quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - Desfrutando a Alegria na Esperança da Salvação - Jovens.

Lição 2 - Desfrutando a Alegria na Esperança da Salvação 

3º Trimestre de 2019
Introdução
I-Gerados para uma Viva Esperança;
II-A Alegria da Salvação;
III- Maravilhosa Salvação.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Saber que o cristão foi regenerado para uma esperança viva;
Destacar a alegria decorrente da salvação;
Ressaltar que a salvação em Cristo é o fim da nossa fé. 
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Valmir Nascimento:
          Pedro introduz sua carta com um ato de gratidão, bendizendo a Deus por ter nos gerado novamente para uma viva esperança (1.3). Não há como vencer o desânimo e as provações se primeiro não formos gratos a Deus, mesmo em momentos difíceis. É fácil agradecer ao Senhor quando tudo vai bem, quando não há perseguição ou quando a dispensa está cheia e nada nos falta. Mas é na hora da angústia que a verdadeira gratidão se expressa, quando honramos a Deus por sua grandeza e lhe bendizemos por suas providências. 
As palavras iniciais de Pedro nos ensinam que, antes de tudo, antes de chegarmos a Deus com pedidos e apresentarmos nossas dificuldades e frustrações, é preciso elevar os olhos aos céus e agradecer ao Senhor por tudo, inclusive pelo privilégio da salvação. Temos motivos de sobra para isso, não é mesmo? 
Pedro louva a Deus, afinal, por causa da sua misericórdia, fomos gerados novamente. Ninguém é capaz de nascer espiritualmente pelos seus próprios méritos (Jo 3.3-9). Fomos regenerados e temos entrada na vida cristã por causa da misericórdia divina. É a partir do reconhecimento deste favor divino que o crente deve encontrar sua identidade e encarar os dilemas da vida. 
Somos instigados a não olharmos o mundo e as lutas diárias pela perspectiva do velho homem, que é dominado pelo pecado e sufocado pelo mundo, e que só conduz ao desespero e desânimo. A nova vida que agora temos produz uma esperança viva. Muito mais que uma expectativa que pode enfraquecer com o tempo, esta esperança é cheia de vida, sempre renovada, que se fundamenta na confiança inabalável em Deus. Stanley Horton nos faz lembrar que não há incerteza na esperança cristã. Não é uma esperança do tipo “espero que sim”, mas do tipo “sei que sim”i.
Mas o que significa ter esperança? Geralmente, as pessoas confundem esperança com o ato de esperar. Embora a esperança envolva isso também, no sentido de aguardar com paciência algo que ainda irá acontecer, ela não se resume ao futuro. Ela implica tanto esperar confiantemente o futuro preparado pelo Senhor, quanto vivenciá-la hoje como um estilo de vida. Uma decorre do verbo esperar, a outra, do verbo esperançar. Uma fornece expectativa do porvir, a outra, disposição para viver o dia de hoje com ânimo e propósito. A sabedoria reside exatamente em equilibrar essas duas dimensões da esperança, compreendendo que o Reino de Deus é “Já”, mas também “Ainda não”.
C. S. Lewis, possivelmente o maior escritor cristão do Século XX, dizia que o anseio pelo mundo eterno não é uma forma de escapismo ou de auto-ilusão. Conforme Lewis, “os apóstolos, que desencadearam a conversão do Império Romano, os grandes homens que erigiram a Idade Média, os protestantes ingleses que aboliram o tráfico de escravos – todos deixaram sua marca sobre a Terra precisamente porque suas mentes estavam ocupadas com o Paraíso”. Por isso, devemos concordar com a declaração do professor de Oxford: “Foi quando os cristãos deixaram de pensar no outro mundo que se tornaram tão incompetentes neste aqui. Se você aspirar o Céu, ganhará a Terra “de lambuja”; se aspirar a Terra, perderá ambos”ii.
Devemos tomar toda cautela para não confundir esperança com otimismo humano. Enquanto este se firma na autoajuda e no pensamento positivo de que “tudo dará certo”, a esperança cristã se sustenta pela confiança em Deus e no seu trabalho por – e em – nós. A curto prazo, o otimismo humano pode até proporcionar alguns benefícios, mas, assim como o efeito placebo, sua eficácia é restrita e psicológica, não proporcionando cura verdadeira. A esperança cristã é uma convicção profunda, mas decorrente de uma vida totalmente renovada e curada pela graça divina.
A esperança firmada em Cristo e na sua cruz nos dá direção e firmeza para navegarmos pelo mar de incertezas deste mundo. Clemente de Alexandria comparava o cristão vinculado à cruz de Cristo com Odisseu, o herói da poesia épica de Homero, que – após tapar os ouvidos de seus companheiros com cera líquida – se amarrou ao mastro do navio, para assim poder ouvir sem perigo as sereias, que com seu canto, seduziam todos os homens, levando os navios a se chocarem contra a praia. Amarrado ao mastro ele estaria livre de qualquer perdição. Igualmente, quando o homem se agarra a Cristo e ao mastro da sua cruz, quando - como diz Paulo - "o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo", então ele pode ouvir todas essas vozes do mundo sem medo de que elas o confundirão e desviarão do caminho. Cativos ao madeiro podemos chegar ao porto seguro!iii 
Ressurreição de Cristo: garantia da nossa herança
Não é sem sentido que esta nova vida em esperança, escreve Pedro, se deu “pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (v.3). Este acontecimento histórico é a base da confiança dos salvos. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e fé, advertiu o apóstolo Paulo (1 Co 15.14). Mas, uma vez que Ele ressurgiu dentre os mortos ao terceiro dia, podemos confiar. Como diz a bela letra do Hino 545 da Harpa: “Porque Ele vive, posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há. Mas eu bem sei, eu sei que a minha vida. Está nas mãos do meu Jesus, que vivo está”.
Muitas pessoas se frustram por depositarem as esperanças no dinheiro, na política ou na capacidade humana, pois tudo isso não passa de ilusão. Enquanto o ceticismo, o ateísmo, o existencialismo e as demais filosofias humanas que emergem na pós-modernidade não conseguem fornecer um fundamento de esperança real para as pessoas, a fé cristã, com os olhos voltados para a cruz e para a ressurreição de Cristo, dá significado e perspectiva de futuro a todos quantos recebem a salvação.
Assim, “a ressurreição de Cristo nos dá a certeza de que nós também ressuscitaremos dos mortos. Os crentes “nascem de novo” da sua condição de pecadores para uma vida de graça, a qual, no final, se tornará uma vida de glória. Não devemos nos sentir desencorajados pelas provações terrenas, pois temos a ressurreição como a nossa segurança.”iv 
Pedro quer fazer os seus leitores perceberem que a esperança em Cristo não é vazia, uma mera utopia humana, por isso ele a compara a uma herança, com três atributos especiais: ela é incorruptível, incontaminável e não pode murchar (v.4). 
