a volúpia tecnológica é inspirada pelo capitalismo dos países de Primeiro Mundo. Nem bem saiu um computador ou celular, dezenas de outros já estão a caminho, instilando o consumismo de milhões que acreditam que estarão adquirindo o melhor, quando na realidade, ao chegar ao Terceiro Mundo, os aparelhos já estarão obsoletos!
Mas, voltando à tendência e à postura dicotômica que insistem em manter fé e razão (ou ciência e religião) separadas, questiono: Será que tal postura reflete a verdadeira relação entre esses dois campos da realidade? É sabido, como diz Afonso Soares e João Décio, em Teologia e Ciência, que a “história testemunha [...] momentos de integração, ruptura e diálogo” entre elas, isto é, fé/razão ou ciência/religião, geralmente experimentam essa dialética constante que mostra-se recorrente no processo histórico. Por isso, acredito que a grande pergunta mesmo é se existe ao menos possibilidade de separá-las! É claro que nesse sentido existe diferença entre o tipo de “fé” que aqui está agora sendo discutida e que entendo ser impossível separá-la da ciência. Contudo, isso não a torna menos improvável que a fé religiosa, mas apenas diferente. Thomas Kuhn disserta em seu clássico A Estrutura das Revoluções Científicas, que quando um cientista desenvolve uma pesquisa partindo de um paradigma que ele tem como certo, “não tem mais necessidade, nos seus trabalhos mais importantes, de tentar construir seu campo de estudo começando pelos primeiros princípios e justificando o uso de cada conceito introduzido” (p.40). Dessa forma, mesmo que o paradigma fundante não seja um fato, mas uma crença filosófica ou um arcabouço teórico, ele fundamentará toda a sua produção científica sobre tal premissa e sua atividade será desempenhada sem nenhuma reflexão crítica a respeito do assunto, pois o cientista a tem ― aprioristicamente ― como verdade.
A cultura brasileira tem o costume de “romantizar” a história e não conhecer os fatos com mais profundidade antes de abraçá-los. Essa postura é fruto de um processo civilizatório que coloca viseiras na sociedade, condicionando-a à polarização. De um lado estão as pessoas inocentes que acreditam que são miseráveis “porque Deus quer que assim seja”, e do outro, as que acreditam que adquirindo e consumindo mais e mais, obterão felicidade. Quanto à parcela infinitesimal que consegue tudo que é lançado, cedo descobre que essas coisas não produzem felicidade, e que é preciso preservar a natureza e assim não destruir o planeta. As parafernálias tecnológicas não podem ser um fim em si mesmas, mas também não podem ser um “meio”, visto que não proporcionam as melhores condições para qualquer um fim. Quando Petry disse que o “pensamento religioso, traduzido na ideia de que somos criaturas divinamente concebidas, tende a turvar a percepção de que nossa condição natural é miserável”, pois a vida do homem primitivo era muito difícil e que a “tecnologia nos retirou dessa miséria”, esqueceu de dizer que a tecnologia não nos tornou mais humanos, mais próximos e relacionais. Aliás, se se quisesse mesmo discutir o que a tecnologia causou à humanidade, comparando-a ao papel que a religião desempenhou, basta olhar para o depoimento do historiador francês Fustel de Coulanges, em sua obra A Cidade Antiga, quando diz que o “que uniu os membros da família antiga foi algo de mais poderoso do que o nascimento: o sentimento ou a força física”, e que é justamente “na religião do lar e dos antepassados [que] se encontra esse poder”, não significa que a “religião criou a família, mas seguramente foi a religião que lhe deu as sua regras”, por isso recebeu “a família antiga constituição muito diferente da que teria se os sentimentos naturais dos homens tivessem sido os seus únicos causadores” (pp.36-7).
Mesmo sendo uma expressão religiosa totalmente estranha ao cristianismo, seu poder de catalisação ainda é infinitamente maior, em termos de fortalecimento familiar, que qualquer hardware com seus softwares mais sofisticados. Assim, ao absolver a tecnologia do seu mau uso, Petry esqueceu que o mesmo é verdade em relação à religião. Ela pode servir para bons e maus propósitos. O próprio fato de a humanidade ter feito tanto progresso em relação à tecnologia, mas paradoxalmente, não deixar de buscar um sentido para a vida em algo que transcende sua existência física e material, demonstra que se ela não pode avançar e evoluir sem tecnologia, tampouco o fará sem a devida valorização de sua essência e da busca por respostas que extrapolam os limites do que a ciência pode lhe oferecer. Se existe a boa tecnologia, resultante da boa ciência, existe também a piedade, o amor, o humanitarismo, a voluntariedade, o altruísmo e a solidariedade, frutos de uma vida cristã condizente com os valores ensinados no cristianismo.

Texto extraído do site CPADNEWS, disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/cesarmoises/fe-e-razao/7/fe-e-razao.html>
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - Política e Corrupção na Perspectiva Cristã - Jovens.

