quarta-feira, 17 de março de 2021

Lição 11 - 1º Trimestre 2021 - A Igreja e suas denominações - Juvenis.

 

Lição 11 - A Igreja e suas denominações 

 1º Trimestre de 2021


ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IGREJA NO NOVO TESTAMENTO
2. VARIEDADE DE DENOMINAÇÕES
3. FRONTEIRA DENOMINACIONAL

OBJETIVOS
Ressaltar a importância de conservar as doutrinas bíblicas;
Explicar porque existem várias denominações cristãs;
Esclarecer como deve ser o nosso relacionamento com outras denominações.

Querido (a) professor (a), vivemos em um momento de grandes polaridades e intolerância em nosso país. Seja no âmbito político, religioso, social, racial, esportivo, etc. Os discursos de ódio se propagam com naturalidade espantosa, especialmente nas redes sociais, ambiente tão rotineiro para os nossos juvenis. Faz-se urgente, enquanto sociedade, repensarmos o respeito, o discordar sem ofender, sem maltratar, sem excluir. Como cristãos ainda mais, pois é vital que em meio a tanta cólera, as pessoas ainda possam encontrar o caráter amoroso e equilibrado de Cristo em seus seguidores. Como Ele mesmo há muito predisse: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13.35). Desta forma, na próxima aula, ao estudar sobre a variedade denominacional entre os evangélicos, leve aos seus juvenis esta mensagem.

Sugerimos que após a lição você bata um papo com seus alunos sobre essa característica social atual. Pergunte-os o que pensam dessas discussões agressivas, troca de ofensas quando não há concordância, se acreditam ser possível conversar pacificamente com pessoas de opinião diferente da nossa, o que fazer caso a pessoa não saiba ou queira dialogar desta forma respeitosa, etc. Deixe que falem, contem exemplos pessoais, etc.

Este debate já é um exercício para trabalhar justamente a habilidade no assunto discutido, dialogar respeitosamente. Também é mais uma oportunidade de estreitar laços com seus alunos, conhecer melhor o cotidiano, as situações enfrentadas por eles, seus círculos sociais, forma como se expressam, etc. Esteja atento, pois possivelmente surgirão casos mais
complexos, que possam requerer mais da sua atenção. Uma conversa particular, posteriormente, pode ser interessante.

Proponha também o assunto das diferenças entre as denominações e a importância de zelarmos pela sã doutrina. Mas, claro, frisando sempre que para tal não podemos infringir o mandamento tão enfatizado por Jesus, de amar ao próximo como a ti mesmo. Ou seja, combater uma falsa ideologia ou heresia, não pode significar atacar aos que equivocadamente crêem nela. De outra forma, estaríamos “defendendo” a doutrina bíblica, transgredindo outro ponto dela. Assim, o que nos diferenciaria daqueles que agridem e até mesmo matam em nome de seu deus e de sua fé!? Não é isso que Jesus Cristo pede de nós. Sejamos suas fiéis testemunhas, não apenas transmitindo suas palavras, como também o seu amor e suas ações.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - Jesus e a oração do pai-nosso - Jovens.

 

Lição 10 - Jesus e a oração do pai-nosso 

1º Trimestre de 2021

JESUS E A ORAÇÃO DO PAI-NOSSO

Pr. Marcos Tedesco

INTRODUÇÃO

O Mestre amado, ao longo do seu ministério na face da Terra, deixou grandes exemplos para que nos servissem de direcionamento nos mais diversos momentos e desafios do nosso dia a dia. Entre os seus ensinamentos, há um que nos orienta acerca de como devem ser as nossas orações, tanto na forma quanto no conteúdo. Na oração do Pai-Nosso, encontramos um perfeito exemplo da simplicidade e da sinceridade com que devemos nos dirigir ao nosso Deus. O diálogo é direto, pessoal, amplo e acessível. Sua mensagem abraça plenamente todas as áreas que devem envolver a relação entre o crente e o seu Senhor. Nessa oração, o Mestre nos mostra o quão importante é separarmos “tempo de qualidade” para estarmos diante do Pai abrindo nossa alma e declarando, com integridade e sinceridade, as nossas mais íntimas impressões, súplicas e manifestações de adoração. A oração do Pai-Nosso nos mostra o valor do altruísmo e a relevância do princípio da reciprocidade, bem como a necessidade magna de glorificarmos a Deus com toda a nossa vida. Essa oração é um convite a vivermos com intensidade o verdadeiro cristianismo, seguindo a Jesus de forma integral e convicta.


I – JESUS ENSINA A RESPEITO DA ORAÇÃO


Frequentemente, encontramos relatos sobre a disciplina de oração na vida de Jesus. Os evangelistas nos descrevem Cristo como alguém que fazia da oração uma prática constante em sua vida, desde os momentos mais simples até os episódios mais desafiadores. Diante dessa maravilhosa verdade, temos no Mestre amado o referencial por excelência para uma vida de oração e dependência da voz de Deus. Em certo momento, Jesus chamou a todos e começou a explicar como deveria ser a postura do crente ao fazer suas orações e, na sequência, ensinou a oração mais conhecida de todos os tempos: a oração do Pai-Nosso. Se atentarmos para a oração do Pai-Nosso, podemos aprender muito em relação ao cristão e a sua espiritualidade. Jesus nos ensina a respeito da forma como devemos nos portar ao fazer uma oração, bem como sobre o próprio conteúdo da prece. Em resumo, na oração que agrada a Deus, o ser humano se permite celebrar uma forma de viver que encontra nas palavras pronunciadas uma harmonia preciosa.


Uma verdade maravilhosa na vida do cristão é o fato de poder ter em Cristo o seu referencial por excelência. Se somos seguidores do Mestre, devemos sempre fazer todas as coisas do mesmo jeito que Jesus faria em nosso lugar. Veja bem: os Evangelhos são repletos de histórias vividas pelo Mestre que nos dão parâmetros exatos relacionados a seus procedimentos, de
suas orientações e de como Ele agia em cada momento de sua trajetória. Assim também é para com a vida de oração de Jesus: em cada história, uma valorosa lição para a nossa alma. Quando o assunto é oração, Jesus torna-se o referencial por excelência. Antes mesmo de iniciar a oração do Pai-Nosso, o Mestre, com uma preocupação didática e instrutiva, dá uma ordem, destacando o exemplo que se seguiria.
No modelo deixado pelo Mestre, todas as coisas tinham o seu devido lugar, bastava ao crente seguir o precioso modelo, buscando adaptar as palavras aprendidas ao estilo próprio de cada pessoa e, nesse sentido, permitir-se conversar com o Pai celeste, entregando-se totalmente em um maravilhoso diálogo. Um curioso exemplo em relação às marcantes orações do Mestre amado pode ser encontrado em uma das histórias narrada por Lucas: o encontro de Jesus com dois discípulos que iam pelo caminho de Emaús (Lc 24.13-35). A identidade do Mestre passou despercebida pelos dois homens ao longo de todo o caminho até o momento da ceia. Eles somente perceberam quem era o forasteiro no exato momento em que Jesus orou dando graças pelo pão. Cristo era referência em tudo, inclusive no orar.


Jesus nos ensinou uma oração acompanhada de uma série de importantes orientações acerca de como devemos proceder nos mais diversos momentos, ensinando-nos a viver em conformidade com a vontade divina. No entanto, são palavras que vão além de uma simples pronúncia, pois são carregadas de um sentido riquíssimo, expressando como devemos perceber a própria santidade de Deus, o seu Reino, a sua misericórdia e o cuidado para conosco. É uma oração formada por conjuntos de palavras a nos revelarem verdades bíblicas maravilhosas e que nos orientam quanto a como devemos proceder no dia a dia, e também, como deve ser o nosso relacionamento com Deus. Nos seis pedidos constituintes da oração, três são direcionados à santidade e à vontade de Deus, e três são referentes às necessidades pessoais nossas. Primeiro: santificado seja o “teu” nome; venha o “teu” Reino; seja feita a “tua” vontade. Segundo: o pão “nosso”; as “nossas” dívidas; “livra-nos” do mal. Seis pedidos, seis expressões que muito têm a nos ensinar. O Mestre inicia sua fala com observações precisas quanto aos procedimentos envolvidos na oração: primeiro, devemos orar evitando a publicidade do ato; segundo, não fazer o uso de repetições vãs apenas para “esticar” as orações. Tanto a oração em oculto quanto a oração sem repetições vãs são conselhos que evidenciam o zelo de Deus para com o exercício da “oração verdadeira”, sendo a busca da alma do homem pela plena comunhão com o Deus que tudo criou. É na oração que o homem, por iniciativa própria, abre seu coração se expõe completamente ao olhar divino, o qual se inclina e ouve. É a intencionalidade do ato de orar, algo precioso! A oração feita com fidelidade consiste na busca do ser humano em comunicar-se com Deus e receber, em seu coração, o toque da graça divina. A prática da oração cumpre importantes papéis e permite que o homem, de forma direta, possa dirigir-se a Deus e ser alvo de uma série de bênçãos especiais: na oração, percebemos, com maior clareza, as nossas necessidades espirituais; na oração, aprendemos a depender de Deus; na oração, o espírito é desenvolvido ao buscar insistentemente pelo Senhor; na oração, a nossa fé é acrescentada na medida em que sentimos o mover do Espírito em nossa vida; na oração, tornamo-nos mais sensíveis à voz de Deus e aprendemos sobre a importância de obedecer à vontade divina em todos os momentos da vida.


Talvez você esteja se perguntando: como assim “oração secreta”? Não estamos nos referindo a uma oração que deve ser feita às escondidas para que seu conteúdo não seja ouvido por ninguém e nem invalide seus efeitos. A oração não é secreta por seus argumentos, muito menos por ser algo que cause constrangimento ou nos coloque em risco de vida (embora, em outros tempos, muitos foram perseguidos e jogados aos leões por, simplesmente, orarem). A oração é secreta por se tratar de algo muito íntimo e pessoal, uma necessidade nossa de termos um tempo exclusivo para o nosso relacionamento com Deus. Essa oração secreta é aquela que desenvolvemos com o nosso Deus, movida pelo desejo ardente de termos uma maior intimidade espiritual. Jesus, ao longo de seus dias na terra, viveu muitas vezes a experiência dessa forma de orar: no monte durante a tarde (Mt 14.23; Lc 6.12), em lugares desertos (Mc 1.35; Lc 4.42), em um jardim (Mt 26.36) e em tantos outros espaços, na busca por uma total imersão na prática da oração. Há momentos em que oramos em lugares com muitas pessoas, como em nossas igrejas e também em reuniões, aniversários e tantos outros. Mas também precisamos separar os momentos da oração solitária e secreta, aquela em que há apenas espaço para o cristão e o Deus que nos ama e nos ouve: de manhã cedinho, a fim de dedicarmos o nosso dia a Deus; ao final do dia, em ação de graças; e sempre que nosso coração for impulsionado a orar, atendendo ao chamado do Espírito Santo de Deus.


Outra questão ainda merece ser destacada ao falarmos a respeito do caráter secreto da oração: a necessidade que alguns tinham de manifestar publicamente a sua religiosidade. Já nos tempos antigos, era comum algumas pessoas buscarem a manifestação pública de sua religiosidade com a finalidade de serem admiradas e exaltadas. Deixemos claro que a oração em público tem o seu devido espaço e é também necessária, todavia não da forma como alguns viam antigamente, como os fariseus, por exemplo. A prática da oração visando à admiração das pessoas é uma evidência de que a real intenção não é agradar ao Senhor, e sim à opinião pública. Tal prática, infelizmente, pode ser encontrada com frequência em nossos dias. Impulsionadas pelas redes sociais, há uma grande geração que se levanta, aparentemente, com a finalidade de orar, adorar e buscar a Deus, anunciar as boas novas, no entanto, verdadeiramente desejam as visualizações, os likes, os lucros e a fama. São os fariseus do século XIX.


II – OS PRINCIPAIS ENSINOS DA ORAÇÃO DO PAI-NOSSO


Na oração do Pai-Nosso, encontramos preciosos ensinamentos. Entre eles, podemos destacar alguns relacionados à vida cotidiana dos crentes: ênfase em uma vida altruísta, a compreensão da relevância da reciprocidade e a confiança no cuidado de Deus para a nossa vida. Nessa oração, somos levados a uma visão altruística da vida, buscando sempre o bem do nosso próximo, manifestando na prática o amor de Deus. Norteados por essa visão, somos levados a uma postura de comprometimento com as demais pessoas, focando sempre em uma coletividade. Já o princípio da reciprocidade nos permite tratar as demais pessoas do mesmo modo que desejamos ser tratados. Como almejar o perdão de Deus se não temos compaixão pelas pessoas que nos cercam? Se dispensarmos ao próximo aquilo que temos de melhor, demonstraremos, na prática, um sentimento de compaixão inspirados no amor divino. Finalmente, aprendemos que servimos a um Deus cuidador de cada um de nós e que nos permite o livramento das mais diversas investidas do Inimigo de nossa alma. Basta nEle confiarmos e descansarmos sob sua bênção.
A palavra “altruísmo” não é tão usada em nosso vocabulário, porém tem um significado muito interessante, veja: bondade, abnegação, beneficência, desapego, desprendimento, caridade, desinteresse, entrega, generosidade, humanitarismo, longanimidade, renúncia, entre outros sinônimos. Esses sentidos são necessários ao caráter do cristão comprometido com o Reino de Deus. Na oração do Pai-Nosso, Jesus nos ensina a orar de um modo a evidenciar o coletivo, o humanitário e o desprendimento do benefício próprio. Os pronomes utilizados indicam sempre o foco no coletivo, e não no individual: Pai “nosso”, venha a “nós”; o pão “nosso”; “nos” dá; perdoa “nossas”; não “nos” deixe cair


Em uma rápida leitura, essa sequência de pronomes poderia passar despercebida, no entanto, revela muito sobre quem os pronuncia. Uma pessoa que usa com muita frequência as palavras “meu”, “minha” e “mim” facilmente passa a ideia de ser muito possessiva. São em palavras e gestos simples que a personalidade dos sujeitos envolvidos vem à tona.
Quais são as expressões mais usadas por cada um de nós? Gostamos de falar “meu”, ou temos prazer em compartilhar e falar “nosso”? Uma boa questão para refletirmos. Jesus, por intermédio de sua caminhada diária, mostrava, no ministério terreno, o valor do altruísmo. Falar em amar é fácil, amar na prática já é outra história. Motivado pelo amor, em uma prática altruísta, vemos Jesus diversas vezes abençoando vidas que ninguém queria ajudar, entre elas, a mulher do fluxo de sangue (Mc 5.24-34), o paralítico do tanque de Betesda (Jo 5.1-15) e o cego Bartimeu (Mc 10.46-52). Vamos seguir o exemplo de Jesus e viver o altruísmo em nossas vidas, promovendo o bem-estar do nosso próximo (Mt 22.37-39).


A aplicação do princípio da reciprocidade é um elemento da oração do Pai-Nosso que representa um grande desafio para o ser humano imperfeito e tentado a pensar sempre em si mesmo. A nossa natureza humana é propensa a não perdoar, a não ceder e a não compartilhar. Mas Jesus incisivamente nos ensinou a perdoar, a ceder e a compartilhar o que possuímos com o nosso próximo. Na oração, encontramos as seguintes palavras: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Na sequência, o Mestre explica que, se perdoarmos as ofensas dos homens, o Pai celestial nos perdoará também. Todavia, se não perdoarmos aos que nos ofendem, também não seremos perdoados por Deus. Precisamos colocar em prática esse ensinamento todos os dias da nossa vida; o perdão é uma importante chave para que o Pai celeste nos abençoe com a sua ação curadora e nos perdoe pelas faltas (Mt 18.21-22; Ef 4.32; Cl 3.13). Aquilo que desejamos para a nossa vida antes precisamos buscar levar à vida dos nossos próximos, sempre (Lc 6.37; Mt 7.12). Se buscamos a presença de Deus em nossa vida, precisamos exercer um constante arrependimento de nossas faltas. Enquanto estivermos vivendo neste mundo, estaremos sempre sujeitos à nossa natureza pecaminosa. Só em Cristo encontramos forças para vencer o pecado. Como crentes, temos em Deus alguém que pode nos perdoar e livrar do jugo do pecado. Por isso, devemos constantemente confessar nossas faltas ao Senhor e pedir o seu perdão. É importante frisar que, ao perdoarmos as faltas de alguém para conosco, exercemos uma espécie de gratidão pela graciosa misericórdia de Deus em nossa vida. Por outro lado, se não perdoarmos o nosso próximo em suas faltas, estamos sendo incoerentes, pois somos
agraciados pelo perdão divino. A oração do Pai-Nosso apresenta-nos um grande desafio: perdoar os nossos devedores com um coração sincero e sem esperar nada em troca para, por coerência (e jamais por merecimento). O perdão que liberamos ao próximo deve ser um reflexo intencional do crente acerca da própria ação do Espírito Santo em nossa vida. Perdoamos porque vivemos direcionados pelo Espírito e amamos os nossos próximos. Quem perdoa com desprendimento e sem esperar algo em troca manifesta ter entendido o quão precioso é ser abençoado com o perdão libertador. Por outro lado, o perdão de Deus é envolto em graça e não pode ser alvo de merecimento. Não há nada que possamos fazer com a finalidade de merecermos o perdão ou ainda a salvação, porém tanto o perdão quanto a maravilhosa salvação são acessíveis através da obra de Cristo na cruz do calvário ao dar a sua vida por cada um de nós, pagando o alto preço.


Deus permite que passemos pelas provas e adversidades, entretanto não nos tenta; pelo contrário, fortalece-nos a fim de vencermos as tentações (Tg 1.2; 1 Co 10.13). Jesus, no aramaico, buscou enfatizar o sentido permissivo do verbo, e não o ativo. Ele permite que passemos pelo vale, mas jamais nos deixa só, e sempre estará conosco se o buscarmos em sincera oração. Quando somos guiados pelo Espírito Santo, as tentações se transformam em experiências que nos fortalecem (Lc 22.32) e nos permitem caminhar com mais convicção em relação à ação divina em nossa vida (Cl 1.11). No entanto, se permitirmos que o nosso inimigo encontre brechas em nossa vida, as tentações são prenúncios de derrotas avassaladoras (Jz 16). Muitas vezes passamos por lutas e provações necessárias para o amadurecimento e o fortalecimento do crente. Nossa natureza humana facilmente nos chama para a acomodação, para o benefício próprio e para a falta de coragem durante nossa trajetória. Diante de tal quadro, as adversidades se fazem presentes; em contrapartida, quando somos conduzidos pelo Senhor, caminhamos confiantes de que Ele nos sustenta e nos guia até o nosso alvo. Um excelente exemplo sobre essa questão pode ser encontrado na vida dos apóstolos de Jesus Cristo, os quais, durante os anos em que seguiram o Mestre, passaram por muitas dificuldades, restrições e perseguições. Notemos bem que essas condições adversas contribuíram para que eles fossem preparados para o período que viria após a ascensão de Jesus aos céus. A trajetória daqueles homens foi vitoriosa e eles conseguiram, fortalecidos pelo Espírito Santo, levar o evangelho aos mais distantes lugares do mundo conhecidos de então. Nas mais diversas oportunidades, foram guiados pelo Senhor e assim foram livres do mal. O fruto do trabalho daqueles homens pode ser visto em cada um de nós que confessa a Cristo como o seu Senhor e Salvador. Lembremos: o nosso Mestre amado nos revela que a vitória sobre as dificuldades só é possível orando e vigiando (Mt 26.41). Logo, façamos dessas práticas uma rotina diária de devoção e permitamo-nos ser conduzidos pelo Santo Espírito.


III – A GLÓRIA E O PODER PERTENCEM A DEUS


A oração do Pai-Nosso aponta para uma verdade maravilhosa: Deus é o Soberano e a Ele pertence toda honra e glória. Quando meditamos nas palavras que compõem essa oração, deparamo-nos com a soberania divina derramando a sua bênção sobre toda a criação e levando vida plena aos que aceitam a mensagem de salvação. Uma nova vida é ofertada a todos os que reconhecem, no sacrifício de Cristo, a soberania de um Deus que ama e se deixa
envolver por esse amor. Deus é santo e, ao reconhecermos esse fato, nossa vida é impulsionada a adorá-lo, buscando um modo de vida santificado, não por nossas forças, mas pelo Espírito de Deus que em nós opera. Quando buscamos esse modo de vida que reflete Deus, todas as pessoas que encontramos e com as quais nos relacionamos são envolvidas por uma preciosa bênção e sentem-se impelidas a também buscarem a presença do Senhor. Nesse movimento abençoador, podemos perceber claramente o Reino de Deus já presente entre nós. Ao anunciarmos que Deus ama e quer derramar sobre todos o seu amor e a sua salvação, o Reino se faz conhecido por todos. Que possamos, diante de tais verdades, anunciar a todos a soberania de Deus e o seu maravilhoso amor.


Deus Como já vimos, a oração modelo apresentada por Jesus traz seis pedidos: três contemplando a Deus e três relacionados às nossas necessidades pessoais. Porém todos os seis são pedidos feitos ao Pai soberano e revelam uma importante questão: em primeiro lugar, sempre, Deus. Os primeiros três tópicos da oração contemplam a santidade e a vontade de Deus: santificado seja o “teu” nome; venha o “teu” Reino; seja feita a “tua” vontade. Esta deve ser sempre a nossa maior preocupação: buscar a Deus e glorificá-lo em todos os momentos da nossa vida cumprindo os seus propósitos e servindo-o (Ef 1.11; Rm 11.36). Devemos ter vidas santificadas, permitindo-nos ser usados pelo Espírito para promovermos o Reino deixando que a vontade dEle se cumpra plenamente em nossa existência (Sl 143.10). Devemos sempre reconhecer a primazia de Deus, o nosso Pai celeste. Quando o colocamos em primeiro lugar, todas as outras coisas são uma consequência natural da ordem previamente estabelecidançados pela graça), sermos alvos do perdão divino para com as nossas próprias faltas.
Também os pedidos relacionados às nossas necessidades pessoais colocam Deus como quem age e provê o milagre diário da vida (Mt 6.25-34): o pão “nosso”; as “nossas” dívidas; “livra-nos” do mal. São petições dirigidas ao Pai e que são expressões de dependência satisfeita pela presença divina em nossas vida. Permitamos sempre que Deus ocupe o lugar de primazia em nossa vida e, consequentemente, as demais coisas nos serão acrescentadas, no tempo certo, segundo a vontade divina (Mt 6.33).


Quando Jesus iniciou a oração, as seguintes palavras foram proferidas: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Mt 6.9). Essa expressão revela uma impressionante profundidade, já que na língua hebraica, o nome revela muito acerca do seu possuidor. Quando falamos “santificado seja o teu nome”, estamos nos comprometendo com a ação de santificação do nome precioso do Pai-Nosso. Há apenas uma forma coerente e respeitosa de proferirmos essas palavras: vivendo-as em nossas próprias histórias de vida (Jo 17.18-19; Ef 1.4). Quando falamos com integridade “santificado seja o teu nome”, estamos assumindo um compromisso vivo com o nosso Deus (Hb 12.14): nossas palavras, nossas atitudes, nossas decisões, nossos pensamentos, nossas amizades e tudo o mais com que podemos nos relacionar precisam viver um processo de santificação: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 20.7). Quando vivemos uma vida santificada, muitas vidas são também abençoadas. Como Corpo de Cristo, nós (que somos Igreja) precisamos impactar o mundo mediante a mensagem das boas novas. Todavia, para anunciarmos a todos as boas novas de salvação, devemos buscar uma vida de santificação para que o nome do Senhor seja, através de nossa existência, glorificado (1 Co 10.31).
O Reino de Deus é a demonstração do poder divino em ação. Aqui, os dois aspectos do Reino podem ser observados: a dimensão presente e a futura. Quando refletimos acerca do aspecto presente, vemos que o Reino se manifesta onde quer que Deus seja adorado e seguido. Já no aspecto futuro, o Reino será completo quando Cristo voltar (2 Ts 2.8; 1 Co 15.23-28). É importante destacarmos que somente Deus pode estabelecer o seu Reino, e a nós cabe a tarefa de nos colocarmos sob a direção divina para anunciá-lo ao mundo.


Diante dessa verdade, devemos orar para que o Reino de Deus venha a se manifestar diante de todos os homens. À medida que a igreja avança em sua missão, o Reino de Deus se faz presente promovendo a justiça e a ação do Espírito Santo sobre o seu povo a fim de destruir as obras do Inimigo, curar os doentes e anunciar a salvação dos perdidos. Também é nosso dever orar constantemente para que Cristo volte e, em uma total manifestação da glória de Deus e do seu poder, estabeleça, no tempo certo, o Reino de Deus por toda a eternidade.

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - O Senhor Jesus Cura Hoje - Adultos.

 

Lição 10 - O Senhor Jesus Cura Hoje 

1º Trimestre de 2021

O SENHOR JESUS CURA HOJE

ESBOÇO GERAL I – A CURA DIVINA NA BÍBLIA
II – A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO
III – A CURA DIVINA E OS DESAFIOS ATUAIS

A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO
Esequias Soares

Um dos assuntos centrais na lição desta semana é uma doutrina clássica do Movimento Pentecostal: a cura física e espiritual como parte da salvação. Baseada em Isaías 53 com a confirmação do Novo Testamento (Mateus 8; 1 Pedro 2) como cumprimento do Antigo, essa doutrina mostra que salvação e cura divina caminham juntas na vida da igreja. Para aprofundar mais a respeito dessa doutrina, disponibilizamos um trecho da obra do pastor Esequias Soares:


“A ideia de salvação na Bíblia é ampla, ‘As diversas ações de Deus no Antigo Testamento em favor de Seu povo, como o livramento da escravidão, da fome, da espada e das enfermidades, são chamadas de salvação de Javé’.5 Mas, no contexto soteriológico, define a nossa confissão de fé: ‘a salvação é o livramento do poder da maldição do pecado, e a restituição do homem à plena comunhão com Deus, a todos os que confessam a Jesus Cristo como seu único Salvador pessoal, precedidos do perdão divino’.6


Os evangelhos tornam realidade as expectativas messiânicas do Antigo Testamento. Cura e salvação já estavam no radar do Espírito Santo desde os profetas: ‘Cura-me, SENHOR, e serei curado; salva-me, e serei salvo’ (Jr 17.14); ‘Ele é quem perdoa todas as suas iniquidades; quem cura todas as suas enfermidades’ (Sl 103.3). Geralmente o perdão dos pecados vem antes da cura física. Isso se evidencia também na cura do paralítico de Cafarnaum, Jesus primeiro perdoou seus pecados e só depois é que efetuou a cura física (Mt 9.1-8; Mc 2.1-12; Lc 5.18-26).


A combinação desses dois temas é visível no discurso profético de Isaías 53. Isso fica ainda mais evidente no Novo Testamento. A passagem do profeta: ‘Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o considerávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido’ (Is 53.4) é aplicada à cura física por ocasião do ministério de cura do Senhor Jesus, ‘expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes’ (Mt 8.17). Temos nessa passagem cura e libertação como cumprimento da profecia de Isaías: ‘para se cumprir o que foi dito por meio do profeta Isaías: ‘Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças’’ (Mt 8.17). Mas, essa cura é também espiritual, ou seja, diz respeito à salvação. O apóstolo Pedro cita a continuação da mensagem de Isaías, ‘o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados’ (Is 53.5), que explica de maneira categórica essa cura como salvação, ‘carregando ele mesmo, em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Pelas feridas dele vocês foram sarados’ (1 Pe 2.24). De modo que a cura de enfermidades é um dos benefícios da obra redentora do Calvário. Dos 36 milagres específicos de Jesus registrados nos evangelhos, 27 deles envolvem cura e libertação, ou seja, salvação.7


A Bíblia nos ensina que o propósito principal da vinda de Jesus ao mundo foi a redenção humana (1 Tm 1.15). Apesar disso, o Senhor Jesus jamais deixou de socorrer os necessitados e aflitos, pois se compadecia deles: ‘Jesus viu uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos’ (Mt 14.14). Ele tinha compaixão dos enfermos, dos oprimidos e de todos os de espírito abatido, porque andavam como ovelhas que não têm pastor (Mt 9.36; Mc 6.34). Ele veio para salvar os pecadores, no entanto, por causa da miséria humana, operou muitos milagres, prodígios e maravilhas.


Assim como Jesus fez no passado, Ele deseja nos dias atuais curar e libertar os enfermos e os oprimidos. Ele demonstrou misericórdia e compaixão ao tomar sobre si as nossas enfermidades e dores. O caráter e a compaixão de Jesus permanecem imutáveis na atualidade. Deus é fiel para curar as nossas enfermidades. A cura de enfermidades era essencialmente milagrosa, principalmente das doenças graves sem tratamento pelos recursos médicos da época.”


Notas
5 SOARES, Esequias & SOARES, Daniele. Teologia Sistemática em Diálogo. Recife, PE: Editora Bereia Acadêmica, 2019, p. 124.
6 SOARES, Esequias (organizador). Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 109.
7 A cura do paralítico de Cafarnaum (Mt 9.1-8); o homem da mão aleijada (Mt 12.9-14); o endemoninhado cego e mudo (Mt 12.22-37); os dois cegos (Mt 9.27-31); o mudo endemoninhado (Mt 9.32-34); o leproso (Mc 1.40-45); o paralítico de Cafarnaum (Mc 2.1-12); os endemoninhados gadarenos (Mc 5.1-20); a filha de Jairo (Mc 5.21-43); a mulher que tinha hemorragia (Mc 5.25-34); a filha da mulher Siro-fenícia (Mc 7.24-30); o surdo-mudo (Mc 7.31-37); o cego de Betsaida (Mc 8.22-26); o menino epilético (Mc 9.14-29); o cego Bartimeu (Mc 10.46-52); a libertação do endemoninhado de Cafarnaum (Lc 4.31-37); a cura da sogra de Pedro (Lc 4.38, 39); o empregado do oficial romano (Lc 7.1-10); o filho da viúva de Naim (Lc
7.11-17); Maria Madalena (Lc 8.2); a mulher encurvada (Lc 13.10-17); o hidrópico (Lc 14.1-6); os dez leprosos (Lc 17.11-19); a orelha de Malco (Lc 22.50,51); a cura do filho de um oficial (Jo 4.46-54); o paralítico no tanque de Betesda (Jo 5.1-5); o cego de nascença (Jo 9.1-41); a ressurreição de Lázaro (Jo 11.1-44). Não apresentamos as passagens paralelas desses milagres nos demais evangelhos por julgarmos os exemplos citados como suficientes.
Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo”, editada pela CPAD.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu me Dá um Coração Bondoso - Maternal.

 

Lição 10 - Papai do Céu me Dá um Coração Bondoso 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que devemos amar o próximo. 

Para guardar no coração: “[...] Ame o seu próximo como você ama a você mesmo.” (Lc 10.27)

É hora de preparar-se

“A bondade é uma das virtudes do fruto do Espírito — aquelas virtudes do próprio Cristo que, implantadas em nós pelo Espírito Santo, tornam-nos semelhantes ao Senhor (Gl 5.22,23). Podemos dizer que a bondade é a manifestação exterior da benignidade, que é outro aspecto do fruto do Espírito. A benignidade é aquela qualidade que nos impede de sermos duros e amargos, mesmo quando tratados com rudeza e injustiça; que nos confere uma fala mansa e uma atitude gentil, reveladas no modo como tratamos as crianças, os idosos e os menos capacitados. Acho perfeita a definição de Matheu Henry para benignidade: “Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, deixando-nos facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa”. E a bondade, repetimos, manifesta exteriormente o caráter benigno.

Bondade é enfrentar o fogão no dia daquele almoço especial, sem queixas ou exibicionismo; é carregar pedras para a construção do templo, sem grosserias ou murmurações; é assoar narizes, pôr band-aid em joelhos, e deixar-se tocar por mãozinhas pegajosas, com um sorriso nos lábios; é ajudar no que for preciso em casa, na vizinhança, ou na igreja, sem que o seu nome figure num boletim ou faça parte de uma comissão. A ausência de bondade tira o brilho de qualquer trabalho. Mas a presença da bondade abre espaço para um ministério” (Marta Doreto). 

Perfil da criança do maternal

“A criança do maternal descobre que pode tomar decisões próprias, e às vezes mostra-se teimosa. Devemos estar atentos para não confundir com rebeldia o que na verdade é o simples exercício da vontade. Dizer não a tudo, e tudo proibir, pode acabar gerando revoltas e conflitos desnecessários. Quando for possível permitir que a criança faça uma escolha, devemos deixar que o faça. Nem sempre a sua escolha nos agradará, mas se não representar prejuízos físicos, nem morais ou espirituais, para ela ou para outra pessoa, tudo bem. É até importante que lhe proporcionemos oportunidades de decidir-se e fazer escolhas, tanto para que desenvolva a faculdade da vontade, como para que aprenda a controlar-se e avaliar melhor as coisas antes de tomar uma decisão. 

A vontade pode e deve ser moldada. Uma boa maneira de se lidar com isto é usar o “você pode”, em vez de “não pode”. Por exemplo, se ela deseja brincar com um objeto frágil ou perigoso, em vez de dizer-lhe: “Você não pode brincar com isto”, diga-lhe: “Você pode brincar com o quebra-cabeça” (ou outra coisa). Em vez de repreender: “Você não pode espalhar os brinquedos pela sala toda”, consinta: “Você pode brincar em cima deste tapete” (ou neste canto). Assim, você estará impondo limites, sem suscitar um ataque de rebeldia” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Com lençóis e toalhas, improvise as vestimentas dos personagens, e incentive as crianças a representar a história do bom samaritano. Repita a representação algumas vezes, para que todos tenham a oportunidade de participar. Atenção: o assalto ao viajante não convém ser representado. Pule esta parte, e comece com o homem já caído à beira da estrada” (Marta Doreto).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 10.25-37.  

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu me Dá Saúde - Maternal.

 

Lição 9 - Papai do Céu me Dá Saúde 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que o Papai do Céu é poderoso e pode curar. 

Para guardar no coração: “O Senhor [...] cura todas as minhas doenças.” (Sl 103.3)

É hora de preparar-se

“Você reparou nos dois jovens que figuram na história da cura de Naamã? Um deles é Geazi, o ajudante de Eliseu; a outra é a escrava da esposa de Naamã. Ambos igualmente jovens e pertencentes ao povo de Deus. Ele tivera o privilégio de continuar vivendo a terra de Israel, e servir, livremente, ao santo homem de Deus. Ela fora arrancada de seu lar, levada cativa a uma nação inimiga, e servia, em regime de escravidão, a uma senhora pagã, adoradora de Rimom.

Seria de se esperar que Geazi aprendesse as virtudes de seu senhor Eliseu, e recebesse porção dobrada do seu espírito, para continuar a sua obra, como sucedera a Eliseu, que antes servia a Elias. E todos estariam prontos a justificar a jovem escrava, se ela se tornasse uma pessoa amarga e egoísta, a ponto de regozijar-se com a doença do patrão.

No entanto, como tudo foi diferente! A escrava hebréia conservou a fé no Deus de Israel, e manteve puro o coração, e reto, o espírito. Por isso foi capaz de perceber o propósito de Deus ao permitir que fosse levada como escrava e, fiel a Ele, anunciou o seu poder curador. Porque ela se dispôs a ser usada por Deus onde Ele a estabelecera, o general sírio não apenas obteve a cura, como converteu-se ao Deus vivo.

Geazi, que tivera sempre a santa influência do profeta, e vivia em condições favoráveis às virtudes, revelou um coração duro e apegado às coisas materiais. Teve a pretensão de barganhar com as coisas de Deus, e não se envergonhou de mentir para obter proveito pessoal. Certamente que Geazi fechara, havia muito, o coração, não permitindo que o convívio com a luz produzisse nele vida para a vida. Então o resultado foi morte para a morte.

Como canta um hino da harpa Cristã, “Deixa penetrar a luz. Que a formosa luz de Deus fulgure em ti, e serás feliz assim” (Marta Doreto).

Perfil da criança do maternal

“As crianças do maternal, principalmente as mais novas, podem sentir-se tensas e inseguras numa classe de Escola Dominical. A sua sensibilidade fica aguçada, e pode chorar por qualquer coisa. Aliás, não é incomum a classe toda pôr-se a chorar, se uma delas iniciar o choro. O professor deve tratá-las com amabilidade e propiciar-lhes um ambiente tranquilo.

Elas assustam-se facilmente. Situações e sensações novas são-lhes assustadoras. Por isso, uma criança que esteja começando a freqüentar a Escola Dominical sentir-se-á insegura ao ser separada da mãe. Não se trata de dengo, mas de um temor real. Teme que a mãe não volte mais. Neste caso, a mãe deve permanecer com ela na sala, até que se familiarize com o ambiente, os professores e os colegas” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Numa folha de ofício, desenhe um rio com traços simples. Faça uma cópia para cada aluno. Distribua canudos de refresco, ensine as crianças a cortá-los em pequenos pedaços, com uma tesourinha sem ponta, e depois colá-los no “rio Jordão” que você desenhou. Converse: Como se chamava o homem doente? E qual era o nome do profeta que orou por ele? Quantas vezes o profeta Eliseu mandou Naamã mergulhar no rio? Como se chamava o rio? E o que aconteceu quando ele mergulhou sete vezes? Quem curou o dodói da pele de Naamã? Certifique-se de que as crianças entenderam que a pele de Naamã foi limpa por Deus, e não pela água do rio ou pelo profeta Eliseu. Repita que o papai do céu cura o nosso dodói e nos dá saúde” (Marta Doreto).

Hora de brincar

“Se na classe houver uma “piscina de bolinhas”, as crianças poderão brincar de mergulhar no rio Jordão. Se não houver, coloque algumas almofadas no chão, e elas farão de conta que estão pulando no rio Jordão. Não devem mergulhar de cabeça; apenas pularão sobre as almofadas” (Marta Doreto).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 2 Reis 5.1-19.  

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - Um Menino Herói - Primários.

 

Lição 10 - Um Menino Herói 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno entenda que um herói não é egoísta, mas compartilha o que tem com o próximo e assim é muito abençoado.

Ponto central: Quando abençoamos, somos abençoados.

Memória em ação: “Quem é bondoso será abençoado porque reparte a sua comida com os pobres” (Pv 22.9).

Querido (a) professor (a), como você já deve ter visto em sua revista, a lição de hoje tem baseno texto de João 6.1-11 e é muito rica para todos nós, em especial para os pequeninos. O destaque de uma criança heroína desperta neles ainda mais identificação e, sobretudo inspiração para que eles também se comportem de maneira heroica. Afinal, como estahistória deixa bem claro, não há idade para atos de bondade e heroísmo.

Após a aplicação das atividades sugeridas em sua revista e a história contada, pergunte quem gostaria de fazer como este “menino herói” e compartilhar o alimento com os mais pobres?! Proponha que contem essa história e o versículo de hoje para os seus pais, responsáveis, vizinhos e quem mais desejarem e lhes peçam 1kg de alimento não perecível para doação aosmais necessitados.

Após o momento de memorização do nosso versículo de hoje, você e sua turma podem confeccionar cartões com o texto de Provérbios 22.9 na capa e dentro as informações da campanha de arrecadações de alimentos (que você já terá escolhido previamente seja promovida pela sua igreja, algum centro de ação social, ONG, asilo, orfanato, comunidadecarente, etc.).

Frise para seus primários que só deles fazerem essa solicitação de alimentos e trazerem o seu quilo para doação, eles já estão sendo heróis do Senhor Jesus para essas pessoas necessitadas. E assim eles levam não só comida, mas algo que todos necessitam ainda mais - o próprio amor de Jesus manifesto de forma prática, não só em palavras. Isto é anunciar o Evangelho,levar as Boas Novas do Reino de Deus.

Professor, não se esqueça de, previamente, alinhar esta iniciativa com o pastor e direção da Escola Dominical de sua igreja. Posteriormente, é muito importante mostrar fotos do momento da entrega destes mantimentos, para que as crianças possam visualizar (ainda quede maneira simbólica) os frutos de sua boa ação.

O Senhor lhe abençoe e capacite!

Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - Mardoqueu, um Herói Conselheiro - Primários.

 

Lição 9 - Mardoqueu, um Herói Conselheiro 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno entenda que dar e seguir conselhos com base na Palavra de Deus traz sucesso e alegria.

Ponto central: Quem segue os bons conselhos têm sucesso em tudo.

Memória em ação: “Quem despreza os bons conselhos acabará mal, mas quem os segue será recompensado” (Pv 13.13).

Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula teremos a oportunidade de ensinar, desde já, aos pequeninos o valor que têm os bons conselhos e a importância de nós os seguirmos. Afinal, o que é a própria Bíblia, se não uma coletânea de valiosos conselhos do Senhor para que nós tenhamos uma vida abundante?!

Existem muitos talentos e muitas maneiras de servirmos a Deus fazendo o bem ao próximo, e o bom aconselhamento certamente está entre elas. Uma boa palavra e orientação podem salvar vidas, literalmente. Quantos de nós ao longo de toda a nossa trajetória já não necessitamos de um conselho que fez toda diferença?! Que nos desviou de ciladas e abismos?! Que nos poupou grandes sofrimentos e até mesmo mudou o rumo de nossa história?!

Hoje o Senhor te dá oportunidade de “ser Mardoqueu”, esse bom conselheiro, na vida de seus alunos. Compartilhe com os seus Primários alguns de seus testemunhos. Pode ser coisas simples, até mesmo situações de sua infância em que você se meteu em problemas por não ter ouvido conselhos dos seus pais ou de pessoas confiáveis. Assim como alguns casos em que você seguiu e foi muito bom.

Não mentir, não julgar as pessoas, tratar todos bem, obedecer aos pais... são algumas sugestões que você pode citar algum relato de sua própria experiência, mostrando como é bom seguir bons conselhos ou como pode ser ruim não segui-los. Contudo, uma ressalva, é muito importante frisar para as crianças que não é em todos que nós podemos confiar, seguir e obedecer. Apenas àquelas pessoas que o Senhor colocou em nossas vidas e querem o nosso bem; que são confiáveis e sábias, como foi o herói de nossa história, que ajudou Ester a salvar toda uma nação.

O Valor dos Bons Conselhos

“Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel; Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência; para obter o ensino do bom proceder, ajustiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso. Ouça o sábio e cresça em prudência;

e o instruído adquira habilidade; 6 para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios; O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino”. (Pv 1.1-7)

Desde criança somos ensinados a ouvir e atentar para os bons conselhos. Quem não se lembra, por exemplo, de uma máxima que ouviu na infância? Todas as culturas valem-se de parábolas, lendas, enigmas e máximas como veículo de transmissão dos seus valores morais, éticos e espirituais. Cresci ouvindo os mais velhos dizerem: Quem trabalha, Deus ajuda!; Mais vale uma andorinha na mão do que duas voando; Um homem prevenido vale por dez. Essas máximas sintetizam um saber popular responsável não somente pela transmissão de uma cultura, mas também funcionam como normas de conduta. “O povo, porém, não costuma escrever”, observa Ivo Storniolo, “mas reter na memória os seus achados’ de sabedoria. E por isso que resume tudo num versinho rimado, fácil de guardar de cor. Hoje em dia, os melhores lugares para encontrar a sabedoria popular são os para-choques de caminhões, os muros pichados, as portas e paredes de banheiros públicos, os joguinhos de adivinhação das crianças, os conselhos dos velhos, as piadas que correm de boca em boca etc. Tudo isso é um tesouro que revela a alma do povo, mostrando a compreensão que ele vai formando sobre a vida como resultado da sua experiência no mundo. É o que podemos encontrar no provérbio: Anel de ouro em focinho de porco é a mulher bonita, mas sem bom-senso (Pv 11.22).”

A Bíblia como um livro cultural também é rica em provérbios, parábolas, enigmas e máximas. São pérolas usadas pelos autores bíblicos visando facilitar a transmissão cultural de uma verdade. Vale a pena destacar que esse recurso bíblico-literário não possui apenas seu valor cultural, mas também traz consigo a revelação da sabedoria divina. Muitos livros bíblicos são ricos nessas metáforas, mas o livro de Provérbios e Eclesiastes se sobressaem no uso desse recurso. Neste trabalho enfocaremos o que as obras de Salomão têm a revelar sobre esse assunto e assim podermos desfrutar do seu extraordinário valor para o viver diário.(GONÇALVES, José. Sábios Conselhos Para um Viver Vitorioso. Rio de Janeiro: CPAD,2013, pp.9,10).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - Não Despreze a sua Adolescência - Adolescentes.

 

Lição 10 - Não Despreze a sua Adolescência 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: 1 Timóteo 4.6-16

Destaque: Cuide de você mesmo e tenha cuidado com o que ensina. Continue fazendo isso,pois assim você salvará tanto você mesmo como os que o escutam. (1Tm 4.16)

Objetivos
Destacar que o cristão é servo do Senhor Deus;
Ratificar o compromisso cristão com os exercícios espirituais;
Convocar os jovens a honrarem a Deus com a vida.

Adolescência é uma fase decisiva.

A adolescência passa muito rápido. (Essa pode ser uma boa notícia para os pais que lidam diariamente com as crises, reclamações e contradições de filhos adolescentes. Acalme-se. Vai passar.)

Comparando o período com a expectativa de vida dos brasileiros, os anos da adolescência representam menos de 15% do total da vida. Entretanto, são anos cruciais. Muitas decisões e experiências vividas nessa fase irão influenciar toda a vida adulta.

Óbvio que a maioria dos adolescentes é incapaz de discernir isso, por mais que sejamalertados por adultos. Isso porque eles estão sob influência de diversos fatores, tais como hormônios, paixões, amizades, experiências no âmbito escolar, busca e definição de umaidentidade própria, moda, mídia, etc.

Você imagina quantos indivíduos estão passando por essa fase ao mesmo tempo? Atualmente, segundo os dados do relatório anual do UNICEF, os adolescentes no Brasil representam 17% do total da população. Em números mais específicos, existem mais de 30 milhões de adolescentes em nosso país. E no mundo há 1,2 bilhão de pessoas entre 10 e 19 anos.

Estes gigantescos números representam a dimensão da missão dos líderes deadolescentes e da responsabilidade de todos os adultos que os cercam, (sejam pais, tias/tios,avós/avôs, líderes, professores ou pastores), de orientar, proteger e amar essa nova geração.

Enfim, eles são milhares. E os adultos têm poucos anos para prepará-los. Esse senso de emergência no cuidado dos adolescentes foi apontado pela comunidade global no relatório do Unicef: A adolescência é uma etapa de oportunidades para a criança. É um momento crucial para que possamos continuar construindo seu desenvolvimento na segunda décadade vida, ajudá-la a navegar em meio a riscos e vulnerabilidades e colocá-la no caminho darealização do seu potencial.

Pastores e líderes cristãos possuem mais habilidade para discernir isso do que líderes políticos, porque estes últimos não consideram em suas iniciativas o mandato cristão desalvação, resgate e amor.

De modo que o líder de adolescentes precisa agir como um ‘farol’, que na sua posiçãoe desempenhando a sua função ilumina o caminho, revelando perigos e algumas possibilidades de rotas. Uma liderança comprometida com o desenvolvimento integral do adolescente pode evitar muitas lágrimas e experiências difíceis. Enfim, os líderes de adolescentes precisam discernir que adolescência é uma fase de oportunidade, que de modo algum pode ser desperdiçada ou desprezada.

Quero fechar esse capítulo com as palavras da Princesa Mathilde (Bélgica) sobre a missão dos pais (e adultos em geral) frente aos adolescentes: “Os adolescentes não se consideram ‘futuros adultos’; Eles querem ser levados a sério neste momento. (...) Ouvir os adolescentes é a única forma de compreender o que esperam de nós. (A adolescência)Trata-se de uma etapa decisiva no crescimento de uma pessoa. Por isso, devemos ouvir atentamente as necessidades e preocupações específicas dos adolescentes. Vamos criar oportunidades para que participem da sociedade. Vamos permitir que tenham liberdade e oportunidade para amadurecer e converter-se em adultos saudáveis.”

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD

Fonte: Extraído do livro Liderando Adolescentes (CPAD). 

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - Cristo Vem - Adolescentes.

 

Lição 9 - Cristo Vem 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: 2 Tessalonicenses 2.1-12

Destaque: — Escutem! — diz Jesus. — Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito. (Ap 22.12)

Objetivos
Ratificar o entendimento de que Jesus virá brevemente;
Alimentar a esperança de sua vinda;
Descrever o império do mal na Terra.

A DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Marcelo Oliveira de Oliveira

1. Introdução

A Bíblia relata que nos dias de Ló e de Noé os acontecimentos estavam assim: Índices altíssimos de corrupção, a violência praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos e o predomínio da imoralidade. Como elemento surpresa, ambas as sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus. O Altíssimo é justo e o ato da sua justiça se mostra contra toda a injustiça.

A primeira vinda de Jesus Cristo foi um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos homens (Jo 1.4,5). Desde muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas e pecados (Rm 1.18-32). A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré demonstra o quanto o ser humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades ― principalmente em nome de Deus. Assim, haverá um dia em que o nosso Senhor julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt 25.31-46). O Filho retribuirá cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus Cristo demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora, ninguém saiba dia e hora.

2. O Arrebatamento da Igreja

Caro professor, a doutrina da Segunda Vinda do Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o secreto e o público. São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do Senhor. A primeira é visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a segunda etapa é visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”.

O termo “arrebatamento” se origina da palavra grega harpagêsometha que significa “àquilo que é frequentemente chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para vê-lo como Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com 1Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousia aparece determinando os seguintes significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por isso, há algumas linhas de pensamentos distintas, em que outros irmãos em Cristo consideram que o Arrebatamento e a Vinda Gloriosa serão um só evento.

Múltiplas Correntes Escatológicas concernentes ao Arrebatamento                                                             

 Pré-Milenismo    Amilenismo       Pós-Milenismo
O Pré-Milenismo está dividido em O Pré-Milenismo está dividido em Histórico e Dispensasionalista.O Amilenismo tem um entendimento de que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só acontecimento, seguindo assim o Juízo Final.Igualmente, o Pós-Milenismo entende que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só evento, seguindo assim o Juízo Final.
 O Dispensasionalismo está dividido em:  
 ● Pré-Tribulacionista  
 ● Meso-Tribulacionista  
 ● Pós-Tribulacionista  

As Assembleias de Deus no Brasil adotam a corrente Pré-Milenista Dispensacionalista Pré-Tribulacionista, onde o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes dos sete anos de Grande Tribulação.

Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo. Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo Testamento a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). Textos como Colossenses 3.4; Judas 14 dão conta dos crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o Arrebatamento da Igreja.

3. O Tribunal de Cristo e os Galardões

“ Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão ” (1 Co 3.14). A doutrina do Tribunal de Cristo visa ensinar sobre como a Igreja prestará contas de tudo o quanto fez enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelarão, desde as mais complexas às consideradas mais simples. Será um momento de julgamento divino acerca das ações e atitudes dos salvos em Cristo. Entretanto, é importante não confundir o Tribunal de Cristo com o julgamento do Trono Branco. Este será destinado aos ímpios que serão julgados no final do Milênio, e aquele se destina aos crentes vivos e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e receberem cada um, conforme a verdade de suas ações, o seu galardão.

É importante ressaltar que no Tribunal de Cristo serão julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvação de Cristo seja pela graça mediante a fé, o galardão entregue a cada crente será distribuído mediante as obras. Neste aspecto, as obras do crente são essenciais para justificá-los diante do Tribunal de Cristo. O texto de 1 Coríntios 3 mostra que acerca dos líderes, mas pode ser aplicado também a toda comunidade de crentes, a maneira pela qual eles continuarão a edificar a Igreja de Cristo será julgada neste Tribunal. Aqui, se verificará que tipos de obras tais líderes fizeram: se edificaram o edifício de ouro ou se de prata ou sede pedras preciosas ou se de madeira ou feno ou palha. Então, o detalhe de cada obra será manifesto naquela oportunidade. Assim, o “fogo” provará a resistência de cada obra. Se após a provação do “fogo”, a obra permanecer, o crente receberá o seu galardão; senão, não o receberá. O texto diz que a obra padecerá sofrimento, mas isso não interferirá na salvação do crente. Este será salvo como pelo fogo, ou em linguagem mais contemporânea, “como por um triz” ou “por um fio” (1 Co 3.14).

Não há mandamento mais urgente para estarmos pronto diante do Tribunal de Cristo, que este: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mc 12.31). Ora, toda boa obra na vidado crente deve se fundamentar no princípio mandatório de nosso Senhor: a prática do amor.

4. Bodas Cordeiro

A palavra “bodas” quer dizer: enlace matrimonial, casamento, festa ou banquete em que se celebram as núpcias. É um momento de festa e de alegria onde o noivo e a noiva farão um voto de casamento até que a morte os separe. Na Escatologia Bíblica, esse termo refere-se ao período que lembra o momento íntimo entre o Noivo e sua Noiva, isto é, Jesus Cristo e sua Igreja.

Em uma passagem dos Evangelhos, quando próximo da sua crucificação, na verdade em sua última Páscoa com os discípulos, nosso Senhor disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14.25). É bem significativo que o apóstolo João escreva no livro do Apocalipse esta mensagem: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro”(19.9). O cumprimento dessa bem-aventurança se dá exatamente no advento das Bodas do Cordeiro.

Nesse evento glorioso, os crentes foram plenamente vestidos e adornados de atos de justiça, pois já estiveram diante do Tribunal de Cristo, foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Assim como temos um momento de intimidade com Cristo por intermédio da comunhão da Ceia do Senhor, as Bodas do Cordeiro é o momento mais íntimo de Cristo coma sua Igreja. É o tempo de refrigério, de glória, de graça e de alegria. É um tempo que marcará a consumação da redenção dos santos.

De fato, é bem-aventurado quem passa pelas Bodas do Cordeiro! O momento do nosso encontro e estada com Jesus Cristo, o Rei dos reis, é o momento além da história em que todo crente, lavado e remido no sangue do Cordeiro, anela em viver para sempre. Então, estaremos eternamente com o Rei dos Reis!

5. Grande Tribulação

Enquanto no céu estará ocorrendo o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro, na Terra, após o Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um período histórico de sete anos entre o “Arrebatamento da Igreja de Cristo” e a “Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao mundo”. O período da Grande Tribulação remonta a profecia das70 semanas das quais falou o profeta Daniel. Veja o gráfico abaixo:

70ª Semanas de Daniel = 7 anos de Tribulação

 3 anos e 1/2 – primeira metade:  3 anos e 1/2 – segunda metade:
 → Grande acordo de paz; → Quebra do acordo;
 → Ascensão de um grande líder; → Revelação da verdadeira motivação do grande líder mundial, o Anticristo.
 → Políticas que ludibriam as nações, principalmente, Israel e povo judeu. → Perseguição implacável aos que dizem não! ao sistema.

Quando as nações do mundo cercar a Israel, na cidade de Jerusalém, então, o Senhor Jesus, juntamente com a sua igreja, intervirá na injustiça tramada contra o povo, e na terra, que o Senhor escolheu (Jd 14,15) ― A Bíblia diz que a terra da Palestina não pertence a ONU ou as quaisquer nações que ouse repartir aquela terra:

Então ajuntarei os povos de todos os países e os levarei para o vale de Josafá e ali os julgarei. Eu farei isso por causa das maldades que praticaram contra o povo de Israel, o meu povo escolhido: espalharam os israelitas por vários países e dividiram entre si o meu país” (Jl 3.2).

As Escrituras mostram que o tempo da Grande Tribulação será marcado como o tempo da “ira de Deus”, da “indignação do Senhor”, da “tentação”, da “angústia”, de “destruição”, de “trevas”, de “desolação”, de “transtorno” e de “punição” (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10; Dn12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o Altíssimo intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram contra o criador. Nesse sentido, podemos dizer que os propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, (2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis que sobreviveram aos ataques do Anticristo.

Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6),do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo ― Ap 8 – 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt24.22,29,30).

6. A vinda de Jesus em Glória

Após analisarmos os elementos finais da doutrina das Últimas Coisas, tais como, o Arrebatamento, o Tribunal de Cristo, As Bodas do Cordeiro e a Grande Tribulação; a agora veremos finalmente a Vinda de Jesus em Glória.

A vinda gloriosa do Senhor é um fato pronunciado pelas Escrituras, pois há mais de 300 menções sobre isso em o Novo Testamento ― por exemplo, os capítulos 24 e 25 de Mateus e o 13 de Marcos são inteiramente dedicados ao assunto. Antes de prosseguirmos no assunto é importante você rememorar o que significa a vinda de Jesus para os principais agentes da história da Igreja de Cristo no mundo. Veja o quadro abaixo:

O PROPÓSITO DA SUA VINDA

 Para a Igreja  Para Israel  Para o Anticristo  Para as Nações
 Secreta e repentinamente, nosso Senhor aparecerá à Igreja para levá-la à profunda e eterna comunhão. O Messias prometido ao povo de Israel, o libertará da tribulação, restaurando a promessa de sua antiga terra. O Senhor virá objetivamente para destruir o Anti Cristo e estabelecer o Milênio. Um tempo de paz e de tranquilidade.Nesta oportunidade, nosso Senhor julgará as nações e os reinos desse mundo, fazendo todos os povos sujeitos à sua autoridade e poder.

Enquanto que para a Igreja, Jesus Cristo virá misteriosamente; para Israel, o Anticristo e as Nações, Ele virá publicamente com poder e grande glória. Ninguém poderá escapar da sua justiça. O ser humano moderno vive iludido, pensando que não precisa prestar contas a ninguém. Vive a vida a seu bel prazer, não precisando pensar no que está certo nem errado. O apóstolo Paulo diz que o dia em que o nosso Senhor vir, Deus julgará “os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Rm 2.16). Diante do Pai, não haverá quem possa dissimular ou esconder o que sempre desejou e o motivou.

7. Conclusão

No dia em que o nosso Rei julgar os povos, todos saberão quem Ele é e contemplarão a promessa da sua vinda em pleno cumprimento. Não haverá, pois, quaisquer sentenças injustas, pois o nosso Deus é a própria justiça. Outro ponto importante que se deve deixar bem claro nesta aula é sobre alguns aspectos fundamentais a respeito da Vinda Gloriosa de Jesus:

1. Ela será de maneira pessoal (Jo 14.3).

2. Ela será literal (At 1.10).

3. Ela será visível (Hb 9.28).

4. Ela será gloriosa (Cl 3.4).

As Escrituras apresentam com clareza que o nosso Senhor virá em pessoa para julgar todo o mundo. Portanto, renovemos a nossa esperança nesta promessa!

Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD 

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - A Igreja e as Missões Transculturais - Juvenis.

 

Lição 10 - A Igreja e as Missões Transculturais 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. ENVIADOS ÀS NAÇÕES
2. É A SUA VOCAÇÃO?
3. DESAFIOS DESTE CHAMADO

OBJETIVOS
Apresentar Paulo e Barnabé como os primeiros missionários transculturais;
Discutir sobre a vocação para missões transculturais;
Conscientizar sobre os desafios das missões transculturais.

Querido (a) professor (a), na nossa próxima aula nos aprofundaremos no “Ide” de Jesus, focando o ministério de missões transculturais. Apesar do grande crescimento numérico de igrejas evangélicas no Brasil, os dados de investimento delas em missões é inversamente proporcional.

Para termos uma idéia, a igreja evangélica no Brasil cresceu mais que o dobro do ritmo da população durante mais de 20 anos, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se o crescimento constatado continuar, a igreja evangélica alcançará 50%da população nacional dentro de alguns anos.

Diante de tais números – também percebidos a olho nu, ao observar nas esquinas osurgimento de um novo templo a cada dia, – ficam algumas questões muito importantes a serem, talvez não respondidas, mas ao menos, refletidas. Uma delas é: Por que, enquanto as igrejas brasileiras estão abarrotadas, muitos continentes ainda estão vazios do Evangelho?

Procura-se missionários

A SEPAL (organização de apoio a pastores e líderes) mostra que há cerca de 80 organizações missionárias no País, mas o número de missionários brasileiros no campo transcultural é de pouco mais de três mil pessoas. Ao compararmos os números de necessitados, bem como o de crentes apenas no Brasil, perceberemos a gravidade desta situação.

O saudoso pastor assembleiano Waldemar Carvalho, fundador e até sua morte presidente da Missão Kairós, costumava dizer que o povo brasileiro foi evangelizado “errado”. Como recebemos missionários de outras nações, foi subentendido como se nós, no Brasil, fôssemos os “confins da Terra”, quando na verdade a ordenança de Jesus em Atos 1.8 é para crentes brasileiros avançarem rumo a outras partes do mundo também.

Em apenas um "retângulo" do mapa mundi, na chamada "janela dez por quarenta" (ilustração), está localizada mais da metade da população do mundo. A China com aproximadamente 1 bilhão e 400 milhões de habitantes, a Índia com 1 bilhão e 300 milhões, sem mencionar os outros 60 países desta área somando outros bilhões de pessoas a serem evangelizadas.

A ironia triste é que foi justamente neste trecho do mapa onde aconteceu a chamada de Abraão, muitos episódios marcantes do Antigo Testamento, o local onde Jesus nasceu, treinou seus discípulos e para onde os enviou a evangelizar. É nesta região, que até o século VII o cristianismo predominava, que hoje é coibida a pregação do Evangelho. E cadê a Igreja livre e poderosa do Ocidente para retribuir ao “Ide” que trouxe a Salvação até ela?!

A Igreja Perseguida

Milhões de evangélicos brasileiros que vão à igreja constantemente, pregam em locais públicos, leem suas bíblias no ônibus, pensam que a perseguição, tortura e prisão dos cristãos ficaram apenas no livro de Atos. No entanto, a Coordenação de Viagens e Correspondentes Internacionais da “Missão Portas Abertas” faz um alerta fundamental: “Apenas 0,04% da Igreja brasileira está engajada na causa dos cristãos perseguidos. Isso significa que dentre os quase 50 milhões de cristãos brasileiros, apenas 25 mil envolvem-se no suporte, oração, doação e ajuda à Igreja Perseguida”.

Enquanto gasta-se com prédios magníficos, eventos "gospels" pirotécnicos, debates doutrinários e afins existem centenas de cristãos pagando um preço de sangue, sendo massacrados, em mais de 50 países do mundo onde há perseguição ao Evangelho. E mais de 2.5 milhões de pessoas morrendo anualmente sem conhecer o Salvador, que nós fomos comissionados a apresentar. Mas como ouvirão, se não houver quem pregue? A pergunta de Paulo em Romanos 10.14 se repete. Porém, a resposta "eis-me aqui", infelizmente, está cada vez mais rara.

Compartilhe estes dados com seus alunos. Se possível, converse com seu pastor sobre a possibilidade de convidar um missionário transcultural para comparecer a sua igreja testemunhando deste tremendo trabalho e motivando os juvenis, bem como os demais membros a se envolverem.

Convoque cada aluno a participar como bom soldado de Cristo, dos sofrimentos dos nossos irmãos perseguidos, conforme o convite de Paulo em 2 Timóteo 2.3. Saiba também que você pode e deve, pois foi chamado para alcançar aqueles que nunca sequer ouviram o nome de Jesus.

O Senhor lhe abençoe e capacite!

Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - A Igreja em Missões Urbanas - Juvenis.

 

Lição 9 - A Igreja em Missões Urbanas 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. PAULO E A EVANGELIZAÇÃO NOS GRANDES CENTROS
2. EVANGELIZAÇÃO NAS GRANDES CIDADES HOJE
3. ESTRATÉGIAS ATUAIS

OBJETIVOS
Apresentar as estratégias utilizadas por Paulo para evangelizar os grandes centros;
Encorajar a vencer os desafios da evangelização nos grandes centros e nas pequenascidades;
Discutir como utilizar os meios tecnológicos na evangelização.

Querido (a) professor (a), a nossa próxima lição abordará um tema para o qual o próprio Cristo comissionou cada um de nós, o “ide”. Vamos focar especificamente em “missões urbanas”, alvo desafiador, porém ao alcance de todos. Para tal, destacaremos como exemploem nosso estudo a dedicação e estratégias utilizadas por ninguém mais, ninguém menos que o próprio Paulo, o apóstolo dos gentios. Certamente seu papel no avanço do Reino, ganhando incontáveis almas para Cristo, tem muito a nos ensinar.

Independente do tempo que você tem de atuação no ministério de ensino é sempre importante lembrar que boa parte deste trabalho começa antes de entrar na sala de aula. Você tem dedicado um tempo consistente para o estudo da lição? Elaboração do plano de aula, bem como preparo de todo material necessário para sua realização? E quanto à oração, você tem apresentado seus alunos a Deus, intercedendo em prol da frutificação da semente a ser lançada em seus corações? Essas são etapas essenciais do processo de educação cristã. Seja qual for sua resposta, separe um momento e ore por seus juvenis. Quem sabe, através desta aula não se levantarão missionários fervorosos, comprometidos em proclamar a mensagem de Salvação, perto ou longe, nas redondezas e até nos confins da Terra?!

Como pontuaremos na lição, temos inúmeros desafios na tarefa de evangelização nos grandes centros urbanos, bem como nas cidades pequenas. Inclusive um muito comum, especialmente em nosso país, é a decepção com a instituição religiosa, devido a alguns erros que seus membros e líderes cometeram, um mau testemunho que pode ter deixado difíceis barreiras para alguns ouvintes. Contudo, acaso “haveria coisa alguma difícil ao SENHOR?”(Gn 18.14). Com Ele venceremos todas as dificuldades. Com esta certeza, incentive seusalunos a crerem no poder da graça de Deus e da Palavra de Salvação, anunciando-a atémesmo ao mais improvável receptor. Afinal, quem diria que Saulo, um dos maioresperseguidores de cristãos da época, fosse se tornar um deles? E não apenas isso, mastornar-se o mais ávido evangelista de seu tempo. No entanto, foi exatamente o que aconteceu,porque a Palavra é mais importante e mais poderosa do que o mensageiro.

Após a aplicação das atividades e demais conteúdos sugeridos na sua revista de ED, que tal propor uma atividade prática à sua turma? Previamente, converse sobre a viabilidade desta ideia com sua liderança e os pais dos juvenis. E proponha-os oração e ação, saindo para evangelizar, seja em bairros próximos à Igreja ou mesmo na porta da dela, antes ou depois deum culto. Aproveitemos a criatividade e intensidade vibrante inerente aos juvenis em prol do Reino de Deus.

O Senhor lhe abençoe e capacite! 

Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que são puros de coração - Juniores.

 

Lição 8 - Felizes os que são puros de coração 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Mateus 5.8; 23.26,26.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que um coração puro é indispensável para que a obra de Deus seja realizada com excelência. Jesus afirmou aos seus discípulos que felizes são os que têm um coração puro porque verão a Deus (cf. Mt 5.8). A pureza está atrelada à santidade, e as Escrituras Sagradas afirmam que Deus é santo, nEle não há falta alguma (cf. Tg 1.17). Logo, todos os que estão na presença de Deus e conservam a pureza de coração, receberão a recompensa de ver o Senhor e de estar continuamente em Ele.

Seus alunos precisam aprender desde cedo que conservar um coração puro deve ser o alvo constante de todo cristão. Infelizmente, muitas circunstâncias surgem para tentar “sujar” o coração daqueles que servem a Deus, porém com a ajuda do Espírito Santo é possível manter o coração limpo. A história de hoje apresenta o exemplo de pessoas que se preocupavam mais com a aparência do que com a pureza interior. Destes fazia parte um bom número de fariseus que prezavam mais por honrar os rudimentos da tradição judaica do que zelar pela prática da vontade de Deus (cf. Jo 12.42,43). Na aula desta semana, mostre aos seus alunos o que é preciso observar para que tenham um coração puro e uma vida santa na presença de Deus.

A. A pureza de coração, uma virtude indispensável. A Palavra de Deus ensina que a pureza de coração é um requisito fundamental para que o crente possa desfrutar da presença de Deus de forma plena (cf, Mt 5.8). A pureza encontra sinônimo na palavra santidade. Faz parte do caráter de Deus ser santo, pois esta é a forma como Ele se identifica aos seus servos. “Sejam santos porque eu sou santo”, disse o Senhor (cf. 1 Pe 1.16). Sendo assim, ser santo não é um privilégio daqueles que participam das coisas concernentes ao Reino de Deus, e sim o dever de toda a criação de Deus. O relacionamento com o Senhor depende da forma como a pessoa se mantém separada de tudo o que é pecado ou que recebe influência dele. Preservar o coração limpo é afastar-se de todas as coisas que possam manchar o relacionamento o Criador. O Senhor promete uma recompensa para aqueles que rejeitam o pecado e mantêm o coração puro. Estes desfrutarão perpetuamente da presença do Senhor e terão alegria plena em sua presença (cf. Ap 21.3,4,7). 

B. Pureza interior X pureza exterior. Nos tempos de Jesus, infelizmente, havia aqueles que se preocupavam mais com a aparência do que com o interior do coração. O zelo dos fariseus por cumprir à risca todos os preceitos e ensinamentos da tradição judaica contrastava terminantemente com a vontade de Deus para o seu povo (cf. Mt 15.1-14). Na busca intensa por encontrar o caminho que os aproximasse de Deus, os judeus terminaram se afastando cada vez mais, porque não honravam a Deus nem aceitavam receber os seus ensinamentos. Antes, escolheram fundamentar a sua fé na religiosidade e tradição humana (cf. Mt 23.23). O orgulho os levou ao declínio espiritual. Como consequência dessa escolha, muitos não conseguiam compreender, de fato, qual era a vontade de Deus apresentada por Jesus, pois os seus olhos estavam vendados. Da mesma maneira, temos o nosso entendimento entenebrecido quando nos apegamos aos rudimentos institucionais e nos esquecemos de que o mais importante para Deus é a salvação e o bem-estar das pessoas. O Senhor espera encontrar em cada um de nós um coração puro que preze por fazer a vontade de Deus, e não apenas por demonstrar uma aparência vazia e sem perspectiva.

Compartilhe com seus alunos a importância de mantermos um coração puro na presença de Deus. Explique aos seus alunos que a boca fala aquilo que o coração está cheio. Sabemos que um coração cheio de sentimentos bons pronunciará palavras que edificam. Em contrapartida, um coração sujo pronunciará apenas palavras más e ações que não têm nenhum proveito. A fim de fixar o ensinamento da lição desta semana, prepare e distribua aos seus alunos várias bocas no tamanho de uma folha A4. Eles poderão pintar e decorar com canetinha e lápis de cor. Prepare uma folha com várias palavras boas e ruins e distribua aos seus alunos. Eles deverão recortar e colar sobre a boca as palavras que edificam. Peça que escrevam abaixo da boca: “A boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6.45).

Tenha uma boa aula!