Conforme Ênio Muller v, a palavra incorruptível, do grego afharton, tem o sentido de algo que não perece, não apodrece, não se deteriora. Incontaminável, amianton, é algo sem mácula, absolutamente limpo, sem qualquer tipo de sujeira e contaminação. Amaranton, é uma característica daquilo que é imarcescível, inalterável, algo que não pode murchar. Trata-se de uma herança incomparável, imensamente mais valiosa que os bens e os tesouros deste mundo, os quais perecem, são maculados e desintegram facilmente (Tg 5.1-3; Lc 12.19,20). 
Além de termos a garantia de que a herança de Deus se encontra reservada para nós, temos também a segurança de que estamos sendo guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes a se revelar no último tempo (v.5). Portanto, o crente tem a garantia dupla de Deus: de ser protegido durante a jornada e de receber um prêmio indestrutível ao final. Estamos sendo guardados para a glória. É certo dizer com o expositor bíblico Warren Wirsbe que “os cristãos não são guardados pelo próprio poder, mas sim pelo poder de Deus”vi . No entanto, a condição para esta proteção e segurança durante a jornada até ao céu está clara no texto: “mediante a fé”. Logo, prossegue Wirsbe, “a fé em Cristo une cada um ao Senhor de tal modo que o poder dEle guarda e guia a vi¬da do que crê. Ninguém é guardado pela própria força, mas pela fidelidade de Deus”vii.
Por meio desta palavra, o Espírito de Deus quer mostrar ao cristão quão precioso é estar em Cristo e aguardar nEle as bênçãos celestiais da salvação (Cl 3.24; Ef 1.18).  Deus nos concedeu uma herança indestrutível que nem o mundo ou as condições desfavoráveis podem abalar.
A Alegria da Salvação
Alegria no sofrimento (1.6)
Pedro escreve numa sequência impressionante. Ele parece agitar os braços para chamar a nossa atenção, a fim de que fiquemos atentos às suas palavras. E assim, ele prossegue no verso 6: “... em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações”. Aqui, o apóstolo começa a tocar em um dos aspectos centrais de sua epístola, referente às provações neste mundo. Antes, porém, quer ressaltar que os crentes desfrutam de uma grande alegria decorrente da salvação. Seu propósito é enfatizar que a salvação não produz somente uma herança futura, mas também alegria presente.
A salvação e a vida em Cristo não levam uma pessoa ao tédio religioso. Muito pelo contrário, uma vez que temos uma viva esperança, há de se fazer notar em todo cristão uma alegria incomparável. Enquanto vive nesta terra, o cristão pode desfrutar de todas as suas bênçãos, inclusive a alegria verdadeira (Sl 35.9; 68.3; 1 Ts 5.16). 
Assim que me converti um livro em especial me ajudou bastante na caminhada da fé, inclusive para entender o sentido da alegria cristã. Trata-se da pequena obra “O sabor da alegria”, escrita por Calvin Miller viii. Nela, Miller questiona por que muitos cristãos vivem infelizes. Nas primeiras horas após a conversão, eles se sentiam felizes, porém, com o tempo, o calor foi se esfriando, e mais tarde acabou morrendo. Apesar de uns pequenos lampejos de “felicidade”, na maior parte do tempo se viam numa busca ansiosa por contentamento. Com sentimento de vazio, alguns abandonaram a igreja...
O autor percebeu em sua análise duas posturas equivocadas que levam a esse tipo de situação, uma institucional e outra pessoal. O primeiro erro tem a ver com a forma como algumas igrejas apresentam o evangelho, sob a promessa de bem-estar e felicidade momentânea neste mundo. O problema é que este cristianismo regado a slogans fáceis de alegria distorce a verdade das Escrituras, ao mesmo tempo em que não prepara os cristãos para enfrentar suas fraquezas emocionais e os momentos mais difíceis da vida. 
Todo aquele que se converte acreditando que Deus e a igreja existem para fazê-lo feliz, não compreendeu de fato o significado do verdadeiro Evangelho, por isso mesmo sua fé provavelmente irá fracassar. Segundo Calvin Miller, Deus e a igreja não existem para fazer-nos felizes. Em suas palavras: “Qualquer um que sustente tal ponto de vista absurdo vai ter um péssimo relacionamento com Deus. Ele não proporciona prodigamente a seus filhos um discipulado alegre a fim de que possam nadar em êxtase espiritual entre a conversão e a morte. O que Ele dá é redenção, significado, segurança, amor, vitória e a permanência do Espírito Santo. A felicidade é simplesmente nossa reação a essas dádivas”.
O outro equívoco, segundo Miller, reside na confusão que muitos cristãos fazem entre felicidade e alegria. “A felicidade é uma emoção flutuante, leve, que resulta dos níveis momentâneos de bem-estar que caracterizam nossas vidas”. Enquanto isso, a alegria é material de alicerce; é uma confiança que opera independentemente de nosso estado de espírito. “Alegria é a certeza de que tudo está bem, não importa como nos sentimos”. Por isso, “a alegria em Cristo desconhece placas indicadoras que digam: ‘A alegria começa aqui’ Nascemos em Cristo e desse modo nos encontramos no próprio seio do Todo-Poderoso. Estamos sempre em Deus! As Escrituras nos ensinam que nEle vivemos e nos movemos e existimos” ix.
Assim, a alegria cristã não se confunde com um estado de euforia ou com um sentimento de prazer passageiro. A alegria resultante da salvação não é um fim em si mesmo, mas sim o contentamento que advém da transformação interior e da comunhão que o crente tem com Deus. É uma alegria espiritual profunda (Lc 1.46,47; At 16.34; 1 Pe 4.13). É nessa perspectiva que o apóstolo Pedro afirma que nos alegramos grandemente. Isto não significa de modo algum que o cristão esteja isento de passar por momentos difíceis na vida. Pelo contrário, até importa, diz Pedro, estar contristados com várias provações. 
A fé que é provada (1.7-8)
As perseguições que os cristãos daquela época suportaram eram intensas, devido ao compromisso que tinham com Cristo. Pedro tinha convicção disso, assim como sabia que a tendência era aumentar com o tempo. Considerando que os valores de Cristo se contrastam com os do mundo, os discípulos de Jesus serão hostilizados e perseguidos sempre que se manterem fiéis aos ensinos do Mestre. 
Pedro declara o propósito da provação: “... para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (v.7). A provação, nesse caso, é uma forma de testar a fé do povo de Deus . O apóstolo compara o cristão ao ouro, um dos mais nobres metais. Assim como o ourives submete o ouro ao fogo, para que tenha suas impurezas removidas e a autenticidade revelada, o cristão também passa por várias tribulações nesta terra. 
Warren Wirsbe extrai dessa passagem alguns belos ensinos acerca da provação:
Em primeiro lugar, as provações suprem necessidades. A expressão "se necessário", empregada por Pedro, sugere que há ocasiões especiais em que Deus sabe que precisamos passar por provações, seja por desobediência (SI 119:67), ou para o nosso crescimento (2 Co 12.1-9)xi.
Em segundo lugar, as provações são variadas. Não se deve imaginar, segundo Wirsbe, que, “pelo fato de termos vencido um tipo de provação, automaticamente venceremos todas as provações. Elas são variadas, e Deus as ajusta segundo nossas forças e necessidades”xii. Em terceiro, as provações são dolorosas, pois elas nos deixam contristados, termo que se refere a "sentir dor ou tristeza profunda", a mesma palavra é usada para descrever a experiência de Jesus no Getsêmani (Mt 26:37)xiii.
Por fim, as provações são controladas por Deus. O Senhor não permite que as dores durem para sempre; somos contristados "por um breve tempo". “Quando Deus permite que seus filhos passem pela fornalha, mantém os olhos no relógio e a mão no termostato. Se nos rebelarmos, ele reinicia o relógio, mas se nos sujeitarmos, ele não permite o sofrimento um minuto além do necessário. O que importa é aprender a lição que ele deseja ensinar e glorificar somente a Ele”xiv.
Para desespero e vergonha dos pregadores triunfalistas da prosperidade, as palavras de Pedro fazem transparecer de modo irrefutável que o cristianismo não é uma religião estranha ao sofrimento e ao infortúnio nesta vida. Pelo contrário, a experiência da dor, quando bem compreendida e administrada aos cuidados de Deus, faz-nos perceber a mais bela dimensão da fé. Se a fé cristã encontra sua máxima expressão nas feridas de Cristo, então não há como dissociar o nosso cristianismo das provações. 
Em seu livro Toque as feridas, Tomás Halík observou muito bem que “a história narrada pela Bíblia não é um idílio doce, mas um drama perturbador; o mundo do qual falam as Escrituras tem (como também o nosso mundo atual) feridas sangrentas e dolorosas – e o Deus que este mundo confessa também as tem”xv. Nos Evangelhos, Deus, por meio do seu Filho Jesus, “se manifesta como Deus ferido – não como um deus apático do estoicismo, nem como um deus que nada mais é do que a projeção dos nossos desejos ou o símbolo das ambições de poder de um indivíduo ou de uma nação. Este Deus é um Deus simpático, ou seja, um Deus compassivo, um Deus que sente e sofre com o ser humano”xvi. Eis o motivo pelo qual Halík declara que a fé “só consegue se livrar do fardo das dúvidas e experimentar a segurança e tranquilidade interna de um lar se ela avançar no íngreme ‘caminho da cruz’, se ela se voltar para Deus pela porta estreita das feridas de Cristo...”xvii.
O júbilo do cristão está alicerçado em Cristo, mediante a fé (v.5). Ele é a razão da nossa alegria. Da mesma maneira que os destinatários da carta não chegaram a ver Jesus pessoalmente, mas o amavam e nEle se alegravam, assim somos nós (v.8). Enquanto o mundo valoriza e se satisfaz somente com aquilo que se pode ver e tocar, submersos nessa cultura materialista e hedonista, o cristão exulta por causa da fé! Mas não se trata de um pensamento positivo, mas uma fé com firme fundamento e convicção profunda (Hb 11.1), que produz uma alegria inefável e repleta de glória.
A Maravilhosa Salvação: o propósito da nossa fé
O propósito da fé (1.9-12)
O verso 9 culmina com a declaração de Pedro sobre o resultado final da fé:“alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma”. Os leitores da epístola, assim como nós, não poderiam perder o foco da redenção proporcionada por Cristo Jesus. Afinal, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento a doutrina da salvação ocupa um lugar especial nas Escrituras, tendo sido tratada de maneira diligente pelos profetas que falaram desta graça. 
É essencial, portanto, atentarmos para esta tão grande salvação, como bem alerta a Carta aos Hebreus (Hb 2.3). Isso significa valorizar a morte dolorosa e vicária de Cristo no Gólgota, assim como exercê-la com temor e tremor (Fp 2.12), com uma conduta digna de alguém que foi justificado e absolvido da condenação eterna.  Pedro está mostrando que vale a pena esperar pela salvação. Podemos ser perseguidos, desprezados e até mesmo mortos, mas a recompensa é valiosa.
O verso 10 mostra que a salvação é pela graça (gr. charis). É esta benevolência da parte de Deus que possibilita ao homem ter os seus pecados perdoados e o nome escrito no Livro da Vida. O apóstolo Paulo também reforça esta verdade ao escrever: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8). A salvação, nesse sentido, não se deve ao mérito, às obras ou à capacidade do homem (Rm 11.6). 
A graça salvadora é uma benção abrangente. Além de ser uma provisão do Senhor para com o indigno transgressor da sua lei (cf. Rm 3.9-26), ela convida, convence, e capacita o pecador a ir ao encontro de Cristo. Mas não se trata de uma força irresistível, como defende certo segmento religioso, até porque isso seria um contrassenso. A graça de Deus é uma oferta benevolente, cabendo ao pecador, de maneira voluntária, aceitá-la ou não.
Seguindo seu raciocínio, Pedro vai destacar que a vinda de Cristo era um cumprimento profético (vv. 10-12). As dores e a glória do Filho de Deus já haviam sido reveladas aos profetas, por meio do Espírito de Cristo, o Espírito Santo. 
Sobre a passagem, Wayne Grudem explica que os profetas do Antigo Testamento examinaram e investigaram com grande expectativa suas próprias profecias, outros textos das Escrituras e época em que viveram para tentar descobrir “quem” ou “qual época” o Espírito de Cristo estava indicando quando ele predizia os sofrimento de Cristo e as glórias de seu reino. Assim, conclui Wayne Grudem, “como agora já sabemos as respostas às perguntas “Quem?” (Jesus) e “Quando?” (ao longo da vida de Jesus e sua subsequente era da Igreja), deveríamos ler os profetas do Antigo Testamento com entusiasmo, na expectativa de que nosso coração seja inspirado a louvar, quando ali descobrimos que o tema central são os sofrimentos do nosso Salvador em nosso benefício e as glórias do consequente Reino, do qual já somos membros”.
Esta passagem se conecta de algum modo com o que está registrado na segunda carta de Pedro, quando ele se refere à autenticidade da palavra dos profetas, e por isso fazemos muito bem em prestar atenção a elas (2 Pe 1.19). Afinal, nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas aqueles homens santos falaram da parte de Deus, orientados pelo Espírito Santo (vv. 20-21).
Com efeito, da mesma maneira que o sofrimento se cumpriu, a glória também há de ser efetivada. Esta confiança está alicerçada no fato de que a Palavra de Deus não volta vazia (Is 55.11).
                                                                             
