quarta-feira, 23 de maio de 2018

Lição 09 - 2º Trimestre 2018 - Ética Cristã e Planejamento Familiar - Adultos.


Lição 9 - Ética Cristã e Planejamento Familiar
2º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
O planejamento familiar é imprescindível para uma família funcional.
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Conceito geral de planejamento familiar
II – O que as Escrituras dizem sobre o planejamento familiar
III – Ética cristã e o limite do número de filhos
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Conscientizar a respeito da importância do planejamento familiar.
Ética Cristã e Planejamento Familiar 
Pr. Douglas Baptista
O casamento cristão pressupõe a formação de uma nova família e, como resultante, o nascimento de filhos. Está inserida na criação dos filhos, a responsabilidade familiar de prover o sustento e todo o cuidado indispensável para o desenvolvimento do ser humano. Por conseguinte, entre outros deveres e obrigações do casal, inclui-se o planejamento familiar. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus professa que “a família é uma instituição criada por Deus, imprescindível à existência, formação e realização integral do ser humano, sendo composta de pai, mãe e filho(s) — quando houver”. Reitera ainda a Declaração que “o pai e a mãe integram, de forma originária, determinante e estruturante, a família, e a eles a Bíblia impõe o dever de sustentar, formar, disciplinar os filhos e instruí-los moral e espiritualmente” (SOARES, 2017, p. 205). No caso de infertilidade em, pelo menos, um dos cônjuges, nas Assembleias de Deus pode-se recorrer às técnicas reprodutivas, desde que a fertilização ocorra no interior do corpo da mulher e os gametas utilizados pertençam ao próprio casal (SOARES, 2017, p. 206). Quanto ao uso de métodos contraceptivos no planejamento familiar, as Assembleias de Deus preferem o método natural, mas não se opõem ao uso dos métodos artificiais, desde que não sejam abortivos (BARROS, 1997, p. 93).

Assim sendo, o posicionamento ético cristão quanto à procriação e o planejamento familiar baseiam-se no equilíbrio entre esses dois institutos. De um lado, não se deve procriar de modo imprudente e irrefletido, e, de outro, não se deve deliberadamente, por questões moralmente injustificáveis, evitar ou impedir toda e qualquer concepção e a consequente procriação da espécie humana.

Controle de Natalidade

São procedimentos de políticas demográficas com o objetivo de diminuir e até impedir o nascimento de crianças. Tais medidas são adotadas pelos governos para refrear o aumento da população de um país. Nesse caso, regular o número dos filhos é visto como solução para erradicar os níveis de pobreza, bem como alternativa para a preservação e o melhor uso dos recursos naturais. Por ordem do Estado, o número de filhos é limitado à revelia da vontade dos pais. Para esse fim, são utilizados métodos contraceptivos e até esterilização permanente. Em países totalitários ocorrem denúncias do uso do aborto e até do infanticídio como soluções para o controle de natalidade. Em sentido mais amplo, o controle de nascimento de seres humanos pode ser considerado como:
Qualquer ato ou aparelho que mantenha separada duas pessoas de sexo oposto que tenham o potencial de procriar, qualquer ato ou aparelho que mantenha a pessoa, o macho ou fêmea, incapaz de realizar a totalidade da função sexual, qualquer ato ou aparelho que mantenha separados os espermatozoides e os óvulos durante ou após a relação sexual, e qualquer ato ou aparelho que destrua o produto da concepção (o zigoto formado pelos gametas masculino e feminino), não obstante a idade do produto de concepção. (HENRY, 2007, p.140)
Nesse contexto, o controle de natalidade visa manter o índice populacional dentro dos parâmetros estabelecidos pela autoridade estatal. Alguns pesquisadores diferenciam o controle de natalidade do controle populacional. Alegam que o primeiro contempla apenas os métodos contraceptivos que impedem a procriação e que o segundo atua, inclusive, na eliminação de pessoas que já nasceram. Seja como for, trata-se de controle da reprodução humana que, se não observados os princípios éticos e morais, atentam contra a soberania divina e a inviolabilidade da vida.
O Relatório de Kissinger

O “Relatório de Kissinger”, datado de 30 de setembro de 1974, foi redigido pelo então secretário de Estado dos Estados Unidos Henry Kissinger. Para entender os atuais programas de natalidade, é indispensável o conhecimento do referido relatório norte-americano. O documento recebeu o título “Implicações do Crescimento da População Mundial para a Segurança e os Interesses Externos dos Estados Unidos”, classificado como “confidencial” sob o código NSSM 200. O texto foi desclassificado pela Casa Branca e deixou de ser sigiloso em 1989. O relatório estabelece políticas e estratégias para a redução do crescimento populacional dos países em desenvolvimento. As ações recomendadas para o “controle de natalidade” envolvem a ampla divulgação e comercialização indiscriminada de anticonceptivos orais, uso do dispositivo intrauterino (DIU), esterilização de homens e mulheres e o uso de preservativos. E, dentre outras políticas de controle, o documento destaca a prática do aborto:
Embora os órgãos que estão participando deste estudo não tenham recomendações específicas para propor em relação ao aborto, acredita-se que as questões seguintes são importantes e devem ser consideradas no contexto de uma estratégia global de população: – nunca um país reduziu o crescimento da sua população sem recorrer ao aborto. (NSSM 200, 1974, p. 182)
Ressalta também o relatório a importância do papel da mulher no controle dos nascimentos. Ideias como o empoderamento feminino, direito sobre o próprio corpo, disputa com os homens na esfera política e no mercado de trabalho são apontados como essenciais para o sucesso do programa:
A condição e a utilização das mulheres nas sociedades dos países subdesenvolvidos são particularmente importantes na redução do tamanho da família […] As pesquisas mostram que a redução da fertilidade está relacionada com o trabalho da mulher fora do lar. (NSSM 200, 1979, p. 1301)
Estudiosos do controle populacional avaliam que foi a partir desse relatório que assustadoramente se implantaram, nos países em desenvolvimento, diversos e variados processos políticos para a redução dos nascimentos. Incluem-se como consequência do “Relatório de Kissinger” as propostas para a institucionalização da educação sexual nas escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Desse modo, o controle de natalidade nos países subdesenvolvidos estaria a serviço dos interesses econômicos das grandes potências, e não apenas com a manutenção ambiental do planeta. Apesar das controvérsias acerca do assunto, ressalta-se sua contribuição, positiva e negativa, para a redução populacional.
Taxa de natalidade no Brasil 

Em 26 de outubro de 2016, dados divulgados pelo IBGE avaliaram que o envelhecimento da nação, não excluíndo a melhoria da qualidade de vida, estaria relacionado com a queda de nossa taxa de fecundidade. Na década de 1980, a taxa de nascimento era estimada em 4,12 filhos por mulher. No ano 2000, a taxa caiu para 2,39 filhos. E, de acordo com as estimativas do IBGE, esse número deverá cair para 1,51 em 2030 e chegará ao índice de 1,50 no ano de 2060.

Coincidência ou não, nossa taxa de fecundidade diminuiu drasticamente após o documento norte-americano conhecido como “Relatório de Kissinger”. Desde 1974, o Brasil adota medidas para fins de controle das taxas de natalidade. Analistas apontam que “estabeleceu-se, através da mídia principalmente, que uma família ideal teria o número máximo de dois filhos por casal. Além disso, acontece até hoje a distribuição de pílulas anticoncepcionais e camisinhas, bem como a venda desses produtos a preços acessíveis e sem controle médico” (PENA, 2017, p. 1).