Lição 7

                            Política e Corrupção na Perspectiva Cristã   4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - POLÍTICA GOVERNAMENTAL E CORRUPÇÃO
II - A SEPARAÇÃO ENTRE ESTADO E IGREJA
III - COMO O CRISTÃO DEVE LIDAR COM A POLÍTICA E A CORRUPÇÃO
CONCLUSÃO

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central ajudar os jovens a refletirem a respeito de como o cristão deve lidar com a política e a corrupção:
“Política Governamental e Corrupção
Os dicionários definem o vocábulo política como a arte de governar. Logo, ela é parte essencial da vida humana. Aqueles que afirmam não gostar de política, desconhecem que é exatamente ela quem define os temas que afetam o nosso dia a dia.

Na esfera pública, a política refere-se à forma como os governantes administram e tomam as melhores decisões para a nação, estado ou município. Vemos então que política tem a ver com poder, afinal somente governa quem detém autoridade. Miguez Bonino observou que “o âmbito político tem o tema do poder como uma das referências fundamentais” 1. Não a única, diz ele, mas também “as questões das estruturas de organização política, e da lei, e da justiça são igualmente importantes. Porém, sem dúvida, as questões das fontes de poder, os mecanismos do exercício do mesmo, os riscos e a corrupção do poder são temas inescapáveis em qualquer consideração da política” 2.

Nesse aspecto, as Escrituras ensinam que Deus delega certa autoridade ao homem para governar (Tt 3.1; Pv 8.15). Romanos 13.1-4 declara:
Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
Paulo nos oferece o fundamento sobre o qual podemos compreender adequadamente o sentido do poder na política, especialmente em relação à sua origem. Ele deixa evidente que, seja qual for o mecanismo social de escolha das autoridades terrenas, Deus é a fonte do poder de onde os governantes retiram a sua legitimidade para governar.

Considerando o contexto em que a carta foi escrita, sob a égide do domínio romano, a declaração de Paulo possui um conteúdo subversivo. Paulo está enfrentando o poder imperial de sua época ao afirmar que a autoridade suprema não é o imperador, mas Deus. A esse respeito, Franklin Ferreira diz que: “Paulo quer mostrar aos cristãos romanos que eles, diante da ira de Deus sobre os que pervertem sua autoridade, não devem ser intimidados, mas sim, estar prontos para expressar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo como único Senhor também na esfera pública — ainda que, em Roma, a religião pertencesse à esfera privada”3.

Com isso, entendemos que o estado ou qualquer outra instituição pública está abaixo do Criador. Quando a vontade do poder público e do povo entram em conflito com a vontade divina (Ef 6.7), não há outra opção senão obedecer a Deus (At 5.29). Desse modo, tão errado quanto adorar a César nos tempos de Jesus, é a lealdade absoluta ao estado nos dias atuais. Esse tipo de lealdade só devemos a Deus.

Compreendemos também que a política possuí finalidade legítimas. Utilizada de forma correta, ela deve servir para aprovar leis justas, refrear o mal e praticar o bem, a fim de proporcionar aos cidadãos uma sociedade onde haja liberdade, acesso à saúde, segurança e educação de qualidade, por exemplo.
O Mal da Corrupção
Apesar de possuir finalidades legítimas, a política pode ser utilizada para fins ilícitos. Isso porque, nem todos aqueles que ocupam cargos públicos estão preocupados com a sociedade e o interesse coletivo. Muitos se valem do cargo para proveito próprio e aumento do patrimônio pessoal, por meio do desvio de dinheiro dos cofres públicos e outros esquemas, falcatruas e “jeitinhos” para obtenção de vantagens desonestas, fazendo surgir a corrupção.

No Brasil, afirma-se que a corrupção política esta impregnada na cultura nacional, ante a normalidade com que usualmente o problema é encarado. Pesquisa realizada em 2016 apontou que sete em cada dez brasileiros afirmaram já ter cometido pelo menos uma atitude que pode ser considerada corrupção. Mas os entrevistados não se assumem: somente 3% deles, questionados se consideram corruptos, reconheceram que sim 4.

A existência da corrupção comprova uma doutrina bíblica irrefutável: a depravação total provocada pela Queda do homem no pecado. Tal doutrina ensina que o homem é totalmente incapaz de chegar-se a Deus mediante seus próprios méritos e esforços, em virtude de sua morte espiritual e natureza pecaminosa; assim como é completamente incapaz de, por si só, dominar o pecado. Essa é uma doutrina básica defendida pelo arminianismo clássico, à luz das Escrituras. Essa é a razão pela qual o homem, caído, tem a propensão à corrupção.

Enquanto o filósofo francês, do século XVIII, Jean-Jacques Rousseau dizia que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe — ideia esta que se encontra na base de muitas ideologias contemporâneas, a fé cristã afirma que o homem já nasce corrompido, com a propensão para a corrupção nos planos moral, político, jurídico, econômico, religioso, científico, etc. Essa a razão pela qual a concepção judaico-cristã, ao compreender de maneira adequada a natureza humana, enfatiza que “a confiança nas capacidades humanas deve coexistir sempre com uma medida razoável de desconfiança e precaução em todos os domínios da vida” 5.

