quarta-feira, 23 de maio de 2018

Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - Eutanásia - Juvenis.


Lição 6 - Eutanásia

 2º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É EUTANÁSIA?
2.  POR QUE DEFENDEM A EUTANÁSIA?
3. O CRIADOR DA VIDA

OBJETIVOS
Entender o que é a eutanásia;
Compreender que a eutanásia é contra os princípios divinos;
Conscientizar-se de que somente Deus tem o direito de dar ou tirar a vida.

     Querido (a) professor (a), nossa próxima lição fala sobre mais uma questão delicada em voga no nosso tempo: a eutanásia. No Brasil a prática de provocar a morte assistida de um paciente incurável ainda é crime, porém, existem os que defendem sua liberação jurídica. Por isso, é importante que os grupos pró-vida estejam sempre atentos quanto ao assunto. Através da informação e ética cristã você estará preparando essa nova geração para estar apta a assumir o legado de se colocar em defesa da vida.
      Muitos grupos que apóiam o suicídio assistido pelos médicos para pacientes em estado terminal atribuem a “preconceito religioso” o fato de a prática ser considerada e mantida ilegal em nosso país. Contudo, ironicamente, a origem de tal proibição veio de uma cultura pagã, não cristã.
     Nos tempos antigos o suicídio era uma prática recorrente, especialmente em casos de doenças letais. As pessoas recorriam a curandeiros ou ao que tinham como equivalente a um “médico” na sua época e contexto cultural, buscando um chá ou receita que lhes fosse mortal. Até que na Grécia Antiga, aproximadamente 400 a.C., grandes pensadores e filósofos gregos propuseram o juramento de Hipócrates (considerado hoje o “pai da medicina ocidental”), que se comprometia a jamais usar seus conhecimentos medicinais para tirar a vida de alguém, ainda que este o solicite. Evidentemente, anos mais tarde os seguidores de Jesus aderiram ao juramento, adaptando-o à ética cristã.
       Com o propósito de lhe dar ainda mais respaldo sobre eutanásia, do que já contém em sua revista, sugerimos a leitura e debate em classe acerca do que um dos legitimados autores da CPAD, Charles Colson, escreveu sobre o assunto. 

       Por dois mil anos, a profissão médica tem sido uma estrutura complexa de habilidades técnicas ligadas a compromissos morais. Mas hoje essa estrutura está se desfazendo. A medicina está perdendo a sua dimensão moral e está sendo reduzida a apenas um conjunto de habilidade técnicas aplacadas a serviço da engenharia social.
      Pense por exemplo nos países baixos (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) que entraram no “admirável” mundo novo da eutanásia (suicídio assistido) há vários anos. Em pouco tempo, os médicos holandeses agiram além dos pedidos dos pacientes e começaram a tomar suas próprias decisões sobre que, deveria viver ou morrer. Hoje, quase a metade dos médicos holandeses diz ter dado injeções letais sem o conhecimento ou consentimento dos pacientes.
      Fica claro que o antigo juramento hipocrático, com seu tabu contra matar, não era um mero “preconceito religioso”. Ele foi baseado em um profundo entendimento da tentação que os médicos enfrentam com seu poder sobre a vida e a morte.
     [...] Talvez a maior tragédia seja que os pacientes que pedem o suicídio sejam tipicamente motivados não pela doença, mas pela solidão e depressão. O que realmente necessitam não é de uma droga mortal, porém cuidado e companhia.
     A aceitação do suicídio assistido pelo médico indica não apenas o fim da medicina como uma profissão baseada na moral, mas também um profundo fracasso do nosso próprio caráter – um fracasso em nos comprometermos a amar e cuidar dos doentes, dos deficientes e daqueles que estão morrendo. (COLSON, Charles. Resposta às Dúvidas de seus Adolescentes. Rio de Janeiro, CPAD, 2013, pp. 177, 178).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

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Lição 08 - 2º Trimestre 2018 - A Vida Cristã e a Estima pela Liderança - Jovens.


Lição 8 - A Vida Cristã e a Estima pela Liderança

2º Trimestre de 2018

INTRODUÇÃO
I - A IGREJA COMO ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO DE VERDADEIRA LIDERANÇA CRISTà
II - O QUE É SER IGREJA?
III - TRÊS ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA UMA VIDA CRISTÃ AUTÊNTICA
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:

Reconhecer a Igreja como espaço de uma liderança fiel;
Discutir a respeito das características de uma igreja relevante;
Refletir a respeito das atitudes práticas a serem adotadas para uma vida cristã frutífera.
Palavras-chave: Vida cristã.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“O que será de cada um de nós quando não pudermos mais colaborar em nossas igrejas locais de modo tão ativo e produtivo como fazemos hoje”? Seremos simplesmente esquecidos em um banco de nossas comunidades? Ou, ainda pior, abandonados em nossas casas, restritos por limitações físicas e de saúde?
Bem, é sobre esse tipo de reconhecimento que Paulo está a debater com seus amigos em Tessalônica. Ainda que tudo naquela cidade não tenha ocorrido de forma ideal, algumas lideranças foram estabelecidas mesmo assim; de tal forma que, em nome do respeito e do reconhecimento às pessoas que desempenharam atividades tão relevantes em um contexto tão adverso, o apóstolo dirige algumas orientações à Igreja tessalonicense.
É pensando sobre este papel do reconhecimento da igreja local — tanto em seu aspecto de honra aos que trabalharam para a expansão do Reino, como com relação à autoridade da coletividade em reconhecer os chamados e as vocações individuais — que discutiremos neste capítulo.
Sobre a Necessidade de Anunciar constantemente a Verdade
Vivemos em tempos de muitas mentiras, erros, falsificações. A crise que nos rodeia é tão grande que muitos insistem hoje que os critérios de verdade, justiça e bondade foram todos relativizados; e, se assim for, deve valer tudo em nossa sociedade. Na verdade, esses dois aspectos da contemporaneidade estão intimamente relacionados, ou seja, a causa de todo relativismo é a profusão de mentiras que se propagam com uma enorme velocidade em nosso contexto histórico.
Uma mentira não precisa ser contada mais de mil vezes para tornar-se uma verdade; as milhares de mentiras coexistentes já emudeceram as parcas verdades que ainda sobrevivem.
Dessa forma, como restabelecer a verdade a seu lugar? Dando-lhe lugar de fala, redirecionando nossas estratégias de combate ao erro. Ao invés de insistirmos em apontar para as falácias, de tal modo que, num mundo midiático, estas ganhem os holofotes continuamente, devemos estar concentrados em clarificar e proclamar a verdade.
Um exemplo muito claro da necessidade deste novo modo de enfrentamento da mentira é o desafio que qualquer liderança enfrenta hoje no contexto religioso. Os vários escândalos de natureza sexual, as inúmeras denúncias de envolvimento com corrupção pública, o uso imoral do dinheiro de muitas comunidades para a compra de roupas de grife a jatinhos; tudo isso, no julgamento da imensa maioria da população, põe todas as lideranças religiosas na mesma vala comum.
Se reduzirmos essa análise ao mundo evangélico brasileiro, tudo fica muito pior. A credibilidade de pastores e líderes é baixíssima no senso comum da maioria das pessoas. Mas isso tudo porque, numa avaliação generalizante, todos são considerados iguais em suas posturas e intenções. É claro que esse tipo de ponderação sobre o enorme universo de homens e mulheres que se dedicam ao Reino de Deus é injusto. O que acontece, como já anteriormente apontamos, é que o mal e o erro têm maior visibilidade que o bem e aquilo que é correto. Uma minoria de indivíduos comete erros reprováveis, e suas atitudes vêm a público; contudo, todo um universo de pessoas é pejorativamente mal avaliado.
O escândalo dos mal-intencionados faz com que a imensa maioria dos que exercem serviços de liderança em nossa comunidade sejam malvistos, quando, na verdade, existe um exército de servos que, de maneira desprendida, doam suas vidas, tempo e até mesmo finanças para o desenvolvimento do Reino aqui na terra. Sobre a necessidade de ponderação e mediação sobre o trabalho dos que lideram, Boor afirma-nos:
Nessa multidão viva e ativa existem pessoas “que labutam em vosso meio”. Porque a longo prazo nenhuma comunhão de pessoas pode subsistir somente com os respectivos serviços voluntários. Carece das ordens e igualmente dos membros que assumem certos serviços de forma duradoura. Nessa questão a igreja precisa levar em conta o permanente perigo de que essas ordens se enrijeçam como fins em si mesmos e de que esses membros da igreja se tornem “papas” (com ou sem talar e tiara!) que transformam o serviço em dominação. Esse perigo precisa ser constantemente superado com reiterados avivamentos e reformas. Mas não é possível existir sem serviços organizados e permanentes. (BOOR, 2007, p. 47)
Diante desse quadro problemático que se impõe hoje, as orientações paulinas nunca se fizeram tão necessárias. Ao escrever para os tessalonicenses, o apóstolo faz um último rogo àquela comunidade: que reconheçam os que trabalham entre os irmãos e que também lideram conforme as orientações do Senhor (ver 1 Ts 5.12).
Um dos elementos centrais no pedido de Paulo à Igreja em Tessalônica é que o reconhecimento deve ser feito às pessoas, e não ao trabalho realizado. O que se percebe continuamente em nosso contexto evangélicoé que, muitas vezes, se fala muito sobre o trabalho dos líderes, as obras que eles realizaram, seus feitos; contudo, esquece-se de suas pessoas.
A “despessoalização” daqueles que se doam aos ministérios de liderança é algo muito sério. Num processo de abuso e uso dos sujeitos, instituições aproveitam-se do coração generoso, das inexperiências juvenis e, muitas vezes, exploram pessoas para, simplesmente, num momento posterior, lançá-las fora.
São incontáveis as histórias de líderes — não apenas de pastores, mas também de irmãs de oração, dirigentes de congregação, piedosos servos e servas — que, durante anos, se entregaram completamente ao apoio a uma determinada obra, mas que, ao envelhecerem ou mesmo apenas ao não serem capazes de doarem-se o quanto faziam antes, são simplesmente afastados, isolados, esquecidos.
Quantos abnegados pioneiros da obra de Deus aqui no Brasil, especialmente do pentecostalismo protestante, estão completamente ostracizados em suas residências, alguns inválidos, outros simplesmente machucados demais na alma para conseguirem, ao menos, congregar-se novamente.
O raciocínio de compreensão do envelhecer em nossas igrejas está abandonando os padrões bíblicos para adequar-se à lógica perversa da sociedade contemporânea. Em nosso mundo, quando as coisas não produzem o resultado que as demais são capazes de gerar, elas são descartadas de pronto.
Existem inúmeros textos sagrados que apontam para a valorização e honradez da velhice. Envelhecer, segundo os padrões bíblicos, não deve ser visto como um suplício ou declínio, mas, antes, como uma benção, como um privilégio que o SENHOR Deus concede aos seres humanos.
O ancião, com sua bagagem de experiências e dons, tem a capacidade de instruir os mais novos em suas ações e pretensões. A sabedoria de quem já passou por situações semelhantes e encarnou dilemas análogos deveria ser sempre muito bem-vinda. Entretanto, não é assim que muitas igrejas funcionam; em muitos casos, elas estão subordinadas a conceitos humanos de produtividade, resultados e racionamento.
Por isso, a produção em massa de bens fundamenta o princípio da “obsolescência programada”, isto é, os objetos e ferramentas que utilizamos no cotidiano são fabricados com um prazo previsto para seu desuso; por isso, ainda que tal bem não esteja avariado ou quebrado, ele será descartado do mesmo modo, pois é necessário que ele dê lugar a um novo objeto, ainda que este não seja — na maioria dos casos — em nada melhor que o outro.
Quando pessoas são inseridas na lógica da obsolescência programada, tudo se torna mais perverso ainda. Pessoas são “sugadas” em sua força e ânimo até o último estágio — por isso, em muitas pesquisas contemporâneas, há a constatação do elevado índice de stress e exaustão entre líderes evangélicos no Brasil e no mundo. No momento em que tais pessoas já não são mais capazes de “dar o retorno” esperado pela instituição ou por aqueles que a comandam, elas são rapidamente trocadas, substituídas, desvalorizadas.
Quantas santas mulheres de Deus, anônimas para o grande público, porém bastante conhecidas em suas comunidades locais, padecem de esquecimento e isolamento em suas próprias casas, pois seus joelhos, que se dobraram durante anos para clamar pelo Reino de Deus, não suportam mais o peso da idade. Quantos piedosos pregadores — daqueles que nunca receberam cachês, mas que, durante toda a vida, anunciaram o Reino dos céus por meio da graça que lhes alcançou —, apesar de tudo o que já construíram para igrejas e comunidades locais, estão desprezados em seus lares, sem uma visita de apoio sequer, emudecida em suas dores.
Não há nenhuma necessidade de culto ao passado e de saudosismos baratos; o que necessitamos, decerto, é de uma compreensão presente de que as pessoas não podem nem devem ser descartadas. Os efeitos desse tipo de relação objetivante são devastadores não apenas para o indivíduo em si, mas também para todo o seu círculo familiar mais próximo. A quantidade de familiares de líderes que rejeitam de maneira absoluta a hipótese de também tornarem-se líderes é altíssima.
Se pararmos para pensar, isto é um completo escândalo: aqueles que conviveram mais próximo de líderes desconsideram a ideia de também servir como líderes em virtude do histórico de desprezo e abandono antes, durante e depois da atuação ministerial. Por isso, Paulo exorta os irmãos em Tessalônica a acolherem aqueles que foram responsáveis pelo serviço ministerial durante um dos momentos mais difíceis da trajetória espiritual daquela comunidade. “Reconhecer as pessoas ali naquela cidade significaria tratá-las como servas e servos de Deus, como pessoas que, encarregadas de continuar o que Paulo iniciou, se dedicaram com amor e prontidão.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento:            O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.           1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 07 - 2º Trimestre 2018 - Nossa Esperança na Vinda do Senhor - Jovens.


Lição 7 - Nossa esperança na vinda do Senhor
2º Trimestre de 2018
Introdução
I - OS TRÊS OBJETIVOS DOS ESCLARECIMENTOS ESCATOLÓGICOS 
II - VERDADES RELACIONADAS À VINDA DO SENHOR
III - OS JOVENS DE HOJE PRECISAM PENSAR SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS?
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da necessidade do debate escatológico na igreja hoje;
Apresentar três verdades a respeito da vinda do Senhor em 1 Tessalonicenses;
Demonstrar a relevância da discussão escatológica entre o público jovem.
Palavra-chave: Escatologia.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“Paulo é um escritor muito atento ao seu tempo; não é à toa que, quando esteve entre os gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, o apóstolo utilizou de toda sua retórica, certamente advinda de sua formação educacional num contexto romano”. Agora, escrevendo aos tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma questão a ser encarada de forma complexa, pois, em virtude da presença do forte politeísmo existente ali naquela cidade e com muito mais atenção à questão do orfismo e do culto a Dioniso, Paulo precisa esclarecer bem os tessalonicenses sobre problemas escatológicos.
Reflitamos, então, sobre a abordagem acerca das coisas futuras presente em 1 Tessalonicenses, tomando como pano de fundo a informação de que, por influência de sua tradição cultural, aqueles irmãos já possuíam crenças sobre ressurreição, vida post mortem, num conceito de parusia, etc., todas atreladas à veneração das divindades ali reverenciadas.
Sendo a cidade de destaque na região da Macedônia — considerada por alguns como a “segunda Roma” —, Tessalônica abrigava uma infinidade de tradições e práticas cúlticas. Havia uma forte influência da religiosidade egípcia e greco-romana; na verdade, instalou-se naquela cidade um conjunto de ações religiosas sincréticas, chegando ao ponto de construir-se naquela cidade um templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios 2.
As divindades reverenciadas majoritariamente em Tessalônica até antes do primeiro século da era cristã eram Apolo, Atena e Hércules. Todavia, já no contexto da escrita da carta, as religiões mistéricas, assim como o culto a Dioniso, Asclépio e Deméter, ganharam grande espaço no seio daquela comunidade. Como nos afirma Ramos:
O mundo religioso de Tessalônica “compilava” religiões estrangeiras juntamente com os cultos locais. As evidências históricas que nos chegam falam-nos da adoração ou veneração de muitos dos deuses do panteão grego, tais como: Zeus, Apolo, Atena, Héracles, Afrodite, Deméter, Perséfone, Poseidon, Pan (Fauno) e Hades, entre outros. Várias divindades gozavam, em Tessalônica, de uma proeminência especial, destacando-se, neste sentido, Cabirus [...], Dionísio e os deuses Egípcios, aos quais também nos referiremos. (RAMOS, 2014, p.32)
Ao tomarmos conhecimento desse aspecto histórico da comunidade em Tessalônica, podemos refletir no enorme desafio missionário que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade. Se o anúncio das Boas-Novas não houvesse sido feito debaixo da orientação e graça divinas, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da religiosidade sincrética dos tessalonicenses.
É por isso que a conversão daqueles irmãos constitui-se como um enorme milagre em si mesmo. Em primeiro lugar, porque o anúncio do amor sacrificial de Jesus, que, literalmente, se entregou pela humanidade, foi capaz de tocar os corações entenebrecidos dos tessalonicenses a ponto de estes acreditarem na mensagem salvífica.
É necessário lembrar que havia todo um repertório de histórias fantásticas associadas aos deuses que eram cultuados ali. Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus de Nazaré, aquela população poderia identificá-la apenas como mais uma narrativa mítica dentre várias contadas e recontadas naquela cidade. O poder da Palavra, todavia, fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles irmãos.
A proximidade temporal, de menos de 30 anos, corroborou para o estabelecimento do cristianismo entre os tessalonicenses. A verdade do evangelho ante a ficcionalidade dos mitos greco-romanos constituiu-se como o alicerce para edificar uma igreja viva e dinâmica naquela região culturalmente politeísta.
Outro enorme desafio enfrentado por Paulo para concretizar o discipulado dos tessalonicenses era a naturalidade com que estes entendiam o sincretismo religioso. Uma vez sendo o discurso dos missionários cristãos apresentado àquela comunidade, corria-se o risco de que o mesmo fosse apenas assimilado e associado às outras práticas religiosas já vigentes.
Entre os cultos e exercícios espirituais praticados em Tessalônica, havia vários conceitos que poderiam muito bem ser equiparados ao do recém-chegado cristianismo. Coube a Paulo e a sua equipe, no pouco tempo que lhe foi possível ficar ali, defender a necessidade de um exclusivismo cúltico para Jesus. Diferentemente dos deuses do paganismo egípcio-greco-romano que os tessalonicenses estavam acostumados, a adoração a Jesus Cristo exigia separação e consagração total.
Diante de um choque de realidade tão grande, a possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo anunciado era muito grande. Contudo, o efeito foi muito eficaz na vida de uma parcela considerável de pessoas de Tessalônica. Houve uma significativa adesão, e, como o próprio apóstolo testemunha, os tessalonicenses converteram-se dos ídolos a Deus (ver 1 Ts 1.9).
A variabilidade cúltica impunha-se a Paulo como um enorme desafio a ser superado, uma vez que a religiosidade, como se sabe, transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da própria religião, associando-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes sociais e culturais de um povo.
Dessa forma, não bastava anunciar Cristo como salvador das almas — o orfismo muito difundido em Tessalônica já fazia isso. Era necessário demonstrar que Jesus mudava o modo de viver das pessoas. Daí, tantas orientações práticas que se podem encontrar no curso de todas as duas epístolas.
Feitas as devidas contextualizações histórico-sociais, as palavras apostólicas sobre as últimas coisas ganham maior significância. É claro que o texto paulino tem muito a falar-nos hoje; todavia, ao buscarmos a compreensão pormenorizada da situação dos tessalonicenses, alguns detalhes da fala de Paulo ganham mais clareza.
Não é pelo auxílio de nenhuma divindade helênica que esperamos, mas, sim, pelo socorro bem presente de Cristo. A ressurreição de nosso Senhor não foi um ato misericordioso de um deus que se envolveu em escândalos conjugais, mas a prova material da vitória sobre a morte. A chegada triunfal de Jesus, o Senhor, superará em glória e majestade a parusia do mais destacado governante humano. Não haverá alegria tal como no encontro, isto é, naapantesis, da Igreja com seu único e verdadeiro Rei. Ali, eternamente no Reino celeste, haverá uma verdadeira paz que não passará.” 
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 06 - 2º Trimestre 2018 - Vivendo Amorosa e Honestamente - Jovens.


Lição 6 - Vivendo Amorosa e Honestamente

2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - QUANTO AO AMOR FRATERNAL
II - VIVENDO POR FÉ, TRABALHANDO COM HONRA
III - SOBRE O CRISTÃO E SEUS NEGÓCIOS
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da necessidade do amor em nossas vidas;
Apresentar o trabalho como uma necessidade para cada cristão;
Demonstrar o padrão bíblico com relação ao nosso comportamento social.
Palavras-chave: Amor e honestidade.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:
“Na lição de número 6, discutiremos a respeito da vivência do amor de Deus na comunidade em Tessalônica e, também, sobre a exortação paulina com relação à necessidade de desenvolvimento de uma vida honesta e simples. Essas duas temáticas são muito caras a Paulo na escrita desta epístola e extremamente atuais se levarmos em consideração os princípios que orientam a sociedade contemporânea. Busquemos, nas instruções de Paulo a Tessalônica, fundamentos que nos possam ajudar a experimentar o verdadeiro amor de Deus em meio a uma geração ímpia e corrupta.
O Amor como Alicerce da Comunidade Tessalonicense
Não existe outra maneira de experienciar o amor senão por meio de uma relação íntima e profunda com Deus. Ele é a fonte primária do amor; por isso, toda vivência comunitária de amor também passa por uma ação direta do Criador.
No texto em 1 Tessalonicense 4.9, ao tratar sobre a excelência da fraternidade dos tessalonicenses entre si e, também, destes para com todas as comunidades no entorno daquela cidade, Paulo esclarece que não há qualquer necessidade de orientação externa, uma vez que o testemunho de Timóteo e das igrejas circunvizinhas apontava para a maturidade do amor daqueles novos irmãos.
Há um detalhe bastante importante nesse mesmo versículo: no início da frase, Paulo elogia o “amor fraternal” dos tessalonicenses — termo este compreendido morfologicamente como um substantivo. Já no final da sentença, ao falar sobre a prática dessa amabilidade que se destacava naquela igreja, o apóstolo não utiliza um verbo derivado de φιλαδελφία para definir a relação de amor entre aqueles irmãos, mas, antes, o verbo ἀγαπάω. A vida em fraternidade testemunhada em Tessalônica era fruto direto do amor pleno que emana exclusivamente de Deus para os homens e da humanidade redimida para aqueles que ainda estão em obscuridade.
O amor, como demonstra o apóstolo nesse texto, é a mais intuitiva das virtudes cristãs; em outras palavras, se a compreensão daquilo que seja domínio próprioperdão ou mesmo paciência é algo que demanda um conjunto de conhecimentos prévios, a experiência do amor, no entanto, é algo absolutamente natural para aquele que vivenciou a graça da salvação em Cristo.
Não é possível aprender a amar em um curso de cinco passos, muito menos por meio de um best-seller de autoajuda. O entendimento do amor advém da obra da salvação presente em cada um daqueles alcançados pelo evangelho de Cristo. Ao invés de um investimento pessoal ou coletivo numa compreensão exclusivamente teorética do amor, precisamos vivenciar uma existência cotidiana do amor sob a orientação do Pai.
Uma humanidade afastada de Deus e atravessada pela tragédia do pecado estruturalmente assimilado é incapaz de crer no amor. Por isso, o que muito se observa na sociedade atual são ações de autopromoção, práticas de desencargo de consciência e, até mesmo, constrangimento moral. Contudo, nada disso é a verdadeira manifestação do amor, a qual é mediada exclusivamente pela operação do Espírito Santo no coração daqueles que reconhecem Jesus Cristo como o Senhor.
Ora, percebamos a aparente contradição: Os tessalonicenses eram perseguidos, novos conversos e uma comunidade sem um pastor; todavia, eles eram abundantes no amor uns para com os outros e também para com aqueles que não eram de seu círculo comunitário. De fato, não há qualquer absurdo aqui; na verdade, foi o amor que vinculou cada um daqueles irmãos à causa de Cristo. Sem a conectividade produzida pelo amor que vem de Deus, aquela jovem igreja certamente não se manteria una em meio a tantas oposições e perseguições.
Esse parece ser o melhor caminho para a prosperidade de qualquer comunidade local hoje. Em um tempo de crise institucional-religiosa como o nosso, líderes e igrejas estão, de maneira desesperada, em busca de fórmulas mágicas para a superação de seus dilemas particulares. Fundamentar todas as suas ações no alicerce do amor, assim como fizeram os cristãos tessalonicenses, é, sem dúvida, a melhor atitude a ser adotada por cada um de nós.
O Caráter Contagiante do Amor
O amor é, com muita naturalidade, a instância existencial mais desacreditada pela sociedade contemporânea; é claro, porém, que tal rejeição possui uma justificativa lógica. Vivemos num modelo social anticomunitário; somos um amontoado de pessoas, mas cada um está preso as suas ambições e desejos individualistas.
A cibercultura, componente inegável de nosso mundo atual, tem contribuído, direta e paradoxalmente, para o afastamento das pessoas. Deve-se entender como uma incongruência esse nexo causal entre cibercultura e atomização dos indivíduos, pois o discurso que se propagandeia associado aos mecanismos de comunicação em massa atrelados à Internet é o de que eles foram criados para facilitar a comunicação e interação interpessoal.
Entretanto, não é essa a constatação empírica que percebemos na realidade. A Internet — e, de maneira mais específica, as redes sociais — torna-se cada vez mais num ambiente de isolamento dos indivíduos e seus discursos. Ora, num esforço para dar a cada indivíduo a tão prometida visibilidade universal — objeto de desejo incessante da maioria das pessoas hoje — a Internet fez com que todos pudessem falar o que quisessem, o quanto desejassem e da maneira como melhor acreditassem.
Em tempos de culto à imagem de si mesmo, cada um agora tem sua própria tela de projeção pessoal (Youtube), por meio da qual pode criar as histórias de si e para si o quanto quiser. Numa sociedade onde as grandes obras da literatura mundial estão sendo relegadas ao esquecimento, qualquer indivíduo pode escrever um livro contando sua história particular (Facebook), a qual, sob seu controle, sempre enaltece seu personagem principal. Em última análise, as pessoas nem se comunicam mais; elas apenas, de modo animalesco, emitem seus grunhidos (Twitter) umas às outras.
Como consequência dessa ilusória liberdade de dizer e de ser visto, temos um culto ao monólogo, onde as pessoas falam sozinhas sobre o que acham, desejando que outros indivíduos concordem com elas, compartilhem, curtam, façam views de suas opiniões, sendo que, na maioria dos casos, a fala do outro, o ponto de vista do outro e até mesmo os argumentos do outro são sufocados pela preocupação mesquinha de cada indivíduo consigo mesmo.
Todos querem ser vistos e ouvidos, mas quem deseja acolher e compreender o outro? Pouquíssimas pessoas. Instalou-se, assim, um culto ao individualismo. O suposto amor que se encerra em si é, na verdade, narcisismo ou, até mesmo, idolatria. Essa é a maior sofisticação da operação do erro na contemporaneidade: “Por que preciso da imagem de outro ser se posso cultuar a minha?”, “Por que devo ajoelhar-me diante do altar de outro personagem se posso prostrar-me diante de mim mesmo?”, “A quem oferecer glórias se a vanglória a mim direcionada satisfaz meu ego?”.
É por isso que o amor não tem espaço nessa sociedade, pois, enquanto categoria constitutiva do ser divino, o amor implica doação. Ora, não se doa nada a si mesmo; para algo ser oferecido, é necessária a existência de um alguém a quem se dedique aquilo que se está a oferecer.
O amor não cabe em si mesmo; não pode conter-se num único ser. Por isso, o universo foi criado em amor, como que pelo transbordamento de Deus no cosmos. A constatação de que se vive em amor é alcançada a partir do momento em que se compreende que não se deve viver apenas em si ou para si, pois se precisa, de modo concreto, do outro.
Os surpreendentes acontecimentos em Tessalônica só podem ser explicados mediante o amor contagiante que aqueles novos irmãos experimentaram. A pequena semente que foi espalhada por Paulo converteu-se numa frondosa árvore cujos frutos não apenas o apóstolo colhia, mas também a própria comunidade de novos cristãos e, de maneira surpreendente, toda a região ao redor.
Qualquer tentativa de conter esse amor que constantemente aumenta acarretaria na crise da própria experiência cristã. Um cristão medíocre é identificado por sua carência de amor. Quem vive em comunhão íntima com o Pai pode enfrentar a escassez com relação às coisas supérfluas da vida, mas nunca será privado da dádiva do amor.
Por isso, a oração de Paulo, antes mesmo de concentrar-se em qualquer clamor por segurança física ou prosperidade material daqueles irmãos, era pelo crescimento em amor de cada tessalonicense. E o quanto é possível crescer em amor? Infinitamente. Por muito amar seu filho, uma mulher foi capaz de abrir mão de seu direito de maternidade para não testemunhar a morte de seu filho (1 Rs 3.26); por amor à vida de sua filha, um príncipe da sinagoga prostrou-se em público diante de Jesus, rogando pela vida de sua filha (Mc 5.22,23); exclusivamente por amor, Jesus fez tudo o que era necessário para garantir-nos o acesso à salvação.
E o que significa crescer em amor? Significa transcender padrões humanos de relacionamento e aproximar-se continuamente do exemplo vivo do caráter de Deus, que é Cristo. Significa estender abraços de misericórdia e perdão àqueles que, por necessitarem, estão amargurados de espírito. “Assim como os tessalonicenses, cresçamos em amor; que haja entre nós mais líderes que orem continuamente por uma experiência comunitária de amor.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.


Lição 05 - 2º Trimestre 2018 - Aborto, a Morte de Inocentes - Juvenis.


Lição 5 - Aborto, a Morte de Inocentes

 2º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O ABORTO
2. TIPOS DE ABORTO
3. O QUE DIZEM OS DESENSORES?
4. POR QUE A IGREJA É CONTRA?

OBJETIVOS
Compreender porque somos contra o aborto;
Conhecer alguns tipos de aborto;
Reafirmar nossa posição em favor da vida.
     Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos tratar em sala de um assunto muito sério: aborto! Para tal, sua revista já disponibilizou roteiro para uma abordagem clara e objetiva, as explicações necessárias, sugestões de interações no decorrer da aula e subsídios que lhe darão ainda mais suporte.

      Evidentemente, estes recursos não impedem que você amplie sua pesquisa e criatividade ao lecionar. Com foco nesses objetivos estabelecidos, você pode enriquecer ainda mais a sua aula, levando matérias atualizadas sobre os dados de mulheres mortas em clínicas de aborto clandestinas no Brasil, projetos de lei que visam a sua descriminalização, etc.

      Todo este conteúdo teórico é muito importante, sobretudo, para que os juvenis tenham bases sólidas para argumentarem sobre sua posição, especialmente ao entrarem em uma universidade, onde essa temática é ainda mais abordada, seja em classe ou nos corredores fora dela.

      Contudo, também sugerimos propor um aprofundamento emocional sobre o assunto. Afinal, estamos falando da vida humana, tanto da mãe, quanto do bebê. Assim, os números, índices, ganham forma e causam um impacto ainda maior e tão importante a serem considerados ao se conversar sobre “aborto”.

       Portanto, sugerimos que você procure entre os seus conhecidos (podem ser membros da própria igreja) testemunhos de pessoas que souberam que seriam abortadas, seja devido à recomendação médica por suspeita de grave problema de saúde, risco de morte da mãe, situação financeira ou psicológica problemática, estupro ou tantas outras possibilidades. Combine que ela esteja presente no dia da aula para contarem suas histórias aos juvenis e dizerem o quanto são gratas a Deus por não terem sido abortadas.

      Você também pode contar a história resumida de algumas personalidades famosas que certamente todos os seus alunos conhecem e seriam abortadas por suas mães; pessoas brilhantes, que colaboram com a humanidade, cada qual em sua área. Muitas inclusive tronaram-se colaboradoras de diversas instituições de ajuda humanitária, até mesmo algumas pró-vida e contra o aborto. Afinal, do que adianta se posicionar contra o ato e não ajudar em nada para proporcionar uma vida digna à criança sobrevivente?!

       Neste site você encontra alguns exemplos de celebridades que vivenciaram essa experiência, mas graças a Deus suas mães optaram por mantê-las, lhes permitindo a dádiva da vida: https://www.feedclub.com.br/famosos-que-quase-foram-abortados/9/

        Finalize a aula questionando aos seus juvenis o que podemos fazer, enquanto representantes de Cristo nessa terra, não apenas para impedir abortos clandestinos que causam tantas mortes e seqüelas de mães e crianças no nosso país, mas também ajudá-los a ter uma vida digna.

       Ore com sua classe por essas famílias desesperadas que hoje pensam no aborto como uma possibilidade, por outras que já o praticaram e adoecem em culpa e remorso por tal ato (que possam encontrar em Cristo o arrependimento e perdão para vida eterna) e ainda pelas que não o fizeram e passam necessidades para criar filhos deficientes ou em extrema pobreza.

       Que a Igreja do Senhor possa ser luz, de fato e de verdade, não apenas em palavras, discurso e leis, mas também em ação, semeando o genuíno amor de Cristo nessas vidas e sociedade, na prática, como o próprio Jesus fazia.

       O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 09 - 2º Trimestre 2018 - Coragem em Meio à Perseguição - Jovens.


Lição 9 - Coragem em meio à perseguição 

2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - COMO SE PORTAR DIANTE DAS TRIBULAÇÕES?
II - O QUE ESPERAR EM TEMPOS DE TRIBULAÇÃO?
III - A ORAÇÃO DE PAULO PELOS TESSALONICENSES
CONCLUSÃO 
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Discutir a respeito do comportamento dos irmãos tessalonicenses diante da perseguição;
Compreender que mesmo em meio às tribulações o Senhor está conosco;
Analisar a postura de Paulo como líder diante da perseguição aos tessalonicenses.
Palavra-chave: Perseguição.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio abaixo:

Como uma jovem igreja deve reagir diante de uma severa perseguição que lhe aflige? Que armas teriam a inexperiente comunidade em Tessalônica para enfrentar as sofisticadas artimanhas do mal, cuja principal finalidade era o desmantelamento da paz interna daquele grupo de irmãos? Como não havia e nem há manual de instruções com dicas exaustivas para cada situação adversa que enfrentamos, a saída encontrada por aquele grupo de irmãos foi lançar-se naquilo em que eles mais prosperavam: amor, fé e esperança.

Aprendamos, pois, com os cristãos tessalonicenses caras lições sobre crescimento espiritual num contexto de perseguição.

Os Tessalonicenses e o Cotidiano de Tribulação
A maior parte dos especialistas concorda que o contexto histórico que é problematizado na segunda epístola que Paulo escreveu aos tessalonicenses dista apenas em questão de meses com relação ao conteúdo da primeira — ainda que, conforme alguns aleguem, a escrita da carta possa ter sido um pouco posterior.

O principal motivo do envio de uma nova missiva à Tessalônica é a persistência do ambiente de perseguição à comunidade cristã, problemas de compreensão sobre questões escatológicas e a presença de indivíduos com comportamentos socialmente reprováveis. Como se pode ver, um problema político, um teológico e um social.

Nos três pequenos capítulos que compõem 2 Tessalonicenses, temos uma discussão constante sobre a situação adversa que os tessalonicenses enfrentavam. No capítulo introdutório da epístola, temos uma palavra de fortalecimento àqueles que, diante das angústias produzidas pela perseguição do estado e dos fanáticos religiosos, devem crer que receberão a justa retribuição do Senhor, assim como da mesma maneira acontecerá com os ímpios também.

Já no segundo capítulo, Paulo concentra-se em demonstrar que o sofrimento tessalonicense, que pode ser facilmente identificável a partir de um contexto histórico e político, faz parte de um grande plano de resistência que os filhos de Deus impõem contra as forças do maligno que, de maneira muito insistente, procuram dominar toda a história humana.

Por fim, no capítulo que encerra a carta, o apóstolo discute sobre os problemas oriundos da presença de pessoas desordeiras na comunidade. Esses indivíduos estavam causando distúrbios internos na jovem igreja que se estabeleceu naquela cidade: homens desocupados que defendiam sua condição de ociosidade como um comportamento recomendável; pessoas que se intrometiam na vida alheia como instrumento de controle; em suma, pessoas completamente insubmissas.

Fazendo uma leitura apressada, alguém talvez possa defender que esse é o menor dos problemas; contudo, quem convive no seio de uma igreja local sabe o quanto tais conflitos interpessoais prejudicam e desestabilizam a paz que se espera encontrar num ambiente comunitário.

Temos, assim, uma carta majoritariamente escrita com a intenção de consolar aquela comunidade diante desse conjunto de problemas que se impunham. Esta, então, pode ser a chave hermenêutica para uma possível leitura de 2 Tessalonicenses: consolo em meio às tribulações.

Como veremos, Paulo concentra-se em consolar os corações em Tessalônica por meio da lembrança de que o Deus que fez a semente do evangelho germinar entre aqueles irmãos é o mesmo que não desistirá de amá-los e protegê-los em todo o tempo. Este é o maior consolo que podemos ter em tempos de crise e medo: a presença do Senhor é continuamente conosco.

Como bem demonstrará Paulo, a vitória final que alcançaremos será contra as forças da maldade que já operam entre nós hoje, mas que, no momento determinado pelo Senhor, serão completamente destruídas conforme sua vontade. O apóstolo dedica-se, assim, a apontar os sinais que indicam o retorno triunfante de Jesus para o estabelecimento de seu Reino eterno.

Conforme afirma Ghini:
Para o apóstolo a esperança identifica-se com aquilo que é a própria conduta cristã, baseada sobre a fé e vivificada pela caridade. A natureza da esperança é expressa por meio da paciência na tribulação, apontando para a parusia. A certeza da parusia constitui-se como a confiança e a consolação de quem espera. A paciência da esperança se realiza somente na união com Cristo. As esperanças humanas que não se fundamentam no Cristo vivo estão mortas. (GHINI, 1980, p.83, 
apud PAGANOTTO, 2015, p.138)
É o consolo que Deus também virá aos tessalonicenses, como podemos perceber na leitura da epístola, por meio da atuação ministerial do próprio apóstolo e sua equipe. É exatamente isto que o Senhor faz: vocaciona pessoas para que, por meio destas, sua glória seja revelada àqueles que necessitam de apoio.

Por vezes, numa compreensão errônea da maneira como Deus age, lançamo-nos ardorosamente em oração e na espera de uma intervenção sobrenatural, quando, na verdade, o Senhor já tem preparado, de maneira providencial, pessoas, amigos e irmãos — isto é, gente de carne e osso — para auxiliar-nos em nossas fraquezas.

Mesmo distante, as cartas de Paulo endereçadas àquela igreja eram um bálsamo em tempos de fortes feridas. A presença do jovem obreiro Timóteo entre eles era prova do imenso cuidado do Senhor por aquela comunidade. O alento de Deus para aquele grupo de irmãos também veio por meio dos obreiros enviados pelo Senhor para anunciar o evangelho.

Por fim, porém não menos importante, o cuidado de Deus para com os tessalonicenses manifesta-se por meio do fortalecimento mútuo que se desenvolveu entre aqueles irmãos em sofrimento. Na verdade, uma das características da ação de Deus no interior de uma comunidade é esta: o Senhor produz unidade e mutualidade.

Por meio da operação do Espírito Santo, as pessoas não se percebem mais como indivíduos isolados e/ou autônomos com relação às outras pessoas; pelo contrário, somos conduzidos a sentir as dores e as alegrias uns dos outros (Rm 12.15), por meio de uma compreensão da realidade que nos liga profundamente uns com os outros.

Segundo essa operação de consolo patrocinada por Deus e efetivada pelos próprios cristãos em Tessalônica, é do meio do próprio povo que o Senhor suscita as pessoas, bem como as situações, para livrar do sentimento de desamparo e abandono as comunidades que servem a Deus em meio a muitas tribulações.

Diante do entendimento de que o consolo de Deus é uma realidade inegociável do Senhor para com nossas vidas, passemos a refletir sobre como os tessalonicenses reagiram diante da iminência de dor e sofrimentos contínuos.
Fé em Contínuo Crescimento
Ao iniciar seu louvor a Deus com relação ao bem-estar espiritual da comunidade tessalonicense, a qual permanece firme em sua vocação salvífica — apesar das fortes oposições que se estabeleceram ali —, o apóstolo Paulo declara-se feliz por reconhecer uma fé que se estabeleceu de maneira profunda e frutificante entre aqueles novos irmãos.

Nas palavras do apóstolo, os tessalonicenses possuíam uma fé que crescia de maneira rica e abundante (ver 2 Ts 1.3). Essa condição de fé dos irmãos em Tessalônica é de caráter surpreendente para muitas pessoas, pois, segundo uma lógica humana, as perseguições e ameaças as quais aquele grupo de irmãos era submetido deveriam ter minguado a esperança daqueles novos cristãos. O resultado, entretanto, foi absolutamente inverso.

A contínua tribulação que se estabeleceu entre os tessalonicenses exigiu que estes fossem capazes de amadurecer no que se refere a sua experiência de fé. Tomando a conceituação do escritor da carta aos hebreus (Hb 11.1), a ausência de qualquer saída humana para os problemas enfrentados pelos cristãos tessalonicenses impulsionou-os a depositar toda a sua esperança no exclusivo cuidado que Deus tem por aqueles a quem Ele ama.

Dessa forma, aquilo que deveria sufocar o desenvolvimento espiritual daqueles novos irmãos tornou-se o elemento catalisador de uma fé que se enriqueceu continuamente. É evidente que todo crescimento espiritual que se estabelece numa comunidade ou na história de uma pessoa individualmente é o resultado direto da ação graciosa de Deus; contudo, quando refletimos sobre as estratégias e caminhos utilizados pelo Criador para conceder-nos amadurecimento espiritual, estes podem variar de maneira absoluta.

O pedido de oração feito pelos apóstolos a Jesus décadas antes — “acrescenta-nos a fé” (Lc 17.5) — foi vivenciado pela igreja tessalonicense de maneira natural e espontânea. Esse tipo de crescimento não está associado a um aumento do quantitativo de pessoas ou do poder aquisitivo do grupo enquanto instituição.
Possuir uma fé que cresce muitíssimo significa testemunhar uma experiência espiritual que envolve indiretamente uma confiança inabalável no amor e cuidado do Senhor. Será que, na igreja de hoje, testemunhamos um crescimento ou um retrocesso de fé?

A cada dia, são fundadas mais igrejas locais; isso, no entanto, não é garantia do crescimento do Reino ou expansão da fé. Placas, 
slogans, marketing gospel podem até superlotar espaços numericamente; porém, somente a vivência de contextos-limites, mediados pela graça distribuída no calvário, pode proporcionar um crescimento de caráter, de vida e também de uma fé genuína.

Numa sociedade como a nossa — que, a todo custo, procura acomodar os princípios cristãos com os valores da coletividade decaída —, somente a posse de uma fé multiplicante poderá gerar a distinção entre o que serve a Deus e o que não serve; entre o mundo da religião e a experiência viva com Jesus.

Uma vivência de fé egoísta, pela qual não se evangeliza, discipula ou se propaga a mensagem de amor do evangelho de nosso Senhor Jesus, torna-se mero ajuntamento religioso, e não foi para isso que fomos comissionados.

Conclusão
Os sofrimentos contínuos que a comunidade em Tessalônica enfrentou não foram suficientes para desmotivar aquele grupo de irmãos a viver a verdade do evangelho que lhes foi anunciada. A partir de um tripé de virtudes cristãs: fé, amor e paciência/esperança, a Igreja tessalonicense permaneceu fiel e alegre, sempre na expectativa da vinda do Senhor.
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos Tessalonicenses para Estes Últimos Dias.  1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.