quinta-feira, 23 de maio de 2013

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Jovens e Adulto.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
A Família Cristã no Século XXI
  • Lição 8- Educação cristã, responsabilidade dos pais.

    INTRODUÇÃO

    I – Educação, a missão prioritária dos pais
    II – A educação no Antigo e em o Novo Testamento
    III – A educação cristã na família

    CONCLUSÃO

    ENSINO CRISTÃO: DECRETO DE DEUS

    “Ele parece não fazer algo de Si mesmo que possivelmente possa delegar às Suas criaturas. Ordena-nos que façamos lenta e desajeitadamente o que Ele poderia fazer perfeitamente e num piscar de olhos. [...] Talvez não percebamos o problema em sua inteireza, por assim dizer, de permitir que vontades finitas coexistam com a Onipotência.

    Parece envolver em cada momento quase que uma espécie de abdicação divina”.

    (C.S.Lews)

    Certo cartum retratava um senhor Brown e uma senhorita Smith. Era óbvio que a moça, munida das provas e dos resultados de entrevistas, candidatava-se a um cargo pedagógico.

    “Sinto muitíssimo, mas não podemos aceitá-la. Notamos que você é recém-formada de uma escola de educação, e exigimos um professor com experiência em sala de aula de, no mínimo, cinco anos. Além disso, você só tem grau de bacharel e preferimos alguém com o mestrado”.

    O olho do leitor então passa para o quadro seguinte, onde o senhor Brown, agora irmão Brown e superintendente da Escola Dominical, entrevista a irmã Smith, a qual rebate o pedido que ele lhe fez para ser professora: “Irmão Brown, sou nova-convertida e, na verdade, não sei muita coisa sobre a Bíblia”.

    “Ora, isso não é problema”, responde ele. “A melhor maneira de aprender a Bíblia é ensina-la”.
    “Mas, irmão Brown, eu nunca ensinei aos juniores”, ela objeta.

    “Oh, não deixe que isso a coíba, irmã Smith. Tudo o que exigimos é alguém com o coração disposto”, vem a resposta.

    O cenário é mais do que um desenho caricatural; é um comentário de nosso baixo nível de discernimento em relação ao ensino cristão. Se você planeja ensinar que 2 + 2 são 4, precisa de cinco anos de experiência pedagógica. Se espera ensinar as crianças a dizer, “Eu trouxe”, em vez de, “Eu truce”, provavelmente lhe exijam o mestrado. Mas, para ensinar o currículo da vida cristã, qualquer coisa é boa o bastante para Deus.

    Que contraste com o desígnio para o ensino, apresentado no Novo Testamento. Segunda Timóteo 2.2 informa-nos que o ensino não é um ministério da mediocridade, mas da multiplicação. Nenhum ser humano está completamente cônscio do poder residente no ensino. Toda vez que alguém ensina, desencadeia um processo que, idealmente, nunca acaba.

    Duas razões atuam para formar um argumento convincente: a Igreja tem de ensinar. Não se trata de opção, mas de uma característica indispensável; não é difícil de contentar; mas necessário. A denominação evangélica que não educa, deixa de existir como Igreja do Novo Testamento. Para que o Cristianismo seja perpetuado, precisa ser propagado.

    É ordem de Jesus Cristo
    Mateus 28.19,20 enfoca a lente zoom do Espírito Santo na Grande Comissão, que são as últimas palavras de Jesus Cristo ditas aos discípulos antes da ascensão dele. Cinco referências da Grande Comissão no Novo Testamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-48; Jo 20.21-23; At 1.8) indicam que não é algo aleatório, mas essencialmente para estratégia de nosso Senhor.

    O mandato “Fazei discípulos” (ARA) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, “guardar [obedecer] todas as coisas” que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação. Esse tipo de instrução é muito exigente e inacreditavelmente difícil de se realizar.

    Lucas 6.40 fornece mais apoio ao objetivo de Jesus no que se refere aos Seus ensinamentos, quando Ele diz: “Mas todo o que for perfeito será com o seu mestre”. A verdade de Deus não foi revelada para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos conformar à imagem de Cristo.

    Texto extraído da obra “Manual de Ensino Para o Educador Cristão”. Rio de Janeiro: CPAD.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Educação Cristã Responsabilidade dos Pais.


Lição 08
EDUCAÇÃO CRISTÃ
RESPONSABILIDADE DOS PAIS
26 de maio de 2013 

TEXTO ÁUREO

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e,  até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). 

VERDADE PRÁTICA 

A educação cristã de nossas crianças, adolescentes e jovens é uma responsabilidade intransferível e pessoal dos pais com o apoio e assistência da igreja.  

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO

                                                                                            
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).  
Nosso texto áureo por inferência nos aponta para a educação como uma responsabilidade dos pais. Salomão o autor do livro de Provérbios, possuidor de uma sabedoria espetacular nos aponta para o uso da educação “instrução” como uma responsabilidade dos pais. Naquela época havia um contexto histórico, onde o pai era na verdade o “dono” dos filhos, tendo autoridade para “puni-los” e até mesmo “vende-los”, tal era o contexto da autoridade do pai, naquela organização social patriarcal, lembrando que quando o rei Salomão escreveu inspirado por Deus esse provérbio, estava em vigor a Lei do Senhor ou lei de Moisés.
Obviamente, hoje vivenciamos um outro modelo de sociedade, onde o que impera é a democracia e nós como igreja, temos a graça do Senhor Jesus Cristo, portanto, devemos educar nossas crianças no temor do Senhor, com amor, exemplo, virtudes e disciplina corretiva amorosa, não com abusos, violência gratuita ou qualquer outra forma de opressão que deforma o caráter ao invés de formá-lo, vemos nossos filhos como “herança do Senhor” (Sl 127.3), e não como donos para aplicarmos qualquer tipo de educação.
Vejamos o versículo 6 de Provérbios 22 em outra versão: “Educa a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6 ARA);
A falta de educação na formação da criança pode representar derrota em muitas áreas para pais cristãos negligentes. “A educação da criança é responsabilidade dos pais, e o mesmo ocorre quando se fala em educação cristã.
Os pais cristãos são responsáveis por educarem seus filhos e transmitir a eles as verdades sobre a Bíblia e o Evangelho. É evidente que a igreja, por meio da Escola Dominical, terá sua participação na transmissão do Evangelho de forma didática e direcionada, mas isso não exime os pais de ensinarem seus filhos em casa e com o próprio exemplo de vida.
Lembremo-nos de que o mundo se utiliza dos meios escolares vigentes para transmitir aos nossos filhos ensinos que zombam da fé cristã, o que reforça a necessidade de investirmos em uma excelente educação cristã para nossos filhos.
No Antigo Testamento, não havia a ideia de “educação cristã”, pois não existia ainda o cristianismo, mas existia a obrigatoriedade de os pais ensinarem seus filhos a temerem ao Senhor, respeitar Sua Lei e ter ao Senhor como seu Deus.
O ensino também era demonstrado por meio de monumentos, como as doze pedras retiradas do Jordão, que seria memorial para as futuras gerações se lembrassem de como Deus cumpriu sua promessa de colocar o povo na terra prometida, fazendo com que o Jordão fosse aberto na época das chuvas e o povo pudesse ultrapassar essa barreira geográfica. No futuro, as crianças perguntariam sobre aquele conjunto de pedras, e os pais deveriam contar como Deus havia realizado aquele milagre.
Mesmo com o passar dos anos, quando os judeus não tinham mais o Templo, instituíram as sinagogas para reunir os membros da comunidade e ensinar às crianças a lei de Deus. Foi essa instituição — a sinagoga — que Deus posteriormente utilizou para difundir o Evangelho aos judeus, quando Paulo, em suas viagens missionárias, ia de cidade em cidade para falar de Jesus. Paulo ia primeiramente às sinagogas, anunciando Jesus aos seus irmãos, e depois pregava aos gentios em outros lugares.
A educação cristã de nossos filhos deve ser de suma importância para nós, tanto quanto a educação secular nas escolas. Por isso, é importante levá-los à Escola Dominical, onde aprenderão sistemática e didaticamente a Palavra, por meio de histórias, leitura da Bíblia e outros meios utilizados para fazer com que as crianças entendam a fé cristã e tomem uma decisão por Cristo. Além de aprender a Palavra, eles desenvolverão amizades cristãs e já terão contato com ministérios próprios do culto, como a música e a adoração” (Ensinador Cristão).  
“Educação Cristã!"
É a ciência magisterial da Igreja Cristã que, fundamentada na Bíblia Sagrada, tem por objetivos:
a) A instrução do ser humano no conhecimento divino, a fim de que ele volte a reatar a comunhão com o Criador, e venha a usufruir plenamente dos benefícios do Plano de Salvação que Deus estabeleceu em seu amado Filho. O apóstolo Paulo compreendeu perfeitamente o objetivo da Educação Cristã:
‘Admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo’ (Cl 1.28).
b) A educação do crente, para que este logre alcançar a perfeição preconizada nas Sagradas Escrituras: ‘toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra’ (2Tm 3.16,17).
c) A preparação dos santos, visando capacitá-los a cumprir integralmente os preceitos divinos da Grande Comissão: ‘Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade’          (2Tm 2.15)” (ANDRADE, C. Teologia da Educação Cristã: A missão educativa da Igreja e suas implicações bíblicas e doutrinárias. 1 ed., RJ: CPAD, 2002, pp.5-6).  
“[A Educação Cristã] FOI PRATICADA PELA IGREJA PRIMITIVA
Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja Primitiva obedeceu mesmo esse mandamento?  
A ILUSTRAÇÃO
Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles ‘perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos’ (At 2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção.  
A IMPLEMENTAÇÃO
Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: ‘Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]’ (Ef 4.11). O propósito? ‘Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo’ (Ef 4.12); mais uma outra prova de que os talentosos são chamados para o ministério da multiplicação e não da adição.
Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema.
As pessoas clamavam pelo ‘dom de ensino’ com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: ‘Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo’ (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata.
As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial [a respeito do ensino]” (GANGEL, K.; HENDRICKS, H. G. (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 1999, p.7).  

RESUMO DA LIÇÃO 08 

EDUCAÇÃO CRISTÃ – RESPONSABILIDADE DOS PAIS 
I. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar?
2. Educação Cristã.
3. A educação nas escolas.  
II. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO
1. No Antigo Testamento.
2. Em o Novo Testamento.
3. Na atualidade.  
III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
1. Os filhos são herança do Senhor.
2. O ensino da Palavra de Deus no lar.
3. Leve seus filhos à igreja.  

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Considerar a Educação Cristã como missão prioritária dos pais.
Compreender a educação no Antigo e em o Novo Testamento.
Saber da importância da Educação Cristã na família.
INTERAÇÃO
Em lições anteriores vimos que grande parte dos pais não acompanha a vida estudantil dos filhos. Em que pese às demandas atuais da vida da família cristã, o que os pais cristãos têm feito pela educação religiosa dos seus filhos? Se, em primeiro lugar, a fé cristã não for ensinada e vivenciada no lar, certamente será impossível aos nossos filhos peregrinarem pelo caminho da retidão. A Educação Cristã é responsabilidade dada por Deus aos pais. 

COMENTÁRIO

 PALAVRA CHAVE
     EDUCAÇÃO:
Processo de desenvolvimento das capacidades física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social. 

INTRODUÇÃO 

Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Deus, porém, confiou-nos essa tarefa, e dela não podemos fugir. Infelizmente, muitos pais estão terceirizando a educação de seus filhos, e isso tem enfraquecido a família cristã. Para que cumpramos essa tão nobre missão é necessário que busquemos a sabedoria que somente Deus pode conceder-nos (Tg 1.5; 3.17). Ainda que contemos com a ajuda da igreja, a responsabilidade de educar é dos pais. 
I. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS.
1.- O que significa educar? Segundo o Dicionário Houaiss “a palavra educar vem do latim educo e significa ‘criar uma criança’; cuidar, instruir”. Podemos definir educação como ensino e instrução. Não podemos jamais nos esquecer que a Igreja do Senhor tem uma função educadora.
Como sal e luz deste mundo ela deve educar e instruir segundo a Palavra de Deus               (Mt 28.19,20). Como crentes precisamos ser guiados e orientados segundo as Escrituras, pois ela nos protege das sutilezas do Maligno.
2. Educação Cristã. Se quisermos uma sociedade melhor, mais justa e solidária, precisamos, como Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus. Para isso, é imprescindível investir na Educação Cristã, pois o seu principal objetivo é levar o crente a conhecer mais a Deus (Os 6.3), contribuindo para que o fiel tenha uma vida reta perante o Senhor e a sociedade. Nesse processo, a participação da liderança é decisiva. Aliás, ensinar é um dos deveres do pastor (1Tm 3.2; 2Tm 2.24). 
3. A educação nas escolas. Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valores morais e éticos. Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos, nocivos à fé cristã, já fazem parte do currículo de muitas escolas.
Por isso, os pais não podem negligenciar a educação dos seus filhos. Eles precisam, com a ajuda da igreja, ser instruídos para orientar seus filhos (Ef 6.1-4). Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis: milhares de adolescentes grávidas, aumento das doenças sexualmente transmissíveis, aumento do número de casos de AIDS, etc.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Educar é proporcionar uma formação completa ao educando: espiritual, moral e social. 
II. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO.
1. No Antigo Testamento. A ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a responsabilidade de ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo de Israel (Sl 78.5). Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais, conheceriam a Deus e aprenderiam a temê-lo (Dt 4.9,10).
No livro de Josué lemos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24). Este memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passar a pés secos pelo rio. Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua história e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais.
É preciso que façamos o mesmo com nossas crianças, testemunhando do poder de Deus às próximas gerações. É preciso aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o nosso exemplo de vida fale tanto quanto nossas palavras.
2. Em o Novo Testamento. As sinagogas também eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da lei. Mesmo havendo essas “escolas” a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos (Lc 2.21-24,39-42).
Em sua pré-adolescência, Jesus já sabia de cor a Torá, chegando a confundir os doutores no templo (Lc 2.46,47). Em o Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava pela sinagoga, e se fortalecia no templo. Temos também o exemplo do jovem obreiro Timóteo. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino (2Tm 1.5,6; 3.14-17).
3. Na atualidade. A Escola Dominical é a maior e a mais acessível agência de educação religiosa das igrejas evangélicas. Ela auxilia todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas Escrituras. Porém, a Escola Dominical não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de nossas crianças, adolescentes e jovens.
A responsabilidade maior cabe aos pais. Aliás, a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso lar, pois assim Deus recomenda em sua Palavra (Ef 6.1-4).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
No Antigo Testamento os israelitas priorizavam a educação dos filhos em casa. Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros de instrução para os meninos aprenderem a lei.
III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA.
1. Os filhos são herança do SENHOR. Os pais precisam cuidar dos filhos com zelo, carinho e amor, oferecendo uma educação de qualidade, pois eles são “herança do Senhor”   e a nossa grande recompensa (Sl 127.3); portanto, agradeça a Deus pelos seus filhos. Como forma de gratidão, procure ensiná-los e educá-los no temor do Senhor (Ef 6.1-4). Não seja negligente com a educação deles (Pv 22.6). 
2. O ensino da Palavra de Deus no lar. Os pais são, por natureza, os primeiros professores dos filhos. A criança conhece a Deus primeiramente através dos pais, por isso, não deixe de fazer o culto doméstico. Reserve ao menos 10 minutos por dia para louvar e adorar ao Senhor com seus filhos.
Tais momentos são especiais e ajudam a fortalecer a família. Não permita que a televisão ou quaisquer meios de distração impeçam a sua família de desfrutar desses minutos tão especiais. 
3. Leve seus filhos à igreja. Lamentavelmente, muitos pais vão à igreja sem seus filhos. As crianças e os jovens devem ser persuadidos, com amor, a ir à Casa do Senhor. Se ainda na infância forem conduzidos à Casa de Deus, quando jovens darão valor a essa prática saudável (Mc 10.13-16). A Educação Cristã começa no lar e é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola Dominical. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Na família, a Educação Cristã deve estar eminentemente presente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Educação é dever do Estado e direito do cidadão”, porém, a educação começa na família.  Os pais receberam de Deus uma das mais nobres missões: educar seus filhos. Aqueles que amam ao Senhor e a sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os princípios bíblicos. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes últimos dias. 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, C. Teologia da Educação Cristã: A missão educativa da Igreja e suas implicações bíblicas e doutrinárias. 1 ed., RJ: CPAD, 2002.GANGEL, K.; HENDRICKS, H. G. (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 1999. GEISLER, N.; ZACHARIAS, R. Sua Igreja Está Preparada? Motivando Líderes Para Viver Uma Vida Apologética. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ataque explícito ao estado democrático de direito.

25/04/2013 13:06

PERFIL

Silas Daniel é pastor, jornalista, chefe de Jornalismo da CPAD e escritor. Autor dos livros “Reflexão sobre a alma e o tempo”, “Habacuque – a vitória da fé em meio ao caos”, “História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil”, “Como vencer a frustração espiritual” e “A Sedução das Novas Teologias”, todos títulos da CPAD, tendo este último conquistado o Prêmio Areté da Associação de Editores Cristãos (Asec) como Melhor Obra de Apologética Cristã no Brasil em 2008.                        Ataque explícito ao estado democrático de direito

As instituições no país parecem estar sofrendo um processo de deterioração
O que aconteceu ontem, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, foi um dos maiores ataques à democracia no Brasil desde a redemocratização. Com o apoio dos “mensaleiros” José Genoíno e João Paulo Cunha, a CCJ simplesmente aprovou uma emenda constitucional proposta pelo deputado Nazareno Fonteles (PT do Piauí) que submete ao Congresso as decisões do Supremo Tribunal Federal. Sim, é isso mesmo que você leu: a CCJ aprovou uma emenda que tira poderes do STF e os transfere ao Congresso.

Se esse projeto for levado adiante e for aprovado no Congresso, a partir de agora, será o Legislativo que decidirá, em última instância, se vale ou não o que ele mesmo – o Legislativo – já havia aprovado. Ou seja, o STF não será mais “O guardião da Constituição” em todos os casos, como vigora no estado democrático de direito. No caso do Legislativo, este será o juiz de si mesmo. Trata-se da destruição de um princípio basilar da separação dos poderes, do fim do estado democrático de direito em sua essência, uma vez que este tem como um de seus princípios constitutivos a existência de um sistema onde tanto o indivíduo quanto os poderes públicos são submetidos ao império das leis, que têm como guardião o Poder Judiciário.

No estado de direito, o poder do Estado é limitado pela lei, e o controle dessa limitação se dá através do Poder Judiciário, que para isso deve possuir autoridade e autonomia para garantir que as leis existentes cumpram o seu papel de impor regras e limites ao exercício do poder estatal. Porém, se o Legislativo não pode ser mais julgado pelo poder guardião da lei quanto à observância ou não da Constituição Federal na hora de produzir novas leis, abre-se espaço para uma ditadura em nosso país via legislativo. Simplesmente, o governo, que tem hoje 80% do Congresso Nacional formado pela sua base aliada, poderá ter aprovadas no Congresso novas leis que ferem gritantemente a Constituição Federal, mas que serão assim mesmo aprovadas porque o Poder Judiciário não tem mais a última palavra sobre a constitucionalidade ou não das leis aprovadas pelo Poder Legislativo.

É verdade que no caso, por exemplo, da aprovação da união civil homossexual, o STF foi além da sua função constitucional, praticamente legislando, o que já demonstrava uma deterioração do estado democrático de direito em nosso país, porém muito mais grave do que essa bizarria é transferir poderes do STF para o Congresso Nacional, pois aí se abre uma porta para um regime autoritário. E além de ser absolutamente absurdo reagir a um determinado erro com um erro ainda maior, todos sabemos que o que levou à aprovação desse Projeto de Emenda Constitucional 33 na CCJ não foi esse ou outros casos similares, mas a condenação dos “mensaleiros”. Eis o apreço desse povo à democracia.

A última vez que o Brasil teve o poder do STF transferido para outro poder foi em 1937, na Ditadura Vargas, quando esse poder de declarar, em última instância, se uma nova é lei constitucional ou não foi transferido ao Poder Executivo, isto é, ao próprio Getúlio Vargas.

Ademais, há ainda o preocupante Projeto de Emenda Constitucional 37, de autoria do deputado federal Lourival Mendes (PTdoB da Bahia), que tira o poder de investigação do Ministério Público. O PEC 37 foi aprovado na CCJ em novembro do ano passado, e já será votado em junho.

O mínimo que se espera agora é que a Câmara dos Deputados derrube esses dois PECs absurdos. Entretanto, o simples fato de tais propostas terem sido aprovadas na CCJ já sinaliza o nível de deterioração das instituições no Brasil, mesmo depois de avanços recentes, como a condenação dos "mensaleiros".

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Juvenis 15 - 17 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
O adolescente e seus relacionamentos
  • Lição 8- Ser ou Ter? Eis a Questão!

    Texto Bíblico: Mateus 5.1-12

    “A Igreja é também chamada a ser uma comunidade com solicitude e responsabilidade sociais. Infelizmente, esta vocação tem sido minimizada ou negligenciada entre muitos evangélicos e pentecostais. É possível que muitos crentes sinceros tenham receio de se tornar modernistas ou rumar na direção do assim chamado ‘evangelho social’, caso se envolvam em ministérios que visem o atendimento social.
  •  Haveria fundamento para tal receio se esse tipo de obra fosse levado a extremos malsãos e deixasse de lado verdades eternas ao oferecer alívio temporário. Por outro lado, o descuido com as necessidades sociais representa o abandono de um vasto número de admoestações bíblicas dirigidas ao povo de Deus, no sentido de serem cumpridas essas obrigações.

    O ministério de Jesus caracterizava-se pela compaixão amorosa a todos os sofredores e indigentes deste mundo (Mt 25.31-46). Idêntica solicitude é demonstrada tanto nos escritos proféticos do Antigo Testamento (Is 1.15-17)) quanto nas epístolas neotestamentárias           (Tg 1.27).
  •  Expressar o amor de Cristo de modo tangível pode ser um meio vital de a Igreja cumprir a missão que lhe foi confiada por Deus. Assim como todos os aspectos da missão (ou propósito) da Igreja, é essencial que nossos motivos e métodos visem fazer tudo para a glória de Deus” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 555,56).

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Adolescentes 13 e 14 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
A vida de cristo na harmonia dos evangelhos
  • Lição 8- Milagres é com Jesus.

    Texto Bíblico: Marcos 1.21-34

    E a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar.

    “Dons” e “curar” (curas) estão ambos no plural em grego. Isto pode indicar que há vários dons para curar vários tipos de doenças e enfermidades. Ou pode significar que o Espírito Santo usa uma variedade de pessoas para ministrar estes dons. Ou pode ter o sentido de que os dons do Espírito não curam somente um item da doença ou enfermidade, mas tudo o que esteja errado. Ele quer curar a pessoa completamente.

    Também nos informa que ninguém pode dizer: “Eu tenho o dom de curar”, como se este dom pudesse ser possuído e ministrado ao bel-prazer da pessoa.

    Cada cura necessita de um dom especial, que é dado não à pessoa que ministra o dom, mas por meio daquela pessoa para o indivíduo doente, de forma que Deus recebe toda a glória. Ele é quem cura (At 4.30).

    Quando Pedro disse ao coxo à porta Formosa: “O que tenho isso te dou” (At 3.6), “o que tenho” está no singular em grego e significa que o Espírito deu a Pedro um dom específico para o coxo. Pedro não tinha um reservatório de dons de curas. Ele tinha de receber do Espírito um novo dom para cada pessoa a quem ele ministrava. Esta verdade ainda permanecesse em nossos dias. Embora Tiago 5.14,15 nos diga que chamemos os presbíteros da igreja, se isso não é possível, o Espírito Santo pode usar qualquer membro do corpo para ministrar os dons de curas para o doente.

    Texto extraído da obra “I & II Coríntios: Os problemas da Igreja e suas soluções”, Rio de Janeiro: CPAD.

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Pre Adolescentes 11 e 12 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
Embaraços que prejudicam a vidacristã
  • Lição 8- Sou da Paz!

    Texto Bíblico: 4.1-7

    Buscando a Paz

    O mundo tenta negociar a paz, mas nós servos do Altíssimo, não precisamos negociar, porque temos o Príncipe da Paz. Charles Stanley autor do livro Paz um maravilhoso presente de Deus para você comenta que: “O mundo considera a Paz como sendo um resultado de fazer as coisas certas, dizer palavras certas, ter atividade profissional certa e ter as intenções certas. Esses não são nem de longe os critérios para a paz descrita na Palavra de Deus. A paz é uma qualidade intima que nasce de um relacionamento correto com Deus...”.

    Quando nos aproximamos mais de Deus e passamos a ter intimidade real com Ele, brota à paz que excede todo entendimento. A Palavra Deus nos ensina a ter domínio próprio.

    Bons Exemplos

    Pacificador é aquele que promove a paz, nós servos de Deus devemos promover a paz e não incitar uma briga. Na pré-adolescência é comum existir os “grupinhos” e sempre há rivalidade entre eles. Quando um membro de determinado grupo se sente ofendido por um membro de um outro grupo a “confusão” está formada. Porque é comum ao grupo tomar as “dores” daquele que foi “ofendido” para eles é uma questão de lealdade. Não há nenhuma avaliação entre o certo ou errado, apenas a defesa de seu colega. Muitos acreditam que isso está correto, e é necessário orientá-los que o cristão deve ser um pacificador. Leia com eles o Mateus 5.9, e explique que os pacificadores são pessoas mais felizes e que verão a Deus.

    Aproveite esse momento para apresentar aos seus alunos os diversos pacificadores registrados nas Sagradas Escrituras Bíblia.

    Rubén – Era filho de Jacó, ele convenceu os seus irmãos a jogarem José na cova e não mata-lo. Gênesis 37.21,22

    Abraão - Os seus pastores e os do seu sobrinho brigavam por pastos.

    Ele acabou com as brigas, separando-se do seu sobrinho. E permitiu que o seu sobrinho escolhe-se para qual lado gostaria de ir. Abrão ficou com a terra de Canaã e Ló com a Campina do Jordão. Gênesis 13.1-18

    Isaque - Os seus servos cavaram poços e os pastores de Gerar brigavam por eles dizendo que esses os pertenciam. E ele, pacificamente, cedia e cavava um outro poço. Gênesis 26.18-21

    Barnabé - Ninguém acreditava na conversão de Saulo. Barnabé o levou a igreja em Jerusalém e o apresentou aos apóstolos. Acabando assim com as desconfianças acerca da conversão de Saulo. Atos 9.26-28

    Abigail - O seu marido negou comida a Davi o futuro rei de Israel. Diante da negação Davi determinou o mau a sua casa. Sabendo disto Abigail apressou-se ao encontro de Davi e conseguiu apazigua-lo. 1Samuel 25.1-35

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Juniores 9 e 10 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
Deus escolhe líderes
  • Lição 8- Eu tenho a força!

    Juízes 14 e 15

    CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO

    “2. Sansão em Timna (14.1-20)

    a. Um jovem muito tolo (14.1-4). Já crescido e quase na idade adulta, desceu Sansão a Timna (1) e apaixonou-se por uma moça filistéia. Timna era uma cidade na fronteira de Judá, atribuída a Dã (Js 15.10; 19.43), e aparentemente estava nas mãos dos filisteus naquela época. É a moderna Tibneh, cerca de 15 quilômetros a oeste-sudoeste de Jerusalém. Quando voltou para casa, deixou seus pais piedosos chocados (cf. a reação de Isaque e Rebeca diante dos casamentos de Esaú, Gn 26.34, 35; 27.46), ao anunciar: ‘Vi uma mulher e Timna com a qual gostaria de me casar. Façam os preparativos para o casamento.’ Normalmente eram os pais hebreus que escolhiam as noivas para seus filhos (Gn 24.1-3). Sansão fez sua própria escolha, mas desejava que seu pai completasse os preparativos.

    Manoá e sua esposa fizeram as devidas objeções. O casamento era definitivamente contrário à lei mosaica (Ex 34.16; Dt 7.3). muitos filhos deixaram de gozar da sabedoria de seus pais para provarem o fruto amargo de suas próprias escolhas teimosas. ‘Não há uma moça adequada para você no meio do nosso povo?’, perguntaram eles. Esta é a lei de Deus até hoje. Um cristão deve sempre se casar com alguém que identifique com ele a mesma fé (2 Co 6.14). é possível que alguns, inocentemente, achem que poderão encontrar felicidade mesmo quando desprezam esta lei divina. Que tais pessoas ponderem sobre os tristes exemplos que podem ser vistos hoje em dia.

    Sansão foi persistente. Tomai-me esta, exigiu ele, porque ela agrada aos meus olhos (3) ou ‘porque ela é correta aos meus olhos’. Como é comum que os olhos dos jovens os façam tomar decisões tolas e imutáveis! Qualquer casamento baseado puramente na atração física está destinado a não durar ‘até que a morte os separe.’ O Senhor extrairia coisas boas desta situação infeliz. O fato de Israel estar sujeito aos filisteus foi destacado: naqueles tempo, os filisteus dominavam sobre Israel (4).” (Comentário Bíblico Beacon, CPAD, vol.2, pp.138-139).

    ATIVIDADE

    Em continuidade a nossa gincana iniciada na semana passada, sugiro que neste domingo você proponha a seguinte tarefa:

    Os grupos deverão elaborar um enigma para cada grupo decifrar. Para isso, poderão contar o auxílio dos pais. No domingo, o grupo deverá levar seus enigmas, que serão colocados num envelope, onde será escrito o nome do grupo.

    O primeiro grupo escolhe aquele que irá responder. Cada resposta certa contará um ponto para a equipe que o acertar, a resposta errada ou a não resposta contará dois pontos para o grupo que elaborou o enigma.

    Quando o grupo indicado para responder o enigma não conseguir, outro grupo que souber a resposta poderá fazê-lo. Tenho certeza de que seus alunos irão gostar muito desta atividade.

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Primários 7 e 8 anos.

Conteúdo adicional para as aulas de Lições Bíblicas

Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
Tempo de mudanças
  • Lição 8- O exército de Deus invade o Egito.

    Texto bíblico: Êxodo 8-10

    CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO

    “O Propósito das Pragas

    Essa ênfase no conhecimento do Senhor alça as pragas para além de sua função de castigar severamente. As pragas não são uma vingança contra Faraó.

    O Senhor não tem a intenção de deixar no Egito um Faraó arrasado e destruído, nem tenciona fascinar o governante egípcio com uma exibição de milagres.

    O propósito divino é fazer com que Faraó e seu povo — para não mencionar os israelitas — passem efetivamente a conhecer o verdadeiro Deus. É estabelecida uma estrutura com fins didáticos, de forma que o conhecimento seja transmitido através de observações e experiências pessoais, não por ouvir falar. Conhecer ao Senhor como Senhor significa reconhecer e se submeter a sua autoridade. Essa é a escolha que precisa ser feita, a qual Faraó é convidado a fazer. É claro que, nos capítulos finais, não vemos nada sobre Faraó ter dito ‘Agora conheço Jeová’ ou ‘Eu sei quem Jeová é’.” (Manual do pentateuco, CPAD, p.181).

    ATIVIDADE

    Aproveitando a energia que os alunos desta faixa etária possuem, realize uma mímica sobre as NOVE PRAGAS DO EGITO. Coloque dentro de um pote as nove tiras de papel com os nomes das respectivas pragas (água em sangue, rãs, piolhos, moscas, morte dos animais, tumores ou feridas , chuva de pedra, gafanhotos, escuridão).

    Solicite um voluntário para vir à frente e retirar uma tira de papel de dentro do pote. Após ler o nome da praga, o aluno deverá fazer uma mímica relacionada a ela, de modo que o restante da turma possa descobri-la. Se algum aluno se candidatar e tiver dificuldades para ler, ajude-o no que for preciso.

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - JD Infancia 5 e 6 anos.

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Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2013
O que posso fazer para Deus?
  • Lição 8- Perdoando quem me entristece

    Leitura Bíblica Gênesis: 33.1-11

    I. De professor para professor

    Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é que a criança compreenda que devemos perdoar as pessoas assim como o Senhor Jesus nos perdoa.

    • É importante fazer uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.


    • A palavra-chave da aula de hoje é “PERDÃO”. Durante o decorrer da aula diga: “Precisamos perdoar aqueles que nos entristecem.”


    II. Saiba Mais
    Perdoar é um ato da vontade. A decisão inicial de se perdoar alguém deve ser seguida da caminhada de fé do perdão.

    Muitas coisas irão acontecer até que o perdão se processe completamente. Primeiro, nossos sentimentos negativos irão desaparecer. Segundo, parecerá fácil aceitar a pessoa que nos feriu, do jeito que ela é, sem achar que precisa ser mudada. Terceiro, o nosso amoroso interesse pelas carências do outro superará as mágoas pelo que ele nos fez.

    Professor, talvez, você precise fazer a seguinte oração:

    Senhor, eu perdôo (nome da pessoa). Não posso
    fazê-lo por minhas próprias forças, mas faço-o
    em nome de Jesus e pelo poder do Espírito Santo.

    Tira de meu coração todo sentimento
    Negativo por (nome da pessoa) e encha-o com o
    Teu interesse e compaixão.

    Extraído do livro Em Contato com Deus, Charles Stanley, CPAD.


    III. Conversando com a professora

    O professor precisa conhecer as peculiaridades da faixa etária com a qual trabalha. Então, vamos observar algumas características sociais da criança do jardim.

    CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS RECOMENDAÇÃO AO PROFESSOR
    São sinceras no relacionamento com Deus, que para elas é o Papai do Céu. Amam-no e confiam nEle de todo o coração. Distinguem o certo e o errado.

    Têm desejo de fazer o que é certo. Sua fé é genuína. Ensinar o relacionamento com Deus através da oração. Propiciar oportunidade para louvor e adoração. Salientar as atitudes corretas e enfatizar a aprovação de Deus por elas. Manifestar sentimentos de reconhecimento pelas suas boas ações.
    Extraído do livro Como Tornar o Ensino Eficaz, Antonio Tadeu Alves, CPAD.


    IV. Sugestão

    Converse com as crianças fazendo perguntas pertinentes ao tema estudado. Por exemplo: “Se você fizer algo de ruim a alguém, o que deve dizer a essa pessoa?” “Você deve pôr a culpa em outra pessoa?” “Você deve se esconder?” “Ou deve pedir perdão?” “O que você deve fazer da próxima vez que fizer algo ruim?”

    Para o enriquecimento da aula, leia a história sobre perdão número 35 do livro “As aventuras dos ursos de Bramlee” editado pela CPAD e relacione a situação vivida pelos ursos com as circunstâncias que os pequeninos vivem.

Lição 8 - 2º Trim. 2013 - Maternal 3 e 4 anos.

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Subsídios para as lições do 2º Trimestre de 2013
A proteção e o cuidado de Deus
  • Lição 8- Deus protege a minha família.

    I. Leitura Bíblica: Gênesis 6.13 — 8.22

    II. De professor para professor
    Prezado professor, o objetivo da lição deste domingo é fazer com que a criança compreenda que Deus protege as nossas famílias.

    • Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido.

    • A palavra-chave é “FAMÍLIA”. Durante o decorrer da aula diga às crianças: “Papai do céu protege o papai, a mamãe, o irmão, a irmã, e protege você também”.

    III. Para refletir
    Na Bíblia podemos citar diversos exemplos do cuidado de Deus com as famílias. Um deles, que desejamos partilhar com você, está narrado no livro de Gênesis a partir do capítulo 41 em que José desvenda os sonhos de Faraó e o alerta que após sete anos de fartura, haverá grande fome que consumirá a terra. Diante desta situação, o líder do Egito decide acatar a sugestão de José e o coloca como responsável em comandar todo o povo para estocar alimento nos sete anos de bonança. Quando chegou o período da grande fome, toda a nação egípcia estava salva da terrível fome. Deus, na sua soberania, havia usado José através do dom de interpretação de sonhos para salvar famílias do Egito e de outras nações e nisto também estava incluso a sua própria família, como está relatado em Gênesis 42. Seus irmãos descem ao Egito para comprar alimento. No desenrolar dos acontecimentos sua família vai mais tarde para o Egito. Deus usa as situações mais difíceis para mostrar o quanto Ele zela por aqueles a quem ama.
    Não acontece conosco também? Quantas vezes você já ouvi falar na sua igreja, de casos e testemunhos em que famílias não tinham alimento algum em suas dispensas? Que estavam passando por situação de privação de moradia e Deus usou, despertou e compungiu pessoas e enviou-as para ajudar dando-lhes a provisão necessária. Deus faz isto e muito mais.

    As famílias estão no coração de Deus. Afinal, foi projeto de Deus a criação da família que se iniciou lá no jardim do Éden com o casal Adão e Eva.

    Deus cria e também cuida da sua criação. O seu cuidado está além do que pedimos ou imaginamos.

    No livro “...e fez Deus a família”, o autor Estevam Ângelo declara que: ”A proteção de Deus impede que a ação do inimigo destrua a vida em família”.

    Devemos sempre reconhecer as nossas limitações e nos colocarmos na dependência total do Senhor, entendo que Ele é quem resguarda o nosso lar.

    IV. Conversando com o professor

    Como já é do seu conhecimento, o professor precisa conhecer as peculiaridades da faixa etária com a qual trabalha. Então, vamos continuar observando algumas características da criança do maternal.

    CARACTERÍSTICAS SOCIAIS RECOMENDAÇÃO AO PROFESSOR

    Período narcisista. A criança é egoísta e o centro de seu próprio mundo (quer tudo para si). Brincam sozinhas ou em grupo de 2 componentes.

    São afetuosas e carentes de amor. Apresentam sentimentos de raiva e de frustração. Gostam de música e aprendem a imitar. Estimula a formação de hábitos, como a oração, obediência e compartilhamento. Ensinar a prática do amor cristão. Demonstrar esse amor nas atitudes, perante as crianças.
    Extraído do livro Como Tornar o Ensino Eficaz, Antonio Tadeu Alves, CPAD.

    V. Sugestões

    Os cânticos facilitam a aprendizagem e reforçam o ensino da lição.

    Selecione cânticos que falem sobre Noé e sua família. Cante com sua classe.

    Sugerimos para a aula de hoje o livro de cânticos “Cantando as histórias da Bíblia com a garotada feliz”, volume 1 editado pela CPAD.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Lição 7 - 2º Trim. 2013 - O Divórcio.


Lição 07
O DIVÓRCIO
19 de fevereiro de 2013
 
 

 

TEXTO ÁUREO

“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”  (Mt 19.9).  

VERDADE PRÁTICA 

O divórcio, embora admissível em caso de infidelidade, sempre traz sérias consequências à família. Por isso Deus o odeia. 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO                                                                                            

“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9). 
Nosso texto áureo esta inserido no ensino do Senhor Jesus sobre o Divórcio (19.1-12), a mesma citação do nosso texto áureo (Mt 19.9) é encontrada em Mateus 5.32: “Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério”.
O Senhor Jesus expõem o assunto a respeito do divórcio em resposta a pergunta dos fariseus. Esse episódio aconteceu nos confins da Judéia, além do Jordão.
De acordo com a Bíblia Pentecostal: “A vontade de Deus para o casamento é que ele, seja vitalício, i,e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv. 5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24 nota; Ct 2.7 nota; Ml 2.14 nota). Neste particular, Jesus cita uma exceção, a saber, a “prostituição” (gr. porneia), a palavra esta que no original inclui o adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9). O divórcio, portanto, deve ser permitido em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se recusar a perdoar.
(1)   Quando Jesus censura o divórcio em 19.8-9, não estava referindo-se à separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido no AT em casos de incontinência pré-nupcial, constatada pelo marido após a cerimônia do casamento (Dt 24.1). A vontade de Deus em tais casos era que os dois permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por incontinência pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas (vv.7,8).
(2)  No caso de infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a execução das duas partes culpadas (Lc 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3)  Sob a Nova Aliança, os privilégios do crente não são menores. Embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge inocente, que este tem o justo direito de pôr termo ao casamento mediante o divórcio. Neste caso, ele ou ela está livre para casar-se de novo com um crente           (1 Co 7.27-28).  
Importante compreendermos que historicamente ao falar sobre o assunto em Mateus 19.1-12, o Senhor Jesus elevou o casamento acima das ideias, argumentos e crenças das escolas teológicas judaicas de sua época.
O Senhor Jesus demonstra no seu ensino qual a conduta ideal, qual a verdadeira ética do matrimônio, ou seja, Ele vai a fonte, em Gênesis (Mt 19.4-6), na orientação dada pelo Criador.
Na época do Senhor, a mulher era considerada coisa ou objeto, elas eram compradas, com frequência escravizadas, no lar eram servidoras e objeto da satisfação do homem, por qualquer razão eram repudiadas, pois eram consideradas propriedades dos homens.
Neste triste contexto histórico, sem dúvida alguma o Senhor Jesus não somente elevou a posição da mulher na sociedade, mas também elevou grandemente o estado de casado.
Comentando sobre Mateus 19, o escritor Matthew Henry no seu livro Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a João (1 ed., RJ: CPAD, 2008, p.240) declara:
“A Lei do Divórcio [Mateus 19] vv.3-12. Nós temos aqui a lei de Cristo no caso de divórcio, ocasionada, como algumas outras manifestações da sua vontade, por uma discussão com ‘os fariseus’. Ele suportou tão pacientemente as contradições dos pecadores, que as transformou em instruções para os seus próprios discípulos! Observe aqui:
O caso proposto pelos fariseus (v.3): ‘É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?’. Os fariseus lhe perguntaram isso para provocá-lo, e não porque desejassem ser ensinados por Ele.
Algum tempo atrás, Ele havia, na Galileia, manifestado seu pensamento sobre esse assunto, contra aquilo que era uma prática comum (cap. 5.31,32); e se Ele, do mesmo modo, se pronunciasse agora contra o divórcio, eles fariam uso disso para indispor e enfurecer o povo desse país contra Ele, que olharia com desconfiança para alguém que tentasse diminuir a liberdade de que eles tanto gostavam. Os fariseus esperavam que Ele perdesse o afeto das pessoas tanto por esse como por qualquer um dos seus preceitos. Ou então, a armadilha pode ter sido planejada dessa forma: se Ele dissesse que os divórcios não eram legais, eles o apontariam como um inimigo da lei de Moisés, que os permitia; se dissesse que eram legais, eles caracterizariam a sua doutrina como não tendo em si aquela perfeição que era esperada na doutrina do Messias, uma vez que, embora os divórcios fossem tolerados, eles eram vistos pela parte mais rígida do povo como não sendo algo de boa reputação [...].
A pergunta dos fariseus foi a seguinte: Será que um homem pode repudiar a sua mulher por qualquer motivo? O divórcio era praticado, como acontecia geralmente, por pessoas irresponsáveis, e por qualquer motivo. Será que ele poderia ser praticado por qualquer motivo que um homem pudesse julgar adequado (embora fosse, como sempre, frívolo), como também por qualquer antipatia ou desagrado? A tolerância, nesse caso, permitia isso: ‘Se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio’ (Dt 24.1). Eles interpretavam esta passagem literalmente; e assim, qualquer desgosto, mesmo que sem motivo, poderia ser tornar a base para um divórcio”.  

RESUMO DA LIÇÃO 07 

O DIVÓRCIO 
I. O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A lei de Moisés e o divórcio.
2. A carta de divórcio. 
II. O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO
1. A pergunta dos fariseus.
2. O ensino de Jesus.
3. Permissão para novo casamento. 
III. ENSINOS DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO
1. Aos casais crentes.
2. Quando um dos cônjuges não é crente.
3. O cônjuge fiel não está sujeito à servidão. 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Dissertar sobre o divórcio no Antigo Testamento.
Defender como padrão o ensinamento de Jesus sobre o divórcio.
Explicar o porquê do ensino de Paulo acerca do divórcio.
INTERAÇÃO
Divórcio é o tema da lição desta semana. É um assunto laborioso para se desenvolver. Tenha muita atenção e cuidado ao tratar desse tema, pois é possível que exista alguém nessa situação em sua classe. Lembre-se que o objetivo de ministrarmos essa lição é o de descrever o que as Escrituras Sagradas têm a falar sobre o assunto.
Assim, teremos o respaldo bíblico para agirmos quanto à realidade do divórcio na igreja local. No decorrer da lição procure enfatizar que no projeto original de Deus, não havia espaço para o divórcio. 

COMENTÁRIO 

                                        PALAVRA CHAVE
     DIVÓRCIO:
Dissolução do vínculo matrimonial. 

INTRODUÇÃO

Por ser algo traumático, o divórcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas que, sob determinadas circunstâncias são favoráveis, e há até os que buscam base nas Sagradas Escrituras para admiti-lo em qualquer situação. Qual a posição da Bíblia? É o que estudaremos nesta lição. 
I. O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A lei de Moisés e o divórcio. O capítulo 24 do livro de Deuteronômio trata a respeito do divórcio. Como a prática havia se tornado comum em Israel, o propósito da lei era regulamentar tal situação a fim de evitar os abusos e preservar a família. Nenhuma lei do Antigo Testamento incentivava alguém a divorciar-se, mas servia como base legal para a proibição de outros casamentos com a mulher divorciada.
O divórcio era e é um ato extremo (Ml 2.16). Infelizmente, muitos que conhecem a Palavra do Senhor se divorciam por qualquer motivo. O casamento é uma aliança de amor, inclusive com Deus, um pacto que não pode ser quebrado, sobretudo por motivos fúteis e torpes. 
2. A carta de divórcio. Uma vez que recebia a carta de divórcio, tanto o homem quanto a mulher estavam livres para se casarem novamente. Todavia, segundo a lei, a mulher que fora repudiada, depois de viver com outro marido, não poderia retornar para o primeiro, pois tal atitude era considerada abominação ao Senhor (Dt 24.4).
Divorciar-se não era fácil, pois havia várias formalidades, e somente o homem podia pedir o divórcio. A mulher não tinha tal direito. A Lei de Moisés, apesar de não incentivar o divórcio, dispunha de vários mecanismos para torná-lo mais humano (Dt 24). 
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A lei de Moisés não incentivava o divórcio, mas dispunha de mecanismos diversos, com o objetivo de garantir a dignidade humana. 
II. O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DO DIVÓRCIO
QUANDO AS ESCRITURAS NÃO CONDENAM O DIVÓRCIO
Infidelidade conjugal
“Ele [Jesus] permite o divórcio em caso de adultério; sendo que a razão da lei contra o divórcio consiste na máxima: ‘Serão dois numa só carne’. Se a esposa [ou o esposo] se prostituir e se tornar uma só carne com um adúltero [ou uma adúltera], a razão da lei cessa, e também a lei.
O adultério era punido com a morte pela lei de Moisés (Dt 22.22). Então, o nosso Salvador suaviza o rigor, e determina que o divórcio seja a penalidade” (HENRY, M. Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a João. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, p.242).
1. A pergunta dos fariseus. Procurando incriminar Jesus, e imbuídos da ideia difundida pela escola do rabino Hilel (que defendia o direito de o homem dar carta de divórcio à mulher “por qualquer motivo”), os fariseus questionaram: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3b).
Respondendo aos acusadores, Jesus relembrou o “princípio” divino para o casamento, quando Deus fez o ser humano, “macho e fêmea”, “ambos uma [só] carne” (cf. Gn 2.24). Assim, o Mestre concluiu: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6b). Essa é a doutrina originária a respeito da união entre um homem e uma mulher; ela reflete o plano de Deus para o casamento, considerando-o uma união indissolúvel. 
2. O ensino de Jesus. Os fariseus insistiram: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” (Mt 19.7b). Respondendo à insistente pergunta, Jesus explicou que Moisés permitiu dar carta de repúdio às mulheres, “por causa da dureza dos vossos corações”.
Uma mulher abandonada pelo marido ficaria exposta à miséria ou à prostituição para sobreviver. Com a carta de divórcio ela poderia casar-se novamente. Deus não é radical no trato com os problemas decorrentes do pecado e com o ser humano. Ele se importava com as mulheres e sabia o quanto elas iriam sofrer com a dureza do coração do homem, e tornou o trato desse assunto mais digno para elas.
2.1.- Jesus permitiu o divórcio apenas no caso de “impureza sexual” (grego pornea) Segundo ensinou o Senhor Jesus, o divórcio é permitido somente no caso de infidelidade conjugal.
Ao invés de satisfazer o desejo dos fariseus, que admitiam o divórcio “por qualquer motivo”, o Mestre disse: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt 19.9).
Numa outra versão bíblica, lê-se: “exceto por causa de infidelidade conjugal” ou “relações sexuais ilícitas”. Essa foi a única condição que Jesus entendeu ser suficiente para o divórcio.
2.2.- A questão da “fornicação”. “[...] De onde veio a ideia de que a fornicação é o pecado sexual entre solteiros? O ... Dicionário Patrístico responde a essa pergunta em seguida: ‘Basílio, o único entre os Padres, junto com Ambrosiáster, a manter uma desigual concepção de adultério, com hesitação aplica o termo de fornicação à união de um homem casado com uma jovem não casada e reserva a palavra adultério para os casos em que se trata de uma mulher casada’.
Diante disso, não se sustenta a ideia de que o termo ‘prostituição’, na cláusula de exceção, aplica-se apenas aos solteiros; também não é verdade que ‘fornicação’ é o pecado sexual entre os solteiros. Essa interpretação não resiste a exegese bíblica.
Tudo é pecado, tudo é prostituição, casados também se prostituem, como a prática da sodomia pode ocorrer dentro do casamento. Ninguém pode provar que porneia se aplica apenas a pessoas solteiras. Nenhuma autoridade em língua grega afirma isso” (SOARES, E. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2011,          pp.48-49). 
3. Permissão para novo casamento. Pelo texto bíblico, está claro que Jesus permite o divórcio, com a possibilidade de haver novo casamento, somente por parte do cônjuge fiel, vítima de prostituição, ou infidelidade conjugal. Deus admite a separação do casal, não como regra, mas como exceção, em virtude de práticas insuportáveis relacionadas à sexualidade, que desfazem o pacto conjugal.
Do contrário, um servo ou uma serva de Deus seria lesado duas vezes: pelo Diabo, que destrói casamentos e, outra, pela comunidade local, que condenaria uma vítima a passar o resto da vida em companhia de um ímpio, ou viver sob o jugo do celibato, que não faz parte do plano original de Deus (Gn 2.18). Todavia, em Jesus o crente tem forças para perdoar e fazer o possível para restaurar seu casamento. 
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O Senhor Jesus condena o divórcio, excetuando àquele que foi motivado por prostituição. 
III. ENSINOS DE PAULO A RESPEITO DO DIVÓRCIO.
QUANDO AS ESCRITURAS NÃO CONDENAM O DIVÓRCIO
 Abandono do cônjuge
“A iniciativa de romper os laços do casamento deve partir do descrente, por não estar disposto a viver tal situação (v.15). O texto grego é expressivo: ‘se o descrente se apartar, [chorizo, como no verso 10], aparte-se’.
O gênero masculino de ‘descrente’ é usado de modo inclusivo, assim como o restante do verso indica. ‘Neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão’.
Não está sujeito à servidão em que sentido? [...] Não está sujeito a permanecer solteiro, mas casar-se novamente (Hering, 53; Bruce, 70)” [ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2 ed., RJ: CPAD, 2004, pp.974-75]. 
1. Aos casais crentes. Paulo diz: “todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher” (1Co 7.10,11).
Esta passagem refere-se aos “casais crentes”, os quais não devem divorciar-se, sem que haja algum dos motivos prescritos na Palavra de Deus (Mt 19.9; 1Co 7.15). Se há desentendimentos o caminho não é o divórcio, mas a reconciliação acompanhada do perdão sincero ou o celibato por opção e não por imposição eclesiástica. 
2. Quando um dos cônjuges não é crente. Paulo ensina que, se o cônjuge não crente concorda em viver (dignamente) com o crente, que este não o deixe (1Co 7.12-14). O crente agindo com sabedoria poderá inclusive ganhar o descrente para Jesus (1Pe 3.1). 
3. O cônjuge fiel não está sujeito à servidão. O apóstolo, porém, ressalva: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz. Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” (1Co 7.15,16).
Ou seja, o cristão fiel, esposo ou esposa, não é obrigado a viver até a morte sob a servidão de um ímpio. Nesse caso, ele ou ela, pode reconstruir a sua vida de acordo com a vontade de Deus (1Co 7.27,28,39). Entretanto, aguarde o tempo de Deus na sua vida. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
O apóstolo Paulo afirma que a pessoa crente, quando abandona da pelo cônjuge não crente, está livre para conceber novas núpcias. Contanto, que seja no Senhor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O divórcio causa sérios inconvenientes à igreja local, às famílias e à sociedade. No projeto original de Deus, não havia espaço para o divórcio. Precisamos tratar cada caso de modo pessoal sempre em conformidade com a Palavra de Deus. Não podemos fugir do que recomenda e prescreve a Bíblia Sagrada. E não podemos nos esquecer de que a Igreja é também uma “comunidade terapêutica”. 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008. HENRY, M. Comentário Bíblico Novo Testamento: Mateus a João. 1 ed., RJ: CPAD, 2008. SOARES, E. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ: CPAD, 2011. 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O DIVÓRCIO
O divórcio é a dissolução do casamento. No direito brasileiro, é a oficialização do término de um compromisso conjugal e a oportunidade de se contrair novas núpcias. Para Deus, o divórcio é um ato nocivo, condenado em diversos textos da Bíblia devido ao seu grande prejuízo para a instituição familiar.
O parecer de Jesus quanto ao divórcio — Em certa ocasião, Jesus se deparou com a questão do divórcio quando foi questionado por seus opositores. Isso porque nos anos finais do Antigo Testamento não era incomum os homens de Israel abandonarem suas esposas para contraírem um novo casamento com mulheres mais novas de outras nações: Deus usa o profeta Malaquias para condenar a atitude dos israelitas: “Além disso, ainda cobris o altar do Senhor com lágrimas, choro e gemidos, porque ele não olha mais para as ofertas, nem as aceita da vossa mão com prazer.
 Mesmo assim, perguntais: por quê? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a esposa que tendes desde a juventude, para com a qual foste infiel, embora ela fosse tua companheira e a mulher da tua aliança matrimonial... Pois eu odeio o divórcio e também odeio aquele que se veste de violência” (Ml 2.13,14,16).
 Se analisarmos o texto, teremos duas observações a fazer: primeiro, que não adianta a pessoa se derramar diante do altar do Senhor e ofertar de forma abundante se não for fiel à companheira de sua mocidade (uma referência ao casamento feito na juventude e desprezado após os anos de convivência); e segundo, aos olhos de Deus, o divórcio e a violência são como se fossem a mesma coisa. Divórcio e violência são usados no mesmo verso, como se demonstrasse que o divórcio é uma verdadeira violência para com Deus e a família.
Retornemos para Jesus, quando questionado no tocante à licitude do divórcio. Jesus só entendeu ser tolerável o divórcio em caso de infidelidade conjugal, e isso porque os israelitas tinham um coração duro. E quando os fariseus citaram a pessoa de Moisés, querendo dizer que a Lei deveria ser “respeitada”, Jesus retornou ao princípio da criação, ou seja, séculos antes da Lei, quando Deus criou o homem e a mulher e fez dos dois “uma só carne” no casamento.
Os fariseus queriam colocar Jesus contra a Lei, mas se esqueceram de analisar o que Deus havia proposto antes de a Lei de Moisés ser apresentada ao povo de Israel. E foi esse lembrete que Jesus fez, a fim de que o divórcio não fosse uma prática comum entre o povo de Deus, mas, sim, uma exceção entre os santos.
FONTE: www.professoralberto.com.br