Planejamento Familiar

Diferente do “controle de natalidade”, que consiste em evitar o nascimento dos filhos por meio do controle estatal, a proposta do “planejamento familiar” é de instituir a paternidade-maternidade responsável. Trata-se de uma decisão voluntária e sensata por parte dos pais quanto ao número de filhos que possam criar e educar com dignidade. No planejamento familiar, fatores diversos são analisados, tais como, a saúde dos pais, as condições e a renda da família, o tempo entre uma e outra gestação e o espaçamento de nascimento entre um e outro filho. No contexto cristão, quanto ao número de filhos, o casal deve buscar orientação divina por meio da oração e submeter-se à direção do Espírito Santo.

O planejamento familiar é algo restrito à realidade de cada lar constituído. Algumas famílias terão condições econômicas, psicológicas e estruturais para criar um único filho e outras podem criar um número maior de filhos. E isso, quando respeitadas as condições e ou as limitações particulares, não enaltece e nem deprecia as famílias. Alguns lares lutam contra a infertilidade e se submetem a tratamentos diversos para viabilizar a gravidez. Em certos casos, o tratamento é eficaz e a gravidez acontece, e em outros não. Existem ainda as situações em que a fecundidade é tamanha que se faz necessário o uso de métodos contraceptivos. Portanto, ratifica-se que cada família deve, sob o temor de Deus, adequar-se às suas particularidades para planejar o nascimento de seus filhos.

Métodos contraceptivos

Denomina-se de “métodos contraceptivos” os procedimentos que são empregados para evitar a concepção ou a gravidez. Em outras palavras, tais métodos, impedem que os espermatozoides fertilizem o óvulo. Dentre os métodos atualmente disponíveis existem os irreversíveis ou permanentes (esterilização cirúrgica) e os reversíveis ou temporários (utilizados durante o ato sexual). Diante dos variados métodos existentes, a Igreja posiciona-se contrária ao uso do DIU (Dispositivo Intrauterino) e a denominada pílula do “dia seguinte” por possuírem características abortivas. Quanto ao uso do DIU, cientistas da área médica e estudiosos da ética cristã, avaliam que:

Não existe consenso completo sobre o modo de funcionamento do DIU. Sabe-se que a peristalse tubária aumenta e passa rapidamente o óvulo das trompas para o útero. O DIU mantém as partes do útero separadas e pode interferir na implantação normal do óvulo. Não foi demonstrado que óvulos fertilizados tivessem sido abortados do útero, contudo a ovulação ocorre, os espermatozóides não são impedidos de entrar na trompa do falópio e as trompas não são bloqueadas aos óvulos — e a implantação não ocorre. (HENRY, 2007, p. 138)
Diante dessa controvérsia, entende-se que o DIU não impede a fertilização e sim a implantação do óvulo já fertilizado. Nesse caso, trata-se de técnica condenada pelas Escrituras por atentar contra a inviolabilidade da vida. Quanto à pílula do “dia seguinte”, a oposição da Igreja para o seu uso relaciona-se com as mesmas questões éticas do DIU, pois a citada pílula é usada após o coito, e “não tem como objetivo o isolamento do espermatozoide e do óvulo, mas procura alterar, por meio do uso de hormônios, a parede do útero para tornarem impossível a implantação do óvulo” (HENRY, 2007, p. 139), tornando-se em condenável técnica abortiva.
Por fim, assume-se neste tópico que a contraconcepção em análise é aquela que se pratica no âmbito do casamento bíblico, sem mancha, sem mácula, monogâmico e heterossexual (Hb 13.4). O pressuposto adotado para o uso de métodos contraceptivos no planejamento familiar refere-se ao entendimento de que o sexo não é exclusivamente procriação. Entende-se também que a procriação deve ser responsável e fundada no amor para com o cônjuge e os filhos que virão a nascer. Condena-se o uso dos métodos contraceptivos quando usado fora do casamento, para encobrir as consequências de atividade sexual ilícita, quando usado como ideologia meramente humana, quando não se quer assumir a responsabilidade da maternidade e paternidade divinamente instituída, e quando as técnicas possuem características abortivas.

O planejamento familiar não é um tema exclusivo de nossa época. Ele está presente nas páginas do Antigo e do Novo Testamento. E todos os exemplos bíblicos ratificam a inviolabilidade da vida e a intervenção divina em favor das famílias de acordo com sua soberana vontade.

A Família e a Procriação da Espécie

Após criar o primeiro casal, Deus os abençoou e lhes disse: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Nesse primeiro mandamento, Deus requereu à reprodução do gênero humano. Após o dilúvio, o sobrevivente Noé e seus filhos também receberam mandamento acerca da procriação: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 9.1). Note-se que essa é uma ordem universal direcionada às gerações pré e pós-diluviana. Repara-se que Deus não especificou qual seria o fator multiplicador e nem quantos filhos deveriam ser gerados por família. Observa-se ainda que os propósitos são idênticos: homens e mulheres devem se reproduzir para “encher a terra”.

A procriação nas páginas da Bíblia Sagrada envolve um homem e uma mulher que, unidos pelos laços do matrimônio e por meio do ato sexual, reproduzem a espécie humana. As Escrituras ensinam que suscitar a descendência é uma responsabilidade da família, intimamente ligada à perpetuação da raça humana. A reprodução humana é um processo divinamente criado que depende da união dos gametas masculino e feminino. Cada um — o macho e a fêmea — possui a sua própria célula reprodutora: a do homem é o espermatozoide e a da mulher é o óvulo. Essas células reprodutoras possuem cada uma 23 cromossomos, o que corresponde à metade encontrada em outras células do organismo. Por isso, para gerar um novo ser vivo, é indispensável à união dos gametas do macho e da fêmea. Essa união resulta em 46 cromossomos, gerando a primeira célula do ser vivo, chamada de zigoto ou célula-ovo. A partir daí, a combinação do material genético do homem e da mulher dará origem a uma terceira combinação, que resultará na perpetuação da descendência e da raça humana. Portanto, a procriação bíblica requer naturalmente a relação sexual entre um homem e uma mulher.

