quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Lição 04 - 1º Trimestre 2020 - Os Atributos do Ser Humano - Adultos.

Lição 4 - Os Atributos do Ser Humano 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A ESPIRITUALIDADE HUMANA 
II – A RACIONALIDADE HUMANA
III – A SOCIABILIDADE HUMANA
IV – A LIBERDADE HUMANA
V – A CRIATIVIDADE HUMANA E O TRABALHO

A RACIONALIDADE HUMANA
Claudionor de Andrade
Tenhamos em mente esta proposição: Deus é um ser racional. Logo, há perfeita harmonia entre a genuína razão e a fé bíblica. Por isso mesmo, Ele requer, de cada um de nós, um culto racional. 
1. Deus é um ser racional. Certa vez, o Senhor desafiou o povo de Judá, que caíra na apostasia, a arrazoar acerca do verdadeiro caminho (Is 1.18). Portanto, Ele requer de seus servos uma postura racional, porquanto dotou-nos de razão. Não temos uma natureza animal e bruta, mas racional e inteligente (Sl 32.9).
De acordo com a Bíblia Sagrada — o mais razoável e lógico dos livros —, a razão é o instrumento com que o Criador nos dotou, a fim de administrarmos o universo visível. Não há, pois, incompatibilidade entre a razão, quando usada corretamente, e a genuína fé em Deus. Embora esta se ache acima daquela, entre ambas não há qualquer antagonismo.
Em sua Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo demonstra que os gentios, ao atentarem razoavelmente à criação divina, chegam a uma conclusão mais do que lógica: a existência do Único e Verdadeiro Deus. Haja vista o ocorrido em Atenas. Apesar de todos os altares dedicados, ali, ao panteão grego, havia um espaço singular consagrado ao Deus Desconhecido.
Tributamos erradamente a Aristóteles (384-322 a.C.) a invenção da lógica, pois tal ciência, cujo objetivo é investigar nossas operações intelectuais, não foi inventada por homem algum; é um recurso que Deus colocou na alma de todos os seres humanos. Se dela fizermos bom uso, lograremos descobrir as verdades que estão ao nosso alcance. Mas, se a alimentarmos com inverdades, concluiremos enganos e mentiras, pois nem tudo o que é lógico é verdadeiro. 
No que tange à lógica, como legítimo instrumento de pesquisa, Salomão usou-a de forma sistemática bem antes de Aristóteles e de Francis Bacon (1561-1626). Assim escreveu o mais sábio dos homens: “Eis o que achei, diz o Pregador, conferindo uma coisa com outra, para a respeito delas formar o meu juízo [...]. Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” (Ec 7.27-29, ARA).    
2. A harmonia entre racionalidade e espiritualidade. A verdadeira espiritualidade manifesta-se de maneira racional, porquanto o nosso Deus é um ser racional por excelência. Ele não é de confusão (1 Co 14.33). Para que o agrademos, o Espírito Santo nos desenvolve a inteligência espiritual (Cl 1.9).
Se Deus não fosse um ser racional, nós também não o seríamos, porquanto Ele nos criou segundo à sua imagem e semelhança. E, nessa semelhança e imagem, encontra-se, logicamente, o atributo da racionalidade. Doutra forma, a comunhão da criatura com o Criador seria impossível, porque jamais viríamos a entendê-lo, nem Ele, apesar de toda a sua ciência e presença, lograria compreender-nos. Mas, sendo Ele um Ser perfeitamente racional e infinitamente sábio, criou seres racionais e também sábios: anjos e homens. É claro que a nossa racionalidade e sabedoria são imperfeitas e limitadas, quando comparadas à razão e ao saber divinos, mas tais limites e imperfeições não nos incapacitam de ouvir e entender o Pai Celeste.
Que Deus é um ser racional, não há dúvida. Todavia, não necessita Ele de operações intelectuais, como a lógica, para descobrir o que é certo e errado, ou o que é verdade e mentira. Ele sabe de todas as coisas; conhece-as absolutamente desde o princípio até o fim; presente, passado e futuro não lhe constituem qualquer mistério. Enfim, Deus não precisa raciocinar para concluir que dois mais dois são quatro, porque não somente as operações matemáticas, como a própria matemática, saiu de seu espírito. NEle, e somente nEle, residem todos os tesouros da ciência.
Embora perfeito em conhecimento, Deus revelou-se de tal maneira à humanidade, que até mesmo a criança mais débil e o homem mais ignóbil são capazes de compreender as belezas e mistérios do Evangelho, conforme o Filho, exultante, agradece ao Pai: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado” (Lc 10.2, ARA). Por esse motivo, o Senhor Jesus ordenou-nos a pregar as Boas Novas a toda a criatura, porque todos, até mesmos, os loucos, são habilitados, pelo Espírito Santo, a entender, aceitar e viver as verdades evangélicas (Is 3.8). Caso contrário, a mensagem da cruz seria algo tão inútil como as filosofias que, forjadas nas academias mundanas, são ininteligíveis até mesmo aos que as escrevem.
Quanto aos sábios deste mundo, que confiam no próprio saber e fazem da lógica a sua pedra de esquina, o Evangelho torna-se algo incompreensível, louco e escandalizável, conforme escreve Paulo aos irmãos de Corinto: 
Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. (1 Co 1.18-25, ARA)
Há os que ensinam que só viremos a compreender o Evangelho de Cristo, se nos munirmos de um método hermenêutico de comprovada eficácia. Uns propõem o histórico-crítico. Outros, o histórico-gramatical. Ainda outros sugerem a desconstrução sumária dos profetas e dos apóstolos, a fim de se erguer, sobre os despojos dos autores sagrados, um evangelho que, rigorosamente, em nada lembra o Evangelho de Cristo, que Paulo pregava com poder e graça (1 Co 1.18; Gl 1.8). 
Quanto a mim, proponho um método comprovadamente eficaz: o canônico, cuja essência é resumida nesta proposição áurea — a Bíblia interpreta-se a si mesma. Foi o método, aliás, utilizado pelos apóstolos e evangelistas do Novo Testamento (At 7; 8.35). O Cristo fez uso desse recurso (Lc 24.27). Colocando-o em prática, valemo-nos de outra proposição igualmente áurea: o Espírito Santo é o real intérprete da Bíblia Sagrada.
Tenhamos em mente, pois, um dos atributos mais sublimes da Palavra de Deus: a conspicuidade — a excelência daquilo que é claro e perceptível. No Salmo 119, o autor sagrado discorre sobre as qualidades da Bíblia Sagrada; um livro que restaura o sábio e dá vida ao ignorante. Mas, para que isso ocorra, é necessário que tanto um quanto outro se curvem à soberania das Escrituras Sagradas.     
3. O culto racional agrada a Deus. Posto que Deus é um ser racional, devemos cultuá-lo racionalmente (Rm 12.1). Isso significa, antes de tudo, que a nossa adoração ao Pai Celeste tem de ser perfeitamente entendida, explicada e praticada (Êx 12.26; 1 Pe 3.15). Doutra forma, não terá valor algum (Jo 4.22). Aliás, o culto cristão é o mais racional de todos, apesar de parecer, para os incrédulos, escândalo e loucura (1 Co 1.18,24).
O culto que rendemos a Deus tem de ser racional, mas não pode ser racionalista, nem deve estar submisso ao racionalismo. Essa proposição não é um jogo de palavras, nem um mero ornato retórico; é algo a ser observado em todos os nossos atos de adoração ao Todo-Poderoso. Ela traduz plenamente o que Paulo ensinou à igreja em Roma: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). Não sei quantas vezes li essa passagem. Mas, somente agora, começo a descobrir-lhe as reais belezas e mistérios.
Antes de tudo, atentemos à recomendação que o apóstolo faz aos irmãos de Roma. Solícito e preocupado, escreve-lhes: “Rogo-vos”. Tal expressão é usada, no grego moderno, para se pedir um obséquio a alguém: “Parakaló”, “por favor”. Então, gentilmente, o apóstolo dirige-se àquele rebanho, para implorar-lhe um grande obséquio não para si, mas para cada uma daquelas ovelhas: a apresentação de seus corpos como sacrifício vivo a Deus, que é o seu culto racional.
O culto a Deus deve ter início no lugar mais reservado e santo de nosso ser — o espírito: a sede de nossas afeições e sentimentos. A fim de qualificar esse ato cultual, o apóstolo escolhe o termo grego latreia, para mostrar-nos como deve ser a adoração que agrada a Deus. Essa palavra denota serviço único, adoração singular, devoção excelente e entrega incondicional. Mas, para alcançar tais qualidades, o culto não pode ser marcado apenas por emoções e sentimentos. Precisa ser caracterizado, em primeiro lugar, pela racionalidade, que nos advém da leitura piedosa e atenta das Sagradas Escrituras.
O adjetivo “racional”, usado por Paulo, advém do termo grego logikos, que, num primeiro momento, pode ser traduzido como lógica e razão. Mas, aqui, suplanta tanto a razão quanto a lógica, mas não as contradiz quando legitimamente usadas.  Os gregos e romanos, conquanto ilustrados e cultos, não sabiam como harmonizar a razão com o culto ao Deus Único e Verdadeiro. Por isso, ostentando um saber que jamais tiveram, fizeram-se loucos devido à sua vida libertina e devassa (Rm 1.22). Os discípulos de Cristo, porém, em virtude de sua pureza e santidade, mostravam, na prática, um culto racional e, ainda, apresentavam a razão de sua fé e serviço a Deus: “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15, ARA).
No verdadeiro culto a Deus, a latreia precede a leitourgia. Que nos lembremos dessa proposição em todos os nossos atos cultuais. Se a nossa adoração particular não for caracterizada pelo amor e pela racionalidade de que fala o apóstolo, o nosso culto público tende a ser frio, mecânico e formal. Assemelhar-nos-emos aos judeus contemporâneos de Isaías. Não obstante todo o seu aparato cerimonial, louvavam a Deus apenas com os lábios, pois o seu coração achava-se longe do Senhor. 
Quando se chega a esse estado de decadência espiritual, a adoração — latreia — torna-se idolatria, e o serviço público a Deus — leitourgia — redunda num mero e pecaminoso liturgismo. Nessas condições, o que deveria ser um culto racional converte-se numa reunião racionalista, na qual as razões humanas suplantam a sabedoria divina. Daí, em diante, um racionalismo satânico começa a dominar todos os elementos da Igreja de Cristo — doutrina, teologia, cânticos, ministérios e a própria esperança na vinda do Senhor. 
O que Deus requer, de cada um de nós, é um culto verdadeiramente racional: a posse completa de nosso corpo, alma e espírito. Consagremo-nos inteiramente ao Senhor! Se não o fizermos, jamais o veremos.    
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Eventos: Vem aí o 3º Congresso Nacional de Educação e Evangelização Infanto juvenil.

