sábado, 16 de fevereiro de 2019

Lição 07 - 1º Trimestre 2019 - Quem Responde Orações - Pré Adolescentes.

Lição 7 - Quem Responde Orações 

1º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em Mateus 6.9-13.
Caro(a) professor(a),
Seus alunos estão numa fase de crescimento tanto espiritual quanto físico. Com esse crescimento ocorre também a mudança de hábitos. Brincadeiras que até então eram normais passam a ser consideradas muito infantis para os pré-adolescentes. Mas essas mudanças fazem parte do desenvolvimento saudável de seus alunos. Vale ressaltar que existem alguns hábitos que são adquiridos e, independentemente da fase da vida, não podem ser deixados de lado. Um deles é o hábito de orar. Você sabe explicar aos seus alunos o que significa orar e a importância desse hábito para a vida com Deus?
Na aula de hoje seus alunos aprenderão que a oração é o meio pelo qual conversamos com Deus. Assim sendo, da mesma maneira que desejamos falar com Deus em oração, Ele também deseja falar conosco por meio de sua santa Palavra. Será que ao término de nossas orações estamos sensíveis para ouvir a voz do Senhor falando conosco? Deus deseja ouvir e responder as nossas orações. Ele disse ao profeta: “Jeremias, se você me chamar, eu responderei e lhe contarei coisas misteriosas e maravilhosas que você não conhece” (cf. Jr 33.3).
É comum ouvir de algumas pessoas, principalmente daqueles que são novos na fé, o quanto é difícil reservar um momento para oração. Mas tal dificuldade é contornada a partir do momento que seguimos o modelo de oração ensinado por Jesus no Sermão do Monte (cf. Mt 6.5-14). De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1396):
Orareis assim. Com esta oração modelo, Cristo indicou áreas de interesse que devem constar da oração do cristão. Esta oração contém seis posições: três dizem respeito à santidade e à vontade de Deus e três dizem respeito às nossas necessidades pessoais. A brevidade desta oração não significa que devemos ser breves quando oramos. Às vezes, Cristo orava a noite inteira (Lc 6.12).
Aproveite a lição e esclareça aos seus alunos que na oração que o nosso Mestre nos ensinou podemos encontrar tudo o que precisamos para que a nossa comunicação com o Criador seja livre de qualquer motivação que não esteja de acordo com a sua boa, agradável e perfeita vontade dEle (cf. Rm 12.2).
Por Thiago Santos
Educação Cristã
Publicações. CPAD.

Lição 07 - 1º Trimestre 2019 - Batismo no Espírito Santo - Adolescentes.

Lição 7 - No Batismo no Espírito Santo 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
O PROPÓSITO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
EVIDÊNCIA FÍSICA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
EU QUERO RECEBER....
OBJETIVOS:
Conceituar o Batismo no Espírito Santo;
Entender o Batismo no Espírito Santo;
Estimular os adolescentes a que aspirem o Batismo no Espírito Santo.
OS PROPÓSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Prezado professor, a palavra-chave da lição desta semana é Batismo. Esta significa, de acordo com o original grego, mergulho ou submersão. O termo “batismo” está inserido na presente lição com o objetivo de compreender seu título: No Batismo no Espírito Santo. A ideia aqui é explicar a uma pessoa a importância de se mergulhar e encher-se com o Espírito Santo de Deus.
O Batismo no Santo Espírito é promessa do Pai. É assim chamada porque Deus providenciou o derramamento prometido conforme o Senhor Jesus falou aos discípulos. A profecia de João Batista, registrada nos quatro Evangelhos, lembra este fato: “Jesus os batizaria com o Espírito Santo”.1  Essa operação denota a ação da Santíssima Trindade. O Pai envia o Espírito Santo e o Filho participa dessa obra como o batizador.2 O Batismo com o Espírito Santo possui uma relação tênue com a evangelização mundial. Em Atos 1.8 essa relação é patente. Por isso, é importante ressaltar que o Batismo no Espírito Santo tem propósitos claros e definidos:
1. Ousadia para testemunhar Jesus Cristo (At 1.8,22);
2. Poder para realizar milagres (At 5.1-11);
3. Carisma para ministrar à Igreja (At 6.3,5);
4. Oração em língua para edificação espiritual (1 Co 14.2,4).
1. Testemunhando de Cristo
O Senhor Jesus disse aos discípulos: “... Ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até confins da terra” (At 1.8). Note o pensamento evolutivo do texto! Os discípulos teriam de testemunhar primeiramente numa região pequena (Jerusalém), depois nos distritos maiores (províncias - Judeia e Samaria) e, logo após, ao mundo todo (confins da terra). Em que consistia o testemunho dos discípulos? O teólogo pentecostal, Antony Palma, ajuda-nos a responder:
Quando Jesus disse aos seus discípulos que eles seriam suas “testemunhas”, o pensamento não é tanto que seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar a sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela é aplicada geralmente aos discípulos (1.8,22; 2.32; 3.15; 5.32; 10.39,41; 13.31) e especificamente a Estevão (22.20) e a Paulo (22.15; 26.16).3   
Os discípulos proclamariam a ressurreição de Jesus Cristo! Porém, para evangelizar o mundo eles careciam do auxílio poderoso do Espírito Santo: poder para realizar milagres! 
2. Poder para realizar milagres
Em Atos dos Apóstolos, o poder do Espírito Santo é aplicado aos discípulos com o objetivo de legitimar a mensagem do evangelho a pessoas carentes de salvação e esperança:
At 3.1-10 → A cura do homem coxo;
At 9.36-42 A → Ressurreição de mortos (Dorcas);
At 5.19; 12.7-10; 16.23-26 → As libertações milagrosas de Pedro e Paulo;
At 5.1-11; 12.23 → Ananias e Safira; Agripa I são fulminados.
Mas os discípulos, pelo poder do Espírito Santo, ministrariam também à Igreja. 
3. Ministrando à Igreja de Cristo
Em seu início, a igreja de Jerusalém estava em contínua expansão. Porém, seus primeiros anos eram marcados por circunstâncias que exigiam discernimento e sabedoria oriundos do Espírito Santo. Os assuntos da Igreja – o engano de Ananias e Safira (At 5.3,7,8); o desentendimento das mulheres de fala aramaica e grega (At 6.1-7); o concílio de Jerusalém (15.28) – não dependiam, somente de sabedoria humana, mas indelevelmente da sabedoria do alto.
O poder do Espírito Santo concedido a Igreja serve, também, para ministrar aos santos individualmente. Por isso, o Santo Espírito disponibilizou um dom para a edificação espiritual do crente: a Glossolalia.   
4. Glossolalia: dom de Deus
O termo “glossolalia” deriva do idioma grego glossa (língua) e lalia (falar). Logo, “glossolalia” é o falar em línguas desconhecidas. “É o dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, que capacita o crente a fazer enunciados proféticos e de enaltecimentos a Deus em línguas que lhe são desconhecidas”.4   
De acordo com o teólogo pentecostal Anthony Palma, há pelo menos três razões para o fenômeno das línguas ser ordenado por Deus. A primeira é de cunho histórico. Os fenômenos meterorológicos e atmosféricos registrados em Atos marcam a inauguração da nova aliança de Deus com a humanidade. 
A segunda é a ocorrência de glossolalia no dia de Pentecostes, uma festa onde judeus oriundos de várias nacionalidades estavam presentes em Jerusalém. Esse evento marcou o “imperativo missiológico” de Jesus Cristo aos discípulos. 
A terceira razão, na perspectiva bíblica, consiste em edificação pessoal. O apóstolo Paulo afirma que a oração em “língua desconhecida” edifica o indivíduo. Segundo Palma, a glossolalia juntamente com o dom de interpretação, edifica a congregação. Porém, sem o dom de interpretação, a língua edifica apenas a pessoa que fala. Ela é um meio de autoedificação espiritual constituída numa oração individual auxiliada pelo Espírito Santo (Rm 8.26).5 
Prezado professor, finalize a lição dessa semana dizendo que o Batismo no Espírito Santo tem um propósito bem amplo. Muito além das quatro paredes do templo em que cultuamos a Deus. O Senhor Jesus quer mergulhar, submergir e encher os crentes com o Santo Espírito para exercerem, com sabedoria e discernimento, o ministério ordenado por Ele. 
Por Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor Responsável pela revista Adolescentes Vencedores 

Lição 07 - 1º Trimestre 2019 - Louvor e Adoração: um Dever de Todos - Juvenis.

