terça-feira, 22 de outubro de 2019

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal - Adultos.

Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A DEGENERAÇÃO DOS FILHOS DE ELI
II – A SENTENÇA DO JUÍZO DE DEUS
III – AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO 
Não Valorizando a Posição Dada por Deus

Osiel Gomes
A degeneração é entendida como a alteração de algo. É mudar para uma condição ou estado de inferioridade. Lendo Jeremias 2.21, o texto usa a palavra degenerado em relação a Israel como povo de Deus, pois de uma vide excelente vieram a ser uma planta amarga. Esse é o sentido de pikrían que aparece na Septuaginta. 
Na Bíblia Sacra Vulgata, referindo-se ao texto de Jeremias 2.21, aparece como adjetivo da segunda declinação latina a palavra právus para referir-se a algo defeituoso, vicioso, depravado, mas, em destaque, gosto da definição membros disformes, maus conselheiros. No seu Comentário Bíblico, Jeremias e Lamentações, R. K. Harrison, falando sobre esse versículo, diz:
Como caíram os poderosos! Falando como Isaías em 5.1-7 Jeremias mostra como a nação prometedora tinha se deteriorado, apesar de todos os esforços para prevenir isto. O ramo enxertado tinha se adaptado à variedade de brava original, e por esta razão, o Marido Celestial não teve outra opção senão arrancá-la. A vide excelente literalmente é vinho Soreque, de uva vermelha de alta qualidade que cresce no Uadi Al-Sarar, entre Jerusalém e o Mediterrâneo.
Israel, ao longo do tempo, foi deteriorado pelo pecado, é claro que não por vontade divina, mas por uma deliberação própria de cada um que foi tomando o caminho do pecado, de modo que todo o investimento de Deus não valeu a pena. Esperando que fosse uma vinha excelente, passou a produzir uvas bravas.
Neste ponto, é disso que iremos falar em relação aos dois filhos de Eli, que tornaram-se maus conselheiros, pois não poderia ser de outra forma, visto que foram alterados pelo pecado, não sendo mais vide excelente, mas, sim, seres disformes, pessoas más, que contrariaram os ditames divinos. 
A primeira coisa a ser dita sobre os dois filhos de Eli — Hofni, cujo nome quer dizer “pugilista”, e Fineias, que quer dizer “negro” — é que os dois são descritos como filhos de Belial (1 Sm 2.12). Por meio do uso da palavra belliyya´al, “satanás”, pode-se concluir claramente a natureza desses dois filhos de Eli, os quais eram sacerdotes. Isso mostra o quanto a situação era grave, pois ambos estavam à frente da obra de Deus. 
Esses dois jovens tiveram o privilégio que muitos queriam ter, pois está escrito que ninguém toma essa honra se Deus não chamar (Hb 5.4). Receberam essa bênção, mas não valorizaram a posição dada por Deus. Donald Guthrie faz uma explicação precisa sobre o chamado divino:
Um fator importantíssimo no ofício do sumo sacerdote é sua origem. Era uma nomeação divina e não uma autonomeação ou uma nomeação humana: ninguém, pois, toma esta hora para si mesmo. O caso de Arão agora é mencionado especificamente, porque foi chamado por Deus. A chamada divina é um fator importante no Novo Testamento como era no Antigo Testamento, porque chama a atenção a iniciativa divina. Quando a comparação é feita com nosso grande Sumo Sacerdote, fica evidente que Ele também foi nomeado para Seu ofício. Somos lembrados de que Ele reconhecia que Deus Lhe deu a obra que viera realizar (Jo 17.4).
O ofício de sacerdote não era algo que vinha por causa de uma capacidade humana, inteligência, ou para quem o procurasse ou merecesse. Observe que Arão não procurou essa função, mas Deus o chamou (2 Cr 26.18; Jo 3.27). Hofni e Fineias receberam tamanha honra; observe que quem quisesse tomar essa honra sem ser chamado pagaria um alto preço, como aconteceu com Coré (Nm 16.40), mas coube a esses dois filhos tal missão gloriosa, a qual desprezaram.
Alguém que recebe uma posição honrosa da parte de Deus deve procurar desenvolvê-la bem, pois, se assim não for, pagará um alto preço. Um exemplo bem clássico que podemos pontuar é o de Nadabe e Abiú. Os dois passaram a desenvolver um culto por vontade própria, voluntário, que do grego é ethelo-threskeia, que dele fala Paulo em Colossenses 2.23.
Esses dois jovens, conforme a narrativa textual, pautaram seus ofícios apenas sob suas próprias normas, desprezando a Santa Palavra de Deus, sem a direção certa do Espírito Santo; ademais, supõe-se que estavam completamente embriagados. Na Bíblia Explicada, seu autor, McNair, diz, falando sobre esses dois jovens:
O certo é que Nadabe e Abiú não agiram de acordo com nenhum mandado divino: não pediram a direção divina para o seu serviço; não esperaram o impulso do Espírito Santo. Pelo visto, estavam meio embriagados e, por isso, atrevidamente fizeram um serviço pela sua própria imaginação e não ensinado pela Palavra de Deus. 
Paga um preço altíssimo quem não valoriza a posição dada por Deus, o que aconteceu com Nadabe e Abiú. As Escrituras Sagradas estão cheias de exemplos de líderes que foram rejeitados por Deus por não valorizarem tal honra. É isso o que se pode ver na pessoa de Eli e seus filhos. Para nós que trabalhamos na obra de Deus fica uma alerta: precisamos honrar aquEle que nos chamou, jamais nos envolvendo com negócios desta vida (2 Tm 2.4).
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Lição 04 - 4º Trimestre 2019 - O que são os Evangelhos - Adolescentes.

Lição 4 - O que são os Evangelhos 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
QUEM ESCREVEU OS QUATRO EVANGELHOS
DE QUE FALAM OS EVANGELHOS
A BOA NOTÍCIA DA SALVAÇÃO
OBJETIVOS
Destacar a singularidade dos Evangelhos;
Apontar a historicidade dos Evangelhos;
Explicar a importância de se ler e praticar os Evangelhos;
Caro professor, prezada professora,
Na aula desta semana você terá a oportunidade ímpar de conscientizar seus alunos sobre a importância de lermos os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) presentes em o Novo Testamento. Comece a aula pontuando a singularidade destes quatros livros, destacando os seguintes pontos:
1. Os quatro Evangelhos são chamados assim porque referem-se aos registros escritos dos ensinos de Jesus acerca das boas novas do Reino de Deus;
2. Os quatro Evangelhos, se comparado às literaturas antigas, constituem tipos distintos, bem específicos de literatura;
3. Os quatro Evangelhos, embora tenham histórias e narrativas sobre a vida de Jesus, não podem ser classificados como biografias completas do nosso Senhor;
4. Os quatro Evangelhos têm a finalidade de expressar a mensagem básica que os primeiros cristãos criam e instruíam os crentes na certeza da fé. Por isso esses escritos são predominantemente doutrinários;
5. Nesse contexto, aponte e especifique a importância do Evangelho de Lucas para nós, os pentecostais, que juntamente com o livro de Atos, formam uma unidade que estrutura o cerne da nossa identidade pentecostal: O derramamento do Espírito Santo para capacitar o crente a executar uma tarefa.
Procure introduzir a aula desta semana com esses apontamentos, pois estes serão de muita importância para que os nossos adolescentes leiam as Escrituras Sagradas da maneira mais competente possível. 
Boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - Um bebê é encontrado no rio - Berçário.

