quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Lição 08 - 4º Trimestre 2018 - Encontrando o Nosso Próximo - Adultos.

Lição 8 - Encontrando o Nosso Próximo 

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
II – COMPAIXÃO E CARIDADE SÃO INTRÍNSECAS À FÉ SALVADORA
III – O NOSSO PRÓXIMO É QUALQUER PESSOA NECESSITADA
CONCLUSÃO
INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
A Parábola do Bom Samaritano tem sido alvo das mais diversas interpretações. São conhecidas na história diversas exposições sobre esta parábola, inclusive a realizada por Agostinho de Hipona, que procurava ver nesta uma representação da caminhada humana ao sair do Éden (Jerusalém), e tomar o caminho do Mundo (Jericó). Muitas destas interpretações servem-se do método alegórico para atribuir ao texto objetivos que o mesmo não tinha.
Tudo se inicia quando um jovem bem-sucedido, doutor da lei, procura Jesus para pô-lo à prova (ARA) ou tentá-lo (ARC), e o termo utilizado é ekpeirazo, que dá a ideia de colocar à prova o “caráter” de Cristo. Aquele jovem usando de ardil busca colocar o Mestre dos mestres em situação difícil, e quem sabe imaginando receber algum elogio o interroga dizendo: - como farei para herdar a vida eterna? 
Jesus não questiona aquele jovem sobre o conteúdo do primeiro mandamento, mas o questiona sobre sua exegese particular a respeito do mesmo. Jesus lhe pergunta: - como lês? Qual tua interpretação? De que forma você olha para este mandamento?
O jovem não entendendo apenas limita-se a responder recitando o mandamento tal qual escrito. Jesus então o chama à prática daquilo que bem conhecia e bem sabia recitar. Não bastaria para Jesus que aquele jovem soubesse o conteúdo do mandamento, importava para Jesus que ele soubesse interpretar corretamente e colocar o mandamento em ação em sua vida. O Senhor Jesus então vaticina: Faze isto e viverás. Coloque em prática, ame a Deus sobre todas as coisas, ame ao teu próximo como ame a ti mesmo, e então assim fazendo estarás apto à vida eterna.
A passagem de Lc 10.28 indica que o cumprimento da vontade de Deus produz vida: “E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás”. Keener destaca que “alguns textos da lei prometiam a vida para aquele que a mantivesse, e, essa ‘vida’ significava vida longa na terra que o Senhor dera, porém, mais tarde, os intérpretes judeus a leram como uma promessa de vida eterna”.1  Jesus aplicou o termo “viverás” em referência à vida eterna.
Faze isto e viverás” encontra-se no “imperativo presente (continue fazendo isto, para sempre) e o futuro do indicativo ativo como resultado natural”.2 Robertson destaca que “havia apenas um problema com a resposta do doutor da lei, ou seja, ninguém nunca fez, nem poderá sempre fazer o que a lei estabelece, para com Deus e os homens, porque escorregar uma única vez é falhar. Assim, Jesus explica o problema honestamente para o doutor da lei que queria saber o que deveria fazer. Naturalmente, se ele observasse perfeitamente a lei, sempre, ele herdaria a vida eterna”.3
Parece-nos que nos tempos de Jesus a hipocrisia humana, que faz com que homens conhecedores não sejam praticantes do próprio conhecimento, já estava bem presente na sociedade judaica. Diversos foram os embates de Cristo com fariseus e saduceus exatamente por tal comportamento.
Não satisfeito, o jovem doutor interroga Jesus sobre quem seria o seu próximo. Quem sabe imaginasse que dos lábios de Jesus sairiam palavras que remeteriam a um próximo muito amado, às pessoas queridas, às pessoas amadas e amáveis. Quem sabe imaginasse o moço que Jesus diria que o próximo é quem nos faz bem. É então que a parábola vem a lume. Robertson destaca que o jovem doutor “querendo justificar-se a si mesmo, viu imediatamente que tinha se condenado, ao fazer uma pergunta cuja resposta já conhecia, assim, no seu embaraço, ele faz outra pergunta, para mostrar que ele tinha alguma razão, no início”.4
Jesus responde ao jovem que as tradições e a religiosidade não podem nos dizer quem é o nosso próximo. O jovem que sai de Jerusalém para Jericó está caído e ferido e o levita não viu nele seu próximo, o sacerdote também não, mas o samaritano supreendentemente assim o vê. Supreendentemente porque jamais um Judeu praticante da lei como aquele jovem enxergaria nos “impuros”, nos “misturados”, nos “híbridos” samaritanos, alguém próximo seu. Jesus, no entanto, assim o vê e aquele jovem doutor faz ver também.
Lockyer destaca que “os samaritanos não eram puros em termos raciais, mas uma mistura de judeu e gentio; por isso, eram odiados pelos que tinham o sangue integral do grupo étnico judaico, e, embora os dois grupos morassem próximos uns dos outros, não se consideravam e nem se tratavam como próximos no sentido moral da palavra”.5 Este autor destaca também que “o doutor da lei deve ter ficado bastante surpreso, quando Jesus apresentou o samaritano como a única pessoa que se dispôs a ajudar aquele judeuindefeso, na estrada solitária e perigosa. O homem que ajudou o pobre necessitado foi exatamente o que ele menos esperava que o faria”.6
Champlin destaca que a parábola do bom samaritano foi dada a fim de ilustrar o importantíssimo mandamento da lei: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’, e assim, ensina quatro lições: “(a) Jesus ensina aqui um importante princípio da ética humanitária. O próximo pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida. (b) O “próximo” pode ser de uma raça diferente, e até mesmo desprezada. (c) O “próximo” pode ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida como herética. (d) Contudo, os cuidados de Deus por toda a humanidade devem manifestar-se na vida de todos quantos são chamados pelo nome”.7 
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.”1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos:Novo Testamento. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004. p. 226.
2 ROBERTSON, A.T. Comentário Lucas –À luz do Novo Testamento Grego. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. p. 205.
3 Ibidem.
4 Ibidem.
5 LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia  ̶ Uma análise detalhada de todas as parábolas das Escrituras. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 334.
6 Ibidem.
7 CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 6. 11. ed. São Paulo: Hagnos, 2003. p. 64.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - Cumprindo Minhas Tarefas - Pré Adolescentes.