*Adquira o livro do trimestre. NASCIMENTO, Valmir. A Razão da Nossa Esperança:Alegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

i HORTON, Stanley M. 1 e 2 Pedro: A razão da nossa esperança. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 16. ii LEWIS, C.S. Cristianismo puro e simples. São Paulo: Martins Fontes, 2005, pp. 178-179. iii Cf. HALÍK, Tomás. Toque as feridas: sobre sofrimento, confiança e a arte da transformação. Petrópolis: Editora Vozes, 2016, pp. 91-92.iv  Bíblia Aplicação Pessoal, p. 705.v  MUELLER, 1988, pp. 78-79.vi WIRSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo – Novo Testamento – Vol. II. Santo André: Geográfica, 2007, p. 506.vii  Idem.viii  MILLER, Calvin. O sabor da alegria: recuperando o brilho perdido do discipulado. São Paulo: Editora Vida, 1994.ix  MULLER, 1994, p. 9.x  STRONSTAD, Roger. I e II Pedro. Em: ARRINGTON, French; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento – Vol. 2. Rio de Janeiro: 2015, p. 895.xi  WIRSBE, 2007, p. 506.xii  Idem.xiii  Idem.xiv  WIRSBE, 2007, p. 507.xv HALÍK, 2016, p. 23.xvi  Idem.xvii HALÍK, 2016, p. 15.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - Conselhos Valiosos para a Vida Cristã em Família - Jovens.