Vem aí o 3º Congresso Nacional de Educação e Evangelização Infanto juvenil 

Prepare já a sua caravana para participar do 3º Congresso Nacional de Educação e Evangelização Infantojuvenil, que será realizado no templo da Igreja Assembleia de Deus do Belenzinho - São Paulo (SP) nos dias 12 a 15 de março de 2020.
Nesta edição, o tema do evento será: “Ensinando em Tempos Difíceis”, baseado em 2 Timóteo 3.1. No dia 12, a equipe de credenciamento irá receber os inscritos a partir das 9h da manhã e às 19h teremos o Culto de Celebração pelos 80 Anos da CPAD. Você não pode ficar de fora!
As plenárias e seminários estarão refletindo sobre fortalecimento do ensino para as Crianças e Adolescentes, com temas atuais e relevantes, como: Abuso Sexual, Ideologia de Gênero, entre outros. Para isso, contamos com um time de preletores renomados que vem se destacando no ministério do ensino, nacional e internacional. Entre eles estão: o Presidente da CGADB, pastor José Wellington Costa Júnior (SP), Presidente do Conselho Administrativo CPAD, pastor José Wellington Bezerra da Costa (SP), Diretor executivo da CPAD, irmão Ronaldo Rodrigues de Souza, os pastores: Guilherme Schelb (PR), Terry Linhart (EUA), Alexandre Coelho (RJ), Douglas Baptista (DF), Jamiel Lopes (SP), os professores: Joane Bentes (Tia Jô - PR), Telma Bueno (RJ), Marcos Tedesco (SC), Anita Oyazu (SP) e Helena Figueiredo (RJ) e as psicólogas: Dra. Elaine Cruz (RJ) e Dra. Valquíria Salinas (SP).
Ao todo serão oito plenárias, 12 seminários e seis workshops. Como alguns seminários e Workshops acontecerão no mesmo dia e horário, cada congressista poderá escolher, na hora da inscrição, quatro seminários e dois workshops para participar.
Também teremos a presença confirmada da Ministra da Educação, Dra. Damares Alves (DF) e da Deputada Marta Costa (SP). No Louvor, os adoradores com selo CPAD Music estarão abrilhantando este evento com belos hinos: Victorino Silva, Lília Paz e Marcelo Santos.
INSCRIÇÕES:Investimento: R$ 145,00 ou 5x R$29,00 (sem alimentação) e R$195,00 ou 5x R$ 39,00 (com alimentação)
SITE: http://www.cpadeventos.com.br/eventos/3congressonacionalinfantojuvenil/
E você é o nosso convidado especial! 
SERVIÇO:
3º CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO INFANTOJUVENIL
Data: 12 a 15 de março de 2020
Local: Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Belenzinho – Novo Templo
Endereço: Rua Dr. Fomm, 140 - Belenzinho, São Paulo 03163-030
Como chegar: https://goo.gl/maps/fa4Phi4tQcHrTbF88
INFORMAÇÕES:Tel.: (21) 2406-7400 / 2406-7352
WhatsApp: (21) 96453-1287 / 96452-2990
E-mail: eventos@cpad.com.br

Artigo: A Escola Dominical e o papel do educador voluntário .

A Escola Dominical e o papel do educador voluntário 

Temos, em nossas igrejas, voluntários que se dedicam ao ensino da Palavra. São educadores que, de forma eficaz, estimam pela excelência do processo educacional e dedicam-se em alcançá-lo. Embora muitos não sejam formados em educação, o ideal é que busquem formação pedagógica e teológica entre outras, todavia, somos conscientes de que cada igreja/local existe uma demanda/realidade bem diferente. No entanto, precisamos seguir a orientação do apóstolo Paulo: “... se é ensinar, haja dedicação ao ensino;” o apóstolo chegou a comparar o ensino a um chamado divino (Rm 12.7). Ele recomenda, a todos que ensinam, dedicação ao máximo em fazê-lo. Esmero que trará positividades em relação à funcionalidade no ensino e, por conseguinte, evolução espiritual para seus alunos (educandos) (Lc 6.40; Jo 13.15; I Tm 4.12), sobretudo em relação a sua própria vida cristã (educador), (Sl 119.97-99).
O professor da escola dominical deve ser o primeiro a viver o que ensina. “Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”, (Tg 2.12). Na antiguidade o professor era aquele que, publicamente, professava a sua fé. Ele jamais deve subestimar seus alunos e/ou classe. Notarão se está sendo verdadeiro naquilo que discursa. Assim como perceberão se houve preparo adequado ou não para lecionar. Efetuar pesquisas no último momento e preparar plano de aula na correria nunca é uma boa escolha (II Tm 2.15). A partir do momento que o professor não se esforça para desempenhar o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca contra Deus, “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não faz, peca”, (Tg 4.17).
Além de viver o que ensina o bom professor sempre procura conhecer bem seus alunos. Jamais deve acreditar que basta, por exemplo, pegar a revista e transmitir apenas o que está ali, por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa, não é suficiente, faz-se urgente investimento na capacitação continuada. O professor da Escola Dominical deve sempre procurar conhecer a sua classe, particularmente cada um de seus alunos. É necessário que o educador se comporte com muita coerência, comprometimento, sobretudo para que tenha uma abordagem mais natural e eficaz.
No tocante ao preparo e a ministração da aula propriamente dita, os editores dos Estudos Bíblicos apresentam sugestões valiosas que nortearão os educadores da ED. Com rápidas adaptações afirmamos que a utilização da Bíblia precisa sempre ser a ferramenta primária como referencial absoluto do ensinador cristão, ela é suficiente e eficaz, (Hb 4.12); não negligenciar o altar da oração. Fazer pesquisas e anotações, procurando em outras fontes, ferramentas e subsídios para apenas complementação dos conteúdos. Organizar a ministração das aulas, sempre efetuar relações, objetivando evitar a antecipação da matéria a ser abordada. O educador deve esquivar-se do distanciamento dos assuntos propostos nas lições. Deverá ainda criar um ambiente sadio e dinâmico, sem monopolizar a fala oferecendo sempre respostas prontas. Por fim, deve buscar relacionar as mensagens unindo-as à realidade de seus alunos, confrontando verdades absorvidas/aprendidas, lembrando que tudo isso precisa fazer sentido para o aprendiz, dentro do seu contexto, seja ele cristão, social, familiar etc. Por isso saturemos o ambiente de: leitura, explicação e aplicação das Escrituras, tendo-as sempre como ponto de partida e conclusiva, (Jo 18.37; Mt 23.10; Jo 16.12-15; cf. 14.26).
No final de cada aula, faz-se necessário motivar os alunos quanto ao próximo assunto, apontando-lhes a possibilidade de absorverem mais conteúdos novos e, incentivando-os estudarem no decorrer da semana. O professor da EBD, não pode jamais descuidar da sua espiritualidade dependendo sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e apresentando-se diante do Senhor como ferramenta de instrução a todos que necessitam, (Jo 14.15-26; Gl 3.24). Sobretudo, ter como prioridade em sua função acompanhar a transformação na vida dos educandos/alunos, com propósito de avaliar o sucesso do seu trabalho. Entre muitos fatores que existem, há dois grandes inimigos, pelo menos, que têm levado muitos a evasão da Escola Dominical, consequentemente a perda do interesse pelo ensino nas igrejas hoje em dia. A falta de criatividade, preparo do professor e dinamismo das aulas, (improviso é arma fatal).
O Professor precisa fazer com que sua aula seja algo interessante; não podemos exigir, impor, e/ou obrigar nossos obreiros, fiéis, alunos e amigos a estarem presente num ambiente saturado de monotonia, repetitivo faz-se urgente sermos criativos, embora tenhamos um excelente/profícuo material como recurso didático (revistas/subsídios), enfatizamos... Não trabalhamos para o Senhor numa “ESCOLA DA REVISTA”, ainda continua sendo, ou precisa transformar-se em uma ESCOLA BÍBLICA, portanto gaste tempo nisso, meditar na Palavra de Deus é nobre, porque a obra de Deus não é feita sem a Bíblia (II Tm 3.16,17). Criatividade e dinamismo são, em boa parte, o segredo do sucesso do professor eficaz. “O trabalho mais simples para Jesus tem mais valor do que a dignidade de um imperador” (C.H.Spurgeon).
Logo, faz-se necessário que os educadores/professores da ED enxerguem seu trabalho/ofício como um ministério que o Senhor lhe confiou, por esse motivo precisa ser realizado da melhor maneira possível, tem que ser prazeroso no contrário não há sentido fazê-lo, “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis”, (Col 3.23-24). "o que ensina esmere-se”...(Rm 12.7), “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”,(Jo 9.4).
Bibliografia selecionada:
L. TOWNS, Elmer. Enciclopédia da escola dominical:  Um guia de referências práticas para a sua ED. 1ª edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
L. TOWNS, Elmer. Lo que todo maestro debe saber: 24 secretos que leayudarán a cambiar vidas. Editorial Patmos Weston, FL EE.UU, 2011.
Ezequiel Pereira da Silva é diácono da Assembleia de Deus do Ministério do Ouro Fino (RJ), exercendo a função de Pastor auxiliar. Licenciado em História, Bacharel em Teologia, Pós-graduado em Psicopedagogia, Pós graduando em Língua portuguesa, produção textual e oratória.

Artigo: A Importância da Didática para o Ensino Bíblico nos Espaços da Escola Dominical.

A Importância da Didática para o Ensino Bíblico nos Espaços da Escola Dominical 

A didática é a ciência específica da área do ensino. É a parte da pedagogia que trata dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la mais eficiente. De acordo com o Dicionário Houaiss¹, o termo “didática” deriva da palavra grega didaktikê, que significa a arte de transmitir conhecimentos — a técnica de ensinar. A Didática é uma importante ferramenta para o trabalho realizado na Escola Dominical, tendo em vista que o ensino da Palavra de Deus não deixa de ser um ato pedagógico.
A forma como o aluno aprende é uma relação interdependente da maneira como o professor ensina. Logo, o professor que domina as técnicas de ensinar, adequadamente, consegue realizar o seu trabalho de maneira muito mais eficaz. O resultado disso são alunos satisfeitos com os conteúdos que são ministrados. Ao passo que as informações são abordadas com clareza é possível perceber que os alunos aprendem de forma prazerosa a Palavra de Deus. As metodologias de ensino utilizadas de maneira eficiente encontram aplicabilidade no cotidiano dos alunos. O professor que domina o conhecimento da didática alcança resultados satisfatórios no ato de ensinar. 
1. O trabalho do professor e a qualidade do ensino
O professor que preza por um ensino de qualidade e pela efetivação da aprendizagem de seus alunos, sabe que a ministração da aula não pode ser feita de qualquer maneira. Uma aula de alto nível de qualidade requer, primeiramente, o comprometimento do professor. Antes de se apresentar para ensinar seus alunos o professor precisa dominar o conteúdo que se propõe a ensinar. Muitos pensam que apenas conhecer a Bíblia é suficiente para ensiná-la. Todavia, o ensino da Palavra de Deus requer dedicação como afirma o apóstolo Paulo (cf. Rm 12.7). E, para tanto, é importante a leitura de bons comentários e dicionários bíblicos, livros de psicologia da aprendizagem, história, didática, dinâmicas aplicadas em sala de aula e outros materiais da área da educação.
Além dos recursos materiais e metodológicos o que não pode faltar é a cobertura da oração e uma vida no altar de Deus. Na educação cristã, quaisquer conhecimentos ou recursos humanos que possam ser utilizados tornam-se irrelevantes se não estiverem lado a lado com o auxílio advindo do Espírito Santo. Portanto, o professor que deseja fazer o seu trabalho com qualidade precisa dedicar tempo para aprofundar seus conhecimentos e aprimorar a sua habilidade de ensinar. 
2. Planejamento e plano de aula para a Escola Dominical
O planejamento é indispensável para a realização do trabalho do professor. Todas as ações pedagógicas com vista no funcionamento da Escola Dominical devem passar pelo crivo do planejamento. Planejar envolve delimitar tempo, espaço e recursos para executar ações do ensino. Na educação encontramos os principais tipos de planejamento e que também estão presentes nos espaços da Escola Dominical: o planejamento anual, o plano de curso, o plano de ação e o plano de aula².
O planejamento anual. Visa a organização das ações educacionais durante o período de um ano. Tais ações estão segmentadas de acordo com a faixa etária ou grupo de estudo: educação infantil, jovens e adultos, formação de professores, formação de obreiros.
Plano de curso. Envolve o planejamento de cada curso conforme o período de formação e a definição da grade curricular que lhe é necessária.
Plano de ação. Tem como finalidade a definição de ações específicas e necessárias a curto, médio e longo prazo. Estas ações podem envolver todo o curso ou apenas alguns setores e o prazo de execução depende da necessidade e do objetivo da ação.
Plano de aula. Considera o preparo das ações educativas e o curso de uma aula. Para tanto, o plano de aula está organizado das seguintes partes: objetivo, conteúdo, metodologia, recursos didáticos, avaliação e referências bibliográficas.
3. Métodos e recursos didáticos
A elaboração de uma aula de qualidade depende muito dos recursos que nela são aplicados. Para que o aluno, de fato, possa aprender é preciso que os conteúdos da lição sejam expostos da forma mais clara, objetiva e dinâmica possível. Nesta ocasião, tanto os recursos quanto os métodos são indispensáveis. Entende-se por método ou metodologia a maneira como os conhecimentos são abordados ou o caminho percorrido pelo professor para ensinar seus alunos.
O conhecimento pode ser apresentado ao aluno por diversas maneiras: oralidade, audiovisualidade, manuseio, exercícios de interatividade: trabalho em grupo, mapa conceitual, brainstorming (tempestade de ideias), simpósio, painel e outros. Já os recursos didáticos sãos os materiais ou ferramentas utilizadas como canais para exposição dos conteúdos: Datashow, quadro branco (lousa), caneta piloto, apagador, lápis de cor, caneta hidrocor, e outros³.
Considerações Finais
A partir dos conhecimentos apresentados pela Didática o professor tem à sua disposição as ferramentas técnicas apropriadas para preparar sua aula. Possuir as habilidades e competências necessárias para ensinar o conteúdo bíblico é fundamental para o professor que preza por uma aula de qualidade. A arte da didática acontece justamente quando o professor domina esses conhecimentos e proporciona ao aluno a facilidade para aprender. Para tanto, a arte de ensinar requer do professor a flexibilidade para adequar a metodologia certa na ocasião certa.
E, por fim, vale destacar que o ensino bíblico é essencialmente um ato pedagógico. Não apenas teológico, mas também pedagógico. O professor que domina a arte de ensinar e dela faz uso de maneira apropriada tem em mãos a possibilidade de oferecer um ensino em alto nível de qualidade e, consequentemente, fazer com que seus alunos desenvolvam as capacidades intelectuais necessárias para o aprendizado.
Referências:
1. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001.
2. RIBEIRO, Verônica N. C. Planejamento Educacional: Organização de Estratégias e Superação de Rotinas ou Protocolo Institucional. Divisão de Formação Docente. Universidade Federal de Uberlândia, 2014. Disponível em: http://www.difdo.diren.prograd.ufu.br.3. LEFEVER, Marlene. Métodos Criativos de Ensino: como ser um professor eficaz. 4ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
Por Thiago Santos.
Graduado em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro.
Pós-graduando em Gestão Escolar Integradora pela Universidade Castelo Branco.
Editor das revistas Juniores e Pré-adolescentes do setor de Educação Cristã. CPAD.
Professor de Escola Dominical das classes Adolescentes e Jovens.

Artigo: A Escola Dominical e seu desafio como agência transformadora de vidas .

A Escola Dominical e seu desafio como agência transformadora de vidas 

A Escola Dominical desempenha o papel de maior agência de estudo bíblico sistemático das Assembleias de Deus. Semanalmente, quase sempre aos domingos e no turno matutino, milhões de assembleianos se reúnem para estudarem as lições bíblicas. O currículo editado pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) divide-se em três segmentos: infanto–juvenil, jovens e adultos, e nesta formatação, alcança todas as faixas etárias da membresia. Portanto, temos a nossa disposição material didático de excelência para atingir o propósito de transformar vidas. Não obstante o currículo seja uma ferramenta indispensável, compete aqueles que ensinam esmerar-se em cumprir a vocação transformadora da Escola Dominical.
Educadores em geral já documentaram e comprovaram que o ambiente escolar tende a reproduzir as ideologias e os comportamentos do meio social em que estão inseridos [1]. Por conseguinte, para não cometer o erro de reeditar modelos educacionais e sistemas de ensino secularizados, o corpo docente da Escola Dominical deve ser vocacionado e capacitado para atuar como agente e multiplicador dos princípios éticos e dos valores morais do cristianismo. Para tanto, o pressuposto bíblico do material didático não pode servir apenas como referencial teórico, mas, sobretudo, como padrão para a práxis cristã evidenciada por perceptível transformação na vida dos alunos. Assim, para se manter como agência de transformação, a Escola Dominical deve enfatizar, entre outros, os seguintes aspectos:
A Bíblia Sagrada como principal fundamento
A Declaração de Fé das Assembleias de Deus professa crer “na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, como única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão” [2]. Esta afirmação enfatiza as Escrituras como sendo o único inspirado e inerrante fundamento para a vida cristã. E, embora não se possa desprezar a tradição da Igreja, as leis civis e criminais e nem tampouco os bons costumes adotados pela sociedade, para o cristão toda e qualquer prática e conduta precisa passar pelo crivo e pelo aval da Palavra de Deus (Hb 4.12). Quando nos distanciamos deste princípio fundamental de nossa teologia, a fé, a moral e a ética cristã são desvirtuadas. Já no século XIX a Igreja foi advertida acerca do perigo de relativizar as verdades bíblicas: “uma vez que permitamos que o verme corroa a raiz, não devemos ficar surpresos se os galhos, as folhas e os frutos, pouco a pouco, apodrecerem” [3].
Mediante tal constatação é dever do corpo docente e líderes da Escola Dominical conservar e preservar a autoridade da revelação divina, a fim de que as vidas continuem a ser transformadas. Os princípios bíblicos são imutáveis e universais, isto é, têm aplicação hoje, assim como o tiveram antigamente. Aquilo que as Escrituras consideram como pecado, permanece sendo pecado. A lei divina não pode ser revogada e ajustada aos interesses humanos. Os padrões da conduta cristã não sofrem mutações e não podem ser modificadas para atender o egoísmo e o hedonismo da raça humana. O texto bíblico permanece inalterado e imexível. Por isso, os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 24.35).
A formação do Caráter Cristão
Tendo ratificado a Bíblia Sagrada como pressuposto e fundamento para o ensino da Escola Dominical, as verdades reveladas nas Escrituras passam a ser medida normativa e agente de transformação de vidas. Os aspectos da salvação por meio da fé na morte expiatória de Cristo, a confissão de pecados e o arrependimento conduzem o cristão a andar em novidade de vida (Rm 6.4). A partir desta experiência de salvação uma série de desdobramentos culmina na formação do caráter cristão. O caráter se refere às características morais de uma pessoa, sua maneira de agir e de se comportar em relação à ética. Por exemplo, um crente salvo pauta suas atitudes segundo a moral bíblica e não de acordo com o contexto social em que está inserido. Foi neste diapasão que o apóstolo Paulo escreveu: “deixai a mentira, e falai a verdade... Aquele que furtava, não furte mais” (Ef 4.25,28).
Assim sendo, o caráter se desenvolve no discípulo a partir de instruções básicas e vida exemplar de quem lidera. Porém, “somente uma exemplar de quem lidera. Porém, “somente uma nova natureza habitada pelo Espírito Santo tem o poder fixador do caráter” [4]. Destarte, quando a formação do caráter torna-se prioridade na Escola Dominical, e não apenas o discurso, então é possível testemunhar a transformação na atitude e postura dos cristãos-alunos. O caráter cristão reflete os princípios e valores do cristianismo. Um crente fiel não só deve fazer diferença, mas seu comportamento também deve ser referencial para a sociedade [5]. Em consequência, velhos hábitos são abandonados, condutas reprováveis são descartadas e nítidas mudanças comportamentais são percebidas. Desse modo, aqueles que desenvolvem “a nova natureza de Cristo adquirem caráter que não somente perdura como também transforma” [6].
A práxis da Ética e da Moral cristã.
A ética e a moral sempre fizeram parte do dia a dia da humanidade. Quando os códigos ainda não estavam escritos e positivados a própria consciência estabelecia aquilo que devia ser observado (Rm2.14-15). Porém, para os cristãos, como já vimos, as Escrituras contêm os fundamentos da ética e da moral para a sociedade. Conceitualmente a ética trata dos princípios que orientam a conduta. E, em sincronia, a moral é a prática dessa conduta ética. Por exemplo, “se eu tenho um princípio ético que me orienta a dizer a verdade, minha conduta moral será mentir ou não” [7]. E este ponto é nevrálgico para o autêntico cristão que sempre dirá a verdade, ainda que a mentira possa lhe trazer alguma vantagem pessoal. Tal atitude comprova que a revelação contida nas Escrituras é para quem desfruta do caráter cristão a singular fonte inalterável devalores éticos e morais. Em contrapartida, infelizmente, na segunda metade do século XIX, o filósofo alemão Nietzsche (1844–1900) por meio de suas teorias retirou todo e qualquer vínculo da religião com os conceitos de ética e da moral. O efeito desta influência atingiram os séculos XX e XXI, que extremamente centrados no secularismo e relativismo, inauguraram uma assustadora crise ética e moral de ordem universal. E, por vezes, semelhante comportamento é reproduzido por pseudos-cristãos. Como resultado deste conflito, a Escola Dominical e seus líderes têm o atual desafio de transformar vidas em meio à desconstrução da ética e da moral cristã.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alicerçados na autoridade das Escrituras, na formação do caráter cristão e na práxis da ética e da moral, a posição cristã discorda que os valores devam ser avaliados pela medida humana. E por isso, diligentes contra-atacamos, por meio do estudo sistemático das doutrinas bíblicas tendo a Escola Dominical como importante agência nesta nobre tarefa de transformar vidas pela renovação do entendimento para que os homens possam “experimentar a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.12).
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] BOURDIEU, Pierre e PASSERON, Jean C.. A Reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2014, p. 25.
[2] SOARES, Esequias (Org). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 21.
[3] COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p. 74-75.
[4] CARL, Henry (Org). Dicionário de Ética Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 91.
[5] LIMA, Elinaldo Renovato. O Caráter do Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,p. 9-10.
[6] CARL, Henry (Org). Dicionário de Ética Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 92.
[7] STEFFEN, Ronaldo. Cultura Religiosa. Canoas:ULBRA, 2017, p. 239.
Douglas Roberto de Almeida Baptista - Líder da Assembleia de Deus de Missão no Distrito Federal e do Conselho de Educação Cultura da CGADB. Graduado em teologia, filosofia e pedagogia. Mestre em Ciências das Religiões e Doutor em Teologia. Relator da Declaração de Fé das Assembleias de Deus e Comentarista das Lições Bíblicas para Adultos da CPAD.
Artigo extraído da Revista Ensinador Cristão, ano 20 - nº 78 (abr/mai/jun de 2019) 

Artigo: Ideologia de Gênero - Infantil.

Ideologia de Gênero 

A pessoa não pode ser menina ou menino quando quiser ser
Ao conceber um filho, pai e mãe passam a dedicar toda a atenção para o pequeno ser que, em pouco tempo estará chegando, trazendo alegria, expectativas e muitas preocupações. Desde o inicio da sua vida intra uterina, todo o investimento dos pais é para que o filho alcance um desenvolvimento pleno.
O pequenino embrião vai se desenvolvendo, após oito semanas já é um feto e após o nascimento um lindo bebê, menino ou menina Gn1.27. O sexo biológico identifica a criança em seu gênero. A partir daí, um longo caminho, marcado por diferentes fases, levará esta criança à fase de adulto. Fatores internos (maturação), fatores externos (meio ambiente) influenciarão o seu desenvolvimento físico, mental, emocional, espiritual e comportamentos. “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. Pv 22.6  
Ideologia de gênero é o termo que reúne um conjunto de ideias que desvincula o comportamento sexual do sexo biológico.  
Segundo esta linha de pensamento, ninguém nasce homem ou mulher, mesmo trazendo no nascimento evidentes diferenças anatômicas e funcionais. Cada indivíduo deve construir a sua própria identidade sexual, isto é, seu gênero ao longo da vida. Homens e mulheres, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que representariam como e quando quisessem, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas. Assim, a proposta é desvincular a educação e orientação das crianças no seu sexo biológico. 
Este tema vem sendo debatido no Brasil com mais intensidade desde a estruturação do Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014. A proposta do Ministério da Educação (MEC) era incluir temas relacionados com a identidade de gênero e sexualidade nos planos de educação de todo o país. 
Pais e professores estão preocupados com a ameaça à formação saudável de crianças e adolescentes. Eles precisam ser respeitados no seu direito de se desenvolverem conforme o seu sexo biológico. A biologia não pode ser negada, ela é específica, exata e proposital. 
Sem Título 2Abrir espaço para que as crianças, desde a mais tenra idade, questionem e decidam sobre o seu papel sexual, ou seja, “Eu posso ser menina? Ou menino? Ou o que eu quiser ser?”, é uma proposta da Ideologia de gênero que não trará benefício algum ao desenvolvimento sexual da criança, ao contrário trará muita confusão. A harmonia do sexo biológico com a identidade e papéis sexuais, não depende de escolha “eu quero ser menino ou eu quero ser menina” como papel social flexível, este posicionamento não resolve o conflito interno, é muito mais do que isso. A criança pode ao longo do seu crescimento, vivenciar cada fase que marca o  desenvolvimento da sexualidade, questionar suas dúvidas, seus medos e inseguranças, demonstrar insatisfação com aspectos do seu próprio corpo, isto é normal acontecer, essas necessidades devem ser observadas e trabalhadas para que sigam, rumo a serem adultos saudáveis e equilibrados. Assim, entendendo a criança ou adolescente, com amor e sabedoria, ajudá-los a construir a sua sexualidade adulta, saudável, prazerosa. Esta atenção é importante, também para que as más influências que chegam, através de amigos, leituras, mídia, internet e etc... Sejam neutralizadas. 
Como em todas as áreas do desenvolvimento humano, a sexualidade também necessita de um olhar atencioso para que o seu devido valor não seja desvirtuado. 
A confiança e a firmeza de propósitos que as crianças percebem em seus “modelos sexuais”, pai para o menino, mãe para a menina, são elementos fundamentais para a formação da identidade sexual do menino e da menina.
A criança segue uma sequência específica no processo de desenvolvimento da sua sexualidade. Segundo pesquisas científicas e estudos realizados pela Neurociência e a Psicologia Evolutiva, há fundamentos biológicos nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres, ou seja os genes são determinantes para algumas condutas.
A cultura e o meio ambiente influenciam na aprendizagem dos papéis sexuais.
Ronald Slaby e Karin Frey, através de uma pesquisa descobriam que uma criança passa por três estágios diferentes no desenvolvimento da idéia do próprio gênero: 
1. Ela descobre que é um menino ou uma menina – o que Slaby e Frey denominam “identidade de gênero”.
2. Depois compreende que continuará assim durante a sua vida toda – “estabilidade de gênero” 
3. Finalmente, compreende que isso não mudará, mesmo que ela consiga se parecer com o sexo oposto – “constância de gênero”. 
No estudo de Slaby e Frey, entre quatro e cinco anos as crianças compreendem os três estágios. 
Na Psicologia temos aspectos interessantes reveladas na teoria da aprendizagem, (Walter Mischel) ele usou dois princípios básicos da aprendizagem para explicar o desenvolvimento de conceito de gênero e papel sexual. O primeiro é o princípio do reforçamento, onde as ações que trazem consequências agradáveis tendem a ser repetidas. Quando os pais dão atenção a comportamentos de menino, a criança aprende que é um menino e valoriza comportamentos de menino. 
O segundo princípio é a aprendizagem observacional. Não é necessário que uma criança seja gratificada para que aprenda algo. Cada um de nós aprende também observando outras pessoas fazendo alguma coisa. Nós aprendemos muitas coisas através dos meios que a tecnologia proporciona, a mídia, observando algo interessante. A criança aprende como meninos ou meninas se comportam, observando seu pai, mãe, irmãos ou outras pessoas na sua vida. Enfim, Mischel concluiu que as crianças são reforçadas pela imitação, observando as pessoas do mesmo sexo.
Como podemos perceber, crianças e adolescentes precisam de compreensão e orientação segura. Cada criança é única. Possui personalidade com características diferenciadas, até na sua maneira de perceber e interpretar a realidade. Vai ganhando maturidade e conta com a maturidade dos adultos para orientá-la. Precisa ser reconhecida e valorizada pelas suas capacidades, talentos, fragilidades, pontos fortes e fracos. Ela precisa reconhecer o valor que possui e, então, plantamos sementinhas, para que possam germinar e dar frutos, ajudando-os, assim a perceberem o que podem melhorar ou mudar, e o que não puderem mudar,   devem aceitar e desenvolver a resiliência para poder ultrapassar as dificuldades , que com certeza enfrentarão na vida. Pais são educadores, capacitados e convocados por Deus para educar os seus filhos (Dt.4.40ª)!     
A Igreja, através da Escola Dominical, e departamentos de Jovens e adolescentes contribuem de forma significativa no processo de crescimento de jovens e crianças. São educadores. A ED, que trabalha com grupos de faixas etárias específicas, tem acesso às angustias e necessidades tão característica em cada fase, como coadjuvante direto na formação cristã, através dos seus professores, produz conhecimento mais amplo da Palavra de Deus, além de promover os valores cristãos, pode trazer orientações abrangentes aos temas que envolvem o cotidiano dos alunos. Num clima de comunhão com Deus, alunos e professores podem tirar dúvidas, trocar experiências, discutir ideias e fortalecer valores, desenvolvendo também, estratégias e recursos espirituais para estar fortalecidos, vencer as atrações do mundo e identificar os perigos das más influencias.
Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra” (Sl. 119.9).
Artigo extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 19 - nº 76 (out/nov/dez de 2018) 

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Nascimento de Jesus - Primários.

Lição 3 - O Nascimento de Jesus 

1º Trimestre de 2020
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus fala conosco.
Ponto central: Deus fala conosco de diferentes maneiras. 
Memória em ação: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho [...]” (Jo 3.16).
Querido (a) professor (a), na próxima lição vamos narrar às crianças o nascimento do nosso Salvador Jesus. O maior presente de Deus para nós!
Além de todo o conteúdo programático disponível em sua revista, deixamos aqui mais uma sugestão para frisar o nosso objetivo com esta lição e nosso “Ponto Central”: Deus fala conosco de diferentes maneiras e isto é um presente! 
Portanto, após a lição, para melhor ilustrá-la e fixá-la nos pequeninos proponha a seguinte dinâmica – que você deve preparar com antecedência:
Uma criança de cada vez tirará de uma caixa de presente um versículo encorajador (previamente escolhido e lá colocado por você. Seguem algumas sugestões: Js 1.9; Sl 36.6; Is 43.1; 49.15; Jr 1.5; Rm 5.8; Gl 1.15; 1 Jo 3.1, etc.). 
E uma a uma deverá escolher uma maneira de transmiti-lo para o colega ao lado: Pode ser lendo-o em voz alta, ou o entregando com um abraço, ou lhe cochichando no ouvido ou após cantar um hino que lembre o versículo, com um desenho, mímica para ele adivinhar, etc. 
Estimule-os a serem bem criativos e o que a turma mais gostar ganhará uma surpresa especial (pose ser um bombom, algo simples, mas que ao final todos possam ganhar). Você pode ajudá-los caso queiram sugestões.
Após este momento reforce que assim como ocorreu ali em classe, Deus também fala conosco de diferentes maneiras, às vezes por sonho, outras vezes dentro do nosso coração, através da orientação dos nossos pais e responsáveis, pessoas que confiamos, ou usando um amigo com uma palavra de incentivo, um abraço, e, sobretudo, através da leitura da sua Palavra e deste momento na Escola Dominical em que aprendemos mais sobre Ele. 
Por isso, devemos sempre ter o coração aberto para ouvir o que Jesus está falando conosco, afinal, ouvi-lo e ter este amor e cuidado dEle são nosso maior presente!
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Anúncio do “Pentecostes” - Juvenis.

Lição 3 - Joel – O Anúncio do “Pentecostes” 

1º Trimestre de 2020
“Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3)
OBJETIVOS
Evidenciar o juízo e a misericórdia divina;
Anunciar o derramamento do Espírito Santo;
Explicar o Dia do Senhor e a sua justiça.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE JOEL
Querido (a) professor (a), especialmente para nós que somos pentecostais, esta próxima lição será ainda mais especial. 
Com o passar dos anos da caminhada cristã tendemos a nos “acostumar” demais com coisas extraordinárias acerca do mover do Espírito Santo. Por exemplo, você recorda a primeira vez que o sentiu queimar em seu coração? A primeira vez que falou em línguas, profetizou e/ou recebeu uma profecia que Ele mesmo confirmou vir direto dEle para sua vida? As vezes que fomos às lágrimas por senti-lo de forma tão intensa ou receber da parte dEle uma resposta ou milagre há muito aguardados... 
Oh, como é bom rememorar esses eventos, revigora a nossa fé e nos conecta novamente ao fato de quão especial e glorioso é ter o Espírito Santo em nossas vidas. Por isso, além de todo o conteúdo programático e subsídios disponibilizados em sua revista, sugerimos aqui que você separe um momento para compartilhar uma dessas ricas experiências do mover do Espírito em sua vida com seus Juvenis; e também incentive aos que desejarem fazer o mesmo. 
Ao final da aula, faça um apelo, acerca de quem gostaria de ser batizado com o Espírito Santo ou sentir essa chama revigorada em seu coração. Proponha um momento de oração ou mesmo dependendo da sua disponibilidade e realidade de sua igreja, esta reunião de busca e oração por este propósito pode ser extraclasse. 
Na ocasião, pode ser exibido trecho de um documentário, ou lido trecho de um livro, sobre grandes avivamentos e mover do Espírito Santo ao longo dos séculos da Igreja, como os das Ilhas Fiji, o da Rua Azusa, o vivenciado por John Wesley na Inglaterra ou tantos outros. Material não falta e é muito útil para nos despertar para o fato de que nosso Deus ainda é o mesmo e tem prazer em se derramar sobre nós de maneiras extraordinárias, que impactam gerações e verdadeiramente transformam vidas.
Além desses momentos, serem de extrema importância espiritual  para avivar sua fé, também servem para lhe aproximar de seus alunos e renovar tanto em você como neles a sede por mais do Senhor, o desejo de buscá-lo ainda mais.O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Mamãe, presente do Papai do Céu - Berçário.

Lição 03 - Mamãe, presente do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Que o bebê perceba, no amor e no cuidado da mamãe, o amor e a proteção de Deus.
É hora do versículo: “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei” (Hebreus 13.5).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre o bebê Moisés, mas chamando a atenção para o cuidado da mamãe Joquebede que se esforçou muito para cuidar do seu bebê e não deixar que ele fosse morto pelo malvado rei. Joquebede representa todas as mamães que amam e cuidam dos seus bebês fazendo com que eles entendam o cuidado do Papai do Céu sendo demonstrado pela mamãe.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem com giz de cera a imagem da mamãe alimentando o seu bebê. Diga que o amor e o cuidado do Papai do Céu pelo bebê é como o amor e o cuidado da mamãe.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Jesus é apresentado no Templo - Maternal.

Lição 3 - Jesus é apresentado no Templo 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Que a criança entenda que os pais de Jesus cumpriram uma ordem de Deus. 
Para guardar no coração: “[...] Você é meu filho; hoje eu me tornei seu pai” (Sl 2.7).
Seja bem-vindo 
“A presença de Jesus enche os corações de alegria. Assim como Jesus chegou à vida de Simeão e trouxe alegria, também nos alegrou ao entrar em nosso coração quando o recebemos como nosso Salvador. No dia em que conheceu Jesus, Simeão não estava no Templo por acaso, não estava passeando por ali; ele foi conduzido pelo Espírito Santo. Aquele momento foi preparado por Deus, pois ao tomar em seus braços aquele bebê Simeão declarou o propósito do nascimento daquele bebê: Ele seria luz para todas as nações, o Salvador do mundo inteiro. Da mesma forma que o Espírito Santo conduziu Simeão ao Templo, proporcionando-lhe a imensa alegria que sentiu ao conhecer o Messias, é o Espírito Santo que convence o pecador da necessidade de um encontro com Cristo. Esse encontro proporciona não apenas alegria, mas também traz cura, libertação, paz e, principalmente, salvação!” (Daniele Pereira)
Subsídio professor
“Simeão e Ana eram tementes a Deus. Como todo judeu, conheciam as Escrituras. Tinham conhecimento da vinda do Messias. Liam profecias maravilhosas a respeito dEle. Eram pessoas de idade avançada, experientes na vida e respeitadas por serem idosos, algo difícil de ver nos dias de hoje. Supostos “Messias” devem ter surgido, mas Simeão e Ana sabiam que quando chegasse o verdadeiro, não teriam dúvidas. O tempo foi passando, mas não perderam a esperança, pois a fé era maior que a longa espera. Devemos confiar no Senhor até o último instante. Simeão, por ser justo e temente a Deus durante anos, foi abençoado com a revelação do Espírito Santo de que não morreria antes de ver o Salvador de Israel. Ana também foi abençoada por servir a Deus por muitos anos. Eles puderam ver o que muitos não puderam (Mt 13.17). Imagine a alegria que sentiram ao ver o Cristo e saber que não foi em vão toda dedicação e espera! Essa bênção pode ser alcançada por nós, se também formos fiéis ao Senhor” (Daniele Pereira).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 2.22-35. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Mamãe, Presente do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 03 - Mamãe, Presente do meu Amigo 

1º Trimestre de 2020
Objetivos: Os alunos deverão saber que o Papai do Céu cuida de nossa vida; e compreender que devemos confiar no Papai do Céu quando estamos com medo. 
É hora do versículo: “Quando estou com medo, eu confio em ti, ó Deus Todo-Poderoso” (Sl 56.3).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Joquebede considerando que ela foi um exemplo de mamãe que cuidou muito bem de seu filho, sendo assim, um presente para Moisés. Através do cuidado e do amor da mamãe, a criança poderá compreender melhor como o Papai do Céu nos ama e cuida de nós.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem o desenho de Moisés no cestinho que seria colocado no rio. Em seguida, dê um pedaço de retalho para as crianças colarem cobrindo o bebê como se fosse sua manta. Reforce que a mamãe de Moisés cuidou muito bem dele e assim ele cresceu e cumpriu a tarefa que o Papai do Céu queria que ele realizasse.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Amigo que Aprendeu a Amar - Juniores.

Lição 3 - O Amigo que Aprendeu a Amar 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – Lucas 9.49-55.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão a história de alguém que ao conhecer Jesus, teve seu temperamento transformado. João, também conhecido como o discípulo do amor, antes de se converter verdadeiramente era uma pessoa de gênio difícil. O comportamento dele e de seu irmão Tiago não refletia o pensamento de Cristo mesmo após se tornarem discípulos, pois ainda não compreendiam a profundidade do amor de Deus. Tudo que aprenderam no judaísmo refletia apenas a exigência da lei que nem mesmos aqueles que a ensinavam conseguiam colocar em prática.
Certa vez, quando os discípulos atravessaram a aldeia dos samaritanos, não foram recebidos tão bem quanto esperavam. Isso ocorreu devido à rivalidade que havia entre judeus e samaritanos. Por conta disso, Tiago e João perguntaram ao Mestre se Ele permitiria que orassem para descer fogo do céu e consumir os samaritanos. Jesus os repreendeu, visto que esse tipo de comportamento não revelara o amor e cuidado de Deus pelas pessoas, mas sim um espírito de juízo e condenação.
Jesus prossegue dizendo que o Filho do homem não veio para destruir a alma das pessoas, mas sim para salvá-las. Considerando que as pessoas no tempo de Jesus, inclusive os judeus, encontravam-se distantes de Deus e com a mente cauterizada, receber o amor revelado em Cristo, de fato, era algo surpreendente. A religião judaica pensava somente no cumprimento de ordenanças e cerimoniais, quando na verdade o que mais importava (e ainda importa) é preocupar-se com o bem-estar das pessoas. Embora os discípulos estivessem demonstrando certo zelo pelo seu Mestre e não admitissem o fato de que os samaritanos estivessem rejeitando as verdades do evangelho, isso não justifica o desejo de ira e vingança sobre eles.
O evangelho de Jesus Cristo demonstra amor e misericórdia até mesmo sobre aqueles que não querem receber a Palavra de Deus. É difícil aceitar o fato de que haja pessoas que se opõem, perseguem e combatem com agressividade os princípios do evangelho. Contudo, é importante lembrar-nos da verdade dita por Tiago, irmão do Senhor, em sua Carta: “Porque a raiva humana não produz o que Deus aprova” (Tg 1.20). Por maior que seja a indignação do crente frente a essas oposições é importante ter em mente que a verdade do evangelho sempre prevalecerá. Sendo assim, nosso papel é apenas pregar a Palavra de Deus e apontar o caminho que pode levar o homem à salvação. Todavia, há somente um que pode convencer o ser humano do erro: o Espírito Santo.
Para reforçar o ensinamento da Lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:
Reúna os alunos em círculo e pergunte se eles já foram rejeitados por algum amigo. Diga que muitas pessoas não querem ser nossos amigos por vários motivos ou mesmo porque não gostam de nós. Foi exatamente o que aconteceu com os discípulos, eles não foram bem recebidos em Samaria somente porque os samaritanos não concordam com os judeus. Mas Jesus ensinou que devemos amar a todas as pessoas. Até mesmo aquelas que não querem ser nossos amigos devem ser tratadas com amor e respeito. Reforce que não devemos esperar recompensa porque a nossa recompensa vem do Senhor.

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - Sou Livre para Escolher - Pré Adolescentes.

Lição 3 - Sou Livre para Escolher 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: Efésios 1.3-14.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos refletirão a respeito da oportunidade que Cristo nos concede de escolher. Deus em sua grandiosa sabedoria nos fez para que louvássemos o seu Santo Nome e obedecêssemos à sua Santa Palavra. Todavia o Senhor não nos obriga a nada, antes nos mostra qual o caminho correto a seguir e espera que tomemos as decisões certas. O Senhor não obriga nenhuma de suas criaturas a fazer a sua vontade como se fossem marionetes na mão do Criador. Pelo contrário, Ele espera que cada um de nós tome a espontânea decisão de amá-Lo e servi-Lo.
Na Carta que escreveu aos Efésios o apóstolo Paulo afirma que Deus nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo (Ef 1.5,6). Isso significa que o propósito de Deus para o ser humano é que todos cheguem ao completo conhecimento da verdade e tornem-se filhos de Deus por adoção. Sendo assim o papel que nos cabe é obedecer à vontade do Criador. Neste contexto encontramos dois conceitos que são de suma importância: eleição e predestinação. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1808-09) aborda o assunto da seguinte maneira:
[...] A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por Deus, em Cristo, de um povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2 Ts 2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de Deus, que recebe como seus todos os que recebem seu Filho Jesus (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes verdades:
(1) A eleição é cristocêntrica, isto é, a eleição de pessoas ocorre somente em união com Jesus Cristo. Deus nos elegeu em Cristo para a salvação (1.4; ver v. 1, nota). O próprio Cristo é o primeiro de todos os eleitos de Deus. A respeito de Jesus, Deus declara: ‘Eis aqui o meu servo, que escolhi’ (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1 Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé.
(2) A eleição é feita em Cristo, pelo seu sangue; ‘em quem [Cristo]... pelo seu sangue’ (1.7). O propósito de Deus, já antes da criação (1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de Cristo na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de Cristo no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
[...] A predestinação (gr. proorizo) significa ‘decidir de antemão’ e se aplica aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por Deus, ‘em Cristo’, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo).
(1) Deus predestina seus eleitos a serem: a. chamados (Rm 8.30); b. justificados (Rm 3.24; 8.30); c. glorificados (Rm 8.30); d. conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); e. santos e inculpáveis (1.4); f. adotados como filhos (1.5); (g) redimidos (1.7); (h) participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da sua glória (1.12; 1 Pe 2.9); (j) participantes do Espírito Santo (1.13; Gl 3.14); e (l) criados em Cristo Jesus para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (isto é, a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (1.5,7,13; cf. At 2.38-41; 16.31).
Considerando esses termos é possível compreender que a salvação planejada por Deus para a humanidade não se trata de uma escolha específica de alguns e condenação premeditada de outros. Deus em seu amor e graça estende a salvação a toda à humanidade, mas é papel do ser humano crer e compreender de fato esse amor. A Palavra de Deus é bem clara quando afirma que é da vontade de Deus que todo homem se salve (cf. 1 Tm 2.3,4). Isso quer dizer que Deus não exclui nenhum ser humano da oportunidade de encontrar a salvação. Infelizmente os caminhos traçados pela humanidade resultaram em um afastamento sistemático da presença de Deus. Mas Deus continua mostrando à consciência do homem o que está de acordo com a sua vontade ou não. Tudo o que Deus espera é que o ser humano creia e encontre a verdadeira salvação em Cristo Jesus, o único meio pelo qual podemos ser salvos.
Para aplicar o assunto da aula de hoje sugerimos que você realize a seguinte atividade com seus alunos:
Leve para a sala de aula alguma fruta em uma sacola. Pode ser maçã ou banana. Permita que alunos escolham uma fruta para comer. Em seguida faça a devida observação: no dia a dia, por mais simples que pareça, fazemos várias escolhas. Cada escolha resulta em alguma consequência. Assim como escolher uma fruta requer alguns cuidados para que não comamos um alimento de má qualidade, assim também devemos analisar e pensar bem antes de escolher que decisão tomar. Mostre para os seus alunos que aceitar a Cristo é uma escolha muito especial que não deve ser considerada como pouca coisa. Crer em Cristo determina onde iremos passar toda a eternidade. Além disso, há muitas escolhas na vida que devem ser feitas com bastante cautela, pois as consequências virão de acordo com a natureza das nossas decisões.

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Filho Amado e Obediente - Adolescentes.

Lição 3 - O Filho Amado e Obediente 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – UM MENINO EDUCADO
2 – A EDUCAÇÃO DE JESUS
3 – UM EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA
4 – UM FILHO QUE CRESCIA DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS
OBJETIVOS
Informar que Jesus recebeu uma boa educação de seus pais;
Destacar que Cristo passou por todas as etapas da educação judaica;
Ensinar que Jesus era um filho obediente à vontade de seu Pai celestial.
ENSINO CRISTÃO: DECRETO DE DEUS
“Ele parece não fazer algo de Si mesmo que possivelmente possa delegar às Suas criaturas. Ordena-nos que façamos lenta e desajeitadamente o que Ele poderia fazer perfeitamente e num piscar de olhos. [...] Talvez não percebamos o problema em sua inteireza, por assim dizer, de permitir que vontades finitas coexistam com a Onipotência. Parece envolver em cada momento quase que uma espécie de abdicação divina”.
(C.S.Lews)
Certo cartum retratava um senhor Brown e uma senhorita Smith. Era óbvio que a moça, munida das provas e dos resultados de entrevistas, candidatava-se a um cargo pedagógico. 
“Sinto muitíssimo, mas não podemos aceitá-la. Notamos que você é recém-formada de uma escola de educação, e exigimos um professor com experiência em sala de aula de, no mínimo, cinco anos. Além disso, você só tem grau de bacharel e preferimos alguém com o mestrado”. 
O olho do leitor então passa para o quadro seguinte, onde o senhor Brown, agora irmão Brown e superintendente da Escola Dominical, entrevista a irmã Smith, a qual rebate o pedido que ele lhe fez para ser professora: “Irmão Brown, sou nova-convertida e, na verdade, não sei muita coisa sobre a Bíblia”.
“Ora, isso não é problema”, responde ele. “A melhor maneira de aprender a Bíblia é ensina-la”.
“Mas, irmão Brown, eu nunca ensinei aos juniores”, ela objeta.
“Oh, não deixe que isso a coíba, irmã Smith. Tudo o que exigimos é alguém com o coração disposto”, vem a resposta. 
O cenário é mais do que um desenho caricatural; é um comentário de nosso baixo nível de discernimento em relação ao ensino cristão. Se você planeja ensinar que 2 + 2 são 4, precisa de cinco anos de experiência pedagógica. Se espera ensinar as crianças a dizer, “Eu trouxe”, em vez de, “Eu truce”, provavelmente lhe exijam o mestrado. Mas, para ensinar o currículo da vida cristã, qualquer coisa é boa o bastante para Deus.
Que contraste com o desígnio para o ensino, apresentado no Novo Testamento. Segunda Timóteo 2.2 informa-nos que o ensino não é um ministério da mediocridade, mas da multiplicação. Nenhum ser humano está completamente cônscio do poder residente no ensino. Toda vez que alguém ensina, desencadeia um processo que, idealmente, nunca acaba. Duas razões atuam para formar um argumento convincente: a Igreja tem de ensinar. Não se trata de opção, mas de uma característica indispensável; não é difícil de contentar; mas necessário. A denominação evangélica que não educa, deixa de existir como Igreja do Novo Testamento. Para que o Cristianismo seja perpetuado, precisa ser propagado. 
É ordem de Jesus Cristo
Mateus 28.19,20 enfoca a lente zoom do Espírito Santo na Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos discípulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo Testamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8) indicam que não é algo aleatório, mas essencialmente para estratégia de nosso Senhor. 
O mandato “Fazei discípulos” (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, “guardar [obedecer] todas as coisas” que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação. Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se realizar.
Lucas 6.40 fornece mais apoio ao objetivo de Jesus no que se refere aos Seus ensinamentos, quando Ele diz: “Mas todo o que for perfeito será com o seu mestre”. A verdade de Deus não foi revelada para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos conformar à imagem de Cristo. 
Foi praticada pela Igreja Primitiva  
Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse mandamento? 
A Ilustração. Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles “perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos” (2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção. 
A Implementação. Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: “Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]” (Ef 4.11). O propósito? “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12); mais outra prova de que os talentosos são chamados para ministério da multiplicação e não da adição. 
Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo “dom de ensino” com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata. 
As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial.
Texto extraído da obra “Manual de Ensino Para o Educador Cristão”. Rio de Janeiro: CPAD.