A corrupção acarreta graves consequências sociais. Ela contribui para a desigualdade e aumento da miséria, reduz o crescimento econômico e prejudica, por consequência, a oferta dos serviços públicos básicos aos cidadãos. De acordo com Provérbios 29.1, o povo se alegra com a administração sábia e justa, mas geme quando os impiedosos dominam. Igualmente, o governante justo administra corretamente a sua terra, mas o corrupto a destrói (Pv 29.4).
A Separação entre Estado e a Igreja
O ponto de partida para a efetiva relevância cristã no campo da política tem início com o entendimento adequado da relação entre Estado e Igreja. Sem uma consistente interpretação bíblica acerca deste ponto, teremos dificuldades em dar bom testemunho no ambiente público.

Os evangelhos narram um dos episódios em que os religiosos dos tempos de Jesus tentam, como de costume, colocá-lo em uma situação embaraçosa diante dos judeus e do Império Romano. Aproveitando a ocasião em que o Nazareno havia acabado de proferir um dos seus ensinamentos, os principais dos sacerdotes e os escribas enviam alguns de seus homens como espias em meio ao povo, para que pudessem apanhá-lo em alguma palavra que o condenasse.

Usando um discurso carregado de falsidade e perversidade eles indagam a Jesus: “Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus. É-nos lícito dar tributo a César ou não?” (Lc 20.21,22). A pergunta põe Jesus em uma situação complicada e aparentemente sem saída: uma resposta afirmativa desagradaria aos judeus, que viviam sob o jugo romano; a negação, por outro lado, confrontaria o próprio Império Romano, o que poderia levá-lo a ser acusado de sedição. Jesus, porém, sabendo da astúcia de seus interlocutores, toma em suas mãos uma moeda romana da época e pergunta-lhes: “De quem é esta efígie e esta inscrição?”. Eles dizem: “De César”. Então, Jesus responde: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Lc 20.24,25).

Essa frase de Jesus tem ecoado desde então, servindo como uma passagem essencial na fundamentação da teologia política cristã, para regular o relacionamento entre o cristão e o governo humano e entre a Igreja e Estado. Majoritariamente, o pensamento cristão histórico tem entendido que a afirmação de Jesus estabelece distinção entre o poder político e o poder religioso, separando as esferas do Estado e da igreja como entes autônomos e distintos. O protestantismo, com efeito, da qual o pentecostalismo clássico descende, não advoga uma teocracia política, e sim uma participação construtiva, propositiva e até mesmo questionadora, em defesa da justiça e de seus valores e princípios bíblicos, sem que a organização religiosa tenha que assumir algum tipo de protagonismo político.

Seja como for, ainda que a interpretação mais dominante acerca das palavras de Jesus indique que Ele estivesse instruindo seu público que a igreja e o governo têm jurisdição sobre diferentes esferas de autoridade, a própria pergunta de Cristo acerca da imagem na moeda contém implicações subjacentes que direcionam para a soberania divina, como bem lembrou Francis Beckwith. A outra pergunta implícita que deve ser respondida é: Quem tem em si a imagem de Deus? “Se a moeda representa a autoridade de César, porque tem nela sua imagem, então, nós seremos humanos, estamos sob a autoridade de Deus, porque temos em nós a sua imagem” 6. Assim, “o governo e a Igreja, apesar de terem jurisdições distintas, partilham da obrigação comum de promover o bem-estar daquele que são feitos à imagem de Deus” 7.

Como o Cristão Deve Lidar com a Política e a Corrupção
Não há nada de errado com a participação política dos cristãos. Enquanto cidadãos, os crentes também têm direitos e responsabilidades na cidade dos homens. O apóstolo Paulo valeu-se da cidadania romana para exercer seus direitos e garantias legais (At 16.37-39; 22,25-28; 25,10-12). Uma vez que os crentes são portadores de cidadania política, nos é possível participar da escolha dos governantes, assim como contribuir com as discussões e o rumo político da nação. Assim, é de se rejeitar a perspectiva apolítica da comunidade cristã.

Todavia, a participação da comunidade de cristã na arena política não deve se dar de qualquer maneira. Para ser considerado relevante, é necessário que o engajamento político dos crentes seja direcionado por uma postura socialmente adequada e teologicamente consistente. Caso contrário, a igreja local corre o risco de, dentre outros aspectos, ser seduzida (1) pelo desejo de dominação política, com base em perspectivas teocráticas, teonômicas e dominadoras, pondo em risco o princípio democrático; (2) pela ambição de benefícios próprios, aplicáveis aos círculos denominais, em detrimento do bem comum; (3) pelas propostas e ofertas de partidos políticos e candidatos, aliando-se a determinadas ideologias que destoam do cristianismo ortodoxo; (4) pela ilusão de messianismo político, de modo a colocar as esperanças neste ou naquele candidato; (5) pela visão espiritualista da disputa eleitoral, compreendendo o processo eleitoral eminentemente com uma batalha espiritual e o adversário como inimigo demoníaco.

O risco da inserção na arena política, sem um modelo bíblico adequado, é ainda mais agravado ao se perceber o perigo que representa — tanto ao testemunho cristão quando à teoria política — uma saída abrupta da prática privatizada, experiencial e, via de regra, apolítica — que sempre predominou nos circulo cristãos — para uma atuação de ativismo público e politico, sem, antes, passar por um processo de amadurecimento e disseminação de suas bases doutrinais, especialmente aplicada à teologia política.
A Corrupção e o Sétimo Mandamento

Por contrariar o sétimo mandamento (Êx 20.15), a corrupção é severamente condenada aos olhos de Deus (Lv 19.35,36). Ao longo da narrativa bíblica encontramos várias advertências contra diversos tipos de corrupção, no funcionalismo público (Lc 3.12-14), no Judiciário (Dt 16.19,20; Êx 23.8; Pv 17.23; Is 5.22,23; Sl 82.2-5a; Lv 19.15) e no Legislativo: “Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidade para prejudicar os pobres em juízo e para arrebatarem os direitos dos aflitos do meu povo, para despojarem as viúvas e para roubarem os órfãos!” (Is 10.1.2).

A fé verdadeira tem um sério compromisso com o combate à corrupção em todos os níveis. Aquele que teve um encontro com o Senhor é aconselhado a não roubar mais (Ef 4.28) e compungido a devolver o que defraudou (Lc 19.8). Não coaduna, portanto, com a crença genuína a prática de atos desonestos, fraudadores e corruptos, e nem mesmo o consentimento com aqueles que assim agem (Rm 1.32). Se nova vida não combina com a vigarice, é inconcebível que a bênção de Deus esteja em negócios escusos e deletérios.

Os crentes devem, por isso, ter voz ativa no combate a todo tipo de corrupção, conduta desonesta e fraudulenta. Não podemos nos calar diante dos atos que dilapidam o patrimônio público e beneficiem aqueles que enriquecem a custa alheia. A igreja não pode silenciar frente aos descalabros e resultados maléficos provocados pelos atos ilícitos de homens maldosos. Assim como no Antigo Testamento, a voz profética da igreja deve ser ouvida nas ruas da sociedade.

Em tempos de crise moral na política do nosso país, a igreja de Cristo pode instruir, conscientizar, denunciar e mobilizar-se para propósitos cívicos legítimos. O poder do Espírito Santo capacita o crente à participação política de forma amorosa e, ao mesmo tempo, corajosa na praça pública, confrontando, quando for o caso, o próprio Estado.
Conclusão
A crise política que se instalou em nossa nação parece ter atingido níveis alarmantes. A estrutura política encontra-se transtornada (Sl 11.3). Diante desse contexto, o que pode fazer o justo? De que maneira o povo cristão pode contribuir com a dimensão política da nação e colaborar para a boa governança pública e o combate à corrupção? A fé cristã tem muito a fornecer ao processo político, pois das Escrituras podem ser extraídos princípios vitais para a vida pública.
*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 84-93.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 BONINO, M. Em busca de poder. Ebook Kindle. Rio de Janeiro: Editora Novos Diálogos, 2011,p. 313.
BONINO, 2011, P. 313.
3 FERREIRA, F. Contra a idolatria do estado: o papel do cristão na política: São Paulo: Vida Nova, 2016, p. 71.
4MARETTI, E. Corrupção no Brasil é cultural e está enraizada no cotidiano das pessoas. Disponível em:http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/02/corrupcao-no-brasil-e-cultural-e-esta-enraizada -no-cotidiano-das-pessoas-7122.html
5 MACHADO, 2013, p. 41. BECKWITH, F. Política, fé e separação entre igreja e estado.

6 In: GEISLER, N.; MEISTER, C. (Ed.). Razões para crer: apresentando argumentos a favor da fé crista. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 135.
7 GEISLER; MEISTER, 2013, p. 36.

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Lição 07 - 4º Trimestre 2017 - A Salvação Pela Graça - Adultos.

Lição 7

                                      A Salvação pela Graça     4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – LEI E GRAÇA
II – O FAVOR IMERECIDO DE DEUS
III – O ESCANDÂLO DA GRAÇA
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL
Saber que a nossa salvação é fruto único e exclusivo da graça de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Explicar o propósito da Lei e da graça;
II – Discutir a respeito do favor imerecido de Deus;
III – Salientar para o escândalo da graça.
PONTO CENTRAL
A salvação é resultado da graça divina.


A SALVAÇÃO PELA GRAÇA
Marcelo Oliveira de Oliveira
Uma acusação comum aos pentecostais é a de que não conhecemos a graça de Deus. Acusa-nos de legalistas porque em pleno século XXI os pentecostais ainda dão ênfase ao tema da santidade como um estilo de vida a ser vivido.