Lição 3 - Um bebê é encontrado no rio 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: A criança deverá saber que o Papai do Céu nos ama e nos salva do perigo. 
É hora do versículo: “Deus mandará que os anjos dele cuidem de você [...]” (Salmos 91.11).
Segundo os fonoaudiólogos, entre os 12 e os 18 meses a criança começa a pronunciar suas primeiras sílabas com significado, por isso, é importante que você demonstre interesse pelo que ela diz. Para ajudá-la no desenvolvimento da fala, você pode cantar canções bem simples e curtas.  Você já deve ter observado que seus alunos gostam muito de cantar, embora a fala ainda esteja em desenvolvimento. Por isso, cante com eles louvando a Deus, mesmo que você seja a única a cantar. As crianças aprendem verdades fundamentais por intermédio dos cânticos, além da música atrair a atenção delas e alegrar o ambiente, auxiliando a aprendizagem e a convivência. 
No livro de Êxodo encontramos a biografia do próprio autor, Moisés. Vemos que ele foi salvo da morte porque seus pais, em especial sua mãe, que era uma mulher de fé. A fé fez com que Joquebede acreditasse que Deus poderia salvar seu filho da ira de Faraó. A fé fez também com que ela elaborasse um plano excelente que livraria seu bebê e o colocaria em segurança até a idade adulta.  O “plano de fé” de Joquebede ainda permitiu que seu filho recebesse uma educação de primeira, sendo que ela ainda receberia o pagamento por isso. Este é o primeiro milagre narrado no livro de Êxodo. A vida de Moisés foi um milagre de Deus. Você crê em milagres? Deus não mudou e tem poder para livrar sua família e seus filhos do poder destruidor do Inimigo. Ele tem poder para curar e proteger seus alunos. Infelizmente muitas crianças que chegam a nossa classe estão também em situação de risco e precisamos clamar ao Senhor em favor delas, pois Ele ouve e responde as nossas orações. O Deus que cuidou do bebê Moisés cuidará de você e de seus alunos. 
Aprendemos com a lição de hoje que Deus é bom e nos protege. Então, vamos louvar a Deus pela sua bondade e proteção? Para adorar a Deus juntamente com as crianças, confeccione um chocalho.  É bem simples de fazer. Basta pôr um punhado de arroz dentro de um potinho vazio de iogurte, e unir outro pote igual. Para isso, una as bordas com fita crepe. Una bem, de modo que não solte. Está pronto!
Converse com as crianças dizendo que o Papai do Céu protegeu o bebê Moisés. Ele é bom e vai proteger o bebê [nome da criança]. Então vamos louvar ao Papai do Céu. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - Miriã e suas amigas louvam a Deus - Maternal.

Lição 3 - Miriã e suas amigas louvam a Deus 

4º Trimestre de 2019
Objetivo da Lição: Conscientizar a criança de que o louvor a Deus deve ser feito com alegria e pode ser expresso em todo o tempo. 
Para Guardar no Coração: “Louvem a Deus, o Senhor, com danças e, em seu louvor, toquem pandeiros [...]” (Salmos 149.3).
Perfil da Criança 
A criança de 3 e 4 anos é naturalmente curiosa, porque está ‘descobrindo o mundo’. E é por meio dos sentidos que ela toma conhecimento das coisas que a cercam, principalmente pela visão, que é muito ativa nesta fase. Por isto a sua aula deve ser rica em visuais – não apenas gravuras e objetos, mas também gesticulação, expressão facial e corporal do professor. Isto não significa, no entanto, que a criança contentar-se-á em ver as coisas que você leva para ilustrar a aula. Os demais sentidos também entram em ação, e ela tem necessidade de tocá-las, cheirá-las, levá-las à boca, experimentá-las. A caixa surpresa de hoje, por exemplo, explorará o sentido da visão, mas passada a surpresa, as crianças desejarão abrir a caixa e pegar a boneca. Não as proíba!
Procure ter um material resistente, que possa ser manuseado pelos alunos. Não se limite ao uso de figuras. Substitua-as, sempre que possível, por bonecos ou objetos que poderão ser tocados por eles. 
Subsídio Professor
De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia conclama o povo de Deus a louvá-lo. E o Salmo 149.6 exige que em nossas gargantas estejam sempre os altos louvores de Deus.
Os motivos para louvarmos ao Senhor são inúmeros e acham-se registrados em sua Palavra. ‘Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquEle que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquEle a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3). A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20). Louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6). Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, e cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9). Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome’ (Bíblia de Estudos Pentecostal).
E como não louvamos a Deus somente com a voz, mas com todo o nosso ser, o nosso pensar, sentir e agir, faça de seu trabalho com os pequeninos um altíssimo louvor a Deus!
Oficina de Ideias 1
Como um pandeiro de chapinhas seria difícil de confeccionar, as crianças poderão fazer um chocalho. É só pôr um punhado de arroz dentro de um copo descartável, e debruçar sobre ele outro copo igual. Uma as bordas dos copos com fita crepe, dando umas duas voltas, e está pronto. Poderão enfeitá-lo colando figuras, ou desenhando neles com cola colorida.
Diga-lhes que Miriam louvou a Deus pela vitória, tocando um pandeiro, mas elas o louvarão com um chocalho. Deus ficará contente da mesma forma, se elas o louvarem com o coraçãozinho.
Oficina de Ideias 2
Estenda no chão dois lençóis (ou plásticos) azuis, unidos um ao outro. As crianças farão a ‘Travessia do Mar Vermelho’. Um menino usará um cabo de vassoura como cajado, e fingirá ser Moisés, estendendo-o sobre o mar. Você e seus ajudantes puxarão as abas dos lençóis, ‘abrindo’ o mar. As crianças passarão entre os dois lençóis, cantando, tocando os chocalhos que fizeram, e louvando a Deus.  
Até Logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem a história de Miriã que se encontra em Êxodo 15.20,21.  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
*Este subsídio foi extraído de Lições Bíblicas do Maternal Mestre 7/8, Marta Doreto, CPAD. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - O Livro de Deus Dura para Sempre - Jd. Infância.

Lição 3 - O Livro de Deus Dura para Sempre 

4º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão entender que a Palavra de Deus não pode ser destruída, pois é eterna; e prestar, à Bíblia, o respeito que lhe é devido, pois é a verdade de Deus revelada a nós. 
É hora do versículo: “[...] A Palavra do Senhor dura para sempre” (1 Pedro 1.25).
“Anos antes, ao ouvir a leitura do livro da Lei encontrado durante a reforma do Templo, o rei Josias rasgara as vestes em sinal de arrependimento, e promovera em Israel um retorno à santa Lei (2 Rs 22.11-23.25). Mas Jeoaquim, seu filho, preferiu cortar o livro profético de Jeremias e atirá-lo ao fogo. Irritado com as profecias condenatórias, esse rei, que esperava palavras mais otimistas, ainda que falsas, tentou, com esse gesto, apagar e anular a mensagem do Senhor. Vã tentativa! A palavra proferida por Deus é infalível, e sempre haverá de cumprir o seu propósito, seja concedendo vida a quem a recebe, ou condenando quem a rejeita. Mas a passagem serve de alerta aos professores de crianças. Ao transmitir aos pequeninos os ensinamentos divinos, esteja ciente de que o Inimigo tudo fará, ao longo de suas vidas, para anular em seus corações e mentes a Palavra semeada. Se ele pudesse, cortá-la-ia com o canivete da perversidade e a atiraria ao fogo das provações, buscando destruí-la. Empenhe-se, portanto, em não apenas ensinar ao intelecto de seus alunos, mas em plantar bem fundo em suas almas a Palavra do Senhor. Isto se consegue com dedicação de tempo e talento ao preparo das aulas, e com oração e jejum” (Marta Doreto). 
Como atividade complementar, e caso haja tempo, prepare uma lembrancinha para as crianças levarem para casa com o versículo do dia. “Corte vários palitos de churrasco ao meio (se for do tipo pontiagudo, elimine a ponta para evitar acidentes). Dê a cada aluno dois palitos e uma tira de papel ofício de 18 x 5 cm, com o versículo escrito nela. Mostre-lhes como colar as extremidades, uma em cada ‘cabinho’, e depois enrolar, fazendo o ‘rolo’”. 
“Pergunte quem deseja recitar sozinho o versículo aprendido no início da aula. Dê um pirulito a cada criança que o recitar. A primeira que se dispuser a fazê-lo ganhará, além do pirulito, outro brinde (lápis, adesivo, etc)” (adaptado de Marta Doreto).
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - A Segunda Vinda de Cristo – o Arrebatamento da Igreja - Juvenis.

Lição 3 - A Segunda Vinda de Cristo – o Arrebatamento da Igreja 

4º Trimestre de 2019
“Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estarmos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17).
OBJETIVOS
Conceituar Arrebatamento;
Abordar sobre quando será o Arrebatamento;
Explicar biblicamente como será o Arrebatamento.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. AS ESCRITURAS TESTIFICAM A SEGUNDA VINDA DO SENHOR
2.OS SINAIS DA SUA VINDA
3. O QUE É ARREBATAMENTO DA IGREJA?
4. MORTOS E VIVOS SURGINDO PARA UMA NOVA VIDA
Querido (a) professor (a), para o próximo domingo – além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista –, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra,um artigo sobre Arrebatamento, publicado pelo nosso portal CPAD News, de autoria do teólogo, membro da Casa de Letras Emílio Conde, comentarista de nossas Lições Bíblicas, membro do Conselho Administrativo da CPADe autor de diversos livros pela Casa, pastor Elienai Cabral.
Encontraremos o Senhor nos ares!
Desafiando a relatividade e a gravidade
“Porque o Senhor mesmo descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficamos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”, 1Ts 4.16-17.
Esse texto indica que haverá um encontro nas nuvens, ou acima delas, nos ares, entre as igrejas ressurreta e arrebatada e o Senhor Jesus. Esse encontro será o traslado mais extraordinário jamais acontecido no mundo, porque será o traslado de corpos espirituais transformados, tanto dos vivos quanto dos mortos em Cristo Jesus. Esse encontro transcende as leis da física, da gravidade e da relatividade.
Relatividade
Albert Einstein, cientista do século 20, descobriu a “lei da relatividade” para falar da “simultaneidade” entre dois acontecimentos ocorridos em lugares bem distantes um do outro. Imaginem que a Igreja de Cristo está espalhada sobre a toda a Terra. Mortos e vivos estão espalhados distinta e geograficamente nos cantos mais remotos da Terra.
O Arrebatamento dos vivos e a Ressurreição dos mortos em Cristo envolverão vários acontecimentos simultaneamente em todo o mundo. Em todo lugar do planeta, das ilhas esquecidas dos oceanos, das geleiras do Ártico e do Antártico, desde os corpos sepultados no fundo dos mares até os corpos queimados e soterrados pelos vulcões, todos os salvos, mortos e vivos, naquele dia ímpar simultaneamente, num abrir e fechar de olhos, subirão ao encontro do Senhor nos ares. Dois eventos simultâneos, ressurreição de mortos e arrebatamento de vivos, convergirão rumo ao céu.
Gravidade
O famoso cientista Isaac Newton descobriu que a Terra possui um campo magnético de atração muito forte, o qual atrai todo o objeto para baixo, para a Terra: é a gravidade. Existe no espaço uma barreira magnética que atrai todo objeto material para a Terra. Essa barreira magnética, que fica a 30 ou 40 mil quilômetros de distância da Terra, também impede qualquer transcendência, qualquer ultrapassagem além dessa barreira. Fantasticamente, o homem tem conseguido com certos riscos e limitações ultrapassar essa barreira com seus foguetes espaciais e até com seus astronautas. Porém, há um fato extraordinário acerca do arrebatamento da Igreja na volta de Cristo. Se trata de um fato que não depende dos engenhos humanos. O homem transformado, naquele dia, estará acima do poder de gravidade da Terra, e nada deterá a Igreja.
O melhor exemplo que temos na Bíblia é a ascensão de Jesus no Monte das Oliveiras, quando se despedia dos seus discípulos. Sua elevação suave e gloriosa aos olhos de mais de 500 pessoas, abrindo espaço no céu, foi uma demonstração do poder do campo espiritual sobre o campo físico. A mensagem angelical aos discípulos era a prova de que um dia “esse mesmo Jesus que subiu, há de vir, para buscar a sua Igreja”.
Exaltação
Nada desse mundo pôde deter a elevação gloriosa do Rei dos reis nos portais eternos. Sua vitória sobre a morte e o sepulcro deu-lhe uma exaltação merecida diante do Pai e dos anjos. Ele recebeu um nome que é acima de todo o nome e os céus se abriram para recebê-lo, como profeticamente foi declarado em Salmos 24.7-10: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da glória. Quem é o Rei da glória? O Senhor, forte e poderoso; o Senhor, poderoso nas batalhas. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o rei da glória. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos, Ele é o Rei da glória!”
À sua semelhança, a Igreja ultrapassará o campo gravitacional para o mais desejado e esperado encontro entre céus e Terra. Nenhum instrumento, nenhum meio de transporte, nenhum poder físico poderá deter a Igreja naquele dia! Ora, vem, Senhor Jesus!
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - O Erro de Saul - Primário.

Lição 3 - O Erro de Saul 

4º Trimestre de 2019
Objetivo: Que os alunos compreendam que não devemos nos precipitar (agir sem pensar).
Ponto central: O precipitado prejudica a si e aos outros.
Memória em ação: “Agir sem pensar não é bom; quem se apressa erra o caminho” (Pv 19.2).
Querido (a) professor (a),quantas não nos vemos em situações de pressão, necessitando de um direcionamento sobre como agir?! Sabemos que nos guiar pela vontade de Deus é sempre o melhor. Mas como saber qual a vontade de Deus para as nossas vidas, e em cada situação ? Será que em momentos de tensão frente a uma decisão importante, nos precipitamos em agir antes de consultar ao Senhor? Isto foi a causa de Saul perder o seu reinado, que lhe fora dado e tomado pelas mãos do próprio Deus. Sobre esta lição tão significativa na caminhada cristã é que vamos ensinar os Primários na próxima aula.
Além de todos os demais conteúdos presentes em sua revista, lhes deixamos abaixo, como subsídio extra para sua edificação, trecho de um artigo sobre a importância de conhecermos a vontade de Deus, de autoria do ilustre e saudoso mestre, pastor Antônio Gilberto.
Vida Cristã Abundante 
Conheças a vontade de Deus para sua vida
Em Colossenses 4.12, Paulo escreveu: “Sauda-vos Epafras, que é dos vossos; servo de Cristo, combatendo sempre por vos em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus”.
A vontade de Deus, no sentido individual, é o Seu querer e direção para a nossa vida pessoal e em todo o nosso viver e agir, em todos os aspectos da vida. A maior honra e privilegio do homem depois da Salvação é ter a oportunidade de fazer a vontade de Deus. Adão foi criado com esse privilégio, mas perdeu-o por causa do pecado (Rm 7.10). A vontade de Deus é assunto altamente prioritário na oração de todo filho de Deus, todos os dias (Mt 6.10; 1Jo 5.14).
Deus dotou o homem de três extraordinários poderes ou faculdades, a saber: intelecto, sensibilidade e vontade, sendo o poder da vontade o de maior responsabilidade. O poder da vontade (ou poder volitivo) é o nosso poder de escolher, de querer, de decidir e resolver (Jó 5.6; Gn 24.5b; Js 24.15; Is 1.19; Mt 23.37).
Textos-base para o estudo da vontade de Deus são Colossenses 1.9,10 (Devemos CONHECER a vontade de Deus), Efésios 5.17 (Devemos ENTENDER a vontade de Deus), Salmos 143 (Devemos orar para APRENDERMOS A FAZER a vontade de Deus) e Colossenses 4.12 (Devemos ser CONSUMADOS em toda a vontade de Deus).
Quatro tipos de vontade podem haver em nossa vida: a vontade de Deus, a minha vontade (=a vontade da carne) (Rm 7.18; 1Co 9.27; Jo 21.3) – essa vontade, mesmo sendo "boa", não é vontade de Deus –, a vontade de outrem ou de outros, e a vontade do Diabo (2Tm 2.26).
A vontade de Deus é manifestada sob dois aspectos: a vontade geral de Deus e a vontade individual de Deus para conosco.
A vontade geral de Deus é a chamada “providência divina”. São o Seu eterno plano, Seus eternos desígnios e Suas leis gerais em andamento (Ef 2.10; 3.11; Sl 119.91). Ela é manifesta através de Suas leis cósmicas, físicas, naturais, morais, cívicas e espirituais. A vontade geral de Deus é universal.
A vontade individual de Deus para conosco é a Sua vontade específica para cada indivíduo. Essa vontade individual de Deus não é determinista, fatalista, cega, arbitrária, que anula a liberdade do homem como homens, como ensinam os predestinalistas. Essa vontade individual de Deus pode ser Sua vontade permissiva ou perfeita. A vontade permissiva de Deus pode ser vista em passagens como Salmos 106.15 e Números 11.18. Já a vontade perfeita de Deus, em Romanos 12.2.
Deus te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - O Filho que Voltou - Juniores.

Lição 3 - O Filho que Voltou 

4º Trimestre de 2019
Texto Bíblico – Lucas 15.11-32.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão um pouco mais a respeito da história do “filho pródigo”. O assunto da história é conhecido: o filho mais novo decide pedir sua parte na herança e sair da casa de seu pai para viver uma vida dissoluta. Ele não se importou nenhum pouco com os sentimentos de seu pai ou de seu irmão. Apenas decidiu gastar a herança pensando no momento e não nas consequências que tal decisão poderia lhe acarretar.
O Mestre utiliza essa história para fazer uma comparação com o que acontece no relacionamento da pessoa que abandona os preceitos da Palavra de Deus para viver os prazeres do mundo. 
“Nesta parábola, o Senhor ensina que uma vida de pecado e egoísmo, no seu sentido cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O pecador ou desviado é como o filho mais jovem da parábola, que, em busca dos prazeres do pecado, desperdiça os dotes físicos, intelectuais e espirituais que Deus lhe deu. O resultado é a desilusão e tristeza, e, às vezes, condições pessoais degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se encontra no relacionamento correto com Deus.
Antes de um perdido vir a Deus, ele precisa reconhecer seu verdadeiro estado de escravidão do pecado e de separação de Deus (vv. 14-17). Precisa voltar humildemente ao Pai, confessar seus pecados e estar disposto a fazer tudo quanto o Pai quiser (vv. 17-19). É o Espírito Santo quem convence o perdido pecador da sua situação pecaminosa” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1540).
Saber como lidar com os que se encontram distantes do caminho é um desafio para a igreja. Somente o amor de Deus derramado por intermédio do Espírito Santo pode convencer o pecador da sua triste condição distante de Deus. A pessoa que se encontra afastado perde a sensibilidade e a percepção do quanto o pecado faz mal para a sua vida em todos os aspectos. O Senhor deseja restaurá-los, mas para que isso aconteça é necessário que haja arrependimento. Em muitos casos, o pecador só reconhece o seu estado pecaminoso quando sente as dores consequentes dos erros cometidos. É o caso do filho pródigo que, após chegar à triste situação de desejar se alimentar das bolotas dos porcos, caindo em si resolveu retornar para o aconchego da casa de seu pai.
Não é diferente em relação àqueles que conhecem a Palavra de Deus e, por algum motivo, resolvem deixar a Casa do Pai para desfrutar dos prazeres do mundo. Infelizmente só encontram tristeza e dor. Muitos só retornam após atravessarem determinados sofrimentos para reconhecer que não deveriam ter tomado uma decisão tão precipitada.
O exemplo relatado nessa história serve de grande lição para os juniores. Nesta fase o trabalho de conscientização a respeito da permanência na Casa do Pai é de suma importância. Seus alunos precisam ter a compreensão da dimensão do amor de Deus para com eles. Além do mais, precisam desenvolver uma comunhão e intimidade com o Senhor para que saibam o quanto é importante permanecer na sua presença.
Caro professor, mostre amor pelos seus alunos, mesmo quando eles não atingirem todas as metas estipuladas por você em sala de aula. Aos faltosos, mostre o quanto todos da classe sentiram sua falta e o quanto é importante que acompanhem o curso. Se for possível, realize esporadicamente uma festa para os aniversariantes do mês. Todos gostam de ser lembrados e bem aceitos no ambiente onde frequentam. Estimule a comunhão e a parceria entre os seus alunos e que eles demonstrem importarem-se uns com os outros.   

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - A Quem eu Adoro? Pré Adolescentes.

Lição 3 - A Quem eu Adoro? 

4º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 6.24-34.
Caro(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de refletir a respeito da idolatria. Quando ouvimos a palavra idolatria logo imaginamos a figura de um ídolo ou personalidade representado em uma imagem de escultura. O ídolo, porém, vai além da representação artesanal tão comum em algumas religiões.
Jesus ensinou que a idolatria pode ser o amor e a dedicação excessiva a qualquer coisa. A Palavra de Deus é bem clara quanto à idolatria, pois desde o início o SENHOR já havia determinado que o seu povo não adorasse ou dedicasse devoção a qualquer ser, objeto ou outra coisa que fosse denominada como um deus (cf. Êx 20.2-6). Se há uma coisa que deixa Deus mais irado é a idolatria (cf. Is 42.8). Ele não suporta ver seus filhos deixarem de adorá-lo, o verdadeiro Deus, para se voltarem para aquilo que é vaidade.
“Jesus disse que podemos ter apenas um mestre ou senhor. Vivemos em uma sociedade materialista, onde muitas pessoas servem ao dinheiro. Gastam toda a vida acumulando-o, mesmo sabendo que, ao morrer, não o levarão consigo. O desejo de certas pessoas pelo dinheiro e por aquilo que este pode comprar é muito superior a seu comprometimento com Deus e com os assuntos espirituais. Gastam muito tempo e energia, pensando no que têm armazenado (dinheiro e outros bens). Não caia na armadilha materialista, ‘porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males’ (1 Tm 6.10). Você pode dizer honestamente que Deus, e não o dinheiro, é o seu Senhor? Um teste é perguntar a si mesmo quem ou o que ocupa mais seus pensamentos, seu tempo e seus esforços.
Jesus contrastou os valores celestiais com os terrenos quando explicou que a nossa vida deve ser direcionada para coisas que não desaparecerão, que não podem ser roubadas ou consumidas e que nunca se desgastam. 
Não devemos ficar fascinados por nossos bens, a fim de que eles não nos possuam. Isto significa que podemos ter de fazer alguns cortes se os nossos bens se tornarem excessivamente importantes para nós. Jesus exige uma decisão que nos permita viver satisfeitos com o que temos; para tanto, devemos escolher o que é eterno e duradouro” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1228-29).
Aproveite a ocasião e converse com seus alunos sobre coisas que tomam a atenção deles de modo que não conseguem delimitar tempo para a oração e leitura da Palavra. Para ajudá-los a organizar melhor o tempo, elabore uma tabela com um planejamento da rotina diária. A tabela deve constar uma lista com todas as atividades que seus alunos devem cumprir ao longo do dia. Destaque que Deus deve ter prioridade em nosso tempo, por mais numerosas que sejam as nossas atividades. Leve a tabela pronta e peça os alunos para preencherem. Ao final, peça que leiam para que todos possam aprender uns com os outros a respeito da melhor forma de aproveitar o tempo na presença de Deus. 

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - Aprendendo sobre os dois Testamentos - Adolescentes.

Lição 3 - Aprendendo sobre os dois Testamentos 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO
O ANTIGO TESTAMENTO, A PALAVRA ANTIGA DE DEUS
O NOVO TESTAMENTO, UMA NOVIDADE PARA VIDA
OBJETIVOS
Mostrar
 as divisões do Antigo Testamento;
Desdobrar as divisões do Novo Testamento;
Conscientizar seus alunos da importância dos dois testamentos;
SOBRE A PALAVRA “TESTAMENTO”

Prezado professor, prezada professora, é importante saber que existem especialistas bíblicos que adotam a expressão Primeiro Testamento, em lugar de Antigo Testamento e Segundo Testamento, em lugar de Novo Testamento, pois a palavra “antigo” as vezes sugere a ideia de algo obsoleto e de menor consequência. Entretanto, quem escolheu o termo antigo não tinha uma intenção depreciativa para com a Bíblia. Todavia, hoje, há quem considere falta de respeito com o texto bíblico. Por isso, alguns biblistas denominam os dois testamentos de “Primeiro Testamento”, em vez de Antigo; “Segundo Testamento”, em vez de Novo.   
“A palavra ‘testamento’, nas designações ‘Antigo Testamento’ e ‘Novo Testamento’, para as duas divisões da Bíblia remonta através do latim testamentum ao termo grego diathéke, o qual na maioria de suas ocorrências na Bíblia grega significa ‘concerto’ em vez de ‘testamento’. Em Jeremias 31.31, foi profetizado um novo concerto que iria substituir aquele que Deus fez com Israel no deserto (Êx 24.7,8). ‘Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro’ (Hb 8.13). Os escritores do Novo Testamento veem o cumprimento da profecia do novo concerto na nova ordem inaugurada pela obra de Cristo. Suas próprias palavras ao instituir esse concerto (1 Co 11.25) dão autoridade a esta interpretação. Portanto, os livros do Antigo Testamento são assim chamados por causa de sua estreita associação com a história do ‘antigo concerto’. E os livros do Novo Testamento são desse modo designados porque se tratam dos documentos do estabelecimento do ‘novo concerto’” (COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp.15,16).
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - A Cura do Coxo e Seus Efeitos - Jovens.

Lição 3 - A Cura do Coxo e Seus Efeitos 

4º Trimestre de 2019
Introdução
I-Um Coxo à Porta do Templo;
II-A Cura do Coxo;
III- O Discurso de Pedro no Templo.
Conclusão

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Mostrar a condição do coxo que era colocado todos os dias à porta do Templo chamada Formosa;
Destacar a ousadia dos apóstolos e a cura do coxo;
Ressaltar o discurso de Pedro no Templo após ter ocorrido o milagre.
Palavras-chave: Poder, cura e salvação.

A partir do capítulo 3 do livro de Atos, muitos milagres narrados são o principal tema deste livro e estudo. Após a narração da descida do Espírito Santo nos primeiros capítulos, o sermão de Pedro (At 2.14-41) e um breve relato de como os primeiros convertidos viviam (At 2.41-47), alguns feitos da parte de Deus são registrados. 
É importante, entretanto, voltar um pouco naqueles últimos versículos do capítulo 2 e aprender algumas coisas preciosas que preparam o ambiente para os eventos espetaculares acontecerem. Diz-nos os versículos 42-47 do capítulo 2: 
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. 
A primeira coisa em que eles perseveravam era na doutrina dos apóstolos, ou seja, havia ministração e vivência da Palavra na vida daquela comunidade. Eles voltavam-se aos apóstolos para comunicar a eles quem era Jesus e o que Ele havia feito. Eles apenas confiaram em Jesus; agora querem saber mais! Este é o registro inspirado do que aconteceu naquele momento. Embora tivessem sido subitamente convertidos; embora tivessem sido subitamente admitidos na igreja; embora tivessem sido expostos a tanta perseguição e desprezo, além de muitas provações, ainda assim, o registro é que eles aderiram às doutrinas e deveres da religião cristã. A palavra traduzida “perseveravam” (προσκαρτεροῦντες, proskarterountes) significa “assistir a um, permanecendo ao seu lado, não deixando ou abandonando-o”. Como explica González: 
Perseverar no “ensino” dos apóstolos não quer só dizer que eles não se desviaram das doutrinas dos apóstolos ou que permaneceram ortodoxos. Quer dizer também que eles perseveravam na prática de aprender com os apóstolos — que eram alunos, ou discípulos, ávidos por conhecimento sob o comando dos apóstolos. Esse “ensino” apostólico não estava limitado à instrução verbal, pois no versículo 43, somos informados que os apóstolos continuavam a fazer “sinais e feitos extraordinários”. Para entender completamente esse assunto a respeito do “ensino dos apóstolos”, é importante lembrar que “apóstolo” quer dizer “enviado”, por isso a doutrina “apostólica”, por definição, é doutrina missionária [...]. Contudo, também fica claro que uma importante parte do ensino dos apóstolos consistia na narração e repetição dos fatos e dizeres de Jesus, a quem os novos convertidos não tinham conhecido pessoalmente.1 
Isso certamente faz a diferença entre uma comunidade, pois o mover do Espírito Santo vem pelo ensino sadio da Palavra de Deus. Sem Palavra, não há avivamento. No Antigo Testamento, está escrito que houve um avivamento quando Hilquias, o sumo sacerdote do Rei Josias, achou a Palavra (2 Rs 22.8-13) e quando Esdras e Neemias fizeram a leitura do livro (Ne 8). Ezequiel só pôde ver vida no Vale de Ossos Secos quando a Palavra foi proferida (Ez 37.7). Pedro estava cheio do Espírito Santo e pregou a Palavra (At 2,3), e os discípulos saíram pregando a Palavra. 
Além da Palavra, os primeiros cristãos tinham comunhão. O termo comunhão é traduzido de koinonia, do grego. Essa palavra não quer dizer apenas que todos tinham um bom sentimento de irmandade uns para com os outros, mas que também tinham o sentido de “corporação”, “empreendimento comum”, “companhia”. Trata-se de uma solidariedade e compartilhamento de sentimentos, de bens e atos. Não é apenas estar juntos em um culto. Isso, na verdade, não é o momento mais propício para comunhão, pois ali, embora juntos com os irmãos, o foco principal é a ligação ao Trono da Graça. A comunhão pura de verdade acontecerá justamente em momentos fora disso, onde posso compartilhar com o irmão uma refeição, uma alegria, uma dificuldade, um momento de lazer. Talvez esse termo seja um dos mais mal compreendidos entre nós, evangélicos, especialmente pentecostais, pois achamos que temos comunhão somente quando vemos nossos irmãos nos dias de culto. Não é bem assim. É preciso convivência fora desses momentos. E os jovens, em especial, precisam buscar essa comunhão o máximo possível, pois Deus coloca e usa nossos irmãos para serem canais de bênção uns para os outros. 
O terceiro aspecto que caracterizava esse ambiente cristão no primeiro século era o partir do pão. Isso não quer dizer apenas que eles comiam juntos, embora isso, de fato, acontecesse em razão da comunhão, mas refere-se à celebração da Ceia do Senhor. Esse era o centro da adoração cristã, pois era celebrada justamente a morte de Cristo até que Ele voltasse (1 Co 11.26). Keener destaca que:
“Até que ele venha” é a restrição temporal da ceia do Senhor que remonta também a Jesus (Mc 14.25). Nas celebrações da Páscoa, olhava-se para a futura redenção de Israel e também para o passado, para a redenção divina de Israel no Êxodo da época de Moisés. Os judeus ansiavam por um banquete do fim dos tempos no qual Deus daria a recompensa a seu povo (cf. Is 25.6,8).2  
No primeiro século, era comum a Ceia do Senhor ocorrer praticamente em todas as reuniões. Era uma festa regada de amor, em que o principal era relembrar o sacrifício de Jesus na cruz, bem como sua ressurreição. 
E, por fim, uma característica muito importante e fundamental em que os primeiros cristãos perseveravam era na oração. As orações eram uma parte comum na vida daquelas pessoas mesmo quando pertenciam ao judaísmo. Os salmos e as orações das dezoito preces (Shmoneh Esreh) estavam nos lábios daquelas pessoas. Contudo, mesmo tendo uma vida de oração, ainda eram a “geração perversa”, cuja oração era imprestável. Jesus disse “Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mt 15.8). Jesus já havia afirmado: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos” (Mt 6.7). Agora eles tinham uma nova oração em seus lábios em que podiam invocar o Pai, em Espírito e em verdade, por meio do nome de Jesus. 
Não tem como haver manifestação do sobrenatural do poder de Deus sem oração e busca por Ele. Todos os grandes avivamentos da história aconteceram quando o povo entregava-se à oração perseverante. Foi assim que John Wesley e seu irmão Charles Wesley começaram a orar e a dedicar-se ao estudo da Palavra nos intervalos de aula na Universidade de Oxford, na Inglaterra do século XVIII, no “Clube Santo” e encorajar as pessoas a levar uma vida de oração!
A Cura de um Coxo
Este episódio pode ser dividido em algumas partes. Vejamos.
As circunstâncias
No começo do terceiro capítulo, quando ocorre o milagre na vida daquele coxo, diz-nos o texto que Pedro e João estavam subindo ao Templo para a oração. Que interessante! O segundo capítulo termina destacando que aqueles primeiros crentes perseveravam nas orações, e o próximo capítulo começa dizendo que dois deles iam para o Templo orar. Ora, eram dois homens de oração indo orar — alguma coisa pode acontecer! E o horário era às três da tarde. Ou seja, no meio da tarde, era oferecido o sacrifício vespertino, e Pedro e João viam a necessidade de orar a Deus. 
O caso
Aqui se encontra o homem, em seus quase 40 anos, coxo, mendigo. Ele pedia esmola quando, na verdade, precisava de saúde. Ele exemplificava bem o estado de muitas pessoas na sociedade hoje, as quais querem suprir uma necessidade, um desejo, uma vontade imediata com coisas que vão saciá-las naquele momento. Porém, a real necessidade delas é mais profunda, pois não percebem que estão mortas espiritualmente e precisam de cura para suas almas. O homem natural é incapaz de andar com Deus. A Bíblia diz: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14). 
A cura
É aqui que começa uma sequência de olhares. Primeiro, o texto diz que o coxo viu a Pedro e João entrando no templo. Muitas pessoas estão desta forma: observando muitos crentes apenas entrando e saindo de templos. Isso é bom no sentido de que somos vistos como crentes, porém podemos ser apenas religiosos indiferentes com aqueles que estão justamente do lado “de fora” da vivência religiosa. Mas não foi isso que aconteceu com aqueles dois homens cheios do Espírito Santo. Eles não foram indiferentes com aquele homem carente.  
E os olhares continuam quando Pedro, agora, fita o coxo e diz: “Olha para nós”. O coxo olhava atentamente para eles esperando receber algo. Como diz Boor:
Primeiro ele estabelece contato pessoal com o homem, que estava acostumado a ver a multidão de pessoas e, apesar disso, a não vê-las. Dar e receber esmolas rapidamente se torna algo completamente impessoal. Surpreso, o coxo levanta o olhar até esses dois homens, que o tratam de maneira tão diferente do que está acostumado. Será que desejam ofertar-lhe uma quantia especialmente grande? “Pedro, porém, lhe disse: não tenho prata nem ouro”. Afinal, Pedro havia deixado sua terra e profissão e recebia da igreja somente o necessário pra viver. A rigor ele se encontrava na mesma situação que esse homem que se dirigira a ele pedindo por um donativo. Apesar disso, Pedro é infinitamente rico. Esse homem simples, sem dinheiro no bolso, na verdade é “apóstolo”, plenipotenciário de Deus, e como tal pode dar o que as pessoas mais ricas de Jerusalém não conseguiam compensar com seu dinheiro. “Mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus, o Messias, o Nazareno, anda!”3  
As consequências 
As consequências são as melhores possíveis, pois aquele homem que sofrera tanto agora anda, salta e entra pelas portas que se mantinham fechadas para ele. Ele entrou com os apóstolos no Templo louvando e adorando a Deus (At 3.8). O texto continua a informar-nos de que todo o povo viu-o andar e louvar a Deus, e todos ali reconheceram que era mesmo aquele que esmolava à Porta Formosa do Templo. Então, encheram-se de admiração e assombro pelo ocorrido. 
Quando o ex-coxo ajuntou-se a Pedro e João, todo o povo correu para junto deles no pórtico, chamado de Salomão. Sobre esse Pórtico, o Dr. Beers explica-nos:
O Templo construído por Herodes, o Grande, era rodeado, nos quatro lados, por uma colunata ou um corredor, coberto por um teto. A colunata do lado leste, que conduzia ao átrio das mulheres, era chamada Colunata de Salomão, por causa de uma tradição de que Salomão tinha um pórtico similar, aproximadamente na mesma área. Zorobabel também pode ter sido um corredor similar ao redor do segundo Templo. Construída sobre uma plataforma ou muro de arrimo, a Colunata de Salomão era um lugar onde as pessoas andavam e conversavam, e onde os professores ensinavam o que conheciam. Tinha 15 metros de largura e três filas separadas de colunas feitas de mármore branco. As colunas tinham 12 metros de altura. Vigas de cedro formavam o telhado, e no piso havia mosaicos de pedras, tudo no mais recente estilo arquitetônico helênico.4 
Era um lugar que havia sido proibido a ele de entrar, mas agora, curado, tudo mudou, e os lugares, antes apenas vistos de longe, são conhecidos por ele nesse momento de júbilo. O povo, então, fitou a Pedro e João atônitos, maravilhados. Pedro dirige-se a eles repreendendo-os por acharem que aquilo havia sido feito por eles (v. 12). Esse discípulo de Jesus sabia que era apenas um instrumento de Deus e que toda a glória deveria ser dada a Jesus. Ele compreendeu aquilo que João Batista, o que abriu o caminho para o Mestre, disse: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). O apóstolo Paulo, mais tarde, também vai declarar: “[...] fazei tudo para glória de Deus” (1 Co 10.31).
Aproveitando a Oportunidade
Como verdadeiros discípulos de Cristo, Pedro e João não receberam nenhuma glória por parte dos homens, assim como todo cristão deve fazer. Ao contrário, eles aproveitaram a oportunidade para pregar a Cristo. 
Pedro e João começaram dizendo que o Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó glorificou a seu Filho Jesus, a quem eles traíram (At 3.13). É interessante notar o contraste: Deus glorificou a Cristo, enquanto que o traíram e negaram. Nos próximos versículos, ele continua destacando que haviam negado o Santo e Justo, pedindo um homicida em seu lugar. Dessa forma, eles mataram o Autor da vida a quem Deus ressuscitou e que eles agora eram testemunhas (vv. 14-15). Que início de pregação! Não foi nada suave ou de forma a agradar a multidão. Não era o início de um sermão que você fica satisfeito com aquilo que está ouvindo, mas era a verdade sendo pregada. 
Agora Pedro vai apontar o que realmente tornou possível aquele milagre: “E, pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde” (At 3.16). Pedro não especifica se a fé era do aleijado ou deles mesmos, porém o que importa mesmo era a fé naquele que tem o poder nos céus e na terra para realizar qualquer coisa, como o próprio Jesus disse: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). É nesse nome, o nome de Jesus, que Pedro disse que aquele homem levantou-se e ficou saudável. É nesse mesmo nome que podemos ter a certeza de que coisas maravilhosas e sobrenaturais podem acontecer. Não há outro nome pelo qual devamos adorar, confiar e colocar nossa fé. Como o apóstolo Paulo afirmou: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra” (Fp 2.9,10). 
Uma Pregação sobre Arrependimento
Portanto, “Arrependei-vos” (v. 19). Como ele fez em seu primeiro sermão (At 2.38), Pedro conclama a multidão a arrepender-se. Ele está dizendo para eles voltarem atrás de seus pensamentos e ações. O arrependimento não descreve apenas o lamentar sobre algo, mas também descreve o ato de virar-se. E como ele usou no capítulo 2, aqui também Pedro faz de “arrependimento” uma palavra de esperança. Você fez errado, mas pode virar-se e acertar-se com Deus! E ser convertido! Conversão é uma obra que Deus faz em nós. Ser cristão não é “virar uma nova folha”, é ser uma nova criação em Cristo Jesus (2 Co 5.17).
“Apagados” (v. 19) tem a ideia de limpar tinta de um documento. No mundo antigo, a tinta não tinha conteúdo ácido e não manchava o papel. Quase sempre podia ser apagada com um pano úmido. Pedro está dizendo que Deus apagará nosso registro do pecado assim mesmo! Quais são os momentos de refrigério de que Pedro falou? Ele refere-se ao tempo quando Jesus retorna e governa a terra em justiça. Pedro chega ao ponto de dizer “para que Ele envie Jesus Cristo”, implicando, assim, que, se os judeus se arrependessem como nação, Deus Pai enviaria Jesus para retornar em glória.
Pedro deixa claro que Jesus permanecerá no Céu até os tempos da restauração de todas as coisas, e, visto que o arrependimento de Israel é uma de todas as coisas, há algum sentido em que o retorno de Jesus em glória não acontecerá até que Israel arrependa-se de seus atos. Pedro está essencialmente oferecendo a Israel a oportunidade de acelerar o retorno de Jesus, abraçando-o em nível nacional, algo que deve acontecer antes de Jesus voltar visivelmente (Mt 23.37-39; Rm 11.25-27).
A Advertência sobre o Perigo de Rejeitar Jesus
Nos versículos 22 a 26 deste terceiro capítulo de Atos, Pedro adverte sobre o perigo de eles rejeitarem a Cristo. Como coloca Matthew Henry:
Aqui há um forte discurso para advertir os judeus sobre as temíveis consequências de sua incredulidade, com as mesmas palavras de Moisés, seu profeta preferido, devido ao zelo fingido daqueles que estavam prontos para rejeitar o cristianismo e procurar destruí-lo. Cristo veio ao mundo para trazer uma bênção consigo, e enviou o seu Espírito para que fosse a grande bênção. Cristo veio abençoar-nos convertendo-nos de nossas iniqüidades e salvando-nos de nossos pecados. Por causa de nossa natureza, nos apegamos fortemente ao pecado; o desígnio da graça divina é fazer-nos converter disso para que possamos não somente abandoná-lo, mas odiá-lo. Que ninguém pense que pode continuar feliz continuando em pecado quando Deus declara que a bênção está em apartar-se de toda a iniqüidade. Que ninguém pense que entende ou crê no Evangelho se somente busca ser livre do castigo do pecado, mas espera felicidade ao ser livre do próprio pecado. Ninguém espere ser livre de seu pecado a não ser que creia em Cristo, o Filho de Deus, e o receba como sabedoria, justiça, santificação e redenção.5 
O desejo de Deus de abençoar-nos e fazer o bem para nós também inclui seu desejo de desviar-nos de todos os nossos pecados. O povo judeu estava esperando o Messias, mas não o tipo certo de Messias. Eles estavam procurando por um Messias político, e não um para desviar cada um deles de suas iniquidades. Estamos  esperando as coisas certas de Deus hoje?
Deus não tem como objetivo encher igrejas, mas encher-nos com seu Santo Espírito. Ele não habita em templos feitos por mãos de homens (At 17.24), mas agora habita em nós (Ef 2.22). A Igreja de Cristo, portanto, não deve apoiar-se em figuras humanas, políticos e líderes de quaisquer ordens, mas, sim, depender apenas daquEle que deseja encher-nos com sua graça, amor e poder. Dessa forma, a Igreja, com sua força jovem, focará na sua missão que nos foi dada por Jesus em Mateus 28.19-20:
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Essa é nossa tarefa aqui na terra. Jesus veio para os seus, mas eles infelizmente o rejeitaram; todavia, todo aquele que nEle crê é filho de Deus. O que podemos aprender com isso é que nem privilégios políticos ou eclesiásticos podem beneficiar a alma se meramente considerados em si mesmos: um homem pode ter Abraão por seu pai de acordo com a carne e ter Satanás por seu pai segundo o espírito. Um homem pode ser um membro da Igreja visível de Cristo sem qualquer título triunfante para a Igreja. Em suma, se um homem não for afastado de suas iniquidades, mesmo a morte de Cristo não lhe renderá nada. 
No episódio da cura do coxo, podemos ver fatos muito relevantes de aprendizado para nossas vidas. Primeiro, pessoas de oração, de comunhão com Deus, podem esperar o Senhor usá-las para realizar maravilhas a qualquer momento! Também aprendemos que nem todos que estão à porta do Templo estão usufruindo do Deus do Templo. Hoje em dia, muitas pessoas estão pedindo migalhas para suprir uma necessidade temporária, quando, na verdade, precisam ser curadas (Jo 3,13,14). Em terceiro lugar, podemos ver como o poder do dinheiro é limitado. Não era ouro ou prata que ia resolver o problema daquele necessitado. Na História da Igreja, nota-se que o acúmulo de riquezas e poder não foram suficientes para levantar aleijados, mas somente o poder de Deus na vida daqueles que se consagravam de coração a Ele. Essa história também nos faz relembrar que o milagre é feito mediante o poder que há no nome de Jesus. Esse nome tem poder, e podemos usufruir dele hoje (Is 9.6). 
Por fim, aprendemos desse relato que todos poderemos ser tentados a receber a glória que pertence somente a Deus. Pedro e João foram tentados nisso (At 3.12), e todos somos quando, de alguma forma, somos usados por Deus. O ser humano, por natureza, deseja ser elogiado e admirado. Até certo ponto, isso não é problema, e sim um aspecto inato das pessoas. Torna-se problema quando começamos a “nos achar”, em uma linguagem bem jovem. Quem sabe, se fosse nos dias de hoje, de tanta exibição de nossas conquistas, dons, etc, Pedro e João já colocariam nas redes sociais o que tinha acontecido, mostrando o quão crentes eram eles. Mas ambos fizeram o contrário; eles repreenderam o povo por olhar para eles como se fossem super crentes e apontaram o milagre exclusivamente à mão de Deus. Com isso, como diz Hurlbut: “Essas obras poderosas atraíam a atenção do povo, motivavam investigação e abriam os corações das multidões para receberem a fé em Cristo”.6  E é assim que deve ser conosco. Todo milagre, maravilha ou bênção que nos é concedida por Deus deve ser uma grande oportunidade para proclamarmos o evangelho de Jesus Cristo (2 Tm 4.2).
*Adquira o livro do trimestre. PESCH, Henrique. Poder Cura e Salvação: O Espírito Santo Agindo na Igreja em Atos. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 GONZÁLEZ, 2011, p. 70. 
2 KEENER, 2017, p. 578. 
3 BOOR, 2002, pp. 65–66. 
4 BEERS, Gilbert V. Viaje através da Bíblia. 2013, p. 346. 
5 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry, 2002, p.889 
6 HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã, 1979, p.24.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 03 - 4º Trimestre 2019 - A Chamada Profética de Samuel - Adultos.

Lição 3 - A Chamada Profética de Samuel 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – DEFINDO O TERMO “PROFETA” EM ISRAEL
II – O DESENVOLVIMENTO DO MINISTÉRIO DE SAMUEL
III – O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA ATUALIDADE 
Definição de Profeta
Osiel Gomes
Nabi provém da raiz naba do hebraico e seu sentido primário é “alguém que declara ou anuncia algo”. No contexto bíblico, fala daquele que recebeu por revelação direta de Deus suas palavras para proclamar ao povo. O nabi aparece mais de trezentas vezes nas páginas velho testamentárias, isso dentro de diversos contextos, o que pode ser visto em passagens como: Gênesis 20.7; Números 12.6; 1 Samuel 3.20; 1 Reis 1.8; Salmos 74.9; Jeremias 1.5. [...] 
Ainda que etimologicamente o termo profeta não possa ser definido por completo em sua essência, é primordial que se entenda que ele não era visto apenas como um declarador de algo, mas, sim, como homem de Deus. Essa definição era aplicada também a nabi, de modo que isso o caracterizava como um escolhido para uma missão especial ou profética da parte de Deus. 
Na contextura hebraica, além de homem de Deus, o profeta era visto como um atalaia e pastor (Jr 6.16; Ez 3.17). Assim, conclusivamente dizemos que a visão que se tinha do profeta no Antigo Testamento é que ele era um escolhido de Deus para levar a mensagem divina ao povo. Não tinha nada de si mesmo, mas tudo partido do alto. Ele não poderia falar no seu nome, mas no nome daquEle que o tinha enviado.
O Novo Testamento tem sua definição também para o prophétes, palavra que aparece 159 vezes. O prefixo da palavra pro, antes, phemi, falar, já esclarece em si o significado: uma pessoa que fala em nome de outra. Portanto, o profeta seria inspirado por Deus para falar as suas palavras.
A vida do profeta era caracterizada pelo sobrenatural. Ele podia predizer coisas futuras, envolvendo acontecimentos tanto de ordem nacional como das particularidades da vida de pessoas. Vale dizer que o profeta neotestamentário se caracterizava também pelo oficio profético e, nesse particular, podia exortar, ensinar, orientar, estar à frente de um rebanho. O doutor Champlin fala muito bem sobre a caracterização do profeta. Veja:
Apesar da ideia de predição do futuro fazer parte inerente do ofício profético, incluindo acontecimentos nacionais, comunais e individuais, o oficio profético envolvia as atividades de exortação, ensino, pastoreio e liderança espiritual em geral. Os profetas eram tidos como representantes de Deus, libertadores e intérpretes da mensagem divina. Eles serviam de elo vital na questão das revelações, bem como veículos do conhecimento espiritual. As revelações por eles recebidas por ordem do Senhor em alguns casos tornaram-se concretas nos livros que escreveram. 
Com essas palavras não se pode entender os profetas apenas como pessoas que tinham visões e revelações, mas como homens capacitados por Deus para atuarem na sua obra. Já falamos acima da importância que o ofício profético tinha dentro da comunidade judaica, inclusive Moisés desejava que todos fossem profetas e, ademais, queria que eles não fossem censurados (Nm 11.29).
Historicamente, podemos entender que havia os profetas que se tornaram conhecidos no meio da comunidade do povo de Deus e outros que eram procurados para dar orientações particulares, todavia, não eram reconhecidos publicamente. Pode-se dizer que o profeta verdadeiro não tinha como prioridade revelar algo para vidas isoladas, antes, sua maior missão era revelar a todos a mensagem de Deus, confrontar quem quer que fosse para ajustar suas vidas e retornar em quebrantamento ao Senhor.
Para a distinção entre aqueles que tinham o ministério profético e os que apenas eram chamados de profetas, pode-se tomar a pessoa de Abraão, o primeiro a ser chamado de profeta (Gn 20.7), mas não no sentido de exercer um ministério, posto que o protótipo maior para a função de profeta nacional será Moisés (Êx 18.15-19).
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.  
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sábado, 12 de outubro de 2019

Lição 02 - 4º Trimestre 2019 - O Nascimento de Um Líder Profético em Israel - Adultos.

Lição 2 - O Nascimento de um Líder Profético em Israel 

4º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – O AMBIENTE FAMILIAR DE SAMUEL
II – SAMUEL: FRUTO DE ORAÇÃO
III – A DEDICAÇÃO DE SAMUEL 
Osiel Gomes
Para poder entender bem os fatos relacionados à vida do profeta Samuel, especialmente seu grande trabalho, que será desenvolvido como líder de Israel, é imprescindível que se leia os capítulos 1 a 16, os quais ele escreveu. Neles se encontram não somente aspectos relacionados à sua biografia, mas também seus atos.
Podemos crer que havia uma razão especial para a Septuaginta chamar os livros de I Samuel, II Samuel, I Reis e II Reis de I, II, III, IV Reinos, mudança que se sucedeu por causa da Vulgata Latina de Jerônimo, que passou a chamá-los de Reis. Na verdade, o conteúdo desses dois compartimentos bíblicos, Samuel e Reis, descreve com exatidão a elevação e a queda de Israel como nação, por não priorizar os preceitos divinos. Samuel será o precursor desse momento histórico da nação, posto que é ele quem fará o processo da transição de teocracia para monarquia, ungindo os dois primeiros reis de Israel — Saul e Davi.
É bem verdade que Deus sempre levantou alguns homens para começarem a história com o seu povo. Moisés é um grande exemplo. Por meio dele acontece o Êxodo, a entrega da lei; dentre outras coisas, ele é posto por Deus sobre Faraó (Êx 7.1). Pelo nascimento de Samuel, um novo momento histórico se dará para a nação israelita, pois ele será um vaso comprometido com Deus para fazer a vontade divina. Esses homens estiveram na brecha, conforme falou Ezequiel, procurando ser verdadeiros valores e exemplo para o povo. “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22.30).
Portanto, o épico narrativo envolvendo a pessoa de Samuel serve como estímulo para os pastores da atualidade no sentido de que o sucesso na liderança depende do compromisso que o líder tem com Deus. É seu trabalho não mudar o povo, mas atiçar a consciência de cada um para que saia do seu estado de apatia espiritual rumo a uma vida cheia de fé. 
O apóstolo Paulo falou que temos que servir a Deus com fervor (Rm 12.11), do grego zeo, que quer dizer “quente”, “zeloso para o que é bom”, mas isso só acontece se primeiramente aqueles que estão à frente da obra tiverem o coração dominado pelo poder de Deus, estiverem sempre ouvindo a sua voz, como aconteceu com Samuel.
Para o cenário que se descrevia naquela época, de sucessivas crises espirituais, atolados na fossa do pecado, sem liderança firme, pela quebra da lei divina, Deus vai levantar um homem que é fruto de voto e oração, que desde cedo aprendeu a servir na casa do Senhor, que procurava cumprir com os propósitos divinos, seu nome é Samuel. Esse homem será a voz profética conclamando a todos para um viver santo e sincero com Deus, apresentando o caminho para uma vida vitoriosa. 
Líderes frios, sem o poder de Deus na vida, não podem levantar um povo morto, pois, para profetizarem, têm que estar abarrotados da presença de Deus, daí ouvir o Senhor dizer: “Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel” (Ez 37.12).
Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD. 
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