quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lição 7 - 4º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

LIÇÃO 07
INTEGRIDADE EM
TEMPOS DE CRISE

16 de novembro de 2014


TEXTO ÁUREO

 “Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa” (Dn 6.4).

VERDADE PRÁTICA


A integridade deve ser a nossa marca, compreendendo igualmente coração, mente e vontade.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa” (Dn 6.4).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 6 do livro do Profeta Daniel, onde relata a história de Daniel na cova dos leões. Nosso texto áureo (Dn 6.4) apresenta um testemunho marcante da integridade do profeta Daniel.
É possível ser íntegro em meio à corrupção? É possível sujeitar-se a Deus quando ao nosso redor estamos cercados de exemplos contrários ao ideal divino? Esse é o contexto da história do já idoso Daniel.
O capítulo seis de Daniel revela que o profeta fora colocado como um alto oficial do Império de Babilônia no governo de Nabucodonosor e, posteriormente, Dario o assentara como líder de governo do império Medo-Persa. Dario dividiu a escala de poder do império Medo-Persa da seguinte maneira: três príncipes supervisionavam os 120 presidentes constituídos nas províncias do império (vv.1,2). Daniel era um dos príncipes. Mas entre os três o profeta se destacara.
Os príncipes e os presidentes armaram uma cilada política envolvendo a religião do império. Não podiam sujar o caráter de Daniel nas esferas sociais, morais e políticas, então os príncipes e presidentes do império usaram a religião para atingir a vida de Daniel.
O plano era que, durante trinta dias quem dirigisse uma prece a Deus ou a um homem seria lançado na cova dos leões. Ainda assim, o profeta Daniel não alterou a sua rotina. Todos os dias, Daniel dirigia-se para uma sala no andar superior da sua casa, onde se punha de joelhos para orar (além de ajoelhar-se, os judeus ficavam de pé com as mãos erguidas para o céu e também prostravam-se como diante de Deus). Até que foi denunciado pelos seus colegas de governo e Daniel condenado a cova dos leões.
Comentando sobre esse episódio na vida de Daniel, o Comentário Bíblico Beacon traz a seguinte consideração:


Avanço Político de Daniel (6.1-3) - Na reorganização do governo, Dario seguiu a política liberal de Ciro e logo dividiu a responsabilidade da administração. A nomeação de 120 presidentes, sobre os quais foram colocados três príncipes, pode ter sido um arranjo temporário para assegurar a coleta regular dos impostos e manter um sistema de arrecadação e contabilidade. A breve explicação do versículo 2 parece indicar isso: aos quais esses presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano. Dos três presidentes, Daniel se distinguiu. E Dario encontrou nele um espírito excelente e planejava estender sua autoridade sobre todo o reino. Daniel devia ter em torno de 85 anos ou talvez se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado diversas crises políticas. Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegara ao conhecimento dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos governantes acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de Belsazar. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o homem de Deus estava pronto para servir onde fosse necessário. Um homem de fidelidade e honestidade é desconcertante para maquinadores desonestos. Ver Daniel prestes a receber uma promoção que o colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os presidentes podiam tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer custo. O fracasso em encontrar falhas na administração de Daniel os fez buscar uma maneira de atacá-lo no seu ponto mais forte sua religião e a lei do seu Deus. O rei foi ingênuo no que tange à sugestão dos inimigos de Daniel. Era bastante comum para os governantes dos medos e persas colocar-se no lugar de um dos seus deuses e requerer a adoração do povo. Dario sentiu-se lisonjeado em ser o centro da devoção religiosa por um mês, assim, assinou esta escritura e edito  (PRICE; GRAY (Eds.) Volume 4, 2005, pp.518-9).



            Sobre o nosso texto áureo especificamente (Dn 6.4) na livro intitulado Daniel & Apocalipse: Como entender o plano de Deus para os últimos dias, o Pastor Antonio Gilberto faz o seguinte comentário:


Os males da inveja (6.4) - Os companheiros de cargo de Daniel, movidos por amarga inveja, tinham más intenções contra o servo de Deus. Todos têm de vigiar contra este mostro destruidor: a inveja. Ainda neste versículo vemos outra virtude de Daniel: integridade de caráter ‘nenhum erro nem culpa’. O plano diabólico de matar Daniel seria executado através dos dirigentes do povo, e da vaidade do rei. Em Daniel 2.12, o Diabo, em seu plano anterior de matar Daniel, agiu através da ira do rei Nabucodonosor. Agora ele usou outro rei e outras armas: a presunção, a vaidade, o orgulho, a vanglória pessoal. O Diabo percebeu que Daniel seria o homem que intercederia junto a Deus, com oração e jejum, para que os cativos de Israel retornassem à sua terra. O rei seria um deus por trinta dias (v.7). Assim, movido por orgulho e vaidade, assinaria o decreto de morte (v.9). Ainda hoje, muitos decretos, leis, estatutos, resoluções, decisões, votações e reuniões são feitas para prejudicar os outros (GILBERTO, 2006, p.38).


            Que o SENHOR nos ajude e nos dê da sua graça para que possamos ter a integridade que teve seu servo Daniel, que mesmo nos momentos mais traumáticos e desafiadores de nossa vida, possamos manter a integridade e a fidelidade ao SENHOR.


RESUMO DA LIÇÃO 07


INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE

I. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6.1-6)
1. Dario reorganiza o governo e delega autoridade administrativa (Dn 6.1-3).
2. Daniel se torna alvo de uma conspiração (Dn 6.4,5).
3. O perigo das confabulações políticas.

II. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS  (Dn 6.10-16)
1. Nenhuma trama política mudaria em Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn 6.10).
2. A momentânea vitória dos conspiradores.
3. Preservando a integridade (Dn 6.18-22).

III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6.16-24)
1. Daniel preferiu morrer a se dobrar diante de um edito maligno (Dn 6.16,17).
2. Daniel foi protegido da morte pelo anjo de DEUS  (Dn 6.22,23).
3. DEUS mais uma vez foi glorificado através da vida de Daniel                           (Dn 6.22,23,25-28). 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 6.3-5,10,11,15,16,20.

3 - Então o mesmo Daniel se distinguiu destes príncipes e presidentes, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
4 - Então os príncipes e os presidentes procuraram achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.
5 - Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
10 - Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
11 - Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.
15 - Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine, se pode mudar.
16 - Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.
20 - E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?


INTERAÇÃO

Daniel viveu em uma sociedade pagã, porém ele manteve-se fiel e temente ao Senhor.
Foi um importante profeta e estadista que fez a diferença diante dos reis a quem serviu.
A vida deste servo de Deus não foi nada fácil.
Ele experimentou terríveis provas, como a cova com leões famintos, mas em todas elas agiu como um vencedor.
Embora exercendo importantes funções no reino, Daniel não descuidava da sua vida de oração e não permitiu que um edito real o tirasse da presença de Deus.
Tem você, também uma vida devocional como Daniel?
Não permita que dificuldade alguma o impeça de se achegar a presença de Deus em oração.
Jamais espere que uma situação difícil chegue para lhe ensinar a respeito da oração.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que Daniel era um homem íntegro, mesmo vivendo em um meio corrompido.
Analisar o caráter íntegro de Daniel.
Compreender porque Daniel foi parar na cova dos leões.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o quadro abaixo de maneira que cada aluno tenha o seu.
Utilize-o para introduzir a lição.
Mostre todos os reis a quem Daniel serviu e enfatize o caráter íntegro deste servo de Deus, mesmo estando em um meio político corrupto.
Explique que a fé de Daniel fez com que ele se mantivesse inabalável.
A nossa fé em Deus nos livra das investidas de nossos inimigos e nos leva a ter uma vida íntegra.
  

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
INTEGRIDADE:
Caráter, qualidade de uma pessoa íntegra, honesta, incorruptível, cujos atos e atitudes são irrepreensíveis.

O capítulo seis do livro de Daniel, objeto de estudo desta lição, destaca o valor da integridade moral e espiritual de Daniel e seus amigos durante o reinado de Dario.
Daniel agora era um homem idoso, todavia, sua fé em Deus e sua fidelidade permaneceram inabaláveis, mesmo diante das falsas acusações e da condenação que fizeram com que ele enfrentasse a cova dos leões.
  

I. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6.1-6)

Mais de sessenta anos já haviam se passado desde que Daniel e seus companheiros foram levados para o palácio babilônio.
Apesar disso, eles permaneceram íntegros, e mantiveram a fé inabalável no Deus vivo, mesmo vivendo em meio à idolatria e corrupção. Eles não se corromperam com as ofertas palacianas.

1. Dario reorganiza o governo e delega autoridade administrativa (Dn 6.1-3).
Pareceu bem ao rei nomear 120 príncipes para presidirem sobre todo o reino.
Dentre estes, três seriam os principais.
Os outros teriam que prestar contas a esses. Daniel estava entre os três e, dentre eles, logo se destacou e chamou a atenção do rei Dario, pois tinha “um espírito excelente” (v.3).
Assim, não demorou muito para que o rei, devido à aptidão de Daniel, o constituísse sobre todo o reino (v.3).
Tal decisão despertou ciúme e inveja nos outros líderes, os quais logo se tornaram inimigos de Daniel (vv.4,5).

2. Daniel se torna alvo de uma conspiração (Dn 6.4,5).
A inveja e o ciúme fizeram com que homens malignos, sedentos de poder, tentassem derrubar Daniel.
O problema era que por mais que os inimigos de Daniel procurassem um motivo, político ou moral, para acusá-lo, nada encontravam que pudesse manchar sua reputação.
A integridade e a lealdade de Daniel eram tão imbatíveis que seus inimigos resolveram armar uma situação ardilosa contra ele, utilizando a própria fidelidade de Daniel a Deus (v.5).

3. O perigo das confabulações políticas.
A intenção do rei, de promover Daniel ao posto de maior destaque no governo, suscitou raiva nos outros príncipes, pois um estrangeiro teria poder sobre eles.
Os príncipes se utilizaram da vaidade e do ego do próprio monarca para estabelecer uma trama que prejudicasse Daniel.
Invejosos se uniram e foram até o rei e propuseram que fosse feito um edito real determinando que, durante o período de trinta dias, ninguém fizesse oração a outro deus, ou homem, que não fosse ao rei Dario.
Tal edito agradou o vaidoso monarca que desejava ser adorado como um deus (vv.6-9).
Daniel não fora consultado sobre tal decreto, mas certamente sabia que o objetivo era atingir a sua vida devocional e prejudicar sua comunhão com Deus.
Depois que o rei aprovou o edito, os inimigos de Daniel ficaram na espreita, esperando o momento em que ele estaria orando ao Senhor.
Daniel seria apanhado em flagrante.
Entretanto, Daniel não ficou abalado ou preocupado com tal edito (v.10).
Ele não permitiria que nada viesse atrapalhar sua comunhão com Deus e suas orações. 


SINOPSE DO TÓPICO (I)
Mesmo vivendo em uma sociedade pagã, corrompida pelo pecado, Daniel se manteve íntegro.



II. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS (Dn 6.10-16)

1. Nenhuma trama política mudaria em Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn 6.10).
A palavra integridade pode ser definida como “solidez, ou estado de ser inteiro, isto é, completo”.
Ainda muito jovem Daniel entendera que sua vida dependia de sua relação com Deus.
A oração era a maneira de ele ser orientado em suas decisões pessoais e políticas. Da mesma forma, Deus nos orienta e revela a sua vontade por intermédio das nossas orações.

2. A momentânea vitória dos conspiradores.
Daniel soube do edito real, mas não abriria mão da sua fé, mesmo que tal resistência lhe custasse a vida (v.10).
Cientes da integridade de Daniel, os inimigos apenas esperaram o horário costumeiro para fazer o flagrante do “infrator” (v.11).
De posse das provas, foram ao rei e reivindicaram que a lei dos medos e dos persas fosse cumprida (vv.12,13).
Só então Dario percebeu que havia sido usado para que os inimigos de Daniel conseguissem o seu intento (vv.13-15)

3. Preservando a integridade (Dn 6.18-22).
Daniel nos deixou o exemplo de que é possível permanecer íntegro mesmo vivendo em meio a corrupção.
Os servos de Deus são chamados para que sejam luz em meio às trevas.
Uma pessoa íntegra não é dividida, não age com duplicidade, não finge, não faz de conta e, mesmo diante do perigo, não nega a sua fé.
Daniel nunca escondeu sua fé e o fato de que orava a Deus, pois segundo o texto bíblico, ele orava em seu quarto com as janelas abertas (v.10).
As pessoas íntegras não escondem nada de ninguém. Suas vidas são transparentes.


SINOPSE DO TÓPICO (II)
A fé de Daniel contribuiu para que ele tivesse uma vida devocional bem-sucedida. 


III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6.16-24)

1. Daniel preferiu morrer a se dobrar diante de um edito maligno (Dn 6.16,17).
Daniel não discutiu nem questionou com o rei o seu edito.
Quando soube da lei real, foi para o seu quarto e, como de costume, orou a Deus (v.10).
Na verdade, Daniel tinha certeza de que Deus poderia livrá-lo se assim o quisesse.
A grande lição é que sua integridade não o livrou da maldade e da inveja dos seus inimigos, pois foi denunciado, preso e lançado na cova dos leões (vv.16,17).

2. Daniel foi protegido da morte pelo anjo de Deus (Dn 6.22,23).
A firmeza de Daniel estava acima de qualquer trama diabólica.
Com essa confiança, resignadamente aceitou a sua arbitrária condenação (vv.16,17).
Porém, na cova, Daniel constatou o livramento do Senhor, que enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, os quais não puderam devorá-lo (v.22).
O rei Dario ficou temeroso e triste ao ver que não poderia livrar seu fiel súdito daquela situação (v.14).
Porém, no seu íntimo, o rei sabia que o Deus de Daniel poderia operar um milagre.
Por isso, foi à cova para constatar o livramento (vv.18-20).
Ali, o monarca foi surpreendido pelos feitos do Todo-Poderoso. Daniel foi retirado da cova sem nenhum ferimento (vv.22,23).
Então, o rei ordenou que todos aqueles que haviam tramado contra Daniel fossem lançados na cova (v.24).
Os inimigos experimentaram o castigo que eles mesmos haviam preparado.

3. Deus mais uma vez foi glorificado através da vida de Daniel (Dn 6.22,23,25-28).
Daniel não saiu da cova esbravejando e amaldiçoando os conspiradores.
Ao contrário, ele reafirmou sua inocência e disse que Deus havia enviado o seu anjo para livrá-lo (v.22).
Mediante a fidelidade de Daniel, o rei Dario aprendeu uma importante lição e, por isso, decidiu honrar o Deus de Daniel com um edito.
Este decretava que todos os habitantes do império babilônico temessem ao Deus de Daniel “porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões” (vv.26,27).
Portanto, não há e nem houve um Deus como o da Igreja. 


SINOPSE DO TÓPICO (III)
Daniel não se dobrou diante de um edito maligno. Ele foi fiel e o Senhor o livrou dos leões. 


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Daniel foi próspero e abençoado durante todo o reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa (v.28).
Deus honrou a fé do seu servo.
Ele também vai honrar a sua fé e o livrará de todo o mal. Confie!
Atualmente, os inimigos dos servos de Deus também procuram, mediante articulações ardilosas, caluniar e mentir contra aqueles que servem ao Senhor fielmente e se destacam no cenário político e eclesiástico.
Estes lançam calúnias a fim de denegrir a integridade daqueles que legislam e realizam seu trabalho com excelência.
Muitas vezes os íntegros também padecem diante de leis injustas.
A fé do profeta fez com que ele mantivesse sua comunhão com Deus mesmo em tempo de crise.
A fé em Deus nos dá paz e convicção interior para enfrentar as situações adversas da vida.
Como crentes, estaríamos dispostos a sacrificar nossa vida e até morrer pelo nome de Jesus?
O Mestre declarou que no final dos tempos os verdadeiros discípulos seriam odiados, atormentados e levados à morte.
Temos pessoas como Daniel?
Oremos a Deus para que sejamos como este profeta. 


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B. (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
PRICE, Ross E.; GRAY, Paul C. (Eds.). Comentário Bíblico Beacon. Volume 4. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.518-9).
GILBERTO, Antônio. Daniel & Apocalipse: Como entender o plano de Deus para os últimos dias. RJ: CPAD, 2006, p.38. 


 FONTE: www.professoralberto.com.br

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Lição 11 - 3º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

LIÇÃO 11
O JULGAMENTO E A SABEDORIA PERTENCEM A DEUS
14 de setembro de 2014
Professor Alberto


TEXTO ÁUREO

 “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).


VERDADE PRÁTICA


Não podemos estar na posição de juízes contra as pessoas, pois somente Deus é o Justo Juiz.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).

Nosso texto áureo está inserido no versículo 12 do capítulo 4 da Epístola de Tiago, é o fechamento das instruções e exortações sobre a necessidade de resistir as paixões carnais. Neste contexto Tiago declara: “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).
Deus é o autor da Lei, portanto, somente Ele pode julgar de acordo com a essência da Lei, Ele verdadeiramente sabe o significado real da lei, infelizmente ao longo do tempo, os homens distorceram a Lei divina, o Senhor Jesus declarou: “...Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus... Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los;” (Mt 23:2-4) e “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando... Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas...” (Mt 23:5-28).
Portanto, somente Deus que deu a lei, somente Ele é o Juiz que pode julgar, somente Ele possui a inteligência, sabedoria e o poder de julgar aos homens.  Como autor da vida e Senhor de toda criação, Ele pode salvar e destruir, no entanto, Ele nos amou: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3:16-17).
Mas, Ele também é Juiz e há de vir para julgar os vivos e os mortos: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino” (2 Tm 4:1). Portanto, “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir...” (Tg 4.12ª).
“...Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12b) – Trata-se de uma observação vital, porque o questionamento é: porque você presume ter tamanha responsabilidade de Juiz, visto que só Deus é Juiz? Tal atitude é uma insanidade, apenas o torna ridículo, néscio, irresponsável: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mateus 7:1-5); “Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor. Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor” (1 Coríntios 4:3-5).
Isso não significa que não podemos ajudar aqueles que estão em dificuldade espiritual, orientando-os e aconselhando-os. O texto não é contra a ideia de fazermos juízos morais, de tentar ajudar a outros a corrigirem os seus caminhos errados e tortuosos, mas devemos fazer tudo com caridade e paciência: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6:1-2) e Tiago nos ensina: “Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5:19-20).
Portanto, que o Temor do SENHOR esteja sempre presente em nossa vida, para compreendermos que: “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).


RESUMO DA LIÇÃO 11


O JULGAMENTO E A SABEDORIA PERTENCEM A DEUS
I – O PERGIO DE COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)
1. A ofensa gratuita.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11).
3. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12).

II - A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15).
1. Planos meramente humanos (Tg 4.13).
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14).
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15).

III - OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO   (Tg 4.16,17)
1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a).
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b).
3. Faça o bem (v.17).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 4.11-17
11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12 Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
13 Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
14 Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.
15 Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
16 Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
17 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado..
INTERAÇÃO
Tiago nos ensina que falar mal do irmão e julgá-lo nos torna juiz da lei. Sabemos que só existe um único juízes e legislador — Deus. Quem somos nós para julgar nossos irmãos em Cristo?
Como seres humanos somos falhos, imperfeitos e não conhecemos o que vai no interior de cada um.
Deus é santo, justo e conhece as nossas verdadeiras intenções, por isso, somente Ele tem como julgar as pessoas com retidão.
Em o Novo Testamento, Jesus afirmou que a lei se resume em dois mandamentos, amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quem ama o seu irmão não o julga. E quem não ama já está descumprindo a lei divina.
Quais têm sido suas atitudes para com seus irmãos? Você os ama, os compreende, ou tem se colocado diante de cada um como um juiz impiedoso?
Não se esqueça da advertência do nosso Mestre: “Não julgueis, para que não sejais julgados [...]” (Mt 7.1,2).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar os perigos de se colocar como juiz dos irmãos.
Conscientizar-se da brevidade da vida.
Mostrar que a arrogância e a autossuficiência são pecados.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
JULGAR:
Pronunciar sentença (de condenação ou de absolvição); sentenciar.
A lição dessa semana é a continuação dos conselhos práticos de Tiago aos seus leitores. Os assuntos com maior destaque são a “relação social entre os irmãos” e o “planejamento da vida”.
Aprenderemos que, uma vez nascidos de novo, não podemos nos relacionar de maneira conflituosa com os outros. Outro aspecto importante que estudaremos é que o planejamento da nossa vida tem de estar de acordo com a soberana vontade de Deus — único legislador e juiz da vida. Ele é quem sempre terá a última palavra.
I. O PERIGO DE COLOCAR-SE COMO JUIZ                   (Tg 4.11,12)
1. A ofensa gratuita. Não há postura mais problemática em uma igreja local quanto a do “disse-me-disse”.
Infelizmente, tal comportamento parece ser uma questão cultural. Algumas pessoas parecem ter satisfação em destilar palavras que machucam. O que ganham com isso?
Um ambiente incendiado por insinuações maldosas, onde elas mesmas passam a maior parte das suas vidas sofrendo e levando outros a sofrerem. Assim, Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre os crentes (v.11).
Devemos evitar as ofensas e as agressões gratuitas, pois o “irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos de um palácio” (Pv 18.19). As ofensas só trazem angústias, tristezas e desgraças.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O pecado de falar mal do outro foi por Tiago tratado com clareza ainda no versículo 11. Quem empresta os seus lábios para caluniar e emitir falso testemunho, além de estar pecando, coloca-se como o juiz do outro, mas não cumpridor da lei.
Nós, servos de Cristo, fomos chamados para ser discípulos, não juízes. Quem busca estabelecer condições para amar o próximo não pode ser discípulo de Jesus de Nazaré. Já imaginou se hoje, Deus, o nosso Pai, tratasse-nos numa posição de Juiz? Provavelmente estaríamos perdidos!
3. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). Com o objetivo de demonstrar o porquê de não podermos nos colocar como juízes dos outros, o texto bíblico recorda do quanto somos pecadores e declara que há apenas um Legislador (criador das leis) e Juiz (apto para julgar a todos) (v.12).
Apenas o Criador tem o poder de salvar e destruir. Portanto, antes de emitir uma palavra de julgamento contra uma pessoa, responda a esta questão: “Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?”.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Falar mal de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só existe um único Juiz e Legislador entre os crentes, Jesus Cristo.
II. A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA                (Tg 4.13-15).
1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes falarmos “daqui tantos anos vou fazer isso”, “em 2018 eu farei aquilo”, etc.
É verdade que precisamos planejar a vida. Entretanto, todo planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus.
Todavia, infelizmente nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o futuro sem ao menos nos lembrarmos de que Deus, o autor da vida, tem de ser consultado, pois tudo o que temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). “A vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”. Eis uma séria advertência de Tiago para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real condição.
Fazemos os planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe espera. A nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de que a nossa existência terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a vida segundo a vontade de Deus, esperança nossa.
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos que a existência humana é finita e Deus é o infinito Absoluto, o versículo 15 nos ensina a ter um estilo de vida diferente.
A consciência da nossa limitação, bem como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve incidir sobre o nosso modo de viver ao mesmo tempo em que deve servir como ponto de partida para confiarmos ao Senhor todos os nossos planos.
Só com essa consciência, buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Portanto, agiremos assim: “Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou não”. Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na Palavra de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A vida do homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que somos dependentes do Criador.
III. OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO                         (Tg 4.16,17)
1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Pensar que podemos controlar a nossa vida é de uma presunção orgulhosa que afronta o próprio Deus.
Nós somos as criaturas e Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem os seus planos desprezando o Senhor como se fosse possível deixá-lo fora do curso da nossa vida. Não sejamos presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn 18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso Pai, é tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.11).
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A gravidade da presunção e da arrogância humana pode ser comprovada na segunda parte do versículo dezesseis: “toda glória tal como esta é maligna”.
O livro de Ezequiel conta-nos a história do rei de Tiro. Ali, a malignidade, a arrogância e o orgulho humano levaram um poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era poderoso em sabedoria e entendimento, acumulando para si riquezas e poder.
Mas seu coração tornou-se arrogante, enchendo o interior de violência, iniquidades, injustiças do comércio e profanação dos santuários (Ez 28.4,5,16,18). Em pouco tempo o seu fabuloso império desmoronou.
Não há ser humano no mundo que resista às tentações da arrogância, do poder e do orgulho. Triste é o final de quem se entrega à malignidade do orgulho das presunções humanas.
3. Faça o bem (v.17). Fazer o bem é uma afirmação da Epístola de Tiago que lembra as suas primeiras recomendações de não sermos apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra (Tg 1.22-25).
Ora, se nós ouvimos, entendemos, compreendemos e podemos fazer o que deve ser feito, mas não o fazemos, estamos em pecado. Deus condena o pecado de omissão!
Não sejamos omissos quanto àquilo que podemos e devemos fazer! Como discípulos de Cristo não podemos recuar. Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo que nos foi proposto até o fim (Fp 3.14).  
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos nesta lição as duras advertências de Tiago. Infelizmente, as transgressões descritas na epístola são quase que naturais na atualidade. Não são poucos os que difamam, caluniam e falam mal do próximo.
Comportam-se como os verdadeiros juízes, ignorando que com a mesma medida com que medem os outros, eles mesmos serão medidos (Mc 4.24).
Vimos também que ainda que façamos os melhores planos para a nossa vida, devemos nos lembrar de que a vontade de Deus é sempre o melhor. Que aprendamos com Tiago a perdoar ao outro e submetermo-nos à vontade do Pai.  
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L.; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Julgar ou Submeter-se à Lei”?
Tiago inicia uma transição da convocação dos crentes para o seu preparo para o iminente julgamento, exortando-os a cumprir sua responsabilidade perante os semelhantes que, por sua vez, também o enfrentarão. Faz essa mudança de retórica e repetindo o aviso feito em 3.1, que voltará a focalizar em 5.1-9, aconselhando a respeito da atitude que as pessoas devem ter para com seus semelhantes.
Tiago é claramente enfático na sua denúncia sobre como os crentes às vezes tratam os outros (‘não faleis mal uns dos outros’, v.11). Essa tendência de falar julgando e condenando os outros, talvez sem um verdadeiro motivo (calúnia), certamente representa uma das razões pelas quais ele previne contra o orgulho de assumir as responsabilidades de um ensinador (3.1). “O adequado papel de um mestre é ‘convencer do erro do seu caminho um pecador’ (5.20), e não condená-lo (cf. 7.1-5)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Tiago identifica dois problemas que se originam quando as pessoas reivindicam as prerrogativas de um julgamento que por direito pertence somente a Deus, o ‘único Legislador e Juiz  “(v.12).
Ao condenarmos outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez Tiago acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas estamos condenando aqueles que foram ‘feitos à semelhança de Deus’ (3.9), e assim, implicitamente, estamos condenando o próprio Deus (cf. Rm 14.1-8).
Aqueles que julgam os semelhantes estão se posicionando como juízes acima da lei ao invés de submeterem-se a ela (‘se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz’, Tg 4.11); isto é, inevitavelmente o padrão de comportamento reproduz o desejo do juiz humano e não a vontade de Deus (veja 4.13-17). “Ao invés de nos atermos às omissões dos semelhantes na obediência à lei de Deus, deveríamos nos concentrar em nossa submissão a Ele (4.7) e à sua lei” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Julgamento e a Soberania pertencem a Deus
Diz um ditado popular: “Antes de apontar um dedo para alguém, lembre que há quatro apontados para você”. Se esta simples recomendação fosse levada em consideração, muitos mal entendidos seriam evitados. É impressionante como há pessoas que se julgam acima do bem e do mal. Com isso não queremos dizer que não temos a legitimidade de interpretar quando alguém está ou não agindo de maneira dissimulada. Mas o que está em questão nesta seção bíblica de Tiago (4.11-17) é o estilo de vida que a pessoa desenvolve sob a perspectiva de ser superior a outra pessoa.
Nos versículos 13-15, Tiago lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de Deus sobre ela. Quem é verdadeiramente o juiz perfeito, senão Deus? Nós somos simples assistentes, e muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino. Quanta misericórdia Deus teve por você, por mim e tantos outros seres humanos! Torna-se uma tarefa impossível de relatar em alguma folha de papel tamanha misericórdia e amor. Com a exceção da direção divina, a nossa vida é incerta e breve. Hoje estamos vivos, mas amanhã podemos estar mortos. Por isso, quem somos nós para posicionarmo-nos como juízes algozes de alguém?
Caro professor, veja quanta riqueza de temas práticos podemos trabalhar nesta aula com os nossos alunos! É imprescindível que os estimulemos a pensarem estas questões práticas de maneira inteligente e franca. O tema da lição desta semana é vivenciado por eles a cada dia das suas vidas. Não podemos desperdiçar a oportunidade de convencermos os nossos alunos à adequarem as suas consciências à luz da Palavra. Não é normal que as pessoas vivam julgando as outras, e nunca parem para fazer um exame da própria consciência. Este exame pode ser feito de maneira bem prática. Basta, no final de um dia, ao chegar em casa, perguntar-se sinceramente: Hoje magoei alguém com o meu comportamento? Há dentro de mim algum sentimento que reflete a ambição, o egoísmo e o prazer sórdido?

Essas perguntas ajudam-nos a conhecer nós mesmos. Se as fizermos à nossa consciência e respondermo-las com sinceridade não ficará pedra sobre pedra. Então, nos conheceremos melhor, desenvolveremos uma autocrítica mais eficaz e teremos toda a independência para odiar o pecado que tenta nos assombrar. FONTE: www.professoralberto.com.br