quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

Lição 8 - Os impérios mundiais e o reino do Messias

DANIEL 7.13,14



INTRODUÇÃO

I – A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)

II – O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA

III – A VINDA DO FILHO DO HOMEM

CONCLUSÃO

O PRENÚNCIO DA VOLTA DE CRISTO NO LIVRO DE DANIEL

Nesta lição, estudaremos a respeito do prenúncio da segunda vinda de Cristo, encontrado no livro de Daniel. A partir do capítulo sete do livro, veremos a descrição do quadro profético revelado ao profeta do cativeiro. Daniel teve o privilégio de receber de Deus, a visão do Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu. O anjo relata ao profeta a interpretação da visão, em que o juízo divino há de se manifestar no fim dos tempos e Cristo instaurará o seu Reino milenar aqui na Terra. De fato, as Escrituras deixam claro que Cristo há de vir. Entretanto, muitos estudiosos do assunto divergem com relação à questão pelo fato de haver pontos difíceis de entender ao longo das Escrituras Sagradas e que nem sempre obedecem a uma ordem cronológica.

Nesse caso, faremos uma breve exposição destas vertentes, na intenção de auxiliar o professor acerca do contexto escatológico que envolve o livro de Daniel e que a igreja precisa tomar conhecimento. Portanto, nesta aula, o professor poderá explicar aos alunos a respeito dessas diferentes concepções escatológicas, cujo objetivo é esclarecer o quadro profético da segunda vinda de Cristo. Analise com a classe cada concepção e pergunte a opinião dos alunos sobre o assunto. Ao final, comente qual vertente atende melhor a necessidade da Igreja.

A visão do Filho do Homem vindo sobre as nuvens

Além de muitos eventos admiráveis trazidos ao conhecimento de Daniel por meio da visão, há um que é de suma importância para Igreja: a segunda vinda de Cristo. Vale ressaltar que a primeira parte da visão de Daniel, referia-se a quatro animais simbólicos que significava o juízo divino sobre os quatro impérios: Babilônio, Medo-persa, Grego e Romano que governaram o mundo na antiguidade, porém não subsistiram porque Deus havia determinado que destruiria estes impérios de sobre a terra, conforme já havia predito por meio do sonho de Nabucodonosor (cf. Dn 2.26-45).

Em seguida, vemos uma breve declaração a respeito do Anticristo, o pequeno chifre que surge entre os dez e submete a três pontas, referindo-se a três reis que não permanecerão diante do Iníquo. Este procederá com arrogância e prevalecerá contra eles. Entretanto, ao final da visão, Daniel avista o “Filho do Homem” vindo às nuvens do céu, semelhante ao episódio de Atos 1.9-11, a fim de julgar as nações e instituir o seu domínio e estabelecer a justiça perpetuamente “e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7.27). Tal acontecimento, também é declarado a João em Apocalipse: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele” (Ap 1.7). Assim, é verdadeira a declaração que diz respeito à segunda vinda de Cristo e a Igreja deve perseverar, a fim de se encontrar com o Senhor.

As Escrituras confirmam que Ele há de vir

Assim como no livro de Daniel, outras passagens das Escrituras Sagradas ratificam a segunda vinda do Filho do Homem. Entretanto, há muitos estudiosos do assunto que divergem sobre esta questão. Não obstante, a Palavra de Deus deixa claro que Cristo há de vir. O Dicionário de Profecia Bíblica destaca algumas referências: “No Antigo Testamento, Zacarias declara: ‘Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como quando peleja no dia da batalha. Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido ao meio, do oriente para o ocidente e haverá um vale muito grande; e metade do monte se moverá para o norte e metade para o sul. E fugireis pelo vale dos meus montes, pois os vales do monte chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos com Ele” (Zc 14.3-5); Malaquias: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro, ele há de preparar o caminho diante de mim; e de repente virá a seu templo o Senhor, a quem buscais, ao Anjo do Pacto, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando Ele aparecer?’ (Ml 3.1,2);

No Novo Testamento: Jesus Cristo: ‘Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também’ (Jo 14.1-3); Paulo: ‘Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras’ (1 Ts 4.16-18)”. (CPAD, 2012, p.226).

Vertentes teológicas concernentes a Segunda Vinda de Cristo

Em vista disso, destacaremos algumas opiniões a respeito da segunda vinda de Cristo, por parte dos estudiosos. O Dicionário Bíblico Wycliffe discorre: “Os pós-milenialistas dizem que a igreja irá iniciar um período de perfeita paz, um milênio, e então Cristo virá. Os amilenistas dizem que não existe um milênio terreno literal; para eles, as passagens que falam de um governo físico do Messias na terra não devem ser consideradas literalmente. Os pré-milenialistas dizem que, uma vez que as profecias da sua primeira vinda seriam literalmente cumpridas, mesmo que os líderes judeus rejeitassem a sua interpretação literal e não recebessem a Cristo, as profecias da sua segunda vinda devem ser aceitas literalmente.

[...] A segunda vinda de Cristo inclui duas fases: a sua vinda nos ares, para buscar os seus no arrebatamento (Jo 14.3; 1 Co 15.51.53; 1 Ts 4.13-18; Ap 16.15), e a sua vinda para governar sobre as nações do mundo (Zc 14.1; Ap 20.4-6). A época do arrebatamento é uma questão para a qual são possíveis três respostas: Pode ser imediatamente anterior à Grande Tribulação – a visão do arrebatamento no meio da Tribulação; ou depois do período principal da Grande Tribulação, mas antes das sete últimas pragas – a visão do arrebatamento pós-tribulacionista. O importante, e nesse ponto todos os pré-milenialistas concordam, é que as Escrituras, tanto as do Antigo Testamento quanto as do Novo Testamento, ensinam que Cristo irá governar sobre a terra no seu Reino milenar. Eles baseiam as suas conclusões em uma interpretação gramatical e histórica tanto das profecias cumpridas quanto das não cumpridas, do Antigo e do Novo Testamento” (CPAD, 2010, p.491). Nesse contexto, em que a Igreja está inserida, torna-se necessário tomar conhecimento das diversas opiniões teológicas que tratam do assunto, a fim de manter o diálogo, embora não concorde com elas. Porquanto, o mais relevante é que Cristo certamente voltará.

Considerações finais

Considerando tais afirmativas a respeito da segunda vinda de Cristo. Concluímos, pois que, certamente Cristo há de vir. Embora haja divergência por parte dos estudiosos a respeito da forma como as profecias hão de se cumprir e de como se concretizará este evento final, a Igreja precisa manter-se firme na promessa da bem-aventurança de encontrar-se com Cristo. Neste tempo, importa que a santidade e o comprometimento com a Palavra da verdade sejam mantidos, a fim de que o testemunho de Cristo se faça conhecido aos que estão de fora. O contexto da visão de Daniel menciona vários acontecimentos que já ocorreram e outros que ainda hão de acontecer. Concernente a segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, Daniel menciona o Filho do Homem, aquele que há de arrebatar os santos, dar fim ao Anticristo pelo sopro da sua boca (cf. 2 Ts 2.7,8), destronará o sistema corrupto do Diabo e instaurará o Reino dos santos do Altíssimo neste mundo.

Conforme constatamos, há muitas referências tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento que ratificam de forma precisa que Cristo há de voltar, a fim de fazer justiça aos seus servos. Neste ínterim, importa que a Igreja cumpra a missão imperada por Cristo: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15). Portanto, a Igreja deve se apropriar sim, do conhecimento das diferentes vertentes teológicas que apresentam suas prerrogativas a respeito do assunto, cujo objetivo é esclarecer o quadro profético da segunda vinda de Cristo. Porém, o firme fundamento permanece: Cristo em breve voltará!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Juvenis 15 a 17 anos.

Lição 08 - O Islamismo

Texto Bíblico: Mateus 5.1-12



O FUNDADOR DO ISLAMISMO

O Islamismo foi fundado por Maomé, Mohammed em árabe, nascido em 570 d.C. filho de Abdallah e Amina, da tribo dos coraixitas. Seu pai faleceu provavelmente antes de seu nascimento e sua mãe quando Maomé estava com cerca de 6 anos de idade de quem herda uma escrava, 5 camelos e algumas cabras. Foi acolhido por seu avô Abd al-Mottalib, que falece 2 anos mais tarde e por testamento, o menino fica aos cuidados de um de seus filhos, Abu Talib, seu tio.

Aos 20 anos de idade vai trabalhar para uma viúva rica, de nome Khadidja, cerca de 15 anos mais velha, com quem se casa aos 25 anos de idade. Esse casamento trouxe a Maomé bens materiais e projeção social. Teve dela alguns filhos que morreram muito cedo e 4 filhas: Zeineb, Roqaia, Ummu Keltsum e Fátima, a única que deixou descendência.

Em 610, aos 40 anos, afirma ter recebido revelações de Deus, no monte Hira. O sucesso da pregação de Maomé foi inicialmente pequeno. Sua esposa foi a primeira convertida. Por volta de 613 contou a sua visão para seu primo, Ali, e aos demais coraixitas. Em 622 d.C. Maomé recebeu um convite para mudar-se para Medina, cerca de 250 Km ao norte de Meca, a fim de servir como líder e arbítro nas questões existentes entre mulçumanos, pagãos e judeus que ali moravam. Somando isso à oposição que sua pregação ainda suscitava, ele emigrou para Medina. Essa fuga para Medina foi chamada de “Hégira” e tornou-se o início do calendário islâmico. Depois retornou para Meca com um exército e impôs a sua religião pela espada. 

Texto extraído do: “Manual de Apologética Cristã: Defendendo os Fundamentos da Autêntica Fé Bíblica”, editado pela CPAD.

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Adolescentes 13 e 14 anos.

Lição 08 - "Ficar" ou se santificar?

Texto Bíblico 1 Tessalonicenses 4.1-7



Santificação: [Do lat. Santificatio] Separação do mal e do pecado, e dedicação ao serviço do Reino de Deus (Dicionário Teológico. Rio de Janeiro CPAD).

Podemos estudar a santificação sob vários aspectos, que, juntos, nos dão uma compreensão mais ampla dessa doutrina que a Bíblia afirma ser a vontade de Deus: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1 Ts 4.3).

Santificação é, em primeiro lugar, a continuação da obra salvadora na vida do crente. A Bíblia afirma: “Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o Dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6). Essa “boa obra” começou pela salvação, quando recebemos a Jesus como nosso Salvador (cf. Jo 1.12). Ele entrou na nossa vida (cf. Ap 3.20; Gl 2.20) e nós morremos para o mundo (cf. Cl 3.1-3), ocasião em que nos tornamos participantes de uma nova natureza (cf. 2 Pe 1.14). Afinal, “tudo se fez novo” (2 Co 5.17).

A mesma obra é agora aperfeiçoada pela santificação, através da qual Deus faz com que a nova natureza recebida pela salvação domine a velha natureza, para que a carne não receba mais ocasião (cf. Gl 5.13). Dessa maneira Jesus fica formado em nós (cf. Gl 4.19) e nos tornamos um mesmo espírito com o Senhor (cf. 1 Co 6.17). João Batista se expressou sobre isso: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jô 3.30). Desta maneira, a vida de Jesus se manifestará em nossa carne mortal (cf. 2 Co 4.10,11; Gl 2.19) e isso terá influência santificadora em toda a nossa maneira de viver (cf. 1 Pe 1.15,16). A nossa vida tornou-se agora distinguidamente honesta (cf. 1 Ts 4.12) e com moral elevada (cf. 1 Ts 4.3,4). 

Texto extraído da obra “Teologia Sistemática” de Eurico Bergsten, Rio de Janeiro: CPAD.

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Pre Adolescentes 11 e 12 anos.

Lição 08 - As ordenanças da Igreja

Texto Bíblico: Atos 2.37-39; 1 Coríntios 11.23-26



“No Antigo Testamento, muitos eram os rituais estabelecidos por Deus e observados por seus servos fiéis. Sabemos, no entanto, que todos aqueles ritos tinham a função de apontar para o que Cristo haveria de fazer pela humanidade: oferecer-se a si mesmo em sacrifício por nós. Ao morrer em nosso lugar, e ressuscitar ao terceiro dia, o Senhor Jesus aboliu todos aqueles rituais. Uma vez que o sacrifício perfeito – Cristo – fora oferecido, aqueles perderam a razão de ser. Entretanto, dois cerimoniais foram ordenados por Jesus à igreja, como símbolos daquilo que Ele efetuou por nós e de nosso relacionamento com Ele: o batismo em águas e a Santa Ceia.

O batismo nas águas é o cerimonial do ingresso no Corpo de Cristo, e simboliza o início da caminhada espiritual.

Pouco antes de subir ao céu, o Senhor entregou aos discípulos a Grande Comissão: evangelizar os povos, batizando-os, em nome do Pai, Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19).

O batismo é como se fosse uma representação, através do qual a pessoa confessa publicamente que creu em Jesus e foi salva por Ele. O ato da pessoa sendo mergulhada na água significa que a sua velha natureza pecaminosa morreu juntamente com Cristo, e foi sepultada com Ele. Ao ser levantada da água, representa que uma nova pessoa ressuscitou juntamente com Cristo, para viver uma vida (Rm 6.3-6).

A Santa Ceia representa o banquete que Jesus oferecerá no céu. Ele convida-nos a sentar à sua mesa, e nós nos sentamos com a certeza de que somos filhos de Deus, com direito a todas as coisas boas que Jesus conquistou para nós, através da sua morte.  

Os elementos da santa ceia: O Pão e o vinho. Esses elementos no seu sentido natural, são alimentos que nutrem o corpo. Mas na celebração da Santa Ceia, adquirem um significado espiritual: representam o alimento da nossa alma. Ao tomar a Santa Ceia, estamos indicando que o nosso espírito é alimentado por Jesus, o Pão Vivo que desceu do céu (Jo 6.51). significa que Ele vive em nós, e nós, Nele. Alimentados por Cristo, temos as nossas forças renovadas e achamo-nos preparados para as lutas da vida cristã. Participando juntos da Ceia do Senhor, indicamos que estamos unidos em comunhão; que somos um só corpo (1 Co 10.17).

Bibliografia DORETO, Marli. Manual de Integração do Novo Convertido, Rio de Janeiro:CPAD, pp168, 169,179).

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Juniores 9 e 10 anos.

Lição 08 - Tenho uma missão

Texto Bíblico: Marcos 16.14-18; Tiago 2.14-17



A paz do Senhor Jesus, queridos professores da Classe de Juniores!

Neste trimestre, estamos estudando a respeito das principais doutrinas das Sagradas Escrituras, a fim de que as crianças aprendam segundo os padrões bíblicos os conceitos de Deus, homem, Jesus, Espírito Santo, anjos e demônios. Agindo assim, nossos educandos estarão sendo preparados para responder a razão de sua fé, quando forem questionados por outras crianças ou até mesmo adultos.

Na próxima lição, o assunto abordado será a Missão da Igreja, sintetizada no IDE de Jesus. Você terá a oportunidade de ensinar ao seu aluno que somos privilegiados por conhecermos e experimentarmos o amor de Deus, no entanto, muitas pessoas no mundo inteiro ainda não o conhecem. A partir do relato de Marcos acerca do IDE de Cristo, explique-lhes a importância de contar a todas as pessoas que nos cercam, sem exceção, o quanto Deus as ama, como afirma o versículo-chave em Marcos 16.15.

CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO

O pastor Valdir Bícego, de saudosa memória, em seu Manual de Evangelismo, páginas 12 a 17, nos apresenta algumas razões para evangelizarmos, dentre as quais destacaremos:

1. Um mandamento que o Senhor nos deu (Mt 28.19,20; Mc 16.15-18).
2. Uma obrigação de todo salvo (1 Co 9.16).
3. Um dever de todo crente (2 Tm 4.1,2).
4. Um privilégio de cada salvo (Mt 10.32)
5. Uma responsabilidade de cada crente (1 Tm 2.4)
6. Um desafio para o ganhador de almas (Sl 126.5,6)
7. Uma prova de que temos a natureza de Deus (1 Pe 1.4; Jo 4.34)
8. Uma dívida de todo crente (Rm 1.14,15)
9. Um sinal de que somos salvos (Jo 4.39; 1.39-42)
10. Uma necessidade para aquele que é batizado no Espírito Santo (At 1.8)
11. Uma condição para o crescimento da Igreja (Rm 10.14-17)

SAIBA MAIS

“Era um novo ano escolar, e Rachelle tinha uma nova visão do ensino. Ela tinha passado o verão numa viagem missionária, e aprendera uma valiosa lição de vida. A pobreza e a miséria nas montanhas do Equador a deixaram face a face com crianças tão famintas que apanhavam restos de comida do lixo que estava sendo queimado. Pela primeira vez na vida, Rachelle entendeu o que significava ver gente realmente faminta — tanto de comida quanto da Palavra de Deus.

Enquanto Rachelle ajudava numa clínica médica, uma jovem chamada Shani entrou, obviamente com dores. À espera era longa, e Rachelle tentou diminuir a sua dor, contando-lhe sobre quando Jesus curou um homem cego de nascença. Em seguida, Shani perguntou: — Você conhece mais histórias?

— Oh, isso não é uma história – disse Rachelle. — Isso é verdade — realmente aconteceu.

— Como é possível? – perguntou Shani, bastante empolgada. — Quem é este Jesus?

Alegremente, Rachelle transmitiu o amor de Deus e explicou como Shani poderia receber a Cristo como seu Salvador. Shani respondeu instantaneamente, e Rachelle sentiu, com confiança, que Deus estava curando a menina. Quando ela deixou a clínica, toda a sua dor tinha sido removida. Ao parar junto à esa para despedir-se de Rachelle, Shani perguntou: “Rasell, você sabia sobre Jesus a sua vida inteira; por que não veio contar para Shani antes?”

Aquele verão transformou Rachelle. Ela percebeu que Deus tinha definido o padrão ao enviar o seu Filho para transmitir o seu amor de uma maneira tangível, e descobriu que Ele não queria que ela parasse de fazer isso somente porque estava de volta à escola. Esta professora aprendeu que Deus ainda deseja transmitir o seu amor às outras pessoas, por meio dos seus filhos obedientes, trabalhando na vida de uma pessoa de cada vez.

Como Rachelle, você é as mãos da benignidade de Deus, os seus braços de compaixão, a sua voz de verdade. Esteja aberto para que Deus possa usá-lo, a fim de transmitir o evangelho da sua graça às pessoas em sua escola.” (Graça diária para professores. CPAD.p-188).

ATIVIDADES

Aproveitando o tema abordado e a realização da Copa do Mundo na África, sugiro a realização de uma ampla pesquisa a respeito da cultura deste país. Reúna informações e imagens e junte seus alunos, a fim de que juntos possam confeccionar um mural. Depois, explique-lhes a situação do evangelho e da obra missionária neste país. Por fim, faça uma intercessão com todos os alunos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Primários 7 e 8 anos.

Lição 08 - Perdão na Casa de Deus

Texto Bíblico: Esdras 9.1-15; 10.1-14



A paz do Senhor Jesus, queridos professores da Classe de Primários!

Como já é do seu conhecimento, neste trimestre estamos estudando a respeito da Casa de Deus, a fim de explicar às crianças o que é a igreja, o que fazemos lá, e qual a sua função. A partir dessa compreensão, seu aluno terá mais condições de desenvolver um sentimento de pertencimento a esta comunidade e, por conseguinte, de amá-la também. 

No próximo domingo, o assunto abordado será o perdão. Muitos de nós crescemos com certo medo da igreja local em virtude de uma imagem errônea que nos foi transmitida. Uma imagem de que a igreja é lugar de castigo, de punição. Nesta lição, você terá a oportunidade de ensinar ao seu aluno que a igreja é um lugar onde Deus perdoa a seus filhos. A partir da história de Esdras, em que o povo de Israel buscou o perdão do Senhor, explique-lhes a importância de confessarmos a Deus o nosso erro, a fim de alcançarmos o Seu perdão, como afirma o versículo-chave em Provérbios 28.13.

CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO
“1. A tristeza de Esdras pela negligência moral (9.1-4)

Conhecedores do zelo de Esdras pela lei e o seu desejo de vê-la obedecida por seu povo, alguns dos líderes judeus de Jerusalém contaram-lhe um problema que aparentemente já lhes tinha causado grande preocupação. O povo não se mantivera afastado de seus vizinhos pagãos como fora aconselhado fazer segundo a lei de Deus. Muitos deles tinham se casado com pessoas que pertenciam a famílias de nações vizinhas. A referência à semente santa (2) significa “a raça sagrada se misturou com os povos da terra.” Entre eles estavam alguns que eram considerados seus líderes — a mão dos príncipes e magistrados foi a primeira nesta transgressão.

Ao ouvir essa notícia, de acordo com o conhecido costume oriental, Esdras rasgou a sua veste para mostrar sua enorme tristeza e, até mesmo, arrancou os cabelos da sua cabeça e da sua barba (3). Este comportamento chamou a atenção de muitos dos judeus que se reuniram ao seu redor, alguns por mera curiosidade, mas outros para compartilhar a sua dor. Neste estado de espírito, ele ficou assentado atônito (4; espantado ou consternado) no pátio do Templo até a hora do sacrifício da tarde.

Para uma mente ocidental, essa descrição do pesar de Esdras parece enormemente exagerada; mas ela serve para ressaltar a grave natureza do pecado e o horror com que ele é encarado pelos verdadeiros filhos de Deus. Esdras, aqui, era um representante da Lei para o povo, e era muito apropriado que ele demonstrasse como abominava essa desobediência geral da nação.

2. A oração de Esdras (9.5-15)

Na hora do sacrifício da tarde (5), Esdras deixou a sua tristeza, que o tinha mantido ocupado durante horas. Com as roupas rasgadas ele se ajoelhou perante Deus para orar pelos seus compatriotas pecadores. Essa oração de humilde confissão e fervorosa intercessão a favor daqueles que tinham pecado é uma das notáveis orações das Escrituras. Esdras começa com uma expressão pessoal de vergonha, porque ele se identifica com os seus irmãos pecadores. A seguir, ele faz uma exposição da história de seu povo como uma longa história de quedas (pecados) e transgressões, pelas quais foi necessária a punição de Deus, o qual permitiu que eles fossem levados cativos por nações gentílicas (de não judeus). [...]

Nos versículos 5-15 podemos ver “uma oração de penitência.” (1) Uma confissão da culpa do grupo, quando uma pessoa se identifica com o seu povo, 5,6; (2) nós não acreditamos e fomos punidos no passado, 7; (3) Deus, no passado, mostrou uma graça maior do que os nossos pecados anteriores, 8,9; (4) com conhecimento, pecamos outra vez, 10-14; (5) nós somente podemos confessar, mas é o que fazemos, 15.” (Comentário Bíblico Beacon. CPAD. p.500-501).

SAIBA MAIS...


A aula de hoje nos revela que o perdão divino é extenso a todos aqueles que se arrependerem sinceramente e rogarem-lhe perdão. Portanto, esteja disposta a oferecer esta graça em sua sala de aula, quando seus alunos cometerem erros.

“[...] O mundo é inteiramente habitado por pecadores que têm uma necessidade desesperada de perdão. A graça que você conheceu na cruz está disponível para todos, especialmente para aqueles que mais precisam.

Quando você está na sala de aula, pode ser fácil esquecer esta simples verdade. Seu coração imediatamente amolece para certos alunos e se endurece para outros, e esta se torna uma questão para pensar.”
(Graça diária para professores. CPAD.p-95).

ATIVIDADES

O assunto desta lição possibilita-lhe não somente tratar de confissão de pecados a Deus, mas também aos pais. Aproveite para explicar às crianças que todas as vezes que fazemos alguma coisa errada em nossa casa ou na escola, devemos contar aos nossos pais para que eles possam nos ajudar a consertar aquilo que for preciso. Enfatize que a confissão traz uma sensação de paz muito grande ao nosso coração. Diante disso, com o intuito de reforçar este ensino, realize a seguinte atividade:

Reproduza fotocópias dos modelos das tábuas dos Dez Mandamentos no tamanho de uma folha A4. Distribua uma para cada aluno. Peça-lhes para escreverem do lado esquerdo os erros que costumam cometer (geralmente desobedecer aos pais, contar uma mentira ou pegar alguma coisa de alguém). Do lado direito, devem escrever o mandamento do Senhor referente a cada pecado. Por exemplo, do lado esquerdo, “às vezes eu desobedeço a minha mãe”. No lado direito, “Tenho que amar e respeitar minha mãe.” Quando terminarem de fazer, solicite que leiam o que escreveram. Em seguida, devem orar, pedindo ao Senhor perdão por aquilo que têm feito de errado e ajuda para conseguirem obedecer aos mandamentos divinos. Deixe os alunos à vontade para decidirem se querem levar o trabalho para casa e assegure-lhes que não precisam lhe mostrar se não quiserem, uma vez que a confissão é algo extremamente pessoal. 

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Jd Infancia 5 e 6 anos.

Lição 08 - Aprendendo a repartir

Texto Bíblico: Atos 4.32-37



De professor para professor

Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é fazer com que as crianças aprendam que Deus não se agrada do egoísmo.

• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido. 

• A palavra-chave da aula de hoje é “REPARTIR”. Então, durante o decorrer da aula repita a frase: “Papai do céu deseja que você aprenda a repartir.”

Para refletir

• Professor, “procure durante a semana, estudar as formas de despertar o interesse da turma para a história que será estudada. Isso pode ser feito através de perguntas, de um cartaz, ou de dinâmicas de grupo inseridas no corpo da lição” (Extraído da Revista Primários/Mestre 5, CPAD).

Regras Práticas para os Professores 

Os Estágios do Desenvolvimento Arte

É de extrema importância para os professores conhecer os estágios pelo qual a criança passa, durante o desenvolvimento de sua habilidade artística. É essencial ter este conhecimento, se quisermos guiá-las, fazendo o melhor uso das atividades artísticas no ensino da Bíblia. De nada adiante dizer: “Faça um desenho sobre a história hoje”, se a criança, no seu desenvolvimento, não estiver no estágio da representação, da figura. Temos a seguir uma descrição dos principais estágios.

Estágio da Manipulação. Este estágio se inicia nos primeiros contatos com quaisquer materiais artísticos. A criança experimenta a arte através da manipulação de gizes de cera, pintura, argila ou outros materiais. No início, esta manipulação é ao acaso. Faz rabiscos com o giz de cera apenas para testá-lo. Mais tarde, seus riscos são mais controlados e passam a ter um propósito. Desenha com um certo ritmo e tenta fazer diferentes riscos – contínuo, mais forte, circular e assim por diante.

Neste estágio, a criança sente-se feliz ao trabalhar. Desde que já tenha se acostumado à classe do jardim de infância, normalmente é muito social. Ri e conversa com os outros. Manipula a argila e risca as folhas dos colegas, sem ressentimentos quando fazem o mesmo com seus trabalhos.

Na primeira vez que usa um pincel, tende a utilizá-lo como se fosse um lápis, desenhando linhas, em vez de colorir áreas. Com o tempo, suas experimentações o levam a produzir áreas coloridas, por vezes contornadas por uma outra cor. Algumas crianças descobrem rapidamente os efeitos que se pode obter com os pincéis, como pontilhar e salpicar. Começam a repetir e praticar as diversas formas que já conseguiram desenhar.

Durante os primeiros estágios, seus trabalhos não têm um tema ou título, mas um dia, percebe um rosto no círculo que desenhou. Adiciona dois olhos e diz: “É um homem” ou “Sou eu”. As maiorias das formas desenhadas se parecem com quadrados, então, pode dizer: “É uma janela”. Às vezes, o título do trabalho se baseia mais no movimento do que na forma. A criança arrasta o giz de cera, fazendo um desenho em espiral diz: “Zoom, zoom”. É um avião girando no ar. Ou, encosta o pincel no papel ligeiramente, várias vezes, e diz que é um menino andando. Se não estivéssemos presente, poderíamos ficar curiosos para saber a relação entre o desenho e seu título.

Com materiais tridimensionais, o progresso é o mesmo. Por exemplo, com a argila, inicialmente, a criança apenas a esmaga entre seus dedos. Mais tarde, adquire maior controle dos seus movimentos, formando bolas e rolinhos. Com os blocos, a princípio, os empilha sem nenhuma ordem, para derrubá-los em seguida. Depois, aprende a colocar os blocos maiores na base, e faz outros tipos de arrumação ordenadamente. 

Qualquer que seja o material, o estágio inicial será sempre o da manipulação, que se subdivide em três fases:

1.       Manipulação ao acaso.
2.       Manipulação controlada.
3.       Manipulação planejada ou nomeada.  

(Extraído do livro Como Ensinar Crianças do Jardim, CPAD.)

• Atividade 

Realize as atividades sugeridas na revista do Mestre, página 80.

Conteúdo adicional para as aulas do Jardim de Infância

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Maternal 3 e 4 anos.

Lição 08 - Louve a Deus por nosso salvador!

Texto Bíblico: Lucas 1.26-55;2.1-20



De professor para professor

Prezado professor, neste domingo as crianças terão a oportunidade singular de compreenderem o significado da palavra “SALVADOR”. O objetivo é que as crianças louvem a Deus pelo Salvador Jesus. 

• Faça uma recapitulação da aula anterior. Pergunte qual foi a palavra-chave estudada e qual o versículo aprendido. 

• A palavra-chave da aula de hoje é “SALVADOR”. Então, durante o decorrer da aula, repita a frase: “Vamos louvar a Jesus, nosso Salvador.”

Para refletir


• Através do texto bíblico da lição, aprendemos a louvar e agradecer a Jesus pelo que Ele fez, está fazendo e fará. Que jamais deixemos de nos sentir surpreendidos e extasiados ao pensar na maravilhosa graça de Deus, não importa quantos anos tenhamos sido por ela alcançados.

• O professor que realmente leva a sério a responsabilidade de ensinar os preceitos bíblicos iniciará o seu planejamento de aula no começo da semana. Então:

Ore por seus alunos, pedindo ao Espírito Santo que esta aula, em que estaremos falando sobre o Salvador, seja especial para cada um. Que a presença de Deus seja algo mais do que notório.

•    Regras Práticas para os Professores 

Como podemos ser eficientes em ensinar as crianças de um modo que agrade a Deus?

Vamos apresentar, a cada semana, um plano que pode auxiliá-lo a realizar esta tarefa. Vamos chamar este plano de “Ciclo Educacional Para Ensinar Crianças”. O ciclo educacional fornece orientações pelas quais um ministério de ensino eficaz pode ser planejado e programado.

Nossa programação para crianças tem de proporcionar variedade e equilíbrio. Apresentamos sugestões para um ministério com crianças para um ano inteiro

(Continuação...)

6. O acampamento em que haja pernoite pode dar às crianças a experiência de uma semana inteira de construção de relacionamentos e a vivência num cenário comunitário — vendo os princípios cristãos postos em prática todos os dias por líderes e colegas. Fogueiras de acampamento, caças ao tesouro, histórias bíblicas contadas na mata, natação no lago e canoagem são alguns dos eventos excitantes que podem acontecer durante a semana em que a criança faz acampamento.

7. A Escola Bíblica de Férias pode ser eficiente ferramenta de evangelismo. Ela oferece talvez tanto tempo de ensino em uma semana quanto oferece a Escola Dominical em um trimestre inteiro.

8. As sessões de aconselhamento em grupo devem ser planejadas como parte regular do ministério com crianças. Conselheiros leigos podem falar e ouvir as crianças. Dar orientação cristã e direção é crucial.

9. O Dia da Criança concentra todas as atividades da igreja no ministério com crianças. Slides mostrados no culto, atividades de aprendizagem bíblica exibidas na nave do templo e testemunhos dados por professores e pais empolgados com seus ministérios podem ajudar a congregação a entender a visão do ministério com crianças. 

10. Os programas musicais dão às crianças a oportunidade de usarem seus talentos ao nosso Senhor. Os corais de crianças, os grupos musicais, os teatros de fantoches podem ter um ministério na hora do culto dos adultos e das crianças.

A programação para crianças precisa ser elaborada segundo as características e necessidades delas. Líderes e professores devem estar envolvidos no planejamento, implementação e avaliação dos programas. O ministério educacional atinge as metas estabelecidas para cada programa?

Continua na próxima semana.

Trecho extraído do Manual de Ensino Para o Educador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
• Atividade Manual

Para reforçar o ensino da lição, sugerimos a confecção de um “livro” com caixas. Através desta atividade você poderá fazer uma recapitulação das lições anteriores.  Você vai precisar dos seguintes materiais: caixas médias (eletrodoméstico), papel colorido, figuras das lições (pasta de visuais) e cola. 

Forre as caixas com o papel colorido. Em cada lado da caixa cole um visual. 

As crianças vão jogar a caixa, e a figura que ficar em evidência, virada para cima, deve indicar uma história do trimestre. Por exemplo: Se a figura que ficou para cima for a visão de Isaías do trono de Deus, você deve contar de modo bem resumido a história de Isaías e dizer que os anjos também louvam a Deus. FONTE CPAD.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

LIÇÃO 08
OS IMPÉRIOS MUNDIAIS
E O REINO DO MESSIAS

23 de novembro de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO

 “E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão”           (Dn 7.27).

VERDADE PRÁTICA


Enquanto os impérios humanos caem, o Reino de Deus se expande através de Jesus Cristo.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão”          (Dn 7.27).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 7 do livro do Profeta Daniel, quando o Profeta tem a visão dos quatro animais simbólicos. Como já se pode observar o livro de Daniel compõe-se essencialmente de seis histórias e quatro visões. As histórias ocupam os capítulos 1-6, e as visões os capítulos 7-12:

As Seis Histórias de Daniel e Seus Amigos:
Capítulo 1: Daniel e seus amigos na corte de Nabucodonosor
Capítulo 2: O sonho de Nabucodonosor
Capítulo 3: O ídolo de ouro e a fornalha de fogo
Capítulo 4: A loucura de Nabucodonosor
Capítulo 5: A festa de Belsazar
Capitulo 6: Daniel na cova dos leões

Os Quatro Sonhos-Visões:
Capítulo 7: A visão das quatro feras
Capítulo 8: A visão do carneiro e do bode
Capítulo 9: A profecia das setenta semanas
Capítulos 10-12: A visão sobre os últimos dias

Cronologicamente, este capítulo 7 foi escrito por volta do ano 553 a.C., quando o Profeta Daniel tinha aproximadamente 69 anos de idade, foi no reinado de Belsazar (Dn 7.1).


Conforme comentário de R. N. Champlin sobre este versículo que é o texto áureo deste domingo, encontra-se:

Dn 7.27 - O reino e o domínio, e a majestade dos reinos. Este versículo sumaria os vss. 13 e 14 e é essencialmente equivalente ao vs. 14. O Filho do Homem assume o reino, Ele é o vice-regente do Ancião de Dias. Aqui os santos aparecem e agem como os recebedores do Reino, juntamente com as divinas Autoridades e as hostes celestiais. O reino do Deus Altíssimo (Dan. 3.26) é dado por Ele aos santos, conforme vemos no vs. 22. O autor sacro tem em vista um futuro magnificente para Israel, possível mediante intervenção divina direta, pois a história natural jamais poderia produzir tais acontecimentos. Outras nações continuarão a existir, mas subordinadas a Israel, que se tornará então a cabeça das nações da terra. Subordinando-se a Israel, todos os povos serão unidos sob um único Deus e prestarão lealdade e adoração a Ele. Seu conhecimento cobrirá então a face da terra como os mares cobrem os seus leitos. Ver Isa. 11.9. Haverá grandiosa restauração e raiará a Época Áurea. “Que o Novo Reino será entregue aos justos é algo que concorda com o pensamento escatológico geral. Ninguém poderá conquistá-lo. Antes, será um dom de Deus. O reino deles: o pronome é singular, e a referência pode ser à Figura Messiânica, quando o reino foi dado, conforme o vs. 14, e portanto “reino dele”. É mais provável, entretanto, que se refira ao governo do povo dos santos que Dan. 2.44 citou como eterno. Todos os outros domínios O servirão e Lhe serão obedientes” (Arthur Jeffery, in loc.). O Triunfo Final. “O último reino, o reino dos santos, será universal, envolvendo todos os remidos. O triunfo final terá qualidade remidora. Afetará todos os homens e restaurará a correta relação entre Deus e os homens. Essa é grande diferença entre a vitória dos santos e a vitória dos pecadores, que traz somente destruição e caos” (Gerald Kennedy, in loc.) (CHAMPLIN, 1995, Vol. 5, p. 3409-3410).


Portanto, nosso texto áureo é um profecia sobre o Reino Milenar de Cristo, embora hoje em dia muitos não acreditam no reino Milenar como literal, mas apenas simbólico, como é o caso da Igreja Católica, Igreja Presbiteriana e outras denominações mais antigas, profundamente influenciadas pela interpretação de Santo Agostinho, que defendeu o Milênio como sendo um período simbólico.
É importante ressaltar, que fontes antigas da igreja primitiva apontam para a crença do Milênio como um período literal. Assim, a crença no milenarismo não é um ensino estranho à igreja primitiva. Justino, Mártir (100-165) era milenarista :

De minha parte, eu e alguns outros cristãos de mentalidade correta não só admitimos a futura ressurreição da carne, mas também mil anos em Jerusalém reconstruída, embelezada e aumentada, como o prometem Ezequiel, Isaías e os outros profetas (ROMA, 2013, p. 236).

... houve entre nós um homem chamado João, um dos apóstolos de Cristo, que numa revelação que lhe foi feita, profetizou que os que tiverem acreditado em nosso Cristo passarão mil anos em Jerusalém  e que, depois disso, viria a ressurreição universal e, dizendo brevemente, a ressurreição eterna e o julgamento de todos juntos. A mesma coisa dita por nosso Senhor: “Não se casarão, nem serão dadas em matrimônio, mas serão como os anjos, pois são filhos de Deus da ressurreição” (Lc 20.35-36) (ROMA, 2013, p. 237-238).


 O milenarismo foi uma crença comum na comunidade cristã primitiva, outros pais da Igreja cristã, também defendiam o milenarismo:

Os primeiros teólogos que podem ser considerados historicistas: Justino (100-165 D.C.), Irineu (c. 130-202 D.C.), e Hipólito (c. 170-235). Todos acreditavam num milênio literal após a segunda vinda de Jesus (KOVACS & ROWLAND, 2004, p.15 Apud LIMA, 2012, p.24).

O maior teólogo da antiguidade a adotar o modelo espiritual de interpretação foi Agostinho de Hipona (354-430 D.C.), mas sua primeira interpretação foi literal. Num sermão (259). Agostinho havia adotado a posição milenarista, ou seja, de que haveria mil anos literais de Cristo na terra antes do Julgamento Final (BACKUS, 2000, p. XIV Apud LIMA, 2012, p. 23).



A crença milenarista desaparecerá no período do governo da igreja católica, iniciando por Agostinho de Hipona, como aponta o historiador francês Jean Delumeau:

...Santo Agostinho que ele foi o “liquidador do milenarismo cristão primitivo”. É verdade que ele desfechou um golpe severo ao interpretar os mil anos de Apocalipse como o período de duração indeterminada reservado ao reinado da Igreja entre a vinda do Salvador e o fim dos tempos. Durante essa fase intermediária, os santos e os pecadores estão inextricavelmente misturados na “Cidade de Deus”, será assim até o juízo final (DELUMEAU, 1997, p. 32).


Mas o milenarismo voltará com muita força pós Reforma Protestante, sendo um dos temas mais presentes e recorrentes nos países protestantes, em especial a Grã-Bretanha no século XVI um país saturado de estudo escatológico. Jean Delumeau assim descreveu esse período:

O país do Ocidente que, no final do século XVI e até cerca de 1660, debateu com maior paixão os prazos apocalípticos foi de fato a Grã-Bretanha... interpretação das profecias, a dos milenaristas, não foi feita apenas por alguns espíritos excêntricos. Ao contrário, foi proposto por teólogos reconhecidos, em particular entre os puritanos. Chegou-se a escrever que “a ideia de uma rápida realização do milênio de Nosso Senhor era largamente difundida entre todas as categorias de devotos”, e mesmo entre alguns adeptos da realeza”... De maneira mais geral, é essencial perceber que os fatores teológicos desempenharam um papel importante na história política inglesa do século XVII (DELUMEAU, 1997, p. 216).

            Portanto, nosso texto áureo aponta para o Reino Milenar de Cristo, e os membros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus crê neste reino como uma verdade literal, que se cumprirá conforme as profecias das Sagradas Escrituras:

CREMOS:
2º – Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão. 2 Tm 3.14-17.

11º – Na segunda vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas: Primeira – invisível ao mundo, para arrebatar a Sua Igreja fiel da terra, antes da grande tribulação; Segunda – visível e corporal, com Sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos. 1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14.



RESUMO DA LIÇÃO 08


OS IMPÉRIOS MUNDIAIS E O REINO DO MESSIAS
I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)
1. A visão.
2. A interpretação.

II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
1. Tronos, "ancião de dias" e juízo divino (vv.9-14).
2. O "Filho do Homem" (vv.13,14).
3. A Grande Tribulação (vv.24,25).

III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM
1. A visão (vv.13,14).
2. "Os santos do Altíssimo" (v.18).
3. A destruição do Anticristo (vv.26,27).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 7.3-8,13,14

3 - E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
4 - O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.
5 - Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne.
6 - Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas: tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.
7 - Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrí­vel e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez pontas.
8 - Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.
13 - Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem: e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
14 - E foi-lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem: o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino o único que não será destruído.

INTERAÇÃO
 O texto bíblico que vamos estudar é o capítulo sete de Daniel, trata-se do capítulo inteiro. Muitas pessoas não compreendem o livro de Daniel por acharem-no difícil.
É verdade que a obra do profeta é complexa, mas, igualmente, muito do que se diz ser complicado pode ser resolvido através de uma leitura atenta com o auxílio de uma versão contemporânea. E com a ajuda dos eruditos que, através dos dicionários e dos comentários bíblicos, disponibilizaram uma vida inteira de estudo para nos auxiliar.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever e explicar a visão dos quatro animais.
Identificar o clímax da visão do profeta.
Compreender a volta de Jesus à luz do capitulo sete de Daniel.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
IMPÉRIO:
Forma de governo monárquico, cujo soberano tem o título de imperador ou de imperatriz.
Na lição veremos uma mudança narrativa no capítulo sete de Daniel. Agora estamos diante de uma série de quatro visões do profeta. É o “apocalipse do Antigo Testamento” apresentando quatro impérios simbolizados por quatro animais.
A visão do capítulo dois foi dada a um rei pagão, Nabucodonosor, enquanto que a do capítulo sete, a um servo de Deus, o profeta Daniel.
Veremos que em Nabucodonosor, a visão revela o lado político dos impérios apresentados como uma grande estátua.


Em Daniel, através dos quatro animais, ela revela o lado moral e espiritual desses impérios. Os fatos são os mesmos, mas os objetivos das duas visões têm finalidades distintas. No capítulo sete, Deus revela a Daniel o fim dos quatro impérios e o surgimento do reino eterno do Messias prometido.

I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)


1. A visão. Daniel recebeu a visão sobre os quatro animais no primeiro ano do rei Belsazar da Babilônia. É importante lembrarmos, aqui, que Belsazar não governou sozinho.
Ele foi corregente com o seu pai, Nabonido. Veremos agora a primeira parte da visão de Daniel (vv.1-3):  a) O “leão com asas de águia” (v.4). O versículo quatro descreve um animal semelhante ao leão com asas de águia. Enquanto Daniel o contemplava, as asas do leão eram arrancadas.
Posteriormente, o animal foi erguido da terra, posto de pé como um ser humano e, logo depois, ele recebeu um coração humano. O leão representava o império da Babilônia.
b) O urso (v.5). Daniel viu uma figura semelhante a um urso. Este fora erguido de um lado e tinha em sua boca três costelas. A este animal as pessoas diziam: “Levanta-te, devora muita carne”. O urso simbolizava o império Medo-Persa.
c) O leopardo com quatro asas (v.6). Outro animal era uma figura semelhante ao leopardo. Este possuía quatro cabeças e tinha quatro asas de aves em suas costas. Foi-lhe dado domínio. O leopardo simbolizava o império da Grécia.
d) Uma aparência indescritível (vv.7,8). “Terrível, espantosa e extremamente forte” era a figura do quarto animal. Ela tinha enormes dentes de ferro, comia e triturava o que encontrasse pelo caminho. Em sua cabeça havia ainda dez chifres.
Enquanto Daniel prestava atenção nos dez chifres, um chifre pequeno surgiu entre os dez; mas três dos primeiros dez chifres foram arrancados pela raiz. No chifre pequeno havia também olhos como “olhos humanos” e uma boca que proferia “palavras arrogantes”. O animal, aqui descrito, simbolizava o império romano.



2. A interpretação. O bloco dos versículos 9 a 14 revelam mais duas figuras: a do Ancião e a do Filho do Homem. Após este bloco de versículos, Daniel passa a narrar a interpretação dos animais dada a ele ainda na mesma visão (vv.15-27):
a) As figuras dos animais (15-18). As figuras representadas pelo leão, urso, leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma (v.17).
b) A ênfase no quarto animal (vv.23-27). O quarto animal foi o que mais chamou a atenção do profeta Daniel: “Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros” (v.19).
Daniel precedeu o tempo em que o império romano se tornara uma superpotência. Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administrativa, mas frágil (barro), dada a grande corrupção que ajudou a sepultar “um sonho chamado Roma”.

c) Os dez chifres e o pequeno chifre. Os dez chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefiguravam dez reis advindos do antigo império romano. Mas outro rei, representado pelo pequeno chifre, se levantará após os dez reis e abaterá os três primeiros, arrancando-os tal como descreve a visão.
Este pequeno chifre é o Anticristo escatológico tipificado na pessoa de Antíoco Epifânio, o qual estudaremos rapidamente na próxima lição e, com maiores detalhes, na lição 12.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Em Daniel 7.1-8 o profeta recebe visões sobre os quatro animais que simbolizavam os quatros grandes impérios do mundo.
II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino (vv.9-14). Entramos na segunda parte da visão de Daniel, que trata do julgamento celeste. O versículo nove nos diz: “foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou” (v.9).
A figura de vários tronos tipifica um contexto de julgamento e justiça. A profecia nos fala que o juiz do julgamento é o “ancião de dias”, isto é, Deus é retratado no livro tendo cabelos brancos e vestido de branco. É aquele que Abraão reconheceu como o “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25).
O tribunal demonstrado no sétimo capítulo de Daniel revela que Deus julgará “o pequeno chifre” e decretará a sentença final contra o quarto animal (Roma) (vv.11,12). Aqui está o ápice da visão de Daniel, ou seja, o Altíssimo julgando as maldades, crueldades e perversidades das nações deste mundo!

2. O “Filho do Homem” (vv.13,14). A expressão “filho do homem” ou, de acordo com os melhores manuscritos antigos, “filho de homem”, aparece mais de 80 vezes no livro de Ezequiel. A fórmula é regularmente traduzida como “homem” ou “ser humano”, pois na Bíblia trata-se de expressões sinônimas. Tanto em Daniel quanto em Ezequiel, “filho do homem” refere-se a um ser humano distinto que recebe de Deus a soberania celestial. Posteriormente, os santos apóstolos de Cristo identificaram “filho do homem” com a pessoa de Jesus de Nazaré (Mt 24.27,30).
Em o Novo Testamento, Jesus introduziu o Reino de Deus no mundo como o próprio verbo divino feito carne, a plena revelação de Deus (Jo 1.1,14). Foi-lhe dado um nome que é sobre todo o nome e todo o poder sobre a Terra (Fp 2.9-11). Jesus Cristo virá pela segunda vez e instaurará o governo literal de Deus no mundo o reino milenar (Ap 20.2,6).
3. A Grande Tribulação (vv.24,25). Segundo a visão conservadora-tradicional e evangélica, estamos diante de um texto que aponta para um tempo de grande sofrimento no mundo, especialmente em relação à nação de Israel. “O chifre pequeno”, advindo da região do quarto império, Roma, promoverá engano e assombro no planeta.
Na linguagem neotestamentária, ele é o “Anticristo”, o blasfemador de Deus e dos seus preceitos. Por “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”, o “Anticristo” terá autoridade no mundo. Esse período equivale a “três anos e meio”, ou “quarenta e dois meses” ou “mil e duzentos e sessenta dias” (Dn 12.7; 9.27; Ap 12.14; 7.14).
Ele compreende a metade dos sete anos finais prescritos como a Grande Tribulação e o fim do “tempo dos gentios”. Nos primeiros “três anos e meio” o Anticristo fará acordos com Israel, mas não os cumprirá.
Este é o período de grande poder e influência política desse líder mundial sobre o mundo e os judeus. Mas o Messias o dominará e quebrará o seu reino de mentira. O Anticristo será condenado e a plenitude do Reino de Deus será estabelecida para sempre!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O clímax da visão profética de Daniel marca o advento da grande tribulação, do filho do homem e do juízo divino.
III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM
1. A visão (vv.13,14). Explicamos anteriormente a expressão “filho do homem” e vimos que ela fora atribuída pelos apóstolos a Jesus Cristo. O versículo 13 de Daniel afirma que o “filho do homem” voltará nas nuvens do céu.
Este é o entendimento remontado em Atos 1.9-11 quando da afirmação dos santos anjos sobre a volta do Cristo de Deus: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. [...] [Os anjos] lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”.
Da mesma forma o apóstolo João escreveu no Apocalipse uma mensagem recebida do próprio Jesus: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram” (Ap 1.7). O reino de Cristo será eterno, único e jamais perecerá (v.14).
2. “Os santos do Altíssimo” (v.18). Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a expressão “os santos do Altíssimo” era identificada por eles como o povo judeu que estava em cativeiro.
Entretanto, de modo mais abrangente, e de acordo com Apocalipse 7.9-17, e a partir da revelação progressiva da Palavra de Deus ao longo da história bíblica, esses grupos de mártires e santos são os crentes advindos da Grande Tribulação, de todos os lugares, tribos e nações, que tiveram as suas roupas lavadas no sangue do Cordeiro.
3. A destruição do Anticristo (vv.26,27). Deus intervirá na história dos judeus e trará juízo contra o Anticristo. Este será julgado e condenado para sempre. A sua destruição dar-se-á quando do final do segundo período de “três anos e meio” da Grande Tribulação.
Mas a Igreja de Cristo, lavada e remida no sangue do Cordeiro, não passará pela Grande Tribulação. Antes de iniciar esse tempo de grande sofrimento, o Corpo de Cristo será tirado do mundo para estar para sempre com o Senhor.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
O profeta Daniel viu o dia em que virá o Messias e Ele julgará tanto os grandes quanto os pequenos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Lamentavelmente, devido à multiplicação da “doutrina” da prosperidade, e de muitas igrejas e pregadores propalarem o “aqui e agora”, a profecia bíblica quanto ao futuro ficou de lado.
Outros caem no erro de ensinar que as profecias de Daniel e do Apocalipse são alegorias e produtos de um tempo e de uma cultura sem conexão com a era atual.
Estudemos a Palavra de Deus para não nos acharmos soberbos, deleitosos e não sejamos, pois, a Laodiceia contemporânea (Ap 3.14-22)!

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004. GILBERTO, Antônio. Daniel & Apocalipse. RJ: CPAD, 2006.
                              AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“As Quatro Bestas”
Durante o primeiro ano do reinado de Belsazar, Deus revelou a Daniel um outro resumo dos impérios mundiais que estavam por vir. Por meio de um sonho e visões noturnas, Daniel viu o mar revolto (representando os povos da terra). Dele, subiam quatro grandes animais ‘diferentes uns dos outros’ (7.2-3). Os animais eram um leão, um urso, um leopardo e um outro não definido, que era ‘terrível, espantoso e sobremodo forte’ (7.7). “Sobrepondo-se à profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor, os animais representavam a Babilônia (o leão); a Medo-Pérsia (o urso); a Grécia (o leopardo), com seus quatro generais que dividiram o reino de Alexandre, o Grande, logo após sua morte; Roma (o quarto animal)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.177).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O Filho do Homem”
A Daniel foi concedida a visão celestial do Filho do Homem perante o tremendo e resplandecente trono do Deus Todo-Poderoso, o Ancião de Dias (Dn 7.9-14). Durante suas palavras no cenáculo, o Senhor Jesus disse a seus discípulos que Ele (o Filho do Homem) retornaria ao seio de seu Pai celestial, que o enviara para morrer pela humanidade (Jo 14.1-6,28; 16.28). Na verdade, sua volta para a glória foi testemunhada por aqueles fiéis discípulos. Os anjos lhe disseram: ‘Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir’ (At 1.11). Daniel pode ter testemunhado a ascensão do Senhor e sua entrada diante do trono de Deus, depois de morrer pelos pecados da humanidade. Daniel viu: ‘[...] eis que vinha com as nuvens do céu um como o filho do homem, e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele’ (Dn 7.13). Tanto a divindade como a humanidade de Cristo são vistas nas palavras que o identificam. Era o Filho de Deus (Sl 2.7) e o Filho do Homem que havia sido profetizado. Ser chamado de Filho do Homem mostra que Cristo não era apenas uma divindade, mas também um ser humano.
Ao Filho do Homem, ‘foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído’ (Dn 7.14). Trata-se, na verdade, de um quinto reino cuja duração será de mil anos na história da terra (Ap 20.4-9). Este reino, contudo, prosseguirá pela eternidade com a Nova Jerusalém e novos céus e nova terra, onde a paz e a justiça prevalecerão (Ap 21-22)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.177).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias
Prezado professor, a partir deste capítulo, o sete, iniciaremos outro gênero de narrações sobre o profeta Daniel e os seus amigos. Até o capítulo seis o gênero predominante no livro é classificado como história. Mas a partir do capítulo sete, o gênero que passa a dominar a obra é o das visões de Daniel. Uma série de visões dadas por Deus ao profeta é revelada a respeito do futuro do mundo e do Reino de Deus.

Orientações
Professor, para explicar didaticamente o primeiro tópico da lição recomendamos que ministrasse a aula de acordo com a descrição do tópico I: a descrição da visão e, posteriormente, a interpretação da visão. Descreva o primeiro animal, o segundo, o terceiro e o quarto. Então, em seguida, trabalhe a questão da interpretação destes animais. Leve em conta que a interpretação evangélica conservadora tende a compreender estes quatro animais como sendo os quatro impérios do mundo: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Estes impérios representam o período de tempo desde Daniel até a segunda vinda de Cristo. Considere também que os muitos intérpretes de Daniel tendem a colocar a profecia do capítulo 7 e 8 como uma continuação do capítulo 2. Lembra do que trata este capítulo? Os impérios são representados por uma grande estátua com cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e quadris de bronze; pés de ferro e de barro. Entretanto, a estátua é derrubada por uma pedra. Esta pedra é o Reino de Deus destruindo toda a concepção humana de imperialismo. Além do primeiro, do segundo e do terceiro, o quarto animal traz algo bastante específico: “dez chifres” e um “chifre pequeno”. Quando o professor explicar estes elementos considere que ao longo dos anos muitas especulações foram feitas a respeito dessas duas figuras. Não vá além do que menciona o texto bíblico.
No passado, muitos crentes sinceros consideraram Hitler o pequeno chifre, isto é, o Anticristo. Outros consideraram Stalin o líder mundial. Alguns disseram que o Comunismo iria gerar o Anticristo. Outros ainda compreenderam que o papa João Paulo II era o Anticristo. A história provou que todas estas especulações não se sustentaram. Não sabemos a respeito do Anticristo porque simplesmente a sua identidade não foi ainda declarada. Ao que parece, nem saberemos. Não seremos arrebatados antes? Boa aula!

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