quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - O Ministério de Jesus - Jovens.

Lição 3 - O Ministério de Jesus 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-O Ofício de Profeta
II-O Ofício de Sacerdote
III-O Ofício de Rei
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o ofício profético de Jesus;
Demonstrar que através de seu ofício sacerdotal Jesus foi ao mesmo tempo oferta e ofertante da nossa salvação;
Concluir que a realeza de Cristo exige de nós reconhecê-lo como superior a César.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Verônica Araujo:
INTRODUÇÃO
Muito já foi escrito a respeito do ministério terreno de Jesus cujo propósito foi a redenção de todos os pecadores (1 Tm 1.15). Desta forma, traremos, neste capítulo, algumas considerações sobre este aspecto da vida do Messias que se aplica neste contexto, sem termos a pretensão de, sequer, esgotar o estudo deste assunto tão relevante para os cristãos nesses dias atuais.  
Ao estudar o ministério terreno de Cristo, devemos levar em conta que tal ministério consistia em: ensinar, pregar e curar. Seus ensinos eram expostos de forma simples, clara, original e com autoridade; e seus milagres abrangiam a integralidade do homem, não apenas curando-lhe o corpo, como também, salvando-lhe a alma; como tão bem apresenta-nos a nossa Declaração de Fé das Assembleias de Deus
Sua mensagem era exposta com simplicidade, clareza, originalidade e autoridade: “porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas” (Mt 7.29); seu método ainda hoje impressiona, pois Ele ensinava de modo que nunca houve nem antes e nem depois dEle alguém que fizesse igual: “Nunca homem algum falou assim como este homem” (Jo 7.46). Quanto aos milagres, Jesus preocupava-se com a integralidade das pessoas, não só salvando-lhes a alma, mas também curando suas enfermidades: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 8.48). Os milagres operados por Cristo registrados no Novo Testamento revelam que Ele é o Messias de Israel, como também a extensão do domínio do seu poder, mostrando sua autoridade sobre a natureza, sobre o pecado, autoridade para perdoar pecados, sobre a morte, sobre o Diabo com seus agentes e o Inferno, sobre as enfermidades, e nada é impossível para Ele, o qual, a respeito de si mesmo, declarou: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18).1  
Além do ministério terreno, o Senhor Jesus Cristo exerceu o chamado munus triplex, ou seja, “o tríplice ofício”, de profeta, sacerdote e rei. Esses três ofícios eram os mais importantes em Israel nos tempos do Antigo Testamento e constituem o ministério messiânico de Cristo que será o foco deste capítulo.  
Dicionário Bíblico Wycliffe salienta que “essas eram as três funções entre os israelitas do Antigo Testamento cujos ocupantes recebiam investidura pela unção com óleo (profeta, 1 Rs 19.16; sacerdote, Êx 29.7; 30.25,30; rei, 1 Sm 9.16; 16.1,13).”2 Quando o Espírito Santo veio sobre Jesus, na ocasião do seu batismo no Rio Jordão, em forma corpórea de uma pomba, pela unção divina Ele foi investido no seu tríplice ministério (Lc 4.18).
Entretanto, o fato de exercer tais ofícios não diminuiu em nada a humildade de Jesus, pelo contrário, fez do nosso Senhor o nosso modelo para a humildade que se torna essencial para servir aos outros. 
I – O OFÍCIO DE PROFETA
A Bíblia nos ensina que Jesus exerceu, entre outras funções, a de profeta. Para entendermos como Jesus desempenhou este ofício, precisamos primeiramente compreender como os profetas são identificados na Bíblia. Eles têm a função de apresentar Deus, revelar a sua vontade e instruir o povo ou uma pessoa individualmente; e podemos afirmar, com toda a certeza, que isso Jesus fez como nenhum outro poderia fazer. 
Antes de prosseguirmos, vejamos o conceito  apresentado pelo Dicionário Vine para profeta (prophetes):
“aquele que fala antecipadamente ou abertamente, proclamador da mensagem divina”, denotava entre os gregos um intérprete dos oráculos dos deuses.
Na Septuaginta, é a tradução da palavra rôeh, “vidente” (1 Sm 9.9), indicando que o “profeta” era aquele que tinha intercurso imediato com Deus. Também traduz a palavra nãbhî, que significa “qualquer um em quem a mensagem de Deus emana” ou “aquele a quem qualquer coisa é comunicada secretamente”. Por conseguinte, em geral, o “profeta”  era a pessoa em quem o Espírito de Deus descansava (Nm 11.17-29), alguém, a quem e por quem Deus fala (Nm 12.2; Am 3.7, 8). No caso dos profetas do Antigo Testamento, suas mensagens eram em grande parte a proclamação dos propósitos divinos de salvação e glória a serem realizados no futuro; o “profetizar” dos “profetas” do Novo Testamento era uma pregação das deliberações divinas da graça já realizadas e a predição dos propósitos de Deus no futuro.3 
Desde o princípio existem profetas (Lc 1.70), pois o homem sempre teve anseio pelas coisas de Deus e, assim, sente o desejo de buscá-lo. De acordo com o pastor Ezequias Soares, “o sistema profético de Israel é singular porque teve a sua origem em Deus e a sua mensagem atravessou os séculos e continua instruindo as nações.” [...] E “as Escrituras Sagradas consideram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó como profetas (Gn 20.7; Sl 105.9-15).”4 Todavia, o ministério profético em Israel começou com Moisés e Arão, que tinham a função de falar em nome de Deus (Êx 7.1). Durante o período que estiveram no deserto do Sinai, Deus ordenou que Moisés constituísse uma congregação de 70 anciãos para que o ajudasse a liderar o povo. Aqueles homens receberam o Espírito Santo e Moisés explicou que qualquer pessoa poderia profetizar (Nm 11.29).Ainda no período do Antigo Testamento, 
Deus levantou e inspirou profetas para ensinar e admoestar os hebreus sobre o perigo da idolatria. Eram instrutores ungidos e divinamente escolhidos para ensinar a nação a viver na presença de Javé (Os 12.10). Eles tinham também a responsabilidade de tornar conhecida sua revelação e anunciar as coisas futuras (Dt 18.21, 22).5 
Os profetas se utilizavam de métodos variados para ensinar o povo a viver em santidade; não hesitavam em enfrentar reis desobedientes, governadores, sacerdotes ou qualquer outro tipo de liderança que não seguisse a Palavra de Deus. Eles tinham ainda a missão de condenar a idolatria, a injustiça social e anunciar a vinda do Messias, o maior de todos os profetas.
Em Jesus cumpriu-se o anúncio profético de Moisés
Que Moisés fora um profeta para o seu povo, boca de Deus e o instrumento dEle para libertar os israelitas da servidão de Faraó e conduzi-los a uma Terra Prometida, onde manava leite e mel, não nos resta nenhuma dúvida.  Durante os anos de caminhada no deserto, Deus falava com Moisés face a face, isso fazia desse legislador dos hebreus um modelo para os demais profetas. Um dos anúncios de Moisés diz respeito a vinda de um profeta semelhante a ele. Considere o seguinte registro bíblico:
O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; conforme tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele. Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá. E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o SENHOR não falou? Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele. (Dt 18.15-22)
A promessa de que Deus levantaria um Profeta “semelhante a Moisés” (v. 18) teve cumprimento em Cristo. Foi o apóstolo Pedro que, em seu discurso, apresenta a descrição de Cristo no Antigo Testamento, comprovando que aqueles acontecimentos que eles estavam vivendo eram cumprimento das Escrituras: “Porque Moisés disse: O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser” (At 3.22).
Várias são as passagens bíblicas no Novo Testamento que corroboram esta afirmação, em que o próprio Jesus considerava-se profeta: “Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte, para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém” (Lc 13.33); e era aclamado em diversas ocasiões pelo povo: “E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21.11); “Outros diziam: É Elias. E diziam outros: É um profeta ou como um dos profetas” (Mc 6.15); “E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” (Lc 7.16). 
Mesmo com todo o respeito e apreço que os profetas do Antigo Testamento tinham por Moisés, Jesus é superior a Moisés “Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou” (Hb 3.3); e superior a todos os profetas pois Ele é Deus em forma humana (Jo 1.14; Cl 2.9). Eis a diferença significativa entre o Senhor Jesus e Moisés: Ele não falava em nome de Deus (como faziam os profetas do Antigo Testamento dizendo “Assim diz o Senhor”), não era o seu porta-voz, mas o Filho Unigênito.
O profetismo de Jesus
As atividades que Jesus realizava, e que constam nos Evangelhos, revelam que Ele era verdadeiramente o Profeta. Este ofício está relacionado às predições que fez e aos milagres que realizou. Verdadeiramente o povo cria que o Senhor visitara o seu povo através de Cristo (Lc 7.16). Ele ilumina as nações através da sua doutrina e palavra de autoridade; e também profetizou sobre eventos que ainda hão de acontecer.
Ele sabia que no mar havia um peixe com uma moeda onde Pedro conseguiria o dinheiro para pagar tanto o seu imposto quanto o do Mestre (Mt 17.27). Não havia necessidade de ninguém dizer o que há no interior do homem porque Jesus já sabia de tudo (Jo 2.24, 25) e a Bíblia afirma que só Deus conhece o coração do homem (1 Rs 8.39). Jesus é onisciente porque Ele é Deus! Não há nada no universo que Ele não saiba, seja passado ou futuro. Diferentemente do que ensinam os mulçumanos, Jesus não é apenas um profeta. Ele é Deus em forma humana, Deus conosco e Unigênito de Deus (Mt 1.23). 
Sendo conhecedor do interior do homem, Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus e faz predições sobre eles (Mt 23). Este grupo, no começo, inspirava-se em puro zelo pela glória de Deus, mas foram se deteriorando até receberem fortes denúncias. O Jesus-Profeta profere oito “ais” (23.13-36) contra aqueles líderes religiosos, lançando-os não com amargura, mas com profunda tristeza. Esses “ais” são advertências proféticas, avisos claros das consequências dos atos e caráter daqueles que deviam ser o espelho para os demais. Devemos nos proteger do espírito dos fariseus e dos escribas, tão combatidos por Jesus, que amavam as aparências e desprezavam a humildade.  
