terça-feira, 18 de setembro de 2012

Lição 13 - 3º Trim. 2012 - A Verdadeira Motivação do Crente.


Lição 13
A VERDADEIRA
MOTIVAÇÃO DO CRENTE
23 de setembro de 2012 

TEXTO ÁUREO  

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e,
 fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto;
 e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará (Mt 6.6) 

VERDADE PRÁTICA  

A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder,
 mas em viver para glorificar a Cristo.
 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO  

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e,
 fechando a tua porta,  ora a teu Pai, que vê o que está oculto; 
 e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará (Mt 6.6) 
O texto áureo deste domingo é uma citação do Senhor Jesus Cristo registrado no Evangelho de Mateus 6.6, esse ensinamento do Senhor não condena a adoração pública, mas condena a atitude de espetáculo, teatral, envolvida nessas orações em público.
Orações sem comunhão com Deus não passa de religiosidade teatral, é inútil e apenas perda de tempo, infelizmente no tempo do Senhor Jesus havia muitos homens denominados “homens de oração”, mas que não passavam de atores, eram profissionais de oração, falavam bonito, gesticulavam com grande emoção, mas não tinham comunhão com o Senhor, era apenas para ser vista e admirada pelos homens.
O Senhor nos convida a orarmos realmente para o nosso Pai e não para ser visto pelos homens. Quando Ele fala de aposento, no original grego é despensa, ou seja, o lugar onde somente o responsável pela dispensa tinha acesso, portanto, um lugar onde jamais seria visto por alguém, a idéia é de um lugar reservado com exclusividade entre o fiel e o Senhor.
Jesus nos convida a orarmos somente voltado ao Senhor, sem preocupação com o público, sem rituais para ser visto pelos homens e impressioná-los.
Embora não haja censura a oração pública, na sinagoga, igreja, praça, ou com as porta abertas, em horários pré determinados, mas, sim, condena o costume de orar em lugar público somente para impressionar a atenção alheia, para que os outros fiquem admirados com a “piedade” o orador. O Senhor nos convida a oração exclusivamente a Ele, daí a necessidade de lugar reservado, privado, com as portas fechadas.
Portanto, a idéia explícita do nosso texto áureo (Mateus 6.6) Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”, ensina o orarmos com humildade, com toda a atenção ao Senhor e apenas a Ele e para Ele, dessa maneira o Senhor Jesus tirou a oração dos exageros e gestos teatrais, tornando-as parte do santuário exclusivo a Ele.  

RESUMO DA LIÇÃO 13  

 A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE  
I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
1. O crente fiel dispensa a vaidade.
2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar.
3. O crente fiel não se porta soberbamente.
 
II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA
1. O que é fama.
2. O problema. 
III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA
1. A verdadeira sabedoria.
2. A simplicidade.
3. O equilíbrio.  

INTERAÇÃO 

A palavra vaidade no meio evangélico, muitas vezes, é compreendida de maneira equivocada. De acordo com Salomão, “tudo o que passa” (Ec 1.2; 12.8);
A palavra “vaidade” aponta para a ideia de hipervalorização pessoal: a busca intensa de reconhecimento e admiração dos outros. É o desejo intenso do poder pelo poder; das riquezas pelas riquezas; da fama pela fama. Isso sim é o pleno mundanismo batendo nas portas de muitos arraias evangélicos! Verdadeiramente, essa não é a verdadeira motivação do crente. E muito menos a do Evangelho de Jesus de Nazaré!  

OBJETIVOS 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Compreender qual deve ser a verdadeira motivação do crente.
·   Conscientizar-se de que não fomos chamados para a fama.
·   Saber que o anonimato não é sinônimo de derrota.  

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA  

Leve para a classe jornais e revistas antigos. Distribua entre os alunos e peça para pesquisarem reportagens e figuras de pessoas “famosas” (artistas, cantores de música gospel, pregadores, políticos, etc.) de cunho secular e evangélico. Depois, peça que os alunos comentem as figuras e em seguida discuta com a classe as seguintes questões:
“O que é fama?”. “Qual a diferença entre ser famoso e ser bem-sucedido?”. Conclua explicando que devemos seguir o exemplo de Jesus. Ele nunca buscou a fama e até incentivou a prática anônima da vida cristã. O anonimato não é sinônimo de derrota. 

COMENTÁRIO

introdução 
 
Palavra Chave
Motivação: 
Ato ou efeito de motivar; motivo, causa. 
Vivemos numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser. Sofremos pressões diárias para vivermos de forma materialista. Fama, poder e influência política procuram atrair-nos.
No entanto, quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no anonimato, perde o total controle da situação. Ela percebe não ser mais o centro das atenções. Nesta lição, estudaremos como o crente deve lidar com o anonimato em sua vida. Certamente não é a vontade de Deus que seus filhos busquem o estrelato terreno, mas o verdadeiro sentido de viver à luz do exemplo de simplicidade evidenciado na vida de Jesus de Nazaré.  
I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE 
1. O crente fiel dispensa a vaidade. Além de significar o que é “vão” ou “aparência ilusória”, o termo vaidade, segundo o dicionário Houaiss, designa a ideia de “valorização que se atribui à própria aparência”. É o desejo intenso de a pessoa ser reconhecida e admirada pelos outros. Isso é vaidade! E a motivação verdadeiramente cristã a dispensa.
Quando lemos as Sagradas Escrituras percebemos que “o buscar a glória para si” é algo absolutamente rechaçado pela Palavra de Deus (Jo 3.30).
A Palavra revela que o servo de Cristo não deve, em hipótese alguma, ser motivado por essa cobiça (Mc 9.30-37). 
2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar. Ao lançar mão de uma criança e apresentá-la entre os discípulos, ensinava o Senhor Jesus uma extraordinária lição: no coração do verdadeiro discípulo deve haver a mesma inocência e sinceridade de um infante (Mc 9.36). Entre os seguidores do Mestre não pode haver espaço para disputas, intrigas e contendas. No Reino de Deus, quem deseja ser o “primeiro” revela-se egoísta, mas quem procura servir ao próximo é chamado pelo Mestre para ser o primeiro (Mc 10.42-45). Aqui, se estabelece a diferença entre o vocacionado por Deus e o chamado pelo homem. 
3. O crente fiel não se porta soberbamente. O livro de Provérbios demonstra com abundantes exemplos e contundentes palavras do que o ser humano é capaz quando o seu coração é dominado pela soberba e pelo desejo desenfreado pela fama (Pv 6.16-19; 8.13).
Ele “se apressa em fazer perversidade”; “usa de língua mentirosa”; “semeia contendas entre irmãos”; e, “com olhos altivos”, assiste as consequências dos seus atos sem stanejar, arrepender-se ou sensibilizar-se. Isso, absolutamente, não é a verdadeira motivação do crente fiel! Pelo contrário, a motivação do discípulo do Meigo Nazareno está em servir ao Senhor com um coração íntegro e sincero diante de Deus e dos homens (Jo 13.34,35).  
SINOPSE DO TÓPICO (I) 
A verdadeira motivação cristã dispensa a vaidade, não deseja o primeiro lugar e não se porta soberbamente.  
II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA
 