Lição 7 - Louvor e adoração: um dever de todos

1º Trimestre de 2019
“Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR!” (Sl 150.6).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ADORAÇÃO É PARA TODOS
2. LOUVANDO TODOS JUNTOS
3. E OS CORINHOS?
4. “VAMOS OUVIR O CORAL DA IGREJA”
OBJETIVOS
Destacar os diferentes tipos de louvores congregacionais;
Explicar a sua importância para o culto a Deus;
Mostrar o valor da existência da igreja local para o louvor coletivo a Deus.
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos abordar a perspectiva do louvor e da adoração ao Senhor enquanto mandamento, um dever de toda a sua criação. Como conclama no imperativo o salmista: Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor! (Sl 150.6)
Como nós vamos falar de “dever” esta é uma excelente oportunidade para desmistificar a possível crença equivocada que alguns tenham de que toda ordenança ou mandamento são cumpridos com pesar, ou apenas por obrigação ou receio da punição/consequência. Quando na verdade também elas também podem ser desempenhadas com muito prazer e gratidão, afinal tudo quanto a Palavra de Deus nos instituiu foi para o nosso próprio bem, individual e coletivo. Seguindo este princípio também foram estabelecidos estatutos e legislações humanas, presentes em todas as sociedades.
Para clarificar este conceito, peça que seus alunos citem alguns exemplos de leis brasileiras (que, portanto, temos o DEVER de cumprir) e a obediência a elas só nos faz bem. Desde “não jogar lixo nas ruas”, evitando assim doenças e pragas advindas da sujeira, enchentes etc. até mesmo chegando à lei que proíbe o homicídio, por exemplo. Sugira que eles reflitam um pouco sobre como seria caótico vivermos em uma sociedade sem códigos de ética, princípios, estatutos e leis que estabelecem toda essa ordem e bem-estar social.
Evidentemente, nem toda lei humana é justa, afinal, desde o pecado original, onde houver seres humanos também haverá equívocos – que precisamos combater da forma correta. Por exemplo, a escravidão já foi lei; assim como a segregação racial; o holocausto que matou milhares de judeus e tantas outras atrocidades. Contudo, de forma geral, o cumprimento de nossos deveres repercute no bem-estar individual e coletivo. E os espirituais, como louvar e adorar ao Senhor, então, ainda em maior dimensão.
Como você mestre bem sabe, trabalhar com os juvenis requer criatividade e dinamismo, atributos bem-vindos, aliás, à metodologia de ensino para todas as faixas etárias. Mas não se preocupe quando não lhe ocorrer inspiração para novas ideias, afinal, seus alunos têm a mente “borbulhando” sugestões e eles amam participar, cooperar e serem ouvidos. Por isso também, é muito importante momentos como o que sugerimos no início deste trimestre de fazer um Brainstorming, aquela “tempestade de ideias” com os juvenis, podendo dar sugestões interessantes de atividades acerca do tema para serem realizadas ao longo do trimestre.
Para relembrar algumas que já mencionamos aqui anteriormente: propor que eles compunham juntos ou individualmente uma canção a ser apresentada à igreja; fazerem um novo arranjo e/ou diferente ritmo musical para um hino já conhecido; organizar uma versão gospel da brincadeira “Qual é a Música”; postar nas redes sociais um “desafio musical” a cada semana, desafiando um colega dentro deste tema, que passa a bola para outro e assim sucessivamente; essas apresentações podem ser ao final de cada aula em estilo acústico ou “pocket show”; organizar um louvorzão em local público (pode ser no encerramento para fechar o tema com chave de ouro). Com toda certeza eles ficarão extremamente animados e não faltarão a nenhuma lição nos próximos domingos.
Veja o que vocês já colocaram em prática e não deixe que os pedidos e porpostas que empolgaram a todos eles caiam no esquecimento. Você pode delegar a alguns alunos determinadas tarefas, para que coordenem o andamento de determinadas atividades e lhes procurem para reportarem este andamento, tirarem possíveis dúvidas, pedirem alguma ajuda, etc. 
Além de dinamizar a aula, aumentando a assiduidade da turma e fixando de maneira ainda mais eficaz o aprendizado do tema, estas atividades também promovem a maior comunhão e entrosamento entre eles, ao passo que desenvolvem talentos e responsabilidades.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!

Lição 07 - 1º Trimestre 2019 - Os Perigos do Deserto - Jovens.

Lição 7 - Os Perigos do Deserto

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-No Deserto Surgem Críticas
II-No Deserto a Obediência é Testada
III-No Deserto Chega a Solidão
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar que nos períodos de provações (desertos), habitualmente surgem críticas indevidas, como aconteceu com Moisés;
Saber que como aconteceu com Jesus, no deserto a obediência de cada um é testada;
Reconhecer que há instantes, na vida de um servo de Deus, que ocorrerão perdas pessoais irreparáveis, as quais podem contribuir para o surgimento da solidão.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Depois de o povo de Israel peregrinar, indo e vindo, sem um rumo certo, andando de forma irregular, por estarem cumprindo a sentença divina, ante à rebelião no deserto, cujo ápice se deu em Números 13, completam-se os quarenta anos de jornada (Nm 20). Neste 40º ano da viagem, acontecem fatos sobremodo decisivos, como, por exemplo, o falecimento de duas pessoas muito queridas de Moisés: seus irmãos Miriã e Arão. Trata também da rejeição e repulsa de um povo coirmão: Edom, que o impediu de passar por seu território.
Matthew Henry, com primor, narra esse momento fundamental para o povo hebreu:
Depois de trinta e nove anos de tediosas peregrinações, ou melhor, tediosos descansos, no deserto, aproximando se e afastando-se do Mar Vermelho, os exércitos de Israel agora, por fim, se voltaram outra vez para Canaã, e não tinham chegado muito longe do lugar onde estavam quando, pela sentença da Justiça divina, foram forçados a dar início às suas peregrinações. Até aqui, eles tinham sido conduzidos por uma espécie de labirinto, enquanto se fazia a execução dos rebeldes que eram condenados. Mas agora foram trazidos ao caminho correto outra vez: eles ficaram em Cades (v. 1), não Cades-Barneia, que estava perto das fronteiras de Canaã, mas outra Cades, nas fronteiras de Edom, mais afastada da terra da promessa, mas a caminho dela, a partir do Mar Vermelho, ao qual tinham sido forçados a voltar. […]
O capítulo teve início com o funeral de Miriã e termina com o funeral de seu irmão, Arão. Quando a morte se abate sobre uma família, em alguns casos ela ataca em dobro. […] Moisés, cujas mãos tinham antes vestido Arão com suas vestes sacerdotais, agora o despe delas.1 
Os fatos narrados no capítulo 20 e o longo período de caminhada naquele ambiente inóspito serão analisados sob a ótica do líder Moisés, e os efeitos que lhe ocasionaram. Mesmo com todos os sinais miraculosos que aconteceram em seu ministério, ele foi constantemente censurado por sua espiritualidade, moralidade e integridade enquanto ser humano. Quais consequências advieram disso?
No meio de todo o caos social e político que, por vezes, transbordava, registre-se, ainda, a dificuldade que Moisés teve em achar amigos verdadeiros. Não é de se admirar que, diante desse emaranhado de traições, inconformismos e rebeliões, ele, por um instante, fraquejou na fé em Deus, e feriu a glória da santidade divina, vindo, como isso, a perder a autorização para seguir no maior projeto de sua vida: entrar com o povo em Canaã.
Será que esses episódios aconteceram somente na caminhada no deserto, ou frequentemente se desenvolvem também nas comunidades cristãs da atualidade? “Os perigos do deserto” traduzem uma grave advertência para esta geração, como lembrou Paulo (1 Co 10.1-12).
I – NO DESERTO SURGEM CRÍTICAS
1-Quanto à Espiritualidade 
Está escrito que os hebreus, no deserto, endureceram os seus corações (Sl 95.8) e tornaram-se cobiçosos (Sl 106.14). Essas verdades podem ser claramente observadas na rebelião de Corá, Datã e Abirão (Nm 16.3), estudada anteriormente, quando Moisés foi acusado de não possuir autoridade espiritual para conduzir o povo. Que argumento falacioso! Curiosamente, porém, conseguiu convencer muita gente. Essa mesma artimanha foi utilizada por Satanás, na tentação no deserto, quando quis que Jesus desconfiasse da voz de Deus que bradou dos céus, sobre as águas do Rio Jordão, dizendo que Ele era o Filho amado, em quem o Senhor tinha muito prazer (Mt 4.1-11). O Diabo foi vencido porque Jesus, mesmo fraco, com fome, nunca duvidou que aquilo que Deus diz é verdade.
Criticar a espiritualidade do líder é um jogo antigo do Diabo. Ora, Moisés, desde os primeiros sinais no Egito, tinha apresentado credenciais suficientes de sua autoridade espiritual, mas, no deserto, até ela foi contestada. Perfaz-se numa realidade que a espiritualidade de cada cristão é testada fortemente no período em que se caminha no meio da escassez. Faz-se necessário, pois, haver constante comunhão com Deus para não desfalecer. Em algum momento da trajetória da vida haverá desertos a serem transpostos; é preciso, por isso, ter muito cuidado para não sucumbir ante aos perigos que surgem nesses dias difíceis.
2-Quanto à Moralidade 
Inequivocamente, possuir bom caráter é o requisito primordial para uma liderança eficaz, pois sem essa característica o povo perde a confiança e o trabalho não prospera. O rei Davi, por exemplo, teve um reinado sem sobressaltos político-administrativos até o instante em que traiu seu grande amigo Urias, infringindo-lhe vergonha e morte. Naquele episódio, Davi agiu amoralmente e, a partir de então, as rebeliões explodiram em seu reinado, começando por seu filho Absalão. 
A nova geração de hebreus nascida no deserto murmurou sobre a decisão de Moisés em estimular o povo a herdar uma terra que manava leite e mel (Nm 20.5). Eles questionavam a moralidade de Moisés, que estava sendo acusado de conduzir, com irresponsabilidade histórica, o povo por caminhos sem sentido e com nenhum resultado; pareciam adeptos da teologia da prosperidade! Eles, no fundo, ao questionarem a moralidade de Moisés, estavam também desqualificando o modo de agir de Deus — sua bondade! Os hebreus não atentavam para as coisas espirituais, eternas, mas apenas às transitórias, materiais. Eles não compreendiam o processo, os caminhos de Deus, mas apenas eram conhecedores dos feitos do Senhor; Moisés, entretanto, conhecia os seus caminhos (Sl 103.7). Interessantes observações foram lançadas acerca dessa dissensão política: 
[…] reclamaram porque não havia água para a congregação (2). Era o mesmo padrão que caracterizava as murmurações do passado. […] Claro que a geração mais jovem não desfrutara os prazeres do Egito nem sofrera plenamente as provações da viagem, mas, sem dúvida, ouviu as histórias. As reclamações neste momento poderiam ter sido lideradas pelos mais velhos, a quem estes acontecimentos do passado não eram tão remotos. É evidente que a congregação estava inclinada a se prender a qualquer assunto que lhe desse ocasião para se queixar da dificuldade. A murmuração não se destaca por sua lógica nem está limitada a certo conjunto de circunstâncias ou a qualquer geração.2 
Murmurar a qualquer custo, sob os pretextos mais variados, com ou sem nenhuma razoabilidade e lógica, parecia ser esse o mais apurado prazer daquele povo, — um verdadeiro traço cultural. Por isso a experiência do deserto é insubstituível para quem anda com o Senhor: deixará aprendizados indeléveis, indispensáveis para seguir com fé e confiança pela estrada da vida. Todas as palavras irrogadas contra Moisés traduziam, na verdade, uma enorme ingratidão. Faltava água? Era isso? Quantas outras vezes esse problema foi resolvido, de maneira miraculosa?
A conduta responsável, moral, consequente, de Moisés e a bondade de Deus não poderiam jamais ser questionadas, pois as circunstâncias cotidianas sempre foram plenamente favoráveis ao povo: nenhum israelita morreu de fome ou sede enquanto atravessava o deserto, nem suas roupas envelheceram ou seus sapatos estragaram (Dt 29.5). Os que morreram e foram sepultados no deserto foi por causa de desobediência. Deus porém manteve sua fidelidade e sua palavra empenhada. Moisés, inequivocamente, não merecia ser pressionado daquela maneira, recebendo tão injusta acusação!
3-Quanto à Sinceridade 
No deserto, de onde menos se espera é que surgem as vãs suspeitas, as acusações, os julgamentos sumários sem provas. Os liderados de Moisés suscitaram dúvida acerca de seu bom senso, sua responsabilidade moral, o que deve ter lhe causado muita tristeza. Agora, porém, conjecturava-se acerca da integridade do líder. Era uma intriga internacional. Os irmãos do povo hebreu — os edomitas (descendentes de Esaú), que moravam ao lado de Cades —, não acreditaram que Moisés estava sendo sincero ao pedir que deixassem os israelitas passarem pelo seu território (Nm 20.14-21). Como é doloroso quando nossos irmãos não confiam em nós!
Duvidaram tanto da honestidade, da boa fé, de Moisés que, por isso, arregimentaram um grande exercito para afugentar o povo para longe de suas terras. No deserto, a má fama do líder se propaga, inclusive para além dos limites territoriais; até os seus vizinhos desconfiavam da suas reais intenções.
A integridade, sinceridade, pureza de propósitos, de um líder cristão apresenta-se, sem dúvida, como seu maior patrimônio. Entretanto, no deserto, até esse bem imaterial é frequentemente questionado. A índole de Moisés, nos quarenta anos de caminhada, deveria ser suficiente para que os edomitas confiassem nele. Entretanto, no deserto, as coisas acontecem sempre de maneira inesperada, pois num ambiente cheio de perigos espirituais, morais e físicos, as pessoas, em regra, desconfiam de tudo.
II – NO DESERTO A OBEDIÊNCIA É TESTADA 
1) Pode-se Perder a Paciência 
Les Parrott afirmou que quando uma pessoa adquire a sabedoria do Alto, aprende a lidar bem com os altos e baixos da existência, pois passa a entender como as coisas funcionam no projeto do Senhor. Aduziu, ainda, que indivíduos sábios geralmente experimentam uma calma quando enfrentam decisões difíceis, haja vista que enxergam a situação como um todo.3 Isso é a mais pura verdade, mas nem sempre! Afinal, está escrito que “a opressão transforma o sábio em tolo” (Ec 7.7, NVI). Foi precisamente o que aconteceu com Moisés em Números 20.7-13. Ele era considerado o homem mais manso da terra, entretanto, perdeu a paciência e, enraivecido, chamou seus liderados de rebeldes, prometendo resolver a reclamação, atraindo para si e seu irmão Arão “os méritos” pelo milagre (Nm 20.10). Acerca desse funesto acontecimento na vida de Moisés, mister citar:
Deus ficou descontente com a conduta de Moisés e Arão e lhes falou que eles não conduziriam esta congregação à terra que lhes tenho dado (12). O texto não descreve a natureza exata do pecado pelo qual esses dois líderes foram castigados. Mesmo quando o registro é lido sobre a mais favorável interpretação, a resposta de Moisés não coincide com as ordens que Deus dera. Não há dúvida de que a verdadeira natureza do pecado reside nesta discrepância”.4 
O caminho do deserto traz consigo o perigo da desobediência e falta de humildade, as quais podem acarretar sérios transtornos, com consequências prolongadas. Uma longa história de fé e obediência se desfez em um único ato em submissão e arrogância. Todo cuidado é pouco.
2-Pode-se Perder o Equilíbrio 
A palavra “equilíbrio” (Hb. miphlas, que também pode ser traduzida como flutuação, balanceamento) aparece no texto bíblico em Jó 37.16: “Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos?”. O Senhor está perguntando a Jó se ele sabe como, nas nuvens, milhares ou até milhões de metros cúbicos de água ficam flutuando. Jó precisava, como Moisés, e todos nós, de equilíbrio. E Deus sabia como promover essa situação.
Equilíbrio — essa condição que acontece em um dado sistema, quando as forças atuantes se compensam, anulando-se mutuamente — foi o que faltou nas emoções de Moisés. Ele se viu coagido pelo povo, com agressões injustas e, em vez de fazer o balanceamento, contrapondo argumentos, perdoando excessos verbais, deixou-se levar, agindo como um tolo. Foi traído por uma forte emoção. Além de ter trazido para a liderança a responsabilidade pelo milagre, feriu a rocha, que simbolizava Cristo, por duas vezes (Nm 20.11), o que desagradou muitíssimo ao Senhor, o qual tinha determinado que Moisés falasse à rocha,
Os filhos de Deus podem, aqui ou acolá, perder o equilíbrio, como aconteceu com Moisés e Arão, e praticarem algo que, embora não aparente ser um grande pecado, traga graves consequências. O recomendável, diante disso tudo, é que se evite transgredir contra o Senhor, principalmente quando estiver no exercício de qualquer atividade eclesiástica, pois a presença de Deus exige, de cada pessoa, reverência, solenidade, santidade e um profundo senso se adoração. Moisés sabia disso tudo e, mesmo assim, com a vara de Deus na mão (denota que ele agia pela autoridade espiritual delegada) cometeu o desatino de querer roubar a glória do Senhor (Is 42.8; 48.11). 
3-Pode-se Perder a Promessa (20.12) 
Stephen Adei afirmou, com precisão, que “os cemitérios estão cheios de sonhos não concretizados […] porque muitos dos que estão sepultados ali sucumbiram a pressões da sociedade, tradição, e negligenciaram o caminho de Deus”.5  Observe-se que Adei não menciona grandes guerras, terremotos, erupções vulcânicas, como destruidores de projetos de vida, mas ele faz alusão a sucumbir ante às pressões do cotidiano, fazendo-nos desviar do caminho de Deus. Foi exatamente o que aconteceu com Moisés: um homem que viveu embalado por essa promessa de entrar em Canaã, mas como “a quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido” (Lc 12.48, NVI), sua conduta que desonrou a Deus ocasionou-lhe, pela condicionalidade da promessa, o rompimento do pacto (Lv 26.3-12). Aparentemente, foi um fato de pouca rebeldia, mas não para Deus. Por isso, ambos os irmãos levitas perderam a promessa.
Tal fato demonstra a existência de situações que, às vezes, julga-se não terem muito valor, mas, na verdade, para Deus, são extremamente valiosas; há outras, porém, que parecem importantes, mas, na realidade, não possuem grande representatividade para o Senhor. Moisés perdeu a promessa só porque desobedeceu a Deus e feriu a rocha, pode alguém arrazoar. Não! Foi muito mais. Ele usurpou, com o auxílio do sumo sacerdote Arão, o lugar da adoração, atraindo para si a glória quanto ao milagre, a qual deve ser dada exclusivamente a Deus, “porque dele, por ele e para ele são todas as coisas”. 
CONCLUSÃO
Na jornada da vida, em alguns momentos, deparamo-nos com situações que não têm explicação lógica. Tempos em que faltam significados, e sobram murmúrios, medos e desapontamentos. Moisés, certamente, enfrentou esses tempos calamitosos, conforme Números 20, neste capítulo brevemente analisado. Grandes tragédias aconteceram com Moisés: morrem Miriã e Arão, seus irmãos; os vizinhos edomitas (descendentes de Esaú) demonstram aversão; e, por fim, ele é reprovado por Deus, o qual não lhe permite entrar na Terra Prometida. Os perigos do deserto são muitos. É preciso vigilância.                                                                        
*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida: A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 HENRY, Matthew. Comentário bíblico do Novo Testamento. vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 512, 515.
2 LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G. Comentário bíblico Beacon. vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 364.
3 PARROTT, Les. Você é mais forte do que pensa. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 38.
4  LIVINGSTON, George Herbert; COX, Leo G.; KINLAW, Dennis F.; BOIS, Lauriston J. Du; FORD, Jack; DEASLEY, A.R.G. Comentário bíblico Beacon. vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 364.
5  ADEI, Stephen. Seja o líder que sua família precisa. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 70.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - Deus Criou os Meus Pezinhos - Berçário.

Lição 06 - Deus criou os meus pezinhos

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Demonstrar, através da exposição da aula e das atividades, que foi o Papai do Céu quem criou os nossos pés.
É hora do versículo: “Tu mesmo me criaste [...]” (Jó 10.3).
Nesta lição, as crianças continuarão vendo que Deus criou cada detalhe do seu corpinho. E hoje elas perceberão que o Papai do Céu criou os seus pés. Mostre o pezinho do bebê para ele. Cada dedinho. Depois de realizar as atividades propostas no manual, sugerimos que o professor entregue para cada aluno que já consegue segurar um giz de cera, a imagem do bebê abaixo. A criança deverá circular os pés do bebê e depois pintar o desenho. Enquanto realizam a atividade, diga com as crianças: “Obrigado Papai do Céu pelos nossos pezinhos”.
bebe.licao6.bercario

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - A História de Uma Mamãe - Maternal.

Lição 6 - A história de uma mamãe

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a ter fé ao fazer petições a Deus, crendo que Ele lhe concederá o que pediu.
Para guardar no coração: “[...] e ele me deu o que pedi.” (1 Sm 1.27)
Nesta lição, o aluno vai conhecer a história de Ana. Uma mulher que sofreu muito porque não podia ter filhos. Ana chorou e orou muito, até que Deus lhe deu um lindo bebê a quem ela deu o nome de Samuel.
Na oficina de ideias sugerimos um trabalho manual porque acreditamos que a criança do maternal aprende enquanto executa a atividade. Além do sedenho ou de outro produto dos trabalhos manuais, ainda existem outros valores que advêm do processo de realização da tarefa. Provavelmente, tais valores têm um efeito maior nas crianças, alcançando resultados maiores. As experiências artísticas fornecem à criança oportunidades de explorar, experimentar e expressar ideias sobre si mesma e sobre o mundo ao seu redor. Expressar sentimentos e aprender a lidar com eles — sentimentos que frequentemente não é capaz de manejar com palavras, em virtude do seu vocabulário limitado. A arte fortalece a habilidade infantil de observar e imaginar as pessoas e o mundo que a cerca. Aumenta a sua sensibilidade em relação aos outros. A arte envolve assumir a responsabilidade de escolher, mesmo que seja somente a cor a ser usada. Melhor ainda se forem materiais que vai utilizar. Então, deve fazer algo com suas escolhas, exercitando julgamento e controle. A criança vivencia experiências de sucesso que a auxiliam na construção de um bom conceito de si mesma.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora da Revista de Maternal 

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - Presentes Para o Amigo - Jd. Infância.

Lição 6 - Presentes para o Amigo

1º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão compreender que Jesus é o Rei do reis. Saber que também podemos dar presentes a Jesus através daquilo que fazemos. 
É hora do versículo: “[...] O Senhor é o Rei de Israel!” (Jo 1.49)
Nesta lição, os alunos continuarão conhecendo a história acerca do nascimento de Jesus. Agora Ele já não era mais um bebê de colo. Havia crescido um pouco. E desde que Ele nasceu, uma estrela diferente e bem brilhante começou a brilhar bem forte no céu chamando a atenção de alguns homens sábios que estudavam os céus. Esses homens sabiam que aquela estrela não era comum e certamente ela trazia um significado especial. Resolveram segui-la até o seu ponto de origem e lá encontraram o Salvador. Os homens sábios levaram valiosos presentes para presentear o Rei Jesus: ouro, incenso e mirra. Eu também quero presentear Jesus. Hoje vou dar-lhe o meu coração!
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja algum tempo, sugerimos uma atividade extra para os alunos enfeitarem, bem bonito, o coração para entregar a Jesus. 
coracao licao6 jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - O Deus Que Perdoa - Juniores.

Lição 6 - O Deus que perdoa

1º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: João 8.1-11.
Caro(a) professor(a),
Aprender a respeito da importância do perdão é um desafio para os adultos, quanto mais para as crianças que estão crescendo num cenário egoísta e escasso de bons exemplos que possam lhes mostrar o caminho certo que devem seguir. Crianças aprendem com frequência de acordo com o que veem e ouvem. Por esse motivo, é importante estar atento ao que permitimos chegar aos ouvidos e olhos de nossos alunos.
O ensinamento do perdão é uma lição que deve ser ensinada desde cedo às crianças. Geralmente, adultos tendem a ter maior dificuldade em praticar esta nobre atitude enfatizada por Jesus. Isso ocorre devido à falta de equilíbrio e à educação que receberam durante a infância. Muitas crianças, mesmo que de forma indireta, aprendem a tratar os outros de maneira competitiva e vingativa.
São situações que em vez de seus responsáveis apresentarem os valores da Palavra de Deus, principalmente, aqueles ensinados por Jesus (cf. Mt 5—6), — tais como: “perdoar para que também sejamos perdoados”, “não tratar mal com o mal”, “tratar as pessoas do mesmo modo como desejam ser tratados” — estimulam seus filhos a revidar quando são atacados, a vingar-se dos que lhes fazem mal.
Pensando nas dificuldades enfrentadas nas relações do mundo infantil, a lição desta semana tem o objetivo de ensinar os juniores a respeito da importância de perdoarmos aqueles que nos ofendem como critério para que também sejamos perdoados por nosso Criador. Seus alunos deverão compreender que todos somos pecadores e carecemos do perdão de Deus (cf. Rm 3.23). Entretanto, há pessoas ao nosso redor que também precisam do nosso perdão e não devemos negá-lo.
Para que seus alunos retenham os ensinamentos desta lição, sugerimos a seguinte atividade:
Divida a classe em duplas e peça aos alunos para escreverem determinadas ações que o seu companheiro de dupla deverá cumprir. Por exemplo:
a. Ficar de pé com uma perna só durante 2 minutos;
b. Dar um abraço;
c. Buscar um copo de água fresca;
d. Organizar o material do colega sobre a mesa;
e. Contar até 50.
f. Outros...
Deixe-os à vontade para escrever ações que possam ser realizadas durante o momento da aula. Depois de escreverem, explique que deverão cumprir as ações que escreveram para o seu companheiro cumprir. A intenção é lembrá-los que só devemos desejar para o próximo o bem que desejamos para nós mesmos. Do mesmo modo, também devemos perdoar o próximo se quisermos ser perdoados.
Ao final, reforce o ensinamento de Jesus: “— Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas” (Mt 7.12).
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD. 

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - O Salvador - Pré Adolescentes.

Lição 6 - O Salvador 

1º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em Romanos 6.20-23.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito do Salvador. Mas, antes de iniciarmos a nossa reflexão, uma pergunta básica deve ser feita aos seus alunos: precisamos ser salvos de quê? A pergunta, por mais simples que pareça, ainda é motivo de dúvida para os pré-adolescentes nesta fase que estão atravessando. Jesus é o nosso Salvador, isso é fato, mas para muitos é preciso esclarecer as minúcias da salvação que recebemos em Cristo Jesus. Então, algumas dúvidas podem ser sanadas a partir desta lição. Reproduza as perguntas em um cartaz e deixe fixado num local de fácil visualização (mural, quadro, etc.) para que os seus alunos e os demais que visitarem a classe ao longo do trimestre tenham acesso a estas informações:
Perguntas e respostas:
a. O que é pecado?
R: Significa errar, transgredir os padrões de Deus. Toda desobediência aos mandamentos ordenados por Deus é pecado.
b. O que significa pecado original?
R: Por pecado original entendemos que se trata do pecado herdado de nossos primeiros pais, Adão e Eva, o qual passou a toda criatura humana.
c. Por que precisamos ser salvos?
R: Por conta do pecado a humanidade tornou-se separada da comunhão com Deus (Rm 3.23). Desde então, tornou-se necessário a provisão de uma salvação para livrar o homem da condenação e morte eterna.
d. Qual a solução oferecida por Deus para resolver a questão do pecado?
R: Deus amou o mundo de tal maneira que entregou o seu Filho Unigênito para ser crucificado a fim de que todos os que cressem em sua obra sobre a cruz, alcançassem o perdão de seus pecados e fossem salvos mediante a fé (cf. Jo 3.16).
e. Qual o único meio pelo qual podemos ser salvos?
R: Mediante a fé em Jesus Cristo (cf. At 4.12).
f. Jesus é o Salvador. Como Ele pode realizar a salvação de uma pessoa?
R: À medida que o pecador reconhece a sua condição de pecado, confessa a Cristo como seu Salvador pessoal e obedece honestamente aos mandamentos da Palavra de Deus, o Espírito Santo opera em sua vida a regeneração espiritual (cf. 1 Pe 1.22,23).
g. Qual o preço pago pela salvação?
R: A morte de Cristo sobre a cruz, conforme afirma o apóstolo Paulo aos Colossenses: “e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz” (2.14).
Providencie folhetos que apresentam o Plano da Salvação e entregue aos seus alunos. Explique cada etapa do Plano e diga-lhes que devem pregar a Palavra da Salvação para um amigo. Que Deus abençoe e boa evangelização!
Por Thiago Santos.
Educação Cristã.
Publicações. CPAD. 

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - Na Salvação, o Novo Nascimento - Adolescentes.

Lição 6 - Na Salvação, o Novo Nascimento 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
EXPIAÇÃO, EXPIA O QUÊ
A MORTE SUBSTITUTIVA DE JESUS
EU NASCI DE NOVO
OBJETIVOS:
Explicar o termo Expiação;
Apontar a morte de Jesus como substitutiva para a humanidade;
Afirmar que o novo nascimento é produto da operação da salvação de Deus para o homem.
Prezado professor, prezada professora, a aula desta semana será sobre o tema da salvação. É muito proveitoso ler o capítulo sobre a Salvação em uma Teologia Sistemática a fim de preparar-se para a aula. Claro que é bom fazer esse exercício em relação aos temas de toda a lição, mas destacamos este sobre a Salvação porque se trata de um tema que gera grandes polêmicas. Nossa teologia tem uma posição bem definida em relação a esse tema, por isso é importante dialogarmos com homens de Deus que dedicaram a vida para se esmerar nesses assuntos. Logo, sugerimos a obra Teologia Sistemática: uma Perspectiva Pentecostal, editada pela CPAD, e a Teologia Sistemática Pentecostal, também editada pela CPAD, para sua consulta.
Ao ler o capítulo sobre a Soteriologia, termo técnico usado em Teologia para se referir ao estudo da Salvação, você irá se deparar com as seguintes expressões: Justificação, Regeneração, Adoção e Santificação. Será bem interessante, e de muito proveito, abordar esses aspectos da Salvação após a exposição do terceiro tópico da lição. Sugerimos que essa exposição seja feita após a apresentação do terceiro tópico porque este trata acerca do Novo Nascimento.Logo, e de maneira sucinta, podemos dizer sobre os aspectos da salvação que: 
1. A Justificação é um termo judicial que nos faz lembrar um tribunal. O homem, culpado e condenado, perante Deus, é absolvido e declarado justo, isto é, justificado.
2. A Regeneração (a experiência subjetiva) e a Adoção (o privilégio objetivo) sugerem uma cena familiar. A alma, morta em transgressões e ofensas, precisa duma nova vida, sendo ela concedida por um ato divino de regeneração. A pessoa, por conseguinte, torna-se herdeira de Deus e membro de Sua família.
3. A palavra Santificação [gr. hagiazõ e katharizõ; significa “santificar, separar, purificar, dedicar ou consagrar] sugere uma cena junto ao Templo, pois essa palavra relaciona-se com o culto a Deus. Harmonizadas suas relações com a lei de Deus e tendo recebido uma nova vida, a pessoa, dessa hora em diante, dedica-se ao serviço de Deus. Comprado por elevado preço, já não é dono de si; não mais se afasta do templo (figurativamente falando), mas serve a Deus de dia e de noite (Lucas 2.37). Tal pessoa é santificada e por sua própria vontade entrega-se a Deus. 
Boa aula! 
Por Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor Responsável pela revista Adolescentes Vencedores

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - Eu, Um Levita? Juvenis.

Lição 6 - Eu, um levita?

1º Trimestre de 2019
“E Joiada ordenou os ofícios na Casa do SENHOR, debaixo das mãos dos sacerdotes, os levitas a quem Davi designara na Casa do SENHOR para oferecerem os holocaustos do SENHOR, como está escrito na Lei de Moisés, com alegria e com canto, conforme a instituição de Davi” (2 Cr 23.18).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. VAMOS LOUVAR
2. QUEM ERAM OS LEVITAS?
3. LEVITAS DE HOJE
4. EU, UM LEVITA?
OBJETIVOS
Apresentar as atividades dos levitas no Antigo Testamento;
Mostrar que não só os músicos são levitas nas igrejas;
Estimular os alunos a se dedicarem a alguma atividade na igreja.
Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula poderemos esclarecer um equívoco muito comum de atribuir o termo “levita”, exclusivamente a pessoas ligadas ao ministério da música. Além do plano de aula, conteúdo e todo o suporte já oferecido em sua revista, trazemos aqui mais um aprofundamento sobre o assunto, mostrando a trajetória dessa tribo escolhida por Deus com missões muito especiais.
[...] parece ser mais prudente aceitar a apresentação feita pela Bíblia Sagrada,
e considerar essas pessoas como descendentes de Levi, o escolhido por Deus no deserto durante a época de Moisés, encarregados de deveres específicos em relação ao Tabernáculo e, embora proibidos de ministrar diante do santuário sagrado, eles afirmavam ser servos especiais de Deus em assuntos da religião. Deviam ensinar o livro da Torá ao povo (Dt 33.10; 2 Cr 17.7-9) e ajudar os sacerdotes em todos os assuntos ligados à adoração no santuário. A eles não seria reservada qualquer herança na nova terra quando Josué fez a divisão oficial do território (Js 21; cf. Nm 18.20-24; Dt 10.9; 12.12), pois Deus seria a sua herança. Quarenta e oito cidades e vilas foram separadas como os lugares onde deveriam viver.
Os três filhos de Levi - Gérson, Coate e Merari — foram relacionados como aqueles por quem fluiriam as bênçãos divinas. Nos primeiros anos da vida nacional, essas famílias receberam a função de cuidar do Tabernáculo e transportá-lo (Nm 3.5ss.)
Quando Arão e seus familiares foram escolhidos como sacerdotes, foi necessário escolher um grupo de pessoas para ajudá-los (Nm 8.19), e toda a tribo se julgou diferenciada por ser um grupo sagrado designado para executar deveres relacionados com os ritos e as funções sacerdotais.
Durante a construção do Tabernáculo no Sinai, foram escolhidos alguns homens dessa ilustre família para trabalhar como porteiros e ajudantes em todas as fases da obra. Parece claro que eles transportaram os materiais do Tabernáculo na longa jornada até a Terra Prometida (Nm 4.1-33). Eles serviam aos sacerdotes quando necessário, deixando-os livres para os trabalhos no altar.
O propósito original do Senhor para os levitas está resumido em Números 1.50: “Eles levarão o Tabernáculo e todos os seus utensílios; e eles o administrarão e assentarão o seu arraial ao redor do tabernáculo.”
Os levitas recebiam uma posição apropriada no acampamento quando a nação viajava pelo deserto. Como estavam localizados imediatamente em volta do Tabernáculo, eram considerados protetores em quem se podia confiar, e que dariam a própria vida para proteger a sagrada Casa de Deus. Como haviam sido separados como uma propriedade especial de Deus (Nm 8.14-19; 18.6), eles eram considerados como dele, no lugar dos primogênitos de Israel e, se não fosse por eles, o povo teria sido privado da presença de Deus. Por causa da posição dos levitas em volta do Tabernáculo nenhuma ira divina chegaria até a comunidade (Nm 1.51,53). Dessa forma, estavam localizados entre os sacerdotes e o povo. A maior parte de seu trabalho era pesada e servil. Não podiam entrar para ver o altar santo, nem tocar no santuário se não morreriam (Nm 4.15). Eram servos dos sacerdotes, e passavam a vida executando tarefas comuns que tornavam possível a realização dos serviços sagrados. Como pagamento por seu trabalho, recebiam um décimo da renda de todos os israelitas e, em troca, deviam pagar um dízimo dessa renda aos sacerdotes (Nm 18,21-28; Dt 14,27-29).
É claro que os deveres atribuídos aos levitas iriam mudar à medida que as condições de vida também se alterassem. (PFEIFFER, Charles F., VOS, Howard F., REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.1148-49).
Se você tiver oportunidade de adquirir este valioso material aqui recomendado e continuar lendo o desenrolar da história e atribuições dos levitas ao longo dos séculos, será muito enriquecedor pessoalmente e também para as suas aulas.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 06 - 1º Trimestre 2019 - O Pecado da Rebelião - Jovens.

Lição 6 - O Pecado da Rebelião

1º Trimestre de 2019
Introdução
I-Um Povo de Dura Cerviz
II-Líderes em Conflito
III-Deus Mostra a Sua Vontade
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar que a caminhada pelo deserto evidenciou o fato de que os hebreus que saíram do Egito eram de dura cerviz;Saber que as rebeliões que surgiram no meio da liderança eram contagiantes, alcançando muitos do povo;Refletir a respeito da vontade de Deus.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO
Os atos de insubmissão são um mal terrível, que precisam ser combatidos com todas as forças, a fim de que os melhores esforços para agradar a Deus não sejam desperdiçados, pois esses atos produzem, com rapidez, grandes tragédias. Tal pecado é tão grave que o Senhor o comparou ao da feitiçaria (1 Sm 15.23), porque o rebelde (assim como o feiticeiro) busca alcançar o fim pretendido independentemente da vontade do Senhor; entende que os fins justificam os meios e, por isso, realiza qualquer conduta para ter o que deseja. O livro de Números mostra frequentemente as pessoas quebrando o princípio da autoridade e submissão e, em todos os casos, o resultado não foi bom.
Inequivocamente, o ato de submeter-se constitui-se em uma das mais belas características do verdadeiro serviço a Deus. A pessoa escolhida para exercer influência sobre alguém, decorrente de uma delegação natural, social ou espiritual, deve ter todo o respaldo, apoio e ajuda para agir conforme a delegação divina. Importante que se diga, porém, que autoridade, neste caso, não significa supremacia, a qual pode ser comprada, imposta ou mesmo adquirida pela força. Autoridade genuína, porém, somente se conquista pela justiça, decorrente da vontade de Deus.
A submissão exigida por Deus para o seu povo, por outro lado, pode ser conceituada como a atitude (sentimento) de submeter-se, com alegria e de forma irrestrita e voluntária, a alguém que foi constituído pelo Senhor como autoridade sobre nossa vida, concretizando isso por meio de condutas de obediência (desde que não haja conflito com a Palavra de Deus), abdicando do direito de tomar decisões próprias. É uma das facetas do negar-se a si mesmo (Mt 16.24).
A geração de hebreus que saiu do Egito precisava decidir, em amor, ser submissa a Deus e à sua palavra, e isso passava, necessariamente, em atender a Moisés, renunciando à sua própria opinião. Mas não foi isso que aconteceu. Richard W. Dortch afirma: 
Todos temos que prestar contas a alguém. Se não houver submissão, o resultado é o caos. [...] A submissão é a maneira de Deus completar a obra de nossa libertação. A submissão é um processo de autocontrole. Quando a pessoa se dispõe a submeter-se a esse processo, fica livre das tiranias das paixões e motivos egocêntricos.1 
Como Israel precisava ficar livre das “tiranias das paixões e dos motivos egocêntricos”! Deus estava trabalhando constantemente para completar a obra de libertação que tinha começado quando saíram do Egito, mas, sendo um povo de dura cerviz, o Senhor sabia que haveria muitos conflitos. 
I – UM POVO DE DURA CERVIZ
1-Inveja na Família do Líder 
A dificuldade em ser submisso ao seu líder era um problema de Israel, todavia, não só do povo, mas também daqueles que estavam na cúpula do poder tribal: Miriã e Arão, pessoas pelas quais Moisés tinha muito apreço. Porém, de onde menos se espera é que, muitas vezes, surgem as rebeliões, conforme Números 12. Aqueles que estão muito perto do poder com frequência são tentados a ter inveja do líder e a querer ocupar o lugar dele. Isso aconteceu primeiramente com o Diabo e, depois, pela influência nefasta dele, muitas pessoas na terra reproduziram esse comportamento, querendo ser o “número 1”. Ora, ser o número 1 é bom, mas ser o número 2 é melhor ainda, pois sobre o número 2 não pesa tanta responsabilidade e ele pode, assim, gastando menos energia, realizar coisas melhores que o número 1. Simples assim. A inveja no coração de uma pessoa, porém, turva-lhe a vista, de forma que não percebe essa realidade, foi o que aconteceu na família de Moisés.
Richard W. Dortch, um cristão americano que sucumbiu na vida e nos negócios por causa do desejo de ser o “número 1”, vindo, por isso, a cometer crimes, pelos quais foi condenado à prisão, escreveu sobre o assunto:
Vamos enfrentar os fatos — a ideia de ser o número um, de ter poder, sucesso, dinheiro e prestígio, é muito sedutora. Essa ideia tem sido o “coração” do mal desde que Lúcifer comparou o que possuía com o que Deus tinha. Ele sentiu-se roubado na parte que recebeu.
[...]A inveja também obscureceu a mente de Caim, afastando-o da verdade. […] Os temas ciúme, inveja e cobiça percorrem os séculos.
[...]Muitos dos nossos problemas são resultado direto de um coração invejoso. Devemos nos observar cuidadosamente.2 
Miriã e Arão foram seduzidos pela tentação de possuir mais prestígio na comunidade e, por isso, falaram contra Moisés por causa da sua esposa, que era cuxita, e disseram: “Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu” (Nm 12.2). Observe-se que não se tratou de um mero desentendimento, acontecido no almoço do domingo, durante uma reunião familiar entre eles, mas de uma oposição política, que demonstrava rompimento administrativo. No fundo, Miriã e Arão queriam assumir o lugar de Moisés, o que se observa pela fala: “Não falou o Senhor também por nós?” De fato, Miriã e Arão “falavam” até melhor que Moisés, mas o cajado estava nas mãos do irmão mais novo. O que aconteceu? Deus fez Miriã leprosa e Arão teve que se arrepender fortemente. Em nossos dias, pessoas têm ficado “leprosas” porque levantam oposição injustamente contra seus líderes, enquanto eles estão agindo no centro da vontade de Deus. Há uma verdade inexorável: quem desatende ao princípio da autoridade e submissão será quebrado por Deus, pois não se levanta apenas contra o líder, mas contra aquEle que lhe delegou a autoridade.
2-Teimosia 
Outra conduta de rebelião dos hebreus aconteceu logo após receberem a sentença de que não entrariam na Terra Prometida. Nessa ocasião, o Senhor determinou que voltassem ao deserto, pelo caminho do Mar Vermelho (Dt 1.40). Os hebreus, porém, com soberba, resolveram desafiar a Moisés e ao próprio Deus, e partiram para a guerra. Foram fragorosamente derrotados (Nm 14.40-45).
Os rebeldes precisavam entender que sem a bênção de Deus e do seu pastor Moisés não haveria vitória. A autoridade outorgada por Deus deve gerar, sempre, no outro polo do relacionamento (os liderados), uma submissão total, completa e absoluta, em amor. Se a autoridade não for exercida a contento, ou a submissão não se constituir integralmente, haverá o rompimento desse importante princípio, e a rebelião se instalará, trazendo danos caríssimos e, muitas vezes, irreparáveis.
Acerca desse momento, em que os sobreviventes israelitas voltaram chorando após o massacre dos amorreus, Moisés escreveu: “o Senhor não ouviu a vossa voz, nem vos escutou” (Dt 1.45). Triste desfecho para quem tinha uma grande promessa de vitória.
3-Murmuração 
O princípio da autoridade e submissão estabelece a ordem e cria condições para o crescimento, em todo e qualquer agrupamento humano; a rebelião à hierarquia (notadamente àquela firmada por Deus), por outro lado, instala o caos e faz os melhores projetos sucumbirem. Em todas as épocas, o Espírito Santo tem levado seu povo a um estado de submissão, quando a palavra de Deus não é afrontada pelas disposições humanas. Eusébio de Cesareia, por exemplo, ao relatar o martírio de Policarpo, bispo de Esmirna, reproduz suas palavras perante o procônsul romano: “fomos ensinados a dar aos magistrados e autoridades designados por Deus a honra devida a eles, contanto que isso não nos fira”3,  ou seja, não existindo contradição entre a ordem da autoridade e os ensinamentos das Escrituras, cabe aos cristãos a obediência. Esse padrão se repete em toda a história do povo do Senhor.
Moisés disse, certa vez, que conhecia a rebelião e a dura cerviz dos israelitas (Dt 31.27), por isso, não deve ter se admirado com mais duas rebeliões que aconteceram em Números 20.2-5 e 21.4,5. São registros de histórias de insubmissão, as quais redundaram em danos e mortes. No primeiro episódio, o povo murmurou tanto que o próprio Moisés perdeu o bom senso e, arrogantemente, feriu a rocha, quando a ordem divina era para falar. Isso lhe custou muito caro, porque o impediu de entrar na Terra Prometida.
A rebelião mencionada em Números 21.4,5, quando os hebreus reclamaram do cuidado divino e desprezaram o maná que caía do céu, fez o Altíssimo enviar serpentes ardentes, as quais morderam o povo e milhares morreram, marcando, com isso, o fim dos últimos sobreviventes da geração que saiu do Egito e o cumprimento final da sentença divina de que os rebeldes seriam enterrados no deserto.
Nessas duas narrativas, observa-se a presença constante de um sentimento faccioso nos hebreus, os quais desonravam Moisés constantemente. Nada que Deus fizesse, por intermédio de Moisés, seria suficiente. Eles murmuravam para viver e viviam para murmurar, por isso o fim deles foi a sepultura. Só mesmo o Espírito Santo para nos guardar de entrar por esse caminho terrível da murmuração.
II – LÍDERES EM CONFLITO 
1-Insubmissão e Desrespeito 
A geração que saiu do deserto pensava tanto em seu bem-estar, sem se importar com o projeto de Deus, que se tornou extremamente insubmissa e desrespeitosa com a liderança de Moisés. Milhares de anos após, Deus usou os profetas Oseias e Amós para falarem dessa característica marcante daquele povo, dizendo, respectivamente, que Israel era uma vide frondosa, que dava fruto para si mesmo (Os 10.1) e que os hebreus ofereceram sacrifícios e oblações no deserto, por quarenta anos, para eles mesmos, não para o Senhor (Am 5.25,26).
O distintivo da vaidade pessoal, da presunção e da autopromoção, apareceu de maneira indelével na conduta de três homens muito influentes: Corá, Datã e Abirão. Eles tinham uma grande liderança (Nm 16.2-4), mas haviam desprezado a palavra do Senhor que dizia: “Contra Deus não blasfemarás, nem amaldiçoarás o príncipe do teu povo” (Êx 22.28, ARA). Insurgiram-se contra Moisés para desmoralizá-lo, destituí-lo e, quiçá, matá-lo. O resultado disso: Deus fez com que a terra tragasse todos os que se posicionaram favoravelmente a Corá e incinerou 250 homens que ofereciam incenso (Nm 16.32-35). O fim dos que se rebelam contra a obra de Deus, cedo ou tarde, será o túmulo.
A história desses três hebreus, que viram os milagres no Egito e no deserto, atravessaram o Mar Vermelho a pé enxuto e comeram do maná, demonstra que, independentemente do trabalho realizado, das conquistas, do esforço pessoal, sempre haverá rebeldes. Moisés era um líder extraordinário, inigualável, mas esse trio ainda encontrava motivos para criticá-lo. Os insubmissos, com frequência, falam mal da liderança pelas coisas que fez ou pelas que deixou de fazer; por causa das decisões de maior vulto, ou nas resoluções do cotidiano. Eles nunca cessam. Aliás, o murmurador não se contenta em apenas denegrir a imagem da liderança, mas faz de tudo para que todos “curtam” e “compartilhem” suas mensagens. Deus guarde o seu povo de tão grande derrota.
2-O Memorial dos Rebeldes
O pecado dos rebeldes não poderia ser esquecido pelas gerações futuras, por isso Deus determinou a construção de um monumento, no altar do Senhor, para que os filhos de Israel se lembrassem da conduta de Corá e seus seguidores (Nm 16.36-40) “por memorial para os filhos de Israel, para que nenhum estranho, que não for da semente de Arão, se chegue para acender incenso perante o Senhor; para que não seja como Corá e a sua congregação, como o Senhor lhe tinha dito pela boca de Moisés” (Nm 16.40).
Observe-se que o ministério sacerdotal somente deveria ser exercido pelos descendentes de Arão, e não por todo e qualquer descendente de Levi. Corá, como levita, entendia que a medida era uma “artimanha” de Moisés (certamente para prestigiar seus próprios familiares) e, apesar das muitas demonstrações do Senhor em sentido contrário, permaneceu com sua trágica retórica. O memorial serviria para que os filhos de Israel não se esquecessem disso! 
3-O Castigo dos Inconformados 
A rebelião, em regra, possui a capacidade de se expandir, contaminando muitas pessoas. Ela faz surgir, na verdade, uma raiz de amargura nos corações (Hb 12.15) que, como fogo, alastra-se indefinidamente, destruindo tudo por onde passa, reduzindo a cinzas tudo o que um dia foi ou poderia ser algo belo. As pessoas que andam com murmuradores geralmente se tornam murmuradoras, às vezes mais vorazes ainda (Pv 13.20). Observe-se neste caso específico: Os israelitas, após uma noite dos acontecimentos anteriores, em vez de decidirem ser mais obedientes e submissos ao Senhor, tencionaram destruir a liderança pelos danos que o Senhor causou. Uma conduta inconsequente, insana, que trouxe a morte de mais de 14.700 pessoas. Victor P. Hamilton, acerca desse episódio, arremata: 
Uma das características da murmuração é que ela é altamente contagiosa. Após já tê-la enfrentado de perto, Moisés teria de suportá-la de novo. Seria de se esperar que os sobreviventes, após verem a terra engolir todos os colaboradores de Corá e a incineração de 250 homens que ofereciam incenso, hesitassem em continuar com sua murmuração. Eram eles, e não Moisés e Arão, que deviam estar prostrados sobre seus rostos. Ainda assim, não é fácil interromper as reclamações de uma turba. Elas assumem proporções de uma avalanche. Por incrível que pareça, Moisés foi acusado por algo que Deus tinha feito: “Vós matastes o povo do Senhor” […]. Assim como salvou o povo anteriormente, a intercessão de Moisés salva-os agora do completo caos […]. Moisés, o profeta, intercedeu em oração para salvar seu povo. Arão, o sacerdote, usou um ritual estabelecido por Deus para salvar seu povo […]. Mesmo após ter sido vítima de difamação, Moisés voltou a apaziguar a ira de Deus.4 
Como menciona Victor Hamilton, quando houve a praga dentro do arraial, mais uma vez, Moisés e Arão foram buscar a Deus, intercedendo pelos que estavam solidários aos rebeldes, sendo que o juízo só não alcançou mais indivíduos porque Moises e Arão apaziguaram a justiça de Deus rapidamente. Inacreditável como há muitas pessoas que, sem temor, quebram o princípio da autoridade e submissão contra um santo homem de Deus, e ainda justificam que realizaram algo “politicamente correto”. Erram por não conhecerem as escrituras. As regras que regem a liderança espiritual estabelecida por Deus são exclusivas dEle e estão relacionadas com sua escolha soberana. A verdade é que, não havendo desobediência à Bíblia na conduta da autoridade, a submissão deve ser a mais ampla possível, sob pena de se cometer um pecado semelhante à feitiçaria (1 Sm 15.23).
CONCLUSÃO
Neste capítulo, foi feito o apanhado de várias rebeliões cometidas contra o Senhor, demonstrando quão fácil é surgir oposição no meio do povo de Deus. Todavia, nenhuma empreitada maligna logrou êxito, pois o Altíssimo deu vitória em tudo a Moisés e Arão e, como consequência, os rebeldes foram envergonhados e/ou destruídos. Fica evidente, em toda a Escritura, que aqueles os quais enveredam pelo caminho da rebelião contra a obra de Deus não possuem um bom futuro (Js 1.18; Jr 29.32).
No episódio da vara de Arão que floresceu, por exemplo, Deus, concomitantemente, firmou a liderança cambaleante, trouxe-lhe honra e, para evitar questionamentos futuros, promoveu a perpetuidade do milagre, determinando que a vara fosse acondicionada na arca do concerto. O Senhor estava, com isso, protegendo e confirmando a liderança de Moisés e Arão.
Se for uma realidade que você não suporta mais a liderança da sua igreja, é hora de pedir perdão, retornar à plena submissão em Cristo e passar a obedecer ao homem que o Senhor constituiu sobre o seu rebanho (1 Co 10.1-12). Os que, por outro lado, são mansos e humildes de coração, Deus os colocará em lugares estratégicos, e o fim deles será de paz (Sl 37.23).                                                                      
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Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
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1 DORTCH, Richard W. Orgulho fatal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 156.
2 DORTCH, Richard W. Orgulho fatal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 68, 69, 75.
3 CESAREIA, Eusébio de. História eclesiástica — os primeiros quatro séculos da igreja cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 137.
4 HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 383.