A urgente necessidade de resgate do discurso profético de Jesus
O partido dos fariseus não existe mais, porém o espírito do farisaísmo ainda está presente em nosso meio, assim como o joio no meio do trigo. Por este motivo, faz-se necessário o resgate do discurso profético de Jesus cujo ministério profético continua através do seu corpo: a Igreja. De acordo com o pastor Severino Pedro, “a tarefa profética de Jesus não estava limitada ao tempo de duração de sua vida terrena, como os demais antes dEle, mas por meio do Espírito Santo e de sua vitoriosa e profética Igreja, o seu ministério profético continuou depois da crucificação.”6 
A morte não foi capaz de cessar ou interromper o ministério profético de Cristo. Jesus morreu graças a sua natureza humana (1 Pe 3.18-22). Quanto à natureza divina, Ele não permaneceu na morte, antes foi imediatamente vivificado e continua a sua atuação profética através da sua Igreja. Os profetas agora possuem o dom da profecia (1 Co 14.3), ou seja, recebem de Cristo e por intermédio dEle as manifestações sobrenaturais deste dom, com a finalidade de edificar, exortar e consolar (1 Co 14.3) a sua Igreja até o dia do arrebatamento.
Como poderemos resgatar esse discurso profético? Talvez esta seja a pergunta que permeia os pensamentos. Antes de qualquer coisa, buscando o batismo no Espírito Santo, que é a promessa deixada por Jesus, o Profeta, de que receberíamos revestimento de poder a fim de sermos testemunhas (At 1.8) para perpetuar a sua obra. Devemos também resistir ao Diabo (Tg 4.7, 8) e à tentação (1 Co 10.13; Ef 6.10, 11; Hb 4.15, 16).
II – O OFÍCIO DE SACERDOTE
Desde a Queda, o pecado entrou no mundo e corrompeu o gênero humano, fazendo separação entre Deus e o homem (Is 59.2); porém, o Senhor sempre provê um meio de se comunicar com a sua criatura, feita a sua imagem e semelhança. Assim Ele instituiu sacerdotes no Antigo Testamento e, na Nova Aliança, enviou-nos seu Filho Unigênito Jesus, para exercer também a função de Sacerdote entre os homens, sendo já predito pelos profetas que Cristo viria como um sacerdote eterno (Sl 110.4). 
Desde o período patriarcal, as funções sacerdotais eram desempenhadas pelos chefes de família. Noé, Abraão e Jó são alguns desses exemplos de que já existia a prática de oferecer sacrifícios em altares pelos pecados dos membros de sua família. E antes de o sacerdócio hebraico (arônico) ser estabelecido por Moisés, a Bíblia já mencionava o sacerdócio de Melquisedeque (Gn 41.45; 46.20; 47.22,26).
No Antigo Testamento, a liderança religiosa tinha de estar nas mãos dos sacerdotes, já que o sacerdote era o “ministro das coisas sagradas”, principalmente aquele que oferecia sacrifícios no altar e agindo como mediador entre o homem e Deus.
Dicionário Bíblico Wycliffe explica bem a respeito da importância do sacerdócio na religião e na vida do Antigo Testamento,
O sacerdócio hebraico constitui uma das características dominantes da religião e da vida do AT. Isso pode ser constatado não só através das múltiplas referências feitas nas Escrituras, mas na própria construção da religião do AT com sua classe especial de sacerdotes representativos, e pela importância das relações e das funções religiosas durante a vida toda. 
A visão hebraica do mundo, e da vida no mundo, era completamente controlada pelo sobrenatural e impregnada dele. A necessidade de manter relações aceitáveis com Deus, que não eram naturais ao homem, concedia ao sacerdote e aos seus ensinos a mais elevada prioridade.
E justifica a necessidade dos sacerdotes na Antiga Aliança:
[...] Eles eram necessários para a preservação de um permanente contato de Israel com Deus. O israelita relacionava-se com Deus através de um pacto nacional especial que envolvia o sacerdócio por causa de seus serviços essenciais como mediador e representante. Portanto, os sacerdotes operavam entre Deus e o povo a fim de preservar esse relacionamento estabelecido através da aliança.8  
O perfeito sacerdote
Seguindo instruções divinas, Moisés consagra Arão e seus filhos para este nobre ofício (Êx 28.1,41; 29.9-30). O sacerdócio da ordem de Arão foi estabelecido por Deus para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo e representar o Senhor entre os hebreus, seu povo escolhido.  Todavia, este sacerdócio exercido por Arão e seus filhos (de forma geral pela tribo de Levi) não era perfeito por se tratar de pessoas que tinham falhas e eram mortais. Por este motivo, Cristo, o sacerdote perfeito, tornou-se o responsável pela tarefa de representar o povo e interceder por ele (1 Tm 2.5; Hb 7.25-28). Todos os sacerdotes, anteriores a Jesus, morreram e foram substituídos, como diz as Escrituras: “E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer” (Hb 7.23). No entanto, o sacerdócio de Cristo, estabelecido pelo Pai, é singular, imutável e eterno “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7.17,21,24). 
Dicionário Bíblico Wycliffe esclarece outras situações sobre a transitoriedade do sacerdócio arônico e o perfeito sacerdócio de Cristo.
O sucesso da religião sacerdotal dependia intensamente do significado e do espírito dessa operação, especialmente por parte do próprio povo. A eficiência do sacerdócio, por causa de seu caráter extremamente representativo, podia rapidamente escorregar para uma atividade infrutífera de padrão ritualístico, desprovida do significado e do espírito desse mesmo ritual.
Isto por sua vez, eliminava qualquer envolvimento pessoal ou real das pessoas representadas. O ritual torna-se rigidamente importante e seu significado desaparece. Em muitos sentidos, a história do sacerdócio hebraico transformou-se nisto. No AT, os profetas muitas vezes levantavam a voz contra a atitude do povo que abandonou o Deus que lhes falou através de Moisés. Na época do NT existia uma profunda divisão entre os fariseus, com sua meticulosa adesão aos rituais e aspectos físicos do padrão do AT, e Jesus Cristo com sua ênfase no significado interior e na interpretação espiritual de todos os elementos da vida. 
Os principais componentes do evangelho, que preenchiam as fórmulas do AT através da obra redentora de Cristo, estão tipicamente representados no sacerdócio hebraico. Esse sacerdócio, portanto, que era de suma importância na época do AT como um meio de assegurar-se e manter uma posição aceitável de comunhão com Deus, torna-se, no NT, o fundamento para a compreensão do ministério mediador e redentor de Jesus Cristo.9 
Jesus não era da linhagem de Arão, pois não descendia da tribo de Levi (Nm18.27; 1 Cr 23.13), mas de Judá (Hb 7.13,14). Por este motivo Jesus é chamado sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, evidenciando que o seu sacerdócio não era da Lei, mas sim de uma nova dispensação. 
Ele foi ofertante e oferta
Quando um israelita descumpria a lei, sua comunhão com Deus era interrompida e, de acordo com Levítico 4, tal pessoa deveria oferecer um sacrifício a fim de expiar sua culpa e reconciliar-se com o Criador. Todavia, este ritual realizado por um sacerdote não era suficientemente capaz de restabelecer a comunhão perdida e aperfeiçoar o adorador, muito menos os touros e bodes sacrificados eram capazes de tal tarefa. Por isso esses sacrifícios eram transitórios. 
No entanto, como afirma a nossa Declaração de Fé das Assembleias de Deus “o próprio Senhor Jesus Cristo apresentou-se como sacrifício  pelos pecados de toda a humanidade, e, além disso, seu sacrifício foi único, perfeito e com validade eterna, resolvendo , assim, para sempre, o problema do pecador: “mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb 10.12).”10  Ele foi o Mediador, constituído por Deus, de toda a humanidade, e não apenas de um povo. O seu sacrifício vicário na cruz do Calvário anula os efeitos do pecado na vida daquele que crê em seu sacrifício e o recebe como único e suficiente Salvador. Agora não há mais a necessidade de um sacerdote terreno, graças à superioridade do sacerdócio de Cristo. Seu sacrifício foi feito uma vez por todas. Jamais se repetirá! 
A Igreja de Cristo, uma comunidade sacerdotal
Quando Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, ascendeu aos céus após ter consumado a redenção na cruz, Ele continua seu sacerdócio intercedendo por nós (Hb 7.25). E Cristo não deixou-nos sozinhos, Deus enviou a promessa do Espírito Santo (Gl 3.13,14). Com este revestimento de poder, a Igreja de Cristo realiza a tarefa da evangelização e da intercessão. 
Nas palavras do pastor e consultor teológico, Claudionor de Andrade,
O sacerdócio levítico era glorioso; seus membros eram considerados príncipes de Deus (Zc 3.8). Todavia, o Senhor Jesus Cristo é superior ao sacerdócio levítico, pois é eterno (Sl 110.4). Quanto a nós, somos uma nação santa, profética e sacerdotal — recebemos a incumbência de proclamar o Evangelho e interceder pelos que perecem (1 Pe 2.9). Portanto, sirvamos ao Senhor com todo o nosso ser, para que, por meio de nossa vida, venha o Reino dos Céus à Terra.11   
A responsabilidade dada por Deus à sua igreja — fazer discípulos em todas as nações — inclui muitas tarefas como pregar, ensinar, cuidar, doar, administrar, edificar, entre tantas outras. Obedecer a este mandamento individualmente, seria humanamente impossível. Todavia, enquanto corpo de Cristo, uma comunidade sacerdotal, podemos fazer muito mais se trabalharmos juntos. Dessa forma, poderemos expressar a plenitude de Cristo. 
III – O OFÍCIO DE REI
No Antigo Testamento, os reis tinham de ser israelitas escolhidos pelo Senhor (Dt 17.14-20), com a obrigação de observar a Torá e implementar a política divina (2 Rs 11.12), não contando com recursos humanos, mas sempre dependente do Senhor, o Rei dos reis.
Davi foi ungido rei com este propósito e como recompensa pela sua fidelidade, Deus prometeu-lhe uma dinastia eterna (2 Sm 7.16). Anos mais tarde, o profeta Isaías prediz que o trono de Davi permaneceria em segurança quando o Senhor promete um menino, nascido de uma virgem (Is 7.14). O nome dEle seria “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6,7). Séculos depois, quando a casa de Davi não estava no trono, quando o povo era sujeitado pelos gentios, o Salvador chegou, nascido sem pompas e circunstâncias, em uma humilde estrebaria, filho de um carpinteiro. Seu nome era Jesus “a salvação do Senhor” ou “o Senhor salva” (Mt 1.21).Jesus não nasceu príncipe. Ele nasceu Rei “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?” (Mt 2.2); e como tal foi adorado pelos sábios do oriente, que guiados pela estrela, o adoraram e ofertaram-lhe dádivas, dignas de um verdadeiro rei: ouro, incenso e mirra (Mt 2.11). Certamente eles acreditavam que Jesus era digno de adoração.
Ah! Jesus é rei
E por fim, Jesus também exerceu o ofício de Rei, o Messias (Ungido), que, traduzido, é o Cristo.12 Não há dúvida alguma de que Jesus era o Rei predito pelos profetas no Antigo Testamento, o Messias prometido pelo Deus de Israel, que viria a fim de libertar seu povo da opressão dos gentios, o Salvador e Redentor deles. Jesus foi aclamado pelo povo e Ele se autoproclamou  “Rei”, não deixando dúvidas quanto a este ofício que Ele também desempenhou.
Jesus chamou-se a si mesmo "Rei" (cf. Jo 18.37), e disse que o Pai havia-lhe destinado o reino (cf. Lc 22.29). Os profetas haviam profetizado que Jesus viria como Rei (cf. Sl 2.6-8; 8.6; 110.6; Is 9.7; Jr 23.5). Quando Ele nasceu, foi adorado como Rei (cf. Mt 2.2,11). Antes de subir ao Gólgota, Ele entrou triunfante em Jerusalém, conforme as profecias (cf. Zc 9.9,10; Mt 21.1-11), e foi então aclamado como Rei (cf. Lc 19.38). Voltando ao céu, após a sua ressurreição, foi aclamado como o Rei da Glória (cf. Sl 24.8-10). Graças a Deus! 
Após a ressurreição de Jesus, Deus exaltou-o soberanamente (cf. Fp 2.9), e coroou-o de honra e de glória (cf. Hb 2.7), glorificando-o com "aquela glória que tinha" antes que o mundo existisse (cf. Jo 17.5) e que Ele havia deixado para ser homem (cf. Fp 2.6-8). Ele foi agora feito Senhor e Cristo (cf. At 2.36), Príncipe e Salvador (cf. At 5.31), Juiz dos vivos e dos mortos (cf. At 10.42), e assentou-se à direita de Deus nos céus (cf. Ef 1.20). Deus entregou tudo nas suas mãos (cf. Jo 3.35), e Ele tem agora todo o poder no céu e na terra (cf. Mt 28.18). 
Porém, a plenitude desse ministério Jesus mostrará quando voltar ao mundo como Rei, para restaurar tudo que os profetas têm predito (cf. At 3.21). Então Ele, como descendente de Davi, se assentará no trono real e estabelecerá o milênio (cf. Lc 1.32,33; Mt 19.28; 25.31). Então a sua querida Igreja reinará com Ele (cf. 2 Tm 2.12; Ap 20.4), e o seu reino não terá fim (cf. Is 9.7). Vamos, portanto, orar como Jesus nos ensinou: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10).13  
A compreensão equivocada quanto à missão de Cristo, pois achavam que Ele seria o Messias político que venceria os romanos e estabeleceria um governo nacional, não diminuiu o seu messiado, pelo contrário, Jesus ensinou que como o Messias Ele sofreria humilhação e morte, ressuscitando dos mortos para vencer o maior inimigo, não só de Israel, mas de toda a humanidade: o pecado e a morte (Mc 8.31).
A acusação mentirosa
Jesus evitava o título de “messias”, em grego Christos (“Ungido”). Ele não reivindicava nenhum trono terreno para Si, nem tampouco aspirava às regalias que a realeza messiânica lhe permitiria. Cristo não desejava evitar a cruz pois estava Ele consciente de que a sua missão era expiar os pecados da humanidade. De acordo com David R. Nichols, em seu capítulo sobre Jesus na Teologia Sistemática editada por Stanley M. Horton, “Jesus queria mesmo evitar o termo, por incluir conotação de liderança política e militar, que não fazia parte das atividades do seu Reino na sua primeira vinda.”14
Durante seu ministério, Jesus foi chamado de Cristo em diversas ocasiões:
- Pelo seu discípulo, Pedro, que ao afirmar que Jesus era “o Cristo” (Mt 16.16, 17) recebe a confirmação de Jesus que, ao mesmo tempo, pede para que seus discípulos não digam a ninguém que Ele o era (Mt 16.20);
- Pelos endemoninhados, que sabiam ser Ele o Cristo, ao afirmarem que Jesus era o Filho de Deus; os quais Jesus também repreendeu, não os deixando falar (Lc 4.41);- e por fim, diante do tribunal: 
Jesus mostrou-se relutante em aceitar o título de “Messias”. Em Marcos 14.60-62 lemos: “E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti? Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.” O sumo sacerdote compreendeu, e, de tão raivoso, rasgou as próprias vestes.
A relutância de Jesus pode ser notada mais especialmente quando olhamos o contexto da pergunta e o tempo que o sumo sacerdote levou para conseguir que Jesus confessasse ser o Messias. Mateus 26.63 indica ainda mais relutância, pois o sumo sacerdote acabou submetendo Jesus a juramento sagrado. Em consequência, Jesus já não podia manter silêncio: “Disse-lhes Jesus: Tu o disseste” (26.64) — era a confirmação. Não se jactava de ser o Messias, nem se esforçava para estabelecer-se tal. Ele simplesmente é o Messias.15 
Raras foram as vezes que Jesus se designou como Messias. Um dos episódios aconteceu em Samaria, quando revelou-se à mulher na beira do poço quando ela disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem”, Jesus respondeu: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4.25, 26). 
Sabendo que a maior expectativa dos judeus, nos dias de Jesus, era que o Messias fosse um governante político, descendente do rei Davi que foi um protótipo do Messias: um libertador e um conquistador, os inimigos de Jesus, que não tinham como acusá-lo em nada, fizeram uma acusação mentirosa, alegando que o Mestre tinha cometido o pecado da blasfêmia e traição, com a tentativa de usurpar o trono do governo do Império Romano. Pelos motivos já expostos acima, confirmamos que essas acusações eram mentirosas, pois Jesus, nosso Messias divino, não buscava glória e honra neste mundo. 
Kyrios que foi trocado pelo César
O senhorio de Cristo não tinha uma conotação material, mas sim espiritual. O Messias divino que morreu na cruz, aperfeiçoando a salvação, ressuscitou dentre os mortos e subiu até a presença do Pai onde está vivo e permanece nosso Messias, nosso Senhor, para sempre e eternamente. 
O termo grego kyrios foi usado pelos autores do Novo Testamento com a ideia de um título divino e não humano para Jesus: 
Kyrios, mais propriamente um adjetivo grego que significa “ter poder e autoridade”. Usada como um substantivo, essa palavra significa "senhor, mestre, dono". Essa é a palavra padrão para "senhor" na Septuaginta (LXX) e no NT. Era uma palavra exatamente equivalente a Adonai, e também foi usada na LXX para traduzir Yahweh, porque os rabinos liam Adonai no lugar do nome divino. Foi um termo aplicado ao Senhor Jesus pelos autores do NT, como um título divino.16  
CONCLUSÃO
Sejamos imitadores de Cristo, principalmente, imitemos a sua humildade. A humildade é essencial para servir aos outros. Em vez de procurar prestígio, o cristão deve procurar um lugar onde possa servir. Se Deus quiser que o irmão ou a irmã sirvam em uma escala maior, Ele os convidará a assumir uma posição mais alta (Lc 14.11), não busque você mesmo tal lugar. Jesus possuía o tríplice ofício de maior honra entre os hebreus: Profeta, Sacerdote e Rei. Todavia Ele nasceu em uma estrebaria, e foi colocado em uma manjedoura. Dono do ouro e da prata, deu-nos o maior exemplo de humildade e serviço.Quer saber como ser humilde? Compare-se somente com Cristo, perceba a sua iniquidade e entenda as suas limitações. Reconheça seus dons e suas qualidades, e esteja disposto a usá-los como Cristo lhe orientar. Tenha compromisso em servir.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 903.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1714.
Guia cristão de leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 27.
HORTON, Stanley M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 19ª Impressão, 2018.
PEARLMAN, Myer. Lucas: O Evangelho do Homem Perfeito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
_______. MateusO Evangelho do Grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
SILVA, Ezequias Soares (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 52.
SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 22.                                                                          
*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 SILVA, Esequias Soares (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 52.
2 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1048.
3 Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 903.
4 SOARES, Ezequias. O Ministério Profético na Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 17, 19.
5 Ibid., p. 22.
6 SILVA, Severino Pedro da. A Vida de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 1990, p.78.
 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1714.
8  Ibid., p. 1714.
9 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1714.
10 SILVA, Ezequias Soares (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 54.
11 ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 45
12 A forma grega para Messias — o mesmo sentido que nossa palavra “Cristo — tornou-se mais comum entre os primeiros cristãos para se referir a Jesus. Mas lembre-se, “Cristo” não é título, não é um sobrenome. Os seguidores de Cristo logo passaram a ser chamados de cristãos (At 11.26). (Guia cristão de leitura da Bíblia, p. 27)
13 BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 63, 64.
14 HORTON, Stanley M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 19ª Impressão, 2018, p. 314.
15 HORTON, Stanley M. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 19ª Impressão, 2018, pp. 314-15.
16 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 1796.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 03 - 1º Trimestre 2020 - A Natureza do Ser Humano - Adultos.

Lição 3 - A Natureza do Ser Humano 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A COMPLEXIDADE DO SER HUMANO 
II – AS CARACTERÍSTICAS DO CORPO HUMANO
III – ALMA, O NOSSO ELO COM O MUNDO EXTERIOR
IV – O ESPÍRITO E O NOSSO CONTATO COM DEUS

A MARAVILHOSA COMPLEXIDADE DO SER HUMANO
Claudionor de Andrade
Os seres humanos possuem uma natureza complexa e duplamente composta: uma física (o corpo) e outra espiritual (a alma e o espírito). Leia atentamente, mais uma vez, 1 Tessalonicenses 5.23. Para vivermos neste mundo, necessitamos da plenitude de nossa constituição. Se uma apartar-se da outra, morremos (1 Rs 17.21,22). Neste tópico, deter-nos-emos em nossa maravilhosa complexidade.
1. O homem é um ser complexo. Nos tópicos já estudados, mostramos que Deus é um ser perfeitamente simples; não necessita de qualquer composição para existir. Deus é espírito; nada o prende nem o limita. Observamos, ainda, que os anjos, embora possuam uma única natureza — a espiritual — dependem de Deus para subsistir. Logo a asseidade, a virtude de existir por si próprio, é um atributo exclusivo divino.  
Já a natureza humana, devido à sua composição, é diferente da divina e da angélica. Tal diferença, porém, não as torna antagônicas; são interativas e harmônicas. A História Sagrada mostra que podemos interagir tanto com Deus quanto com os anjos. Os contatos com os seres angélicos, todavia, nos são facultados apenas em ocasiões especiais; não precisam ser rotineiros. Se viermos a invocá-los ou a adorá-los, cairemos numa perigosa idolatria (Cl 2.18).
Nossa complexa natureza, apesar de limitada, faculta-nos o acesso tanto ao mundo físico quanto ao espiritual. Através dos órgãos sensoriais do corpo, nossa alma (e com ela, o espírito) interage com o universo material. E, por intermédio dos sentidos do espírito, entramos nos domínios divinos. Portanto, o corpo, a alma e o espírito são imprescindíveis à nossa permanência neste mundo.    
2. O homem é um ser duplamente composto. A tricotomia humana é, como já vimos observando, duplamente composta. Possuímos um elemento material — o corpo físico — e dois elementos imateriais — a alma e o espírito. Acham-se esses três componentes de tal forma entretecidos em nosso ser, que não sabemos onde começa um e termina o outro. Só vamos perceber a separação entre a substância física e as imateriais, quando a alma, juntamente com o espírito, deixar-nos o corpo. Quando isso ocorre, dá-se o fim temporário de nossa constituição material, que só voltará à vida na ressurreição dos mortos. 
Se a união entre as partes material e imateriais é perfeita, o que diremos da junção entre a alma e o espírito? Acham-se estes tão unidos e apegados um ao outro, que, conforme podemos sentir em nós mesmos, são absolutamente inseparáveis. Não há fronteiras nem limites entre ambos; são mais do que siameses. Somente a Palavra de Deus, com a sua singular agudeza, pode vir a separá-los (Hb 4.12). Nessa operação, a espada do Espírito Santo, bigume e penetrante, é infalível e cirúrgica.
3. A transitoriedade da complexidade humana. A tricotomia humana não é permanente; é temporária adequada apenas à nossa existência terrena. Após a ressurreição, teremos um novo corpo — indestrutível e espiritual; não mais a tricotomia, mas a simplicidade. Enfim, seremos iguais aos anjos (Lc 20.34-36). 
Quando isso acontecer, corpo, alma e espírito fundir-se-ão numa única composição. E, nessa realidade, os justos passarão a desfrutar das bem-aventuranças eternas ao lado do Pai Celeste. Os injustos e maus serão lançados no Lago de Fogo, onde já estarão a Besta, o Falso Profeta, o Diabo e os seus anjos; o tormento será eterno.      
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - Filhos, presentes do Papai do Céu - Berçário.

Lição 02 - Filhos, presentes do Papai do Céu 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Mostrar ao bebê que ele é amado e desejado, como um presente do Papai do Céu aos pais.
É hora do versículo: “Eu pedi esta criança a Deus, o SENHOR, e Ele me deu o que pedi” (1 Samuel 1.27).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre Samuel, um bebê que foi muito pedido e desejado por seus pais. Sua mamãe, Ana, orou muito ao Papai do Céu pedindo um filho, e Deus deu o pequeno Samuel para ela. Ela cuidou muito bem do seu bebê até ele ir morar no Templo com o sacerdote Eli.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem com giz de cera a imagem da mamãe alimentando o seu bebê. Diga que o Papai do Céu deu o bebê como um lindo presente para a mamãe e o papai e cuidar e amar.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - O nascimento de Jesus - Maternal.

Lição 2 - O nascimento de Jesus 

1º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Mostrar às crianças como foi o nascimento de Jesus. 
Para guardar no coração: “[...] Deus nos mandou um menino que será o nosso rei [...]” (Is 9.6).
Seja bem-vindo
“Professora, na aula de hoje você ensinará seus alunos acerca do nascimento de Jesus, história que costuma ser contada no Natal, quando celebramos tal acontecimento.  Por isso, é importante relacionar a aula à data comemorativa. Após a oração inicial, cante com a turma alguns louvores que façam alusão ao nascimento de Jesus e ao amor de Deus. Você pode iniciar o momento da história dizendo aos alunos que hoje eles conhecerão a verdadeira história do Natal, embora ainda estejamos no início do ano. Coloque sobre a mesa duas ou três caixas de presente bem embaladas e explique que são seus presentes de Natal. Abra as embalagens e mostre os presentes, que devem ser objetos especiais. Em seguida, conte-lhes que o melhor presente de Natal não veio embrulhado em um papel colorido ou em uma bonita caixa, mas em algo parecido com isto... (mostre uma fralda de pano ou cueiro). Depois de contar a história, ensine aos alunos o versículo de hoje e, em seguida, ajude-os a fazer as atividades da revista. Finalize com a confecção da manjedoura de tubo, que eles levarão para casa como recordação desta aula” (Daniele Pereira). 
Subsídio professor
“O governo romano forçou José a fazer uma longa viagem para pagar seus impostos. Sua noiva teve de acompanhá-lo, embora seu bebê pudesse nascer a qualquer momento. Ao chegarem a Belém, não puderam encontrar uma estalagem para ficar, tiveram de abrigar-se em um estábulo. Deus controla toda a História. Devido ao decreto do imperador Augusto, toda a situação encaminhou-se para que Jesus nascesse justamente na cidade profetizada para o nascimento dEle (Mq 5.2), embora José e Maria não vivessem lá. Tiras de pano eram usadas para manter um bebê aquecido e dar-lhe uma sensação de segurança. Acreditava-se que estes panos protegiam os órgãos internos. O costume de enrolar crianças deste modo ainda é praticado em muitos países do Oriente Médio. A menção da manjedoura é a base para a crença comum de que Jesus nasceu em um estábulo, covas com cochos de alimentação (manjedouras) esculpidas em paredes de pedra. Apesar da imagem nos cartões de Natal ser a de um lugar belo, o ambiente era escuro e sujo. Este não era o local que os judeus esperavam para o nascimento do seu Rei e Messias. Pensavam que o prometido Salvador nasceria em um palácio. 
O fato de Jesus ter nascido de uma virgem é um milagre que muitas pessoas consideram difícil de acreditar. Mas três fatos ajudam a fundamentar nossa fé. (1) Lucas era médico, sabia perfeitamente como os bebês são gerados. Assim como nós, ele deve ter tido a mesma dificuldade de crer em um nascimento virginal, contudo, relatou-o como fato. (2) Como um cuidadoso investigador, Lucas baseou o seu Evangelho em depoimentos de testemunhas oculares. A tradição sustenta que ele conversou com Maria sobre o que registrou nos dois primeiros capítulos. A história de Maria não é uma invenção. (3) Cristãos e judeus, que adoram a Deus como o Criador do universo, não devem ter dúvida de que Deus tem o poder para gerar uma criança no útero de uma virgem.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1342, 1344, 1345)  
Oficina de ideias
“Para que os alunos levem uma lembrança da aula de hoje, confeccione com eles uma manjedoura com um bebê. Os alunos vão precisar da sua ajuda durante todo processo. Faça a manjedoura usando tubos de papelão do papel higiênico ou papel toalha (nesse caso, divida o tubo em duas ou três partes), cortados no sentido do comprimento. Entregue duas partes para cada aluno e ajude-os a colar as metades com as curvas viradas para fora. Distribua pedaços de papel laminado para que as crianças cortem em tirinhas e colem na metade superior como se fosse o feno. Disponibilize massa de modelar para que os alunos façam um bebezinho e coloquem na manjedoura. Para finalizar, deixe-os escolher retalhos de tecido para cobrir o bebê de massinha” (Daniele Pereira).  
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Lucas 2.4-17. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - Filhos, Presentes do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 02 - Filhos, Presentes do meu Amigo 

1º Trimestre de 2020

Objetivos: Os alunos deverão acreditar que o Papai do Céu ouve a oração de seus filhos; e saber que o Papai do Céu realiza o impossível. 
É hora do versículo: “[...] [Deus] me escuta quando peço ajuda e atende as minhas orações” (Sl 6.9).
Nesta lição, as crianças estudarão sobre a história de Ana que orou muito pedindo um filho a Deus. Ana orava em silêncio e o sacerdote Eli pensou que ela estava bêbada. Mas Ana não estava e o Papai do Céu ouviu a sua oração. Samuel foi o presente que Ana recebeu do Senhor para ela amar e cuidar, assim como as crianças hoje também são presentes para o papai e a mamãe. Sabemos que presente só traz alegria. Será que tem alguma criança que não dá alegria à mamãe e ao papai? Faz bagunça e responde mal? Criança que faz isso não está sendo um bom presente para os seus pais.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a cena em que Ana está orando pedindo um filho a Deus e o sacerdote está dizendo para ela ir embora que Deus ia ouvir a oração dela. Reforce que o Papai do Céu ouve a oração de seus filhos e realiza o impossível.
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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua Deidade - Jovens.

Lição 2 - A Humanidade de Jesus Cristo e a Sua Deidade 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-Muito mais que um Super-Homem, um Humano de Verdade
II-Cristo Jesus, Nosso Deus
III-Um Cristo que Conhece as nossas Dores
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o aspecto humano da natureza de Jesus Cristo;
Discutir sobre a perspectiva divina da essência de Cristo Jesus;
Demonstrar que o cuidado de Jesus por nós espalha-se no próprio ser do Filho.
Palavras-chave: Jesus Cristo.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Thiago Brazil:

CAPÍTULO 2 
INTRODUÇÃO
Há uma expressão que se popularizou no Cristianismo primitivo que nós, contemporâneos, apropriamo-nos dela sem a compreensão plena do que ela representa, não apenas para a época, como para o Cristianismo como um todo: JESUS CRISTO. Na verdade, o senso comum religioso utiliza-a na lógica de uma designação PRENOME-NOME. Porém, é essencial reconhecer que esta expressão carrega consigo, de forma sintética, uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a natureza humano-divina/divino-humana de Jesus Cristo.
Esta é uma questão tão central para o Cristianismo que esta forma de nomear o Salvador ocorre quase duzentas vezes no NT, dentre os versículos deste universo, destaque-se pelo menos três referências importantes onde esta denominação acontece: 1 Ts 1.1 (primeiro texto escrito do NT); Mc 1.1 (linhas iniciais do primeiro Evangelho em termos cronológicos) e Ap 22.21 (as últimas palavras do NT).
A fim de não incorrer naquilo que consideramos um erro lógico-ontológico, ao referirmo-nos os aspectos humano-divino/divino-humano da natureza de Cristo não os abordaremos como aspectos autônomos ou desconectáveis da essência de Jesus, deste modo ao reportarmo-nos ao ser de Jesus Cristo, sempre trataremos como uma estrutura una e única em sua condição de existência. 
Diante da ampla possibilidade de abordagens desta questão, optou-se nesta obra por eleger os credos e a declaração de fé das Assembleias de Deus no Brasil como fios condutores para apresentação e problematização da questão sobre a natureza de Jesus Cristo.
Uma pequena digressão
Tratando inicialmente de uma abordagem que não será objeto central neste capítulo, associar-se a expressão Jesus Cristo no primeiro século era uma postura altamente controversa e perigosa socialmente. Boa parte dos termos adotados pelo Cristianismo em seu nascedouro tinha uma forte carga semântica associada a práticas políticas, por exemplo, palavras como Evangelho, Eclésia, Parusia, Apóstolo, são todos designativos de práticas ou personagens do mundo político — isto é aquilo que poderíamos denominar da condição Sitz im Leben das mesmas no mundo greco-romano. 
Para alguns autores, a apropriação cristã destes termos reveste-se, na verdade, como uma forma de resistência — velada pela linguagem no aspecto privado da religiosidade ou manifesta pelo impacto social do uso da mesma. Para Malheiros:
Euangelion era como se chamava a proclamação, o anúncio, de uma vitória em tempos de guerra, ou outros tipos de comunicações oficiais. Como informa-nos Gonzaga (2014, p. 28): “Assim, por exemplo, a paz romana e tantos outros eventos da vida romana, como o nascimento do imperador, eram celebrados como evangelhos na vida do império.” Diretamente associado ao termo euangelion está apóstolos, que faz referência ao indivíduo que conduz a notícia, aquele que carrega a mensagem. No entanto, como a mensagem é especial, a missão de entrega-la torna-se de extrema relevância e o realizador da tarefa ganha notoriedade e visibilidade.
Já ekklésia é a designação grega para um determinado tipo de reunião oficial na qual os cidadãos, na Atenas democrática, reuniam-se para deliberarem sobre assuntos pertinentes ao interesse da coletividade, e que permaneceu como instituição política atuante dentro do império romano.
Sobre as especificidades da concepção política do termo, afirma-nos Menezes:
ekklésia era a Assembleia do Povo e nela o cidadão ateniense adulto de sexo masculino tinha direito a palavra e voto. Reunia-se com um mínimo de seis mil cidadãos, numa colina chamada Pnyx, nas proximidades da ágora. Dela estavam excluídos escravos, estrangeiros, mulheres, crianças e cidadãos privados de seus direitos políticos (atimoi). Caso algum representante desses segmentos fosse encontrado durante a realização de uma Assembleia, poderia ser condenado a sérias punições. Aristóteles descreve a ekklésia como o fórum credenciado para decidir a paz e a guerra; para construção e/ou rompimentos de alianças; para a promoção de leis, bem como para aplicá-las em caso de banimentos, de confiscações ou de pena de morte. Era também através da Assembleia que os magistrados prestavam contas de suas decisões durante (ou ao término de) seus respectivos mandatos (ARISTÓTELES, 1964, Cap. X, p. 115). (MENEZES, 2010, p. 25)
Diante desta citação deve-se ficar explícito a necessidade do leitor moderno compreender que existe uma determinada intencionalidade dos autores sagrados ao optarem pelo uso de um determinado termo da tradição greco-romana.
Parousia referia-se à visita oficial do imperador ou de autoridade competente delegada por ele. Para alguns interpretes a palavra ganhou — ao longo do tempo — um significado que abarcava também todo o cerimonial desenvolvido na cidade que recepcionava a autoridade política.
Dentre estes e outros termos, todavia, nenhuma apropriação religiosa de vocabulário político produziu tanta repercussão como a do termo “Kyrios”. Esse é um termo utilizado em referência direta aos imperadores, especialmente numa associação com a divindade que os mesmos advogavam para si mesmos.
Sobre o “culto a César” pode-se citar a já célebre inscrição em homenagem a Otávio Augusto — aquele que exigia para si a glória de ser chamado de “filho de deus”, “deus”, “Deus de deus”, “Senhor, redentor e salvador do mundo”:
Todas as cidades adotam unanimemente o aniversário do divino César como o novo início do ano... Enquanto a Providência, que regulou toda a nossa existência... levou a nossa vida ao ápice da perfeição ao nos dar [o imperador] Augusto, a quem ela encheu de força para o bem-estar dos homens, e que sendo enviado a nós e a nossos descendentes como Salvador, pôs fim à guerra e colocou todas as coisas em ordem; e [por isso] tendo se tornado [deus] manifesto (phaneis), César realizou todas as esperanças de tempos anteriores... ao superar todos os benfeitores que o precederam... e enquanto, finalmente, o aniversário do deus [Augusto] se tornou para o mundo inteiro o começo de boas novas (euangelion) com relação a ele [portanto, que uma nova era comece a partir do seu nascimento].1
Essa imagem divinizada do imperador colide de modo inegável com a nova perspectiva que o Evangelho de Jesus trazia, e quando um cristão do primeiro século assume o risco de não reconhecer a divindade de César, imediatamente ele assina para si uma sentença de risco de morte.
Quando os escritores do NT e a Igreja Primitiva adotaram uma terminologia tão marcante como esta — e algumas vezes ainda acrescentavam a palavra “Cristo”, constituindo assim referência “Senhor Jesus Cristo”, de uma vez só os cristãos incitavam a ira de Roma e a retaliação dos judeus. De uma vez só acusações de insubordinação e rebelião por parte dos romanos, e de blasfêmia e impiedade vindas do povo judeu.
A natureza de Jesus Cristo no Credo dos Apóstolos
O segundo artigo do assim chamado credo apostólico dedica-se inteiramente a Jesus, e por uma consequência óbvia, trata da questão de sua natureza. Conforme o texto majoritariamente aceito:
E em Jesus Cristo, seu Filho Unigênito, nosso Senhor; que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria; sofreu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto, e sepultado, e desceu ao Hades; e ressuscitou da morte ao terceiro dia; que subiu ao Céu, e está sentado à mão direita de Deus, o Pai Todo-poderoso; de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos. (SILVA, 2017, p. 217)
O debate sobre a natureza de Jesus Cristo neste testemunho do cristianismo primitivo concentra-se em três sentenças desse artigo: “E em Jesus Cristo, seu Filho Unigênito, nosso Senhor...”, “... concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria...” e “... foi crucificado, morto, e sepultado, e desceu ao Hades; e ressuscitou da morte ao terceiro dia...”. Nestes dois textos é perceptível a unidade entre divindade e humanidade no Salvador; Ele não é apresentado aqui como “Jesus, o Cristo” ou como “O Cristo que se revelou em Jesus” como se isso fosse uma tensão pendular entre dois polos — ora humanidade, ora divindade —, Ele é descrito como “Jesus Cristo”, unigênito e Senhor.
Ele é único e soberano, “Senhor Nosso”. Jesus Cristo é apresentado neste credo como aquele que conviveu entre nós sabendo do fardo que é nossa condição humana; seu conhecimento sobre o que somos é exaustivo e completo, pois estando hoje glorificado, Ele é Deus onisciente e enquanto cumpriu o plano eterno da salvação em sua encarnação vivenciou de fato e realidade.
A segunda sentença talvez seja a mais clara com relação a especificidade da natureza de Jesus Cristo; concebido pelo Espírito, nascido de Maria. A concepção de Jesus pelo Espírito demonstra mais uma vez, de modo indireto, a operação e existência da Trindade e seu nascimento do ventre de Maria, manifestam sua humildade do Rei Eterno em preparar o resgate de nossas vidas.
Sua morte e ressurreição associam-no a nós de modo indiscutível, revelando-o assim Homem-Deus. O escândalo do Cristianismo é a radicalidade da doação da vida eterna na cruz, já a loucura é sua ressurreição primogênita, a qual abriu um caminho de salvação para toda a humanidade. E somente porque Ele é Deus-homem, tudo o que fez tem repercussões espirituais válidas e eternas.
Jesus Cristo nos credos Niceno / Niceno-constantinopolitano
Nestes credos aparecem pela primeira vez as expressões “homooúsios” (grego) e “consubstantiale” (latim), que em língua portuguesa significa “consubstancialidade” o qual aponta para duas doutrinas de muita relevância para a fé cristã: a natureza de Jesus Cristo e a Trindade.
Afirmar que o Filho tem a mesma natureza do Pai implica reconhecer a divindade do mesmo, ora, havendo o testemunho histórico de sua encarnação — e por isso, o atestado óbvio de sua humanidade —, a unidade de essência com o Pai comprova sua divindade.
Permanece sempre no horizonte a necessidade de não duplicar a essência de Jesus Cristo, para que assim não se faça uma multiplicação ou divisão daquilo que é uno eternamente.
Westpal, falando sobre comentários e análises de Lutero acerca destes credos antigos, afirma que:
Em outro escrito, Lutero também aborda a dificuldade com o termo homoousios, porque, segundo ele, o seu sentido foi pervertido pelos hereges de todos os tempos. Em decorrência disso, havia a suspeita de que Lutero fosse adepto do arianismo. Na verdade, do mesmo modo como Lutero, Atanásio tinha dificuldades, no início da polêmica com Ário, com o conceito homoousios. Entretanto, na sua crítica ao homoousios, Lutero reconhece que esse conceito, que o NT não conhece, foi empregado para ressaltar o testemunho da Escritura a respeito do seu centro, que é Cristo. Do mesmo modo, para Atanásio, esse conceito — inicialmente empregado por Ário — era o que melhor expressava o testemunho do NT. Também para Lutero, o uso de uma palavra estranha ao testemunho do NT somente deveria acontecer em casos de necessidade extrema, para que um conceito enfaixasse muitos outros versículos. Precisamos entender que Lutero se opunha à interpretação especulativa do homoousios e, com isso, também à Trindade imanente, ou seja, segundo ele somente é possível entender a realidade trinitária a partir da sua economia, da sua obra salvífica: encarnação e cruz. (WESTPAL, 2003, p. 55)
As críticas de Lutero concentravam-se no uso de termos que não eram do contexto interno do próprio NT. Na verdade, o cuidado do reformador vai na direção de não permitir que as Escrituras tornem-se reféns de argumentos ou categorias alheias a elas mesmas; risco este que se corria em virtude daquilo que Lutero entendia como uma apropriação do ferramental filosófico para explicação de doutrinas bíblico-teológicas.
Pela opção hermenêutica de Lutero, deve-se conduzir toda discussão sobre a natureza de Cristo — e por consequência da própria Trindade — prioritariamente pelos argumentos bíblicos, somente quando for inevitável e feito de modo muito claro, deve-se socorrer-se de termos fora do próprio NT.
Como percebe-se também por esse comentário, a questão da natureza de Cristo e da Trindade são questões conexas e indissociáveis na perspectiva destes dois credos antigos. Mas nem por isso, entretanto, tornam o debate menos complexo ou isento de questionamentos em todo o curso do desenvolvimento do pensamento cristão.
Cristo Jesus no Credo Assembleiano
Com relação ao debate sobre a natureza do Filho, o credo assembleiano — em sua versão sintética mais tradicional — afirma:
No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9); (SILVA, 2017)
Já num texto atualizado e um pouco mais ampliado — e selecionado especificamente no que se refere a natureza do redentor —, diz-nos assim: “verdadeiro homem e verdadeiro Deus: ‘e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém’ (Rm 9.5).” (SILVA, 2017, p.48)
Não fica qualquer tipo de dúvida que a questão da natureza de Jesus Cristo é ponto indiscutível. Sua condição divino-humana/humano-divina demonstram-se de modo muito evidente. Especialmente no comentário sobre o Credo — um texto mais pormenorizado e comprometido em deixar claro a posição oficial da Igreja — a natureza do Redentor é apresentada em sua complexidade e unidade. Não há qualquer dúvida quanto ao caráter natural e indissociável da divindade e humanidade do Mestre.
CONCLUSÃO
A revelação daquilo que é a natureza do Filho através das narrativas bíblicas é suficiente para todos aqueles que creem em Jesus. De fato, esta não é sequer uma questão que se polemiza nas páginas da Bíblia Sagrada, uma vez que ela é simplesmente apresentada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HORSLEY, Richard A. O reino de Deus e a nova desordem mundial. São Paulo: Paulus, 2004.
MENEZES, M. L. Democracia de Assembleia e Democracia de Parlamentouma breve história das instituições democráticas. Sociologias (UFRGS. Impresso), v. 23, p. 20-45, 2010.
SILVA, Esequias Soares da (Org). Declaração de Fé: Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e breve voltará. Apêndice. Os credos ecumênicos, p. [217]. 3.impr – Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
WESTPHAL, Euler Renato. O significado da fórmula por causa de Cristo: uma abordagem sobre a experiência da justificação a partir da confissão de Augsburgo IV. Estudos Teológicos, São Leopoldo, v. 43, n.1, p. 50-63, 200.
                                                                             
*Adquira o livro do trimestre. Jesus Cristo: Filho do Homem: Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1  HORSLEY, Richard A. O reino de Deus e a nova desordem mundial. São Paulo: Paulus, 2004. p. 29.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - Os Amigos que fizeram um Pedido Arriscado - Juniores.

Lição 2 - Os Amigos que fizeram um Pedido Arriscado 

1º Trimestre de 2020
Texto Bíblico – Marcos 1.19,20; 10.32-45.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos conhecerão personagens importantes que foram escolhidos para andar lado a lado com Jesus. Durante o período de seu ministério terreno, Jesus chamou pessoas específicas para aprenderem com Ele as verdades de Deus para salvação dos homens. A este grupo seleto, nosso Senhor chamou de discípulos.
Apesar da convivência diária com o Mestre, os discípulos levaram um tempo para amadurecer e compreender como funciona o Reino de Deus. Tiago e João eram meros pescadores quando foram chamados para o grande empreendimento de pregar o evangelho às nações. Mas o Senhor conhecia o coração deles e sabia que eles possuíam qualidades importantes que seriam aproveitadas para a glória de Deus. 
Certa vez, eles foram até Jesus e fizeram um pedido muito audacioso: pediram ao Mestre que, em sua glória, permitisse que eles se assentassem ao seu lado, um à sua direita e outro à sua esquerda. Quando os outros discípulos souberam da ousadia de Tiago e João, ficaram indignados. Afinal de contas, quem eles pensavam que eram para pedirem tamanha honra ao Senhor? Jesus, conhecendo a imaturidade do pedido, explicou cuidadosamente como funciona a dinâmica do Reino Celestial.
Em primeiro lugar, Jesus mostrou aos discípulos que pertencer àquele grupo seleto era um privilégio, mas também uma grande responsabilidade que traria a eles o mesmo destino que o Mestre sofreria pelas mãos dos homens. A princípio, a resposta dos discípulos era firme: — Sim! Podemos arcar com as consequências! O que, na verdade, não foi ignorado por Jesus, pois posteriormente foi justamente isso que aconteceu com os discípulos.
Em segundo lugar, Jesus mostrou-lhes que assumir aquela posição de honra não era uma decisão específica dEle, mas exclusiva do Pai que realiza todas as coisas. Com essa afirmativa, Jesus ensinou aos discípulos umas das maiores verdades contidas no evangelho: “Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles e mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de todos” (Mc 10.42,43). É natural que o ser humano prefira ser servido a servir, mas a verdade ensinada por Jesus não deixa dúvidas de que todos quantos querem fazer parte do Reino Celestial devem submeter suas vidas a promover o bem estar e prestígio do próximo. Esta é uma verdade que dificilmente é ensinada, porém revela a verdadeira natureza do Reino de Deus.
Em seguida, o Mestre deixa claro que Ele mesmo não veio para ser servido, mas para servir e entregar a própria vida em resgate de muitos (cf. Mc 10.45). Viver um estilo de vida que demonstre serviço não é algo bem visto na sociedade dos dias atuais, haja vista que tanto no seio familiar quanto nos outros espaços de relacionamento o que prevalece é o egoísmo e o bem estar próprio. Mas o evangelho de Jesus Cristo veio para plantar em nós e por intermédio de nós um estilo de vida que agrade a Deus e trabalhe pela salvação das pessoas. 
Aproveite o assunto e ensine essas verdades para os seus alunos. Distribua uma folha de papel A4 e lápis para a classe. Peça que escrevam na folha tudo o que desejam para suas vidas no ano que se inicia. Explique que não é preciso assinar a folha. Em seguida, peça que dobrem a folha em formato de carta e entregue para você. Misture as cartas e peça para cada aluno por vez tirar uma carta para si. Caso tire a própria carta o aluno deverá devolver e escolher outra até que todos tenham em mãos cartas diferentes. Os alunos deverão ler a carta para si mesmo e guardar. Ao final, diga que tudo de bom que desejamos para nossas vidas, assim também devemos desejar para as pessoas a nossa volta.

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - Jesus, o Único Meio de Salvação - Pré Adolescentes.

Lição 2 - Jesus, o Único Meio de Salvação 

1º Trimestre de 2020
A lição de hoje encontra-se em: João 3.1-12.
Caro(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão que Cristo é o único meio pelo qual podemos adentrar na vida eterna. Embora seja um assunto tratado com frequência na igreja, inclusive na Escola Dominical, pode acontecer de seus alunos ainda terem algumas dúvidas que podem ser sanadas na aula de hoje. Para tanto, organize a aula de modo que sobre tempo para os alunos perguntarem a respeito do assunto.
O texto da lição de hoje apresenta o episódio em que Nicodemos vai ao encontro de Jesus na calada da noite em busca de respostas. Nicodemos, certamente, ficou intrigado com o fato de alguém como Jesus, que veio das regiões mais humildes da Galileia, ter tamanha autoridade para ensinar as Escrituras Sagradas e realizar tantos milagres. Tais virtudes não se manteriam tão vivas e constantes no cotidiano dos judeus se de fato não emanassem da parte de Deus.
A dúvida de Nicodemos foi sanada quando ele teve um encontro com Jesus. Uma das verdades mais cruciais que o Mestre ensinou foi a respeito do Novo Nascimento. Nicodemos pôde entender que para estar em comunhão com Deus não bastava apenas pertencer à nação de Israel, ter um nome judeu ou mesmo trazer em seu corpo a marca da circuncisão. Embora fossem práticas importantes, era necessário experimentar uma mudança interior diferente.
Ao conhecer a Deus o ser humano precisa experimentar de uma mudança que vai desde o modo de pensar até os desejos mais íntimos do coração, tendo como resultado a decisão de viver um estilo de vida diferente daquele que um dia conheceu por conta do ciclo natural da vida. Por esse motivo, Jesus Cristo atravessou todo o processo de humanidade, convivência e sentimentos humanos a fim de ser tentado em todas as coisas, mas sem pecado. Com isso, nosso Senhor experimentou uma vida difícil, mas perseverou em cumprir a vontade do Pai até o fim, tendo sofrido uma morte terrível na cruz do Calvário. Esse foi o preço pago pela nossa salvação. Para nós, ela é de graça, mas para Cristo custou o seu próprio sangue.
Há somente uma explicação clara para compreendermos o que levou a Cristo suportar tamanho castigo e se tornar a causa da nossa salvação: o amor de Deus pela humanidade. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1575) define alguns pontos a respeito do amor de Deus:
João 3.16 revela o coração e o propósito de Deus para com a humanidade.
(1) O amor de Deus é suficientemente imenso para abranger todos os homens, isto é, ‘o mundo’ (cf. 1 Tm 2.4).
(2) Deus ‘deu’ seu Filho como oferenda na cruz por nossos pecados. A expiação procede do coração amoroso de Deus. Não foi algo que Ele foi obrigado a fazer (1 Jo 4.10; Rm 8.32).
(3) Crer (gr. pisteuo) inclui três elementos principais: a. plena convicção de que Cristo é o Filho de Deus e o único Salvador do perdido pecador; b. comunhão com Cristo pela nossa autossubmissão, dedicação e obediência a Ele (cf. 15.1-10; ver 14.21 nota; Jo 15.4 nota); c. plena confiança em Cristo de que Ele é capaz e também quer conduzir o crente à Salvação final e à comunhão com Deus no céu.
(4) ‘Perecer’ é a quase sempre esquecida palavra em 3.16. Ela não se refere à morte física, mas à pavorosa realidade do castigo eterno no inferno (Mt 10.28 nota).
(5) ‘Vida eterna’ é a dádiva que Deus outorga ao homem quando este nasce de novo. ‘Eterna’ expressa não somente a perpetuidade da nova vida, mas também a qualidade desta vida, como a de Deus; uma vida que liberta o homem do poder do pecado e de Satanás, e que o afasta daquilo que é puramente terreno para que ele conheça a Deus (cf. 8.34-36).
O amor de Deus muitas vezes é incompreendido pelos homens e em outros momentos rejeitado. Mas isso não altera a importância da sua graça, pois a todos quantos receberem este amor, o Senhor lhes concede a oportunidade de se tornarem filhos de Deus por adoção (Jo 1.12; Rm 8.14,15). É um privilégio fazer parte da família de Deus e compartilhar da mesma comunhão com o Senhor.
Complementando estas informações, realize com os alunos um momento de “perguntas e respostas”. Pergunte se eles compreenderam o que significa “nascer de novo”. Compartilhe com eles da sua experiência como foi a sua conversão e como experimentou do “novo nascimento”. 

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - Uma Pessoa Especial - Adolescentes.

Lição 2 - Uma Pessoa Especial 

1º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – UMA MULHER PECADORA
2 – JESUS, UM PROFETA DIFERENTE
3 – QUE HOMEM É ESSE QUE ATÉ PERDOA PECADOS?
OBJETIVOS
Mostrar que Deus não julga como as pessoas;
Explicar que Jesus conhece o coração arrependido;
Afirmar que Jesus tem poder de perdoar pecados.
O MINISTÉRIO DE JESUS
Pastor Elinaldo Renovato de Lima
Início do Ministério na Judeia
Da Galileia, Jesus deslocou-se para a Judeia e, depois, foi a Jerusalém. Jesus chegou ali próximo à Páscoa. Chegando ao templo, Ele fez a primeira purificação do santuário, derrubando mesas de cambistas e agindo com zelo santo contra os vendilhões de animais, expulsando-os e repreendendo-os por profanarem a casa de seu Pai (Jo 2.13-22). Nicodemos, um fariseu e líder dos judeus, teve uma entrevista com Jesus quando o Mestre mostrou-lhe que era necessário “nascer de novo”, demonstrando o grande amor de Deus pela humanidade (Jo 3.1-21). Da Judeia, passando por Samaria, Jesus retornou à Galileia (Lc 4.14; Mt 4.12). Em meio ao retorno à Galileia, Jesus passou por Samaria (já fora da Judeia), onde falou com a mulher Samaritana e revelou-se como o Messias (Jo 4.25,26). Na Galileia, foi bem recebido pelos galileus, que tinham visto os sinais que Ele operara na Judeia (Jo 4.43-45).
O Grande Ministério na Galileia
Depois que João Batista fora preso, Jesus deslocou-se para a Galileia: “[...] pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.14,15; Mt 4.12,17). Esteve em Caná da Galileia, onde, na primeira vez que lá estivera, transformou água em vinho e curou um filho de um oficial do rei. Era o seu segundo milagre (Jo 4.46-54). Experiências positivas e negativas desafiaram sua natureza humana e fortaleceram-no para cumprir sua missão.
[...] 4) Os primeiros discípulos. Em seguida, caminhando pela orla do mar, Jesus viu os irmãos Pedro e André em pleno trabalho, lançando a rede ao mar, e chamou-os para serem “pescadores de homens”. O efeito daquele chamado foi tão grande que os irmãos deixaram as redes e seguiram-no. Logo após, também à beira-mar, Ele viu mais dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, que consertavam as redes de pescaria, e esses também deixaram tudo e seguiram-no (Mt 4.18-22). Acompanhado de seus quatro primeiros discípulos, Jesus começou sua Obra Missionária de tríplice ação. Em toda a Galileia, Ele ensinava nas sinagogas, pregava o evangelho do Reino e curava “todas as enfermidades e moléstias entre o povo”. Com essa mensagem de poder jamais vista em toda a Palestina, Jesus atraiu multidões que vinham ouvi-lo não só “da Galileia”, mas também “de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém Jordão” (Mt 4.23-25). Depois, Ele completou o número do seu “colégio apostólico”, integrado por doze discípulos, a quem chamou e deu-lhes todas as instruções sobre sua grande missão (Mt 10.1; Lc 6.13; 9.1). A escolha dos discípulos não foi feita de forma aleatória. Jesus “passou a noite em oração a Deus” (Lc 6.12-16). Hoje, muitas vezes, são escolhidos obreiros por motivos humanos, preferências pessoais, amizades, sem a busca da direção de Deus. São evidentes os prejuízos à Obra do Senhor quando não são observados os critérios para a escolha de obreiros.  
(Texto extraído da obra “O Caráter do Cristão: Moldado pela Palavra de Deu se provado como ouro”, CPAD, 2017.)

Lição 02 - 1º Trimestre 2020 - A Criação de Eva, a Primeira Mulher - Adultos.

Lição 2 - A Criação de Eva, a Primeira Mulher 

1ºTrimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – A MULHER NO PLANO DE DEUS 
II – A CRIAÇÃO DA MULHER
III – A MISSÃO DA MULHER 
EVA, A MÃE DE TODOS OS VIVENTES
Claudionor de Andrade
Não foram muitos os teólogos que souberam avaliar o papel de Eva na História Sagrada. Vemo-la, às vezes, como aquela mulher que, descuidada e curiosa, deixou-se vencer pela velha e matreira serpente. Todavia, a primeira mulher haveria de revelar-se, depois da Queda, como uma sábia e arguta teóloga; ela não teria dificuldades para entender os planos de Deus. Neste tópico, portanto, consideraremos a sua criação, a sua transgressão e sua queda e, por último, o seu trabalho como auxiliar de Deus. 
1. A criação de Eva, a primeira mulher. Conforme vimos no capítulo anterior, Deus suscitou a primeira mulher dos costados do primeiro homem. Daquela costela, na qual se achavam as mais perfeitas células-tronco, o Pai Celeste criou Eva, um ser bem semelhante a Adão; uma ajudadora idônea, sábia e graciosa. Um milagre que ia além da genética; uma perfeição espiritual, psicológica e física.
Cabe, aqui, uma indagação: “Por que teve o Senhor de extrair a mulher do homem? Não lhe seria mais fácil e prático moldá-la a partir do mesmo pó com que Ele, sábio Criador, plasmara Adão, o primeiro ser humano?”. Ora, a resposta não exige muito exercício intelectual. Justamente por ser um Deus não apenas sapientíssimo, mas a própria sabedoria, foi que tirou a primeira varoa do flanco do primeiro varão.
Suponhamos que Eva fosse, à semelhança de Adão, tomada do pó da Terra, e não da costela deste. Nessa hipótese, ainda teríamos dois seres humanos. A humanidade, porém, seria impossível, porque não haveria um tronco genético comum. Além do mais, olhar-se-iam ambos como estranhos, e não como pertencentes à mesma espécie.
Entretanto, como Eva foi tomada de Adão, fizeram-se uma só carne, tornando possível o casamento, a sociedade, o Estado e a própria espécie humana. A doutrina do monogenismo genético é uma das mais importantes da Bíblia Sagrada, porquanto leva-nos a ver toda a raça humana como una e complementar, e não como um quebra-cabeça irremontável e absurdo. No Areópago, em Atenas, o apóstolo Paulo deixou esta proposição bastante clara aos filósofos epicureus e estoicos:
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. (At 17.24-28)
Concluindo, Deus, ao suscitar a mulher do homem, tornou possível a espécie humana. Temos, no Gênesis, pois, não uma parábola mitológica, mas uma narrativa coerente, histórica e, em termos científicos, plenamente aceitável.   
2. O abandono de Eva e a sua transgressão. Se não lermos o capítulo três de Gênesis com atenção e discernimento, seremos induzidos a imaginar uma Eva simplória, tola e facilmente ludibriável. Mas essa imagem não corresponde à personalidade de nossa protogenitora. Nos poucos versículos que a descrevem, deparamo-nos com uma mulher sábia, educadíssima e com uma capacidade verbal impressionante. Neste ponto de nossa exposição, aparecerá alguém com uma pergunta que, embora pareça sábia, não revela sabedoria alguma: “Se a nossa primeira mãe possuía todos esses atributos, e outros que não foram declinados, como pôde deixar-se enganar pela serpente?”.
Não nos esqueçamos de que Eva não foi atraída a discutir com um ser irracional, asqueroso e rastejante como a serpente. Conquanto falasse com o réptil, na verdade, estava ela a dialogar com Satanás, que, ao encantar aquele animal e abrir-lhe a boca, fê-lo verbalizante e palrador. Antes que você me encaminhe outra pergunta, anteciparei a minha resposta: Sim, eu acredito piamente que a serpente falou, porque, nessa passagem, não há parábola ou apólogo, mas uma narrativa real, verídica e histórica. Se não aceitarmos a veracidade desse relato, teremos de ver como mentira o episódio no qual a jumenta de Balaão falou, repreendendo finamente o profeta grosseiro e louco (Nm 22.21-30).
Tenhamos em mente, pois, de que Eva foi enredada pelo mais arguto dos teólogos: o próprio Satanás que, ao longo da História Sagrada, ganharia outros nomes, apelidos, apodos e alcunhas. Ali, porém, em nada parecia com o Diabo que haveria de tentar Jesus, nem com o Dragão que sairá a seduzir as nações no Apocalipse. Sim, ali, querido leitor, estava um arguto e finório teólogo, com uma experiência de séculos e milênios, a tentar uma solitária mulher que, emocionalmente, ainda não acabara de sair de sua adolescência emocional. 
Ao escrever a Timóteo, o apóstolo Paulo esclarece-nos de que Eva foi, de fato, enganada e iludida pela teologia serpenteante de Satanás (1 Tm 2.14). Isso significa que a mulher não se rebelou conscientemente contra Deus, nem caiu na apostasia. Não estou inocentando-a; atenho-me tão somente ao texto bíblico. O próprio doutor dos gentios reconheceu a capacidade teológica de Satanás: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2 Co 11.3, ARA).
Querido leitor, antes que você me encarreire outra pergunta, antecipar-lhe-ei mais uma resposta. Eu, particularmente, não considero Satanás um verdadeiro teólogo. Se ele é o pai da mentira, como pode ser verdadeiro? E se não é verdadeiro, como pode ser teólogo? Afinal, a matéria-prima do teólogo genuinamente bíblico é a verdade — Jesus Cristo Nosso Senhor. 
Houve uma época, porém, em que o Diabo, conhecido então como o querubim ungido, era um celebrado teólogo nos céus; era perfeito em seus conhecimentos divinos. Mas, desde o dia em que se deixou levar pela soberba, passou de teólogo a um perigoso e letal operador da teologia. É bem possível que você já tenha se deparado com gente dessa espécie; alegam conhecer a Deus, mas nunca tiveram um encontro pessoal e experimental com o Senhor.
Infelizmente, Eva deixou-se engodar pela cantilena gnóstica: a busca de um conhecimento além do conhecimento divino. No Apocalipse, tal saber é classificado como as profundezas de Satanás (Ap 2.24). Tendo Eva já comido do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, oferece-o ao marido que, sem relutar e bem consciente do que fazia, também o come. E, comendo-o, transgride e peca contra o Senhor.
Naquele exato instante, abrem-se-lhes os olhos; o homem e a mulher assustam-se com a própria nudez; vergonha e culpa. Vê-se, pois, que o pecado adentrou o mundo por meio de Adão, e não de Eva. É o que o apóstolo Paulo escreve aos romanos: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12, ARA). Pobre Eva, como encararia, agora, o juízo divino?       
3. Eva, a auxiliar de Deus. Calada e indefesa, Eva ouve a acusação do esposo. Alega este que, se não fosse ela, estaria tudo bem; jamais haveria ele de comer ou sequer provar daquele fruto. Aliás, nem para a frondosa árvore, olharia. O que a mulher poderia apresentar em sua defesa? Limita-se a falar a verdade; não encobre qualquer fato: “A serpente me enganou, e eu comi” (Gn 3.13). 
Naquele julgamento, o depoimento de Eva foi o mais sincero e verdadeiro. Sim, a serpente, encantada por Satanás, iludiu-a com uma dialética irresistível; teologia e filosofia fundiram-se malignamente na boca do réptil. Entre as meias verdades e as meias mentiras do Inimigo que, a essas alturas, já era também Diabo, ela quebranta o mandamento divino.
Daquele momento em diante, além dos prejuízos espirituais, morais e emocionais, nossa primeira mãe teria de arcar, igualmente, com incômodos e dores em suas gravidezes e partos. E, finalmente, haveria de enfrentar um momento terminal: a morte física. Qual, pois, a sua perspectiva? 
Encerrado o juízo no Éden, ela e o esposo são despejados do jardim. O autor sagrado, para sublimar a elegância e o cavalheirismo de Deus, sutilmente observa: “O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado” (Gn 3.23, ARA). Naquele momento, o Supremo Juiz, levando em conta a fragilidade da mulher, tratou-a como um vaso mais fraco, prestes a quebrar-se.
Por essa razão, bane-a indiretamente do paraíso, por intermédio de seu esposo, que, de fato, era o grande responsável pela introdução do pecado no mundo, conforme acentua o doutor dos gentios (Rm 5.12). Por essa razão, Pedro aconselha os maridos a cuidarem da esposa com brandura e lhaneza: 
Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. (1 Pe 1.7, ARA)
As palavras do apóstolo devem ser devidamente consideradas, porque ele, sendo casado, estava muito bem afeiçoado às lides conjugais.
Ao dialogar com a mulher, através da serpente, visava Satanás não apenas levá-la ao pecado, mas aliançar-se espiritualmente com ela, objetivando três coisas: privar o homem de uma companhia idônea e sábia; frustrar os planos de Deus quanto à humanidade; e, finalmente, extinguir a espécie humana ainda em seu nascedouro. Tais itens, aliás, constituem o fundamento do movimento feminista.
Já imaginou se todas as mulheres fossem inimigas do esposo? Este ficaria privado tanto da companhia feminina quanto de uma descendência, a fim de perpetuar-lhe o nome. Isso fatalmente haveria de acontecer, porquanto ela, ao dar ouvidos à voz do Maligno, rejeitaria ambas as missões para as quais fora criada: a conjugal e a maternal. Consequentemente, a espécie humana não demoraria a ser extinta, pois a mulher, como a nossa matriz genética por excelência, também acabaria por desaparecer. E, dessa forma, os planos de Deus, com respeito à criação da Terra, e também dos Céus, ver-se-iam frustrados.
Ao entabular aquela conversação com Eva, por meio de uma dialética irresistível, Satanás tinha em mente esvaziá-la de toda a sua feminilidade, para entulhá-la de um feminismo perverso e destruidor. Aliás, que feminismo não é destruidor e perverso? Esse objetivo do Maligno, presente em todas as agendas globalistas e esquerdistas, será amplamente implementada pelo Anticristo que, declaradamente, é um cruel inimigo do sexo feminino, conforme antecipa-nos o profeta Daniel: “Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá” (Dn 11.37).
Para destruir as bases da aliança entre a serpente e a mulher, a essas alturas já bem sedimentadas, o Senhor decreta a inimizade entre ambas. Volta-se, então, ao réptil asqueroso, e declara ao Maligno: 
Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gn 3.14,15, ARA)
Quebrada a fatídica aliança, torna-se Eva auxiliar do Criador. Já fora do Éden, coabita com Adão, concebe e dá à luz o seu primogênito. E, ao embalá-lo carinhosamente, faz-se teóloga, e glorifica a Deus: “Adquiri um varão com o auxílio do Senhor” (Gn 4.1, ARA). Mais adiante, após haver perdido Abel, seu filho caçula, sua teologia chega ao ápice. Conquanto tomada pela dor, enaltece a Deus pela chegada de Sete: “Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou” (Gn 4.25, ARA).Em sua missão de mãe e esposa, Eva alcança, pela fé nos méritos retroativos de Jesus, a salvação de sua alma. Cumpre-se plenamente, em sua vida, o que Paulo escreveria a Timóteo: 
E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso. (1 Tm 2.14, ARA)    
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Lição 01 - 1º Trimestre 2020 - Um Anjo Visita Maria - Primários.

Lição 1 - Um Anjo Visita Maria 

1º Trimestre de 2020
OBJETIVO: Que o aluno compreenda como se deu o anúncio do nascimento de Jesus e que para Deus nada é impossível.
PONTO CENTRAL: Deus faz tudo no tempo e modo certo, para Ele não há impossíveis.
MEMÓRIA EM AÇÃO: “Porque para Deus nada é impossível” (Lc 1.37).
Querido (a) professor (a), nesta nova revista teremos a oportunidade de ensinar nossos primários sobre a vida de Jesus Cristo, do seu nascimento à ressurreição. Nada mais oportuno nesta época de início de ano, em que seus alunos acabaram de comemorar o Natal, estudar um pouco mais sobre o anúncio da vinda e nascimento do nosso Salvador. Aproveite o tema para bater um papo com eles sobre como foi esta festividade em suas famílias, enfatizando o real significado desta data tão especial.
A nossa próxima aula será com base na narrativa de Lucas 1.26-38, quando o anjo Gabriel anunciou à Maria que ela daria a luz ao Filho de Deus. Sem dúvida o anúncio mais marcante da história da humanidade, nosso libertador estava a caminho. 
Que tal fazermos um megafone para que as crianças anunciem essa verdade maravilhosa, assim como Gabriel fez há mais de dois mil anos?! Além de promover o aprimoramento das funções motoras ao confeccionar o objeto, ainda trabalhará a criatividade e fixação da história.
Você vai precisar de folhas de papel cartão (ou rolos de papel higiênico ou papel toalha; neste caso seria bom pintá-los com guache ou cobri-los com outro papel colorido); fita adesiva ou cola quente (você que irá manusear) e o que mais dispuser para as crianças darem seu toque pessoal na decoração. Basta enrolar o papel cartão no formato de cone, prendendo com a fita adesiva e fixar a alça (rolo de papel) com cola quente. Veja os exemplos nas imagens abaixo e adapte como desejar.
 megafone
Explique que este é um objeto de ampliação de voz, para dar um maior alcance a uma mensagem importante. E qual mensagem seria mais importante do que esta, que o Salvador do mundo estava a caminho!? 
Após a aplicação das atividades propostas em sua revista, deixe que as crianças confeccionem o megafone e brinquem um pouco com ele, repitam o que Gabriel disse a Maria e o utilizem também para anunciar o versículo do nosso “Memória em Ação": “Porque para Deus nada é impossível” (Lucas 1.37).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula! 

Lição 01 - 1º Trimestre 2020 - Quem são os Profetas Menores e qual é sua Mensagem? - Juvenis.

Lição 1 - Quem são os Profetas Menores e qual é sua Mensagem? 

1º Trimestre de 2020
“Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” (1 Co 14.3)
OBJETIVOS
Apresentar
 o perfil dos profetas menores;
Demonstrar a importância do ofício profético no Antigo Testamento;
Contextualizar o propósito das profecias.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. QUEM ERAM OS PROFETAS MENORES?
3. O PROPÓSITO E A MENSAGEM DOS PROFETAS MENORES
Querido (a) professor (a), está preparado para a primeira aula do ano?! Aproveite que seus alunos estão de férias para elaborar mais atividades dinâmicas extraclasse, fortalecendo a comunhão entre eles, bem como o laço professor-aluno. Tais estratégias afetam de maneira surpreendentemente positiva o ambiente em sala de aula, melhorando de forma significativa o processo de ensino-apredizagem.
Em nossa próxima aula, vamos dar início ao estudo dos Profetas Menores e sua mensagem. O termo por ser acompanhado da palavra “menores” pode dar a falsa impressão de que se trata de uma coleção literária de importância secundária do Antigo Testamento, quando na verdade é de extrema importância na história do povo de Deus, tanto de ontem como também de agora, nos trazendo inúmeras lições ricas de coragem, fé, obediência, santificação, genuína espiritualidade, etc.
Desde a Antiguidade os judeus chamam esses livros de “Os Doze”, nomenclatura rabínica que parece mais apropriada, já que assim como os demais profetas bíblicos, estes receberam de Deus a mesma inspiração e autoridade. 
“Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (Os 6.3a). Sempre que tratamos dos livros proféticos do Antigo Testamento, o grande desafio, além de expor seu conteúdo teológico e doutrinário, é também o de demonstrar sua mensagem de ordem prática para vida da igreja atual – objetivo atingido na obra da CPAD que trata dos Doze Profetas Menores. Para adquiri-la clique aqui.
Nela há diversas informações e curiosidades interessantes sobre cada profeta, a estrutura de seu livro e a sua mensagem, e contextualização para nossos dias das questões sociais, políticas, familiares e espirituais que levaram esses servos do Senhor a alçar suas vozes contra o pecado que se fazia presente entre o povo escolhido é uma qualidade que reveste essa obra de importância.
Esses homens de Deus eram, sobretudo, pregadores morais e éticos, vigias, sentinelas levantados por Jeová para despertar e exortar suas respectivas gerações. 
Durante as dominações assíria, babilônica e persa, Deus levantou esses homens para ora conclamar o povo de Israel ao arrependimento, ora reanimá-los; e, em suas exortações proféticas, eles denunciaram e combateram contundentemente a corrupção, o abuso de autoridade, a injustiça social, a idolatria e o arrefecimento espiritual e a frouxidão moral do povo, o que atesta a atualidade premente dessas exortações para os nossos dias — ou melhor, para todas as épocas. 
No atual momento histórico da igreja evangélica brasileira, com a comprovação do seu crescimento numérico de forma surpreendente na última década, em especial a ala pentecostal, e mais especialmente a Assembleia de Deus, o estudo da mensagem dos Doze Profetas Menores é importantíssimo para que possamos avaliar nossa ação e testemunho como Igreja pela ótica divina por eles expressa.
O clamor dos profetas do Antigo Testamento é atualíssimo, pois estamos hoje diante dos mesmos desafios: manter íntegra nossa aliança com o Senhor, resistindo a todos os ataques do inimigo, e demonstrarmos com o nosso viver santo a realidade da mensagem de salvação.
Indico a leitura dessa obra, tão oportuna, e que certamente servira para despertar em todos os seus leitores um maior interesse não apenas em conhecer a mensagem dos Profetas Menores, mas de principalmente viver os valores espirituais, éticos e morais de origem divina por eles expressos. (Prefácio do livro sugerido, escrito pelo pastor Esequias Soares, líder da AD em Jundiaí – SP e da Comissão de Apologética da CGADB, escritor, membro da Casa de Letras Emílio Conde e comentarista da revista Lições Bíblicas da CPAD).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD