Lição 11 - Jesus é a Videira Verdadeira
3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 15.1-17.
Olá prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre a importância da unidade com Cristo para que possam frutificar com abundância no Reino de Deus. A vida do discípulo de Jesus consiste em aprender com o Mestre os ensinamentos indispensáveis para se tornar um discípulo relevante no serviço a Deus e ao próximo. A maneira amorosa como Jesus tratou os seus discípulos, do início ao fim do seu ministério, revela o parâmetro para que a igreja aprenda como deve ser o relacionamento com Deus e com o próximo (cf. Jo 15.9,10). Nas últimas instruções que entrega aos seus discípulos, nos momentos que antecederam a sua prisão, Jesus ilustra essa relação a partir da alegoria da videira. Ele mesmo seria a videira e os seus discípulos as varas. Deus, o Pai, é o lavrador que cuida da videira para que os seus galhos estejam em perfeitas condições de frutificar (15.1,2). Uma belíssima referência bíblica que tem muito a ensinar aos seus alunos e, certamente, servirá também para o seu preparo espiritual no momento em que tiver de lecionar as verdades do Reino Celestial. As últimas instruções de Jesus aos seus discípulos correspondem a um dos relatos mais particulares do Senhor, registrado no evangelho de João.
1. A unidade gera crescimento. A ilustração apresentada por Jesus revela um segredo espiritual muito especial a respeito do Reino de Deus. Jesus ensinou aos seus discípulos que a obediência deles aos mandamentos ordenados pelo Senhor revelariam ao mundo que eles estavam unidos em comunhão e amor (cf. Jo 13.35). Esse comportamento coletivo seria o instrumento de Deus para alcançar os que estavam perdidos pelo mundo, à margem da sociedade, ou presos em uma religião vazia como era o caso do judaísmo que consistia apenas em mandamentos de homens, mas não expressava a vida com Deus. E o maior mandamento ensinado por Jesus aos seus discípulos era que amassem uns aos outros. Mas não era um amor como haviam aprendido no judaísmo, e sim o amor prático observado no comportamento de Jesus. Por esse motivo, Jesus ensinou um “novo mandamento”: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (cf. Jo 13,34). O Mestre apresentou o padrão de amor que serviria de exemplo para que o mundo conhecesse o verdadeiro motivo que norteia a comunhão e a fidelidade dos discípulos aos ensinamentos de Cristo (cf. At 2.42-47).
2. A videira e as varas: uma relação de dependência. O compromisso de Jesus com seus discípulos era integral. O Senhor conhecia as limitações daqueles que havia escolhido e sabia também que sem o Auxiliador eles não conseguiriam dar conta da missão para a qual haviam sido comissionados (cf. Jo 14.26). Assim como a ligação com a videira era indispensável para que as varas frutificassem, os discípulos também eram totalmente dependentes da orientação de Jesus para realizarem a sua obra (cf. 15.4,5). Algumas características a respeito do exemplo ilustrado pelo Mestre devem ser consideradas. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1603):
A alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que Cristo não admitia que ‘uma vez na videira, sempre na videira’. Pelo contrário, Jesus nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a fé, deixar Jesus, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do inferno (cf. 15.6).
(1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o relacionamento salvífico entre Cristo e o crente, a saber: que nunca é um relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida que Cristo habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (Cl 3.4; 1 Jo 5.11-13).
(2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem: (a) A responsabilidade de permanecer em Cristo recai sobre o discípulo (v. 4). É esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão. (b) Permanecer em Cristo resulta em Jesus continuar a habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v. 7); plenitude de alegria (v. 11). (c) As consequências do crente deixar de permanecer em Cristo são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de Cristo e a perdição (vv. 2a, 6).
Considerando as características da relação entre Cristo e os seus discípulos, apontadas nesta lição, é possível perceber que a intenção de Deus sempre foi que os seus filhos realizassem a sua obra em inteira dependência e orientação do seu santo Espírito. Tratando-se de uma obra espiritual, requer-se dos seus obreiros que se apresentem com a mesma integridade e dedicação. Converse com seus alunos e mostre que a obra de Deus deve ser realizada por pessoas que têm o compromisso com uma vida consagrada, justa e santificada. Deus garante que a sua presença não nos faltará para que aprendamos a servi-lo da melhor maneira. Ao final reúna-os e faça uma oração, juntos, pedindo ao Senhor que os capacite a executar a sua obra com inteireza de coração.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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