quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

História da Escola Bíblica Dominical.

 

História 

A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore

Por Ruth Doris Lemos

ed01Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo, pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar o comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos.

Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime.

ed02A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um polo industrial com grandes fábricas de têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.

Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer?


Por um futuro melhor

Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.

Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No editorial seguinte, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo, através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho.

O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.

Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto frequentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas.

As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruístas da cidade, que contribuíam para este nobre esforço.


Movimento mundial

ed04No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava - os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia nestas alturas algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia.

As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados.

A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança.

A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegou ao Brasil naquele ano e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos”, contou a história de Jonas, mais com gestos,do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Ela viu tantas crianças pelas ruas que seu coração almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil.

Com o passar do tempo, aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. Este humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil.

No mundo há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres e analfabetas da sua cidade, no interior da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo.

Ruth Dorris Lemos é missionária norte-americana em atividade no Brasil, jornalista, professora de Teologia e uma das fundadoras do Instituto Bíblico da Assembleia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba (SP)


A CPAD e a Escola Dominical

ed05A CPAD tem uma trajetória marcante na Escola Dominical das igrejas brasileiras. As primeiras revistas começaram a ser publicadas em forma de suplemento do primeiro periódico das Assembleias de Deus – jornal Boa Semente, que circulou em Belém, Pará, no início da década de 20. O suplemento era denominado Estudos Dominicais, escritos pelo missionário Samuel Nystrom, pastor sueco de vasta cultura bíblica e secular, e com lições da Escola Dominical em forma de esboços, para três meses. Em 1930, na primeira convenção geral das Assembleias de Deus realizada em Natal (RN) deu-se a fusão do jornal Boa Semente com um outro similar que era publicado pela igreja do Rio de Janeiro, O Som Alegre, originando o MENSAGEIRO DA PAZ. Nessa ocasião (1930) foi lançada no Rio de Janeiro a revista Lições Bíblicas para as Escolas Dominicais. Seu primeiro comentador e editor foi o missionário Samuel Nystrom e depois o missionário Nils Kastberg.

Nos seus primeiros tempos a revista Lições Bíblicas era trimestral e depois passou a ser semestral. As razões disso não eram apenas os parcos recursos financeiros, mas principalmente a morosidade e a escassez de transporte de cargas, que naquele tempo era todo marítimo e somente costeiro; ao longo do litoral. A revista levava muito tempo para alcançar os pontos distantes do país. Com a melhora dos transportes a revista passou a ser trimestral.

Na década de 50 o avanço da CPAD foi considerável. A revista Lições Bíblicas passou a ter como comentadores homens de Deus como Eurico Bergstén, N. Lawrence Olson, João de Oliveira, José Menezes e Orlando Boyer. Seus ensinos seguros e conservadores, extraídos da Bíblia, forjaram toda uma geração de novos crentes. Disso resultou também uma grande colheita de obreiros para a seara do Mestre.

ed06As primeiras revistas para as crianças só vieram a surgir na década de 40, na gestão do jornalista e escritor Emílio Conde, como editor e redator da CPAD. A revista, escrita pelas professoras Nair Soares e Cacilda de Brito, era o primeiro esforço da CPAD para melhor alcançar a população infantil das nossas igrejas. Tempos depois, o grande entusiasta e promotor

Usava-se o texto bíblico e o comentário das Lições Bíblicas (jovens e adultos) para todas as idades. Muitos pastores, professores e alunos da Escola Dominical reclamavam das dificuldades insuperáveis de ensinar assuntos sumamente difíceis, impróprios e até inconvenientes para os pequeninos.da Escola Dominical entre nós, pastor José Pimentel de Carvalho, criou e lançou pela CPAD uma nova revista infantil, a Minha Revistinha , que por falta de apoio, de recursos, de pessoal, e de máquinas apropriadas, teve vida efêmera.

ed07Na década de 70 acentuava-se mais e mais a necessidade de novas revistas para a Escola Dominical, graduadas conforme as diversas faixas de idade de seus alunos. Isto acontecia, principalmente, à medida que o CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical), lançado pela CPAD em 1974, percorria o Brasil.

Foi assim que, também em 1974, com a criação do Departamento de Escola Dominical (atual Setor de Educação Cristã), começa-se a planejar e elaborar os diversos currículos bíblicos para todas as faixas etárias, bem como suas respectivas revistas para aluno e professor, e também os recursos visuais para as idades mais baixas.

ed08O plano delineado em 1974 e lançado na gestão do pastor Antônio Gilberto, no Departamento de Escola Dominical, foi reformulado e relançado em 1994 na gestão do irmão Ronaldo Rodrigues, Diretor Executivo da CPAD, de fato, só foi consumado em 1994, depois que todo o currículo sofreu redirecionamento tendo sido criadas novas revistas como as da faixa dos 15 a 17 anos e as do Discipulado para novos convertidos, desenhados novos visuais, aumentado a quantidade de páginas das revistas de alunos e mestres e criado novo padrão gráfico-visual de capas e embalagem dos visuais.

Após duas edições das revistas e currículos (1994 a 1996 e 1997 a 1999), a CPAD apresentou em 2000, uma nova edição com grandes novidades nas áreas pedagógicas, gráficas e visuais.

ed09Depois desse período, em 2007, a Editora lançou um novo currículo fundamentado nas concepções e pressupostos da Didática, Pedagogia e Psicologia Educacional. Após sete anos, a CPAD, sempre em fase de crescimento, inovou mais uma vez. Em comemoração pelos 75 anos de existência, a Casa lançou mais uma nova edição para a Escola Dominical que começou a ser utilizado no primeiro trimestre de 2015. A novidade surpreendeu até mesmo quem não conhecia o projeto. Antes, o currículo era dividido em dois segmentos: infanto-juvenil e adultos, depois dessa data ele ganhou mais um material exclusivo para o público jovem (a partir dos 18 anos): a revista Lições Bíblicas Jovens. 

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - A História de um Casamento - Juniores.

 

Lição 12 - A História de um Casamento 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno entenda o que é o chamado de Deus.

Ponto central: Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.

Memória em ação: “ – Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos” (Mt 22.14)     

Querido (a) professor (a), na nossa próxima aula nós vamos compartilhar com os nossos Primários a “Parábola das Bodas”, presente em Mateus 21.1-14.   

Caso seja possível, encontre em sua igreja alguém que ainda possua seu vestido de noiva e convide-a com seu noivo, vestidos a caráter, para uma participação breve, mas muito especial nesta aula. Caso sua igreja tenha um mistério de teatro/encenação, talvez eles possam te ajudar a providenciar o figurino e voluntários para estarem presentes.   

Enfeite previamente a sala com flores, providencie um buquê e enrole-o com uma fita de cetim (pode ser um buquê simples com flores colhidas em jardim caseiro, mas com a arrumação bem caprichada). Receba seus primários com entusiasmo e diga que hoje eles serão convidados de uma festa muito especial.   

Promova um bate-papo para iniciar a aula. Aguce a curiosidade e interesse deles, perguntando que tipo de festa eles acham que é, dê algumas pistas, por exemplo, sinalizando o buquê (leve seu álbum de casamento se já for casada e desejar compartilhar essa experiência com seus pequeninos).     

Uma vez que eles acertarem que trata-se de um casamento, peça que os convidados entrem (dá até para colocar a marcha nupcial para tocar no celular. Deixe sua criatividade fluir).    

As crianças certamente ficarão maravilhadas. Permita que elas se aproximem, interaja com eles, toquem nas roupas... Previamente oriente “os noivos” a interagirem com os alunos, perguntem quem já foi em algum casamento, o que mais gostaram, expliquem o quanto estão felizes, porque este é um evento importante, etc.     

É crucial frisar que é uma festa tão especial, mas tão especial que só pessoas muito amadas são convidadas e as que amam muito os noivos comparecem. Pergunte aos noivos na frente das crianças se eles ficariam triste se seus convidados não fossem. Esse é o gancho perfeito para introduzir o momento da história, explicando as analogias de Jesus, quanto Deus, a Igreja e os convidados.     

Certamente essas ricas lições ficarão gravadas na memória e coração de seus alunos para sempre.     

Que o Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - O Avivamento da Rua Azusa - Adolescentes.

 

Lição 12 - O Avivamento da Rua Azusa 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: 1 Coríntios 12.4-11

DESTAQUE: "O SENHOR diz ao seu povo: ‘Depois disso, eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas: os filhos e as filhas de vocês anunciarão a minha mensagem; os velhos sonharão, e os moços terão visões’.  (Joel 2.28)

OBJETIVOS
Destacar a importância do Avivamento Pentecostal para o dinamismo da igreja em nossos dias;
Ressaltar que, assim como Deus usou um homem simples como William Seymour, Ele pode e quer nos usar em sua obra, apesar das nossas limitações;
Enfatizar e explicar as principais doutrinas bíblicas pentecostais e sua importância para a Igreja.

Prezados professores,

A Paz do Senhor Jesus!

Nesta semana estudaremos o famoso Avivamento da Rua Azusa! Em sua revista há uma ampla narrativa desse processo histórico, no qual Deus atuou grandemente.

Para lhe auxiliar no desenvolvimento da lição, selecionamos um vídeo do saudoso Pastor Antônio Gilberto.

Nele, o pastor fala sobre a importância e o impacto das doutrinas bíblicas pentecostais e sobre o Avivamento da Rua Azusa, que em 2020 completou 114 anos.

Vamos aprender um pouco com ele? Basta acessar o link: http://www.tvcpad.com.br/2019/12/08/pr-antonio-gilberto-doutrinas-biblicas-pentecostais-e-o-avivamento-da-rua-azusa-na-historia-33/

Boa Aula!!

Flavianne Vaz 
Editora responsável pela Revista Adolescentes da CPAD. 

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - As bênçãos do avivamento espiritual - Juvenis.

 

Lição 12 - As bênçãos do avivamento espiritual 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O FRUTO DO ESPÍRITO É GERADO
2. O AMOR DE DEUS É DERRAMADO
3. “FOME” DE DEUS

OBJETIVOS
Enumerar os efeitos do avivamento;
Apontar para a necessidade de gerarmos frutos;
Destacar o amor e a “fome” por Deus.

Querido (a) professor (a), estamos quase chegando ao final do trimestre. Esperamos que a esta altura seus alunos, assim como você, estejam sedentos por um genuíno avivamento. Que juntos clamemos para que a Igreja no Brasil desperte e faça uma potente diferença, transformando a realidade na qual nosso país se encontra, por meio do poder e fruto do Espírito Santo.

Havendo tempo hábil após a aplicação do conteúdo de sua revista, sugerimos que analise com seus alunos estes eventos reais que evidenciam as bênçãos e frutos, estudados nesta lição, comuns a todos os verdadeiros avivamentos espirituais da História.

O próprio Moody afirmou:

Se estamos cheios do Espírito, e de poder, um dia de serviço com poder vale mais do que um ano de serviço sem esse poder. Se estamos cheios do Espírito, ungidos, nossas palavras alcançarão os corações do povo.

Na Inglaterra, as cidades de York, Senderland, Bishop, Auckland, Carlisle e Newcastle foram vivificadas como nos dias de Whitefield e Wesley. Na Escócia, em Edinburgh os cultos se realizaram no maior edifício e "a cidade inteira foi comovida". Em Glasgow a obra começou com uma reunião de professores da Escola Dominical, a qual assistiram mais de 3.000. O culto de noite foi anunciado para as 18:30 mas muito antes da hora marcada, o grande edifício ficou repleto e a multidão que não pôde entrar foi levada para as quatro igrejas mais próximas. Essa série de cultos transformou radicalmente a vida diária do povo. Na última noite Sankey cantou para 7.000 pessoas que estavam dentro do edifício e Moody estando do lado de fora, sem poder entrar, subiu numa carruagem e pregou a 20 mil pessoas que se achavam congregadas do lado de fora. O coro dirigiu os hinos de cima dum galpão. Em um só culto mais de 2.000 pessoas responderam ao apelo para se entregarem definitivamente a Cristo.

Durante o verão, pregou em Aberdeen, Montrose, Brechin, Forfar, Huntley, Inverness, Arbroath, Fairn, Nairn, Elgin, Ferres, Grantown, Keith, Rothesay e Campbeltown; muitos milhares assistiam todos os cultos.

Na Irlanda, Moody pregou nos maiores centros com os mesmos resultados, como na Inglaterra e Escócia. Os cultos em Belfast continuaram durante quarenta dias. O último culto foi reservado para os recém-convertidos, os quais só podiam ter ingresso por meio de bilhetes, concedidos gratuitamente. Assistiram 2.300. Belfast fora o centro de vários avivamentos, mas todos concordam em que nunca houvera um avivamento antes desse de resultados tão permanentes.

Depois da campanha na Irlanda, Moody e Sankey voltaram à Inglaterra e dirigiram cultos inesquecíveis em Shefield, Manchester, Birmingham e Liverpool.

Durante muitos meses os maiores edifícios dessas cidades eram superlotados de multidões desejosas de ouvirem a apresentação clara e ousada do Evangelho por um homem livre de todo o interesse e ostentação. O poder do Espírito se manifestou em todos os cultos produzindo resultados que permanecem até hoje.

O itinerário de Moody e Sankey na Europa, findou-se após quatro meses de cultos em Londres. Moody pregava alternadamente em quatro centros. Os seguintes algarismos nos servem para compreender algo da grandeza dessa obra durante os quatro meses: Realizaram-se 60 cultos em Agricultural Hall, nos quais um total de 720.000 pessoas assistiram; em Bow Road Hall, 60 cultos, nos quais 600.000 assistiram; em Camberwell Hall, 60 cultos, assistência, 480.000; Haymarket Opera House, 60 cultos, 330.000; Vitoria Hall, 45 cultos, 400.000 assistentes.

Como é glorioso acrescentar aqui o seguinte: "As diferenças entre as denominações quase desapareceram. Pregadores de todas as igrejas cooperavam numa plataforma comum — a salvação dos perdidos. Abriram-se de novo as Bíblias e houve um grande interesse pelo estudo Palavra de Deus." (BOYER, Orlando. Heróis da Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 30ª Ed., 2005, pp. 219-220).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora responsável pela Revista Juvenis 

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - Judas: Quando a proximidade com Jesus não faz a diferença - Jovens.

 

Lição 12 - Judas: Quando a proximidade com Jesus não faz a diferença 

4º Trimestre de 2020 - 20/12/2020

INTRODUÇÃO

Lembro-me de que, em minha infância, na semana da Páscoa, algumas pessoas da comunidade onde fui criado faziam uma coleta e montavam um boneco. Ele era do tamanho de uma pessoa normal, vestido com roupas e enchimento, e era trazido à rua e espancado até que os seus pedaços pudessem ser espalhados. Era a representação do Judas, aquele famigerado discípulo que traiu Jesus. As pessoas reuniam-se e batiam no boneco até não poder mais. Na percepção dessas pessoas, o Judas não merecia sequer ter o seu corpo preservado. Ele deveria ser linchado por ter traído o seu Mestre. Quem traiu o Salvador trairia qualquer outra pessoa. É possível pensarmos que todas as pessoas que andaram próximas a grandes líderes tenham sido grandemente influenciadas por eles. Pregadores experientes servem de modelo para pregadores que estão começando. Gestores que fizeram carreiras de sucesso são estudados por pessoas que estão começando a interessar-se por processos de gestão. Com o Senhor Jesus não foi diferente. Ele serviu e serve de exemplo como mestre, amigo e servo. Entretanto, nem todos os discípulos seguiram o exemplo de Jesus. Neste capítulo, trataremos sobre Judas Iscariotes.

I – JUDAS, UM DOS DOZE ESCOLHIDOS 

Um Discípulo de Jesus Dentro da perspectiva deste estudo, a história de Judas inicia-se quando ele é chamado por Jesus para ser um discípulo. Lucas 6.12,13 diz: “E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos”. O nome Iscariotes pode ter, segundo se entende, dois significados: um referindo-se à possibilidade de Judas ser oriundo de um lugar chamado Queriote, situado na parte sul da Judeia. Outra possibilidade seria que Judas faria parte de um grupo de homens que portavam adagas, os chamados sicários. A primeira opção parece-nos mais razoável, pois os relatos sobre Judas não nos mostram um homem com tendências violentas ou portando qualquer arma. O Senhor precisava de pessoas que estivessem próximas dEle a fim de que, aprendendo com o seu exemplo e as suas palavras, fossem os seus seguidores e dessem prosseguimento ao seu ministério. Ele orou para escolher esses discípulos e não observou somente o jeito de cada um, mas também agiu de acordo com a orientação do Espírito Santo. É provável que, uma vez sabendo daquilo que Judas faria se tivesse oportunidade, não o deixaríamos participar de qualquer grupo em nossas igrejas. Entretanto, ele foi escolhido e teve permissão da parte de Cristo. Judas andou com Jesus, ouviu os seus ensinos, viu os milagres operados e demônios sendo expulsos. Cremos que ele estava no grupo de discípulos que voltou com alegria após terem sido enviados por Jesus de dois em dois e presenciarem até a libertação de pessoas oprimidas (Lc 11). Ele teve a honra de ser uma das pessoas mais próximas do Senhor — uma oportunidade sem precedentes para nossos dias.

O Evangelho segundo escreveu João informa-nos que Judas tinha uma incumbência específica: lidar com recursos financeiros no ministério. Era o que, em nossos dias, chamamos de “tesoureiro” do grupo das pessoas que andavam com Jesus (Jo 12.6). Isso nos mostra que, de alguma forma, ele tratava com questões financeiras no ministério terreno de Jesus, guardando as ofertas e doações que chegavam. Jesus recebia doações. Entendemos que o dinheiro tem um poder de sedução muito forte para pessoas que desejam ter ao invés de ser; entretanto, não podemos jamais Judas – Quando a Proximidade com Jesus não Faz a Diferença | 139 dizer que quem lida com recursos financeiros será como Judas, que era desonesto. Há pessoas sérias e comprometidas com o Reino de Deus que lidam com o dinheiro e não se deixam levar por ele. E por que entendemos que o dinheiro tem um forte apelo a nossos corações? O dinheiro nunca é neutro. Ele tem o poder de atrair o coração do homem (ver Ec 5.10). O próprio Jesus personificou o dinheiro quando o chamou de Mamom, o “senhor” que tenta disputar nossa fidelidade com Deus.

Em um determinado momento no ministério de Jesus, Maria ofertou ao Senhor um unguento, com o qual ungiu os pés do Senhor. Judas, vendo a cena, ficou indignado com o que considerou um “desperdício”. A ocasião faz a oportunidade para que se manifeste um ladrão. João 12.4-6 diz: “Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres? Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava”. Para Judas, não bastava amar o dinheiro. Ele roubava valores do ministério de Jesus. O amor ao dinheiro deturpa até a missão mais nobre, que é a pregação e o ensino da Palavra de Deus e a conversão de perdidos. Entendemos que todo ministério necessita de recursos financeiros para subsistir, mas o dinheiro é um meio para chegar-se a certas realizações, e não a finalidade da obra de Deus. Portanto, repito: entendemos que o dinheiro tem um poder de sedução muito forte para pessoas que desejam ter ao invés de ser; entretanto, não podemos jamais dizer que quem lida com recursos financeiros será como Judas, que era desonesto. Na fala de Judas, há três pontos que precisamos destacar. (1) A oferta de Maria foi um desejo dela. A gratidão de Maria, que foi manifesta no perfume de nardo, é um reconhecimento da parte dela para o Senhor. Não havia qualquer impedimento para ela oferecer algo de valor para Jesus, e ela assim o fez. (2) Judas queria usufruir parte do dinheiro se o perfume fosse vendido. O argumento de que aquela especiaria aromática para angariar fundos deveria ser vendida não moveu Judas à generosidade, mas à cobiça. (3) As suas palavras mostram que ele não honrava Jesus — diferentemente da postura de Maria, que decidiu entregar a Cristo algo que foi fruto do seu trabalho.

II – JUDAS, O TRAIDOR 

A traição pode ser considerada como um pecado cometido contra quem está próximo. É uma demonstração de falta de lealdade, de uma ruptura na fidelidade. Soldados de unidades especiais chegam a passar por treinamentos físicos e psicológicos que provam duramente a sua fidelidade à pátria e ao grupo, de tal forma que, se um deles deixa-se levar pela dor, pela privação do sono, pela fome ou cansaço e deixa patente a todos a sua tendência à falta de fidelidade para com a sua unidade, ele é logo tirado do grupo. A verdade é que não costumamos tratar bem pessoas traidoras. Elas perdem não somente nosso respeito, como também nossa confiança. 

Nenhuma traição é feita contra pessoas inimigas, mas, sim, contra amigos. Por estar no círculo de Jesus, ele testemunhou coisas que nós, em pleno século XXI, gostaríamos de ver, como, por exemplo, a libertação do Gadareno, a multiplicação dos pães, a ressurreição de Lázaro, o mar acalmando-se ou as muitas curas e milagres que Jesus realizou. Judas também era um homem que poderia ser comprado. Os sacerdotes e doutores da Lei procuravam uma chance de prender e matar Jesus. Eles detestavam os ensinos do Mestre, que eram transmitidos com autoridade. Eles viam as multidões seguindo ao Senhor, tinham conhecimento dos milagres realizados por Ele e acabaram achando em Judas a pessoa ideal para quebrar as barreiras que impediam os seus planos de serem executados. O preço de Judas foi 30 moedas de prata.

A Palavra de Deus mostra-nos que o Filho de Deus seria traído. Essa situação havia sido registrada pelo profeta Davi no Salmo 42.9 “Até o meu 4 BARROS, Aramis de. Doze Homens e uma Missão, pp. 91,92. 144 | Os Bons e Maus Exemplos próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar.” O salmo registra uma traição realizada por uma pessoa próxima a Davi, e esse texto tem sido aplicado também à forma como Judas tratou o Senhor. De forma lamentável, Judas cumpriu o que havia sido predito contra o Senhor Jesus. A profecia diz que o Messias seria alvo de traição, mas não diz que o seu traidor deveria tirar a própria vida. Entendemos que Judas poderia ter um destino diferente, ainda que tenha sido instrumento de Satanás para entregar Jesus à morte. Outros discípulos, quando Jesus foi preso, afastaram-se do Senhor. Eles não o entregaram aos sacerdotes para ser torturado, mas ficaram preocupados com a sua própria segurança e de não serem reconhecidos como seus seguidores. Entretanto, todos eles foram restaurados, porque, após a ressurreição do Senhor, estavam vivos. Mesmo tendo-se escondido, não deram cabo das suas vidas. Há pessoas que, assim como Judas, se deixam levar pelo desgosto dos seus atos e, então, encerram não apenas a própria vida, como também a possibilidade de serem restauradas por Deus. O caso de Pedro foi diferente. Ele negou a Jesus, mas foi restaurado. Tomé duvidou da ressurreição do Filho de Deus, mas creu depois. Sempre há oportunidade em Cristo para que venha a restauração. 3. Judas, um Homem Dominado por Satanás Judas foi chamado de “filho da perdição” (Jo 17.12). Mesmo andando com Jesus, Satanás entrou em Judas em duas ocasiões. A primeira está registrada em Lucas 22.1-5. Já a segunda vez ocorreu por ocasião da Santa Ceia (Jo 13.21-27) Em ambas as ocasiões, Judas estava bem próximo do Senhor. Ele não estava à margem de comunhão ou passando por um processo de disciplina eclesiástica. Ele estava em plena comunhão com o grupo, tanto que nem mesmo os discípulos desconfiaram das intenções dele. 

III – COMO JESUS TRATOU JUDAS 

A declaração registrada em João 13.1 mostra que Jesus não fez acepção de pessoas mesmo sabendo que Judas iria traí-lo. Ele não tratou Judas diferentemente da forma como tratou os demais discípulos naquela noite. A traição de Judas não mudou a atitude do Senhor em relação a ele, nem Judas – Quando a Proximidade com Jesus não Faz a Diferença | 145 fez de Jesus um traidor. Jesus foi coerente com o plano de Deus, que era demonstrar amor por aqueles que não o amavam. 2. Jesus Deu a Ceia a ele “E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse” (Jo 13.2). É quase impensável que uma pessoa como Judas pudesse participar da comunhão, mas Jesus ceou com ele e com todos os discípulos. É preciso deixar claro que Jesus deu, com o seu exemplo, oportunidades para que Judas arrependesse-se. A forma como Jesus tratou o seu discípulo deve desafiar-nos como exemplo. A Ceia era um momento de comunhão entre os participantes e, apesar de Judas ter mostrado que não queria comunhão com Jesus, que iria traí-lo, o Senhor não excluiu Judas da mesa e deu-lhe lugar à mesa para cear. A traição de Judas não fez diminuir a misericórdia de Jesus, nem fez dEle um traidor. 3. Jesus Lavou os Pés dele “Depois [...] lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa [...]” (Jo 13.12). Jesus não deixou de fora o seu traidor, dando, com isso, uma lição de humildade e de liderança servil. Ele sabia que Judas iria traí-lo e, por isso, disse: “[...] vós estais limpos, mas não todos” (Jo 13.10). Judas, consumido pelo seu desejo de dinheiro, teve os seus pés lavados, mas a sua alma ainda estava contaminada. Somente o servo de menor importância lavava os pés das pessoas que chegavam na casa. As estradas poeirentas da Palestina deixavam os pés sujos e, junto com o cansaço natural da caminhada, com um aspecto ruim para os viajantes. Ter os seus pés lavados trazia alívio da caminhada e limpeza para os pés. A oportunidade que Jesus estendeu a Judas foi ímpar, mas também obscurecida pela ganância do discípulo ladrão. Judas foi consumar a traição somente após ter ceado e ter os seus pés lavados por Jesus. As devidas oportunidades que lhe foram dadas poderiam ser suficientes para que mover o coração do traidor, mas este já estava dominado por Satanás. 4. O Apostolado Entregue a outra Pessoa Morto Judas, o grupo dos Doze precisava de uma reposição. Há quem defenda que Paulo, o apóstolo dos gentios, deveria ter sido escolhido no lugar de Matias como apóstolo, em substituição de Judas Iscariotes. Tal postura beira ao que considero uma “idolatria paulina”, tendo em vista que Paulo não conheceu Jesus segundo a carne, nem esteve com o Senhor no seu ministério terreno, fatores necessários para que se destacasse como um dos Doze Apóstolos. Paulo tem o seu lugar na História da Igreja e nas Sagradas Escrituras. Os seus trabalhos evangelísticos e literários jamais foram desprezados. Entretanto, atribuir uma posição a Paulo que nem mesmo ele atribuiu a si é perigoso e beira à parcialidade. Paulo não foi um dos Doze, e isso nunca foi um demérito. Ele mesmo disse que era o menor dos apóstolos, pois havia perseguido a Igreja de Cristo. Ele fez muitas coisas em prol do Reino de Deus, chegando a dizer que fez mais do que todos os que estiveram com ele juntos, com uma ressalva: “Não eu, mas a graça” (1 Co 15.10). 

CONCLUSÃO 

Judas poderia figurar entre os apóstolos na História da Igreja. Poderia ter visto o Senhor ressurreto. Poderia ter sido batizado no Espírito Santo no dia de Pentecostes, mas entrou para a história como um traidor, e o seu nome representa, ainda hoje, essa imagem. Os demais discípulos também deixaram a desejar quando abandonaram Jesus nos seus últimos momentos de vida, mas foram trazidos de volta à comunhão pelo próprio Messias ressuscitado. Apenas Judas perdeu tais oportunidades não apenas por ter traído Jesus, mas também por ter dado fim à sua vida. Que possamos entender que sempre há restauração em Deus, desde que tenhamos fé para crer no perdão que Ele concede a todos e abandonar aquilo que desagrada ao Senhor.

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - Quando Deus se Revela ao Homem - Adultos.

 

Lição 12 - Quando Deus se Revela ao Homem 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A REVELAÇÃO DE UM DEUS PESSOAL
II – A REVELAÇÃO DE UM DEUS SÁBIO
III – A REVELAÇÃO DE UM DEUS PODEROSO E JUSTO 
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Mostrar que Deus se revelou ao homem para mostrar-lhe seus propósitos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Ensinar que Deus se revela aos homens;
II – Pontuar que a criação expressa a glória de Deus;
III – Acentuar que nossa justiça jamais se sobreporá à divina.

PONTO CENTRAL
Deus se revela ao ser humano.

Vejamos o que o comentarista da lição, pastor José Gonçalves, discorre sobre A Revelação e Deus

É um fato bíblico incontestável que Deus sempre se revelou na história humana. Aqui neste texto, é destacada a revelação de Deus a Jó, que, sem dúvida, marca o ápice da narrativa sobre a prova de Jó. Em primeiro lugar, deve ser destacado que há várias outras narrativas no texto bíblico que mostram teofanias onde Deus revela-se ao homem de forma maravilhosa. Exemplos podem ser vistos em Abraão, Moisés, Samuel e muitos outros personagens bíblicos. Vemos aspectos da revelação divina e como os homens reagiram diante dela em todas essas narrativas. Foram momentos numinosos que, da mesma forma como aconteceu com Jó, provocaram profundo impacto na vida desses personagens bíblicos.  

Em Gênesis 12, temos a chamada de Abraão. Ali, vemos como o Senhor, em um ato soberano da sua vontade, revela-se ao patriarca quando ele ainda vivia em Ur dos caldeus. No seu grande discurso perante as autoridades religiosas de Jerusalém, Estêvão faz referência a essa revelação de Deus ao antigo patriarca e destaca outros detalhes que ajudam na sua compreensão: 

[...] O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então, saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora. E não lhe deu nela herança, nem ainda o espaço de um pé; mas prometeu que lhe daria a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho. (At 7.2-5) 

O termo grego ophthe (At 7.2), traduzido aqui como “apareceu”, tem o sentido de “revelar-se”.  Deus revelou-se a Abraão e chamou-o para fazer parte do seu grande plano de redenção. No relato de Gênesis 12, a inclusão do mundo todo nessa revelação está explícita nas palavras “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Deus revela-se ao homem e firma um pacto de salvação com ele. 

Tempos depois, esse mesmo Deus que se revelou ao patriarca hebreu também se revelou a Moisés (Êx 3). A narrativa é uma das mais impressionantes da Bíblia, visto que a teofania veio acompanhada de fenômenos sobrenaturais que se manifestaram na esfera física. Moisés contemplou uma sarça em chamas, mas que não se consumia. 

E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima. E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus (Êx 3.1-6). 

A Septuaginta usa o mesmo termo grego ophethe para traduzir o hebraico wayyêrā, com o sentido de “aparecer”.i Estamos diante de uma revelação soberana de Deus na história tanto na chamada de Abraão como também na chamada de Moisés. Assim como aconteceu com Abraão, a vida de Moisés não seria mais a mesma. 

Outro caso que destaca a revelação direta de Deus aconteceu com Samuel, que viria a tornar-se um dos maiores profetas do Antigo Testamento. Nessa passagem, temos uma referência tanto ao “ocultar-se” como ao “revelar-se” de Deus. É um fato que, como aconteceu com Abraão e Moisés, embora os propósitos difiram entre si, Deus revelou-se de forma especial a Samuel. 

E o jovem Samuel servia ao Senhor perante Eli. E a palavra do Senhor era de muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta. E sucedeu, naquele dia, que, estando Eli deitado no seu lugar (e os seus olhos se começavam já a escurecer, que não podia ver) e estando também Samuel já deitado, antes que a lâmpada de Deus se apagasse no templo do Senhor, em que estava a arca de Deus, o Senhor chamou a Samuel, e disse ele: Eis-me aqui. (1 Sm 3.1-4).

É interessante notar que o texto mostra um “ocultar-se” de Deus antes do “revelar-se” dEle. O cronista destacou a passagem “a palavra do Senhor era de muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta” como uma referência clara a esse ocultar-se ou afastar-se de Deus. Na verdade, a ideia é que Deus estava lá, porém calado ou em silêncio. Pelo contexto do período dos juízes, a razão para tal é explicada em termos da anarquia reinante no sistema tribal (Jz 21.25): “Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”. Aqui, o pecado é dado como a causa dessa “ausência” de Deus através da sua Palavra. 

É possível, portanto, fazer um paralelo entre as diversas teofanias bíblicas e o caso de Jó. Como ficou demonstrado, Deus às vezes “se oculta” ou fica em “silêncio”. No caso de Jó, esse “ocultar” não aconteceu como uma reação divina ao pecado de Jó, mas como parte de um plano pessoal e relacional. Deus permite o mal e oculta-se, mesmo sem deixar de estar presente, para trazer a Jó lições do seu supremo conselho. Havia, portanto, um desígnio em tudo quanto o patriarca viveu e sentiu. Nesse aspecto, Eliú não está equivocado quando disse para Jó que Deus nunca deixou de revelar-se: “Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso” (33.14). Jó também está correto quando diz experimentar o “ocultar-se” de Deus: “Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à mão esquerda, não o vejo; encobre-se à mão direita, e não o diviso” (23.8-9); “Ah! Quem me dera um que me ouvisse! Eis que o meu intento é que o Todo-poderoso me responda e que o meu adversário escreva um livro” (31.35). Deus às vezes escolhe ocultar-se ou ficar em silêncio, mesmo sem deixar de estar presente. Talvez estejamos diante de um paradoxo, mas é assim que a leitura bíblica conduz-nos a interpretar.  

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


 

i https://biblehub.com/text/exodus/3-1.htm. 


 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - Maria Louva a Deus - Berçário.

 

Lição 12 - Maria Louva a Deus 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar os alunos a louvar a Deus por enviar Jesus como o seu Salvador.

É hora do versículo: “[...] O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador” (Lucas 1.47).

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom. Ele nos ama muito e nos deu um lindo presente: o seu filho Jesus, nosso Salvador. Maria Ficou muito feliz quando soube que seria a mamãe do Filho do Papai do Céu. A mamãe também ficou muito feliz quando soube que teria um bebê lindo quando esperava você (diga isso para o bebê, é assim que ele será capaz de entender quando você falar de Maria).  

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a imagem abaixo. Nela há dois bebês: um alegre e um chorando, triste. Pergunte aos bebês como Maria ficou quando recebeu a notícia de que seria mamãe do Salvador e louvou ao Papai do Céu? Ela ficou alegre ou triste? Circule como é o rosto do bebê que louva ao Papai do Céu por enviar Jesus, nosso Salvador. Depois podem colorir com giz de cera grosso.

licao12 bercario bebealegreetriste 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - Dorcas ajuda os pobres e Pedro ajuda - Maternal.

 

Lição 12 - Dorcas ajuda os pobres e Pedro ajuda Dorcas 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Mostrar à criança que ela pode ajudar o próximo com aquilo que é capaz de fazer ou simplesmente conversar. 

Para guardar no coração: “[...] Quem ama a Deus, que ame também o seu irmão.” (1 Jo 4.21)

Seja bem-vindo

“Receba os alunos com alegria e gentileza. O seu semblante e a sua postura devem irradiar o amor e a benignidade do Senhor. A aula trata a respeito da bondade de Dorcas em ajudar os necessitados, e como todos os ensinamentos, este será melhor comunicado pelo seu exemplo que por suas palavras. 

Adoração

Para adorar ao Senhor, e reforçar o ensino da lição, cante com os alunos esta adaptação do cântico “Meu Bom pastor” (Cântico de Salvação para Crianças da APEC). Você pode também ensinar outra canção que fale de bondade.

Meu bom Pastor é Cristo.
Com ele aprenderei
A ser sempre bondoso.
Alguém ajudarei,
Sempre, sempre.
Com Cristo aprenderei.
Sempre, sempre,
Alguém ajudarei.

A nossa bondade é simplesmente um reflexo da bondade de Deus. Leve as crianças a exaltar a bondade do Pai Celeste com mais este cântico:

Meu Deus é Bom Pra Mim
Vaninha

Meu Deus é bom pra mim
Comigo vai
Tão forte brilha o sol

Que a chuva cai
Amor tão grande assim
Só Cristo tem por mim
direi até o fim

Meu Deus é bom pra mim
Deus é bom pra mim
Deus é bom pra mim
Contente estou seguindo eu vou
Deus é bom pra mim

Compositor: Adap. F. Dutra

Extraído do site www.vagalume.com.br// acesso em 10/09/2018

Momento de ofertar

Explique aos alunos que trazer nossas ofertas à Casa de Deus também significa ser bondoso, pois as ofertas são usadas, também, para comprar coisas às famílias carentes. Pergunte quem sabe cantar um corinho que fale de ofertar. Deixe que a criança cante com as outras, enquanto uma delas recolhe as contribuições.

Sugestão de oração

Papai do Céu, o Senhor é bom! Por favor, coloque a sua bondade em meu coração, para que eu também seja bondoso. Sendo bondoso, eu ajudarei as pessoas e deixarei o Senhor contente. Em nome de Jesus, amém.” (Marta Doreto)

Subsídio professor

Dorcas foi uma mulher bondosa. Então vamos refletir a respeito dessa virtude com o texto da irmã Marta Doreto: “A bondade é uma das virtudes do fruto do Espírito – aquelas virtudes do próprio Cristo que, implantadas em nós pelo Espírito Santo, tornam-nos semelhantes ao Senhor (Gl 5.22,23). Podemos dizer que a bondade é a manifestação exterior da benignidade, que é outro aspecto do fruto do Espírito. A benignidade é aquela qualidade que nos impede de sermos duros e amargos, mesmo quando tratados com rudeza e injustiça; que nos confere uma fala mansa e uma atitude gentil, reveladas no modo como tratamos as crianças, os idosos e os menos capacitados. Acho perfeita a definição de Matheu Henry para benignidade: “Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, deixando-nos facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa”. E a bondade, repetimos, manifesta exteriormente o caráter benigno.

Bondade é enfrentar o fogão no dia daquele almoço especial, sem queixas ou exibicionismo; é carregar pedras para a construção do templo, sem grosserias ou murmurações; é assoar narizes, pôr band-aid em joelhos, e deixar-se tocar por mãozinhas pegajosas, com um sorriso nos lábios; é ajudar no que for preciso em casa, na vizinhança, ou na igreja, sem que o seu nome figure num boletim ou faça parte de uma comissão. A ausência de bondade tira o brilho de qualquer trabalho. Mas a presença da bondade abre espaço para um ministério. Em 1 Coríntios 12.8, na lista dos dons ministeriais, o dom de socorros aparece junto com o de apóstolos, doutores e governos. Socorro é o dom de ajudar, o dom que estende uma xícara de chá ao enfermo, que ajunta roupas e cobertores para agasalhar o necessitado, que escreve uma carta para o analfabeto enviar ao parente distante, que distribui sopa quente aos moradores de rua, na noite gelada, que abre a porta do lar para hospedar o missionário... Como alguém já definiu, “bondade é o amor em ação” (Marta Doreto).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Atos 9.36-43. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 12 - 4º Trimestre 2020 - Os Amigos que Cantaram na Prisão - Jd. Infância.

 

Lição 12 - Os Amigos que Cantaram na Prisão 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão entender que verdadeiros amigos de Deus o louvam mesmo quando coisas ruins acontecem; e aprender que Deus pode transformar os momentos ruins em coisas boas e milagres por aqueles que confiam nEle e o adoram em todo tempo. 

É hora do versículo: “Eu sempre darei graças a Deus [...]” (Sl 34.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão através da história de Paulo e Silas na prisão, que através do nosso louvor, milagres podem acontecer pelo poder de Deus. Mesmo diante de situações ruins, não podemos deixar de estar alegres, reconhecendo que o Papai do Céu é bom e cuida de nós, assim como fez com Paulo e Silas na prisão. Eles estavam presos mesmo não tendo feito nada de errado. O Papai do Céu não os deixou abandonados, enquanto eles cantavam hinos a Deus, o chão tremeu e as portas da prisão se abriram! Verdadeiros amigos de Deus o louvam mesmo quando coisas ruins acontecem.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a palavra BOM. Reforce que Deus pode transformar os momentos ruins em coisas boas porque ele é BOM! Peça que as completem a sua fala. Distribua bolinhas de papel crepom para as crianças enfeitarem a palavra.

licao12 jardim bom
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele é bom - Berçário.

 

Lição 11 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele é bom 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar os alunos a ser grato e a louvar ao Senhor por sua bondade.

É hora do versículo: “Deem graças a Deus [...] porque Ele é bom” (Salmos 107.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é muito bom. Sua bondade é reconhecida através das dádivas que recebemos dEle. Temos uma mamãe e um papai que nos amam e cuidam de nós, a vovó, o vovô, o irmãozinho ou a irmãzinha. Tudo isso o Papai do Céu nos dá porque Ele é bom! É desta forma que o bebê pode entender a bondade divina.  

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua uma folha com a palavra BOM escrita nela. Com as crianças de 2 anos, entregue bolinhas de papel crepom de cores sortidas e um pouco de cola para as crianças enfeitarem a palavrinha. Reforce dizendo que o Papai do Céu é BOM. Peça as crianças para completarem a sua frase: "Papai do Céu é...! Glória a Deus!" Batam muitas palmas com os pequenos.

licao11 bercario bom

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - Pedro e João ajudam o coxo - Maternal.

 

Lição 11 - Pedro e João ajudam o coxo 

4º Trimestre de 2020 

Objetivo da lição: Conscientizar a criança de que também podemos ajudar alguém através da oração e dos dons espirituais. 

Para guardar no coração: “[...] O que tenho eu lhe dou.” (At  3.6)

Seja bem-vindo

“Quantos alunos estão matriculados em sua classe? Parabéns! E quantos estiveram presentes no último domingo? Você foi visitar o que faltou? Telefonou? Mandou um cartão? Em seu lugar, o que teria feito o pastor da parábola que Jesus contou?

Ele deixou no aprisco as noventa e nove — não por haver perdido o interesse por elas — mas por amar com a mesma intensidade a todas, e saiu à procura da desgarrada. A narrativa bíblica não especifica se era dia ou noite; entretanto, é sabido que os pastores conferem o rebanho ao escurecer, quando o recolhe de volta ao aprisco. Então os contadores da história gostam de situá-la à noite. Noite escura, fria, cheia de ameaças. Mas também é possível que fosse dia. Dia de sol abrasador, e de numerosas e pesadas tarefas a cumprir.

Nem o dia nem a noite diminuiriam os cuidados do pastor; nem o frio nem o calor modificariam a sua opinião sobre o valor de uma única ovelha. Ele não questionou a causa do extravio da ovelha; sem se importar se fora a ignorância ou a vontade rebelde, ele empreendeu a longa peregrinação pelos montes e valados; venceu cada perigo e cada rigor da caminhada, com os olhos fitos no resultado final: a recuperação de sua ovelha.

Jesus, o Bom Pastor, não nos ama menos. Ao contrário, a caminhada que Ele fez à nossa procura foi da glória celeste ao Gólgota. Fez porque conhecia o valor de uma única alma; porque não é da vontade do Pai que está nos céus que venha a perecer um só desses pequeninos” (Marta Doreto).

Subsídio professor

Quanto ao aspecto cognitivo da criança do maternal, observa a autora e psicóloga Elaine Cruz:

“Aos três anos, a criança torna-se mais objetiva: em situações do cotidiano e de impasse, comporta-se de maneira mais adequada, apresentando maior objetividade em suas reações e motivos, mesmos que estes não sejam corretos. Assim, pode tornar-se teimosa, difícil de ser convencida de que está errada.

“O quarto ano de vida é importante para a construção do processo de abstração: a criança consegue situar-se ao longo do tempo (passado, presente e futuro), vendo-se em um processo contínuo, além de ser capaz de abstrair situações, conceitos e ações.

Assim, pode reagir às situações presentes, às imagens do passado e a planos e elaborações futuras. Esta fase é também chamada idade dos porquês: sempre questiona o que ouve, investiga fatos e pergunta muito sobre as coisas do seu cotidiano”. (Elaine Cruz, Psicologia do Desenvolvimento Infanto-Juvenil: Conhecendo os Aspectos Cognitivos, Sociais e Afetivos dos Alunos da ED – Apostila do 5o Congresso Nacional de Escola Dominical).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Atos 3.1-16. 

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - O Perseguidor que se Tornou Amigo - Jd. Infância.

 

Lição 11 - O Perseguidor que se Tornou Amigo 

4º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão entender que Deus pode mudar o coração das pessoas quando elas ouvem sobre o amor e salvação de Jesus por elas; e aprender que Jesus nos deu essa missão de contar a todos sobre seu amor e salvação. 

É hora do versículo: “Preguem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).

Nesta lição, as crianças aprenderão através da história da conversão de Saulo, que o Papai do Céu pode mudar o coração das pessoas quando elas ouvem falar de Jesus. Nós temos a importante missão de falar para todas as pessoas que Jesus é a salvação e o único caminho para o Papai do Céu. Saulo teve um encontro com Jesus e foi transformado. Seu nome mudou para Paulo e graças ao seu trabalho, o evangelho e a salvação foi pregada a todos os povos e chegou até nós. Ele também cumpriu a ordem de Jesus de pregar o evangelho a todas as pessoas.

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a imagem que retrata a cena do encontro de Saulo com Jesus no caminho para Damasco, onde Saulo prenderia e mataria muitos cristãos. Se Saulo não tivesse aquele encontro com Jesus, o que de mal ele teria feito com aqueles crentes daquela cidade? Entregue a folha para as crianças colorirem e, em seguida, repetirem o diálogo entre Jesus e Saulo, o perseguidor que se converteu no caminho. Leia Atos 9.3-6 com a turma e encene um jogral:

3 Mas na estrada de Damasco, quando Saulo já estava perto daquela cidade, de repente, uma luz que vinha do céu brilhou em volta dele. 
4 Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dizia:
— Saulo, Saulo, por que você me persegue?
5 — Quem é o senhor? — perguntou ele.
A voz respondeu:
— Eu sou Jesus, aquele que você persegue.
6 Mas levante-se, entre na cidade, e ali dirão a você o que deve fazer.

licao11 jardim saulo

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - O Homem Rico e o Pobre Lázaro - Primários.

 

Lição 11 - O Homem Rico e o Pobre Lázaro 

4º Trimestre de 2020

Objetivo: Que o aluno compreenda que deve praticar a misericórdia com o seu próximo.

Ponto central: A maior riqueza que podemos ter é a vida eterna.

Memória em ação: “[...] ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las” (Mt 6.20).

    Querido (a) professor (a), nesse domingo vamos compartilhar com os Primários a “parábola do rico e o Lázaro”. Impressionante como a má distribuição de riquezas, as injustiças, desigualdades e demais mazelas sociais características do tempo e geografia do ministério terreno de Jesus também estão presentes em nosso espaço tempo e lugar hoje, infelizmente.  Inclusive os que são imensamente ricos, indiferentes aos extremamente pobres. Portanto, reflitamos na relevância e minúcias de lições desta parábola no nosso contexto.

      Os fariseus da época consideravam questões como saúde e riqueza uma prova do favor e recompensa de Deus sobre uma pessoa justa. Por isso, lemos as acusações que Jó enfrentou ao passar por aquelas provações.

     Hoje, apesar de dispormos da Bíblia que, claramente evidencia que o justo também passa por aflições, muitos são os religiosos que ainda pregam a prosperidade material como evidência da bênção de Deus e que qualquer um pode obtê-la. Sob a ótica política a visão é muito semelhante a dos que cegamente defendem a “meritocracia” – defesa de que numa sociedade os grupos que possuem mais méritos, conquistas e capital é porque foram mais “merecedores” dela, mais trabalhadores, dedicados ou talentosos do que os mais pobres ou até miseráveis, que estão em tal condição por não terem batalhado tanto quanto sua antítese. Ambos sem explicar contundentemente, entretanto, porque há tantos corruptos de caráter questionável, nascidos em “berço de ouro” (com inúmeras oportunidades exclusivas) que embora desonestos estão ricos e prósperos ao passo que milhares de trabalhadores aguerridos, batalhadores e honestos e extremamente pobres, que por mais honestos e dedicados que sejam não ultrapassam as cruéis barreiras socioeconômicas.

     Após a história converse com seus alunos sobre as coisas que tem verdadeiro valor, não uma roupa cara, um tênis de marca, um celular e videogame top de linha, etc. Se a pessoa não tiver um coração humilde voltado para o amor a Deus e ao próximo, nada disso adiantará quando sua eternidade for longe de Jesus, no inferno.

     Pergunte às crianças de que maneira podemos ajudar os mais pobres, como o Lázaro da história. Deixe que falem e tente aproveitar algumas sugestões das crianças. O ideal é que, com a permissão prévia do pastor e diretoria da Escola Dominical, você possa propor a sua turma um trabalho social. Veja o que melhor se aplica à realidade próxima de sua igreja, localidade, etc. E, claro, para onde o Espírito Santo lhe direcionar a ajudar. Pode ser uma instituição voltada aos idosos ou a órfãos, etc. Necessitados não faltam. Proponha que a turma se engaje em idéias para arrecadação de sextas básicas, produtos de higiene pessoas ou outras carências da instituição escolhida. Se for possível, converse com os pais, para que possam se envolver e irem todos juntos com a classe no dia da entrega.

     Ao final, orem juntos por esse trabalho a ser realizado e todos desse tipo. E, principalmente, orem por todas as pessoas que se encontram em situações de pobreza e abandono como vivia Lázaro, o personagem de nossa história que representa tantas vidas e sofrimentos reais.

     Que o Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - Davi, um guerreiro segundo o coração de Deus - Juniores.

 

Lição 11 - Davi, um guerreiro segundo o coração de Deus 

4º Trimestre de 2020

Texto bíblico: 1 Samuel 17.1-54.

Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos estudarão a história de um personagem bíblico que teve a vida marcada pela coragem. Davi demonstrou uma força imbatível no episódio em que se dispôs a lutar contra o gigante Golias. Ao pedir permissão para ir à batalha, Davi não se intimidou com a afronta do inimigo, mas mencionou ao rei que já havia derrotado um leão e um urso, em outra ocasião, para livrar as ovelhas de seu pai. Um jovem destemido que não olhou para as circunstâncias nem aceitou que o seu povo continuasse a ser humilhado pelo adversário. Mas de onde vinha a coragem de Davi? Que confiança inalterável era essa que o jovem belemita demonstrava? A resposta estava na aliança que Davi tinha com Deus. O gigante Golias afrontava o exército do Deus vivo, isto é, o povo que tinha uma aliança com o verdadeiro Deus. Seus alunos poderão aprender importantes lições a partir da história de Davi no tocante a confiar em Deus. Esteja disposto a ensiná-los com propriedade, leia sobre o assunto e esboce algumas lições que você detectou durante o preparo da aula.

A. A confiança de Davi era fruto do seu relacionamento com Deus. Davi, desde jovem, tinha um apreço pelas coisas espirituais. Quando Saul foi atormentado pelo espírito maligno, o rei pediu que seus servos fossem buscar uma pessoa que soubesse tocar bem instrumento musical para que o acalmasse (cf. 1 Sm 16.17). Davi, nesta ocasião, já era conhecido pelo seu talento em tocar harpa. Por conta disso, ele foi chamado para atender à necessidade do rei. O texto bíblico é claro quando diz que o jovem era de “gentil presença” e o Senhor era com ele. Davi tinha um relacionamento com Deus e a maneira como se comportava revelava que ele era diferente dos demais. Davi tinha comunhão com Deus e, por esse motivo, a sua confiança era firme de que, não importasse a adversidade que havia de enfrentar, o Senhor o levaria à vitória.

B. A afronta tinha endereço certo. Davi teve o discernimento de que a afronta de Golias não era direcionada apenas a ele ou mesmo ao povo de Israel. O objetivo da afronta era atacar o nome de Deus, exaltado sobre o seu povo (cf. 1 Sm 17.45). Ao direcionar-se para a batalha, Davi menciona que o gigante era um incircunciso, isto é, alguém que não conhecia o Senhor nem tinha a marca da aliança com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Neste caso, o inimigo era alguém que desprezava a soberania de Deus e não tinha respeito pelo povo que possuía uma aliança com o Deus Todo-Poderoso. Isso certamente deixou o coração de Deus indignado, e aprouve a Ele que Davi fosse o instrumento usado para tirar a vergonha dos israelitas (vv. 48-51).

C. Escolhido para cuidar de ovelhas. Davi cuidava das ovelhas de seu pai no campo, um serviço que os seus irmãos não tinham o interesse de realizar (cf. 1 Sm 16.11). Mas ali foi o local permitido por Deus para que Davi aprendesse a cuidar de um rebanho. O cuidado com as ovelhas compreendia desde a alimentação até a vigilância para que nenhuma das ovelhas se perdesse (cf. Sl 23). Davi fez um grande estágio durante o tempo em que passou cuidando do rebanho de seu pai. Semelhantemente, agora, ele precisava enfrentar os perigos para livrar a nação de Israel das mãos de seus inimigos. Era o início de uma longa caminhada até assumir o trono de Israel e se tornar um dos maiores reis da história de seu povo (cf. 2 Sm 7.8,9). Davi teria então que cuidar do rebanho do Senhor, uma grande nação.

Em todas essas circunstâncias, Davi obteve sucesso porque não abandonou a sua aliança com Deus. Ele se manteve firme com o Senhor a cada luta que tinha de enfrentar. O segredo para que seus alunos alcancem vitórias sobre as adversidades permanece o mesmo: ter uma aliança com Deus. Aproveite e verifique se entre os seus alunos existe algum que não tenha aceitado a Jesus Cristo como seu Salvador.

Para fixar os ensinamentos da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade: peça a ajuda de seus alunos para encher várias bexigas de aniversário. Desenhe rostinho das ovelhas nas extremidades das bexigas. Divida a classe em duas equipes e distribua duas sacolas de lixo, do maior tamanho possível. Providencie um aparelho de som ou utilize o celular e disponibilize uma música ao fundo. Solte as bexigas pela sala e peça aos alunos que recolham o maior número de bexigas e coloquem na sacola. Pare a música a qualquer momento e confira quantas bexigas tem na sacola de cada grupo. Vence o grupo que tiver mais bexigas na sua sacola.

Tenha uma excelente aula! 

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - Jesus é a videira verdadeira - Pré Adolescentes.

 

Lição 11 - Jesus é a videira verdadeira 

4º Trimestre de 2020

A lição de hoje encontra-se em: João 15.1-17.

Olá, prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre a importância da unidade com Cristo para que possam frutificar com abundância no Reino de Deus. A vida do discípulo de Jesus consiste em aprender com o Mestre os ensinamentos indispensáveis para se tornar um discípulo relevante no serviço a Deus e ao próximo. A maneira amorosa como Jesus tratou os seus discípulos, do início ao fim do seu ministério, revela o parâmetro para que a igreja aprenda como deve ser o relacionamento com Deus e com o próximo (cf. Jo 15.9,10). Nas últimas instruções que entrega a seus discípulos, nos momentos que antecederam a sua prisão, Jesus ilustra essa relação a partir da alegoria da videira. Ele mesmo seria a videira e os seus discípulos as varas. Deus, o Pai, é o lavrador que cuida da videira para que os seus galhos estejam em perfeitas condições de frutificar (15.1,2). Uma belíssima referência bíblica que tem muito a ensinar aos seus alunos e, certamente, servirá também para o seu preparo espiritual no momento em que tiver de lecionar as verdades do Reino Celestial. As últimas instruções de Jesus aos seus discípulos correspondem a um dos relatos mais particulares do Senhor, registrado no evangelho de João.

1. A unidade gera crescimento. A ilustração apresentada por Jesus revela um segredo espiritual muito especial a respeito do Reino de Deus. Jesus ensinou aos seus discípulos que a obediência deles aos mandamentos ordenados pelo Senhor revelariam ao mundo que eles estavam unidos em comunhão e amor (cf. Jo 13.35). Esse comportamento coletivo seria o instrumento de Deus para alcançar os que estavam perdidos pelo mundo, à margem da sociedade, ou presos em uma religião vazia como era o caso do judaísmo que consistia apenas em mandamentos de homens, mas não expressava a vida com Deus. E o maior mandamento ensinado por Jesus aos seus discípulos era que amassem uns aos outros. Mas não era um amor que haviam aprendido no judaísmo, e sim o amor prático observado no comportamento de Jesus. Por esse motivo, Jesus ensinou um “novo mandamento”: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros” (cf. Jo 13,34). O Mestre apresentou o padrão de amor que serviria de exemplo para que o mundo conhecesse o verdadeiro motivo que norteia a comunhão e a fidelidade dos discípulos aos ensinamentos de Cristo (cf. At 2.42-47).

2. A videira e as varas: uma relação de dependência. O compromisso de Jesus com seus discípulos era integral. O Senhor conhecia as limitações daqueles que havia escolhido e sabia também que sem o Auxiliador eles não conseguiriam dar conta da missão para a qual haviam sido comissionados (cf. Jo 14.26). Assim como a ligação com a videira era indispensável para que as varas frutificassem, os discípulos também eram totalmente dependentes da orientação de Jesus para realizarem a sua obra (cf. 15.4,5). Algumas características a respeito do exemplo ilustrado pelo Mestre devem ser consideradas. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1603):

“A alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que Cristo não admitia que ‘uma vez na videira, sempre na videira’. Pelo contrário, Jesus nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é possível um verdadeiro crente abandonar a fé, deixar Jesus, não permanecer mais nEle e, por fim, ser lançado no fogo eterno do inferno (cf. 15.6).

(1) Temos aqui o princípio fundamental que rege o relacionamento salvífico entre Cristo e o crente, a saber: que nunca é um relacionamento estático, baseado exclusivamente numa decisão ou experiência passada. Trata-se, pelo contrário, de um relacionamento progressivo, à medida que Cristo habita no crente e comunica-lhe sua vida divina (Cl 3.4; 1 Jo 5.11-13).

(2) Três verdades importantes são ensinadas nesta passagem: (a) A responsabilidade de permanecer em Cristo recai sobre o discípulo (v. 4). É esta a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão. (b) Permanecer em Cristo resulta em Jesus continuar a habitar em nós (v. 4a); frutificação do discípulo (v. 5); sucesso na oração (v. 7); plenitude de alegria (v. 11). (c) As consequências do crente deixar de permanecer em Cristo são a ausência de fruto (vv. 4,5), a separação de Cristo e a perdição (vv. 2a, 6).”

Considerando as características da relação entre Cristo e os seus discípulos, apontadas nesta lição, é possível perceber que a intenção de Deus sempre foi que os seus filhos realizassem a sua obra em inteira dependência e orientação do seu santo Espírito. Tratando-se de uma obra espiritual, requer-se dos seus obreiros que se apresentem com a mesma integridade e dedicação. Converse com seus alunos e mostre que a obra de Deus deve ser realizada por pessoas que têm o compromisso com uma vida consagrada, justa e santificada. Deus garante que a sua presença não nos faltará para que aprendamos a servi-lo da melhor maneira. Ao final, reúna-os e faça uma oração, juntos, pedindo ao Senhor que os capacite a executar a sua obra com inteireza de coração.

Tenha uma excelente aula!

Lição 11 - 4º Trimestre 2020 - Avivamento e o Despertamento para a Obra Missionária - Juvenis.


Lição 11 - Avivamento e o

Lição 11 - Avivamento e o Despertamento para a Obra Missionária 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO   
1.  CAPACITADOS PARA PREGAR O EVANGELHO.   
2. AVIVADOS PARA FAZER MISSÕES LOCAIS E REGIONAIS.   
3. AVIVADOS PARA FAZER MISSÕES TRANSCULTURAIS.

OBJETIVOS   
1. Demonstrar a relação entre avivamento e missões;   
2. Destacar a capacitação para missões locais;   
3. Apontar a capacitação para missões transculturais.

Querido (a) professor (a), você tem uma importante responsabilidade no chamado que desempenha frente aos seus juvenis. Talvez você nunca tenha pensado desta forma, mas da sua classe podem sair reformadores, avivalistas, pessoas que irão abalar o mundo espiritual, ganhando multidões para Cristo.

Recorde que muitos dos grandes homens de Deus que revolucionaram nações, através do poder do Espírito Santo e das Sagradas Escrituras, sobre os quais você mesma ensina à sua classe (Jonathan Edwards, John Wesley, Charles G. Finney, Spurgeon, Moody, Willian Seymour, etc), tiveram mestres que os intuíram e inspiraram. Hoje você pode ser este tipo de mestre.

Esteja sempre pronto a enxergar e estimular os talentos, potenciais e vocações de seus alunos, quer sejam naturais, emocionais e, sobretudo espirituais. Esta próxima aula será mais uma valiosa oportunidade para tal. Que através da sua vida, seus alunos possam ser motivados a buscarem um avivamento pessoal e coletivo e o despertamento para a obra missionária. Pois um genuíno avivamento não existe sem que a Igreja se volte para o amor ao próximo.

O Senhor Jesus afirmou à igreja em Laodicéia que desejava realmente que ela fosse quente ou fria (Ap 3.15). Não há indícios para crermos que fosse uma expressão de ironia, mas sim, um desejo sincero do Senhor. Imagine os cristãos pegando a água que caía de uma bica advinda dos canos esquentados pelo sol! “Quem dera essa água fosse fria como a de Colossos!” – deviam exclamar. Em outro momento, alguém sofrendo dores nas juntas, exclamava: “Quem dera ter as águas quentes de Hierápolis!” (Colossos e Hierápolis eram cidades vizinhas à Laodicéia).

No mesmo dia, vão à igreja e ouvem alguém lendo a carta de Cristo: “Quem dera fosses frio ou quente”. Quando o Senhor afirmou à igreja: “que nem és frio nem quente”, poderíamos parafrasear: “Que nem possuis função de trazer refrigério às vidas que te procuram, como as águas frias de Colossos; e também perdeste a função terapêutica de trazer alívio aos aflitos, à semelhança das águas quentes de Hierápolis. Como és morna (e águas mornas não possuem função) estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.

A funcionalidade da Igreja, sua missão, chamada para fazer a diferença na terra, constantemente foi um dos assuntos mais enfáticos nas parábolas de Jesus. Certa vez Ele revelou-nos seu descontentamento com uma figueira que não cumpria sua função: achou nela somente folhas. Figueiras devem produzir figos. Não adianta acender uma candeia e colocá-la debaixo de um caixote, pois sua função de iluminar não seria alcançada. Ao tornar-se insípido o sal, para nada mais presta, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.

Não fomos chamados apenas para a salvação, mas também para o serviço. Não é o suficiente sermos crentes, é preciso iluminar e salgar. Não basta viver, é necessário cumprir a missão.

Uma das experiências que mais marcou minha vida ocorreu quando eu visitava o povo Quéshua, no Peru, em 1990. Meu trabalho era encorajar as igrejas na região de Ayacucho e derredores, devido à perseguição do grupo Sendero Luminoso, uma guerrilha que havia matado boa parte dos líderes da Igreja Evangélica nos Andes Peruanos.

Em certo dia, tive o privilégio de encontrar-me com Rômulo Saune, um homem de Deus, Quéchua, tradutor da Palavra para a língua de seu povo. Um homem jovem, vibrante, apaixonado por Jesus e com muita determinação. Vivendo em área de risco, lhe perguntei por que não descera para Lima a fim de refugia-se da guerrilha. Tomando uma xícara de chá, ele tomou a Bíblia Quéchua em suas mãos e disse:

– Tenho muitos medos, mas temo, sobretudo, uma coisa: Deixar meus dias passarem e não cumprir a missão. Deus deu diferentes trabalhos a diferentes pessoas. Meu trabalho é a Palavra. Vivê-la em casa e pregá-la nas ruas.

Voltei ao Brasil e semanas depois recebi a notícia que Rômulo Saune foi atraído para uma emboscada ao pregar a Palavra e foi assassinado pela guerrilha. Deixo em minha estante a Bíblia Quéshua de capa azul que ele me presenteou e sempre que a vejo lembro-me de seu compromisso com Deus e disposição para o trabalho. Havia naquele homem um forte ardor missionário. (LIDÓRIO, Ronaldo. Restaurando o Ardor Missionário. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 24-28)

O Senhor lhe abençoe!

Paula Renata Santos

Editora responsável pela Revista Juvenis