Nesse assunto, os pentecostais também concordam com a teologia arminiana, em que o fundamento essencial na dinâmica da salvação é o da graça preveniente e que toda salvação é fruto inteiramente da graça de Deus. Retomando mais uma vez o auxílio do teólogo arminiano Roger Olson, passamos a conceituar graça previniente.
A graça preveniente é uma doutrina elevada da graça

Com graça preveniente se quer dizer o chamado de Deus no sentido de ser dEle a iniciativa do começo de relação com uma pessoa que é livre para responder a esse chamado com arrependimento e fé. Esse processo preveniente da graça, segundo Roger Olson, inclui ao menos quatro aspectos: chamada, convicção, iluminação e capacitação. Por isso, alinhado à visão arminiana, o pentecostal não tem dificuldade de pregar a graça de Deus e, ao mesmo tempo, reconhecer que a chamada para a salvação pode ser rejeitada pela pessoa. É muito claro para o pentecostal que nenhuma pessoa pode arrepender-se, crer e ser salva sem o auxílio sobrenatural do Espírito Santo. Este age do início ao fim do processo salvífico. Entretanto, é preciso que a pessoa não resista ao Espírito, como fizeram os fariseus ao resistirem intensa e sistematicamente à mensagem de Jesus Cristo (Mt 12.22-32), mas que coopere com o Espírito reconhecendo a própria condição de pecador, crendo nEle como único Salvador.
O que pensava Armínio acerca da graça de Deus na salvação?
Segundo Roger Olson, a teologia de Armínio sempre foi compromissada com a graça de Deus. O teólogo holandês jamais atribuiu eficácia salvífica à bondade ou à força de vontade do ser humano. Isso é importante destacar, pois é um equívoco pensar que quem afirma que o ser humano pode resistir a graça de Deus está dizendo que o que define a salvação é a vontade humana. Nada mais injusto!

Nunca houve problema para Armínio, porque está claro nas Sagradas Escrituras, que a salvação é de graça, provém de Deus e é um presente incomensurável do Altíssimo para o ser humano. Entretanto, também está claro nas Escrituras (principalmente nos textos narrativos, isto é, os Evangelhos e o livro de Atos), assim como também para pentecostais, “que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida”.
Texto publicado, mas levemente adaptado, na revista Ensinador Cristão, nº 72, Editora CPAD, 2017, p.39.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristão (CPAD)
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Lição 06 - 4º Trimestre 2017 - Rocha ou Areia? - Juniores.

Lição 06

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Rocha ou Areia? — Mateus 7.24-27.4° Trimestre de 2017
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Prezado(a) professor(a),
A aula desta semana reforça um ensinamento primordial para a vida cristã de seus alunos. Aprender a viver um estilo de vida compatível com a Palavra de Deus é o maior desafio de um cristão. Não importa a idade, seja idoso, adulto, jovem, adolescente ou criança, todos têm o dever de colocar em prática a Palavra de Deus.
Na fase que seus alunos estão vivendo, é importante que aprendam a colocar em prática a Palavra de Deus e, para tanto, precisam de pessoas que lhes sirvam de referência. Por esse motivo, é importante que você, professor, tenha em mente que a melhor forma de ensinar não é através de palavras, e sim, pelo exemplo. Seja a referência que seus alunos precisam para crescer espiritualmente. Eles poderão ouvir suas palavras e até mesmo esquecer, mas jamais se esquecerão do seu exemplo como cristão.
A lição desta semana apresenta a obediência à Palavra de Deus ilustrada na figura da casa edificada sobre a rocha e da casa edificada sobre a areia. Jesus, assim como em outras parábolas que contou, ensina desta vez que a mensagem do evangelho deve ser colocada em prática. Não é preciso ser um construtor ou mestre de obra para compreender a mensagem que Jesus quis ensinar aos seus discípulos. É fácil compreender que uma casa, para que esteja bem edificada, precisa estar bem fortalecida em sua base. As colunas precisam estar bem fincadas no chão e, como é obvio, não pode ser qualquer terreno.
A ilustração de Jesus cita pelo menos dois tipos de solo: o primeiro apresenta um terreno firme, fortalecido por uma rocha. O segundo apresenta o terreno arenoso, sedimentado, fácil de ser removido pela força de uma chuva. Por essa razão, aquele que constrói a casa, precisa investigar se o local onde pretende fundamentá-la é confiável para que não sofra com as intempéries (alteração das condições climáticas). “A Palestina é uma terra muito árida. Entretanto, durante certas épocas do ano, caem pesadas chuvas que, formando torrentes caudalosas, correm sobre poeirentos uádis (barrancos formados pelas enxurradas), e despencam ao longo de todos os declives e encostas de montanha. É importante, do ponto de vista da história de Jesus, observar que nenhum construtor foi criticado pela sua infeliz escolha do local do edifício. Cada localização parecia segura e, até que as tempestades chegassem, cada casa parecia suficientemente resistente. Na Palestina, assim como na vida, somente a habilidade de sobreviver às tempestades revelará a qualidade de uma construção” (LAWRENCE, Richards O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 153).
Por esse motivo, o construir a casa precisa atentar para a maneira correta de como construir. Neste caso, a verdadeira fé só estará firmada e preparada para enfrentar as dificuldades que a caminhada cristã nos faz deparar se, de fato, houver obediência aos ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo, a Rocha mais firme!
Para reforçar o ensino da aula de hoje, ensine aos seus alunos a fazer a construção da casa de maneira correta. Prepare vários cartões em formato retangular e escreva em cada um deles o nome dos elementos necessários para a construção da casa que simboliza a verdadeira fé. Escreva nos cartões as seguintes palavras: cimento, confiança, oração, areia, leitura bíblica, pedra, obediência, terra, rocha, parede, laje, humildade, coluna e outros que achar interessante. Cole fita adesiva atrás dos cartões e prenda-os no quadro. Em seguida, peça aos alunos para identificar quais os elementos necessários para a construção da casa que simboliza a verdadeira fé em Deus.
Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 06 - 4º Trimestre 2017 - É bom fazer Amigos - Pré Adolescentes.