Quanto ao modelo de procriação artificial, nossa Declaração de Fé assevera o seguinte:
As técnicas em que a fertilização ocorre fora do corpo da mulher, com a respectiva manufatura do embrião, são condenáveis por desrespeitarem o processo de fecundação natural que deve ocorrer no interior do ventre materno […] Condenamos as técnicas reprodutivas que requerem o descarte de embriões e doação. Rejeitamos a maternidade de substituição, mediante a qual se doa temporariamente o útero, por ferir a pureza monogâmica. Não admitimos a reprodução post-mortem em virtude da cessação do vínculo matrimonial. (SOARES, 2017, p. 206) 
Sob essa questão, a igreja posiciona-se favorável ao uso das demais técnicas artificiais de reprodução desde que não atentem contra a pureza da relação sexual monogâmica. O texto normativo reconhece a reprodução artificial desde que a fertilização (processo no qual tem início a vida humana) ocorra no interior do corpo da mulher e os gametas utilizados pertençam ao próprio casal (SOARES, 2017, p. 206).
O Planejamento Familiar no Antigo Testamento

Na Antiga Aliança, a fertilidade era vista como uma dádiva: “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão” (Sl 127.3). Nesse contexto, ter muitos filhos era sinal de benevolência do Altíssimo e sinônimo de felicidade (Sl 127.5). A esterilidade era motivo de discriminação (1 Sm 1.6,7), provocava desavenças (Gn 30.1,2) e era vista como vergonha (Gn 30.23). Em contraste a essa cultura, as esposas dos patriarcas foram estéreis e sofreram muito até que Deus lhes abriu a madre. Sara concebeu na velhice e gerou apenas um filho: Isaque (Gn 21.2). Isaque, ao casar-se, durante vinte anos orou pelo ventre de Rebeca e ela gerou dois filhos: Jacó e Esaú (Gn 25.21). Raquel, a esposa amada de Jacó, após anos de espera também concebeu apenas dois filhos: José e Benjamim (Gn 35.24). Percebe-se, então, no caso dos patriarcas, a intervenção divina e as diferenças do multiplicador de família para família.

A lei do levirato

Para o povo hebreu, suscitar descendência era algo primordial para a família e para o cumprimento da promessa abraâmica (Gn. 12.3; 13.16). Gerar filhos era uma bênção divina que representava prestígio social e continuidade dos laços sanguíneos (Sl 128.1-6; Pv 31.28). Por isso, desde o princípio foi instaurado entre os hebreus a lei do levirato. O vocábulo vem do latim 
levir, que significa “cunhado”, e consiste no ato de suscitar descendência ao homem que tenha morrido sem deixar filhos. Nesse caso, o cunhado deveria se casar com a viúva e gerar com ela uma descendência para seu irmão. Desse modo, o filho que nascesse seria considerado filho do falecido, fazendo com que a memória deste jamais fosse esquecida.

O primeiro caso bíblico relata que Er era casado com Tamar e morreu sem deixar descendentes. Então, Judá, seu pai, ordenou ao seu segundo filho, Onã, que tomasse a viúva para suscitar com ela descendência ao seu irmão (Gn 38.7,8). Porém, diz o texto que Onã “toda vez que possuía a mulher do seu irmão, derramava o sêmen no chão para evitar que seu irmão tivesse descendência” (Gn 38.9b, NVI). Realizava ele o que hoje é chamado de “coito interrompido”, considerado no texto como um mal pelo qual o Senhor o matou (Gn 38.10). Contudo, o castigo de Onã não se deu pelo fato de ele usar um método contraceptivo — aliás, um dos menos eficazes —, mas pela sua postura egoísta por saber que “
a descendência não seria sua” (Gn 38.9a, NVI). Cerca de 500 anos depois, essa cultura foi incorporada na lei mosaica com um adendo de não obrigatoriedade. O cunhado poderia recusar o casamento com a viúva do irmão (Dt 25.7a). A mulher então deveria levar o caso ao conhecimento dos anciãos (Dt 25.7b). Se o homem persistisse em não tomar a cunhada por esposa, a viúva deveria pegar uma das sandálias dos pés do cunhado e cuspir no seu rosto em sinal de protesto (Gn 25.9). A partir dessa ação, a casa do descumpridor de seu dever passaria a ser conhecida como “a casa do descalçado” (Gn 25.10).

O Planejamento Familiar no Novo Testamento
Na Nova Aliança, a fertilidade também é exaltada. Ao visitar Maria e anunciar a sua gravidez, o anjo lhe disse: “Salve agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1.28). Na mesma ocasião, ao contar para Maria acerca da gravidez de Isabel, o anjo enfatizou: “Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril” (Lc 1.36). Isabel gerou um único filho, João, o batista (Lc 1.59-60), e Maria, após o nascimento de Jesus, gerou ao menos quatro filhos e duas filhas (Mt 13.55,56). Repara-se, em ambos os casos, a intervenção divina e a diferença no fator multiplicador de uma casa para outra casa.
Em sua Epístola aos Efésios, Paulo trata dos deveres dos maridos, das esposas e dos filhos (Ef 5.21-33; 6.1-4). Como fundamento para esses deveres, o apóstolo estabelece a regra da sujeição mútua (Ef 5.21). Nem o marido é sem a mulher e nem a mulher é sem o marido (1 Co 11.11). No texto bíblico, as mulheres recebem a incumbência de serem submissas aos esposos (Ef 5.22), os maridos são exortados a amar suas mulheres do mesmo modo como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25), e os filhos são orientados a obedecer e honrar pai e mãe (Ef 6.1,2). Uma família cristã que observa esses princípios vive em harmonia, e as deliberações são tomadas de comum acordo entre o marido e a mulher, cabendo a decisão final à cabeça do lar (Ef 5.23). Não obstante, as decisões no âmbito do lar têm como pressuposto o amor, e não a arbitrariedade ou autoritarismo. Com essa percepção, o planejamento familiar não é ignorado ou negligenciado, ao contrário, o número de filhos e as condições para criá-los são avaliados por meio do diálogo, da oração e do temor ao Senhor.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Lição 08 - 2º Trimestre 2018 - Ética Cristã e Sexualidade - Adultos.

Lição 8 - Ética Cristã e Sexualidade
2º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
A sexualidade é uma dádiva divina.
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Sexualidade: conceitos e perspectivas bíblicas
II – O propósito do sexo segundo as escrituras
III – O casamento como limite ético para o sexo
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a sexualidade é uma dádiva que deve ser usufruída dentro dos parâmetros instituídos pelo Criador.
ÉTICA CRISTÃ E SEXUALIDADE
Pr. Douglas Baptista
A sexualidade tem sido fortemente desvirtuada na sociedade pós-moderna. De outro lado, alguns cristãos insistem em tratar o assunto como tabu. Embora o tema possa trazer desconforto para alguns, a sexualidade humana não pode ser subestimada. De acordo com Sigmund Freud (1856-1939), reconhecido como o pai da psicanálise, “o homem tem necessidades sexuais e, para explicá-las, a biologia lança mão do chamado instinto sexual da mesma maneira que, para explicar a fome, utiliza-se do instinto da nutrição. A esta necessidade sexual dá-se o nome de libido” (FREUD, 1970, vol. XVI p. 336, 482). Freud atribuiu à libido uma natureza exclusivamente sexual e considerou a fase oral como a primeira na organização da libido da criança. As teorias de Freud contrastaram com o extremo moralismo da interpretação católica e produziram o extremo da licenciosidade, antinomianismo — desprezo à Lei de Deus — e a irresponsabilidade sexual (HENRY, 2007, p. 551). Atualmente, a sexualidade da criança vem sendo estimulada e incentivada de modo precoce, e isso em detrimento do desenvolvimento natural e saudável, gerando transtornos comportamentais.
Ressalta-se que em virtude do avanço da tecnologia da informação e consequente globalização, nossas crianças têm acesso indiscriminado a todo tipo de conhecimento. E, por estarem em fase de desenvolvimento, tornaram-se alvo de quem as quer perverter. Por meio da inversão dos valores, ideologia de gênero e a erotização da infância, pretendem desconstruir a família tradicional e promover a luxúria, promiscuidade e a imoralidade. Portanto, pela sua abrangência e importância, faz-se necessário refletir sobre a sexualidade, seus conceitos, propósitos e limites éticos estabelecidos nas Escrituras Sagradas.
A sexualidade é uma das dimensões do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. A questão sexual estava presente no ato da criação quando Deus nos fez “macho e fêmea” (Gn 1.27). Doravante, após a queda, tornou-se um intrigante tema de pesquisa das ciências naturais (biologia, anatomia, etc.) e das ciências humanas (literatura, psicologia, etc.). O campo de abrangência perpassa pela identificação sexual, orientação/preferência sexual, erotismo, satisfação e prazer, imoralidade, prostituição e pornografia, dentre outros. Por meio da revolução sexual das últimas décadas, que relativizou e desvirtuou a liberdade sexual, surgiram novas questões nas áreas da ética, da moral e da religiosidade. Por conseguinte, os conceitos na perspectiva bíblica precisam ser restaurados.
Conceito de sexo e sexualidade
A biologia define “sexo” como um conjunto de características orgânicas que diferenciam o macho da fêmea. O sexo de um organismo é definido pelos gametas que produzem. Gametas são células sexuais que permitem a reprodução dos seres vivos. O sexo masculino produz gametas conhecidos como espermatozóides e o sexo feminino produz gametas chamados de óvulos. A expressão “sexo” ainda pode ser usada como referência aos órgãos sexuais ou à prática de atividades sexuais. Já o termo “sexualidade” representa o conjunto de comportamentos, ações e práticas dos seres humanos que estão relacionados com a busca da satisfação do apetite sexual, seja pela necessidade do prazer, seja da procriação da espécie.
A deturpação da sexualidade
Dentro dos conceitos modernos da sexualidade, o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) discorreu na obra História da Sexualidade que a postura cristã é repressiva e envolve “proibições, recusas, censuras e negações discursivas” que são impostas à sociedade (FOUCAULT, 1988, p. 16). Confabula o filósofo que, ao mesmo tempo em que o radicalismo cristão levava as pessoas a detestar o corpo, também tornou o sexo cobiçado e mais desejável; por conseguinte, a austeridade cristã deve ser combatida em busca de “liberação” sexual (FOUCAULT, 1988, p. 149).
Foucault afirma que essa liberação surgiu quando Freud dissociou a sexualidade do sexo que era baseado na anatomia e suas funções de reprodução restringida aos aspectos biológicos (FOUCAULT, 1988, p. 141). Assim, Foucault considera a sexualidade como uma produção discursiva, e, portanto, um construto sócio-histórico de uma sociedade. Por isso, o apelo e o discurso ofensivo na construção da ideologia de gênero, identidade sexual, iniciação sexual precoce, homoafetividade e a nova moda de se falar em sexualidade no plural, como existindo “sexualidades”. A partir daí, o conceito foi deturpado e, em busca de “liberação”, ensina-se que a sexualidade depende da cultura inserida em determinado grupo social. Desse modo, toda e qualquer escolha ou opção sexual passa a ser válida, tais como, homossexualismo, zoofilia, pedofilia, necrofilia e incesto.
O sexo foi criado por Deus
O homem e a mulher possuem imagem e semelhança divina. Porém, no ato da criação, Deus os fez sexualmente diferentes: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto, o sexo faz parte da constituição anatômica e fisiológica dos seres humanos. Homens e mulheres, por exemplo, possuem órgãos sexuais distintos que os diferenciam sexualmente. Sendo criação divina, o sexo não pode ser tratado como algo imoral ou indecente. As Escrituras ensinam que, ao término da criação, “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). Desse modo, o sexo não deve ser visto como sendo algo pecaminoso, sujo ou proibido. Tudo que Deus fez é bom. O pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito.
Ao criar o ser humano, Deus os dotou de órgãos específicos e especialmente destinados à reprodução da espécie, chamados órgãos sexuais ou genitais. A esse processo de perpetuação da espécie humana dá-se o nome de “reprodução sexuada”. A reprodução sexuada dos seres humanos é classificada, quanto ao sexo, de “dioica”, ou seja, requer a participação de dois seres da mesma espécie, sendo obrigatório que um deles seja “macho” e outro seja “fêmea”. E isso pelo fato inequívoco de que homem e mulher foram criados com órgãos sexuais apropriados à reprodução. Trata-se de um processo em que há a troca de gametas (masculinos e femininos) para a geração de um ou mais indivíduos da mesma espécie. Percebe-se, então, que Deus não criou meio termo; definitivamente, o ser humano é formado de macho e fêmea. Deus não formou o homem com possibilidades sexuais de desempenhar o papel da mulher no ato sexual, e nem vice-versa. O nosso Jesus Cristo, ao discorrer sobre esse tema, associou a anatomia dos sexos com o propósito divino da sexualidade e da reprodução. O Mestre fundiu o texto da criação e da procriação (Gn 1.27,28) ao texto do relacionamento conjugal (Gn 2.24) indicando que os textos bíblicos se complementam, isto é, a reprodução humana é sexuada e dioica:
Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne. (Mc 10.6-8)
A sexualidade é criação divina
Ao criar o homem e a mulher, Deus também criou a sexualidade: “E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra [...]” (Gn 1.28). O relacionamento sexual foi uma dádiva divina concedida ao primeiro casal e também às gerações futuras (Gn 2.24). Sempre fez parte da criação original de Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua mulher. O livro poético de Cantares exalta a sexualidade e o amor entre o marido e sua esposa (Ct 4.10-12). Portanto, não é correto “demonizar” o desejo e a satisfação sexual. Assim como o sexo, a sexualidade também não é má e nem pecaminosa. O pecado está na depravação sexual que contraria os princípios estabelecidos nas Escrituras Sagradas.
O sexo como criação divina possui finalidades específicas. Holmes afirma que a “história da ética cristã é bastante clara nesse particular. A psicologia do sexo indica o seu potencial de união, e sua biologia indica um potencial reprodutivo” (HOLMES, 2013, p. 130). Portanto, o relacionamento sexual conforme idealizado pelo Criador prevê uma realização completa entre macho e fêmea na busca do prazer conjugal e na procriação da espécie.
Telma Bueno
Editora do Setor de Educação Cristã
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Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - Ética Cristã e Doação de Orgãos - Adultos.


Lição 7 - Ética Cristã e Doação de Órgãos

2º trimestre de 2018

PONTO CENTRAL

A doação de órgãos expressa o amor cristão.

ESBOÇO GERAL

Introdução

I – Doação de órgãos: conceito geral

II – Exemplos de doação na Bíblia

III – Doar órgãos é um ato de amor

Conclusão

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a doação de órgãos está fundamentada na doutrina do amor cristão.

ÉTICA CRISTÃ E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Pr. Douglas Baptista

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. São mais de 20 mil cirurgias por ano e cerca de 90% desses transplantes são financiados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Embora os índices sejam promissores, o número de carências também cresceu. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 64 mil pacientes na fila de espera por um transplante de órgãos, e as maiores listas de espera aguardam doações de rim, fígado e pâncreas.

Por meio de vários esforços envolvendo o Ministério da Saúde, cirurgiões, psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, religiosos, famílias e a imprensa, o Brasil é o quarto país do mundo em número de doadores de órgãos. Contudo, o Brasil precisa avançar mais, especialmente diminuindo a taxa de recusa das famílias em relação à doação de órgãos. Muitas famílias ainda rejeitam a doação por dilemas éticos e falta de informação. Nossa taxa de aceitação familiar, em 2016, chegou a 57%, mas ainda é pouco diante da urgente e imprescindível necessidade de zerar a fila de espera.