1. O que é fama. É o conceito (bom ou mau) formado por determinado grupo em relação a uma pessoa. Para que tal conceito seja formado em relação a si, é preciso tornar-se o centro das atenções. Lamentavelmente, a síndrome de “celebridade” chegou aos arraiais evangélicos. Porém, é preciso refletir: O ser humano, criado por Deus, foi feito para a fama? O homem, como o centro das atenções, é algo cristão? Uma classe de privilegiados e outra de meros coadjuvantes é projeto de Deus à sua Igreja? Desenvolver o poder de influência política e midiática, segundo as categorias desse mundo, é expandir o reino divino? Uma breve meditação em poucos textos bíblicos seria o bastante para verificarmos que a resposta a todas essas indagações é “não” (Jo 3.30; 5.30; 8.50; Rm 12.16; 2 Co 11.30). 
2. O problema. O espaço na mídia oferece a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em todas as coisas, gerando em muitos corações, até mesmo de crentes, uma aspiração narcisista pelo sucesso (2 Tm 3.1-5). Cuidado! Quando a fama sobe à cabeça, a graça de Deus desaparece do coração! Buscar desenfreadamente a fama é a maior tragédia na vida do crente. Este, logo perde a essência da alma e a sua verdadeira identidade cristã. Nessa perspectiva, o Evangelho declara: “Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?” (Lc 9.25).  
SINOPSE DO TÓPICO (II) 
O ser humano, criado por Deus, não foi feito para a fama. 
III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA  
1. A verdadeira sabedoria. O livro de Eclesiastes relata a história de um pobre homem sábio que livrou a sua cidade das mãos de um rei opressor (Ec 9.13-18). No entanto, o povo logo o esqueceu. Ele, porém, não deu importância alguma para isso, pois o que mais queria era livrar, de uma vez por todas, a sua querida cidade das mãos do tirano. A fama e o desejo de ser reconhecido passavam longe do seu coração. Afinal, o que caracteriza a verdadeira sabedoria é o “temor do Senhor” (Pv 1.7). 
 
2. A simplicidade. O maior exemplo de simplicidade e equilíbrio temos na vida de Jesus de Nazaré. A leitura bíblica em classe descreve-nos a sábia atitude de Jesus em não deixar-se seduzir pela fama e retirar-se na hora apropriada. O Nazareno sabia exatamente da sua missão a cumprir (Jo 5.30). Quando percebeu que a multidão desejava fazer dEle um referencial de fama, Cristo retirou-se para não comprometer a sua missão (Mc 1.45). O Mestre é o nosso maior exemplo de simplicidade e equilíbrio no trato com as ultidões.
Enquanto estas o procuravam, Ele se refugiava em lugares desérticos (Mt 14.13; Mc 1.45).
 
3. O equilíbrio. No mundo contemporâneo, somos pressionados a sermos sempre os melhores em todas as coisas. O Evangelho, entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse fardo mundano (Mt 11.30). Você não precisa viver o estresse de ser quem não é! Você deve tornar-se o que o Senhor o chamou para ser. Não tente provar nada a ninguém. O Filho de Deus conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas intenções, pensamentos e desejos mais íntimos. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar fama. A ilusão midiática não passa disso — é apenas uma ilusão! Nunca foi a vontade de Jesus que seus filhos se curvassem à fama, ao sucesso, à riqueza ou ao poder. Façamos o contrário, prostrando-nos aos pés de Cristo e fazendo do Calvário o nosso verdadeiro esteio. Se há alguma coisa em que devemos gloriar-nos, que seja na Cruz de Cristo (1 Co 2.2; Gl 6.14).  
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira sabedoria cristã consiste na simplicidade
 e no equilíbrio (bom senso) das coisas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como estudamos na lição de hoje, a fama não pode ser a motivação do crente. E o anonimato não significa derrota alguma para aqueles que estão em Cristo Jesus. O Meigo Nazareno chega a incentivar a prática anônima da vida cristã (Mt 6.1-4). A pureza, a simplicidade e a sinceridade são os valores do Reino de Deus que nem sempre são entendidos pelos incrédulos. Todavia, somos chamados a manifestar esses valores em nossa vida. Portanto, não se preocupe com o anonimato, mas seja o seu desejo em agradar ao Senhor que criou os céus e a terra. Pois estes manifestam a sua existência e provam que Ele esquadrinha as intenções dos nossos pensamentos e corações. 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 

 

LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as questões morais do nosso tempo.
 1.ed., RJ: CPAD, 2002.
CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã
 — Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed., RJ: CPAD, 2000.  

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO  

Subsídio Bibliológico 
“Os Apelos da Consciência
O apóstolo Paulo entendeu a ligação entre uma consciência cristã e uma mente espiritual. Ele escreveu: ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo’ (1 Co 2.15,16). O cristão que tem a mente de Cristo conhece a sua vontade e seu propósito, por isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais estabelecidos por sua Palavra. Quando praticamos alguma ação, dizemos uma palavra, pensamos algo ou adotamos alguma atitude, devemos agir com uma mente espiritual. Ao avaliar essas várias situações, nossa consciência acenderá sua luz verde ou vermelha, concordando ou discordando; acusando ou defendendo. O julgamento da consciência será de acordo com o senso de justiça que a estiver dominando, se estiver purificada, jamais ela concordará com o erro; se contaminada, ela não conseguirá julgar corretamente. Devemos sempre comparar nossas ações à luz da justiça que a Bíblia apresenta. Nossas ações devem corresponder à uma consciência baseada na Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17)” (CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã — Um desafio à ética dos tempos modernos. 
1.ed., RJ: CPAD, 2000, p.134).

Complemento da Lição 13 - 3º Trim. 2012.


Texto Bíblico: Marcos 1.35-45 

 CRESCENDO À SEMELHANÇA DAS CRIANÇAS

Por  David Jeremiah

Se queremos adorar em espírito e em verdade, precisamos redescobrir a capacidade de nos maravilharmos, a qual Deus colocou dentro de cada um de nós. Ela foi distorcida pelo pecado, de forma que nossas percepções foram confundidas. O oposto preciso de maravilha é ceticismo, e eu duvido que alguma vez houve um tempo mais caracterizado por ceticismo que este em que vivemos. Se não tivermos cuidado, cairemos nesta armadilha.

Afinal de contas, o ceticismo está no ar cultural que respiramos diariamente. A menos que você viva em uma ilha deserta, passa mais tempo exposto a atitudes céticas do que comendo ou se exercitando.

Pense em nossos programas de televisão. Considere os filmes a que nossos jovens assistem e a música que pulsa em seus fones de ouvido.

Depois de 11 de setembro de 2001, houve muita discussão na mídia sobre “a morte da ironia”, mas na realidade pouco mudou. Há uma cultura do sarcasmo que tem, há décadas, se infiltrado em nossa mídia e chega até nós através de muito de nossos líderes a fim de infectar a todos.

Frequentemente digo que não vejo como um servo compromissado com Cristo pode manter uma atitude sarcástica a título de humor, porém temos muito poucos outros modelos diante de nós. Depois de um tempo, não nos maravilhamos mais com Oz, o Grande e Poderoso ― estamos esticando nossos pescoços para achar o pequeno homem encolhido atrás da cortina. Estamos certos de que deve haver um, pois tudo parece ser uma fraude e subterfúgio.

Enquanto o pregador está nos falando sobre Deus, estamos desejando saber quanto pagam a ele para pregar o sermão. O ceticismo é uma infecção mortal que corrói nossa habilidade pueril de sermos surpreendidos e nos maravilharmos. Ele corrói nossos canais de adoração, e esta é uma doença terminal.

Este não é um problema novo, naturalmente. Jesus enfrentou os céticos a cada esquina. Não só os fariseus eram incapazes de participar da experiência maravilhosa dos seus milagres e ensinos, mas até mesmo os seus próprios discípulos constantemente falhavam em alcançar um entendimento maior.

Tantas das suas parábolas convidavam os ouvintes a se maravilhar ante à grandeza do Reino de Deus, mas quase todos não entenderam o essencial.

Finalmente, como não pudessem ver o quadro maior, Ele lhe deu um pequeno. Pôs em seu colo uma criancinha. Os discípulos foram surpreendidos; eles achavam que as crianças não eram merecedoras do tempo do Mestre, e geralmente as mantinham à parte:

Mas Jesus, chamando-as para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele.

― Lucas 18.16,17

O tema principal aqui, naturalmente, é a humildade. (Mateus 18 nos fala que os discípulos estavam discutindo ― outra vez ― sobre quem seria o maior no Reino de Jesus.) Todavia, humildade e maravilha andam de mãos dadas. Nossa fé precisa ser pueril, não infantil. Precisamos redescobrir o temor de Deus. Muito do cristianismo contemporâneo, como nós percebemos, se refere a Deus em termos muito casuais, como principal Melhor Amigo ― o que, naturalmente, Ele é. Mas se não tivermos cuidado, nós o colocamos do nosso tamanho. Então nosso Deus se torna muito pequeno. Não precisamos de um deus conveniente e compacto.

Precisamos daquEle que nos faça cair de joelhos, que nos deixe mudos, que faça nossos olhos brilharem com o seu fogo e nos despeça como pessoas transformadas. E precisamos deste Deus a cada momento do dia.

Texto extraído da obra “O Desejo do Meu Coração: Vivendo Cada Momento na Maravilha da Adoração”, editada pela CPAD.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

LIÇÃO 12 - 3º TRIM. - 2012 - AS DORES DO ABANDONO.


Lição 12
AS DORES DO ABANDONO
16 de setembro de 2012  

TEXTO ÁUREO  

Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca (Sl 68.6).
 

VERDADE PRÁTICA  

Ainda que sejamos abandonados por parentes,     
amigos ou irmãos, Deus jamais nos desamparará.
 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO  

Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca (Sl 68.6)
O Salmo de número 68 é de autoria de Davi, seu contexto demonstra e fala sobre a vitória de Deus sobre os seus inimigos.
No entanto, especificamente sobre o versículo 6 objeto do nosso estudo, declara que o Senhor acaba com a solidão humana. No livro do Gênesis o Senhor ao criar o primeiro ser humano, Adão, observa que não é bom que o homem estivesse sozinho, o Senhor é contra a solidão (Gn 2.18), por isso fez um outra ser humano, uma mulher, Eva, para que juntos pudessem desfrutar de plena comunhão, objetivos comuns, sonhos etc. Falando sobre abandono e solidão, no Novo Testamento, encontramos um comentário de Bacon, bastante interessante sobre a experiência do apóstolo Paulo: “Na ocasião em que foi abandonado por todos, Paulo recorda como Deus foi fiel: ‘Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto não seja imputado’ (2 Tm 4.16). [...] Paulo se recusou a ficar amargurado por esta experiência. Sua oração pelos que o abandonaram é quase idêntica à oração de Estêvão por seus assassinos: ‘Senhor, não lhes imputes este pecado’ (At 7.60).
Mas Deus permaneceu fiel: ‘Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão’ (2 Tm 4.17). O apóstolo está se referindo à preponderância que teve ao enfrentar ousadamente seus inimigos na audiência e ao testemunho fiel do evangelho de Cristo, de que recebeu capacitação para testificar na mesma ocasião. “Ficar livre da boca do leão foi um triunfo interior e espiritual em toda essa dificuldade que os lacaios de Satanás puderam lhe causar” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.9., 1.ed., RJ: CPAD, 2005, p.535). 
 

RESUMO DA LIÇÃO 12  

 AS DORES DO ABANDONO  
I. O ABANDONO FAMILIAR
1. Na doença
2. No vício
3.- Na melhor idade  
II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCIEIS
1. No desemprego
2. Da amizade
3.- Da igreja  
III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA
1. Na angústia
2. O amigo
3.- A sua igreja. 

INTERAÇÃO  

Quem nunca se sentiu solitário ou abandonado ao atravessar um momento de dor e dificuldade? Os amigos e familiares podem até nos abandonar, mas temos um Deus que jamais nos desampara. Ele não nos deixa só (Is 49.15). As adversidades da vida muitas vezes embaçam os nossos olhos nos impedindo de ver o livramento do Senhor. Todavia Ele está conosco. Enfatize essa verdade durante o decorrer da lição, e mostre que como servos de Deus não podemos abandonar nossos irmãos, antes devemos consolá-los com o mesmo consolo que recebemos do Senhor.  

OBJETIVOS  

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Reconhecer a dor que um abandono familiar pode causar.
·   Discutir a respeito do abandono em momentos difíceis.
·   Conscientizar-se de que Deus jamais nos abandona.  

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA  

Inicie a lição fazendo a seguinte indagação:
 “O que fazer diante do abandono?”.
Esta é uma situação muito difícil e que causa muita dor emocional, mágoas e ressentimentos. Porém, podemos tomar duas atitudes: - a primeira é ter a consciência e a certeza de que Deus, como um Pai amoroso e bondoso, nunca nos deixa (Isaías 49.5).  - a segunda é perdoar os que nos abandonaram e desprezaram. Perdoar não é algo fácil.
Todavia, é preciso para que possamos seguir em frente e sermos vitoriosos. Conclua lendo o texto áureo da lição.  

COMENTÁRIO  

introdução  
Palavra Chave
Abandono: 
Deixar só, desamparar.  
Hoje, estudaremos dos efeitos que o abandono ocasiona na vida do servo de Deus. Não é novidade para ninguém, que é justamente nos momentos de angústia e aflição, que o ser humano sente-se esquecido por todos, inclusive pelos mais chegados. Todavia, consola-nos saber que o Senhor nunca abandona os seus filhos. Ele não os esquece. Aliás, o Pai Celeste conhece cada um de nós pelo nome. Quando o Senhor subiu ao céu, não nos deixou órfãos: enviou-nos o Espírito Santo, para consolar-nos e guiar-nos em todas as coisas (Jo 14.16).  
I. O ABANDONO FAMILIAR 
1. Na doença. Ninguém está imune às doenças, mesmo aqueles que professam servir a Deus (Gn 3.16-19). Por isso, quando enfermos, todos nós precisamos de ajuda e auxílio especializados. Infelizmente, há famílias que, nesses momentos, não suportando o estresse, acabam abandonando o doente à própria sorte, principalmente em se tratando de casos crônicos. Os que agem desta maneira demonstram não possuir ainda o genuíno amor cristão. A pessoa enferma necessita do apoio, do carinho e da dedicação dos seus familiares, para vencer e suportar a enfermidade. Não podemos nos esquecer, ainda, dos casais que se divorciam quando um dos cônjuges adoece. Deus não aprova tal atitude   (Mt 19.6).  
2. No vício. Geralmente é na fase da adolescência que se conhece e se começa a consumir o fumo e o álcool e até drogas ilícitas. Muitos entram no submundo das drogas por carência afetiva, curiosidade ou para ser aceito por um determinado grupo social.
A pessoa viciada perde a noção do certo e do errado e, para satisfazer o vício, é capaz de roubar e até matar. Alguns cometem suicídio porque se sentem sozinhos e abandonados por amigos e familiares. Lidar com viciados não é tarefa fácil. Mas é nessa hora que a família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-los a livrarem-se das drogas     (1 Tm 5.8). 
3. Na melhor idade. A terceira idade, também chamada de melhor idade, é composta por aqueles que passaram dos sessenta anos. Em nossa sociedade, os idosos não são prezados, e algumas famílias chegam até a desampará-los. Muitos são colocados em casas de repouso, ou asilos, e lá permanecem sem assistência alguma. As Escrituras relatam que os mais velhos devem ser respeitados e ouvidos pelos mais novos (Js 23.1,2; Lm 5.12,14). O mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe continua válido para os dias atuais (Ef 6.1-3). 
SINOPSE DO TÓPICO (I) 
Os filhos jamais devem desamparar os pais, pois o mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe continua válido para os dias atuais.  
II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS 
 
1. No desemprego. No desemprego, a situação financeira complica-se e o padrão de vida sofre drástica queda. Nesse momento é que conhecemos, de fato, nossos verdadeiros amigos (Lc 15.11-32). Até os familiares desaparecem, pois temem emprestar-nos dinheiro e ouvir-nos as lamúrias. O Senhor Deus, porém, não deixa seus filhos ao desamparo. Ele envia-nos o recurso necessário (Sl 37.25).   
2. Da amizade.  Todos sonhamos ter uma amizade parecida com a de Davi e Jonatas e com a de Rute e Noemi (1 Sm 18.1; Rt 1.8-18). Uma amizade desinteressada e verdadeiramente cristã. No momento da dor, Noemi encontrou em Rute um forte esteio e Davi descobriu em Jonatas um verdadeiro e leal protetor. Infelizmente, muitas pessoas são abandonadas e traídas por aqueles que pareciam grandes amigos. Até mesmo o apóstolo Paulo sentiu a dor do abandono: “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado” (2 Tm 4.16). O Senhor, porém, assistiu e fortaleceu o apóstolo. A Palavra de Deus adverte-nos a não abandonar o amigo (Pv 27.10). Sejamos, pois fiéis, leais e amorosos (Pv 17.17). 
3. Da igreja. A igreja é o local onde o abandonado e solitário deveria encontrar amigos e irmãos (Mc 10.29,30). Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus membros e congregados; não os visitam, não oram por eles e nem lhes tratam as feridas. O Senhor Jesus, porém, interessa-se por cada uma de suas ovelhas em particular. É chegada a hora de olharmos com mais carinho por aqueles que necessitam de nossos cuidados. Olhemos também pelos missionários que, muitas vezes abandonados, experimentam privações de toda sorte. Somos um só corpo e, como tal, devemos cuidar e zelar uns pelos outros, para que a Igreja de Cristo desfrute perfeita saúde (1 Co 12.12).  
SINOPSE DO TÓPICO (II) 
O Senhor nunca desampara seus filhos.  
III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA            
1. Na angústia. Elias muito se angustiou, por causa das perseguições que lhe movia Jezabel (1 Rs 18.40; 19.1-3). Temendo por sua vida, o profeta fugiu para o deserto e, ali, desejou profundamente a morte (1 Rs 19.4). Após caminhar quarenta dias e quarentas noites até Horebe, escondeu-se numa caverna (1 Rs 19.8). Ele muito se entristeceu porque achava ser o único crente em todo o Israel. O Senhor, porém, animou-o, revelando-lhe que reservara sete mil servos fiéis, em todo aquele reino, semelhantes a ele (1 Rs 19.14,18). Quantas pessoas não se sentem exatamente assim? O Senhor nunca nos desampara. Nas horas de aflição, sempre faz-se presente (Sl 50.15). 
2. O amigo. Abraão foi chamado de amigo de Deus (Tg 2.23). Será que podemos ter o mesmo privilégio? Jesus chamou seus discípulos de amigos, quando o esperado era que os tratasse como servos (Jo 15.15). Ele é o amigo fiel; não nos abandona na hora difícil.
Na tempestade, livrou os discípulos do naufrágio iminente. Ele multiplicou pães e peixes e ressuscitou seu amigo, Lázaro (Mc 4.35-41; Jo 6.1-15; 11.11). Aleluia! Ao morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior prova de amor e lealdade que um amigo pode dar (Jo 15.13). Cristo, o amigo verdadeiro, morreu na cruz do Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para você ter esse amigo fiel ao seu lado, basta aceitá-lo como seu salvador pessoal. 
3. A sua Igreja. Dias antes de sua morte, Jesus assegurou aos discípulos que não os deixaria sozinhos, pois haveria de enviar-lhes o Consolador (Jo 14.26). Ele não abandona a sua Igreja. A promessa foi cumprida no dia de Pentecostes, quando os discípulos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2). É o Espírito Santo que convence o homem do pecado, guiando-nos em todas as coisas. O Senhor cumpriu a sua Palavra. Por isso, quando o sentimento de abandono e solidão nos sobrevier, busquemos a Deus em oração e, assim, sentiremos a doce e confortável presença do Espírito Santo. 
SINOPSE DO TÓPICO (III) 
Jesus não nos deixou sozinhos, Ele enviou-nos o Consolador.  
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ainda que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele está ao nosso lado. O seu Espírito orienta-nos em todas as nossas provações. Portanto, recorramos a Ele em nossas necessidades. Por outro lado, não nos esqueçamos de socorrer os que se acham em lutas e tribulações. É o que nos recomenda a lei do amor que nos entregou o Senhor Jesus. O seu mandamento é claro: amai-vos uns aos outros.  

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA  

Comentário Bíblico Beacon. Vol.9., 1.ed., RJ: CPAD, 2005.