terça-feira, 18 de setembro de 2012

Lição 13 - 3º Trim. 2012 - A Verdadeira Motivação do Crente.


Lição 13
A VERDADEIRA
MOTIVAÇÃO DO CRENTE
23 de setembro de 2012 

TEXTO ÁUREO  

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e,
 fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto;
 e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará (Mt 6.6) 

VERDADE PRÁTICA  

A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder,
 mas em viver para glorificar a Cristo.
 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO  

Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e,
 fechando a tua porta,  ora a teu Pai, que vê o que está oculto; 
 e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará (Mt 6.6) 
O texto áureo deste domingo é uma citação do Senhor Jesus Cristo registrado no Evangelho de Mateus 6.6, esse ensinamento do Senhor não condena a adoração pública, mas condena a atitude de espetáculo, teatral, envolvida nessas orações em público.
Orações sem comunhão com Deus não passa de religiosidade teatral, é inútil e apenas perda de tempo, infelizmente no tempo do Senhor Jesus havia muitos homens denominados “homens de oração”, mas que não passavam de atores, eram profissionais de oração, falavam bonito, gesticulavam com grande emoção, mas não tinham comunhão com o Senhor, era apenas para ser vista e admirada pelos homens.
O Senhor nos convida a orarmos realmente para o nosso Pai e não para ser visto pelos homens. Quando Ele fala de aposento, no original grego é despensa, ou seja, o lugar onde somente o responsável pela dispensa tinha acesso, portanto, um lugar onde jamais seria visto por alguém, a idéia é de um lugar reservado com exclusividade entre o fiel e o Senhor.
Jesus nos convida a orarmos somente voltado ao Senhor, sem preocupação com o público, sem rituais para ser visto pelos homens e impressioná-los.
Embora não haja censura a oração pública, na sinagoga, igreja, praça, ou com as porta abertas, em horários pré determinados, mas, sim, condena o costume de orar em lugar público somente para impressionar a atenção alheia, para que os outros fiquem admirados com a “piedade” o orador. O Senhor nos convida a oração exclusivamente a Ele, daí a necessidade de lugar reservado, privado, com as portas fechadas.
Portanto, a idéia explícita do nosso texto áureo (Mateus 6.6) Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”, ensina o orarmos com humildade, com toda a atenção ao Senhor e apenas a Ele e para Ele, dessa maneira o Senhor Jesus tirou a oração dos exageros e gestos teatrais, tornando-as parte do santuário exclusivo a Ele.  

RESUMO DA LIÇÃO 13  

 A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE  
I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
1. O crente fiel dispensa a vaidade.
2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar.
3. O crente fiel não se porta soberbamente.
 
II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA
1. O que é fama.
2. O problema. 
III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA
1. A verdadeira sabedoria.
2. A simplicidade.
3. O equilíbrio.  

INTERAÇÃO 

A palavra vaidade no meio evangélico, muitas vezes, é compreendida de maneira equivocada. De acordo com Salomão, “tudo o que passa” (Ec 1.2; 12.8);
A palavra “vaidade” aponta para a ideia de hipervalorização pessoal: a busca intensa de reconhecimento e admiração dos outros. É o desejo intenso do poder pelo poder; das riquezas pelas riquezas; da fama pela fama. Isso sim é o pleno mundanismo batendo nas portas de muitos arraias evangélicos! Verdadeiramente, essa não é a verdadeira motivação do crente. E muito menos a do Evangelho de Jesus de Nazaré!  

OBJETIVOS 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Compreender qual deve ser a verdadeira motivação do crente.
·   Conscientizar-se de que não fomos chamados para a fama.
·   Saber que o anonimato não é sinônimo de derrota.  

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA  

Leve para a classe jornais e revistas antigos. Distribua entre os alunos e peça para pesquisarem reportagens e figuras de pessoas “famosas” (artistas, cantores de música gospel, pregadores, políticos, etc.) de cunho secular e evangélico. Depois, peça que os alunos comentem as figuras e em seguida discuta com a classe as seguintes questões:
“O que é fama?”. “Qual a diferença entre ser famoso e ser bem-sucedido?”. Conclua explicando que devemos seguir o exemplo de Jesus. Ele nunca buscou a fama e até incentivou a prática anônima da vida cristã. O anonimato não é sinônimo de derrota. 

COMENTÁRIO

introdução 
 
Palavra Chave
Motivação: 
Ato ou efeito de motivar; motivo, causa. 
Vivemos numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser. Sofremos pressões diárias para vivermos de forma materialista. Fama, poder e influência política procuram atrair-nos.
No entanto, quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no anonimato, perde o total controle da situação. Ela percebe não ser mais o centro das atenções. Nesta lição, estudaremos como o crente deve lidar com o anonimato em sua vida. Certamente não é a vontade de Deus que seus filhos busquem o estrelato terreno, mas o verdadeiro sentido de viver à luz do exemplo de simplicidade evidenciado na vida de Jesus de Nazaré.  
I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE 
1. O crente fiel dispensa a vaidade. Além de significar o que é “vão” ou “aparência ilusória”, o termo vaidade, segundo o dicionário Houaiss, designa a ideia de “valorização que se atribui à própria aparência”. É o desejo intenso de a pessoa ser reconhecida e admirada pelos outros. Isso é vaidade! E a motivação verdadeiramente cristã a dispensa.
Quando lemos as Sagradas Escrituras percebemos que “o buscar a glória para si” é algo absolutamente rechaçado pela Palavra de Deus (Jo 3.30).
A Palavra revela que o servo de Cristo não deve, em hipótese alguma, ser motivado por essa cobiça (Mc 9.30-37). 
2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar. Ao lançar mão de uma criança e apresentá-la entre os discípulos, ensinava o Senhor Jesus uma extraordinária lição: no coração do verdadeiro discípulo deve haver a mesma inocência e sinceridade de um infante (Mc 9.36). Entre os seguidores do Mestre não pode haver espaço para disputas, intrigas e contendas. No Reino de Deus, quem deseja ser o “primeiro” revela-se egoísta, mas quem procura servir ao próximo é chamado pelo Mestre para ser o primeiro (Mc 10.42-45). Aqui, se estabelece a diferença entre o vocacionado por Deus e o chamado pelo homem. 
3. O crente fiel não se porta soberbamente. O livro de Provérbios demonstra com abundantes exemplos e contundentes palavras do que o ser humano é capaz quando o seu coração é dominado pela soberba e pelo desejo desenfreado pela fama (Pv 6.16-19; 8.13).
Ele “se apressa em fazer perversidade”; “usa de língua mentirosa”; “semeia contendas entre irmãos”; e, “com olhos altivos”, assiste as consequências dos seus atos sem stanejar, arrepender-se ou sensibilizar-se. Isso, absolutamente, não é a verdadeira motivação do crente fiel! Pelo contrário, a motivação do discípulo do Meigo Nazareno está em servir ao Senhor com um coração íntegro e sincero diante de Deus e dos homens (Jo 13.34,35).  
SINOPSE DO TÓPICO (I) 
A verdadeira motivação cristã dispensa a vaidade, não deseja o primeiro lugar e não se porta soberbamente.  
II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA
 
1. O que é fama. É o conceito (bom ou mau) formado por determinado grupo em relação a uma pessoa. Para que tal conceito seja formado em relação a si, é preciso tornar-se o centro das atenções. Lamentavelmente, a síndrome de “celebridade” chegou aos arraiais evangélicos. Porém, é preciso refletir: O ser humano, criado por Deus, foi feito para a fama? O homem, como o centro das atenções, é algo cristão? Uma classe de privilegiados e outra de meros coadjuvantes é projeto de Deus à sua Igreja? Desenvolver o poder de influência política e midiática, segundo as categorias desse mundo, é expandir o reino divino? Uma breve meditação em poucos textos bíblicos seria o bastante para verificarmos que a resposta a todas essas indagações é “não” (Jo 3.30; 5.30; 8.50; Rm 12.16; 2 Co 11.30). 
2. O problema. O espaço na mídia oferece a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em todas as coisas, gerando em muitos corações, até mesmo de crentes, uma aspiração narcisista pelo sucesso (2 Tm 3.1-5). Cuidado! Quando a fama sobe à cabeça, a graça de Deus desaparece do coração! Buscar desenfreadamente a fama é a maior tragédia na vida do crente. Este, logo perde a essência da alma e a sua verdadeira identidade cristã. Nessa perspectiva, o Evangelho declara: “Porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?” (Lc 9.25).  
SINOPSE DO TÓPICO (II) 
O ser humano, criado por Deus, não foi feito para a fama. 
III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA  
1. A verdadeira sabedoria. O livro de Eclesiastes relata a história de um pobre homem sábio que livrou a sua cidade das mãos de um rei opressor (Ec 9.13-18). No entanto, o povo logo o esqueceu. Ele, porém, não deu importância alguma para isso, pois o que mais queria era livrar, de uma vez por todas, a sua querida cidade das mãos do tirano. A fama e o desejo de ser reconhecido passavam longe do seu coração. Afinal, o que caracteriza a verdadeira sabedoria é o “temor do Senhor” (Pv 1.7). 
 
2. A simplicidade. O maior exemplo de simplicidade e equilíbrio temos na vida de Jesus de Nazaré. A leitura bíblica em classe descreve-nos a sábia atitude de Jesus em não deixar-se seduzir pela fama e retirar-se na hora apropriada. O Nazareno sabia exatamente da sua missão a cumprir (Jo 5.30). Quando percebeu que a multidão desejava fazer dEle um referencial de fama, Cristo retirou-se para não comprometer a sua missão (Mc 1.45). O Mestre é o nosso maior exemplo de simplicidade e equilíbrio no trato com as ultidões.
Enquanto estas o procuravam, Ele se refugiava em lugares desérticos (Mt 14.13; Mc 1.45).
 
3. O equilíbrio. No mundo contemporâneo, somos pressionados a sermos sempre os melhores em todas as coisas. O Evangelho, entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse fardo mundano (Mt 11.30). Você não precisa viver o estresse de ser quem não é! Você deve tornar-se o que o Senhor o chamou para ser. Não tente provar nada a ninguém. O Filho de Deus conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas intenções, pensamentos e desejos mais íntimos. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar fama. A ilusão midiática não passa disso — é apenas uma ilusão! Nunca foi a vontade de Jesus que seus filhos se curvassem à fama, ao sucesso, à riqueza ou ao poder. Façamos o contrário, prostrando-nos aos pés de Cristo e fazendo do Calvário o nosso verdadeiro esteio. Se há alguma coisa em que devemos gloriar-nos, que seja na Cruz de Cristo (1 Co 2.2; Gl 6.14).  
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira sabedoria cristã consiste na simplicidade
 e no equilíbrio (bom senso) das coisas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como estudamos na lição de hoje, a fama não pode ser a motivação do crente. E o anonimato não significa derrota alguma para aqueles que estão em Cristo Jesus. O Meigo Nazareno chega a incentivar a prática anônima da vida cristã (Mt 6.1-4). A pureza, a simplicidade e a sinceridade são os valores do Reino de Deus que nem sempre são entendidos pelos incrédulos. Todavia, somos chamados a manifestar esses valores em nossa vida. Portanto, não se preocupe com o anonimato, mas seja o seu desejo em agradar ao Senhor que criou os céus e a terra. Pois estes manifestam a sua existência e provam que Ele esquadrinha as intenções dos nossos pensamentos e corações. 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 

 

LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as questões morais do nosso tempo.
 1.ed., RJ: CPAD, 2002.
CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã
 — Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed., RJ: CPAD, 2000.  

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO  

Subsídio Bibliológico 
“Os Apelos da Consciência
O apóstolo Paulo entendeu a ligação entre uma consciência cristã e uma mente espiritual. Ele escreveu: ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo’ (1 Co 2.15,16). O cristão que tem a mente de Cristo conhece a sua vontade e seu propósito, por isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais estabelecidos por sua Palavra. Quando praticamos alguma ação, dizemos uma palavra, pensamos algo ou adotamos alguma atitude, devemos agir com uma mente espiritual. Ao avaliar essas várias situações, nossa consciência acenderá sua luz verde ou vermelha, concordando ou discordando; acusando ou defendendo. O julgamento da consciência será de acordo com o senso de justiça que a estiver dominando, se estiver purificada, jamais ela concordará com o erro; se contaminada, ela não conseguirá julgar corretamente. Devemos sempre comparar nossas ações à luz da justiça que a Bíblia apresenta. Nossas ações devem corresponder à uma consciência baseada na Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17)” (CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã — Um desafio à ética dos tempos modernos. 
1.ed., RJ: CPAD, 2000, p.134).

Nenhum comentário:

Postar um comentário