O transplante de órgão



A doação de órgãos engloba basicamente a técnica de transplante e as pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias. O termo transplante é empregado no sentido de retirada ou remoção de órgãos, tecidos ou partes do corpo de um ser, vivo ou morto, para aproveitamento com finalidade terapêutica, ou seja, o tratamento de doenças com a finalidade de conseguir curar, tratar ou minimizar os sintomas. O gesto altruísta de doar órgãos retrata a essência do cristianismo.

O transplante é um procedimento cirúrgico que remove um órgão enfermo do corpo humano para ser substituído por outro saudável. Em muitos casos, o transplante tem sido a única alternativa da medicina para a cura de pacientes com determinadas doenças terminais.

Tipos de transplantes

De acordo com o Ministério da Saúde, podem ser transplantados órgãos como o coração, o fígado, o pâncreas, os rins, os pulmões, medula óssea, tecidos e outros. O tipo mais comum de transplante é a transfusão de sangue, que acontece por meio da doação entre pessoas vivas (intervivos). Os demais transplantes intervivos são permitidos em caso de órgãos duplos (rins e pulmões), órgãos regeneráveis (fígado) ou tecidos (pele, medula óssea).

O conceito de doação na Bíblia

O ensino registrado nas Escrituras assevera que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). Denota um ato voluntário de prover o bem-estar do próximo. Trata-se de uma ação desprovida de qualquer interesse de ordem pessoal. A excelência da doação repousa na disposição de renunciar e até de se sacrificar e sofrer com base no amor pelos outros (Rm 5.8). Doar ao necessitado é uma forma de colocar a fé em prática (Tg 2.14-17). E ainda, a reciprocidade está presente no gesto de doar. Foi o Senhor Jesus que assegurou: “Dai, e ser-vos-á dado” (Lc 6.38a).

Doar órgãos é um ato de amor

O genuíno e excelso sentimento de amor constrange o cristão para ser doador de órgãos e tecidos. O Senhor Jesus ensinou e propagou o amor que deve existir entre os seres humanos. O amor cristão deve ser expresso por meio de atitudes e obras (1 Jo 3.17,18). Esse amor não se restringe apenas às pessoas com as quais nos relacionamos ou que queremos bem (Mt 5.46). Somos exortados a amar os desconhecidos (Mt 5.47) e inclusive aqueles que nos maltratam (Mt 5.44).

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - Ética Cristã e Suicídio - Adultos.

Lição 6 - Ética Cristã e o Suicídio
2º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
Deus é quem deve ter a última palavra a respeito da vida.

ESBOÇO GERAL
Introdução
I - O Suicídio nas Escrituras e no Mundo
II - Os Tipos de Suicídios
III - O Posicionamento Cristão para o Suicídio
Conclusão

OBJETIVO GERAL
Apresentar que o suicídio está na contramão da vontade de Deus para o crente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I - Descrever o suicídio nas Escrituras e no mundo;
II - Elencar os tipos de suicídios;
III - Apontar os posicionamentos teológico e ético a respeito do suicídio.
ÉTICA CRISTÃ E SUICÍDIO
Pr. Douglas Baptista
A expressão suicídio vem do latim sui (“a si mesmo”) e caedere (“matar”, “cortar”), que significa “matar a si mesmo”, também conhecido como “morte autoinfligida”. A palavra “suicídio” foi criada em 1651, pelo médico e filósofo inglês Walter Charleton. Ele alegava que “vindicar-se de uma calamidade extrema e, de outro modo, inevitável por meio do suicídio não é um crime” (KAISER Jr, 2016, p. 181). O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) acatou a seguinte definição:

Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato, positivo ou negativo, realizado pela própria vítima e que ela sabia que reproduziria este resultado. A tentativa é o ato assim definido, mas interrompido antes que ele resulte a morte. (DURKHEIM, 2000, p. 14)

Buscando descobrir quais condutas sociais causavam o suicídio (nexo casual), Durkheim classificou os suicídios em egoísta, altruísta, fatalista e anômico. O egoísta é aquele em que o bem-estar do indivíduo ultrapassa o bem-estar da coletividade. As relações com a sociedade se deterioram, o suicida se isola em uma atitude de autocomiseração a ponto de considerar não ter mais sentido em viver. O altruísta é aquele que se dá por meio do exagero da interação social. O cidadão sente-se no dever de oferecer a sua vida em favor de uma causa própria.
O fatalista não acredita que as coisas possam melhorar. Ele decreta o fracasso como única possibilidade e decide tirar a própria vida por sentir-se inferior em relação às outras pessoas. O anômico acontece em situação de anomia social, ou seja, a ausência de regras e expectativas, decorrente de alguma crise social, tais como na área política e na economia, que desregulam as normas sociais. A prática do suicídio tem sido um mal silencioso e o índice de pessoas que se matam vem crescendo assustadoramente. Porém, as causas do suicídio não são apenas de origem sociais; elas possuem fortes elementos de natureza espiritual.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da Revista de Lições Bíblicas Adultos
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Lição 13 - 1º Trimestre 2018 - Jesus Volta a Viver e Vai Para o Céu - Primários.


Lição 13 - Jesus Volta a Viver e Vai para o Céu

1º Trimestre de 2018

Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus ressuscitou e que um dia Ele voltará.

Ponto central: Jesus está vivo e um dia nos levará para o Céu.



Memória em ação: “E, depois que eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também” (Jo 14.3).

Querido professor, com a graça de Deus, chegamos ao final de mais um trimestre. É sempre bom a cada mudança de ciclo reavaliar o que deu certo, o que pode ser melhorado, aprimorado, devidamente ajustado para a sua melhor qualidade de vida e ministério, assim como a de seus alunos. Não nos esqueçamos – o Reino de Deus, a Casa do Senhor, hoje, não são paredes, mas sim pessoas. Portanto, cuide-se bem, para poder continuar cuidando também da sua família e alunos, que são seu ministério.

Nesta última aula nós vamos falar aos pequeninos sobre a esperança da glória, a nossa maior certeza e alegria – a volta de Jesus para buscar-nos como Igreja. Que tema feliz para fechar o trimestre com “chave de ouro”.

Nossa oração é para que, no decorrer da aula, você e seus primários sejam avivados por esta gloriosa esperança. Além de todo o conteúdo já bem elaborado pedagogicamente para esta lição, fornecemos também este subsídio da rica obra “A Segunda Vinda”, publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus, a fim de que você, professor (a), possa ter ainda maior inspiração na preparação desta próxima e última aula do trimestre.

[...] Pedro via a promessa da volta de Cristo como uma grande consolação para o povo de Deus em seus momentos de tribulação – “para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, s ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1.7).

Paulo exortou os crentes a terem essa mesma esperança: “[...] nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais, prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do Reino de Deus, pelo qual também padeceis; se de fato, é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder” (2 Ts 1.4-7).

Todos os crentes verdadeiros anseiam pelo dia em que Jesus Cristo voltará à Terra. Paulo caracteriza todos os cristãos como aqueles que “amam sua vinda” (2 Tm 4.8). João acrescenta: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, por que assim como é o veremos” (1 Jo 3.2). Em outras palavras, a volta de Cristo introduzirá instantaneamente a plenitude da nossa glorificação.

Por todas essas razões Cristo voltará. Em todo o Novo Testamento, somos ensinados a buscar a sua vinda, ansiar por ela, e aguardá-la pacientemente e com expectativa. Esta tem sido a bem-aventurada esperança de todo verdadeiro filho de Deus desde o princípio dos tempos. E o cumprimento dessa esperança está muito mais perto do que jamais esteve. (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 49,50).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos

Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

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Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - Um Lugar Onde Deus Concede Dons - Juniores.


Lição 7 - Um Lugar onde Deus concede Dons

2º Trimestre de 2018

Texto bíblico – 1 Coríntios 12.4-11

Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender que Deus os chamou para realizar algo específico em seu Reino. Para tanto o Senhor distribui dons espirituais aos seus servos a fim de que todos possam cooperar na realização da obra de Deus. Os dons são recursos que o Senhor disponibiliza para edificação da sua igreja. Este é um assunto que os seus alunos precisam estar familiarizados para que não haja desorganização na administração dos dons. O nosso Deus é sábio e espera que a sua obra seja realizada de forma organizada.

Há pelo pelos menos dois aspectos que seus alunos precisam compreender enquanto ainda estão na classe de Juniores:

1. Em primeiro lugar é importante enfatizar o que é um dom. A palavra dom significa dádiva, presente concedido por alguém a outrem. No nosso caso, recebemos da parte de Deus um presente que Ele deseja que recebamos e administremos em favor dos nossos irmãos. Essa graça Deus nos concede para realização da obra de Deus. Sendo assim, podemos entender o dom como a capacitação ou aptidão para realizar alguma coisa específica no Reino.

A Bíblia menciona dons espirituais e dons ministeriais. Os dons espirituais são manifestações espirituais ministradas através da ação direta do Espírito Santo no crente (cf. 1 Co 12.7-11). Os dons espirituais são: palavra de sabedoria, palavra da ciência, fé, dons de curar, operação de maravilhas, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação das línguas. O Espírito é o mesmo que opera em todos os dons e reparte particularmente a cada pessoa como quer. A função desses dons é a edificação da igreja.

2. A Palavra de Deus também menciona os dons ministeriais. Estes dons são habilidades concedidas a fim de preparar o povo de Deus para o trabalho cristão, crescimento e desenvolvimento do corpo de Cristo. A igreja precisa de pessoas habilitadas com conhecimento e sabedoria para executarem o serviço de administração da obra e treinamento de novos obreiros para a sua seara. Os dons ministeriais são: apóstolos, profetas, evangelistas, doutores e pastores.

É importante que seus alunos saibam que o espaço da Escola Dominical é uma oportunidade que Deus nos concede para aprendermos a sua Palavra e, assim, sermos treinados para o serviço cristão. A obra de Deus não se resume apenas em vir à igreja, cantar e estudar. Essas atividades, embora sejam de suma importância para o fortalecimento do crente, são apenas etapas de preparação para o exercício do testemunho cristão.

Não são poucas as vezes que nos deparamos com amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho que não são servem a Deus, mas precisam ser alcançados pela pregação do evangelho a fim de que creiam e sejam salvos. Aproveite a ocasião para reforçar a importância de seus alunos aprenderem a desempenhar os dons que o Senhor os tem concedido. Pergunte-lhes quantas pessoas têm sido alcançadas por intermédio do talento que eles receberam.

Para complementar a aplicação da lição desta semana, sugerimos a seguinte atividade:

“Encape uma caixa como se fosse para presente ou utilize uma já pronta. Coloque dentro da caixa a letra J que você escreveu em um pedaço de cartolina, um espelho pequeno e a figura da cruz. Sente-se em círculo com os alunos no chão. Diga que trouxe um ‘presente’ muito especial e que gostaria de partilhar com todos, pois todos são amigos. Instigue a curiosidade das crianças e pergunte quem sabe o que tem dentro da caixa. Pergunte o que elas gostariam de oferecer para um amigo. Depois de ouvir com atenção as crianças, peça que elas formem uma fila. Coloque a caixa sobre uma mesa. Abra a caixa com cuidado e peça que as crianças olhem os objetos. Pergunte se gostariam de ganhar um presente como este. Diga que a letra jota é de Jesus, o Filho de Deus. Mostre a figura da cruz e diga que Jesus foi pregado na cruz e ali morreu por nossos pecados. Jesus deu sua vida por nós. Peça que se olhem no espelho e diga: Deus ama você. Você é muito precioso para o Pai. Explique que Jesus é o melhor presente que podemos receber e oferecer aos nossos amigos” (Texto extraído da obra de BUENO, Telma. Boas Ideias para Professores de Educação Cristã. 1ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 39,40).

Thiago Santos

Educação Cristã - Publicações CPAD

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - Um Lugar Onde Deus Fala - Juniores.


Lição 6 - Um Lugar onde Deus fala

2º Trimestre de 2018

Texto bíblico – Hebreus 1.1,2.

Prezado(a) professor(a),



Na aula desta semana seus alunos aprenderão a discernir a voz de Deus. Você, professor, consegue reconhecer a voz do Senhor quando Ele fala com você? Seus alunos estão em uma fase de muita curiosidade e querem saber com maiores detalhes de que forma ocorreram as manifestações de Deus nos tempos bíblicos. Saber que Deus, o soberano Criador, se revela ao ser humano falho e repleto de limitações é algo glorioso.

Para tratar deste assunto é importante que no momento da preparação da aula você faça as seguintes perguntas a si mesmo: você reconhece a voz de Deus quando Ele está falando? Consegue entender a vontade de Deus quando Ele se revela a você? Sabe identificar quais são os meios que Deus utiliza para conversar com os seus servos? Enfim, são perguntas importantes que seus alunos carecem de obter respostas.

Tendo em vista que estamos vivendo um tempo complexo em que todos querem ter o privilégio de serem “portadores da voz de Deus”, é indispensável que seus alunos saibam que o melhor lugar para se ouvir a voz de Deus é a igreja. Não existe espaço melhor para aprendermos a identificar se realmente é Deus quem está falando. E a Escola Dominical, de forma específica, nos ajuda a compreender com maiores detalhes de que modo ocorre este evento.

O fato é que Deus deseja se comunicar com o seu povo e o mais importante meio que Ele utiliza para isso é a sua própria Palavra. O comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1060) discorre:



(2) Além da fala direta, Deus ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de Deus, assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”, ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando, portanto, os israelitas ouviam as palavras do profeta, ouviam, na verdade, a palavra de Deus. (3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no Novo Testamento. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”, o que falavam e proclamavam era, verdadeiramente, a palavra de Deus. [...] (4) Além disso, tudo quanto Jesus falava era a palavra de Deus, pois Ele, antes de tudo, é Deus (Jo 1.1,18; 10.30; 1 Jo 5.20). Lucas, escritor do terceiro evangelho, declara explicitamente que, quando as pessoas ouviam a Jesus, ouviam na verdade a palavra de Deus (Lc 5.1).

Observe que a palavra de Deus assume papel indispensável quando o assunto é identificar a voz de Deus. Isso não significa que devemos desprezar aqueles que têm o dom divino e são usados para transmitir uma mensagem específica. Todavia, estas não devem ser aplicadas como base para nossas decisões e não devem assumir o mesmo nível de autoridade que pertence apenas à Palavra de Deus. Esta sim deve ter a primazia em nossas vidas quando o objetivo é descobrir a vontade de Deus.

Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, sugerimos a seguinte atividade: escolha textos da Bíblia que relatam a fala de vários personagens nela encontrados e escreva em cartões. Você pode utilizar papel cartão ou recortar cartolinas para confeccionar os cartões. Traga os cartões para a sala de aula e distribua para os alunos. Tenha uma lista à parte com as frases e os nomes de cada personagem bíblico. Peça que cada aluno, por vez, leia a frase para a turma e pergunte se eles conseguem identificar a quem se refere a frase em destaque.

Thiago Santos

Educação Cristã - Publicações CPAD

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Lição 05 - 2º Trimestre 2018 - Onde Servimos a Deus - Juniores.


Lição 5 - Onde servimos a Deus

2º Trimestre de 2018

Texto bíblico – 1 Coríntios 15.58; Mateus 25.34-40.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus também é um lugar de serviço. Há pessoas que pensam que fazer a obra de Deus significa apenas frequentar os cultos regularmente ou mesmo os ensaios para apresentações do departamento em outras igrejas. Entretanto o serviço cristão vai além dessas práticas eclesiásticas que apesar de terem grande importância para o envolvimento dos membros com a igreja, ainda assim, não definem por completo o que significa servir a Deus.

Professor, esta é uma ótima oportunidade para você ensinar seus alunos que o serviço cristão envolve cuidar de pessoas. A lição de hoje apresenta o exemplo de Paulo, um servo do Senhor que dedicou sua vida à obra de Deus com muito amor. Paulo nos ensina que servir a Deus significa muito mais trabalhar em prol da edificação espiritual do próximo do que necessariamente pensar no engrandecimento pessoal. O serviço do Senhor envolve todas as ações que fazemos para alcançar os necessitados a fim de que sejam salvos e tenham uma nova vida debaixo da graça de Deus.

A Casa de Deus é um lugar muito especial onde aprendemos a cuidar uns dos outros. Não se faz a obra de Deus apenas pensando em beneficio próprio. A essência do serviço cristão está justamente em trabalhar para o beneficio do próximo e, acima de tudo, que Deus seja glorificado. Aproveite e mostre para os alunos que a Casa de Deus é o lugar reservado para aprendermos a praticar ações que contribuem para o crescimento da comunhão entre os crentes e fortalecimento da fé.

Jesus ensinou aos seus discípulos que toda vez que fizéssemos algum bem ao próximo, seja através da doação de um alimento ou de uma vestimenta ou qualquer ação social/assistencial aos necessitados, a Cristo estaríamos acolhendo. Isso significa que a igreja tem a missão de pregar um evangelho que não somente apresenta o conhecimento que leva à vida eterna, mas também oferece o apoio que acolhe as necessidades do próximo.

Pensando nesta temática, nesta semana que se inicia, reúna seus alunos e faça uma atividade de assistência social. Converse com o pastor da igreja e elabore um ofício juntamente à secretaria. Após a Escola Dominical, organize a classe e distribua uma cópia do ofício para cada aluno. A turma deverá sair pelas ruas ao redor da igreja, bater de porta em porta, e pedir donativos e alimentos não perecíveis para ajudar pessoas que estão precisando de ajuda nesse sentido. O pastor da igreja deverá designar as famílias que mais precisam dessa ajuda. Esta é uma oportunidade de ensinar seus alunos a praticarem o bem ao próximo cumprindo o “Ide” de Jesus com amor e carinho para com o próximo.

Thiago Santos

Educação Cristã - Publicações CPAD

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Lição 04 - 2º Trimestre 2018 - Onde Aprendemos a Palavra - Juniores.


Lição 4 - Onde aprendemos a Palavra

2º Trimestre de 2018

Texto bíblico – 2 Timóteo 3.14-17

Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos estudarão a respeito da importância de comparecerem na Casa de Deus para aprenderem a sua Palavra Santa. A Escola Dominical é o espaço reservado para o crente conhecer com maiores detalhes as Escrituras Sagradas e o que Deus tem reservado para aqueles que o adoram em espírito e em verdade (cf. Jo 4.24). É também o local onde conhecemos Deus à medida que aprendemos e praticamos os ensinamentos que recebemos.

Caro professor, é fundamental que os seus alunos tenham o gosto por estarem na Casa de Deus aos domingos pela manhã. A igreja, em especial o espaço da Escola Dominical, deve ser um ambiente prazeroso para o aluno. Eles devem gostar tanto da escola bíblica a ponto de sentirem falta quando não puderem comparecer. Para tanto, as atividades realizadas neste espaço precisam ser dinâmicas e interessantes para os alunos, afinal de contas, a classe de Juniores é formada por crianças bem ativas.

A lição de hoje enfatiza a importância praticarmos os ensinamentos da Palavra de Deus. Timóteo foi um discípulo de Paulo que, ainda jovem, recebeu o chamado do Senhor para exercer o ministério na Casa de Deus. O apóstolo exorta Timóteo a ler continuamente as Escrituras Sagradas, a zelar pelo ensino e ocupar-se nisso para que a sua dedicação fosse proveitosa a todos (cf. 1 Tm 4.13-16).

O incentivo à leitura é uma metodologia indispensável para que seus alunos conheçam mais as Escrituras Sagradas. Além disso, a leitura facilita e aperfeiçoa a escrita. Seus alunos terão maior facilidade de memorização e compreensão dos textos bíblicos se desde cedo forem incentivados a ler e escrever sobre a Palavra de Deus. Além disso, a dedicação ao estudo da Palavra resultará em uma melhor compreensão de como praticá-la. De acordo com LEBAR (2009, p. 128):

O objetivo do ensino é levar o aluno a escutar o que Deus lhe fala, para que haja uma reação pessoal. O Senhor sempre toma a iniciativa e, em amor, revela sua vontade e a si mesmo. Nós, professores, trabalhamos, com o sentido de preparar o aluno para ouvir a mensagem do evangelho no contexto de sua vida cotidiana, que é a única situação que possui algum sentido para ele. A revelação exige uma resposta. Deus quer estabelecer relacionamentos pessoais com os alunos, relacionamentos cada vez mais íntimos. O cristianismo é um relacionamento pessoal.

Sendo assim, sugerimos que na aula de hoje você reúna a turma e entregue uma folha de papel A4 ou almaço (pautada) para cada aluno. Solicite que eles escrevam um texto de no mínimo 10 linhas recontando a história da lição de hoje. Explique que eles devem contar a história com as próprias palavras, não vale apenas repetir o texto da lição. Além disso, os alunos deverão dizer no mesmo texto, na frase final o que eles acharam de mais interessante na história de Timóteo. Você pode comentar e auxiliá-los na orientação da atividade.

Thiago Santos

Educação Cristã - Publicações CPAD

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Lição 03 - 2º Trimestre 2018 - Um Lugar de Adoração a Deus - Juniores.


Lição 3 - Um Lugar de Adoração a Deus

2º Trimestre de 2018

Texto bíblico – Romanos 12.1,2; Atos 16.25-33.

Prezado(a) professor(a),

Neste trimestre estamos abordando o tema que trata a respeito da Casa de Deus como um lugar muito especial. Na aula desta semana seus alunos aprenderão o que é adoração, uma das práticas realizadas neste espaço separado por Deus.

É importante enfatizar aos seus alunos o significado de adoração, tendo em vista que há muita imprecisão com relação à definição do que é adorar. De acordo com o Dicionário Houaiss, adoração significa “veneração, culto que se rende a (alguém ou algo) que se considera uma divindade”. Quando voltamos a nossa atenção total para Deus e desejamos fazer o que lhe apraz, estamos prestando adoração a Ele. Adorar também significa “amor excessivo; veneração, idolatria, paixão”, ou seja, o excesso de atenção ou gosto por alguém ou alguma coisa pode ser tornar adoração. Há muitas coisas que podem se tornar objetos de adoração, inclusive pessoas ou bens materiais.

No tocante à adoração a Deus, Ele mesmo declarou em sua Palavra que não pretende dividir a sua glória com ninguém (cf. Is 42.8). Há um só Deus digno de ser adorado e não seria justo da parte dEle nos deixar sermos enganados pelos falsos ensinamentos. Por esse motivo, Cristo veio ao mundo a fim de torná-lo conhecido a todas as pessoas.

Outro aspecto importante a ser considerado: quando falamos sobre adoração é preciso diferenciar a falsa da verdadeira adoração. A falsa adoração é vista na Bíblia quando observamos o comportamento de certos líderes fariseus e seguidores da tradição judaica, que apesar de conhecerem muito bem as leis mosaicas não as praticavam. Jesus, várias vezes, protestou contra esse tipo de comportamento alegando que esta não é a conduta que agrada a Deus (cf. Mt 15.7-9; 23.27,28; Lc 12.1,2).

Em outra ocasião, encontramos o apóstolo Paulo preso no cárcere juntamente com seu companheiro Silas. Mesmo após sofrerem com o castigo e a prisão não deixaram de oferecer a Deus louvores sinceros. Aliás, a vida do apóstolo é marcada por momentos semelhantes a este em que mesmo sendo perseguido não deixou de servir a Deus e aos irmãos (cf. At 16.25,26).

O exemplo de Paulo e muitos outros personagens bíblicos nos mostram que há diferença entre o verdadeiro e o falso adorador. O falso adorador é aquela pessoa que serve a Deus de modo religioso, cumpre todos os protocolos e requisitos que uma religião exige, porém o seu coração está longe do Senhor (Is 29.13). Sua vida não produz “frutos dignos” de arrependimento (Mt 3.8) nem serve a Deus de boa vontade, mas o seu coração sente-se obrigado a fazer o que deve ser feito.

De outro modo, o verdadeiro adorador é aquela pessoa que se dedica a servir a Deus com sinceridade de coração. Não vê a obra de Deus como um peso nem se sente obrigado a realizá-la, porquanto o seu coração anela pela presença do Senhor, e na sua vida é possível observar mudanças significativas em relação à sua conduta antiga. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1721):

O crente deve ter uma paixão sincera por agradar a Deus, no amor, na devoção, no louvor, na santidade e no servir.

(1) Nosso maior desejo deve ser uma vida de santidade, e sermos aceitos por Deus. Para isso, precisamos separar-se do mundo e aproximar-se cada vez mais de Deus (v. 21). Devemos viver para Deus, adorá-lo, obedecer-lhe, opor-nos ao pecado e apegar-nos à justiça; resistir e repudiar o mal, ser generosos com o próximo na prática de boas obras, imitar a Cristo, segui-lo, servi-lo, andar na direção do Espírito Santo e ser cheio dEle.

(2) Devemos apresentar a Deus, nosso corpo como morto ao pecado e como templo do Espírito Santo (cf. 1 Co 6.15,19).

Qual é a melhor forma de adorarmos a Deus? Alguns podem afirmar que o louvor no templo é a forma ideal de como adorar. Outros vão dizer que a ordem de culto não pode sofrer nenhuma alteração, ou alegar falta de afinação nas vozes ou que os instrumentos não podem estar desafinados, enfim, são vários os motivos. Entretanto, a Palavra de Deus afirma que o mais importante antes de mais nada é a adoração de um coração verdadeiro e sincero para com Deus. Uma vida de obediência e conduta honesta aos olhos do Senhor é mais importante do que a quantidade de serviços que prestamos à sua obra.

Com base nessas informações, sugerimos a seguinte atividade de fixação:

Escreva no quadro a seguinte frase: encontramos em Romanos 12.1,2, palavras que tratam a respeito da verdadeira adoração a Deus. Peça que os alunos destaquem essas palavras nos versículos e procurem lembrar louvores cuja temática inclua a adoração. É importante que os louvores mencionem as respectivas palavras. Ao final da aula os alunos deverão cantar os louvores. Boa aula!

Thiago Santos

Educação Cristã - Publicações CPAD

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 02 - 2º Trimestre 2018 - Uma Casa de Oração - Juniores.


Lição 2 – Uma Casa de Oração

2º Trimestre de 2018

Texto bíblico – Mateus 21.12-14; Efésios 6.18

Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão que a Casa de Deus também é um lugar de oração. Ali, falamos com Deus e temos a expectativa de que Ele está ouvindo as nossas orações. A Palavra de Deus nos ensina que o Senhor separou um lugar especial para que o seu povo se humilhasse e buscasse a sua face com toda sinceridade (cf. 2 Cr 7.14). O Senhor tem uma promessa de cura e restauração para o seu povo neste lugar tão especial que Ele santificou para este propósito (v. 16).

Esta é uma excelente oportunidade que seus alunos terão para compreender a importância da oração, pois Deus deseja ouvi-los. A oração é fundamental para o amadurecimento do relacionamento com Deus. Muitas experiências marcantes podem ser vividas através de uma vida de oração.

A oração é também uma ferramenta poderosa no mundo espiritual. Quando seus alunos amadurecerem e crescerem, entenderão esta verdade com mais clareza. A Palavra de Deus nos ensina que devemos orar em todo o tempo pela nossa vida e também pela vida de nossos irmãos em Cristo, pedindo que o Senhor os conceda graça e força para vencerem as lutas e tentações (cf. Ef 6.18).

Há uma batalha espiritual a ser vencida e seus alunos não podem estar desavisados disso. Aproveite para ensiná-los que a oração é um exercício constante que não deve ser praticado somente quando estamos passando por alguma dificuldade. Deus deseja relacionar-se conosco como um Pai que se compadece e cuida de seus filhos (cf. Sl 103.13).

Para reforçar o ensinamento sobre a importância da oração, sugerimos a seguinte atividade:

Peça para os seus alunos organizarem-se em duplas. Cada aluno deverá ter em mãos algumas folhas de papel A4. Eles poderão utilizar o verso, se preferirem. Eles iniciarão um diálogo sem utilizar a fala, somente escreverão no verso da folha o que pretendem dizer. O objetivo da conversa é que as duplas compartilhem pedidos de oração. Certamente, os alunos sentirão dificuldade de colocar no papel o que pretendem dizer, mas este é um exercício importante para que aprendam a se comunicar. Ao final, os integrantes das duplas deverão orar de modo audível um pelo outro. Tenha uma excelente aula!

Thiago Santos

Educação Cristã - Publicações CPAD

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