Lição 7 - Cumprindo Minhas Tarefas

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Provérbios 10.1; 22.6.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da necessidade de serem organizados. Manter-se de forma ordeira em vários aspectos da vida não é uma proeza que não se alcança da noite para o dia. Antes é fruto do exercício contínuo da disciplina e do respeito às regras. Seja em casa, na escola ou em qualquer ocasião da vida somos obrigados a reconhecer as regras e sujeitarmo-nos a elas. Concordando ou não as regras existem para que seja mantida a ordem e a organização da sociedade. A lição de hoje faz um apelo para que seus alunos entendam que ser responsável não é uma virtude que deve ser imposta, mas deve passar a existir dentro de cada pessoa que entende o significado que essa atitude tem para sua vida própria vida. Seus alunos devem ser responsáveis porque para aqueles que praticam a justiça, a Bíblia afirma que há recompensa (Sl 58.11). Devem ser organizado porque o nosso Deus não realiza nada sem ordem e decência. Ele mesmo determinou um tempo para todas as coisas (cf. Ec 3.1-11). E, por fim, para que seus alunos consigam cumprir com afinco todas as suas tarefas e atribuições, precisam ser pessoas comprometidas com a ordem. Esta aula será uma oportunidade de seus alunos tomarem consciência dos benefícios que receberão como consequência de atenderem aos requisitos da disciplina e da ordem.
1. A necessidade de organização. Como já ressaltamos no início deste artigo a prática de uma vida disciplinada não é uma virtude que se alcança com pouco tempo. Muitas pessoas, desde a infância, crescem em lares onde não são ensinados a cumprirem regras ou horários na realização de tarefas. Esse é um prejuízo que reflete na sociedade, tendo em vista que é em casa, junto à família, que aprendemos as regras básicas de convivência e cumprimento de atribuições. Neste caso, ser organizado, mais do que uma qualidade da pessoa é uma necessidade. Pessoas que aprendem a ser regradas e disciplinadas são bem vistas pela sociedade nos diversos espaços onde freqüenta, seja na escola, na faculdade, no trabalho, entre os amigos. Por esse motivo é importante que o pré-adolescente cristão seja conscientizado dos diversos benefícios acarretados por conta de uma vida disciplinada. A Palavra de Deus reforça esta mensagem quando trata da prudência, da disciplina e da graça nos lábios (cf. 1 Sm 18.14; Pv 4.1; 22.11).
2. Ser responsável, uma virtude espontânea. Assumir o compromisso em cumprir de forma justa e responsável com as atribuições que lhes são confiadas é uma postura que deve fazer parte da índole de seus alunos. Infelizmente, na fase que seus alunos estão atravessando é muito comum não pensarem na importância que este comportamento tem para suas vidas em vários sentidos. Diga-se de passagem, ser responsável não é uma virtude que todos os pais têm o compromisso de ensinar a seus filhos. Como consequência disso, encontramos muitos lares desestruturados, filhos rebeldes e pais separados porque na infância não receberam uma educação que os disciplinassem para a vida (cf. Pv 22.6). Por esse motivo, caro professor, o seu trabalho é de suma importância, pois você tem a grande responsabilidade de instruir seus alunos, à luz da Palavra de Deus, e mostrá-los que o evangelho de Jesus Cristo nos ensina que a disciplina, a obediência e a responsabilidade no cumprimento de qualquer tarefa que nos são confiadas, são virtudes que não podem faltar em nossa vida diária (cf. Mt 5.20; 10.16). Sendo assim, seus alunos devem entender que tais atitudes somente terão o efeito que merecem se, de fato, houver uma espontaneidade da parte deles.Considere as informações apresentadas e converse com seus alunos a respeito da forma como eles cumprem suas atividades em casa, na escola e juntamente com os amigos. Pergunte-lhes e escreva no quadro quais as atividades que eles mais encontram dificuldades para cumprir. Distribua uma folha de papel A4 e ajude-os a preparar uma rotina de atividades para o período de uma semana. Se preferir, você pode preparar o planejamento de um mês. Com isso, você ajudará seus alunos a serem mais organizados. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - Papai do Céu me Dá Amigos - Maternal.

Lição 7 - Papai do Céu me Dá Amigos

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que a criança compreenda que os amigos são presentes do Papai do Céu. 
Para guardar no coração: “[...] Um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão.” (Pv 18.24)
É hora de preparar-se
“Somos seres sociáveis. Fomos criados com a necessidade de relacionar-nos com outros de nossa espécie. Observando os animais viverem em grupos da mesma raça, Adão sentiu-se só; desejou ter alguém com quem conversar e partilhar as boas coisas do Éden. Deus supriu esta necessidade criando Eva. Ambos tornaram-se não apenas marido e mulher, mas grandes amigos. E, além de terem um ao outro, desfrutavam da amizade de Deus que, todas as tardes, vinha conversar com eles no jardim (Gn 3.8). O próprio Deus aprecia a comunhão com os seres humanos. Jesus cultivava boas amizades aqui na terra; mesmo sendo o Filho de Deus, gostava de ter amigos. Além dos discípulos que estavam sempre com Ele, o Senhor passava bons momentos na companhia de Marta, Maria e Lázaro (Jo 11.5). Ele entende que você precisa de amigos, e aprova as boas amizades. Ele sabe que “melhor é serem dois... se um cair, o outro levanta o seu companheiro” (Ec 4.9,10).
Que dádiva de Deus é ter um amigo que nos anima e conforta, que ora conosco e nos ampara na travessia do vale sombrio, mas que também ri e conosco comemora, quanto chegamos ao topo da montanha. Um amigo que nos ouve sem julgar. Que nos aceita do jeito que somos, mas que faz o possível para nos melhorar. Glorifique a Deus pelos amigos que você tem, e seja você também um amigo bom e leal.” (Marta Doreto)
Perfil da criança do maternal
“Lembramos, mais uma vez, que a criança do maternal acha-se numa faze em que come muito, dorme bastante, e cresce ininterrupta e rapidamente. Resultado: é uma criança cheia de energia. E toda energia sem controle é desastrosa, como bem explica o Pr. Antônio Gilberto, ao falar dos dons espirituais. Explica ele que, “a eletricidade, quando domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal e destruidora”. O mesmo princípio aplica-se à energia física acumulada nas crianças. Se ela for bem canalizada e distribuída em atividades diversas, ao longo da aula, resultará em melhor aproveitamento do ensino por parte do aluno, e satisfação sem estresse para o professor.
Frisamos que o aprendizado dessa “turma enérgica” dá-se principalmente por meio do olhar as coisas, do gesticular, repetir falas, pular, correr, atirar coisas, etc. Tenha isto sempre em mente, e não caia no erro de esperar, muito menos de exigir, que os seus alunos fiquem sentados passivamente, ouvindo-o contar uma história ou explicar um conceito.
Permita-lhes participar ativamente da aula, repetindo as falas dos personagens, imitando-lhes os movimentos, e “conversando” com eles, ao dirigir-lhes cumprimentos, elogios, palavras de consolação, repreensão, etc.” (Marta Doreto) 
Bem-vindos!
“Receba as crianças chamando-as de “meus amiguinhos”, e expresse alegria pela amizade delas. Mostre o cartaz da palavra-chave, leia com eles a palavra “amigo”, e diga que hoje estaremos agradecendo ao Papai do Céu pelos bons amigos que Ele nos dá. Pergunte quem trouxe um amigo visitante, e cumprimente-os com um cântico de boas-vindas.” (Marta Doreto)
Oficina de ideias
“Faça retângulos de cartolina, de aproximadamente 12 x 8 centímetros, e escreva neles o versículo da lição. Dê um a cada aluno, distribua lápis e giz de cera, e incentive-os a fazer um cartão bem bonito para dar ao melhor amigo que possuem. Faça perguntas sobre os amigos deles; os da classe e os que não a frequentam. Recorde que os amigos são um presente do Papai do Céu.” (Marta Doreto) 
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 1 Samuel 18.1-5; 19.1-6.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - Felizes os Que são Misericordiosos - Juniores.

