terça-feira, 27 de abril de 2021

Artigos: Educação cristã no século 21: um grande desafio .

 

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Educação cristã no século 21: um grande desafio 

Nos dias presentes, a nova geração tem que conviver num ambiente completamente hostil à fé cristã. Nas escolas, desde cedo, os filhos são ensinados que Deus não existe. Que o universo surgiu por acaso; que o homem veio do macaco; que a Bíblia é um mito, ou um livro de lendas ou de fábulas.

Os primeiros pastores dos filhos devem ser seus pais, se forem crentes em Deus. Ser pai e mãe cristãos, nos dias presentes, é um desafio grande, e, ao mesmo tempo, missão gratificante, quando se analisam as funções que Deus confiou à paternidade e à maternidade. A cada dia que passa, mais difícil torna-se o relacionamento entre pais e filhos, mesmo que sejam evangélicos. No entanto, a Palavra de Deus sempre foi, é, e será o verdadeiro manual de Deus para a família, para o casamento, e para o lar. Neste estudo, desejamos compartilhar o que o Senhor tem nos proporcionado em termos de conhecimento e experiências sobre a educação cristã da família e do lar.

I – Pais no Antigo Testamento

1. Sob a égide da Teocracia. 

No Antigo Testamento, os pais viviam sob a Teocracia, ou sob o governo de Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas, de caráter espiritual, moral, social, ou familiar, emanavam da Lei de Deus. Os pais não tinham grandes desafios, no relacionamento com os filhos, pois os mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e os estatutos de Deus (Dt 5.31). Eles eram de fato os sacerdotes do lar.

2. Os pais tinham mandamento de ensinar a seus filhos (Dt 11.18-21).   

Os profetas entregavam a mensagem de Deus; os pais a aceitavam e transmitiam aos filhos.

3. Os judeus eram cuidadosos na educação dos filhos. 

Aos 12 anos, eles passavam (e ainda passam) pela cerimônia do “Bar-Mtzvá”, quando já deveriam saber de cor os pontos mais importantes da lei. A sinagoga era templo e era escola também. 

II -  Pais no Novo Testamento

1. A educação era integral. 

Nas poucas referências sobre o tema, vemos o exemplo da educação do menino Jesus. Diz a Bíblia (Lc 2.40, 52). Esses textos nos falam da educação espiritual (“em espírito”), no conhecimento de Deus e intelectual (“cheio e sabedoria”), no crescimento físico (“em estatura”), e no crescimento espiritual e social (“em graça para com Deus e os homens”).

2. Os filhos eram sujeitos aos pais. 

Ainda que não se possa generalizar, por falta de informações, mais uma  vez, na educação de Jesus, vemos que seus pais sabiam criá-lo sob sujeição ou disciplina (Lc 2.51). Nos tempos atuais, a rebeldia na família é tão grande que muitos pais não sabem o que fazer.

3. Os pais são exortados a ensinar os filhos.

“E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4 – grifo nosso).

III – A Educação Antiga e a moderna 

O pastoreio da nova geração é diretamente influenciado pelo tipo de educação que for transmitida à família. Há diferenças fundamentais entre a educação antiga e a educação na pós-modernidade.

1. A Educação Antiga. 

 Nas décadas passadas, os pais criavam os filhos na base do autoritarismo. Tudo era feito na base de um relacionamento rígido. A igreja evangélica, em muitos casos, colaborou para esse tipo de educação. Era a educação repressiva. Eram comuns os castigos físicos, com o uso da “vara” para as falhas mais simples. Teve seu aspecto positivo, pois os filhos eram obrigados a respeitar os limites que lhes eram impostos. Havia respeito aos pais, aos mais velhos, e às normas. Os aspectos negativos dessa educação manifestavam-se tempos depois, quando os filhos tornavam-se independentes. De certa forma, essa educação contrariava a Bíblia, que manda criar os filhos sem provocá-los à ira (Ef 6.4).

2. A Educação Moderna.

Na educação moderna, de uns trinta ou quarenta anos passados, os psicólogos levaram os pais a não ter autoridade sobre seus filhos, para não serem repressivos. Assim, grande parte dos filhos passou a ter uma educação permissiva. Para eles, quase tudo é permitido. Os especialistas aconselham que não se deve reprimir para que os filhos não fiquem frustrados. O resultado dessa educação é uma libertinagem e uma permissividade absurda, a ponto de pais permitirem que suas filhas pratiquem sexo com os namorados em suas próprias residências. É a educação permissiva.

Esse tipo de educação leva os filhos, desde crianças, a não respeitarem limites, normas e princípios. Aliás, essa educação “moderna”, em geral, não tem princípios morais, éticos, e muito menos espirituais. É uma agressão aos princípios bíblicos, que exorta aos pais a criarem seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b); e manda ensinar ao menino o caminho em que deve andar, para que, quando envelhecer, não se esqueça dele (Pv 22.6).

O que os pais cristãos devem escolher? A educação repressiva, que levou muitos filhos à frustração e ao desvio dos caminhos do Senhor? Ou a educação permissiva, que tem levado muitos à pecaminosidade, à libertinagem e à condenação espiritual? Certamente, nenhum dos dois tipos é desejável aos pais cristãos. Mas há uma terceira via, que é a da Educação Cristã.

IV -  A Educação Cristã 

A nosso ver, é a única forma de educação que pode resultar em benefícios espirituais, morais, éticos, sociais e físicos para os pais e para os filhos. É a alternativa para evitar-se a repressão, o autoritarismo, e a permissividade, que tantos prejuízos causam à formação da família. Alguns aspectos dessa abençoada educação podem ser resumidos como se seguem. É uma síntese dos cuidados espirituais que os pais cristãos devem ter para com seus filhos. Não deve ser repressiva nem permissiva. Com a educação cristã, podemos ter um pastoreio eficaz para as novas gerações. É uma educação amorosa e formativa.

1. Os filhos devem ser vistos como herança do Senhor (Sl 127.3 a). Assim, devem ser tratados com muito zelo, cuidado e amor. 

2. Os filhos são prêmios de Deus. “e o fruto do ventre, o seu galardão” (Sl 127.3b). Galardão é prêmio. Sempre os pais devem ser gratos a Deus pelo filho ou pela filha que nasceu no seu lar. São presentes, ou prêmios, vivos, que devem ser cuidados, guardados, e criados com muito amor. 

3. Os pais devem ensinar a palavra de Deus no lar. Os pais devem ser os primeiros e os mais importantes professores de seus filhos (Pv 22.6)”. E (Dt 11.18-21) esse princípio, da educação no AT, é válido e atual para os dias presentes, se os pais querem ver seus filhos bem formados na vida espiritual.

4. Os filhos devem ser criados na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4). Os pais não devem ter medo de doutrinar, de ensinar os filhos os princípios da palavra de (Hb 4.12). O ensino da Bíblia é mais poderoso que castigos físicos, psicológicos, e todo o tipo de repressão desnecessária.

5. O culto doméstico é de grande valor para a vida dos filhos. Infelizmente, a maioria dos pais cristãos não fazem o culto doméstico. É um trabalho simples, mas de grande efeito sobre os filhos e sobre a família em geral. É como acender o altar da adoração no lar.  É melhor do que deixar os filhos presos ao altar da televisão. Fortalece os laços afetivos e espirituais entre pais e filhos. Pode ser feito em 15 minutos por dia, apenas! Cânticos, leitura bíblica, pedidos de oração, e oração por todos, um por um, etc. Lembremos: a pior educação é a da “babá eletrônica”, a TV (ver Sl 101.3; Dt 7.26). Pior ainda é a da “conselheira eletrônica” - A Internet. Muitos têm sido pervertidos por esses meios pós-modernos de (des) educação.

6. Os filhos devem ser levados, ou incentivados a ir à igreja local. A igreja deve ser a continuação do lar. E o lar, a continuação da igreja. Um deve completar o outro. Quando crianças, os pais devem leva-los à igreja, à Escola Dominical, aos cultos. Quando adolescentes e jovens, devem ser persuadidos a ir à casa do Senhor. Se, desde crianças, forem acostumados a ir à igreja, quando jovens darão valor a essa prática saudável (Mc 10.13-16). 

Com essa visão, entendemos que a saída para os pais crentes é desenvolver, em seu lar, os princípios bíblicos para a educação dos filhos. Do contrário, a deseducação formal e agressiva, nas escolas, vai leva-los para longe de Deus. Só há esperança para as novas gerações permanecerem nos caminhos do Senhor, se o lar for a continuação da igreja e a igreja a continuação do lar, de maneira inteligente, com harmonia e amor. 

Artigo extraído da revista Ensinador Cristão do ano 15 - nº 57 – (jan/fev/mar de 2014) 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - Deus criou minhas mãozinhas - Berçário.

 

Lição 04 - Deus criou minhas mãozinhas 

2º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que foi Deus quem criou as mãozinhas do bebê.

É hora do versículo: “A ti levanto as mãos [...]” (Sl 143.6).

Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que Deus criou cada detalhe do seu corpinho. E hoje elas perceberão que o Papai do Céu criou as suas mãozinhas. Mostre a mãozinha do bebê para ele. Cada dedinho. Diga o nome para cada dedinho para o bebê. 

Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a figura abaixo. Sugerimos que o professor pegue uma luva branca, conforme o modelo, cole carinhas e, de forma lúdica, diga o nome de cada dedo: Polegar, Indicador, Médio, Anelar e Mínimo. Se possível, cante com o bebê.

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A imagem das carinhas é para o professor baixar. A da luva é só para ilustrar

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - A história de um menino muito forte - Maternal.

 

Lição 04 - A história de um menino muito forte 

2º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança escolha guardar-se pura para Deus.

Para guardar no coração: “[...] Conserve-se puro.” (1 Tm 5.22)

Nesta lição, o aluno vai conhecer a história de Sansão. Ele possuía um grande potencial. Sansão nasceu como cumprimento da promessa de Deus para Manoá e sua esposa, e faria uma grande obra para Deus: salvaria Israel dos filisteus. Sansão tinha uma força fora do comum que vinha de Deus e para isso ele tinha que ser puro, sem nenhum pecado. Sansão devia agradar a Deus em tudo. 

Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que faça cópias da atividade a seguir. Oriente os alunos a molharem o dedinho na tinta guache e completar o caminho que leva Sansão até o leão. Reforce que Sansão era forte o suficiente para isso porque Deus estava com ele.
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 Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - O Nascimento do meu Amigo - Jd. Infância.

 

Lição 4 - O Nascimento do meu Amigo 

2º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão identificar os principais fatos relacionados ao nascimento de Jesus; e reconhecer o nascimento de Jesus como o cumprimento da promessa de Deus.

É hora do versículo: “Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei [...]” (Is 9.6)

Nesta lição, os alunos aprenderão acerca do nascimento de Jesus. O Natal é a data do ano em que comemoramos esse dia. Como o natal ocorreu há pouco tempo, a lembrança ainda deve estar recente na memória das crianças. Para a introdução da aula, proceda conforme orientação da revista do professor. Medite na verdade prática para o seu enlevo espiritual. Faça a dinâmica da memorização do versículo e explique o que a Palavra de Deus está dizendo. Narre a história bíblica e realize todas as atividades propostas. 

Caso haja algum tempo, sugerimos uma atividade extra para os alunos recortarem e colarem a cena do nascimento de Jesus. Entregue uma folha A4 em branco e no topo da folha na horizontal escreva: O Nascimento do meu Amigo. Relembre às crianças que devemos nos lembrar sempre do nascimento de Jesus, e não apenas no natal, pois todos os dias Jesus precisa nascer em nosso coração.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - A Primeira Ordem - Primários.

 

Lição 4 - A Primeira Ordem 

 2º Trimestre de 2021

Objetivo: Que os alunos compreendam que Deus deseja obediência de seus filhos.

Ponto central: Deus deu uma ordem a Adão e Eva. Deus deseja obediência 

Memória em ação: “Vigiem e orem para que não sejam tentados [...]” (Mt 26.41).

Querido (a) professor (a), na próxima aula teremos a oportunidade de abordar um tema relevante para todas as idades, especialmente necessário de ser explicado e enfatizado na faixa etária de seus Primários – a importância da obediência a Deus!

OBEDIÊNCIA. As palavras hebraicas e gregas traduzidas como “obedecer” ou “obediência” são geralmente shama’ e as formas cognatas de akouo. O significado básico de ambas é “ouvir”. De fato, muitas vezes que o tradutor se confronta com estas palavras e seus cognatos, é muito difícil determinar se a tradução mais apropriada é "ouvir" ou "obedecer". Esta dificuldade, porém, oferece uma visão profunda do conceito bíblico básico de obediência, um conceito que ocorre tanto no AT como no NT.

Embora a obediência expresse uma ação que existe nas relações humanas comuns (tais como discípulos aos mestres ou filhos aos pais), sua referência mais significativa é a de um relacionamento que deve existir entre o homem e Deus. Deus revela-se a si mesmo ao homem por sua voz e palavras. As palavras devem ser ouvidas. Isto obviamente envolve uma recepção física das palavras com uma suposta compreensão mental de seu significado.

Mas em termos da recepção da revelação de Deus pelo homem, este fato em si não é um ouvir verdadeiro. A atitude de ouvir verdadeiramente está ligada à fé que recebe a Palavra divina e a traduz em ação. E uma resposta de fé. E uma resposta positiva e ativa, não meramente ouvir e considerar de forma passiva. Ouvir é agir. 

Em outras palavras, ouvir realmente a Palavra de Deus é obedecer à Palavra de Deus. No NT, a ideia de se assumir a responsabilidade de obedecer à Palavra ouvida, ou de se colocar sob esta responsabilidade, é claramente enfatizada pelo termo hupakouo, uma composição dos termos "sob" e "ouvir". Muitas passagens referentes ao ouvir e à obediência obviamente têm em vista este aspecto de resposta positiva e ativa. "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mt 11.15; cf. 13.9,43; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 13.9). O homem sábio é aquele que "ouve estas minhas [do Senhor Jesus] palavras e as pratica" (Mt 7.24). "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e... me seguem" (Jo 10.27). Com respeito à revelação que havia recebido em Patmos, João disse: "Bem-aventurado(s)... os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas" (Ap 1.3). Não há nenhuma dicotomia entre o ouvir e o obedecer. O ouvir verdadeiro é a obediência. (PFEIFFER, Charles F., VOS, Howard F., REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1383).

Aproveitando essa rica elucidação do conceito bíblico de obediência, explique-o aos seus Primários na linguagem adequada a eles, e promova uma dinâmica para ilustrar o que foi aprendido. 

Seria uma versão adaptada da antiga brincadeira “o Mestre mandou”. Porém, apenas duas crianças de cada vez deverão estar de olhos vedados e atentas, pois só pontuarão ao obedecerem APENAS a instrução que de fato vier do Mestre (poderá ser uma criança voluntária, escolhida antes dos que serão vedados).  As demais crianças, assim como o mestre farão vozes distintas, dando comandos uma de cada vez, tentando se passar pelo Mestre. 

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Frise que devem ser apenas tarefas que não exija locomoção, nem contato com as demais, isto é, que não seja preciso tirá-los do lugar, já que não estarão enxergando e estamos em pandemia. Por exemplo: “Pule em um só pé”; “Abaixe”; “Imite uma galinha”; “Faça uma dancinha”. Enquanto isso, ao fim de cada comando você pergunta alto aos “Mestres” quem pontuou e anota em um quadro. Dependendo do tempo que você disponha, pode ser 3 ou mais comandos por dupla até as crianças revezarem nas posições da brincadeira.

Ao final enfatize que no mundo há muitas vozes, mas a nem todas deveremos seguir, dar ouvidos ou obedecer. Mas somente àquelas que forem de Deus ou de pessoas usadas por Deus para o nosso bem. Dê alguns exemplos do cotidiano deles: “Se o seu amiguinho disser: ‘vamos sair pra brincar escondido da sua mãe’, essa voz vem de Deus? Você deve obedecer?” “E se disser: ‘Ajude a sua amiga que caiu a se levantar’ Essa voz é boa, podemos seguir?”

Ao final, peça que todos deem as mãos e orem pedindo sabedoria ao Senhor para aprendermos a diferencias as vozes boas das más e ouvirmos apenas as que obedeçam e agradem a Ele.

O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 03 - 2º Trimestre 2021 - O Deus Bondoso - Juniores.

 

Lição 3 - O Deus Bondoso 

2º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Gênesis 21.9-20.

Caríssimo(a) professor(a), 

Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre a bondade de Deus. O Criador é bom e tudo o que ele faz também é bom. Este é um atributo moral do caráter de Deus, faz parte da sua própria natureza ser bom. Por esse motivo, Ele se dispõe também a zelar pelo bem-estar da sua criação. Deus não deseja o mal da humanidade que Ele mesmo criou. Antes, atua para convencê-la do pecado para uma nova vida debaixo da graça. Deus provou o seu grande amor pela humanidade ao entregar o seu Filho Unigênito para ser sacrificado na cruz a fim de remover a culpa do pecado (cf. Ef 1.5-7). No entanto, há muitos que insistem em rejeitar o meio amoroso com que Deus decidiu fazer a reconciliação.

Ensinar o quanto Deus é bom deve ser o seu objetivo para a aula desta semana. Para tanto, caro(a) professor(a), você pode extrair lições importantes da história bíblica apresentando os pontos principais que exemplificam como a bondade de Deus se manifesta. Este exercício ajudará seus alunos a extraírem lições importantes do texto bíblico.

Apresente os visuais à turma e ajude seus alunos a identificarem a bondade de Deus em cada cena. A cada visual apresentado, pergunte: Por que Deus permitiu Abraão mandar o próprio filho com sua mãe embora? O que Deus havia prometido a Abraão acerca de Isaque? Qual foi o tratamento de Deus em relação a Agar e Ismael? Ao final, mostre que tudo quanto Deus nos ordena, Ele sempre o faz com propósitos específicos. Seus alunos devem compreender que a vontade de Deus é sempre boa, perfeita e agradável (cf. Rm 12.2). A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, (2003, pp. 36,37) detalha aspectos importantes da bondade de Deus para com Abraão:

1. Deus havia ordenado que Abraão ouvisse o que Sara pedia porque a promessa divina de que a sua descendência haveria de herdar a Terra Prometida se cumpriria por intermédio de Isaque. Portanto, era necessário que a sua linhagem crescesse separada da de Ismael (cf. Gn 21.9-12).

2. A promessa de Deus havia sido feita a Abraão há muitos anos. Foram longos vinte e cinco anos de espera para ver o seu filho nascer. Por intermédio de Isaque, o Senhor faria surgir uma grande nação que daria prosseguimento à Aliança feita com Abraão (cf. Gn 21.1,2).

3. Deus também teve misericórdia de Ismael e sua mãe, pois em meio ao deserto o Senhor não os desamparou. Deus falou com Agar que de Ismael também faria uma grande nação (vv. 14-21). Então o menino cresceu e habitou na terra de Parã. E o que aconteceu a Ismael, e quem eram seus descendentes? Ismael tornou-se o líder de uma grande tribo ou nação. Os ismaelitas eram nômades que viviam no deserto do Sinai e Parã, ao sul de Israel. Uma das filhas de Ismael casou-se com Esaú, sobrinho de Ismael (Gn 28.9). A Bíblia mostra o povo ismaelita hostil para com Israel e com Deus (Sl 83.5,6).

A história de Abraão é marcada por eventos que apontavam que a promessa de Deus não poderia se cumprir. As escolhas de Abraão resultaram em problemas difíceis de resolver no tocante às suas gerações, mas Deus teve misericórdia de seu servo e operou para que a promessa se mantivesse firme. É importante destacar aos seus alunos que o Senhor opera para que todas as coisas contribuam juntamente para o bem daqueles que O amam (cf. Rm 8.28). Reforce esta verdade aos seus alunos.

Para fixar o conteúdo da lição, estimule a criatividade de seus alunos: mostre os visuais para a classe e peça para eles recontarem as verdades que aprenderam na história de hoje. Cada aluno terá a oportunidade de observar os visuais e contar um pouco da história, destacando o que mais chamou a sua atenção. Este é um exercício que ajudará na memorização das verdades bíblicas.

Tenha uma boa aula! 

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - O Deus que provê - Juniores.

 

Lição 4 - O Deus que provê 

2º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Êxodo 16.1—17.16.

Caro(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão um ensinamento que deverão levar por toda a vida: confiar que Deus provê o que precisamos. Não foram poucas as ocasiões em que o povo de Israel precisou contar unicamente com a mão do Senhor para não perecer no deserto. Em tempos difíceis de escassez o povo não encontrou outra saída a não ser aprender a confiar em Deus e depender da sua bondade e misericórdia. 

Um dos títulos dados a Deus por conta da manifestação do seu poder ocorreu no episódio em que Abraão foi provado. Quando Deus pediu que Abraão oferecesse em sacrifício seu único filho, Ele mesmo proveu para o seu servo o cordeiro para o holocausto. Por essa razão, Abraão chamou o nome daquele lugar “o Senhor proverá” (Gn 22.14). Na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 64,65), encontramos a seguinte informação:

O Senhor proverá. Este nome é a tradução do hebraico Jeová-jiré — “o Senhor proverá”. Aprendemos da prova de Abraão que:

1. Deus às vezes prova a fé de seus filhos (1 Pe 1.6,7; Hb 11.35). Tal prova deve ser considerada uma honra no reino de Deus (1 Pe 4.12-14).

2. O crente deve confiar em Deus, que Ele estará presente, concederá sua graça e tudo quanto for necessário, em qualquer circunstância dentro da vontade divina (Sl 46.1-23; 2 Co 9.8; Ef 3.20).

3. Deus constantemente realiza seu propósito redentor, restaurador, através da morte de uma visão; isto é, Ele pode deixar acontecer em nossa vida, coisas que parecem destruir nossas esperanças e sonhos (cf. Êx 17.15-17; 22.1-12; 37.5-7,28; Mc 14.43-50; 15.25,37).

4. Depois de uma provação da fé, Deus confirmará, fortalecerá, estabelecerá e recompensará o crente (vv. 16-18; 1 Pe 5.10).

5. Para se achar a verdadeira vida em Deus é preciso sacrificar tudo quanto Ele requer (Mt 10.37-39; 16.24,25; Jo 12.25).

6. Depois de um teste de sofrimento e de fé, o resultado final da parte do Senhor para com o crente é que Ele é “muito misericordioso e piedoso” (Tg 5.11).     

Confiar na providência de Deus é um exercício de fé. Quando enfrentamos situações que aos nossos olhos parecem ser impossível resolver, temos a oportunidade de escolher confiar em Deus. Aproveite a aula de hoje para estimular seus alunos a confiar no Senhor, realize com eles a seguinte atividade:

Leve para a sala de aula uma sacola ou caixa. Coloque os objetos citados a seguir dentro da sacola. Em seguida, retire cada objeto da sacola e pergunte aos alunos qual a finalidade de cada um. Conforme os alunos forem expressando faça as suas observações. Objetos: Bíblia, borracha, clips, fósforo, bússola, caneta, lanterna, e outros que você poderá utilizar.

Ao final, explique que devemos nos preparar para enfrentar os momentos difíceis e de escassez. No entanto, há situações que, por mais bem preparados que estejamos, somente a provisão do Senhor pode trazer a solução. Nesse caso, resta confiar inteiramente no Senhor e crer que Ele providenciará tudo o que precisamos.

Tenha uma boa aula!

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - O Justo Juiz - Pré Adolescentes.

 

Lição 4 - O Justo Juiz 

2º Trimestre de 2021

A lição de hoje encontra-se em: Daniel 6.3-9, 15, 16, 20-23.

Olá professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão que Deus é o “Justo Juiz”. Na Bíblia, aprendemos que o nosso Deus é Rei, Senhor, Salvador e Consolador. Mas não podemos esquecer que uma das qualidades inerentes ao nosso Deus é a justiça. De certo, o nosso Deus é Justo e recompensa a cada um conforme a sua justiça. A justiça de Deus nunca falha, apesar de muitos afirmarem que “a sua justiça tarda, mas não falha”. Na verdade, a sua justiça é executada no momento certo.

Deus reservou um Dia em que há de julgar todos os habitantes da terra. Mas enquanto esse Dia não chega, aprendemos que a justiça de Deus se manifesta no ato glorioso que nos trouxe a salvação: a morte de Jesus Cristo sobre a cruz do Calvário. No Dicionário Bíblico Wycliffe (2006, p. 1120), encontramos uma definição neotestamentária para a “justiça de Deus”: 

No Novo Testamento, a palavra grega mais frequente para justiça é dikaiosyne, que é a tradução regular da LXX para a palavra hebraica sedaqa. Da mesma maneira que no Antigo Testamento, a expressão “justiça de Deus” não se refere especificamente à inerente perfeição do caráter divino. Antes, ela fala sobre a sua justa provisão de salvação para os pecadores (Rm 1.17; 3.5,21,22,25,26; 10.3; 2 Co 5.21). No evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, foi revelada a justiça de Deus (Rm 1.16,17). Ela se torna efetiva entre os homens que, por causa de seu pecado, estão sujeitos à ira de Deus e muito longe dEle. Através da bondosa extensão da justiça de Deus, eles são conduzidos a um relacionamento salvador com Ele. A justiça de Deus depende, por um lado, do Senhor ser fiel à sua própria natureza – que é boa e santa – e, por outro, de tratar suas criaturas com justiça. Na justa provisão divina de uma forma de salvação, Ele não pode perdoar pecados sem satisfazer a sua justiça, e manter sua santidade.

A justiça de Deus, manifestada em seu justo plano para a salvação através da morte expiatória e substitutiva de Cristo, satisfaz a ambas. A aceitação dessa provisão, por parte do pecador, permite a Deus atribuir-lhe tudo que Cristo fez por ele, para alcançar a sua salvação.

Nessa aceitação de Cristo, como portador de pecados e Salvador pela fé, o homem recebe a “justiça que é pela fé”, uma expressão que significa que a justiça de Cristo é atribuída ao crente (Rm 4.5; 9.50; Fp 3.9).

Para complementar sua aula, sugerimos a seguinte atividade: 

Divida a classe em dois grupos e apresente aos alunos situações nas quais eles terão a responsabilidade de julgar de acordo com a Palavra de Deus se estão certas ou erradas. Eles tomarão conhecimento das situações e terão um tempo para se reunir e julgar.

1ª situação: Eu sempre respondo meus pais quando sou interrogado a respeito das minhas amizades que não são da igreja.

2ª situação: Sempre me preocupo com o colega da turma, entrando em contato com ele quando se ausenta da igreja ou não está frequentando a Escola Dominical.

3ª situação: Tenho sempre cuidado em relação ao egoísmo, procurando compartilhar os meus pertences com colegas que não têm o material.

4ª situação: Procuro me defender e ofender quem critica a minha forma de ver, pensar e agir. 

5ª situação: Às vezes sinto vergonha da minha família.

Ao final, cada grupo deverá apresentar suas impressões a respeito das situações. Em seguida, faça os apontamentos junto com os alunos.

Tenha uma boa aula!

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - No Espírito Santo, o nosso Consolador - Adolescentes.

 

Lição 4 - No Espírito Santo, o nosso Consolador 

2º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: João 14.15-20

Destaque: Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês para sempre. O mundo não pode receber esse Espírito porque não o pode ver, nem conhecer. Mas vocês o conhecem porque ele está com vocês e viverá em vocês. (Jo 14.16,17)

Objetivos
# Apresentar o Espírito Santo como nosso Consolador;
# Explicar a natureza do Espírito Santo;
# Conscientizá-los da operação do Espírito Santo.

Querido professor (a),

A faixa-etária dos adolescentes é marcada pela transição de muitas ideias, bem como a ocorrência de muitas dúvidas sobre assuntos diversos. Acerca do tema que estudaremos nesta semana, não será diferente. Compreendemos que com o auxílio dos subsídios que se encontram na revista do professor, mais o apoio prestado por intermédio do artigo do trimestre e das sugestões de dinâmicas da Revista Ensinador Cristão, há uma boa condição de ministrarmos uma bela aula dominical. 

Entretanto, sugeriria que ao longo da ministração da aula, o professor, ou a professora, não perdesse de vista o objetivo geral da presente lição: estimular os adolescentes a buscarem uma experiência com Deus por intermédio do Santo Espírito.

Naturalmente, você passará por todos os tópicos esboçados na presente lição. Por isso, é importante lembrar que a lição está baseada em João 14.15-20, cuja estrutura se concentra em três temas: a pessoa do Espírito Santo; a natureza do Espírito Santo; a operação do Espírito Santo. Mas o mais importante é chegar à aplicação da lição por intermédio de uma mensagem contextualizada. Mostrando para eles o valor de vivermos uma vida de renovação do Espírito Santo.

Em nossa caminhada cristã precisamos ser renovados sempre. Às vezes, pela rotina da vida, não percebemos as implicações espirituais de se ter um relacionamento diário com o Espírito Santo. Por isso, devemos nos conscientizar sobre a necessidade de uma renovação diária em nossas vidas espirituais. 

No entanto, devemos saber que:

1. A renovação é diária. O nosso corpo precisa diariamente de um renovo. Este exemplo denota a necessidade da vida espiritual ser conservada periodicamente. O cristão é responsável pela saúde espiritual, assim como o indivíduo é com a sua saúde física (2 Co 4.16).

2. A renovação é consciente e desejada. Precisamos, diariamente, fazer o seguinte questionamento: “Como a minha vida espiritual está?” (1 Co 11.28a). Esse tipo de indagação reflete uma vida cheia do Espírito Santo.

3. A renovação denota a ação do Espírito Santo. A renovação do Espírito Santo mantém o crente afastado das práticas que não glorificam a Deus. Traz aprofundamento na Palavra, renovando-o com poder e tornando-o sensível à direção do Santo Espírito (Is 30.21; At 16.6,7; 10.19).

Portanto, encoraje o seu aluno a não se contentar a aprender sobre o Espírito Santo somente por teoria, mas a experimentá-lo cotidianamente, pois a promessa de adentrarmos à plenitude do Espírito “diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39).

A Paz do Senhor Jesus!

Flavianne Vaz 
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD 

terça-feira, 20 de abril de 2021

Lição 04 - 2º Trimestre 2021 - Pecado Original? Juvenis.

 

Lição 4 - Pecado Original? 

2º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ORIGEM DO PECADO
2. A REALIDADE DO PECADO
3. O PROBLEMA ESTÁ DO LADO DE DENTRO
4. “QUEM BRINCA COM FOGO ACABA SE QUEIMANDO”

OBJETIVOS
Compreender a realidade do pecado humano;
Entender a gravidade do pecado e suas consequências;
Descobrir o quanto é perigoso brincar com o pecado.

Querido (a) professor (a), na nossa próxima aula vamos abordar um tema muito importante, porém, pouco considerado por esta geração de juvenis: o pecado e suas consequências. Por isso, no decorrer desta semana reserve um tempo de consagração especial ao Senhor, avalie seus caminhos, conserte-se com o Altíssimo no que for preciso e interceda por seus alunos. Clame a Deus pela vida de seus juvenis, um a um, e que o Espírito Santo prepare desde já os seus corações para que esta próxima aula seja uma bênção, um marco em suas trajetórias.  

Para lhe dar suporte na Hamartiologia, doutrina acerca do pecado, segue esse artigo do nosso brilhante conferencista, teólogo, membro da Casa de Letras Emílio Conde, Pastor Elienai Cabral, que também é um dos comentaristas de Lições Bíblicas da CPAD e autor de vários títulos pela Casa.

A história da humanidade começa, conforme as Escrituras, com a história do pecado do homem e sua desobediência a Deus. Na literatura mundial, no campo da Filosofia e da Teologia, o problema do pecado é tratado de modo a tentar explicar a questão da existência do mal.

Ao longo da história da humanidade, esse problema tem sido estudado, especulado e pesquisado pelo homem na tentativa de explicar essa questão do mal. Essa preocupação humana com a realidade do mal tem motivado as mais sérias discussões com respostas as mais diversificadas. Visto que o poder do mal se impõe naturalmente na experiência humana, a preocupação com a sua origem desafia a inteligência e aguça o interesse em descobri-lo na sua essência. Entretanto, é impossível discutir a realidade universal do pecado no mundo sem relacionar a sua razão de ser com a vida do homem. Conforme o relato bíblico, foi o homem que, por seu livre-arbítrio, caiu na rede de engano do originador do pecado, o Diabo, e deixou-se induzir ao pecado de rebelião contra o Criador. 

O que é o pecado?

Teologicamente, a doutrina do pecado é identificada como Hamartiologia. Essa palavra deriva de dois termos da língua grega, língua do Novo Testamento: “hamartia” e “logos”, que significam juntas “estudo acerca do pecado”. O termo “hamartia” tem, na sua etimologia grega, o sentido de “errar o alvo”. Portanto, o estudo acerca do pecado, como ato, estado ou condição, sugere que o pecado é “um desvio do fim (ou modo) estabelecido por Deus”.

Na Teologia Cristã, a doutrina do pecado ganha espaço porque o cristianismo representa a possibilidade de redenção do estado pecaminoso do homem. Três grandiosas doutrinas bíblicas ganham espaço na vida do homem, as quais são: a Doutrina de Deus, a Doutrina do Pecado e a Doutrina da Redenção. Existe uma relação essencial entre essas três doutrinas de tal modo que é impossível tratar do pecado sem tratar da Redenção e, naturalmente, ao tratar sobre Redenção, inevitavelmente a relacionamos com a sua fonte, que é Deus.

A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do relato do livro de Gênesis sobre a Queda do homem. Esse relato descreve o princípio da tentação do homem e a sua concessão ao pecado, trazendo maldição à sua vida pessoal e a toda a Terra.

Para entendermos a relação do pecado com o homem, devemos considerar a definição de pecado. Tanto, no Antigo quanto no Novo Testamentos, a palavra “pecado” é sinônima de muitas outras palavras que são usadas na Bíblia e indicam conceitos distintos sobre a mesma. São vários termos que amplificam o conceito de “pecado” nas suas várias manifestações. Entretanto, usaremos apenas um termo hebraico e outro grego, línguas originais da Bíblia, os quais apresentam definições relativas que podem ilustrar o significado da palavra “pecado”.

No Antigo Testamento, o vocábulo hebraico “chata’th” aparece cerca de 522 vezes. O seu termo correlato no Novo Testamento é “hamartia”, e ambos sugerem a idéia de “errar o alvo” ou “desviar-se do rumo”, como o arqueiro antigo que atira suas flechas e erra o alvo. Os termos sugerem e indicam também alguém que erra o alvo propositadamente, ou seja, que atinge outro alvo intencionalmente. Não se trata de uma idéia passiva de erro, mas implica numa ação propositada. Significa que cada ser humano foi criado com um alvo definido diante de si para alcançá-lo. Denota tanto a disposição de pecar como o ato resultante. Em síntese, o homem não foi criado para o pecado e, se pecou, foi por seu livre-arbítrio, sua livre escolha (Lv 16.21; Sl 1.1; 51.4; 103.10; Is 1.18; Dn 9.16; Os 12.8; Rm 5.12; Hb 3.13).

A palavra “hamartia”, no grego do Novo Testamento, já foi citada em correlação com “chata’a” do Antigo Testamento. Entretanto, ambas as palavras, cujo sentido é “errar o alvo”, “perder o rumo ou fracassar”, indicam que o primeiro homem, no princípio, perdeu o rumo de sua vida e fracassou em não atingir o padrão divino estabelecido para a sua vida. Na linguagem do Novo Testamento, a palavra “hamartia” tem ainda um sentido mais forte que a ideia de “fracasso” ou de “transgressão”. A palavra tem o sentido de “poder de engano do pecado”, como em Romanos 5.12 e Hebreus 3.13. Portanto, pecado é mais que um fracasso; é uma condição responsável que implica culpabilidade.

O pecado é um ato livre e voluntário do homem, porque ele é um ser moral, dotado da capacidade de perceber o certo e o errado. O homem é um agente moral livre para decidir o que fazer da sua vida (Ec 11.9).

O pecado é um tipo de mal, porque nem todo mal é pecado. Existem males físicos conseqüentes da entrada do pecado no mundo. Na esfera física, temos um tipo de mal que se manifesta nas doenças. Entretanto, na esfera ética, o mal tem um sentido moral. É nessa esfera moral que se manifesta o pecado. Os vários termos hebraicos e gregos das línguas originais da Bíblia, quando falam do pecado, apontam para o sentido ético, porque falam da prática do pecado, ou seja, dos atos pecaminosos. 

O pecado é, de fato, uma ativa oposição a Deus, uma transgressão das suas leis, que o homem, por escolha própria (livre), resolveu fazer (Gn 3.1-6; Is 48.8; Rm 1.18-22; 1Jo 3.4).

Outra verdade acerca do pecado é o fato de que o pecado tem caráter absoluto. Esse conceito é bíblico e correto. É difícil se fazer distinção ou graduação entre o bem e o mal, porque o caráter de uma pessoa tem um sentido qualitativo. Uma pessoa boa não se torna má porque tenha diminuído sua bondade, mas ela se torna má quando se deixa envolver pelo o pecado. Essa é uma questão de qualidade, e não de quantidade. O pecado não pode ser tratado como um grau menor de bondade, porque o pecado é algo sempre negativo e absoluto. Do ponto de vista bíblico, não há neutralidade quanto ao bem ou ao mal. O que é mal não é mais ou menos mal. Ou se está do lado justo e certo ou se está do lado injusto e errado.

O pecado não é apenas a prática de um ato errado. Como dizia o teólogo Louis Berkhof, “o pecado não consiste apenas em atos manifestos”. O pecado não é apenas aquilo que se pratica erradamente, mas é algo entranhado na natureza pecaminosa adquirida da raça humana. É um estado pecaminoso que desenvolve hábitos pecaminosos os quais se manifestam na vida cotidiana. Todas aquelas tendências e propensões pecaminosas típicas da natureza corrompida de cada um de nós demonstram o estado pecaminoso do ser humano. A Bíblia denomina “carne” a este estado que pode ser controlado por uma vida regenerada (2Co 5.17).

Indiscutivelmente, o pecado trouxe graves consequências ao universo, especialmente à vida na terra. A Bíblia faz várias declarações a respeito da universalidade do pecado. Por exemplo, temos no Antigo Testamento alguns exemplos, tais como “não há homem que não peque” (1Rs 8.46) e “porque à tua vista não há justo nenhum vivente” (Sl 143.2). Paulo, na Carta aos Romanos, disse: “Não há um justo, nenhum sequer; não há quem faça o bem, nenhum sequer”, Rm 3.10-12; “Pois todos pecaram e carecem da gloria de Deus”, Rm 3.10-12. O apóstolo João afirma: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1.8).

Se morte física significa separação de corpo e alma e é parte da pena do pecado, entendemos que, de modo nenhum, a morte física significa a penalidade final. Nas Escrituras, a palavra “morte” é frequentemente usada com sentido moral e espiritual. Isso significa que a verdadeira vida da alma e do espírito é a relação com a presença de Deus. Portanto, a pena divina contra o pecado do homem no Éden foi a separação da comunhão com o Criador.

A morte espiritual tem dois sentidos especiais: um sentido é negativo e o outro é positivo. Em relação à vida cristã, todo crente está morto para o pecado, porque a pena do pecado foi cancelada e ele está fora do domínio do pecado. Trata-se da separação da vida de pecado depois que se aceita a Cristo e é expiado por Ele. Porém, em relação ao futuro, o crente terá a vida eterna, isto é, terá a redenção plena do corpo do pecado (Ap 21.27; 22.15).

O sentido negativo de morte espiritual refere-se à morte no pecado. O crente está morto para o pecado, mas o ímpio está morto espiritualmente no pecado. Significa que o pecador vive em um estado de vida separado de Deus e de sua comunhão. Significa estar “debaixo do pecado” e estar sob o seu domínio (Ef 2.1,5). O efeito desses dois sentidos é presente e temporal. O pecador sem Deus, no presente, está numa condição temporal de excomunhão com Deus, mas, pela graça de Deus, poderá sair desse estado e morrer para o pecado (Ef 4.18; Gn 2.17).

A punição final do pecado é a morte eterna, ou seja, o juízo contra o pecado (Hb 9.27). A morte eterna é a culminância e complementação da morte espiritual. Diz respeito à repugnância da santidade divina que requer justiça contra o pecado e contra o pecador impenitente. Significa a retribuição positiva de um Deus pessoal, tanto sobre o corpo como sobre a sua alma e espírito (Mt 10.28; 2 Ts 1.9; Hb 10.31; Ap 14.11).

Uma das grandes verdades acerca do castigo do pecado é que a justiça de Deus o exige a fim de que ninguém o acuse de injustiça. Ele é o Senhor que pratica a misericórdia, juízo e justiça na terra (Jr 9.24). A questão do pecado encontra resposta e solução quando encontramos na Bíblia a declaração de Paulo de que Deus propôs Jesus Cristo como a propiciação pelo seu sangue, para receber toda a carga da ira de Deus contra o pecado (Rm 3.25). Significa que a cruz foi a forma pela qual Deus castiga o pecado. O próprio Deus, perfeito em justiça, tornou possível a expiação dos pecados por Aquele que se fez nosso justificador completo – Jesus (Rm 3.26).

A Salvação está quando entregamos a nossa vida por inteiro ao Senhor Jesus, reconhecendo, arrependidos, os nossos pecados; e também reconhecendo o sacrifício de Cristo como suficiente para a nossa expiação, procurando agora vivermos sempre conforme a Sua vontade, expressa na Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

* Texto extraído do site CPADNEWS, disponível em: <http://www.cpadnews.com.br/blog/elienaicabral/fe-e-razao/1/a-doutrina-do-pecado.html> Acesso em 16 de Jan. de 2018.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Lição 03 - 2º Trimestre 2021 - Deus criou o papai - Berçário.

 

Lição 03 - Deus criou o papai 

2º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que foi Deus quem criou todos os papais.

É hora do versículo: “[...] o Senhor formou o ser humano [...]” (Gn 2.7).

Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que Deus criou o papai. Não só o dela, mas todos os papais. Converse sempre com a criança, durante a aula, sobre a figura paterna, o amor ao papai e também ao nosso maior de todos os papais, o Papai do Céu.

Na seção É hora das sugestões especiais, sugerimos que você confeccione com os alunos um porta-treco para ser entregue aos papais, e aqui disponibilizamos os moldes em tamanho maior para auxiliá-la na confecção da lembrancinha. Você pode usar E.V.A. ou qualquer papel colorido que tiver. Durante essa semana, junte uma quantidade de garrafas pet suficiente para a quantidade de alunos, mas é sempre bom que sobre porque você não tem ideia dos visitantes daquele dia. Corte o corpinho, a cabeça e a roupa do papai e proceda conforme orientação da revista.   
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 02 - 2º Trimestre 2021 - Deus criou a mamãe - Berçário.

 

Lição 02 - Deus criou a mamãe 

2º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Levar a criança a compreender, através das atividades e exposições, que foi Deus quem criou a mamãe.

É hora do versículo: “[...] o Senhor formou uma mulher [...]” (Gn 2.22).

Trabalhar com os bebês do Berçário é muito gratificante e é de fundamental importância que você saiba que está sendo responsável por conduzir os pequenos ao primeiro contato com a Palavra de Deus. Nesta lição, as crianças serão levadas a compreender que foi o Papai do Céu que criou a mamãe, assim como criou o bebê. Durante este período do Berçário, o relacionamento da criança com a mãe é muito forte, já que a mamãe é o seu primeiro grande amor. Por isso, sugerimos, como complemento para esta aula, que as crianças enfeitem um coração bem bonito para dar para a mamãe. Se a criança for bem pequenina, molhe o dedinho dela na tinta guache vermelha e direcione-o para colorir o coração. Se a criança já for um pouquinho maior, ela já pode, com a sua ajuda e supervisão, colar lantejoulas, laços ou outros enfeites que você tiver disponível.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 03 - 2º Trimestre 2021 - A história das águas amargas - Maternal.

 

Lição 03 - A história das águas amargas 

2º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que em situação de sofrimento — físico ou emocional — as crianças contem com a ação de Deus para transformar as coisas ruins em boas.

Para guardar no coração: “[...] Deus deu leis aos israelitas e os pôs à prova.” (Êx 15.25)

Nesta lição, o aluno vai conhecer a história das águas amargas que Deus transformou em águas doces, boa para consumo. Conforme sugerido na sua revista do professor, leve para a sala uma jarra de água fresca e copos descartáveis. Durante a aula, ofereça a água aos pequenos e diga a importância da água para a vida. Estimule-os para que bebam a água. Reforce que no deserto não é possível encontrar, com facilidade, água boa para beber. Além da narrativa bíblica, os alunos precisam saber que elas também podem contar com o Papai do Céu para transformar as coisas ruins em boas.

Como complemento desta lição, caso haja tempo após a realização de toda atividade proposta na revista, sugerimos um exercício de pintura, recorte e cole. As crianças deverão colorir o deserto, desenhando uma fonte de água. Sugira que as crianças desenhem no deserto algumas plantas e outras coisas mais que encontramos em lugares áridos. As crianças também poderão recortar e colar no deserto aquilo que pode ser encontrado lá.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 03 - 2º Trimestre 2021 - O Nascimento do Primo do meu Amigo - Jd. Infância.

 

Lição 3 - O Nascimento do Primo do meu Amigo 

 2º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão conhecer o ministério de João Batista, reconhecendo-o como mensageiro de Deus e compreender que também devemos ajudar outras pessoas a conhecer Jesus.

É hora do versículo: “[... Alguém está gritando no deserto: preparem o caminho para o Senhor passar [...]” (Mc 1.3)

Nesta lição, os alunos saberão, através da história de João Batista que vivia no deserto e fazia a vontade do Papai do Céu, que podemos ser mensageiros do Senhor, assim como João Batista que falava de Jesus. Muitas pessoas iam até João Batista para ser batizadas por ele no Rio Jordão. Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja algum tempo, sugerimos que você faça cópias da atividade complementar proposta abaixo e entregue para as crianças completarem o caminho levando as pessoas até João Batista a fim de serem batizadas por ele. 

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 02 - 2º Trimestre 2021 - Maria Visita sua Prima -Jd. Infância.

 

Lição 2 - Maria Visita sua Prima 

2º Trimestre de 2021

Objetivos: Os alunos deverão conhecer a história do anúncio do nascimento de João batista e aprender o significado do cântico de Maria como forma de expressar sua alegria e a grandeza de Deus.

É hora do versículo: “A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador” (Lc 1.47).

Nesta lição, “Alegria” é a palavra mais importante! Maria e Isabel compartilharam de tamanha alegria ao ponto de Maria cantar! Cante muitos louvores de agradecimento e gratidão a Deus. Maria estava alegre pela bênção que sua prima recebeu, que era estar gerando um filho, e Isabel estava alegre por saber que Maria seria a mãe do Salvador! Nós também somos alegres e agradecidos por tudo o que o Papai do Céu faz por nós e pelas promessas que cumpre em nossas vidas.

Por este motivo, sugerimos, como atividade complementar, que você imprima a folha a seguir e entregue às crianças para que elas enfeitem bem bonito a palavra “alegria”. Podem usar glítter, fitas, laços, lantejoulas, lápis de cor, tinta guache, aparas de lápis, bolinhas de papel crepom, enfim, o que já estiver disponível em sua sala. Quem estiver mais alegre nesta aula, fará a palavra mais bonita!

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 03 - 2º Trimestre 2021 - A Primeira Mulher - Primários.

 

Lição 3 - A Primeira Mulher 

2º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus criou a mulher e, diante dEle, homens e mulheres são igualmente importantes.

Ponto central: Deus ama homens e mulheres de forma igual. 

Memória em ação: “[...] Não é bom que o homem viva sozinho [...]” (Gn 2.18).

Querido (a) professor (a), como bem sabemos, a Bíblia é uma fonte inesgotável de sabedoria; de uma única passagem podemos tirar inúmeras lições. E é o Espírito Santo quem nos dá e quem expande o nosso entendimento, à medida que buscamos isso nEle. Por isso, a cada aula, ore com sinceridade, clame por sabedoria, o Senhor mesmo te convida: 

– “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes” (Jeremias 33.3).

Como na época em que Cristo desceu de sua glória para cumprir sua missão salvadora, em nossos dias também existem muitos “doutores da Lei”, pessoas que realmente conhecem a Palavra de Deus, são líderes religiosas, mas tais quais os fariseus que crucificaram a Jesus, elas se apegaram apenas à Letra, deixando o Espírito que vivifica (Leia 2 Coríntios 3.6). Portanto, é essencial ao nos achegarmos para ler, entender e ensinar a Bíblia, termos humildade, nos esvaziar de nós mesmos, nos esvaziarmos da interpretação humana da Palavra, e pedirmos, clamarmos fervorosamente, pela voz e compreensão vindas do próprio Espírito de Deus.

Não importa quantos anos temos de crentes, quantas faculdades e cursos teológicos, ou o número de vezes que já lemos a Bíblia, precisamos sempre buscar o entendimento no Espírito Santo, a sabedoria que não é humana, mas a que vem do Alto: “pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia” (Leia Tiago 3.13-17).

Devido à vastidão e variedade de assuntos, aplicações e aprendizados que podem ser extraídos das Sagradas Escrituras, é que, enquanto mestres, ao darmos uma aula sobre ela, precisamos ter em mente o foco em um objetivo. Pedagógica e didaticamente esta metodologia de ensino é mais eficaz e proveitosa, variando na linguagem e conteúdo, de acordo com a faixa etária e nível de conhecimento de sua turma. 

Por esta razão sua revista de Primários sempre lhe destaca logo na apresentação da lição o “Objetivo” e “Ponto Central” que permeará toda sua aula. E o deste próximo domingo precisará ainda mais de sua atenção, por ser um tema que lamentavelmente muitas pessoas foram ensinadas erroneamente, acreditando que homens são superiores às mulheres. Alguns até mesmo distorcem a própria Bíblia para apregoar este engano, que ao longo da história já causou graves males. 

Você sabia, por exemplo, que até pouco tempo atrás era proibido às mulheres cursar faculdades?! Elas jamais poderiam ter determinadas profissões, trabalhos, lhes era proibido votar e até mesmo denunciar o marido ou pedir o divórcio, quando estes as traíam, espancavam e ameaçavam de morte. Assim, muitas de fato morreram, sem nenhuma ajuda ou proteção. 

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Em alguns países muitas leis ainda mantém a situação desta maneira nos dias atuais. Apesar de na nossa Constituição brasileira ser diferente, assegurando direitos iguais às mulheres, na prática, os reflexos de séculos desta desigualdade ainda são vistos todos os dias: nos noticiários; nos assédios em locais públicos; nos salários inferiores, mesmo no desempenho da mesma função que o homem; nas centenas de casos de feminicídios, etc.

A Igreja de Cristo não pode se omitir! “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4.17). Ensine à sua classe, tanto às meninas quanto aos meninos, que fazer alguma coisa em prol de qualquer pessoa ou grupo social oprimido e desamparado é um mandamento bíblico:

Abre a tua boca em favor dos que não podem se defender; sê o protetor dos direitos de todos os desamparados! 

Ergue a tua voz e julga com justiça, defende o pobre e o indigente” (Provérbios 31.8,9).

Há mais de dois mil anos, Jesus se posicionou contra muitas mazelas sociais vergonhosas de sua época e que infelizmente ainda existem na nossa: hipocrisia religiosa (Leia Mateus 23.13-33); fazer “justiça” com as próprias mãos (Leia Mateus 5.38-48); discriminar pessoas, por qualquer que seja o motivo: raça, gênero, posição social, condição financeira, etc. 

Jesus discipulou mulheres e as comissionou a pregarem as Boas Novas, quando judeus nem as dirigiam a palavra ou as permitiam ler a Torá em público/templo; Jesus comeu com publicanos e pecadores – o que era proibido e mau visto pelo povo de Deus; perdoou prostitutas, que pela lei judaica deveriam ser apedrejadas; conversou com samaritanos; tocou leprosos, curou pessoas no sábado... Com o seu exemplo e palavras, Ele nos ensinou a amar a todos, até mesmo os nossos inimigos (Cf. Mt 5.38-48; Jo 13.35).

Como professora você tem a maravilhosa missão e oportunidade de ajudar os pequeninos a se tornarem como Cristo. Essa é origem do termo “cristão”, sermos pequenos Cristos, isto é: agirmos como Ele agiu; combatermos as coisas erradas que Ele combateu; lutarmos em prol dos desfavorecidos e bem comum de nossa sociedade com as “armas” que Ele usou: a Palavra de Deus e o amor (Leia Mateus 22.34-40). 

O que é contrário a estas atitudes e ensinamentos de Jesus pode até ser visto na religião evangélica, nas denominações, templos e igrejas. Mas não tem nada a ver com Cristo.Por tudo isto, querido (a) professor (a), aproveite esta rico instrumento do Senhor que é a Escola Dominical para desde já, ensinar aos pequeninos que Deus criou homens e mulheres, os ama de forma igual e ambos são igualmente importantes.

O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Lição 03 - 2º Trimestre 2021 - O Único - Pré Adolescentes.

 

Lição 3 - O Único 

2º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Isaías 42.8; 1 Reis 18.20-26, 30,36-39.

Caro(a) Professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão que Deus é o único que deve ser adorado. Quando o Senhor tirou o seu povo com mão forte e o libertou da casa da servidão no Egito, uma de suas ordenanças era que o seu povo o adorasse única e exclusivamente (cf. Êx 20.1-6). Deus aborrece a idolatria, seja qual for a época, visto que a adoração aos falsos deuses tem a intenção de profanar a verdadeira adoração ao verdadeiro e único Deus. 

A idolatria é uma forma de negar a existência do único Deus vivo e digno da mais sublime adoração. Mas estas não são as únicas formas de idolatria que existe. Há muitos ídolos que não têm forma ou cara, mas assumem atenção redobrada e prioridade na vida das pessoas. A lição desta semana é uma oportunidade de conscientizar seus alunos a respeito de situações em que o ídolo pode ser uma pessoa, um bem material, uma posição de respeito, um cargo, um emprego ou qualquer outra coisa que tente substituir a atenção devida a Deus. Mostre aos seus alunos que Deus espera receber de cada um de nós a atenção devida ao seu nome e que a adoração a ele seja sincera. 

Antes de refletirmos a respeito da verdadeira adoração que deve ser direcionada somente ao único e verdadeiro Deus é importante compreender a ordenança divina a respeito da idolatria. No contexto de Israel no Antigo Testamento a idolatria obteve lugar acentuado. Infelizmente, a história Israel é marcada pela idolatria, causa de vários problemas e muitas perdas para o povo hebreu. Deus havia prometido que o povo desfrutaria de riqueza e prosperidade ao tomarem posse da Terra Prometida. No entanto, a desobediência fez com que Israel desfrutasse pouco de todas as bênçãos que Deus havia prometido. Na Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (2003, pp. 112,113) encontramos o seguinte comentário a respeito desta ordenança divina:

Os israelitas tinham acabado de chegar do Egito, uma terra de muitos ídolos e deuses. Porque cada deus representava um aspecto diferente da vida, era comum adorar muitos deuses a fim de conseguir o número máximo de bênçãos. Quando Deus disse ao povo para adorá-lo e nEle crer, isto não foi algo tão difícil — Ele seria apenas mais um deus acrescentado à lista. Mas ao dizer-lhes que deveriam adorar somente a Ele, o povo teve dificuldade de aceitar. O fato é que se eles não aprendessem que o Deus que os tirara da terra do Egito era o único Deus verdadeiro, não poderiam ser o seu povo — não importa quão fielmente guardassem os outros nove mandamentos. Assim, Deus fixou este mandamento em primeiro lugar e o enfatizou mais que os outros. Hoje, podemos permitir que muitas coisas se tornem nossos ídolos (dinheiro, fama, trabalho ou prazer) quando nos concentramos excessivamente nelas em busca de identidade pessoal, significado da vida e segurança. Inicialmente, ninguém se posiciona com a intenção de adorar estas coisas, mas, após algum tempo de dedicação, elas transformam-se nos deuses que por fim controlarão nossos pensamentos e esforços. Dedicar a Deus o lugar central em nossa vida impede que essas coisas se tornem ídolos.

A sociedade onde estamos inseridos prega, cotidianamente, o consumismo e a busca pela satisfação pessoal. São sentimentos e pensamentos que predominam nas pessoas e as escravizam para longe da presença de Deus. O Senhor não proíbe os seus servos de conquistarem riquezas e prosperidade, mas é fundamental que estas não se tornem prioridade a ponto de deixarem a adoração sincera que deve ser dedicada somente a Ele. É preciso encontrar o equilíbrio em todas as áreas da vida, inclusive, no que diz respeito à adoração a Deus.

Nesse contexto, converse com seus alunos a respeito do relacionamento com Deus. Leve-os a refletir sobre as coisas que têm ocupado o lugar de Deus em suas vidas. Quanto tempo seus alunos gastam orando e lendo a Bíblia? São assíduos nos cultos, especialmente na Escola Dominical? Essas e outras perguntas poderão ser feitas com a finalidade de seus alunos repensarem de que forma estão administrando a vida espiritual. Não há outro razão pela qual observar os mandamentos do Senhor a não ser a adoração sincera ao Único e Verdadeiro Deus. Que Deus o direcione nesta caminhada e que a sua dedicação contribua de forma eficaz no desenvolvimento espiritual de seus alunos.

Tenha uma boa aula! 

Lição 03 - 2º Trimestre 2021 - Em Jesus Cristo, o nosso Salvador - Adolescentes.

 

Lição 3 - Em Jesus Cristo, o nosso Salvador 

2º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: João 1.1-18

Destaque: João disse o seguinte a respeito de Jesus: — Este é aquele de quem eu disse: “Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia.” (Jo 1.15)

Objetivos
#Conhecer
 Jesus de Nazaré;
#Estudar sobre como Jesus viveu e morreu;
#Crer na ressurreição de Jesus e na sua divindade.

Querido professor (a), Na aula desta semana há uma sugestão de conclusão de aula na seção “Quebrando a Rotina”. A proposta é que o professor fale sobre as duas naturezas e os títulos apresentados na pessoa de Jesus Cristo: Divindade, Humanidade e Ofícios. Para isso destacaremos trechos da obra Teologia Sistemática Pentecostal, a fim de equipar o (a) prezado (a) professor (a) de maiores informações de natureza teológica:

A HUMANIDADE DE JESUS

Cristo humanizou-se para aniquilar o que tinha o império da morte, o Diabo. O autor de Hebreus mostra isso de maneira sublime e sem igual: ‘E, visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo’ (Hb 2.14).Esse triunfo de Cristo sobre o inimigo e seu império anulou a ‘cédula’ que era contra nós (Jo 5.24; Ap 2.11). Por isso, o apóstolo Paulo, inspirado por Deus, afirmou: ‘Havendo [Cristo] riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em sim mesmo’ (Cl 2.14,15).

A DIVINDADE DE JESUS

[...] Onipotência. Nas Escrituras é apresentado o supremo pode pessoal do Filho de Deus, evidenciando-se os seus atributos naturais e morais, próprios do Deus Pai [...] (Is 9.6).

Onipresença. [...] Como Filho do homem (sua humanidade), Ele estava limitado às dimensões geográficas: quando estava na Galileia, não se encontrava, é claro, na Judeia. No entanto, como Filho de Deus (sua divindade), sempre esteve presente em todo lugar (Mt 28.20).

Onisciência. ‘Se Jesus é onisciente, por que confessou, em certa ocasião, não saber o dia nem a hora de sua vinda?” Como coexistiam Deus e Homem numa mesma Pessoa, sabemos que ‘toda a plenitude’ da divindade encontrava-se em Jesus Cristo. Daí o profeta Isaías ter afirmado profeticamente que Ele seria possuidor da septiforme sabedoria divina [...] (Is 11.2). Quando Jesus disse: ‘Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai’ (Mc 13.32), fê-lo como Homem, não se valendo do seu atributo divino da onisciência. Ao dizer ‘nem o Filho’, expressou a sua humilhação e seu esvaziamento decorrentes da encarnação (Fp 2.6-8).

SACERDOTE, REI E PROFETA

[Sacerdote]. [...] A ordem sacerdotal à qual Jesus pertenceu não tinha origem nem numa família e nem numa tribo [...] (Hb 7.14). Portanto, Jesus pertence à ordem sacerdotal eterna e especial, como vemos em vários lugares da Epístola aos Hebreus (2.17; 3.1; 4.14,15; 5.6,10; 6.20; 7.11-28; 8.1; 9.11; 10.21). No que diz respeito à semelhança com Melquisedeque, as aplicações simbólicas parecem ser estas: Cristo é o Rei-Sacerdote, tal como aquele (Gn 14.18; Zc 6.12,13); Cristo é o Rei justo de Salém ou Jerusalém (Is 11.5); Cristo é o Rei eterno, não havendo registro do seu início no tempo (Jo 1.1; Hb 7.3). Nunca tendo sido nomeado por homem algum para o seu ministério (Sl 110.4; Rm 6.9; Hb 7.23-25) e como o mesmo também não terá fim, assim Ele não teve ‘... princípio de dias nem fim de vida’, conforme é dito acerca de Melquisedeque. Portanto, embora a obra de Cristo tenha seguido ao padrão do sacerdócio araônico, a alusão a Melquisedeque fala sobre sua autoridade real, sua eternidade e a natureza perene de sua obra.

Cristo como Rei dos reis. Observando-se as regras naturais da realeza, a criança nasce príncipe e depois se torna rei. Mas a realeza de Jesus é sem igual, especial. Ele já nasceu Rei: ‘Onde está aquele que é nascido rei dos judeus’ (Mt 2.2). O próprio Senhor, quando arguido por Pilatos sobre a sua origem Monárquica, respondeu-lhe: ‘Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci...’ (Jo 18.33,37).

Cristo como Profeta. A promessa de que Deus levantaria um Profeta ‘semelhante a Moisés’ teve cumprimento em Cristo (Dt 18.18). As Escrituras do Novo Testamento afirmam que Jesus ‘...foi varão profeta, poderoso em obras e palavras’ (Lc 24.19), assim como fora Moisés (At 7.22)” 

A Paz do Senhor Jesus!

Flavianne Vaz 
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD 

Fonte: SILVA, Severino Pedro da. Cristologia: a Doutrina de Cristo In. GILBERTO, Antonio; ANDRADE, Claudionor; ZIBORDI, Ciro. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.120-21,28-29,44-45.