quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Lição 8 - 4º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.

Lição 8 - Os impérios mundiais e o reino do Messias

DANIEL 7.13,14



INTRODUÇÃO

I – A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)

II – O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA

III – A VINDA DO FILHO DO HOMEM

CONCLUSÃO

O PRENÚNCIO DA VOLTA DE CRISTO NO LIVRO DE DANIEL

Nesta lição, estudaremos a respeito do prenúncio da segunda vinda de Cristo, encontrado no livro de Daniel. A partir do capítulo sete do livro, veremos a descrição do quadro profético revelado ao profeta do cativeiro. Daniel teve o privilégio de receber de Deus, a visão do Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu. O anjo relata ao profeta a interpretação da visão, em que o juízo divino há de se manifestar no fim dos tempos e Cristo instaurará o seu Reino milenar aqui na Terra. De fato, as Escrituras deixam claro que Cristo há de vir. Entretanto, muitos estudiosos do assunto divergem com relação à questão pelo fato de haver pontos difíceis de entender ao longo das Escrituras Sagradas e que nem sempre obedecem a uma ordem cronológica.

Nesse caso, faremos uma breve exposição destas vertentes, na intenção de auxiliar o professor acerca do contexto escatológico que envolve o livro de Daniel e que a igreja precisa tomar conhecimento. Portanto, nesta aula, o professor poderá explicar aos alunos a respeito dessas diferentes concepções escatológicas, cujo objetivo é esclarecer o quadro profético da segunda vinda de Cristo. Analise com a classe cada concepção e pergunte a opinião dos alunos sobre o assunto. Ao final, comente qual vertente atende melhor a necessidade da Igreja.

A visão do Filho do Homem vindo sobre as nuvens

Além de muitos eventos admiráveis trazidos ao conhecimento de Daniel por meio da visão, há um que é de suma importância para Igreja: a segunda vinda de Cristo. Vale ressaltar que a primeira parte da visão de Daniel, referia-se a quatro animais simbólicos que significava o juízo divino sobre os quatro impérios: Babilônio, Medo-persa, Grego e Romano que governaram o mundo na antiguidade, porém não subsistiram porque Deus havia determinado que destruiria estes impérios de sobre a terra, conforme já havia predito por meio do sonho de Nabucodonosor (cf. Dn 2.26-45).

Em seguida, vemos uma breve declaração a respeito do Anticristo, o pequeno chifre que surge entre os dez e submete a três pontas, referindo-se a três reis que não permanecerão diante do Iníquo. Este procederá com arrogância e prevalecerá contra eles. Entretanto, ao final da visão, Daniel avista o “Filho do Homem” vindo às nuvens do céu, semelhante ao episódio de Atos 1.9-11, a fim de julgar as nações e instituir o seu domínio e estabelecer a justiça perpetuamente “e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7.27). Tal acontecimento, também é declarado a João em Apocalipse: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele” (Ap 1.7). Assim, é verdadeira a declaração que diz respeito à segunda vinda de Cristo e a Igreja deve perseverar, a fim de se encontrar com o Senhor.

As Escrituras confirmam que Ele há de vir

Assim como no livro de Daniel, outras passagens das Escrituras Sagradas ratificam a segunda vinda do Filho do Homem. Entretanto, há muitos estudiosos do assunto que divergem sobre esta questão. Não obstante, a Palavra de Deus deixa claro que Cristo há de vir. O Dicionário de Profecia Bíblica destaca algumas referências: “No Antigo Testamento, Zacarias declara: ‘Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como quando peleja no dia da batalha. Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido ao meio, do oriente para o ocidente e haverá um vale muito grande; e metade do monte se moverá para o norte e metade para o sul. E fugireis pelo vale dos meus montes, pois os vales do monte chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos com Ele” (Zc 14.3-5); Malaquias: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro, ele há de preparar o caminho diante de mim; e de repente virá a seu templo o Senhor, a quem buscais, ao Anjo do Pacto, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando Ele aparecer?’ (Ml 3.1,2);

No Novo Testamento: Jesus Cristo: ‘Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também’ (Jo 14.1-3); Paulo: ‘Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras’ (1 Ts 4.16-18)”. (CPAD, 2012, p.226).

Vertentes teológicas concernentes a Segunda Vinda de Cristo

Em vista disso, destacaremos algumas opiniões a respeito da segunda vinda de Cristo, por parte dos estudiosos. O Dicionário Bíblico Wycliffe discorre: “Os pós-milenialistas dizem que a igreja irá iniciar um período de perfeita paz, um milênio, e então Cristo virá. Os amilenistas dizem que não existe um milênio terreno literal; para eles, as passagens que falam de um governo físico do Messias na terra não devem ser consideradas literalmente. Os pré-milenialistas dizem que, uma vez que as profecias da sua primeira vinda seriam literalmente cumpridas, mesmo que os líderes judeus rejeitassem a sua interpretação literal e não recebessem a Cristo, as profecias da sua segunda vinda devem ser aceitas literalmente.

[...] A segunda vinda de Cristo inclui duas fases: a sua vinda nos ares, para buscar os seus no arrebatamento (Jo 14.3; 1 Co 15.51.53; 1 Ts 4.13-18; Ap 16.15), e a sua vinda para governar sobre as nações do mundo (Zc 14.1; Ap 20.4-6). A época do arrebatamento é uma questão para a qual são possíveis três respostas: Pode ser imediatamente anterior à Grande Tribulação – a visão do arrebatamento no meio da Tribulação; ou depois do período principal da Grande Tribulação, mas antes das sete últimas pragas – a visão do arrebatamento pós-tribulacionista. O importante, e nesse ponto todos os pré-milenialistas concordam, é que as Escrituras, tanto as do Antigo Testamento quanto as do Novo Testamento, ensinam que Cristo irá governar sobre a terra no seu Reino milenar. Eles baseiam as suas conclusões em uma interpretação gramatical e histórica tanto das profecias cumpridas quanto das não cumpridas, do Antigo e do Novo Testamento” (CPAD, 2010, p.491). Nesse contexto, em que a Igreja está inserida, torna-se necessário tomar conhecimento das diversas opiniões teológicas que tratam do assunto, a fim de manter o diálogo, embora não concorde com elas. Porquanto, o mais relevante é que Cristo certamente voltará.

Considerações finais

Considerando tais afirmativas a respeito da segunda vinda de Cristo. Concluímos, pois que, certamente Cristo há de vir. Embora haja divergência por parte dos estudiosos a respeito da forma como as profecias hão de se cumprir e de como se concretizará este evento final, a Igreja precisa manter-se firme na promessa da bem-aventurança de encontrar-se com Cristo. Neste tempo, importa que a santidade e o comprometimento com a Palavra da verdade sejam mantidos, a fim de que o testemunho de Cristo se faça conhecido aos que estão de fora. O contexto da visão de Daniel menciona vários acontecimentos que já ocorreram e outros que ainda hão de acontecer. Concernente a segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, Daniel menciona o Filho do Homem, aquele que há de arrebatar os santos, dar fim ao Anticristo pelo sopro da sua boca (cf. 2 Ts 2.7,8), destronará o sistema corrupto do Diabo e instaurará o Reino dos santos do Altíssimo neste mundo.

Conforme constatamos, há muitas referências tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento que ratificam de forma precisa que Cristo há de voltar, a fim de fazer justiça aos seus servos. Neste ínterim, importa que a Igreja cumpra a missão imperada por Cristo: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15). Portanto, a Igreja deve se apropriar sim, do conhecimento das diferentes vertentes teológicas que apresentam suas prerrogativas a respeito do assunto, cujo objetivo é esclarecer o quadro profético da segunda vinda de Cristo. Porém, o firme fundamento permanece: Cristo em breve voltará!

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