Lição 6

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É bom fazer amigos
4° Trimestre de 2017
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A lição de hoje encontra-se em: Daniel 1.8-20.

Caro(a) professor(a),

Como é bom desfrutarmos da amizade de pessoas que se tornam verdadeiros amigos nos momentos mais inesperados. Isso acontece ao longo da trajetória cristã. A Palavra de Deus nos ensina que são nos momentos de maior angústia e aflição que conhecemos pessoas que se tornam verdadeiros irmãos. Os laços de união e companheirismo são tão fortes que o escritor de Provérbios chega a classificá-los como laços de irmãos de sangue (cf. Pv 18.24). É natural que demonstremos certa afetividade e empenho para defender aqueles que são do nosso próprio sangue. Entretanto, a Palavra de Deus revela que é na angústia que conhecemos aqueles que de fato se tornam os nossos verdadeiros amigos.
A história da lição de hoje apresenta um exemplo bem conhecido de seus alunos e que revela como o companheirismo em momentos difíceis faz toda a diferença. Daniel e seus amigos foram levados cativos para a Babilônia ainda jovens, e foram obrigados a trabalhar no palácio do rei (cf. Dn 1). Ali, eles tiveram de abrir mão das menores indiferenças para que pudessem sobreviver às adversidades que estavam por vir.

Imagina ser levado cativo para uma terra distante com costumes e uma cultura idólatra, totalmente diferente de tudo que um dia a pessoa conheceu. Certamente não foi fácil para Daniel e seus amigos passarem por todo aquele processo de adaptação. Somente unidos, eles poderiam sobreviver e superar todas as dificuldades. Em Eclesiastes, o pregador anuncia que é melhor serem dois do que um, visto que dessa forma se alcança melhor resultado do trabalho. E, também, é melhor não andar sozinho, porque se um cair o outro levanta, mas ai daquele que estiver sozinho, pois no dia em que tropeçar não haverá ninguém para ajudá-lo a levantar. O mesmo ocorre com aquele que está prestes a enfrentar uma batalha, uma vez que sozinho, como poderá resistir à oposição daqueles que quiserem prevalecer sobre ele (cf. Ec 4.9-12).

“O companheirismo tem muitas vantagens, pois Deus não nos criou para vivermos isolados uns dos outros (Gn 2.18). Todos nós precisamos do amor, da ajuda e do apoio dos amigos, dos familiares e dos irmãos na fé (At 2.42). Mesmo assim, tudo isso é insuficiente sem a comunhão diária com Deus Pai, com o Filho e com o Espírito Santo (1 Co 1.9; 2 Co 13.13; Fp 2.1; 1 Jo 1.3,6,7)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 970).

Esta é uma boa oportunidade para você, professor, realizar juntamente com a turma uma avaliação de como está o nível de companheirismo entre os seus alunos e, porque não dizer, também entre você e sua classe. Converse com eles a respeito da comunicação e pergunte se eles têm dialogado sobre a melhor forma de resolver os problemas que surgem entre eles. Mostre que a postura deles deve ser conciliadora, sempre pensando no bem estar da amizade com os demais. Leia com eles Filipenses 2.1-18 e explique que devemos nutrir em nossos corações o mesmo sentimento que Cristo manteve até o fim. Mesmo quando houver alguma diferença, diga que eles têm a capacidade de resolver o problema entre eles mesmos, porquanto, agora servem a Cristo e sabem qual a atitude certa a tomar.
Por Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 06 - 4º Trimestre 2017 - A Atualidade da Mensagem Bíblica - Adolescentes.

Lição 6

A Atualidade da Mensagem Bíblica 4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO:DEUS FALOU AOS PRIMEIROS HOMENS
DEUS FALOU AOS HOMENS POR MEIO DOS PROFETAS
ATUALMENTE O SENHOR TEM FALADO POR INTERMÉDIO DO SEU FILHO
OBJETIVOS
Apontar
 para a atualidade da Bíblia;
Mostrar que Deus sempre buscou falar de diversas maneiras com o ser humano;
Conscientizá-los da importância de ler e meditar na Bíblia.
A EXCELÊNCIA DO MÉTODO CANÔNICO (III)
Claudionor de Andrade
Pressuposto Linguístico
Minha primeira Bíblia, ganhei-a de meu saudoso pai. Recoberta de um couro forte e luzidio, que a protegia dos ímpetos e desleixos de um adolescente de 14 anos, era um presente belo e não muito barato para aqueles dias. De imediato, pus-me a lê-la; diversas vezes eu a li. Até em voz alta eu a li. Sua linguagem clássica e preciosa não me assustou. Aqui, deparava-me com uma palavra difícil; ali, com um termo ainda peregrino. Mas não me demorei a adaptar-me à belíssima tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada.
Não sei quantas vezes li aquela Bíblia. Em suas páginas, hoje amarelecidas e algumas já rotas, sentava-me aos pés dos santos profetas e dos apóstolos de Jesus Cristo. E, apesar da sublimidade de seus ensinamentos, jamais deixei de compreender o que Deus, pela inspiração do Espírito Santo, revelara-lhes. Por isso, hoje, todas as vezes que abro minhas Bíblias, quer no vernáculo quer noutras línguas, parto deste pressuposto: Deus fala aos seus filhos numa linguagem que lhes é comum, franca e perfeitamente compreensível. Essa acomodação do Pai Celeste às nossas limitações realça-lhe ainda mais o amor.
1. O pressuposto linguístico. O segundo pressuposto do método canônico é, para o crente fiel, algo que beira à obviedade: Deus, o real autor da Bíblia Sagrada, revela-nos a sua Palavra em nossa própria linguagem. Aliás, a língua que hoje falamos, em que pese a confusão de Babel, com Ele aprendemos. Não diz Moisés, em Gêneses, que o Senhor, sempre à tardinha, descia ao Éden para conversar com o seu jardineiro? (Gn 3.8). A comunicação entre o Criador e a criatura era aberta e sem ruídos. Até mesmo o homicida Caim era capaz de discernir a voz do Juiz de toda a Terra (Gn 4.6-14).
Ao enviar Ezequiel a protestar contra as apostasias da Casa de Judá, o Senhor foi-lhe energicamente claro: “Pois tu não és enviado a um povo de estranha fala, nem de língua difícil, mas à casa de Israel; nem a muitos povos de estranha fala, e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos” (Ez 3.5,6). De fato, os judeus não demoraram a entender que, apesar da linguagem humana, era o próprio Deus quem lhes falava. E, não obstante os símbolos apocalípticos, eles logo vieram a compreender a gravidade das advertências de Jeová.
Ao escrever aos coríntios, sempre tão exigentes e intolerantes, Paulo afiança-lhes que, embora inspirado pelo Espírito Santo, não usava palavras que lhes fossem desconhecidas: “Porque nenhuma outra coisa vos escrevemos, além das que ledes e bem compreendeis; e espero que o compreendereis de todo” (2 Co 1.13). De fato, em suas cartas, havia algumas coisas difíceis de entender. Todavia, o apóstolo jamais deixou de escrever no vernáculo de seus leitores imediatos; nenhum vocábulo angélico utilizava. Os que as torciam, pretextando dificuldades hermenêuticas, foram duramente censurados por Pedro (2 Pe 3:15). A mensagem divina, portanto, ainda que à primeira vista pareça-nos ininteligível, sempre nos virá numa linguagem humana. Afinal, o Pai Celeste, no Filho, fez-se Emanuel para revelar-nos os mistérios e as belezas do Evangelho.
2. Deus, o comunicador por excelência. Deus fala-nos por intermédio da natureza, da consciência e da História. E, através de sua Palavra, transmite-nos plenamente a sua boa e perfeita vontade. A comunicação é inerente à sua natureza. Ele é um ser autorrevelativo. Por isso, confiou-nos a Bíblia Sagrada. Ao lê-la, convencemo-nos de que tudo quanto nela foi escrito, para a nossa redenção o foi (Rm 15.4). Em suas narrativas e proposições, ouvimos-lhe claramente a voz, intimando-nos a uma doce e indelével comunhão.
A bem da verdade, nem de hermenêutica formal carecemos, pois o Espírito Santo, sendo o real intérprete da Bíblia, leva-nos a entendê-la perfeitamente (Jo 14.25). É claro que não devemos desprezar os que nos interpretam a Palavra, pois, na jornada para o céu, sempre precisaremos, aqui na terra, de um exegeta como Filipe a fim de explicar-nos o que não lograrmos entender (At 8.30). Além do mais, o próprio Deus instituiu o ministério Cristão, visando o nosso aperfeiçoamento hermenêutico (Ef 4.11-13). Sob a luz do Consolador, jamais nos faltará a luz verdadeira.
3. O Evangelho em todas as línguas. Constrangido pela sedição dos filhos de Noé a confundir-lhes a língua, em Sinear, o amoroso Senhor nem por isso abandonou-os (Gn 11.1-9). E, agora, mesmo espalhando-os pelos continentes e ilhas de um mundo vasto e ainda ignoto, jamais deixou de visitá-los em suas etnias, culturas e idiomas. No Dia de Pentecostes, demonstrando mais uma vez a sua graça, reverte a confusão de Babel, e fala à multidão de nações representadas em Jerusalém através das línguas que repartira entre os apóstolos e discípulos de Cristo (At 2.1-11).
Se Deus confundiu-nos a linguagem em Babel, não nos deixou confusos em Jerusalém. Falando as línguas mais longínquas, reuniu, num só corpo, os estrangeiros que, em Sinear, dispersara. De tal modo Ele nos comunicou a mensagem evangélica que, hoje, embora provenientes dos países mais longínquos e das culturas mais distantes e diversas, todos sentimo-nos irmãos, pois como irmãos fomos batizados no corpo de Cristo (Gl 3.27,28).
A fim de não alijar nenhum grupo linguístico, ou dialetal, o Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que, indo por todo mundo, pregassem o Evangelho a toda a criatura (Mt 28.19,20). Tal ordenança começou a ser cumprida a partir de Jerusalém, em aramaico. Em seguida, os discípulos alcançaram Antioquia, em grego, e, depois, Roma, em latim. Até os bárbaros da perdida Malta ouviram falar de Cristo em seu próprio dialeto. Quanto a nós, a verdade divina nos é comunicada ao coração num português compreensível, simples e belo.
Conclui-se, pois, que Deus, através da Bíblia Sagrada, comunica-nos uma mensagem clara, direta e eficazmente redentora. A partir deste pressuposto, aproximemo-nos de sua Palavra, acreditando que, lendo-a, conheceremos a intervenção do Pai Celeste em cada etapa da História.
Texto extraído do site CPADNEWS, disponível em: < http://www.cpadnews.com.br/blog/claudionorandrade/posts/103/a-excelencia-do-metodo-canonico-(iii).html>

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 06 - 4º Trimestre 2017 - Igreja: Expressão do Reino de Deus - Juvenis.

Lição 6

Igreja: Expressão do Reino de Deus
4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. É CHEGADO O REINO DE DEUS
2. A IGREJA COMO AGENTE DO REINO DE DEUS
3. IGREJA: PORTADORA DAS VIRTUDES DO REINO DE DEUS
OBJETIVOS
Descrever o que significa Reino de Deus;
Discutir sobre o papel da Igreja como agente do Reino de Deus;
Refletir sobre as virtudes do Reino de Deus.
    Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos enfocar a Igreja como a expressão viva do Reino de Deus na Terra. Ao refletir sobre o caos político, econômico e social ao qual nosso país se encontra até mesmo o menos religioso reconhecerá que não há solução humana capaz de transformar todo este cenário.

    O nosso povo geme, é tanta violência, corrupção, desigualdade e injustiça social, enquanto nossos governantes só utilizam palavras e promessas vazias de ações em prol dos cidadãos. A Igreja não pode entrar nessas comunidades procedendo da mesma maneira, apenas com a letra e belas palavras, mas sem o Espírito de amor e prática de boas obras que verdadeiramente proclamam o Reino de Deus.

   O Mestre dos mestres, Jesus Cristo, fornecia o alimento espiritual, mas também provia o pão aos famintos; anunciava a restauração do espírito, mas também curava o corpo; anunciava a Lei, mas também agia e a praticava com graça; falava do amor do Pai, mas também o demonstrava em atitudes, especialmente aos que eram odiados, desprezados, excluídos pela sociedade (Mc 2.17).

   O Reino de Deus, portanto, fala de mudanças, da implantação de um padrão de moral diferente do praticado no reino do mundo. Sob essa perspectiva analise com sua turma se cada um, individualmente, tem vivido de forma a proclamar este Reino, implementando a Justiça dele, a começar pelo seu exemplo de vida.

   Sugerimos que ao final da aula você peça que cada aluno escreva em um pedaço de papel o que considera que mais tem sido um empecilho para viver de acordo com os padrões morais deste Reino: seja um pecado; defeito; até mesmo desinteresse; um problema familiar; luta pessoal, etc. Assegure-os que ninguém precisa se identificar no papel. Todos deverão colocá-los em um recipiente para que a cada aula vocês orem juntos por essas questões e você também interceda por cada uma delas, separadamente.

    Incentive-os pata que ao decorrer do trimestre compartilhem seus testemunhos acerca do que foi apresentado ao Senhor, como um pedido de ajuda para ser um proclamador de seu Reino na Terra.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável da Revista Juvenis
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