Lição 5 - Conselhos Valiosos para a Vida Cristã em Família

 3º Trimestre de 2019
Introdução
I-A Conduta da Mulher Cristã;
II-A Verdadeira Beleza;
III-A Conduta do Homem Cristão.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Descrever a conduta da mulher cristã segundo as Escrituras;
Explicar e incentivar à busca pelo padrão da verdadeira beleza;
Aprender sobre os deveres conjugais do homem cristão. 
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Valmir Nascimento:
Nas Escrituras o casamento e o relacionamento conjugal são temas altamente valorizados. Isso porque, a família não é uma criação humana, mas divina. Foi ela formulada para ser um centro de comunhão entre os cônjuges, a célula básica a partir da qual as bênçãos de Deus brotariam e se espalhariam sobre a terra (Gn 1.28). 
Todavia, para que a família seja bênção, e não maldição, núcleo de cooperação mútua e não de desavenças, requer-se que o matrimônio seja construído com estrita observância aos princípios bíblicos, e que cada cônjuge desempenhe com fidelidade o respectivo papel que lhe foi ordenado por Deus. 
Dentro dessa perspectiva, Pedro tinha consciência da importância de instruir os seus leitores acerca da vida do lar, mais especialmente sobre os deveres da esposa e do esposo, como requisito fundamental para a edificação do matrimônio. Por essa razão, Pedro e Paulo investem muito tempo escrevendo instruções para as esposas e maridos; pois, nas palavras de Simon Kistemaker, eles “sabem que as unidades familiares são os tijolos que formam a construção da sociedade e que um relacionamento saudável entre marido e mulher é o cimento que une a família”i.
Assim, depois de tratar de aspectos mais abrangentes em sua carta, envolvendo as relações sociais e políticas, Pedro chega ao círculo íntimo do relacionamento conjugal, passando a oferecer aos seus leitores conselhos valiosos para a vida cristã em família. 
A Conduta da Mulher Cristã
A submissão da esposa cristã (3.1)
Ainda se valendo do princípio da submissão, aplicado anteriormente ao governo e aos superiores, Pedro dirige agora sua atenção para a família. Ele recomenda inicialmente que as mulheres sejam sujeitas aos seus próprios maridos (v.1).
A palavra “semelhantemente” não significa que as mulheres sejam comparadas aos escravos, evidentemente. Pedro está se referindo ao princípio fundamental da submissão, equivalendo a expressão ao advérbio também. Assim como os cidadãos estão sujeitos às autoridades, e os servos aos seus senhores, as esposas também devem estar sujeitas aos seus maridos.
Mesmo assim, longe daquele contexto cultural, a expressão parece forte e até mesmo ofensiva para os nossos dias. A imagem contemporânea de uma esposa submissa é de uma coitadinha, silenciosa, deprimida, sendo pisada e chicoteada por um carrasco abusivo e infiel; ou alguém que não abre a boca, pois não tem a opinião formada sobre nada, uma verdadeira nulidade ii.
Todavia, a orientação de Pedro não significa uma subserviência cega, pela qual a esposa deva se colocar numa situação de servidão ao seu cônjuge, nem sugere que os homens sejam melhores que as mulheres. As Escrituras ensinam que a mulher foi criada por Deus como a auxiliadora, a companheira do homem (Gn 2.18). Em termos bíblicos, a esposa se submete voluntariamente ao seu marido não porque o sexo feminino seja inferior ao masculino, e sim porque o esposo recebeu de Deus a autoridade do lar (Gn 3.16; 1 Co 11.3; Cl 3.18; Tt 2.5). 
Então, como podemos definir este tipo de submissão? Judith Kemp esclarece que submissão significa “render uma obediência inteligente e humilde a alguém que tenha sido investido de poder por Deus” iii. Quando uma mulher se dispõe a ser submissa, afirma Judith, “ela também se realiza, porque o Senhor abençoa o seu lar com a paz, a unidade e o afeto que ela necessita para sentir-se amada, protegida e segura” iv.
Note que a submissão da mulher a que Pedro alude é em relação ao marido, dentro do casamento, e não ao sexo masculino em geral. Isso porque, a mulher é um ser criado por Deus (Gn 1.26,27), detendo a mesma dignidade e honra humana. Na perspectiva cristã, portanto, não há distinção no status entre homem e mulher; somos um em Cristo Jesus (Gl 3.28).
É válido recordar que o cristianismo foi responsável por elevar a mulher à condição de igualdade e dignidade social. Em muitas culturas antigas elas ocupavam posição de inferioridade, eram excluídas da vida social e até mesmo tratadas como objetos. Jesus, por outro lado, sem desprezo e indiferença esteve com elas (Jo 4.10-26; 11.20­27), recebeu seus atos de bondade e apoio financeiro (Lc 8.3), estendendo seu tratamento gracioso às pecadoras e rejeitadas pela sociedade (Jo 12.1-11; Mt 21.31; Jo 8.1-11). Foi às mulheres, aliás, que o Senhor primeiro apareceu logo após a sua ressurreição (Mt 28.9). 
Nos passos do Mestre, o cristianismo sempre rejeitou a concepção da mulher como objeto e propriedade do homem conferindo-lhe direitos e garantias contra qualquer tipo de subjugação e opressão. Em Romanos 16.1-7,12, as mulheres são particularmente mencionadas pela sua liderança, sabedoria e serviço no ministério. 
Tais ensinamentos são suficientes para rejeitar tanto o machismo quanto o feminismo presente na sociedade contemporânea. Enquanto o primeiro é uma postura que supervaloriza o sexo masculino em detrimento do feminino, o segundo é uma ideologia diabólica que distorce o papel da mulher, criando uma luta dos sexos. 
Ganhando o esposo não crente (3.1,2)
A conduta respeitosa da mulher cristã para com o seu esposo é importante inclusive como uma forma de ganhar aqueles que ainda não conheciam ao Senhor: (...) para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, escreveu Pedro.
Naquele contexto, na medida em que a comunidade cristã se expandia, era comum que mulheres casadas se convertessem, enquanto seus cônjuges continuavam no paganismo. Conforme levantamento de Jeremiah Johnston, havia mais mulheres do que homens na Igreja Primitiva. Provavelmente, 64% dos cristãos eram mulheres por volta de 80 d.C v.
A conversão feminina provocava tensão dentro do lar, pois os maridos viam isso como uma forma de infidelidade e insubmissão, visto que, na cultura do primeiro século, era esperado que as mulheres adotassem a mesma religião dos esposos. A ênfase de Pedro nesse assunto se deve ao fato de tal situação ser bem mais difícil do que o caso de um homem convertido casado com uma mulher pagã. 
Apesar de todos os desafios que enfrentariam, as mulheres cristãs não deviam desonrar os seu maridos e muito menos abandoná-los. Por meio de um temor santo e um bom testemunho dentro do lar (v.2), a esposa poderia levar o seu companheiro aos pés de Cristo, mesmo sem proferir qualquer palavra. Isso porque, o procedimento da mulher sábia fala mais alto do que a sua voz!
É possível que os maridos a que Pedro se refere já tivessem ouvido o Evangelho, conforme se subentende na expressão “se algum não obedece à palavra...”. Desse modo, o escritor sacro não está sugerindo que não precisamos usar as palavras para anunciar as Boas-Novas, e sim que no caso em questão a melhor forma de ganhar os maridos era pelo estilo de vida humilde e temente a Deus. A esposa sábia, que edifica o seu lar, conduz o marido a Cristo por meio de sua conduta respeitosa, amorosa e paciente.
Este princípio não se aplica somente às mulheres. Na verdade, o conselho do apóstolo Pedro é uma aplicação específica do ensinamento que ele deu em 2.12, sobre viver honestamente entre os descrentes, os quais observam as nossas boas obras. Desse modo, assim como o bom proceder da esposa pode levar o marido aos pés da cruz, o esposo pode fazer o mesmo em relação à sua esposa descrente. Uma vez que estamos sendo observados pelo mundo, é nosso papel adotar um estilo de vida que honre ao Evangelho e conduza as pessoas ao Senhor Jesus.
Uma outra razão do conselho bíblico para ganharmos os descrentes mesmo sem usar as palavras, é que não são poucos aqueles que não sabem usar as palavras adequadas para pregar o Evangelho. Em vez de conduzir a Cristo, acabam afastando as pessoas ainda mais. Em muitas ocasiões, isso ocorre por falta de sabedoria e de experiência para conduzir alguns diálogos com os descrentes. 
Às vezes, falar sobre religião gera discordâncias e conflitos, principalmente quando o crente, em vez de anunciar as Boas-Novas de maneira piedosa, acaba por condenar o outro ou fazer comentários depreciativos sobre a religião alheia. Nesse caso, realmente era preferível ter ficado calado, privilegiando o evangelismo silencioso e testemunhal.
O fato é que o apóstolo se preocupava com a salvação dos esposos incrédulos, mas também com a preservação do matrimônio. Isso porque, a indissolubilidade do casamento é um princípio bíblico nuclear para a família. O que Deus uniu, não separe o homem (Mc 10.7-9). O casamento não é para durar até a paixão acabar ou até a beleza se esvair. É para a vida toda.
Em nossos dias, a instituição familiar sofre ataques de vários lados; casais se unem em casamento como se fosse uma aventura qualquer, e rapidamente se separam por motivos banais. À luz das Escrituras, os cristãos continuam defendendo que o matrimônio é uma instituição sagrada. Por esse motivo, a decisão de constituir uma família deve ser tomada com muita cautela e oração, pois não se trata de um simples contrato, mas o solene ato pela qual duas pessoas se tornam uma só carne.
A Verdadeira Beleza
O perigo da vaidade (3.3)
Dentro da cultura pagã, havia uma preocupação excessiva com a aparência exterior. As mulheres se valiam de vários adornos e adereços, fabricados com pedras e metais preciosos, com o propósito de seduzir os homens. Contrário a esse modelo, Pedro orienta as servas de Deus a agirem de um jeito diferente: "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura de vestes" (v.3). Na versão do King James assim está escrito: “Portanto, o que vos torna belas e admiráveis não devem ser os enfeites exteriores, como as tranças do cabelo, as finas joias de ouro ou o luxo dos vestidos”.
Certamente, Pedro não está pondo em questão o cuidado que a mulher naturalmente tem com a aparência. A advertência é contra a conduta vaidosa, a valorização excessiva da aparência exterior. 
Os dicionários definem vaidade como a ostentação das próprias características pessoais, e também como a qualidade do que é vão, inútil, sem valor. Eis o motivo pelo qual as Escrituras insistentemente exortam contra este pecado (Jó 15.31; Sl 24.4; Jr 51.18). O envaidecimento pode se manifestar em todas as áreas da vida, mas é na aparência pessoal que ele mais se revela. 
Como é fácil supor, as mulheres romanas gostavam de seguir a tendência da moda e certamente competiam entre si em termos de vestes e penteados. Os adereços eram usados com o propósito de impressionar os outros e até mesmo para causar inveja. 
Essa postura em nada difere daquela que presenciamos em nossos dias. Se o autor sagrado tinha motivos suficientes para conscientizar a comunidade cristã ainda no primeiro século, vivendo numa sociedade que ainda desconhecia os apelos da mídia e da moda, quanto mais tem a igreja em atentar para os perigos da vaidade no Século XXI. Afinal, o tempo presente é marcado pela busca da beleza efêmera, pela supervalorização do corpo e da estética pessoal. O crescimento da indústria cosmética e dos acessórios de embelezamento mostra a devoção excessiva das pessoas em busca da aparência e do corpo ideal.
O conselho de Pedro caminha na contramão dessa cultura. A mulher cristã não precisa imitar o mundo para ganhar o seu cônjuge, seguindo o padrão de beleza da sociedade. E da mesma sorte, aplicando o ensinamento sobre outra vertente, o marido cristão não deve exigir ou esperar que a sua esposa adote os adereços da última moda simplesmente para lhe satisfazer. O amor não precisa de justificativas e muito menos de incrementos visuais.
A beleza interior e o exemplo das mulheres de Deus (3.4-6)
O cerne do ensino do escritor bíblico é que a verdadeira beleza não está no exterior, naquilo que é aparente, nas roupas de grife e nas joias caras e extravagantes, e sim no interior do coração (v.4). Os adornos e as roupas da moda com o tempo perecem e perdem o valor, assim como a beleza física um dia se vai. 
Conforme Warren Wirsbe, “o glamour é artificial e exterior; a verdadeira beleza é real e interior. O glamour é algo que a pessoa pode por e tirar; mas a verdadeira beleza está sempre presente” vi. Wirsbe ainda diz que “o glamour é corruptível; desfaz-se e some. A verdadeira beleza do coração torna-se mais maravilhosa com o passar do tempo. A mulher cristã que cultiva a beleza do ser interior não precisa depender de adornos exteriores vulgares” vii. Afinal, “Deus se preocupa com valores, não com preços” viii.
Diferentemente da beleza superficial, o encanto que brota do interior, consistente num caráter manso e sossegado, que é precioso diante de Deus, nunca se deteriora. Por certo, isso não significa que a mulher cristã deva descuidar da sua aparência e vestuário. Afinal, uma vez que o corpo é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16), é precisamos zelar dele como verdadeiros mordomos, alimentando e cuidando (Ef 5.29), assim como usando as roupas adequadas. 
Na vida cristã, caráter e conduta valem mais do que a aparência estética. Todavia, aquilo que trajamos revela o que há dentro de nós, seja bom ou ruim. Assim, a mulher cristã é aconselhada a se vestir com modéstia e discrição (1 Tm 2.9-10). Com graça e elegância, pode-se velar um viver lindo e transformado por Cristo.
Pedro usa o exemplo das santas mulheres de Deus: “Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus e estavam sujeitas ao seu próprio marido, como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós sois filhas, fazendo o bem e não temendo nenhum espanto” (vv.5,6). Kistemaker explica que ao chamar as mulheres do Antigo Testamento de “santas”, Pedro não quer dizer que eram perfeitas; ele está referindo-se ao seu relacionamento com Deus, pois seu espírito manso e tranquilo era precioso aos olhos de Deus ix.
Tais mulheres eram dignas de serem imitadas por causa de três virtudes essenciais. Em primeiro lugar, elas se adornavam de um jeito especial, ou seja, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Em segundo lugar, esperavam em Deus; isto é, tinham esperança e fé no Senhor. E, em terceiro lugar, eram sujeitas aos seus maridos, como exemplo de obediência e respeito.
O fato de Pedro usar as mulheres do passado como modelo de conduta é significativo para os nossos dias, e nos leva a uma pergunta intrigante: A quem as mulheres cristãs estão imitando ou tendo como modelo? As santas mulheres de Deus ou as celebridades do presente? Quem influencia a nossa forma de vestir? O povo de Deus ou os artistas do mundo? A resposta honesta a essa pergunta vai nos revelar a razão de ser do ensino do apóstolo Pedro! 
A Conduta do Homem Cristão
A responsabilidade do esposo cristão (3.7)
Pedro não restringe seus conselhos às mulheres; ele também se dirige aos maridos cristãos. Ele diz: “Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações” (v.7).
A palavra "igualmente" (v.7) denota que, assim como a mulher, o homem tem as suas responsabilidades matrimoniais, porquanto o casamento exige obrigações recíprocas entre os cônjuges. 
O fato de o homem ser o detentor da autoridade familiar, aliás, lhe exige maiores responsabilidades, começando por saber exercê-la com sabedoria. O esposo e pai cristão deve governar sua casa com autoridade e não com autoritarismo, falta de respeito e truculência. 
O homem é o líder, não o ditador do lar. Por meio do exercício correto do poder que lhe fora confiado por Deus, o homem cumpre fielmente o papel de governante, protetor e provedor do lar (1 Tm 3.4; 5.8), não somente no aspecto material, mas também espiritual e emocional. 
Convivendo com entendimento
Considerando que o marido cristão ocupa a posição de autoridade do lar, Pedro instrui os maridos a viverem com vossas esposas a vida cotidiana do lar, com sabedoria, proporcionando honra à mulher como parte mais frágil e co-herdeira do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as vossas orações (King James).
O primeiro ensinamento que flui dessa passagem é a importância da convivência familiar. Devem ser sábios no convívio. O trabalho e os afazeres do dia a dia, nem mesmo eclesiásticos, não podem tirar a atenção e o cuidado devido à esposa. Coabitar com entendimento implica constante diálogo e comum acordo, visando o bem-estar de toda a família. 
Em segundo lugar, o esposo cristão é instado a tratar sua mulher com consideração e respeito, porquanto ela é merecedora de honra, como um verdadeiro presente de Deus. O conselho de Paulo aos Efésios (2.55) é muito importante para corroborar as palavras de Pedro, pois coloca lado a lado as responsabilidades do casal. Se por um lado a esposa é exortada a obedecer ao seu marido, este por sua vez tem o dever de amar a sua esposa. Os papeis do homem e da mulher dentro do matrimônio são distintos, mas estão intrinsecamente relacionados. A obediência que se espera da mulher é baseada no amor; e o amor que o homem nutre pela sua adjutora faz-lhe liderar o lar com sabedoria, bondade e sensibilidade.
Em ambas as obrigações, Jesus é o ponto de referência. A mulher obedece ao seu esposo, como obedece ao Senhor. E o homem, por sua vez, ama a esposa como Cristo amou a sua igreja. O padrão de obediência da mulher é ela mesma, por causa de Cristo, mas o paradigma de amor do homem é o de Cristo em relação à igreja. A obediência da mulher pode ser condicional, a depender da conduta e das intenções do marido. Mas, o amor do homem pela sua esposa, é sempre incondicional. Jaime Kemp diz: “O amor que o marido deve ter pela esposa deve ser incondicional, ou seja, independente das circunstâncias, da personalidade dela, da sua beleza ou humor” x.
O terceiro aspecto subentendido no texto é que o marido cristão precisa considerar as características femininas, a sua condição física e emocional. Ao se referir à mulher como “vaso mais fraco” Pedro não está desmerecendo o sexo feminino, e sim chamando a atenção para que o esposo cuide com esmero e carinho da sua companheira, como um delicado vaso de porcelana, o que sugere apoio, cortesia, cavalheirismo e compreensão. Isso se aplica a todos os âmbitos do relacionamento, inclusive sexual (1 Co 7.3). 
A igualdade espiritual
O autor reforça a igualdade entre homem e mulher à luz das Escrituras ao dizer que ambos são coerdeiros da graça divina. A salvação e as bênçãos espirituais não são privilégios dos homens, pois Deus não faz acepção de pessoas. 
Mais um motivo para Pedro advertir os homens sobre a importância do tratamento dispensado às esposas, sob pena das orações serem impedidas de chegarem a Deus. Em outras palavras, a relação matrimonial tem consequências espirituais. A oração não tem efeito quando faltam respeito e cumplicidade no lar!
A oração é uma necessidade dentro da família cristã. Somos instados a mantermos uma vida constante de oração. Para estar forte espiritualmente, a família deve adotar o culto no lar e a oração em família. Todavia, a oração não é um ato formal; ela deve espelhar a boa convivência entre os membros da casa.
A síntese do ensino de Pedro é que o marido e mulher vivam juntos, e o homem é chamado a ter sabedoria no modo de tratar a esposa, por ser ela mais delicada; deve tratá-la com honra, com dignidade, mais ainda quando ambos são cristãos xi. O relacionamento conjugal tem implicações espirituais. As orações são efetivas ou não, dependente da situação do casal.
*Adquira o livro do trimestre. NASCIMENTO, Valmir. A Razão da Nossa EsperançaAlegria, Crescimento e Firmeza nas Cartas de Pedro. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 

i KISTEMAKER, Simon. Epístolas de Pedro e Judas. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 161.
ii Bíblia da Família: Nova Tradução na Linguagem de Hoje – Coletânea de textos de Jaime e Judith Kemp. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006, p. 1317.
iii Idem.
iv Idem.
v JOHNSTON, 2018, p. 197.
vi WIRSBE, 2007, p. 528.
vii Idem.
viii Idem.
ix KISTEMAKER, 2006, p. 168.
Bíblia da Família, 2006, p. 1231.
xi KISTEMAKER, 2006, p. 183.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - A Mordomia da Igreja Local - Adultos.

Lição 5 - A Mordomia da Igreja Local

3° Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS
II – A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA 
III – A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL
Elinaldo Renovato
       A igreja local é a expressão da comunidade cristã, que constitui a “[...] universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus [...]” (Hb 12.23a). Nesse aspecto, o místico, ela é chamada de a “Igreja Universal”, o “Corpo de Cristo”, ou a “Noiva do Cordeiro”. É formada por todos os crentes, salvos, vivos (ou mortos), santos e fiéis. Ela só pode ser vista ao mesmo tempo por Deus, que, do seu Trono, vê todas as pessoas e todas as coisas num “eterno agora”, como diria um grande teólogo. Como tal, a Igreja é um organismo espiritual, tendo Cristo como a Cabeça, como diz Paulo aos Colossenses: “E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Cl 1.18), e os crentes são como seu Corpo. Nesse aspecto, a Igreja tem a administração espiritual, sobrenatural, estando sob a direção do Espírito Santo (Jo 14.26). Só precisamos colocar-nos sob sua dependência para tudo funcionar bem. 

      É a essa Igreja que se refere o autor do livro “Aos Hebreus”, que se expressa de modo eloquente nas seguintes palavras: “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22,23 – grifo nosso). Nessa Igreja (com “i” maiúsculo), só os salvos de verdade estão incluídos, tanto os vivos como os que já morreram, desde a fundação do mundo.

      No âmbito da igreja local, que é o objeto deste estudo neste capítulo, a igreja é formada por pessoas que se unem e que se reúnem para adorar e servir a Deus em um determinado lugar (bairro, região, país, etc.), sendo formada pelos crentes, salvos (ou não), sendo vista por Deus e também pelas pessoas em geral. No meio dessa igreja (local), estão “o trigo” e “o joio”, ou seja, os crentes fiéis e, ao mesmo tempo, aqueles que não são fiéis, ou santos. Como organização, a igreja local precisa de direção, de atividades, de normas, de estatutos e, principalmente, de ações humanas. Neste aspecto organizacional, a igreja precisa de Administração Eclesiástica.

      Desse modo, ao analisarmos a mordomia da igreja local, devemos ter em mente que todos os que a integram são responsáveis perante Deus por sua mordomia. Os líderes são incumbidos de maior responsabilidade perante o “Cabeça” ou Senhor da Igreja. Os membros e congregados não são isentos de considerar a importância e a relevância da igreja local para suas vidas e, de igual modo, prestarão contas dessa mordomia no tempo próprio, na Eternidade. Meditemos neste importante assunto de interesse de todos os que fazem parte da Igreja do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 02 - 3º Trimestre 2019 - A Mordomia do Corpo - Adultos.

Lição 2 - A Mordomia do Corpo 

3º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A DIMENSÃO MATERIAL DO CORPO
II – A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO
III – O CULTO RACIONAL E A MORDOMIA DO CORPO

Elinaldo Renovato
O ser humano, de acordo com a Palavra de Deus, constitui-se de uma tricotomia: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23). O corpo não é, como muitos fanáticos entendem, algo que não tem valor e deve ser destruído. Conforme o que a Bíblia revela, o corpo humano é uma maravilha criada por Deus. Na mordomia cristã, o corpo deve ser objeto de muito zelo e cuidado, tanto no seu aspecto material, quanto no espiritual, e isso por razões muito relevantes.
Primeiro, Deus formou a parte física do homem, o seu corpo, “do pó da terra”. Não com o barro, em estado bruto, ou “um boneco de barro”, como ensinam alguns obreiros de modo infantil. Deus, porém, manipulou os elementos químicos que se encontram no barro, ou na argila, formando, de modo sobrenatural, cada parte do corpo humano, combinando-os de maneira jamais compreendida pela mente humana. Hoje, a embriologia e o estudo da genética têm informações sobre a formação do ser humano no ventre da mãe a partir da união dos gametas masculino e feminino, porém jamais alcançou a formação do primeiro ser humano, que não foi gerado, mas criado por Deus. A forma como o Senhor combinou os aminoácidos, as proteínas, os sais minerais e as demais substâncias para compor o corpo humano é algo que transcende a qualquer especulação científica. Somente após a formação do corpo, Deus infundiu nele o “fôlego da vida”, a alma e o espírito, que constituem sua parte intangível.
Na visão tricotômica do ser humano, o corpo tem papel importantíssimo. É através dele que a alma comunica-se com o mundo exterior. É no rosto que aparecem as expressões de alegria, tristeza, ira, sono, calma, entusiasmo, rancor, mágoa e tantos outros sentimentos próprios da natureza humana. Diz a Bíblia: “[...] o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem” (Pv 27.19). Graças à ciência, hoje podemos conhecer — melhor do que qualquer pessoa em tempos passados, inclusive na esfera do tempo em que a Bíblia foi escrita — a grandeza, a perfeição (relativa) e o maravilhoso funcionamento do corpo humano, como obra-prima das mãos de Deus, o Criador Maravilhoso e Absoluto de todas as coisas. 
Davi exclamou diante da formação e desenvolvimento do corpo desde o ventre: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.14-16). 
Neste capítulo, estudaremos sobre a mordomia do corpo, destacando o seu valor espiritual, considerando informações sobre o corpo humano, para que sintamos melhor a grandeza da obra criadora de Deus quando fez o homem das substâncias que há no pó da terra e deu vida a ele, tornando-o sua imagem e semelhança, o que nos torna mais responsáveis perante o Criador pelo cuidado e zelo que devemos ter pelo nosso corpo, que é “templo do Espírito Santo” (1 Co 6.19). 
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sábado, 17 de agosto de 2019

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - Jesus Nasceu - Berçário.

Lição 1 - Jesus Nasceu 

3º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a alegrar-se pelo nascimento do Salvador Jesus e louvar a Deus por Ele.
É hora do versículo: “O nascimento dele vai trazer alegria e felicidade” (Lc 1.14).
Este é o início de mais um trimestre. Durante as próximas lições os bebês aprenderão mais sobre o Filho de Deus e reconhecerão que Ele também já foi um bebê quando esteve aqui na Terra. O bebê Jesus foi uma criança muito especial e isso fez de nós também especiais. Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que devemos nos alegrar pelo nascimento do Salvador Jesus e louvar a Deus por Ele.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, recorte os personagens e monte com as crianças a cena do nascimento de Jesus.
licao1 bercario 3t
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 06 - 3º Trimestre 2019 - Jesus Está Sempre Comigo - Berçário.

Lição 6 - Jesus Está Sempre Comigo

Objetivo da lição: Levar a criança a se certificar de que Jesus está sempre com ela e jamais a deixará.Objetivo da lição: Levar a criança a se certificar de que Jesus está sempre com ela e jamais a deixará.

É hora do versículo: “[...] Estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20).

Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender e se certificar de que Jesus está sempre com elas e jamais as deixará. A Bíblia nos traz esta promessa e precisamos ensiná-la aos nossos alunos desde tenra idade.

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem, usando giz de cera, a figura dos grandes braços de Jesus protegendo o bebê.

Bercario 06


 











Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 3º Trimestre 2019 - Papai do Céu Fez os Peixes e Pássaros - Maternal.

Lição 5 - Papai do Céu Fez os Peixes e Pássaros

3° Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Apontar o que Deus fez os peixes e os pássaros.

Para guardar no coração: “[...] Que as águas fiquem cheias de todo tipo de seres vivos, e [...] haja aves que voem no ar!” (Gn  1.20).

Perfil da criança “Outra característica mental que deve ser explorada no ensino de crianças do maternal é a sua imaginação. Os pequeninos possuem uma imaginação tão fértil, que não distinguem entre o real e o imaginário. Podem conversar com um brinquedo, um animal ou uma figura, como se fossem gente. O professor deve aproveitar esta imaginação para suprir a falta de material. Minha irmã Marisa, excelente contadora de história, ao contar uma onde apareciam muitos animais, usou uma trema para representar o caracol, um morango de cerâmica para representar a joaninha, e com uma luva verde calçada na mão, fez a lagarta. As crianças ouviram boquiabertas a história, e participaram ativamente, sem sequer pensar em questionar a aparência dos personagens. Desde que a história seja contada com vivacidade, os personagens podem ser representados por talheres, palitos de picolé, lápis, meias com caras desenhadas, etc” (Marta Doreto). 
Oficina de ideias 1
Retire cópia das figuras abaixo.  Estenda uma folha de papel pardo no chão da classe, distribua tesouras e cola.  As crianças vão recortar as figuras e colar na folha de papel pardo. Enquanto realizam a atividade, diga que foi o Papai do Céu quem criou as aves e os peixes.
licao5 maternal
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para ler-lhes as histórias do Livro do Começo em casa. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - Papai do Céu Fez a Luz - Maternal.

Lição 1 - Papai do Céu fez a luz

3º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Apresentar aos pequeninos a doutrina bíblica da criação, começando com o primeiro dia, quando Deus criou a luz e separou-a das trevas. 
Para guardar no coração: “[...] Que haja luz! E a luz começou a existir” (Gn  1.3).
Perfil da criança 
“Duas características espirituais importantes da criança de 3 e 4 anos são:
Interessam-se por Deus e por isso fazem perguntas sobre Ele. O professor não deve menosprezar ou ignorar suas indagações, por mais estranhas ou simplórias que lhe pareçam. Antes, deve procurar respondê-las cuidadosamente, dizendo a verdade sem fantasias, em termos simples e de fácil compreensão à criança.
Confundem Jesus e Deus. Sempre que cabível na lição, o professor deve introduzir a doutrina de Deus Pai e Deus Filho, com frases como “Deus, o Papai do céu”, e “Jesus, o Filho de Deus” (Marta Doreto).
Subsídio Professor
“A primeira aula do trimestre, você já sabe, é dia de alegres novidades. Renove a decoração da sala, usando como base o tema do trimestre, o livro de Gênesis. O mural, por exemplo, pode ter a forma de um lindo jardim. Se a sua sala ainda não tem o “Cantinho da Bíblia”, esta é uma boa ocasião para fazê-lo. Se já o possui, dê-lhe uma renovada.
Num canto da sala, sobre uma mesa, banco, ou estante, disponha uma Bíblia tradicional (capa preta), e várias Bíblias infantis ilustradas, mini-bíblias, etc. Coloque na parede um letreiro bonito com as palavras “Cantinho da Bíblia”.
Ao receber os alunos, convide-os a conhecer o Cantinho da Bíblia, e anuncie que, com a nova revista, estaremos aprendendo a respeito do primeiro livro da Bíblia, Gênesis. Você pode deixar as revistinhas no Cantinho da Bíblia, e distribuí-las neste momento” (Marta Doreto).” 
Oficina de Ideias 2
“Convide as crianças a descansar no Cantinho da Bíblia, folheando as Bíblias ilustradas. Algumas crianças serão capazes de contar uma história bíblica, que reconhecerão pelas gravuras. Deixe-as à vontade para interagir umas com as outras” (Marta Doreto).” 
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para ler-lhes as histórias do Livro do Começo em casa. Quando os pais vierem pegar os filhos, mostre-lhes a nova revista. Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 01 - 3º Trimestre 2019 - O meu Amigo envia Ajuda - Jd. Infância.

Lição 01 - O Meu Amigo Envia Ajuda

3º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão expressar que Deus, o Papai do Céu, é o seu amigo e ajudador; e entender que devemos sempre pedir ajuda ao Papai do Céu. 
É hora do versículo: “Procurem a ajuda do SENHOR; estejam sempre na sua presença” (1 Cr 16.11).
Este é o início de mais um trimestre. Durante as próximas lições seus alunos conhecerão um Deus cuidador, em cada detalhe Ele cuida dos seus filhos. Nesta lição, os alunos aprenderão que o Papai do Céu é o seu amigo e ajudador. Através da história do povo de Deus, desde escravos no Egito, até a chegada à Terra Prometida, passando pelo deserto, as crianças poderão ter o conhecimento do que Deus fez e pode fazer pelo seu povo; por nós!
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha a seguir com a palavra AJUDA. Peça que as crianças decorem a palavra com bolinhas de papel crepom. Leia a palavra para elas e diga que o Papai do Céu sempre enviará ajuda para quem pedir com fé. 
licao1 ajuda jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 3º Trimestre 2019 - A Festa do Povo de Deus - Jd. Infância.

Lição 6 - A Festa do Povo de Deus

3º Trimestre de 2019

Objetivos: Os alunos deverão identificar que a páscoa foi a festa do povo de Deus para comemorar antecipadamente a saída do Egito; e relacionar que a páscoa que comemoramos hoje é a ressurreição de Jesus.

É hora do versículo: “[...] somos livres para servir a Deus [...]” (Rm 7.6).

Nesta lição os alunos aprenderão que Deus libertou o povo judeu do Egito. Para isso Ele amolecia e endurecia o coração de Faraó para deixar o povo ir. Pragas foram enviadas sobre os egípcios, mas esta lição não tem este enfoque, porém pode ser citado.
O que deve ser reforçado nesta lição é que a Páscoa foi (e é) uma festa dos judeus comemorando a saída do Egito: a sua libertação. Esta comemoração foi feita de forma antecipada pelo povo. Nós cristãos, comemoramos a ressurreição de Jesus. Ele é a nossa Páscoa! Coelhos e ovos de chocolate não representam a verdadeira páscoa para nós, povo de Deus.
Por este motivo, a atividade sugerida hoje, caso haja tempo, depois que as atividades propostas na revista do professor e do aluno forem executadas, é a seguinte: imprima a imagem abaixo, uma para cada aluno, chame a atenção da classe para os dois desenhos e explique que o primeiro trata-se da representação da morte e ressurreição de Jesus, e o outro trata-se da representação do coelho que o mundo diz ser da páscoa. As crianças deverão destacar a Páscoa que é comemorada pelos cristãos. Reforce que a páscoa que comemoramos hoje é a ressurreição de Jesus, por isso esta deve ser a imagem destacada e em seguida, colorida pelas crianças.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância