sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - A Rebelião de Absalão - Adultos.

Lição 12 - A Rebelião de Absalão 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O HOMEM ABSALÃO
II – A REVOLTA DE ABSALÃO
III – A MORTE DE ABSALÃO 
PROCLAMANDO-SE REI
Osiel Gomes
A astúcia de Absalão é grandiosa. Lendo 2 Samuel 15.7-8, ele trabalhou quatro anos, não quarenta, como pontua o texto massorético, para implantar sua insurreição. Podemos crer que a expressão quarenta foi apenas um erro de escrita, visto que quatro no hebraico é arba, mas, no plural, arbaim, o que aconteceu foi apenas a inclusão do im. Todavia, é preferível a citação da Septuaginta e da Versão Siríaca, que mencionam também o número quatro.
Duas coisas podem caracterizar esse filho rebelde de Davi. Absalão, além de ter agudez de espírito, tinha paciência para esperar a execução de seu plano maléfico. Absalão trabalha de modo aparente, sem revelar o que está por trás dos seus projetos. É sob pretexto que diz ao pai que tem que voltar a Hebrom para cumprir um voto que havia feito com o Senhor. Observe que nesse particular ele revela uma piedade disfarçada para Davi, que é iludido, pois era perceptível algo errado. Como era possível, depois de quatro anos, agora é que ele queria ir agradecer a Deus por um voto feito? Por que não fez isso antes?
Na verdade, a ida a Hebrom fazia parte de uma estratégia de Absalão na execução do projeto de proclamar-se rei. Ele escolhe esse local por três razões: primeiro, havia nascido ali (2 Sm 3.2,3); segundo, foi nesse lugar que Davi iniciou seu reino; e, terceiro, tinha um tratado especial por parte da tribo de Judá, a qual o rebelde Absalão queria conquistar. O pai não percebeu nada do que o filho estava fazendo, mas façamos um correlato com o texto de 2 Samuel 13.23-27.
Absalão pede permissão a Davi para fazer um banquete e leva consigo uma parte da corte. Nesse segundo episódio, não convida o rei, o qual simplesmente diz: Vai-te em paz. Esse rebelde jovem parte para seu plano maléfico com aprovação do pai, sem saber que era uma trama para tirá-lo do poder e, daí, aproveita para aliciar as pessoas e buscar apoio, afirmando que o que fazia era segundo a aprovação do rei.
Um pastor ou líder chamado por Deus não pode ser dominado pelo ciúme, nem perseguir os obreiros auxiliares, porém, tem que saber realmente quais são as intenções daqueles que o servem, que o auxiliam na obra. Paulo indicou Timóteo e confiava missão especial a ele porque tinha consciência daquilo que realmente movia o seu coração (Fp 2.19-21). 
Existem aqueles que buscam apoio para determinadas atividades tão somente para complicar a liderança geral, colocando cada membro contra o seu pastor-presidente. Por isso, faz-se necessário todo cuidado nesse particular. Não foi à toa que Paulo disse a Timóteo para que tomasse cuidado com Himeneu e Alexandre (1 Tm 1.20; 2 Tm 4.14,15).
Estando em Hebrom, Absalão envia seus secretos emissários, mensageiros, do hebraico ragal, o qual ia à frente para levar uma mensagem; eles levariam a todo o Israel um sinal no qual se declararia, em um momento exato, a proclamação de Absalão como o novo rei, daí a expressão: “Absalão reina em Hebrom”.
Em Hebrom, Absalão não estava só. Havia com ele duzentos homens selecionados, convidados especialmente por ele, mas o texto diz que eles não sabiam por que estavam lá, ou seja, do que tudo aquilo se tratava. O texto diz que eles foram na sua simplicidade. Isso fala forte a todos os que servem à liderança. Sempre é bom comunicar as coisas ao pastor-presidente da igreja antes de participar de qualquer movimento, evento; perguntar a ele se isso é do seu consentimento ou não, para evitar desgaste e comprometer também a sua vida. 
Salomão disse que “O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos (Pv 14.15). Observe que a palavra simplicidade, que aparece em 2 Samuel 15.11, no hebraico é tom, que quer dizer inocência, integridade. Por vezes, crentes sinceros e bons entram em conflitos, contendas dos rebeldes, porque não sabem de nada, são enganados.
Para mostrar aparentemente ao povo que o que fazia era correto, além dessas duzentas pessoas ele leva consigo um dos conselheiros de confiança do rei Davi, Aitofel de Gilo, uma cidade que se localizava a oito quilômetros de Hebrom. É bom lembrar que Aitofel era avô de Bate-Seba (2Sm 11.3; 23.34). Esse detalhe é importante para dizer que sua aliança com Absalão tinha motivo; ele queria vingar tudo o que Davi havia causado à sua família, incluindo o assassinato de Urias. Nessas circunstâncias todas, Absalão declarou-se rei.
Texto extraído da obra “O Governo Divino em Mãos Humanas”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - Davi Traz a Arca à Jerusalém - Primários.

Lição 12 - Davi Traz a Arca à Jerusalém 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos compreendam que devemos ser obedientes.
Ponto central: A obediência agrada a Deus.
Memória em ação: “[...] Se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos” (Jo 14.15).
Querido (a) professor (a), o próximo domingo será bem próximo à data em que celebramos o nascimento de nosso Salvador Jesus Cristo. Converse com as crianças sobre o sentido do verdadeiro Natal e se possível, prepare um lanche e um momento especial de confraternização para o final desta aula. 
Você pode confeccionar ou comprar lembrancinhas de R$1,99, ou mesmo bombons para promover um amigo ocultos simbólico. O sorteio pode ser realizado minutos antes da troca de afeto. Frise que o mais importante não é o que vamos ganhar, mas a comunhão entre nós. E que o amigo sorteado estará em nossas orações.
O objetivo da próxima lição é abordar o tema OBEDIÊNCIA. O gancho desta conversa e transição para o momento natalino pode ser o maior exemplo de obediência de todos – o de Jesus, que mesmo sendo Deus e tendo todo o poder, se humildou e seguiu o plano do Senhor, vindo como um simples bebê, e obedecendo ao Pai até o fim para nos salvar. 
Através da história de 2 Samuel 6.1-19, podemos aprender inúmeras lições. As vezes mesmo com a melhor das intenções, cometemos erros, seja devido a precipitação, ansiedade, etc. 
A verdade é que não há atalhos quando queremos um bom resultado. Precisamos buscar a Deus e aguardar sua orientação, para então segui-la a risca. Quantas vezes vamos realizar objetivos, metas, tomar decisões importantes e não aguardamos o parecer divino?!
Agora, às vésperas do fim de mais um ano é bom avaliar o que conseguimos alcançar, nossos erros e acertos e como podemos melhorar em diversas áreas de nossas vidas. 
Lembre-se de não se comparar a ninguém, exceto a você mesma. Sua meta é ser melhor que a “você” de ontem, sem olhar a “grama do vizinho”. Cada um tem seu próprio tempo e história.
Ao traçar seus planos para 2020, consagre e submeta-os a Deus, peça dEle sua bênção e orientação para ser bem-sucedida no que quer que realize. Esse é o nosso sincero desejo e oração sobre a sua vida e ministério. 
Um Natal abençoado para você, sua classe e família! 
Jesus lhe abençoe e capacite. Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 4º Trimestre 2019 - O Milagre que Salvou o Carcereiro - Jovens.

Lição 12 - O Milagre que Salvou o Carcereiro 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I- O Começo da Missão na Europa;
II- Paulo e Silas na Prisão;
III-Uma Conversão Inusitada.
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Compreender como se deu as missões na Europa;
Analisar a postura de Paulo e Silas na prisão diante das dificuldades;
Evidenciar a conversão do carcereiro e de toda a sua casa.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.
Seguindo o propósito de demonstrar o avanço do evangelho por várias cidades, Lucas relata a segunda viagem missionária de Paulo. Dessa vez, chegaram com Silas a uma cidade da Macedônia chamada Filipos, onde aconteceram conversões maravilhosas, mas que ocasionaram a prisão desses dois pregadores do evangelho. Cada história de Atos dos Apóstolos possui características singulares; nesta, veremos mais uma vez a ação sobrenatural de uma forma diferente, bem como as transformações que a seguiram. 
O capítulo 16 de Atos é repleto de coisas espetaculares como, por exemplo, a visão que tiveram, o início da Igreja na Europa, a libertação de uma jovem, um terremoto libertador e a conversão de um carcereiro. Todas elas são fruto da ação sobrenatural do poder de Deus. O Senhor promove a paz, mas também causa a desgraça (Is 45.7), e ninguém lhe pode resistir (Jó 9.4). Ele possui mão poderosa e braço forte (Sl 136.12), vivifica os pecadores (Ef 2.1), tem poder sobre a natureza (Mc 4.39) e preserva os condenados à morte (Sl 79.11). 
Mudança de Planos
Paulo e Silas tentaram ir para a Ásia, mas os planos de Deus eram outros. Essa foi, sem dúvida, a região da Ásia Proconsular. Também foi chamado de Ionia. Éfeso era a capital dessa região; e aqui também estavam situadas as cidades de Esmirna, Tiatira, Filadélfia, etc., dentro das quais foram estabelecidas as sete igrejas mencionadas em Apocalipse 13. Cícero fala da Ásia Proconsular como contendo as províncias da Frígia, Mísia, Carla e Lídia. Em toda essa região, o evangelho foi posteriormente pregado com grande sucesso. Agora, porém, um campo mais importante e mais amplo foi aberto perante Paulo e Barnabé no extenso país da Macedônia. Essa proibição foi o meio da primeira introdução do evangelho na Europa.
A Bíblia diz que os caminhos e pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Portanto, impedidos pelo Espírito Santo de seguir para aquela região (At 16.6), seguiram à Trôade, uma colônia portuária romana. “E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!” (At 16.9). O apóstolo concluiu que Deus estava chamando-o, e confiaram na direção que o Espírito Santo estava dando. Então, eles partiram e chegaram a Filipos, na Macedônia. Sobre essa confiança no Espírito, Richards traz uma valiosa contribuição:
Quando Hudson Taylor, o grande pioneiro missionário e fundador da missão no interior da China, veio ao Canadá para um roteiro de palestras, a primeira pessoa que o hospedou estava emocionada. Finalmente ele iria conhecer um verdadeiro gigante da fé! E também estava curioso. Como esse crente liderado pelo Espírito iria planejar o seu itinerário? Na tarde seguinte, ele ficou chocado, quando Taylor pediu os horários de trens e simplesmente se sentou na cozinha para planejar seu cronograma. Onde estava a oração e o jejum que o anfitrião esperava? Hudson ficou surpreso. Deus já tinha providenciado as ferrovias do Canadá e os horários dos trens. O que mais havia para pedir? A abordagem de Paulo a suas missões era similar. Ele tinha uma estratégia que usava para escolher as cidades-chave, e para ministrar quando chegasse a essas cidades. Como Hudson Taylor, Paulo realizava o ministério de uma maneira prática. Mas a vida desses dois homens me mostra que eles também permaneciam sensíveis à liderança do Espírito, prontos a mudar de planos ou de direção, segundo o chamado do Espírito, e confiavam plenamente no Espírito. Não precisamos ser místicos para confiar no Espírito Santo. Nós podemos confiar nele usando o que Deus nos forneceu — desde horários de trens até a nossa capacidade de planejar e desenvolver estratégias. Mas confiar no Espírito também significa permanecer totalmente aberto a Deus, pronto a mudar qualquer plano quando ele disser “Não” ou “Vá em frente”.1 
Como é bom ser sensível ao Espírito Santo de Deus e seguir as suas orientações para nossas ações! Jesus mesmo disse que seríamos guiados pelo Espírito (Jo 16.13). Paulo e Silas tinham um plano todo esquematizado, mas o Espírito sopra onde quer e como quer (Jo 3.8). Que possamos, assim como Paulo, estar sempre sensíveis à voz do Espírito Santo e mudarmos nossos planos se necessário para fazer a vontade de Deus. 
A Conversão de Lídia e o Início da Missão na Europa
E a missão na Europa começa com Paulo e Silas na cidade de Filipos falando a algumas mulheres que se juntaram à oração (At 16.13). O evangelho de Cristo elevou as mulheres do lugar inferiorizado que tinham no judaísmo. Em Cristo, não há diferença entre homem e mulher, pois todos são remidos pelo mesmo sangue (Gl 3.28). Jesus já havia conversado e transformado a vida de uma mulher samaritana (Jo 4); tinha duas amigas, que eram Marta e Maria (Jo 11.5); perdoou e restaurou uma mulher adúltera (Jo 8.1-11); quando ressuscitou, apareceu primeiramente a uma mulher, Maria Madalena (Mt 28.5-7). Entre outros relatos, percebe-se claramente que a mulher tem o seu lugar de valor devido. É interessante observar que, quando Paulo e Silas chegam a Filipos, foram justamente as mulheres que se juntaram para ouvir as Boas Novas dos missionários em um lugar de oração junto ao rio (At 16.13). 
E Lídia, vendedora de púrpura, estava entre essas mulheres. Sua ocupação indica que era uma mulher bem-sucedida financeiramente, mas nenhum sucesso profissional jamais suprirá a necessidade da alma das pessoas que somente Jesus pode suprir. E o versículo 14 diz que o “Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”. Ela foi tocada pela graça de Deus e, dando um passo de fé, converteu-se, foi batizada, como toda a sua casa. Um dos pais da Igreja chamado Crisóstomo bem observou: “O abrir vem da parte de Deus, e a atenção veio da parte da mulher”.2  
O texto declara que Lídia constrangeu Paulo e Silas a ficar em sua casa se a julgasse fiel (v. 15). Isso era muito contrário aos costumes da época, mas o imediato batismo marcou sua identificação com Cristo. E foi a partir dessa casa que toda a missão no velho continente começou. E, mais ainda, na carta de Paulo aos filipenses, ele agradece a ajuda que recebera dos irmãos dessa igreja que havia começado na residência da irmã Lídia. Imagine se Paulo e Silas não tivessem seguido a orientação do Espírito Santo e seguissem o itinerário que eles mesmos possuíam. Mas a obra e o tempo são de Deus, e tudo contribui “para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28).
A Libertação de uma Jovem
Depois da maravilhosa conversão de Lídia e sua casa, diz-nos o texto que uma jovem possessa com espírito de adivinhação começou a seguir a Paulo e Silas. Essa “adivinhação” era literalmente “pela fala inspirada” — por demônio. Essa não seria a única que vez que aconteceria casos como esse no livro de Atos. Outras situações semelhantes aconteceram com Simão, o mago (At 8.9-24); com Elimas ou Barjesus (At 13.6ss) e com os filhos de Ceva (At 19.14-16).3 Sobre adivinhação e predição do futuro, Beers coloca: 
Você consegue imaginar alguém que pensa que poderia predizer o seu futuro olhando para o fígado de um animal? Talvez não, mas esse método de determinar o futuro de um indivíduo já foi tão popular quanto o horóscopo é hoje — igualmente tolo! A jovem escrava que ganhava dinheiro para seus senhores adivinhando o futuro é um exemplo dessa antiga superstição de que, por meio de sinais naturais ou sobrenaturais, podemos saber de fatos específicos sobre o nosso futuro. O texto grego disse que ela tinha “espírito de píton”. Os senhores da escrava a consideravam instrumento de Píton, acreditando que o seu espírito vivesse no ventre da jovem. Qualquer que fosse o seu nome, havia um espírito maligno nela. Havia muitos outros métodos supersticiosos no mundo antigo, pelos quais as pessoas pensavam que podiam predizer eventos. Os adivinhos usavam presságios da natureza, como terremotos, um espirro e o voo de pássaros; e sinais como sonhos, padrões de estrelas e o lançar de sortes. Os adivinhos se comunicavam com os deuses por intermédio de oráculos. Os médiuns consultavam os espíritos dos mortos. A razão por que os babilônios consultavam fígados de animais era sua crença de que o fígado era a sede da vida. Sempre que Deus é abandonado, como aconteceu na antiga Roma, a astrologia parece tornar-se popular. A Bíblia se opõe a tais práticas (Lv 19.26,31; Dt 18.9-14).4  
Nesta situação particular em Filipos, a jovem seguia Paulo e Silas enaltecendo os apóstolos dizendo: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (At 16.17). O uso das palavras “Deus Altíssimo” era corrente entre judeus e gregos. Mas o que a jovem dizia poderia, na verdade, desacreditá-los, pois os gentios pensariam que o espírito da moça e o dos servos de Deus seriam o mesmo; logo, não teriam nada novo para ouvir e aprender. Assim, a única coisa a fazer era expulsar aquele demônio da menina. E Paulo assim o fez: “[...] voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu” (v. 18). 
Ainda hoje, há muitos jovens e pessoas de todas as faixas etárias que precisam ser libertos, pois estão sendo oprimidos por demônios que os levam às drogas, sexo ilícito, ocultismo, espírito suicida, rebeldia. Mas há poder no Nome de Jesus, que possui autoridade sobre espíritos malignos! (Lc 8.28; Mt 28.18). 
Lembro-me de quando era líder de jovens na Assembleia de Deus em Curitiba. Na igreja, havia um jovem oprimido por espírito de imoralidade. Por mais que desejasse, ele vivia uma vida promíscua. Mas o nome de Jesus tem poder. E, com muito amor, porém certos de que aquele rapaz precisava de uma libertação, a opressão foi desfeita, o rapaz casou e hoje é um diácono na casa de Deus. A libertação pode ser instantânea, assim como foi com esta jovem em Filipos, mas também pode ser um processo que levará um tempo. A questão é que precisamos usar a autoridade e o poder que nos têm sido dados por Deus e, com muito amor, poder e sabedoria, libertar pessoas das mãos do inimigo (Is 61.1). 
Sofrendo por Cristo
Nem sempre fazer a coisa certa traz as consequências que esperamos. Os amigos de Daniel, na Babilônia, foram parar na fornalha por não se dobrarem diante da estátua de ouro (Dn 3.21-23). O próprio Daniel, por não seguir o decreto do rei de não orar a outro deus que não fosse ele, foi lançado na cova dos leões (Dn 6.16). Por pregar a Jesus Cristo ressuscitado, Pedro e João foram presos pelos judeus (At 4.3), entre outros casos na Bíblia.
Nesse relato, a jovem liberta trouxe prejuízos aos seus senhores, o que acarretou em Paulo e Silas açoitados e levados ao cárcere. Jesus disse que teríamos inimigos e que seríamos perseguidos (Mt 24.9). Estão pregando um evangelho muito light por aí dizendo que crente não sofre, que é só vitória, que todos vão gostar de nós. Agora mesmo, há milhares de irmãos nossos sendo perseguidos, agredidos, e muitos estão sendo mortos por causa do nome de Jesus em diversos países. Todavia, mesmo em lugares com tolerância religiosa, como no Brasil ou nos Estados Unidos, não estaremos isentos do ódio do mundo, pois não pertencemos a este mundo (Jo 15.18,19). Como servos de Cristo, precisamos estar cientes de que podemos sofrer por Ele. 
Alegrando-se em Cristo
Embora sofrendo por Cristo, isso não impediu de Paulo e Silas alegrarem-se no Senhor. Eles provavelmente se lembraram das palavras de Jesus para alegrarem-se quando o mundo injuriá-los, mentir sobre eles e persegui-los, pois grande seria o galardão deles nos céus (Mt 5.10,11). E, por volta da meia-noite, já presos, a dupla orava e cantava, e eles eram ouvidos por todos os demais prisioneiros. Imagine aqueles presos naquele local terrível, onde só se ouviam palavrões, gemidos, xingamentos e, de repente, passam a ouvir preces e cânticos ao Senhor por dois injustiçados. 
Em geral as prisões eram imundas. Os prisioneiros corriam o risco de infecção em suas feridas. Os carcereiros eram notórios por sua brutalidade — e às vezes eram escolhidos por causa dela. As mulheres presas não ficavam em instalações separadas, mas os homens eram a maioria nas celas. [...] A “prisão interna” costumava ser a parte mais desagradável, menos ventilada e mais degradante da cadeia. Os carcereiros às vezes prendiam todos os prisioneiros ali à noite por segurança, levando, sem dúvida, à superlotação (condições como essa resultavam em calor excessivo e desidratação, bem como na disseminação de doenças). O “tronco”, fixado no chão, era muitas vezes usado para tortura e detenção, com vários buracos para que as pernas dos prisioneiros fossem obrigadas a ficar em posições dolorosas. 
Deve ter sido um espanto e tanto para os internos ver e ouvir a alegria dos apóstolos, que conseguiam cantar mesmo após serem açoitados. Essa é a alegria que somente o verdadeiro cristão pode ter — que, mesmo em meio à luta, sua alma volta-se a Deus e adora-o por quem Ele é. 
A história do hino “Sou Feliz com Jesus” exemplifica esse sentimento. Ele foi escrito durante um momento muito difícil na vida do autor Horatio Gates Spafford (1828–1888). O grande incêndio de Chicago de 1871 já o havia devastado financeiramente. Porém, o pior estava para acontecer em sua vida quando, em uma viagem por um transatlântico, as quatro filhas de Horatio morreram durante uma colisão com outro navio. Semanas mais tarde, ele passa pelo mesmo local da tragédia e acaba sendo inspirado pelo Espírito Santo a escrever a letra desse hino. A canção fala que, apesar daquilo que pudesse passar nesta vida, ele é feliz com Jesus. A alegria do crente vai além das circunstâncias, pois está enraizada no caráter e obra de Deus por nós (Jo 3.16). Trata-se da certeza de que Ele ainda é soberano sobre todas as coisas (Sl 103.19) e que nada pode tirar a presença e a alegria do Espírito Santo de nós (Rm 15.13). 
Experimentando o Sobrenatural de Cristo
É maravilhoso saber que, quando as circunstâncias são-nos demasiadamente desfavoráveis e estão além de nossa capacidade de vencê-las, Deus estende sua mão de uma forma especial. Nesse caso, Paulo e Silas estavam totalmente “vencidos” pelas correntes e prisão. Entretanto, a oração e o louvor deles não foram vencidos e chegaram até os céus. Um terremoto, então, acontece, abrindo todas as portas e soltando as correntes de todos. Somente algo sobrenatural poderia ter acontecido para soltar aquelas cadeias. Todavia, Deus move os céus para abençoar um de seus filhos. A Bíblia é a obra que nos traz muitos exemplos de como Deus age de forma sobrenatural para com os seus. Mesmo na velhice, o Senhor concede um filho para Abraão e Sara (Gn 21.2); com Moisés, o Senhor abre o Mar Vermelho para o povo passar (Êx 14.21,22); com Josué, o Senhor derriba as muralhas de Jericó ao som de louvores, gritos e instrumentos (Js 6.6-21); com Sansão, o Senhor concede a ele uma força descomunal para vencer os filisteus (Jz 15.5); com Elias, o Senhor manda fogo do Céu consumindo o altar (1 Rs 18); com Davi, o Senhor faz com que ele vença um gigante (1 Sm 17); com Maria, o Senhor faz com que ela gere, pelo seu Espírito, nosso Jesus amado (Lc 1.31; 2.7). 
Enquanto a oração e o louvor dos missionários subiam, correntes eram quebradas aqui embaixo. E essa combinação ainda é válida para os dias de hoje. Quando elevamos nosso clamor e louvor ao Senhor, Ele move as coisas nesta terra a nosso favor. A Palavra diz que a oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16). Quando louvamos, muralhas caem (Js 6.20). Você já experimentou o sobrenatural do Senhor em sua vida? Se já aceitou Jesus como seu salvador, então já experimentou, pois a salvação de uma pessoa é o maior milagre que há (Jo 3.3-6). Se já foi batizado com o Espírito Santo, então também já experimentou (Mt 3.11). Você já recebeu alguma cura ou uma porta aberta que só o Senhor pode abrir? Deus ainda quer realizar outros milagres em sua vida. Peça e, com fé, creia no poder do nome de Jesus. Aleluia! 
A Caminho da Morte 
Com o terremoto, o carcereiro responsável acordou e, vendo que as portas estavam abertas, tirou a espada para suicidar-se, pois pensava ele que todos tinham fugido (v. 27). Naquele tempo, se um carcereiro deixasse presos escaparem, ele tinha que pagar com a própria vida. Seu raciocínio foi de não haver mais esperança para o ocorrido. Logo, a única saída era tirar sua vida. 
Quando o carcereiro viu a porta aberta, seu primeiro impulso foi tirar a própria vida. Assim, evitaria a degradação pública seguida pela pena de morte (ver At 12.6-10,18,19). Esta imediata tendência ao suicídio era típica na civilização romana daqueles tempos. Havia um senso desesperado de que a vida nada valia e total ignorância de qualquer esperança além dela. Na realidade, alguns filósofos contemporâneos recomendavam o suicídio àqueles que achavam intoleráveis os fardos da vida diária.5 
Infelizmente, são muitos os que se encontram nessa situação hoje e querem tirar suas próprias vidas. A Unicefadverte que o suicídio é a segunda causa de morte para menores. Na Argentina, por exemplo, o suicídio entre adolescentes triplicou em apenas 30 anos,  e muitos que não pensam em tirar suas vidas fisicamente já não possuem mais esperança para suas situações. O inimigo causou tanto estrago que eles pensam não haver mais jeito. Jovens que foram abatidos pelas circunstâncias difíceis que passaram começam a pensar que não têm mais solução para seus problemas. 
A Bíblia também relata alguns casos de suicídio. Ao todo, são seis pessoas específicas que cometeram suicídio: Abimeleque (Jz 9.54); Saul (1 Sm 31.4); o escudeiro de Saul (1 Sm 31.4-6); Aitofel (2 Sm 17.23); Zinri (1 Rs 16.18) e Judas (Mt 27.5). Cinco dessas pessoas eram pecadoras e perversas. Sobre o escudeiro de Saul, não sabemos o suficiente para fazer um juízo de valor sobre seu caráter. E temos o caso de Sansão, que alguns consideram um exemplo de suicídio, mas o seu objetivo era matar os filisteus, e não a si mesmo (Jz 16.26-31). O Diabo veio para roubar, matar e destruir, mas Jesus veio para dar-nos vida em abundância (Jo 10.10). 
O Encontro com a Vida 
Como Atos dos Apóstolos é um livro de milagres, vemos mais um além do terremoto sobrenatural que aconteceu. E esse é o maior de todos — a salvação de uma pessoa. A caminho da morte, o carcereiro encontra-se com a vida, pois é interrompido por Paulo de cometer a atrocidade de matar a si mesmo. Mais um susto para aquele pobre homem, que se surpreendeu ao ver que os prisioneiros não haviam fugido (vv. 28,29). A única saída agora é a de prostrar-se diante dos missionários e ouvi-los. Um soldado romano, acostumado à brutalidade e à violência para com os prisioneiros, tem sua alma abalada por tudo o que ocorreu e só lhe resta uma pergunta: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30). “É possível que a pergunta mesmo não tivesse todas as dimensões teológicas que as pregações posteriores lhe atribuíram”.8  Isso, porém, não é o mais importante agora, e sim a resposta dos homens de Deus. E a resposta é curta, porém com efeito para toda a eternidade: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (v. 32). O ensino nítido de Atos dos Apóstolos é a fé — chave que abre a porta da salvação (cf. 4.12; 10.43; 13.39).
O fato de que Lucas nos informa que Paulo e Silas dizem isso é uma indicação de que essa não é uma mera fórmula que ambos repetem em uníssono. Antes, quer dizer que, em resposta à pergunta do carcereiro, os missionários falam a ele sobre o evangelho.10 
Que sejamos como raios de luz na escuridão na vida das pessoas, levando a elas essa mensagem maravilhosa de salvação em Jesus Cristo (Mt 18.11). Muitos estão a caminho da morte, como diz Provérbios 24.11: “Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar”. Muitas pessoas estão nas trevas, mas Deus quer usar a cada um de nós, como luz que somos, para livrá-las e dar a elas uma esperança de vida (Mt 5.14). 
Uma Família Salva
O coração aberto do carcereiro fez com que ele levasse a mensagem de salvação à sua família. Obviamente que ele não podia apenas transferir sua fé aos membros da sua casa, pois a salvação é individual, e não comunitária. O texto, porém, diz que todos creram e foram batizados (At 16.32-34). 
Só Jesus pode interromper o caminho de morte de uma pessoa, trazer-lhe salvação e vida e ainda salvar sua família. Aquele carcereiro mudou de um homem cruel a um novo homem que leva os “presos” para a sua casa, cuida de seus machucados e alimenta-os (vv. 33,34). Deus é poderoso para transformar o mais terrível e desesperançoso pecador em uma pessoa feliz e amável. Seu comportamento muda, sua linguagem muda; enfim, todo o seu estilo de vida, pois quem “está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Precisamos ser como esse carcereiro e levar a mensagem de salvação aos membros de nossa casa, crendo que Deus tem poder para salvar todos de nossa família.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens


1   RICHARDS, 2016, pp. 744, 745. 
2  https://biblehub.com/acts/16-14.htm3  COLEMAN, William L. Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos, 2017, pp. 304,305. 
4  BEERS, 2013, pp. 376, 377.  
5 PEARLMAN, 2018, p. 178.  
6 Fundo das Nações Unidas para a Infância. 
7 Jornal El País. https://elpais.com/elpais/2019/05/31/planeta_futuro/1559339527_948105.html. Acesso em 05 de junho de 2019.  
8 GONZÁLEZ, 2011, p. 233.  
9 SHEDD, 1997, p. 1558. 
10  GONZÁLEZ, 2011, p. 233.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - Davi Torna-se Rei de todo Israel - Primários.

Lição 11 - Davi Torna-se Rei de todo Israel 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus sempre cumpre o que promete.
Ponto central: Existe um tempo certo para o cumprimento da promessa feita por Deus.
Memória em ação: “Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que Ele promete” (Hb 10.36).
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos ensinar aos pequeninos sobre um assunto, que até mesmo para nós, adultos ansiosos, é muito difícil praticar – paciência. 
A Palavra de Deus nos ensina enfaticamente acerca da importância de crer, obedecer e esperar com paciência no Senhor. Ou seja, não basta apenas aguardar, precisa ser com PACIÊNCIA! 
Abaixo segue um trecho do Dicionário Bíblico Wycliffe acerca desta palavra que também é considerada sinônima de longanimidade, e, portanto parte fundamental do fruto do Espírito. 
Que ao ler estas linhas, estimado (a) professor (a), você reflita como anda seu coração em relação às promessas que tem esperado da parte de Deus, – se as tem aguardado murmurando, com a alma cheia de angustia, ansiedade e preocupação ou em paz, tendo a capacidade de aproveitar as bênçãos que Ele já te deu para usufruir no agora. 

[...] Nos Salmos 37.7 e 40.1 as palavras hebraicas hul e qawa foram respectivamente traduzidas como "esperar pacientemente" e em Eclesiastes 7.8, a palavra 'arek (anseio) foi empregada para descrever alguém que possui um espírito paciente. 
No NT, quatro palavras gregas foram traduzidas de alguma maneira relacionada à paciência. A palavra grega makrothumia é a qualidade de suportar um longo sofrimento (Mt 18.26,29). 
De acordo com Crisóstomo, makrothumia descreve o homem que é plenamente capaz de se vingar, mas recusa-se a fazê-lo. Também foi traduzida como "longanimidade" como uma qualidade de DEUS (Rm 2.4; 2 Pe 3.9) e como o fruto do ESPÍRITO SANTO (Gl 5.22). 
A palavra grega hypomone foi descrita por William Barclay, na obra A New Testament Wordbook (Londres. SCM Press Ltd., 1956, p. 59), como "uma das mais nobres palavras do NT". Seu significado básico é o de resistir (Hb 12.1), uma qualidade que permite ao homem suportar as adversidades e provações (Rm 12.12). 
Enquanto makrothumia (lê-se Mácrosímia) está mais corretamente relacionada às pessoas, hypomone fala sobre a paciência em relação às circunstâncias difíceis. Essa palavra não retrata uma paciência submissa ou passiva que está irremediavelmente resignada ao seu destino infeliz; ao contrário, ela é uma resistência ativa marcada pela esperança e pela segurança (1 Ts 1.3). Barclay ainda acrescenta que esta é a "qualidade que mantém um homem sobre seus pés, com a face voltada para o vento" (p. 60). Um exemplo desse tipo de paciência é Jó, que suportou as aflições que lhe sobrevieram (Tg 5.11).
A terceira palavra traduzida como "paciência" é epieikes (1 Tm 3.2,3), que descreve uma atitude bondosa, condescendente, razoável e conciliadora, e que não insiste em seus direitos (Barclay, p. 38ss.). 
O quarto termo, anexikakos (2 Tm 2.24), significa, literalmente, "suportar sob o mal" e assim expressa o tipo de paciência que suporta o mal sem ressentimentos (Arndt). Veja Tolerância; Longanimidade; Perseverança. 
Renove sua paciência no Senhor! Jesus lhe abençoe e capacite. Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - A Ressurreição dos Mortos - Juvenis.

Lição 11 - A Ressurreição dos Mortos 

4º Trimestre de 2019

E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).
OBJETIVOS
Explicar o ensino bíblico sobre a ressurreição do corpo;
Mostrar a natureza e a ocasião da ressurreição;
Apontar a relação entre a ressurreição e o julgamento final.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O ENSINO BÍBLICO SOBRE A RESSURREIÇÃO
2. A NATUREZA E A OCASIÃO DA RESSURREIÇÃO
3. O JULGAMENTO FINAL
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos falar sobre a ressurreição dos mortos e o julgamento final – temas complexos e profundos que requerem preparo, muita oração e, sobretudo, humildade para reconhecer que nem sempre temos todas as respostas. Como escrito em Deuteronômio 29.29, há coisas ocultas, insondáveis, encobertas que pertencem somente ao Senhor, e o que Ele nos deu a conhecer, revelando-nos por meio das Sagradas Escrituras, cabe a nós guardar.
Até mesmo o Mestre dos mestres, o Deus encarnado, quando ensinando acerca do final dos tempos, disse: “[...] a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem mesmo o Filho, senão exclusivamente o Pai” (Cf. Mt 24.36).
Portanto, estimado (a) professor (a), entenda que dizer “eu não sei” é uma das lições do próprio Jesus para nós e não desmerece em nada a sua capacidade intelectual ou vocacional. Pelo contrário, é um grande exemplo de honestidade, humildade e sabedoria para os seus alunos. Exemplo este que muitos líderes não seguem, por sentirem que não podem demonstrar “fraqueza”. Assim, por vezes acabam ensinando respostas equivocadas às ovelhas na tentativa de demonstrar que tudo sabe, mero orgulho e vaidade. Vigiemos e aprendamos com o Rabi!
Se ocorrer de alguma dúvida complexa surgir em classe, e você não se sentir totalmente seguro (a) em responder, comprometa-se com eles de pesquisarem juntos e debaterem na próxima aula.
Abaixo segue a dúvida de um leitor acerca da relação entre a ressurreição dos mortos e a doação de órgãos, objetivamente esclarecida pelo pastor Douglas Baptista, – que é doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e comentarista das Lições Bíblicas CPAD.
A posição do Apóstolo Paulo quanto à ressurreição dos mortos é absolutamente firme, ele chega a declarar que sem ressurreição não há esperança: “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1Co 15. 13.14).
Portanto, temos convicção que “ressuscitaremos para participar da sorte do Cristo na parusia; a ressurreição dEle é penhor e prelúdio da nossa” [1]. A ressurreição é imprescindível afim de que os que morreram em Cristo possam participar com os que estiverem vivos da grande festa do retorno de Cristo “a encontrar o Senhor nos ares” (1Ts 4.17).
Paulo ensina que aqueles já partiram dormem em Cristo (1Co 15.16-18). A morte não é aniquilamento: “É apenas um sono para eles. É um descanso, um descanso imperturbado... Eles serão ressuscitados da morte, e despertados do seu sono, porque ‘Deus os tornará a trazer com Ele’ (1Ts 4.14b)... é um grande antídoto contra o medo da morte e a tristeza excessiva pela morte de nossos amigos cristãos” [2]. A doutrina da ressurreição é uma esperança cristã, pois “cremos que Jesus morreu e ressuscitou” (1Ts 4.14a) sendo Ele (o cristo) as primícias dos que dormem (1Co 15.20).
Desde quando era fariseu, mesmo antes de sua conversão em Damasco, Paulo já acreditava na ressurreição dos mortos (At 23.6-8). Por isso, “Não foi necessário nenhuma mudança significativa desse discurso teológico, uma vez que o apóstolo compreendera que Jesus venceu a morte e removeu seu aguilhão” [3].
Porém, para além desta certeza gloriosa, alguns cristãos ainda não compreendem como os corpos ressurgirão. Por conseguinte, afirmam alguns que “a doação de órgãos é incompatível com a doutrina da ressurreição dos mortos” [4]. Refutando esta ideia, Paulo ensina que o “corpo natural, ressuscitará corpo espiritual” (1Co 15.44), ou seja, não precisaremos de órgãos humanos, pois “a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus” (1Co 15.50).
Pense Nisso!
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - Um menino rei - Berçário.

Lição 11 - Um menino rei 

4º Trimestre de 2019

Objetivo da lição: Mostrar às crianças que elas também podem ser usadas pelo Papai do Céu.
É hora do versículo: “[...] Deixem que as crianças venham a mim [...]” (Lc 18.16).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre um menino que se tornou rei aos 8 anos de idade! Mesmo sem ter muita experiência, Josias fez muitas coisas boas. Isso que dizer que as crianças também podem ser usadas pelo Papai do Céu. Se formos obedientes ao Papai do Céu, Ele fará grandes coisas através de nós, como salvar a nossa família, por exemplo!
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a coroa do rei Josias. Elas também podem colar bolinhas de papel crepom no lugar das pedras preciosas ou papel laminado dourado.
coroa licao11 bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - Um menino volta a viver - Berçário.

Lição 10 - Um menino volta a viver 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Mostrar à criança que o Papai do Céu pode todas as coisas.
É hora do versículo: “Mas nós [...] daremos graças ao Senhor [...]” (Sl 115.18).
Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu pode todas as coisas e por isso ele fez um menino, filho de uma mulher viúva, viver novamente. 
Tratar sobre o tema da morte com as crianças requer um pouco de atenção porque, antes de mais nada, precisamos saber como esta faixa etária compreende esse conceito.
“A compreensão da criança a respeito da morte é assunto de diversas pesquisas, que sempre seguem a teoria piagetiana e seus ‘estágios’. Primeiramente, as crianças falam sobre a morte descrevendo-a. as pessoas mortas ficam deitadas, sem se mover, com os braços cruzados e os olhos fechados. A morte é definida como uma posição. Em suas brincadeiras, se fingem de mortas, mas não permanecem mortas. A irreversibilidade da morte ainda não faz parte do seu raciocínio. Para eles a morte envolve pouco sentimento ou emoção. Nesta fase, as histórias bíblicas envolvendo morte não são necessariamente tão violentas para as crianças, quanto imaginamos. As crianças não compreendem a morte o suficiente para serem atingidas por ela com impacto. [...] Do estágio ‘descritivo’ da morte, as crianças caminham para o estágio ‘funcional’. Passam a compreender que o corpo não funciona quando o indivíduo morre. Num primeiro momento, percebem apenas disfunções mais óbvias — os mortos não se movem, não falam, não piscam os olhos e assim por diante. Zangam-se, mas não comem porque não podem mover os braços. Ouvem, mas não respondem. Mais tarde, as disfunções menos óbvias são incluídas no conceito de morte. Os mortos não podem ouvir, nem sentir o perfume das flores. Seu coração e os outros órgãos internos não funcionam. Não sonham e não pensam. Algumas crianças nessa idade começam a entender a universalidade da morte. Ao entrar em contato com a morte repetidas vezes, por meio de histórias ou de outros contextos, percebem que é um fato que acontece a todos e que está geralmente associado aos mais velhos, exceto pela violência. Este conceito universal da morte está, de certa forma, incompleto, pois abrange o fato de que acontece a todos, mas não, que deve acontecer — o aspecto da necessidade lógica.”
BEECHICK, Ruth. Como ensinar crianças do Jardim de Infância: Compreendendo e educando crianças de 4 e 5 anos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 38,39)
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - Papai Zacarias Louva a Deus - Maternal.

Lição 11 - Papai Zacarias Louva a Deus 

4º Trimestre de 2019

Objetivo da Lição: Suscitar na criança o desejo de louvar a Deus porque Ele nos surpreende com coisas boas. 
Para Guardar no Coração: “[...] O Senhor fez grandes coisas por nós, e por isso estamos alegres.” (Sl 126.3)
Perfil da criança do maternal
“Ela é capaz de entender mais do que imaginamos. Entretanto, o seu desenvolvimento mental encontra-se ainda na primeira fase, e exige que o ensino seja simplificado e repetido. É por isso que em nossas lições para esta turma repetimos a mesma ideia diversas vezes – no cântico, na explicação do versículo, na história bíblica, nas atividades manuais e até nas brincadeiras. Não se preocupe achando que vai enfadar a criança com tanta repetição. Ao contrário, ela as apreciará e assimilará a ideia.”
Subsídio Professor
“Coragem não é não ter medo; coragem é fazer o que é preciso, apesar do medo. Afinal, situações comuns, que não inspiram temor, não exigem coragem. E se alguém enfrenta um perigo sem experimentar qualquer temor, não é corajoso, mas imprudente ou irresponsável.
Você tem enfrentado situações que demandam coragem? A coragem dada por Deus está ao dispor de todo servo fiel. Professores, escriturários, donas de casa, gerentes, faxineiros, vendedores. Pessoas comuns, porém leais a Deus e dispostas a servi-lo. Gostamos de pensar em Débora como a profetiza e juíza de Israel, sentada sob uma palmeira, resolvendo conflitos nacionais. Esquecemo-nos dela como a mulher de Lapidote, que no papel de esposa, governava a sua casa e preparava o prato predileto do marido.
E o que dizer de Jael, a quem coube a honra pela derrota do capitão Sísera? Já vi alguém fantasiar a história de Jael, descrevendo-a como uma selvagem de cabelos vermelhos, que uma vez matara um leão com as próprias mãos. Mas a Bíblia diz apenas que era a esposa de Heber, o queneu; provavelmente, uma simples dona de casa, mas que guardava no coração o temor ao Deus de Israel, e permanecera fiel ao seu povo, mesmo quando o marido se associara ao inimigo (v.17). Talvez Jael não fosse capaz de reunir um exército dez mil homens, como fez Débora (v.14), mas sabia como servir uma taça de coalhada; era tarefa comum em seu dia-a-dia. Talvez não se achasse apta a compor um cântico didático e de adoração, como o entoado por Débora, mas tinha o pulso firme no manejo do martelo, e sabia fincar uma estaca; armar e desarmar tendas eram funções femininas. Com a coragem dada por Deus, e pondo ao seu dispor as suas habilidades cotidianas, Jael distraiu o inimigo com um copo de leite, e no momento oportuno, cravou-lhe na fronte uma estaca da tenda. A sua mão teria tremido, ao estender a Sísera a taça de leite, com nata boiando por cima? Teria o seu coração perdido o ritmo, ao caminhar para onde ele se achava adormecido, pé ante pé, com a estaca numa das mãos e o martelo na outra? É bem provável que sim, mas aplicava no mundo real a fé que depositava em Deus, e por isso foi encorajada por Ele, e dEle recebeu forças para a difícil tarefa.”   
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Lucas 1.67-79.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos! 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD.

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - Maria Louva a Deus - Maternal.

Lição 10 - Maria Louva a Deus 


Objetivo da Lição: Ensinar à criança louvar a Deus por ter enviado o Salvador Jesus.
Para Guardar no Coração: “Louvemos o Senhor, [...]pois ele veio ajudar o seu povo [...].” (Lucas 1.68)
Iniciando a aula

1.     Recepcione as crianças na porta da sala. Cumprimente a todos com a “Paz do Senhor”. Não se esqueça de cumprimentar também os pais e de informá-los que neste trimestre as crianças estão estudando a respeito do louvor e adoração ao Papai do Céu. Se possível, envie uma cartinha para os responsáveis falando da importância desse tema. Peça que não deixe de trazer as crianças aos domingos.
2.     Em seguida faça um período de louvor bem animado. Incentive as crianças a louvarem a Deus por ter enviado seu Filho ao mundo. Depois do louvor, deixe que um aluno(a) recolha as ofertas.
3.     Em seguida mostre uma caixa de presente bem bonita. Diga que ali dentro tem o melhor presente que alguém pode receber. Um presente, muito, muito valioso! Em seguida pergunte às crianças: “Que presente é este?” Desperte a curiosidade dos alunos e incentive a participação de todos. Em seguida, coloque a caixa sobre a mesa e vá abrindo bem de vagar. Abra a caixa, retire o nome de Jesus e mostre às crianças. Diga que Jesus é o maior e melhor presente de Deus para nós.
4.     Ore com as crianças agradecendo a Deus por ter enviado Jesus ao mundo: “Deus, obrigado por me amar e enviar Jesus ao mundo. Eu te amo! Em nome de Jesus, amém!”

Subsídio Professor

Na lição deste domingo estudaremos a respeito do homem mais importante que já viveu nesta terra, Jesus. A História está dividida em antes e depois de Cristo. Jesus é o Filho de Deus e o Filho do Homem. Como homem Ele viveu e cresceu na palestina. O Rei dos reis nasceu em um tempo que os judeus estavam debaixo do jugo dos romanos, por isso, todos esperavam que o Messias os libertasse do poder do Império Romano.
Lucas era um médico gentio; por isso, preocupou-se em mostrar que a concepção do Messias foi um ato divino e que o Salvador era para todos. O dia em que o Filho de Deus se fez homem e veio a este mundo, com certeza, é um dos mais belos desta terra. Não sabemos ao certo o dia do seu nascimento; por isso, para o cristão, todo dia é dia de gratidão e louvor a Deus pelo seu dom inefável. A Palavra de Deus diz em Romanos 3.23 que todos pecaram. Com o pecado perdemos o acesso direito a Deus. Estávamos condenados à separação eterna. Mas Deus enviou seu Filho Unigênito para nos salvar. Jesus nasceu para morrer por nossos pecados. Sua morte não foi um acidente. Ela já havia sido preparada desde o Éden (Gn 3.15). Jesus se doou por amor a nós!

Até Logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história bíblica que se encontra em Lucas 1.46-55.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - O Livro de Deus conta a História de uma Moeda - Jd. Infância.

Lição 11 - O Livro de Deus conta a História de uma Moeda 

4º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão entender que, para Deus, todos somos preciosos; e compreender que é tarefa de todo cristão importar-se com aqueles que ainda não receberam Jesus como seu Salvador. 
É hora do versículo: “O Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10).
Nesta lição, as crianças irão aprender, através da história da dracma perdida, que todos somos preciosos para Deus; e compreender que é tarefa de todo cristão importar-se com aqueles que ainda não receberam Jesus como seu Salvador. A mulher da história tinha 10 moedinhas guardadas que significavam toda a sua economia. Quando ela perdeu uma única moeda, ela fez questão de procurá-la, mesmo ainda tendo outras nove moedas. Assim são Jesus e o Papai do Céu conosco, Eles não querem que nem um de nós fique perdido que não seja procurado.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno colorir conforme desejar. Reforce que nós somos como moedas preciosas para Deus e por isso cada um deverá escrever o seu próprio nome na moeda que será guardada no cofrinho do Papai do Céu para que não fique perdida. 
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - O Livro de Deus conta a História de um Amigo - Jd. Infância.

Lição 10 - O Livro de Deus conta a História de um Amigo 

4º Trimestre de 2019 
Objetivos: Os alunos deverão entender que o amor e a ajuda oferecidos aos necessitados e aos que nos rodeiam fazem parte do estilo de vida que Deus quer que tenhamos. 
É hora do versículo: “[...] Ame o seu próximo como você ama a você mesmo” (Lc 10.27).
Nesta lição, as crianças irão aprender, através da história do bom samaritano, que amar ao próximo é o dever de todos os cristãos, e entenderão que o amor e a ajuda oferecidos aos necessitados e aos que nos rodeiam fazem parte do estilo de vida que Deus quer que tenhamos. O amigo da nossa história nem sequer conhecia o homem que precisou de sua ajuda, mas ele foi tocado de uma bondade e de um grande amor por ele. Precisamos ajudar sempre, mesmo aqueles que não conhecemos e assim seremos seus amigos.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno colorir conforme desejar. Reforce que não devemos agir como os outros homens que passaram pelo rapaz caído e nada fizeram para ajudá-lo.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - Saul tem Inveja de Davi - Primários.

Lição 10 - Saul tem Inveja de Davi 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus não aprova a inveja.
Ponto central: A inveja nos afasta de Deus e das pessoas.
Memória em ação: “Pois antigamente nós mesmos não tínhamos juízo e éramos rebeldes e maus [...]” (Tt 3.3).
Querido (a) professor (a), no próximo domingo vamos falar aos pequeninos sobre um dos temas que há séculos é popularmente conhecido como um dos “sete pecados capitais” – a inveja. 
Por meio da passagem bíblica de 1 Samuel 18.5-16 em que Saul persegue a Davi enfurecido e transtornado pela inveja, reflitamos sobre esse sentimento tão complexo, que nos foi ensinado a reprimir, negar e pensar que apenas os “outros” têm por nós e nunca o contrário. 
E é aí que mora o maior perigo, porque tal como a analogia de Martinho Lutero acerca do pecado: “Não podemos impedir que os pássaros voem sobre as nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre elas”. 
Se negarmos, fingirmos não sentir todas as emoções humanas pecaminosas, como iremos tratá-las, cortá-las pela raiz?! Será que Saul não fez o mesmo? Negou e/ou fingiu não ver por tanto tempo o sentimento negativo que crescia acerca de Davi até chegar ao ponto de ser inteiramente consumido por ele?! 
Como o pai da psicologia analítica dizia “o que negas te subordina. O que aceitas te transforma”. Um conceito muito bíblico se refletirmos que para a remissão de pecado há de se ter que passar pela confissão e arrependimento. Sem antes enxergar e aceitar a dura e cruel realidade de que somos vis pecadores, carentes da graça de Deus, como permitiremos que tal graça nos alcance?!
Então, querido (a) professor (a), antes de preparar esta próxima aula e seguir todas as recomendações e conteúdo programático contidos em sua revista, examine-se a si mesmo (a) com afinco. Contemple-se frente ao “espelho” mais preciso que é a Palavra do Senhor e se permita enxergar até mesmo as falhas mais difíceis de serem admitidas. Apresente-as diante do Pai, para que assim Ele possa tratar tais feridas, impedindo-as de se alastrarem e levarem sua alma à morte. 
Ao final da aula, faça uma oração de arrependimento com as crianças, utilizando palavras que elas possam compreender e se identificar, por exemplo: “Perdoa-nos Deus por quando desejamos o que não é nosso ou ficamos com raiva por alguém ganhar coisas boas ou viver coisas legais, que nós gostaríamos. Limpe o nosso coração deste sentimento ruim que é a inveja, para que possamos ser gratos e felizes pelo que o Senhor faz de bom nas nossas vidas e na vida de todas as pessoas. Em nome de Jesus, amém!”  
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 11 - 4º Trimestre 2019 - Os Três Empregados - Juniores.

Lição 11 - Os Três Empregados 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Lucas 19.11-27.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que é preciso ser fiel no serviço para o qual o Senhor nos chamou. Não fomos chamados para fazer a nossa própria vontade, mas sim a vontade daquEle que nos chamou. O dono da Obra é Deus e somente Ele tem o poder de decidir o local e o modo como quer que a Obra seja realizada. Somos apenas servos a quem o Senhor distribuiu talentos conforme a Sua própria vontade.
A lição de hoje apresenta o episódio em que Jesus estava perto de Jerusalém e os seus discípulos pensavam que o Reino de Deus havia de aparecer em breve. Por conta disso, o Mestre contou uma história para ilustrar qual deve ser o comportamento daqueles que servem a Deus e estão aguardando ansiosamente pela vinda do Senhor.
A história narrada por Jesus diz que havia certo homem de família importante que viajou para um país distante, porquanto havia de ser feito rei naquele lugar. Então, antes de viajar, reuniu os seus empregados e distribuiu certa quantidade de dinheiro para cada um deles. Em seguida, deu ordem para que negociassem e investissem o dinheiro até que ele voltasse.
Assim que retornou daquela longa viajem o homem de família reuniu os seus empregados para a prestação de contas. O final dessa história é bem conhecido, os empregados entregaram o resultado multiplicado em relação à moeda que receberam. O patrão ficou muito feliz e disse a seguinte frase para um dos empregados obedientes: — Muito bem! Você é um bom empregado! E, porque você foi fiel em coisas pequenas, você vai ser o governador de dez cidades. E o mesmo aquele homem fez com os demais que foram obedientes em cumprir o que foi acordado. Porém havia um dos empregados que chegou para o seu senhor e disse que guardou a moeda com cuidado, pois sabia que o seu senhor era um homem duro, que tira dos outros o que não é seu e colhe o que não plantou.
Em primeiro lugar, podemos aprender com essa história que o nosso Deus não nos entrega responsabilidade alguma que não sejamos capazes de arcar ou missão alguma que não tenhamos condições de cumprir. Há qualidades em cada um dos servos do Senhor que são aperfeiçoadas com o tempo a fim de que o serviço na obra de Deus seja realizado com eficiência e qualidade.
Em segundo lugar, o comportamento do último servo denota que ele não tinha conhecimento algum de quem era o seu senhor. Ao declarar que o seu senhor era um homem duro e sem compaixão, o servo infiel revela a ausência de intimidade com o seu senhor. Semelhantemente, na obra de Deus, há pessoas que justificam a falta de empenho e dedicação na obra do Senhor, alegando que não possuem capacidade para realizar o serviço para o qual foram chamados. Outros, dizem que não foram chamados para realizar determinadas tarefas. Essas e outras justificativas não passam de desculpas da parte daqueles que conheceram o evangelho, mas ainda não desfrutam de uma intimidade com Deus, o dono da Obra.
Na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1549), encontramos o seguinte comentário:
A parábola das minas [moedas de ouro] mostra que cada crente redimido tem a responsabilidade de empregar fielmente aquilo que de Deus recebeu. Cada crente recebe de Deus oportunidade, tempo e meios de viver para Cristo, através de atos de bondade, nas orações, nas ofertas e de muitas outras maneiras.
Quem foi fiel no seu serviço para o Senhor e compartilhou do seu trabalho aqui na terra receberá tarefas ainda maiores no novo céu e na nova terra (Ap 21.1). Os que foram menos fiéis receberão uma posição e responsabilidade menores.
Sendo assim, o papel de cada servo de Deus é viver um estilo de vida que revele a mensagem de Cristo aos que precisam encontrar a salvação. O objetivo dos dons e talentos que recebemos de Deus é para alcançar as pessoas. Em momento algum o Senhor tem a pretensão de nos chamar para sermos privilegiados, louvados ou engrandecidos. O único nome a quem pertence a honra, a glória e o louvor é o nome de Jesus Cristo, Rei do reis e Senhor dos senhores, pois Ele é o dono da obra.
Para reforçar os ensinamentos compreendidos na lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Leve para a sala de aula, diversos tipos de doces: bombons, balas, pirulitos, amendoim e outros. Determine uma pontuação para cada tipo de doce, mas não revele aos alunos. Entregue a mesma quantidade para cada aluno (pode ser um de cada). Determine um tempo para eles negociarem a troca dos doces. Ao final, verifique quem conseguiu negociar e adquirir mais doces. Para surpreender os alunos, determine a pontuação mais alta para os doces mais simples, por exemplo: as balas. Quem fizer mais pontos vence a brincadeira. Você pode premiar aqueles que fizeram mais pontos.

Lição 10 - 4º Trimestre 2019 - A Moeda Perdida - Juniores.

Lição 10 - A Moeda Perdida 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Lucas 15.8-10
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão o quanto são importantes para Deus. A história contada na lição de hoje apresenta a preocupação da mulher com a moeda que havia perdido. Ela possuía em seu poder dez moedas, mas não se conformou com o sumiço de apenas uma das moedas. 
Certamente, já ouvimos várias explicações a respeito deste texto bíblico. A mensagem central dessa história é apresentar a preocupação de Deus em relação aos que estão perdidos. Entretanto, há preciosos detalhes que podem ser encontrados nesta rica passagem bíblica. 
Antes de qualquer detalhe é importante enfatizar que o Criador não desiste de buscar os que estão perdidos. Podemos claramente compreender a sua bondade quando estudamos outros textos bíblicos como a história da ovelha perdida que narra a disposição do pastor em deixar as noventa e nove no aprisco e sair ao encontro daquela que havia se desgarrado (Lc 15.4-7). Também encontramos a história do filho pródigo, que mesmo depois de haver desperdiçado toda a sua herança, ainda foi recebido amorosamente pelo seu pai (Lc 15.11-24).
Definitivamente, Deus não tem prazer na morte do pecador, mas que ele se arrependa e viva. No entanto, para que isso aconteça, importa que a pessoa compreenda a mensagem do evangelho que e reconheça a necessidade de arrependimento e reconciliação com o seu Criador, deixando a vida de pecados para caminhar na presença de Deus em comunhão com aqueles que também desfrutam da mesma salvação.
Observando com mais detalhes a história da moeda perdida é possível perceber que aquela moeda possuía um valor para mulher que excedia o monetário. A busca incessante da mulher pela moeda caracterizava o comportamento de alguém que tinha a preocupação excessiva para que a moeda aparecesse. De acordo com o Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento (2007, p. 174): 
[...] Nos tempos do Novo Testamento os presentes dados à noiva frequentemente tomavam a forma de moedas, nas quais se faziam furos para que pudessem ser usadas em cordão ou em uma toca. É provável que a mulher da parábola contada por Jesus, que ficou perturbada quando perdeu uma das dez moedas de prata, estivesse muito aborrecida porque estas moedas podem ter sido o seu dote (Lc 15.8-10).
Mas por que ela ficou tão perturbada? Porque levar seu dote para o casamento simbolizava sua parte no relacionamento, distinguindo-a de uma escrava ou serva, e dando-lhe a dignidade de uma personalidade de que ela desfrutava além de sua identidade como esposa de seu marido.
O fato de a mulher ter apenas dez moedas sugere que ela e seu marido eram pobres. Mas a sua busca alucinada reflete que, para ela, a moeda era muito mais preciosa por sua simbologia do que por seu valor monetário.
Mas uma vez, vemos que com uma simples parábola Jesus deixou perfeitamente claro aos seus ouvintes que os perdidos são verdadeiramente preciosos para Deus.
Assim, podemos entender o sentimento do Senhor por aqueles que estão perdidos. A preocupação de Deus não se resume em considerar o valor quantitativo daqueles que estão ou não em sua presença. Mas o interesse do Senhor está na importância que cada alma possui de forma individual. Assim como cada moeda tinha um sentido especial para aquela mulher, cada pessoa tem um sentido especial para Deus. Isso significa que não estamos despercebidos ao olhar de Deus, mas Ele nos conhece e nos sonda em nossas particularidades.
Aproveite e demonstre aos seus alunos o quanto eles são especiais para Deus e também para você. É bom quando somos notados e lembrados pelas pessoas, e na fase que seus alunos estão, essa demonstração de afeto e preocupação faz toda a diferença. Para reforçar o ensinamento da lição, prepare com antecedência, bombons escondidos pela sala de aula. Pode ser debaixo das cadeiras, atrás do armário ou da porta, nas extremidades do mural, e ouros lugares possíveis. Ao final da lição, diga aos seus alunos que há vários bombons espalhados pela sala e que, assim como a mulher, também devemos procurar por algo muito precioso que está perdido. Reforce a lição de que somos especiais para Deus.