Lição 8 - A Vida Cristã e a Estima pela Liderança
2º Trimestre de 2018
INTRODUÇÃO
I - A IGREJA COMO ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO DE VERDADEIRA LIDERANÇA CRISTÃ
II - O QUE É SER IGREJA?
III - TRÊS ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA UMA VIDA CRISTÃ AUTÊNTICA
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
I - A IGREJA COMO ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO DE VERDADEIRA LIDERANÇA CRISTÃ
II - O QUE É SER IGREJA?
III - TRÊS ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA UMA VIDA CRISTÃ AUTÊNTICA
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Reconhecer a Igreja como espaço de uma liderança fiel;
Discutir a respeito das características de uma igreja relevante;
Refletir a respeito das atitudes práticas a serem adotadas para uma vida cristã frutífera.
Reconhecer a Igreja como espaço de uma liderança fiel;
Discutir a respeito das características de uma igreja relevante;
Refletir a respeito das atitudes práticas a serem adotadas para uma vida cristã frutífera.
Palavras-chave: Vida cristã.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano
de aula, leia o subsídio abaixo:
“O que será de cada um de nós quando não pudermos mais colaborar
em nossas igrejas locais de modo tão ativo e produtivo como fazemos hoje”?
Seremos simplesmente esquecidos em um banco de nossas comunidades? Ou, ainda
pior, abandonados em nossas casas, restritos por limitações físicas e de saúde?
Bem, é sobre esse tipo de reconhecimento que Paulo está a
debater com seus amigos em Tessalônica. Ainda que tudo naquela cidade não tenha
ocorrido de forma ideal, algumas lideranças foram estabelecidas mesmo assim; de
tal forma que, em nome do respeito e do reconhecimento às pessoas que
desempenharam atividades tão relevantes em um contexto tão adverso, o apóstolo
dirige algumas orientações à Igreja tessalonicense.
É pensando sobre este papel do reconhecimento da igreja local —
tanto em seu aspecto de honra aos que trabalharam para a expansão do Reino,
como com relação à autoridade da coletividade em reconhecer os chamados e as
vocações individuais — que discutiremos neste capítulo.
Sobre a Necessidade de Anunciar constantemente a Verdade
Vivemos em tempos de muitas mentiras, erros, falsificações. A crise
que nos rodeia é tão grande que muitos insistem hoje que os critérios de
verdade, justiça e bondade foram todos relativizados; e, se assim for, deve
valer tudo em nossa sociedade. Na verdade, esses dois aspectos da
contemporaneidade estão intimamente relacionados, ou seja, a causa de todo
relativismo é a profusão de mentiras que se propagam com uma enorme velocidade
em nosso contexto histórico.
Uma mentira não precisa ser contada mais de mil vezes para
tornar-se uma verdade; as milhares de mentiras coexistentes já emudeceram as
parcas verdades que ainda sobrevivem.
Dessa forma, como restabelecer a verdade a seu lugar? Dando-lhe
lugar de fala, redirecionando nossas estratégias de combate ao erro. Ao invés
de insistirmos em apontar para as falácias, de tal modo que, num mundo
midiático, estas ganhem os holofotes continuamente, devemos estar concentrados
em clarificar e proclamar a verdade.
Um exemplo muito claro da necessidade deste novo modo de
enfrentamento da mentira é o desafio que qualquer liderança enfrenta hoje no
contexto religioso. Os vários escândalos de natureza sexual, as inúmeras
denúncias de envolvimento com corrupção pública, o uso imoral do dinheiro de
muitas comunidades para a compra de roupas de grife a jatinhos; tudo isso, no
julgamento da imensa maioria da população, põe todas as lideranças religiosas
na mesma vala comum.
Se reduzirmos essa análise ao mundo evangélico brasileiro, tudo
fica muito pior. A credibilidade de pastores e líderes é baixíssima no senso
comum da maioria das pessoas. Mas isso tudo porque, numa avaliação
generalizante, todos são considerados iguais em suas posturas e intenções. É
claro que esse tipo de ponderação sobre o enorme universo de homens e mulheres
que se dedicam ao Reino de Deus é injusto. O que acontece, como já
anteriormente apontamos, é que o mal e o erro têm maior visibilidade que o bem e
aquilo que é correto. Uma minoria de indivíduos comete erros reprováveis, e
suas atitudes vêm a público; contudo, todo um universo de pessoas é
pejorativamente mal avaliado.
O escândalo dos mal-intencionados faz com que a imensa maioria
dos que exercem serviços de liderança em nossa comunidade sejam malvistos,
quando, na verdade, existe um exército de servos que, de maneira desprendida,
doam suas vidas, tempo e até mesmo finanças para o desenvolvimento do Reino
aqui na terra. Sobre a necessidade de ponderação e mediação sobre o trabalho
dos que lideram, Boor afirma-nos:
Nessa multidão viva e ativa existem pessoas “que labutam em
vosso meio”. Porque a longo prazo nenhuma comunhão de pessoas pode subsistir
somente com os respectivos serviços voluntários. Carece das ordens e igualmente
dos membros que assumem certos serviços de forma duradoura. Nessa questão a
igreja precisa levar em conta o permanente perigo de que essas ordens se
enrijeçam como fins em si mesmos e de que esses membros da igreja se tornem “papas”
(com ou sem talar e tiara!) que transformam o serviço em dominação. Esse perigo
precisa ser constantemente superado com reiterados avivamentos e reformas. Mas
não é possível existir sem serviços organizados e permanentes. (BOOR, 2007, p.
47)
Diante desse quadro problemático que se impõe hoje, as
orientações paulinas nunca se fizeram tão necessárias. Ao escrever para os
tessalonicenses, o apóstolo faz um último rogo àquela comunidade: que
reconheçam os que trabalham entre os irmãos e que também lideram conforme as
orientações do Senhor (ver 1 Ts 5.12).
Um dos elementos centrais no pedido de Paulo à Igreja em
Tessalônica é que o reconhecimento deve ser feito às pessoas, e não ao trabalho
realizado. O que se percebe continuamente em nosso contexto evangélicoé que,
muitas vezes, se fala muito sobre o trabalho dos líderes, as obras que eles
realizaram, seus feitos; contudo, esquece-se de suas pessoas.
A “despessoalização” daqueles que se doam aos ministérios de
liderança é algo muito sério. Num processo de abuso e uso dos sujeitos,
instituições aproveitam-se do coração generoso, das inexperiências juvenis e,
muitas vezes, exploram pessoas para, simplesmente, num momento posterior,
lançá-las fora.
São incontáveis as histórias de líderes — não apenas de
pastores, mas também de irmãs de oração, dirigentes de congregação, piedosos
servos e servas — que, durante anos, se entregaram completamente ao apoio a uma
determinada obra, mas que, ao envelhecerem ou mesmo apenas ao não serem capazes
de doarem-se o quanto faziam antes, são simplesmente afastados, isolados,
esquecidos.
Quantos abnegados pioneiros da obra de Deus aqui no Brasil,
especialmente do pentecostalismo protestante, estão completamente ostracizados
em suas residências, alguns inválidos, outros simplesmente machucados demais na
alma para conseguirem, ao menos, congregar-se novamente.
O raciocínio de compreensão do envelhecer em nossas igrejas está
abandonando os padrões bíblicos para adequar-se à lógica perversa da sociedade
contemporânea. Em nosso mundo, quando as coisas não produzem o resultado que as
demais são capazes de gerar, elas são descartadas de pronto.
Existem inúmeros textos sagrados que apontam para a valorização
e honradez da velhice. Envelhecer, segundo os padrões bíblicos, não deve ser
visto como um suplício ou declínio, mas, antes, como uma benção, como um
privilégio que o SENHOR Deus concede aos seres humanos.
O ancião, com sua bagagem de experiências e dons, tem a
capacidade de instruir os mais novos em suas ações e pretensões. A sabedoria de
quem já passou por situações semelhantes e encarnou dilemas análogos deveria
ser sempre muito bem-vinda. Entretanto, não é assim que muitas igrejas
funcionam; em muitos casos, elas estão subordinadas a conceitos humanos de
produtividade, resultados e racionamento.
Por isso, a produção em massa de bens fundamenta o princípio da
“obsolescência programada”, isto é, os objetos e ferramentas que utilizamos no
cotidiano são fabricados com um prazo previsto para seu desuso; por isso, ainda
que tal bem não esteja avariado ou quebrado, ele será descartado do mesmo modo,
pois é necessário que ele dê lugar a um novo objeto, ainda que este não seja —
na maioria dos casos — em nada melhor que o outro.
Quando pessoas são inseridas na lógica da obsolescência programada,
tudo se torna mais perverso ainda. Pessoas são “sugadas” em sua força e ânimo
até o último estágio — por isso, em muitas pesquisas contemporâneas, há a
constatação do elevado índice de stress e exaustão entre líderes evangélicos no
Brasil e no mundo. No momento em que tais pessoas já não são mais capazes de
“dar o retorno” esperado pela instituição ou por aqueles que a comandam, elas
são rapidamente trocadas, substituídas, desvalorizadas.
Quantas santas mulheres de Deus, anônimas para o grande público,
porém bastante conhecidas em suas comunidades locais, padecem de esquecimento e
isolamento em suas próprias casas, pois seus joelhos, que se dobraram durante
anos para clamar pelo Reino de Deus, não suportam mais o peso da idade. Quantos
piedosos pregadores — daqueles que nunca receberam cachês, mas que, durante
toda a vida, anunciaram o Reino dos céus por meio da graça que lhes alcançou —,
apesar de tudo o que já construíram para igrejas e comunidades locais, estão
desprezados em seus lares, sem uma visita de apoio sequer, emudecida em suas
dores.
Não há nenhuma necessidade de culto ao passado e de saudosismos
baratos; o que necessitamos, decerto, é de uma compreensão presente de que as
pessoas não podem nem devem ser descartadas. Os efeitos desse tipo de relação
objetivante são devastadores não apenas para o indivíduo em si, mas também para
todo o seu círculo familiar mais próximo. A quantidade de familiares de líderes
que rejeitam de maneira absoluta a hipótese de também tornarem-se líderes é
altíssima.
Se pararmos para pensar, isto é um completo escândalo: aqueles
que conviveram mais próximo de líderes desconsideram a ideia de também servir
como líderes em virtude do histórico de desprezo e abandono antes, durante e
depois da atuação ministerial. Por isso, Paulo exorta os irmãos em Tessalônica
a acolherem aqueles que foram responsáveis pelo serviço ministerial durante um
dos momentos mais difíceis da trajetória espiritual daquela comunidade. “Reconhecer
as pessoas ali naquela cidade significaria tratá-las como servas e servos de
Deus, como pessoas que, encarregadas de continuar o que Paulo iniciou, se
dedicaram com amor e prontidão.”
*Este subsídio foi adaptado de BRAZIL, Thiago. A Igreja do Arrebatamento: O Padrão dos
Tessalonicenses para Estes Últimos Dias. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você
pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos
subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que
os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a
Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição
(uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano
de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que
ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e
reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de
ajudá-lo.
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