Lição 7 - Felizes os que são Misericordiosos

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Mateus 5.7; Lucas 10.25-35.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da misericórdia. Jesus ensinou que os misericordiosos são mais do que felizes, pois a misericórdia é uma virtude que faz parte do caráter de Deus (cf. Sl 106). Ele é misericordioso e espera que da mesma maneira os seus filhos sejam misericordiosos com os que estão ao seu redor. Nesta mesma perspectiva, a lição desta semana narra o episódio em que Jesus é questionado por um mestre da Lei a respeito do que devemos fazer para herdar a vida eterna. Na mesma hora, Jesus contou uma parábola que mostra o quanto a religiosidade, muitas vezes, substitui a vontade de Deus em nossos corações. A história que Jesus contou é a do Bom Samaritano: um moço que percorria a estrada de Jerusalém com destino a Jericó. No meio do caminho, ele encontrou salteadores que levaram seus bens e o espancaram, deixando-o quase morto. Três pessoas distintas aparecem na estrada e apenas uma delas oferece ajuda ao moço ferido. Nesta história, muitas lições podem ser adquiridas. Vejamos o que Jesus ensinou aos seus ouvintes:
1. Um sacerdote. O sacerdote dessa história representa o sistema religioso judaico da época de Jesus. Para ele, não era prioridade oferecer ajuda ao próximo, haja vista que a sua preocupação estava na manutenção do templo e das tradições judaicas (Mt 23.1-7,23). Não havia interesse em ajudar as pessoas nos tempos de Jesus, ainda mais se ele fosse estrangeiro. Como poderia o sacerdote, um homem de ordem elevada na religião judaica, interromper o seu percurso para atender a necessidade de um pecador, alguém que talvez nem cumprisse as obrigações com o judaísmo? Era um comportamento totalmente apático, distante do amor de Deus, e que o mestre da lei, que havia interrogado Jesus, conhecia muito bem. O exemplo do sacerdote nos ensina que por mais ocupados ou interessados que estejamos em cumprir com as nossas responsabilidades na Casa de Deus, estas não são mais importantes do que zelar pelo bem-estar das pessoas (Mc 2.17). Há muitos feridos e abatidos que vêm à igreja. A Casa de Deus é um hospital e deve estar preparada para acolher os que precisam.
2. O levita. O levita era outro personagem que tinha responsabilidades a cumprir de ordem cerimonial do templo. Da mesma maneira que o sacerdote, o levita também não se importou com a necessidade do próximo, ele conhecia muito bem as ordenanças do templo e quais as implicações da sua função, mas nada o comoveu a interromper seu percurso para ajudar o moço que estava caído e abandonado à beira do caminho. Aprendemos, também, com o exemplo do levita que devemos dar atenção às necessidades do próximo. As obrigações com a igreja sempre existirão, porém ajudar as pessoas, ainda mais, aquelas que se encontram feridas, é uma necessidade urgente e que precisa ser atendida (Mt 25.35,40,45). Muitas vezes, estamos tão ocupados em cumprir as ordenanças do templo que nos esquecemos de observar se ao nosso lado não há pessoas precisando de ajuda ou mesmo de uma palavra de apoio. Todo sentimento de egoísmo deve ser rejeitado em nossos corações, afinal de contas, a mensagem fundamenta do evangelho é a mensagem do amor de Deus.
3. O samaritano. A história assume um contexto diferente a partir da entrada do samaritano em cena. Quando aqueles que representavam a religião se foram e as expectativas do moço ferido já chegavam ao fim, um homem que não tinha as obrigações com o templo aparece para ajudar. O samaritano sofria com o preconceito, porquanto, judeus não se relacionavam com os samaritanos, tendo vista que havia uma guerra étnica e religiosa que perdurava há anos naquela região, desde quando o reino de Israel ao norte havia sido ocupado pelo governo assírio (cf. 2 Rs 17.5,6). Mesmo assim, o samaritano demonstrou compaixão pelo seu próximo, sem se importar quem era ele, de onde viera e o que fazia. O samaritano apenas se importou em ajudar o moço ferido para que ele sobrevivesse. Da mesma maneira o Senhor deseja encontrar “bons samaritanos” nos dias atuais, pessoas que estejam com o coração disposto a amar as pessoas sem olhar para as suas falhas ou as julgarem por seus erros passados. Há muitos que estão morrendo e, assim como o moço dessa história, precisam apenas de uma nova chance para se arrependerem e fazerem a vontade de Deus.
Com base nestas afirmativas, sugerimos a seguinte atividade: entregue aos alunos cartões que tenham o versículo do dia escrito. Depois, distribua lápis de cor, canetinhas coloridas, régua, tesoura sem ponta e outros materiais para os alunos decorarem os cartões. Reserve o final da aula para realizarem uma arrecadação de mantimentos com a finalidade de ajudar as pessoas conhecidas da igreja que estejam precisando. Os cartões podem ser entregues às pessoas que receberão os mantimentos. Estenda o convite a todos os membros da igreja.
Tenha uma boa aula!

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - Vista-se do que é Bom - Adolescentes.

Lição 7 - Vista-se do que é Bom

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
JUNTO DO PAI
PENSANDO NO QUE IMPORTA
VESTINDO A ROUPA DA SANTIDADE
BONDADE X HOMICÍDIO
Marcelo Oliveira de Oliveira
A única forma de um ser humano mau se tornar em um ser humano bom de maneira plena é por intermédio da graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo (Ef 2.8). Somente assim que a pessoa tem a condição de compreender as implicações destes dois mandamentos do Senhor: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Mc 12.29-31). Por isso devemos compreender que há somente um Deus todo-poderoso, glorioso e gracioso que devemos amá-lo e honrá-lo com toda a nossa vida. De modo que esse amor seja direcionado ao próximo que está ao nosso lado como o bem que fazemos a nós mesmos. Aqui, a bondade como fruto do Espírito começa a se manifestar.
Neste aspecto, a bondade é um compromisso que tem a ver com o benefício do outro. É viver a bondade de Deus até as últimas consequências. Ora, Deus é bom e deseja que todos manifestemos sua bondade por onde passarmos. Uma bondade extraordinária que não pode ser encontrada em nenhum lugar, senão pela Palavra de Deus, mediante o encontro que tivemos com Jesus, o Nazareno, cuja vocação nos foi dada sem arrependimento. Nosso Deus é bondoso, gracioso, maravilhoso, pois assim criou os céus e a terra. Por isso, no lugar de vingança, oferecemos amor, consolo, disponibilidade para acolher quem mais precisa de nós. Sempre há alguém que precisa de um acolhimento verdadeiro e podemos ser o instrumento de Deus para acolhê-lo.
Diferentemente da bondade, o homicídio como obra da carne, que não acolhe a ninguém, pelo contrário, destrói a vida alheia, separando para sempre das pessoas queridas. Sobre o homicídio, a proibição de se tirar a vida do próximo remonta o Decálogo (Êx 20.13): não matarás. Ou seja, todo atentado contra a vida humana é um atentado contra o mandamento de Deus. Todo atentado contra o ser humano inocente, o aborto deliberado, o homicídio pensado e planejamento, é um atentado contra a Criação de Deus. Entretanto, para além do homicídio físico, o apóstolo João também se referiu ao homicídio quando disse: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna ” (1 Jo 3.15). 
Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD.

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - O Genuíno Culto Pentecostal - Jovens.

Lição 7 - O Genuíno Culto Pentecostal

4º Trimestre de 2018
Introdução
I-As Reuniões do Povo de Deus em Atos
II-Ordem e Decência no Culto
III-A Musicalidade Dentro do Culto Cristão
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Saber como eram as reuniões do povo de Deus em Atos;
Conscientizar de que é preciso manter a ordem e decência no culto;
Reconhecer a importância e o papel da música dentro do culto cristão.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
Os diversos cultos existentes no mundo buscam, ainda que indiretamente, uma forma de conectar o ser humano com o sobrenatural, e a adoração está no script de todas as formas religiosas. No Antigo Testamento, o Deus vivo e verdadeiro é adorado e louvado por suas obras, atributos e misericórdia, e essa adoração, que é feita por aqueles que o amam e o temem, tem princípios que não podem ser desprezados. Os hebreus cantavam, guardavam dias e semanas, oravam e jejuavam, ouviam e recitavam a Lei com o objetivo de mostrar àquela geração e às futuras que o Deus de Israel era o único Deus e que Ele jamais aceitaria dividir sua glória com algum outro ser que fosse adorado pelos homens.
No Novo Testamento, o culto a Deus é apresentado como tendo várias peculiaridades. Os seguidores de Jesus são chamados a entender que a adoração a Deus começa antes mesmo do culto coletivo. A ordem e a racionalidade são elementos necessários para que Ele seja efetivamente glorificado. As reuniões eram feitas em nome de Jesus, e não de qualquer outro nome. César, por exemplo, por mais poderoso que aparentasse ser, não era considerado como o Senhor.
Os pentecostais reuniam-se e reúnem-se em nome de Jesus para celebrar cultos ao Senhor Deus. Nesses cultos, podemos ver curas, batismo no Espírito Santo, salvação e libertação de pessoas. É sobre o culto pentecostal que trataremos neste capítulo. 
I – AS REUNIÕES DO POVO DE DEUS EM ATOS
Reuniões com Oração

Uma das características dos cultos realmente pentecostais é a oração. A visão pentecostal é que a oração deve ser uma atitude constante, e essa prática é vista nos cultos feitos nas casas, nos templos e em quaisquer outros ambientes onde os servos de Deus podem reunir-se de forma pacífica, como colégios, quartéis, etc. Em Atos 2, Lucas mostra que os discípulos de Jesus não estavam comemorando a data festiva do dia de Pentecostes. Não cremos que é errado celebrar uma data pátria ou festiva como, por exemplo, aniversários, casamentos ou um feriado nacional. No Antigo Testamento, o próprio Senhor instituiu ocasiões de celebrações nacionais para os hebreus. Não era ilícito comemorar o dia de Pentecostes, e os seguidores de Jesus não seriam condenados se estivessem comemorando; os crentes em Jerusalém, contudo, estavam em oração quando foram cheios do Espírito Santo.
Orar é tão importante que o Senhor Jesus não apenas o fazia com frequência, mas também nos ensinou a fazê-lo. Ele orou até o momento em que entregou o espírito a Deus. O Senhor não depende de nossas orações para agir em certas ocasiões, mas Ele espera que seu povo ore e faça da oração uma prática. A oração de Saulo foi tão importante que Ananias, o discípulo de Jesus em Damasco, foi orientado pelo próprio Senhor a que fosse à rua chamada Direita procurar pelo perseguidor, que estava orando (At 9.10-17). 
As orações nos cultos são importantes. Quando o povo de Deus está reunido em um único propósito, Deus opera de forma sobrenatural. Por exemplo: quando Pedro e João compareceram diante do Sinédrio, eles foram ameaçados pelos líderes judeus; e o que foi que a igreja fez? Procurou a ajuda de Roma? Não. Sujeitou-se às exigências dos líderes judeus? Tampouco. O que a igreja fez foi isto: ela reuniu-se para orar. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). Isto foi o que aconteceu após o momento de oração: todos foram cheios do Espírito Santo e tiveram ousadia de proclamar a Palavra de Deus. Não nos parece que essa ousadia tenha sido fruto de qualquer outra coisa, senão o resultado da oração em grupo daqueles cristãos que antes estavam amedrontados e que trouxeram a Deus a perseguição que estavam sofrendo. A oração faz a diferença.   
Reuniões com Temor de Deus
Pentecostais creem que o verdadeiro culto precisa ser feito com temor do Senhor. Por temor, entendemos o respeito devido à presença do Eterno. Temor não é medo, muito menos pavor. Diante da santidade de Deus, o ser humano deve chegar com quebrantamento, mas também com confiança, lembrando-se de que não há mais separação entre nós e o Pai. Um hino batista diz: “Santo, Santo, Santo! Nós, os pecadores, não podemos ver tua glória sem temor”; é uma importante menção de que o temor por parte dos homens diante de Deus é necessário.
Nem todas as pessoas, entretanto, têm a consciência de que, ao ir para um culto, estão diante de Deus. Jesus garantiu: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei eu no meio deles” (Mt 18.20); essa presença, porém, nem sempre é respeitada. O livro de Atos mostra, pelo menos, duas ocasiões em que a presença de Deus em uma reunião foi tida como de menor importância. Ananias e Safira, sua esposa, tentaram enganar os apóstolos na hora da oferta, e Lucas registra a consequência da falta de temor daquele crente desta forma: “[...] Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram” (At 5.4b-5).
Não havia uma exigência para que as ofertas fossem entregues integralmente. O ato de ofertar deve vir do coração, que foi justamente a parte de Ananias que o apóstolo Pedro, por revelação do Espírito Santo, diz que foi cheia por Satanás. 
É incrível como o ato de trazer recursos financeiros para o santuário muitas vezes afasta-nos do temor do Senhor, seja quando fechamos o nosso coração às contribuições, seja quando queremos mostrar aos outros o quanto supostamente somos generosos. Oferta é a expressão de voluntariedade financeira; Ananias, no entanto, tentou enganar a Deus e pagou um alto preço por sua falta de temor. 
O outro caso é o de Simão, o mágico, que, em um culto, tentou comprar o dom do Espírito Santo ao ver Pedro impondo as mãos sobre as pessoas e essas mesmas pessoas sendo cheias do Espírito de Deus. Ele ficou tão empolgado quando viu que um poder sobrenatural estava com Pedro que quis adquirir tal capacidade. Simão foi duramente repreendido por Pedro por sua falta de respeito ante a manifestação do poder de Deus (ver At 8.9-25).
Reuniões com Exposição da Palavra
A oração e o temor no culto pentecostal é tão importante quanto a exposição da Palavra de Deus. Não pode ser compreensível um culto em que o Senhor está presente apenas nos momentos de oração e de cânticos e ausente no momento da pregação. Por isso, a pregação deve ser levada a sério não apenas na escolha do texto a ser trabalhado, mas também na forma como a exposição ocorre. A Igreja Primitiva lia o Antigo Testamento e consultava-o para falar do Senhor Jesus e de sua obra. Vemos isso no discurso de Estêvão (At 7), um diácono cheio do Espírito de Deus e que, diante do sumo sacerdote, falou de Jesus utilizando a história de Israel, retirada do Antigo Testamento.
Adoração é muito importante no culto, e isso é inquestionável. Não podemos, entretanto, esquecer que Deus fala por meio da pregação de sua Palavra, ampliando a interação e a comunhão com Ele no culto.
Adorando a Deus com as Finanças
Adoramos ao Senhor quando trazemos a Ele as “primícias de toda a [nossa] renda” (Pv 3.9). É oportuno tratar aqui de um assunto que nem sempre é visto como integrante da nossa adoração: as contribuições financeiras que fazemos para a obra de Deus.
Uma das mais ricas oportunidades que o ser humano tem de demonstrar que não é dominado pela ganância é quando ele entende que seus recursos financeiros, recebidos de Deus, são um presente dEle para que administremos de forma sábia e altruísta.
Nossas ofertas e dízimos fazem parte, sim, da nossa adoração. Quando os trazemos ao altar do Senhor, estamos mostrando a quem servimos: se a Deus, que nos concede a oportunidade de termos recursos para nossa subsistência, ou ao dinheiro, que se torna um deus para muitos. O próprio Senhor Jesus personificou o dinheiro quando disse que não poderíamos servir a dois senhores, a Deus e a Mamom. Ou adoramos a Deus, ou fazemos do dinheiro o nosso deus, e é justamente no culto que podemos mostrar a quem devotamos os nossos recursos.
II – ORDEM E DECÊNCIA NO CULTO
Cultos e Liturgia
A palavra liturgia parece causar em algumas pessoas a impressão de que um culto público está sob o comando de homens, e não de Deus. A verdade é que o culto cristão não está isento de uma forma, de uma sequência de atos que refletem uma organização inteligente, digna da adoração a Deus. Nos cultos, temos oração, cânticos, meditação da Palavra, testemunhos, ofertas, pregação da Palavra e anúncios para a congregação. Cada um desses elementos tem sua importância e podem variar na ordem apresentada, mas todos são importantes.
O culto pentecostal não é desprovido de uma liturgia. Essa palavra é oriunda de leitourgeion, do grego, de onde vem a nossa palavra liturgia e que traz a ideia de um serviço público feito às próprias expensas. Leitourgeion também é traduzida como ministério. Ela aparece em Atos 13 quando nos é dito que, na primeira igreja mista, Antioquia, havia profetas e doutores, e, “servindo eles ao Senhor e jejuando”, o Espírito de Deus ordenou que Saulo e Barnabé fossem separados para uma obra que o Senhor já lhes reservara.
Os discípulos de Jesus estavam servindo (leitourgeion), e o Espírito de Deus falou com eles sobre o que Ele desejava fazer: separar obreiros para a obra missionária. É notório que, quando Deus encontra um ambiente de serviço no culto, tanto para Ele próprio quanto o serviço de uns aos outros, não há impedimento para que Ele fale e seja obedecido. Não encontraremos dificuldades para cumprir o que o Senhor projetou para nós quando nosso culto é baseado no ato de servir, e não no de ser servido. Somente o Espírito de Deus pode trazer esse sentimento aos nossos corações.
O Uso do Intelecto Associado aos Dons
O Senhor espera que utilizemos o nosso pensamento na hora de adorá-lo e servi-lo. Nosso culto precisa ser racional, ou seja, precisamos usar a nossa inteligência para louvarmos de forma consciente e para entendermos a palavra que será ministrada. Um cristão não deixa seu cérebro do lado de fora do templo quando vai adorar ao Senhor. Na verdade, utiliza-o ainda mais, tendo em vista que o seu intelecto estará sujeito às orientações de Deus e que ele vai buscar pensar como Cristo pensou, tendo a mente de Cristo. 
Cada momento da nossa celebração tem sua importância. A Palavra de Deus, explanada com a ajuda do Espírito, confronta-nos com nossas falhas e faz com que possamos viver de acordo com o que o Senhor planejou. Com os dons sendo manifestados, a igreja local é edificada e aprende como lidar sabiamente com eles.
O Espírito do Profeta É Sujeito ao Profeta
Ainda dentro da obrigatoriedade de utilizar-se o intelecto na celebração, Paulo diz que cada pessoa deve controlar seus impulsos, utilizando justamente como exemplo aqueles que têm o dom de profetizar. Esse dom, de extrema importância na comunhão dos santos, deve ser administrado de forma que o culto não se transforme num espetáculo particular de superioridade espiritual. “Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas (1 Co 14.31,32).
A orientação paulina é clara no que tange a manifestações de profecia no culto ao Senhor. Há grupos cristãos que, acreditando que o dom de profetizar é somente a pregação da Palavra de Deus, não apenas impedem que haja profecias genuínas na igreja, como também ensinam que esse dom cessou. O apóstolo Paulo, porém, fala usando o tempo no presente: “Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”. Paulo não diz que eram sujeitos e que não seriam mais depois do terceiro século de nossa era. 
A orientação de Paulo tem por objetivo trazer ordem ao culto. O Deus dos dons espirituais também é o Deus de paz, e o culto prestado a Ele precisa ser pacífico: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.33). 
A mensagem profética trazida a um homem ou mulher de Deus não é desculpa para que o momento de culto torne-se desregrado ou, então, com manifestações condenáveis na Palavra de Deus. Cada pessoa pode e deve controlar suas emoções quando usadas com os dons espirituais. O ímpeto do Espírito não se confunde com uma reação humana que não glorifica a Deus. 
Adorando a Deus em Espírito e em Verdade
O ato da adoração é apresentado na Bíblia como o reconhecimento da grandiosidade de Deus acompanhado da vontade em andar de acordo com as orientações divinas. Mais particularmente, no Novo Testamento, João descreve um relato de uma conversa entre Jesus e uma mulher samaritana. O local era o poço de Jacó, onde as pessoas dirigiam-se para extrair água. Jesus conversou com aquela mulher sobre a salvação. No decorrer da conversa, ela quis saber sobre o lugar onde se deveria adorar a Deus. Os samaritanos tinham seu lugar de adoração há séculos. Em sua doutrina, só aceitavam o Pentateuco judaico, rejeitando os profetas e demais livros. Na ótica daquela mulher, o foco da adoração reflete a mesma visão que muitas pessoas têm: o local onde se adora é o elemento mais importante na adoração.
Jesus responde que os samaritanos adoravam o que não sabiam e que a salvação vem dos judeus; e acrescenta: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo 4.23). A adoração, que antes estava enquadrada numa teologia que privilegiava os lugares, agora tem um caráter pessoal: em espírito — não uma ideia pálida de quem é Deus — e em verdade, pois Ele já se revelou em Jesus. Nossa adoração deve refletir esse princípio. Precisamos adorar ao Senhor de forma realmente espiritual, como novas criaturas, divorciados das regras que regiam nossa forma antiga de viver.   
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - Perdoamos Porque Fomos Perdoados - Adultos.

Lição 7 - Perdoamos Porque Fomos Perdoados 

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPREENSIVO
II – EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS
III – UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOAMOS
CONCLUSÃO
INTERPRETANDO A PARÁBOLA
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
O capítulo 18 de Mateus traz os ensinos de Jesus sobre a conduta dos seus discípulos como membros da nova comunidade trazida à existência por meio da mensagem evagélica de Cristo. O Reino de Deus possui valores essencialmente diferentes daqueles que caracterizam as instituições terrenas e as organizações desse mundo. Lembre-se de que nesse reino os humildes são os verdadeiramente grandes: “Naquela mesma hora, chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no Reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus” (Mt 18.1-4).
No Reino de Deus, o inferior e mais apagado súdito leal a seu Rei possui valor infinito. A suprema ofensa na comunidade messiânica é quando os fortes e os dominadores tornam o discipulado dos irmãos fracos e sensíveis, mais difícil: “Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” (Mt 18.6,7).
De igual modo, mostrar desprezo pelos irmãos em Cristo é algo inaceitável: “Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido” (Mt 18.11). Depois temos a pergunta realizada por Pedro e a parábola propriamente dita. A parábola quer demonstrar o perdão de Deus; a necessidade de que os homens perdoem em função de Deus nos perdoar. Para finalizar, ela adverte a respeito do juízo divino sobre aqueles que se negam a perdoar. Lockyer destaca que “Cristo ensinou que quanto mais formos inocentes naquilo em que admitimos ter errado, mais poder teremos para curar tal desvio e mais seremos responsáveis em fazê-lo, assim, tanto o que comete o erro, como o que o sofre, ambos deveriam acabar com a contenda”. De igual modo, mostrar desprezo pelos irmãos em Cristo é algo inaceitável: “Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido” (Mt 18.11). Depois temos a pergunta realizada por Pedro e a parábola propriamente dita. A parábola quer demonstrar o perdão de Deus; a necessidade de que os homens perdoem em função de Deus nos perdoar. Para finalizar, ela adverte a respeito do juízo divino sobre aqueles que se negam a perdoar. Lockyer destaca que “Cristo ensinou que quanto mais formos inocentes naquilo em que admitimos ter errado, mais poder teremos para curar tal desvio e mais seremos responsáveis em fazê-lo, assim, tanto o que comete o erro, como o que o sofre, ambos deveriam acabar com a contenda”.1
Parece que Pedro estava pensando a respeito do que Jesus havia dito sobre um irmão que peca “contra ti” (Mt 18.15). A pergunta do apóstolo parece simples, mas traz um pano de fundo judaico. Pedro quer saber quantas vezes deve perdoar aquele irmão. Talvez sentiu-se generoso ao sugerir: “Até sete?”. Pode ser que o significado dos números que encontramos aqui esteja relacionado ao fato de que os discípulos de Jesus têm de ser misericordiosos na medida em que Lameque ameaçou não ter misericórdia (Gn 4.24), 490 vezes em lugar de 7. Na tradição judaica posterior, a tradição rabínica não exigia que alguém perdoasse mais do que três vezes.
A resposta do Mestre deve ter perturbado Pedro. Mas lembre-se de que Jesus está utilizando-se de uma hipérbole. Não devemos entender isso num sentido matemático preciso. “A hipérbole caracteriza-se pelo exagero de uma ideia com o objetivo de expressar intensidade, assim, constitui-se uma figura de linguagem construída através do uso intencional de uma palavra ou expressão exagerada em si mesma ou pelo uso de um termo que é exagerado em relação ao contexto”.2 O quadro abaixo apresenta alguns exemplos de hipérbole na Bíblia Sagrada
Dt    1.28  Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração, dizendo: Maior e mais alto é este povo do que nós; as cidades são grandes e fortificadas até aos céus; e também vimos ali filhos dos gigantes.
 Sl 6.6 Já estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas.Sl 119.136 Rios de águas correm dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.
 Lm 3.48 Torrentes de águas derramaram os meus olhos, por causa da destruição da filha do meu povo.
 Mt 5.29  Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
 Mt 7.3 E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho?
 Jo 21.25 Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém!
 1Co 13.12  Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido.
Jesus ensina a perdoar quantas vezes forem necessárias, mas que isso também deve ser feito de coração. Devemos perdoar com liberalidade e com sinceridade. Os servos de um rei eram oficiais de alta posição a serviço do imperador. Alguns deles, muitas vezes, em determinadas ocasiões, podiam tomar grandes quantias de dinheiro emprestadas do tesouro imperial. Nesta parábola, a quantia mencionada por Jesus é, mais uma vez, deliberadamente dada com exagero. É uma hipérbole que visa tornar mais vívido o contraste com o segundo débito – cem dinheiros.Jesus ensina a perdoar quantas vezes forem necessárias, mas que isso também deve ser feito de coração. Devemos perdoar com liberalidade e com sinceridade. Os servos de um rei eram oficiais de alta posição a serviço do imperador. Alguns deles, muitas vezes, em determinadas ocasiões, podiam tomar grandes quantias de dinheiro emprestadas do tesouro imperial. Nesta parábola, a quantia mencionada por Jesus é, mais uma vez, deliberadamente dada com exagero. É uma hipérbole que visa tornar mais vívido o contraste com o segundo débito – cem dinheiros.
É difícil achar um equivalente no sistema monetário moderno, mas o Comentário Beacon compara um talento com cerca de “dez milhões de dólares” americanos. Trata-se de uma dívida impagável. O que Cristo quer ensinar é a completa falta de esperança de pagarmos o incomensurável débito que geramos por causa de nossos pecados, até que ele fosse perdoado gratuitamente por Deus, por intermédio da morte de Cristo na cruz do Calvário.
Agora o Senhor passa para outro personagem. Ele tem uma dívida de “cem dinheiros” para com aquele cuja dívida era impagável. Cem denários trata-se de uma moeda romana. Mais uma vez o Comentário Beaconfaz uma atualização e o atualiza para “vinte dólares americanos” – “uma soma insignificante comparada àquela que o oficial da corte devia ao rei”. Contudo, aquele que teve sua dívida perdoada agora resolve ser absolutamente incompreensivo. Recusa-se a dar um prazo e ainda mandou que o seu servo fosse lançado na prisão.moeda romana. Mais uma vez o Comentário Beacon faz uma atualização e o atualiza para “vinte dólares americanos” – “uma soma insignificante comparada àquela que o oficial da corte devia ao rei”. Contudo, aquele que teve sua dívida perdoada agora resolve ser absolutamente incompreensivo. Recusa-se a dar um prazo e ainda mandou que o seu servo fosse lançado na prisão.
Os demais servos, ao sentirem-se revoltados pela atitude injusta do credor incompasivo, levam o assunto até o conhecimento do rei. O credor acaba recebendo o castigo que merece. Jesus termina com a advertência de que Deus fará o mesmo quando não perdoarmos cada um de nossos irmãos que nos ofendem.
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus:As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.

1 LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia  ̶  Uma análise detalhada de todas as parábolas das Escrituras. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 274.Conceito de “hipérbole”. Disponível em <https://www.figurasdelinguagem.com/hiperbole/> Acesso em 7 de Dez. de 2017.


Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - Josafá, o Herói que Venceu Louvando - Primários.

Lição 7 - Josafá, o Herói que Venceu Louvando

4º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que quando confiamos no Senhor, Ele nos envia socorro e livramento, mesmo quando estamos com medo.
Ponto central: Quando confiamos no Senhor, Ele nos livre de todos os nossos medos.
Memória em ação: “Eu pedi a ajuda do Senhor, e Ele me respondeu; Ele me livrou de todos os meus medos”(Sl 34.4).
     Querido (a) professor (a), sempre que falamos sobre Josafá, sabemos que aula tende a ser ainda mais dinâmica e musical. Mas não nos esqueçamos que o foco principal proposto por sua revista é abordar o testemunho deste herói que venceu louvando  sob a perspectiva “da confiança no Senhor que vence todos os nossos medos”.
     Prepare-se espiritualmente e emocionalmente ao longo da semana. Isso mesmo, permita que antes de ministrar esta mensagem do Senhor para os seus pequeninos o Espírito Santo primeiro trabalhe em você – quais são seus medos? Você tem fugido de alguma situação por medo? O que atemoriza seu coração? É o medo da falta? De que não consiga pagar alguma conta? O medo da perda de algo ou alguém importante? Medo de não conseguir realizar um sonho? De que algum milagre de que você precisa não venha? De uma traição? Da solidão? O que você teme?
      O medo age muitas vezes no nosso inconsciente, o que torna muito difícil tantas vezes percebermos o quanto ele tem nos feito mal, seja física, emocional, espiritualmente ou mesmo nos impedido de avançar em alguma área de nossa vida. Esse sentimento tão abstrato às vezes age como um parasita, sugando a nossa energia, a nossa potência de agir e até mesmo as nossas alegrias. Tantas são as pessoas que não celebram ou testemunham as vitórias e bênçãos que o Senhor tem lhes dado, por medo de perdê-las, de inveja, de lhe serem tiradas repentinamente, etc.
      Apesar de ser uma emoção, sentimento, tão inerente ao ser humano e inevitável, logo percebemos porque Satanás, o inimigo de nossas almas, trabalha tanto para implantar a dúvida e o medo. Como se ele colocasse cupins nos alicerces de uma construção de madeira e pronto, apenas esperasse ela ruir pouco a pouco.
      Por isso, querido (a) professor (a), aproveite essa oportunidade preciosa que o Senhor lhe dá de ser canal da Palavra dEle, deixando que ela examine, retire e cure primeiramente a sua alma dos danos causados pelos seus temores. Lance sobre o Altíssimo o que te atemoriza e Ele te encherá de fé, ânimo e forças, ao enxergar quão infinito e soberano é o teu Deus sobre esta situação. 
      “[...] agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu.
     Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e Sebá, por ti.
      Enquanto foste precioso aos meus olhos, também foste glorificado, e eu te amei, pelo que dei os homens por ti, e os povos, pela tua alma.
      Não temas, pois, porque eu estou contigo [...]” (Isaías 43.1-5).
     O Senhor te abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 07 - 4º Trimestre 2018 - Cuidado com o que Fala - Juvenis.

Lição 7 - Cuidado com o que Fala

“Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O PODER DA LÍNGUA
2. O CARÁTER DE QUEM FALA
3. A BOCA DO JUSTO É UMA FONTE DE SABEDORIA
4. AS PALAVRAS DO SÁBIO PRODUZEM VIDA E SAÚDE
OBJETIVOS
Mostrar que devemos ter cuidado com o que falamos.
Explicar que tudo quanto falamos identifica o nosso caráter.
Expor que a língua tem o poder de edificar e de destruir.
     Querido (a) professor (a), se tem um pecado no qual todos já caíram ao menos uma vez, podemos dizer que é este que vamos estudar na próxima aula. Como o Apóstolo Tiago bem explicou: “[...] todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo”.
     Parece simples, se focarmos em dominar a boca, também teremos domínio próprio para todo o resto. Entretanto, na prática, sabemos quão árdua é esta tarefa e o quanto dependemos da ajuda do Espírito Santo todos os dias para alcançá-la.
     Como dominar a língua? Como saber a hora certa de falar e de calar? Como dizer apenas palavras que promovam a paz e a cura, nunca o mal? Um falar que apenas profira bênção e nunca maldição?
    Um dos segredos para manter nossa língua como fonte de vida e não de morte, Jesus nos revelou em Mateus 12.34:  “[...] do que há em abundância no coração, disso fala a boca. O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más”.
    E o Rabi acrescenta algo seriíssimo: “Eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (vv.36,37).
    Será que vivemos nossos dias focados neste alerta do Senhor? Será que diariamente temos guardado a nossa boca do mal e enchido o nosso coração do amor e da graça de Jesus para com os outros? Será que temos confrontado atitudes e discursos de ódio ou os passado adiante quando são direcionados a pessoas de grupos diferentes dos nossos?
    A Bíblia deixa claro que até a omissão é pecado (Cf. Tg 4.17). Como pacificadores que Jesus nos chamou para ser (Cf. Mt 5.9), não basta apenas dizer que desejamos a paz, precisamos promovê-la, trabalhar por ela, em palavras e ações. Pois como bem sabemos, as palavras têm poder, por isso, serão julgadas pelo Todo-Poderoso (Cf. Mt 12.34-37).
    Que tal propor esta autoanálise aos seus juvenis?! Peça que alguns voluntários abram e leiam estes versículos aqui mencionados em voz alta para a turma e em seguida, lhes faça essas perguntas, retoricamente, para que cada um reflita e responda a si sobre si mesmo. 
     A Palavra de Deus é como um espelho vívido do nosso interior, ela nos confronta.
    “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
    E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hebreus 4:12,13)
   Frise, portanto, que o objetivo não é o julgamento alheio, mas sim a avaliação de si mesmo. Não para nos autopunirmos ou nos flagelarmos com a culpa. Mas para reforçar em nós a consciência da infinita graça que nos alcançou e do quanto dependemos constantemente da justificação do nosso Sumo Sacerdote. Ele se compadece de nossas fraquezas, nos corrige por amor, nos molda e aperfeiçoa para que sejamos cada dia mais parecidos com Ele.
   Para este exercício também proponha a leitura e discussão da continuação do capítulo três inteiro de Tiago. Após a explanação sobre a importância de dominar a língua, o texto conclui abordando “a sabedoria que vem do alto”, que é o tema central dos estudos deste trimestre. Isto mostra que um dos sinais que evidenciam a sabedoria está justamente na fala. Afinal, como está escrito em Provérbios 17.27,28: “Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito. Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios, por sábio”.
   O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - A História de Davi e Golias - Berçário.

Lição 6 - A história de Davi e Golias

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Ensinar às crianças sobre a coragem de Davi ao enfrentar o gigante Golias.
É hora do versículo: “[...] eu vou contra você em nome do Senhor Todo-Poderoso [...]” (1 Samuel 17.45).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Davi. O Papai do Céu deu força e coragem a Davi para ele vencer o gigante e salvar todo o povo. Repita para as crianças que o Papai do Céu também ajuda o menino e a menina.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças fazerem um círculo em volta do menor e um  X sobre o maior personagem. Repita o nome do menino Davi com os bebês e do gigante Golias com os bebês. Mostre na imagem o Golias e diga "gigante, grandão" e mostre Davi e diga: "menino, pequeno".
daviegolias.bercario.licao6 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - Papai do Céu me Dá Alegria - Maternal.

Lição 6 - Papai do Céu me Dá Alegria

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Deus nos dá alegria. 
Para guardar no coração: “Batam palmas de alegrias [...].” (Sl 47.1)
É hora de preparar-se
“A alegria do Senhor é a nossa força”. Quanta verdade há nesta declaração! Quando temos o coração jubiloso, até o nosso passo torna-se lépido. A alegria do Senhor aumenta-nos a eficiência. À medida que a alegria do Senhor permeia-nos a alma, as nossas forças físicas e espirituais vão sendo renovadas. A alegria do Senhor é aquele bem-estar permanente e interior; aquele regozijo que não depende de circunstâncias favoráveis, e que nada nem ninguém pode tirar (Jo 16.22). Aquele ânimo que nos leva a salmodiar a Deus e a sorrir, “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide...” (Hc 3.17). Não se trata dessa alegria artificial e passageira das festas e dos programas humorísticos, mas de um sentimento que vem como resultado natural da nossa salvação; é a ação do Espírito Santo em nós, testificando que Deus está no controle, e renovando-nos a coragem e a esperança. A alegria é remédio que aformoseia o rosto e impede a sequidão dos ossos (Pv 15.13; 17.22). Ela cura não só o espírito, como também o corpo” (Marta Doreto). 
Perfil da criança do maternal
“As crianças parecem ter o dom da alegria. Certamente possuem um dom concedido por Deus, que as torna capazes de brincar nas circunstâncias mais adversas. Observou-se que mesmo nos campos de concentração nazistas, esfomeadas e maltratadas, as crianças ainda arranjavam meios de divertir-se. Como afirma o autor Claudionor de Andrade, “Têm as crianças uma reserva de energia tão inesgotável, que são capazes de entregar-se aos seus jogos e folguedos do arrebol ao entardecer”. Acerca do mesmo tema, escreve Toulet: “As crianças vivem intensamente embriagadas: embriagadas de vida”.  Se isto se aplica às crianças em geral, quanto mais às do maternal, que se acham na fase do comer e dormir, para depois despender a energia acumulada!
Se o brilho de uma criancinha se apaga, alguma coisa está errada; algo muito doloroso ou sujo atingiu-lhe a alma. Possam os professores do maternal serem usados por Deus para alimentar cada vez mais, nesses coraçõezinhos, a chama da verdadeira alegria – a alegria da salvação” (Marta Doreto). 
Bem-vindos!
“Leve para a classe uma colher de pedreiro, e mostre-a aos alunos, à medida que forem chegando. Pergunte se já viram esta ferramenta, se sabem o que é e para que serve. Explique a utilidade da colher de pedreiro, e diga que hoje vão ouvir a história de um homem que construiu um muro. (Na falta de uma colher, um tijolo servirá para introduzir o assunto)” (Marta Doreto).
Oficina de ideias
“Distribua blocos de madeira ou plástico, ou caixas vazias de remédio, fósforo, etc, para que os alunos empilhem, como se estivessem construindo um muro. Recorde as dificuldades de Neemias e do povo de Deus para reconstruir os muros de Jerusalém (os inimigos que se opunham, zombando e ameaçando, o cansaço normal do trabalho, etc.), e como a alegria do Papai do Céu os fortalecia para continuarem o serviço, até o muro ficar pronto” (Marta Doreto).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Neemias 12.27-43. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - Na Casa do meu Amigo eu Agradeço - Jd. Infância.

Lição 6 - Na Casa do meu Amigo eu Agradeço

4º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão desenvolver um espírito de gratidão a Deus; e saber que devemos agradecer a Deus por tudo que Ele nos dá.
É hora do versículo: “e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões” (1 Ts 5.18).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Ana, que depois de pedir um filho ao Papai do Céu e reconhecer a soberania divina em sua vida, ela voltou para agradecer o lindo filho que o Papai do Céu lhe deu. Assim também devemos nós reconhecer que só o Papai do Céu é poderoso para nos ajudar, confiar nEle e pedir só a Ele e depois agradecer por tudo o que Ele nos dá. E a igreja, a casa do Papai do Céu, é o melhor lugar para isso!
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com imagem sugerida para o cartaz do versículo bíblico. Esta mesma folha serve para reforçar o versículo e também para a criança colorir. Incentive seus alunos a recitarem o versículo do dia e serem agradecidos ao Papai do Céu em tudo. Enumere com as crianças algumas situações de livramentos, curas, bênçãos materiais e espirituais que elas tenham vivenciado. Façam uma oração agradecendo a Deus por todas elas.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância