quarta-feira, 11 de março de 2020

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - Ageu – o povo da Aliança tem uma responsabilidade com Deus - Juvenis.

Lição 11 - Ageu – o povo da Aliança tem uma responsabilidade com Deus 

1º Trimestre de 2020
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15.58).
OBJETIVOS
Destacar o Reino de Deus como a prioridade de nossa vida;
Estimular aos alunos a ficarem firmes e constantes na obra do Senhor;
Encorajar os desanimados a prosseguirem no propósito de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE AGEU 
Além de todo o conteúdo programático presente em sua revista, deixamos abaixo mais um auxílio, acerca da importância de sermos abundantes, buscando nos aprimorar mais e mais na obra do Senhor, nas sábias palavras do saudoso mestre e pastor Antônio Gilberto.
Ministério dinâmico
Antes de tudo, é importante destacar que a Bíblia afirma a necessidade de o obreiro dinamizar o seu ministério. Paulo, por exemplo, em Filipenses 3.13,14, escreve: “E avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo”. E em Romanos 11.13, ele diz: “...enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério”. Ou seja, o obreiro deve avançar no seu ministério e procurar "glorificá-lo".
Em 1 Coríntios 12.31, Paulo disse: “...e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”. Aqui, depois de falar sobre os dons espirituais, ele estava apresentado o amor como "um caminho ainda mais excelente". Mas, o que quero destacar nessa passagem é que o apóstolo estimula seus leitores a buscarem "um caminho ainda mais excelente". 
Em Jeremias 3.15, o profeta fala de "pastores (...) que vos apascentem com ciência e com inteligência". E 1 Crônicas 19.10 diz: “...fez escolha dentre os mais escolhidos de Israel”. Portanto, Deus deseja que seus servos sirvam com ciência, inteligência e sejam selecionados entre os melhores (a fim de serem exemplos para os demais escolhidos).
Mas, como o obreiro do Senhor pode melhorar o seu desempenho?
Ele deve melhorar a si mesmo como pessoa; melhorar o seu preparo; melhorar o seu desempenho, como exemplo para os demais (1Pe 5.3). Vamos, refletir em atitudes simples que o ajudarão nesse sentido.
1) O Obreiro deve ler muito 
Todo obreiro deve ler muito. Ler sempre, e acima de tudo, a Bíblia. Mas também ler livros comuns, dicionários, comentários, manuais, atlas, gramáticas, devocionais, jornais, revistas, etc. Paulo disse a Timóteo: "Persiste em ler" (1Tm 4.13).
O primeiro livro do Novo Testamento inicia com a palavra “livro” (Mt 1.1). E em 2 Timóteo 4.13, Paulo no final de seu ministério, no seu último livro, nos momentos finais de sua vida, falou sobre a importância da leitura para ele: "Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos".
2) O Obreiro deve cursar formalmente, e continuar seus estudos como um bom autodidata. 
Fazer cursos bíblicos e também cursos seculares. Em Êxodo 5.1, observamos Moisés comparecendo perante Faraó, rei do Egito, o país mais desenvolvido daquela época, e ele era um homem preparado (At 7.22).
Em Atos 17.15, vemos Paulo em Atenas, o maior centro cultural daquela época. Paulo era um homem preparado.
Apolo, em Atos 18.24,25, é descrito como “eloquente, poderoso nas Escrituras, e ensinava”.
3) O Obreiro deve fazer sempre sua autocrítica –
É possível fazer isso de várias maneiras (seja através do próprio confronto com as Sagradas Escrituras no momento de sua leitura devocional, ou orando, dando ouvidos às pessoas que lhes são mais próximas e confiáveis, acerca de suas queixas a respeito de seu temperamento e conduta, etc. O imprescindível é que tal autoanálise seja sempre feita, a fim de que o orgulho e a vaidade não lhes ceguem e cauterizem o seu coração, até que se torne uma pessoa como a que Jesus confrontou: 
[...] por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?  Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”, Mt 7.3-5).  
4) O Obreiro deve conviver próximo a pessoas espirituais e cultas 
Aprendemos muito com as pessoas que escolhemos conviver, pessoas espirituais e cultas em cultura bíblica, e também secular; cultura polivalente. Geralmente, tais pessoas são simples na sua maneira de ser. O obreiro também deve frequentar ambientes culturalmente elevados. 
Em Colossenses 4.7-18, podemos observar aqui os obreiros auxiliares que cooperavam, acompanhavam e assistiam o apóstolo Paulo nos seus trabalhos e nas suas viagens: Tíquico, vv 7,8; Onésimo, v.9; Aristarco, v.10; Marcos, o sobrinho de Barnabé, v.10; Jesus, chamado Justo, v.11; Epafras, v.12; Lucas, o médico amado, v.14; Ninfa, v.13 (no original, o nome Ninfa está no caso acusativo de declinação gramatical (Nymphan); daí não se saber se trata de nome masculino (Nymphas) ou o nome feminino (Nympha) (É o mesmo caso de Romanos 16.7, onde lemos “Júnia”. No original, está no caso acusativo: "Ioyniam").
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.     
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - A Cura No Ministério de Jesus Cristo - Jovens.

Lição 11 - A Cura No Ministério de Jesus Cristo 

1º Trimestre de 2020
Introdução
I-A origem e a natureza das enfermidades
II-A cura divina como parte da salvação
III-Jesus cura os enfermos
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar a origem bíblica das doenças;
Demonstrar a possibilidade de relação entre salvação e curas;
Refletir sobre o ministério de cura de Jesus.
Palavras-chave: Jesus Cristo.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria de Telma Bueno:
INTRODUÇÃO
Vivemos em um século onde podemos ver e experimentar o avanço da medicina aliado às novas tecnologias. Na atualidade, os hospitais dos grandes centros urbanos já podem contar com robôs cirurgiões e estes realizam procedimentos de alta complexidade com alta precisão. Contamos também com a chamada inteligência artificial, capaz de armazenar dados do paciente na nuvem, o que permite que os especialistas, de diferentes nações, troquem informações em tempo real, ajudando no diagnóstico de muitas patologias. Temos visto o tratamento, a cura e a prevenção de doenças graves, como por exemplo, a hanseníase que, nos tempos bíblicos, oprimiam as pessoas e as tiravam do convívio familiar. Contudo, ainda não é possível controlar algumas epidemias, dores e o sofrimento humano diante das enfermidades. As moléstias físicas e emocionais continuam a trazer dor, tristeza e opressão, tanto nos países do chamado G8, oito países mais ricos do mundo, como por exemplo, os Estados Unidos, Alemanha e China, seja entre os  países mais pobres do mundo, como o Níger, no continente africano. 
Neste capítulo, mostraremos que a cura divina, diante do avanço da medicina e tecnologia, continua fazendo parte do plano divino de redenção da humanidade. Porém, diante desse tema, algumas pessoas ainda fazem os seguintes questionamentos: Por que os milagres de cura não são tão recorrentes como nos tempos de Jesus? O que mudou? Acreditamos que Jesus não mudou. Cremos que Ele continua a curar as enfermidades do corpo e da alma e, aqui, veremos a cura divina como uma parte importante do ministério de Jesus Cristo. 
I – A ORIGEM E A NATUREZA DAS ENFERMIDADES
A origem das enfermidades
Antes de criar o homem, Deus preparou um lugar perfeito para que fosse sua habitação. O Senhor não somente criou um lugar perfeito, mas criou também um ser perfeito, saudável e colocou nele a sua imagem e semelhança. Antes da Queda podemos ver o primeiro casal desfrutando de uma vida feliz e harmoniosa, com a natureza, com o Criador e entre si, como cônjuges. Então, o que deu errado? O pecado entrou no mundo. As doenças físicas e emocionais são uma consequência direta da Queda. 
O Criador nos deu o livre-arbítrio, temos o direito de fazer escolhas, mas precisamos ter muito cuidado, pois toda escolha traz consequências, seja na vida espiritual ou física. O primeiro casal quebrou um princípio divino, quando princípios são quebrados adoecemos, seja no corpo, na alma ou no espírito. No caso de Adão e Eva podemos ver que o mundo, até então perfeito, acabou por ruir completamente e agora segundo o autor Ken Ham 1, “o sofrimento e a morte abundavam nessa criação antes perfeita.” Com o pecado veio a morte, o sofrimento e as moléstias. Não fomos criados para morrer e nem para sofrer, mas para viver eternamente e ter uma vida abundante, por isso não sabemos lidar com a morte e muito menos com as doenças (Gn 2.17). Ao criar o primeiro casal, Deus também concedeu a eles uma missão: governar a Terra, cultivar o solo e guardar o jardim do Senhor (Gn 1.26; 2.15). Fica evidente que para cumprir tal missão eles precisavam de saúde física, espiritual e emocional. 
O mundo, depois da Queda, jamais seria o mesmo, isso é um fato. Segundo o teólogo Vernon Purdy “ao entrar em cena o pecado, a humanidade começou a sofrer.” Ao lermos as Escrituras Sagradas fica claro que as enfermidades físicas e mentais são resultado do pecado, das escolhas erradas do primeiro casal. Entretanto Deus é bom e misericordioso; já no Éden Ele havia prometido e providenciado um Redentor que levaria sobre si as nossas dores e maldições. O pecado de Adão e Eva trouxe consequências drásticas sobre a humanidade e a natureza. Entretanto, olhando para o mundo antediluviano, podemos ver que a Terra, apesar de amaldiçoada com cardos e espinhos (Gn 3.18), ainda permaneceu fértil e tal fato é uma dádiva do Criador. Segundo o livro de Gênesis, parece que não havia carência de alimentos e tudo indicava que as pessoas comiam e bebiam à vontade: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24.38). Acreditamos, com isso, que a fartura de alimentos foi um dos elementos que contribuiu para que as gerações até Noé tivessem saúde e longevidade. Na genealogia de Sete vemos que algumas pessoas viveram por quase mil anos, como por exemplo, Metusalém (Gn 5.27). A longevidade destas gerações fez com que a corrupção se alastrasse pelo mundo como uma espécie de erva daninha. Então, Deus puniu o pecado daquelas gerações com o dilúvio. Depois desse episódio, na genealogia dos filhos de Noé (Gn 10), já não encontramos mais o tempo de vida dos seus descendentes.  
Sofrimento físico é resultado da ira divina?
No Antigo Testamento é bem explícito a associação que as pessoas faziam entre o sofrimento físico, o pecado e a ira divina. Tomemos como exemplo o caso de Miriã. Ela ficou leprosa depois de questionar a atitude de Moisés em se casar com uma mulher cuxita, etíope (Nm 12). Também podemos ver o exemplo do rei Uzias que foi acometido de lepra depois de ter cometido um grave pecado (2 Cr 26.16-19). Observe o que nos diz Vernon Purdy 2 a esse respeito:
[...] em Salmos 38.3, “o vínculo entre o pecado e o castigo é expresso mais enfaticamente no paralelismo do verso 4, onde a indignação divina e o pecado humano estão ligados entre si como um diagnóstico espiritual primário de uma doença física. Outro exemplo desse fenômeno acha-se em Salmos 107.17: “Por causa das suas iniquidades são afligidos”. Aqui, “aflição” significa “enfermidade” e demonstra que “esse versículo enfatiza a conexão entre a enfermidade e o pecado.”
No livro de Jó vemos que os seus amigos, Elifaz, Bildade e Zofar, reforçam a ideia de que as enfermidades e o sofrimento são resultados de iniquidades contra Deus e fruto da ira divina. Eles acusam o servo de Deus de ter cometido algum pecado, pois segundo a cosmovisão deles os justos não passam por aflições, mas somente os perversos e transgressores. Os amigos de Jó fizeram de tudo para que ele reconhecesse algum pecado que tivesse cometido.  Sabemos que tal maneira de pensar é equivocada. Infelizmente, na pós-modernidade, com a propagação da enganadora Teologia da Prosperidade, muitos também passaram a pensar como os amigos de Jó. Porém, é importante lembrar que Elifaz, um dos amigos de Jó, foi severamente repreendido pelo Senhor (Jó 42.7). 
Quando Jesus deu início ao seu ministério terreno as pessoas também pensavam dessa forma, acreditando que somente os perversos eram acometidos pelas enfermidades. Jesus tem poder para curar toda e qualquer enfermidade, mas tal poder não nos isenta das adversidades e das doenças. No Novo Testamento as pessoas também associavam as enfermidades a pecados cometidos e à ira de Deus. 
Tomemos como exemplo o capítulo 9 do Evangelho de João.  Jesus estava passando com seus discípulos quando viu um homem cego. Por onde o Mestre caminhava havia sempre uma grande multidão, mas esta não impediu que Jesus olhasse para um pobre cego. Este episódio nos mostra que, em seu ministério terreno, Jesus sempre acolheu os doentes, os pobres e marginalizados.  O Filho de Deus veio para os pobres e os excluídos, para aqueles que eram  desprezados e colocados à margem da sociedade no tempo em que Jesus exercia seu ministério terreno, como os cegos, leprosos e aleijados. Os discípulos de Jesus, ao verem o cego da narrativa, demonstraram outro tipo de preocupação. Eles queriam saber: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Vejamos o que Lawrence Richards tem a nos dizer a esse respeito: 
“Aqui também há algo especial para nós. Os discípulos, depois de verem o homem nascido cego, foram levados a fazer uma interessante pergunta teológica. A crença popular sugeria que a deficiência deste homem era devida ao pecado em sua vida. Mas, como ele nasceu cego, como poderia ter merecido esta punição? Ele foi punido por algum pecado dos seus pais? Ou quem sabe algum pecado que Deus sabia de antemão que o homem iria cometer? O que é importante aqui não é a resposta que Jesus deu — de que a cegueira não era punição por nenhum pecado, mas que servia como oportunidade para glorificar a Deus. O que é importante é o fato de que quando os discípulos viram o sofrimento — sua curiosidade, e não sua compaixão, foi despertada.A luz que Jesus traz, e na qual nós devemos andar, deve mudar radicalmente as nossas prioridades. Resolver enigmas teológicos, e até mesmo estar ‘certos’ em nossas interpretações sobre as Escrituras, deveria ser menos importante para nós do que exibir a compaixão e a preocupação pelos outros, que as ações de Jesus constantemente revelam.”3
Enfermidades do corpo
Em Êxodo 15.26, Deus se revela ao seu povo como “Eu sou o Senhor, que te Sara”. Havia uma promessa para o povo do Senhor, se ele andasse conforme os preceitos do Todo-Poderoso, jamais seria acometido das enfermidades ou pragas que foram lançadas entre os egípcios. Tal fato nos mostra a bondade do Pai e o quanto Ele deseja que o seu povo seja saudável. Entretanto não podemos nos esquecer que o cuidado com a saúde física e mental sempre foi, e sempre será, uma responsabilidade do ser humano. Nosso corpo é templo do Espírito Santo (1 Co 6.20). Então, é nossa responsabilidade cuidar muito bem dele. Deus quer que tenhamos saúde, mas cabe a nós tomar as decisões certas, fazendo escolhas sábias que não prejudiquem nossa saúde física ou emocional. A Palavra de Deus nos garante que um dia nós teremos um corpo glorificado, não mais sujeito aos males deste mundo e às doenças. Mas, enquanto esse dia não chega, devemos fazer a nossa parte. 
Ao ler o livro de Levítico vemos que o Senhor deu aos israelitas uma lista dietética (Lv 11). Qual era o propósito dessa lista? Privar as pessoas de alguns alimentos? A preocupação de Deus era com a saúde do seu povo; Ele preocupa-se com o nosso bem-estar físico e mental (Êx 15.26). 
Deus deu ao povo judeu numerosos mandamentos e seu significado médico só foi apreciado recentemente. Deuteronômio 23.13 ordenava que o soldado carregasse uma pá, de modo que todo excremento humano fosse enterrado. Levítico 13 ordenava o isolamento dos leprosos. Foi sugerido que a insistência da circuncisão levou a uma incidência muito baixa de câncer na cerviz entre as mulheres judias e que as proibições de casamento consanguíneos foram dadas para controlar o número de enfermidades hereditárias.4  
Jesus nasceu na Palestina, em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. Havia tensão política e instabilidade social, tornando a vida das pessoas bem difícil. Mas, em meio às muitas crises, Jesus veio ao mundo restaurando a esperança de um mundo melhor, mais saudável em todos os aspectos. O Mestre viveu, exerceu seu ministério e cumpriu sua missão sacerdotal em uma sociedade em que havia muitos pobres, escravos e enfermos. Por isso, é comum ver nos Evangelhos que onde Jesus estava sempre havia grandes multidões, apertando-o e desesperada por uma cura. Observe o que nos diz Jeremiah Johnston 5 a esse respeito:  
A busca por cura de doenças e alívio de dor nos tempos antigos beirava o desespero, e não é difícil ver o por quê. Ruínas literárias e arqueológicas sugerem que, em uma dada época, cerca de um quarto da população do Império Romano estava doente, ferido ou, de alguma forma, necessitando de assistência médica. Escavações de túmulos, em que três ou quatro gerações de uma família foram sepultadas, frequentemente constatam que somente um terço dos membros de uma família atingem a idade adulta, e muitos dos que, de fato, atingiram a idade adulta não chegavam aos 40 anos. Pouquíssimas pessoas viviam até os 60 ou 70. Também devo mencionar que estou relatando aqui as ossadas dos ricos, não dos pobres. Se somente um terço dos membros de uma família opulenta atingia a idade adulta, devemos supor que a longevidade para os pobres era provavelmente muito menor. 
Jesus sabia que algumas enfermidades do seu tempo eram resultado de problemas ligados às questões sociais e econômicas, contudo Ele também deixou bem claro que algumas enfermidades eram de origem demoníaca (Mt 12.27). Mas para Jesus não importava a origem, a causa, pois Ele curava todos. 
Enfermidades da mente
Segundo o pastor Thiago Brazil “a Bíblia não é um manual de Psicologia, muito menos um livro preocupado em relatar quadros psicopatológicos”. Por isso, não vamos encontrar nos Evangelhos relatos específicos de curas de enfermidades da mente. Mas, em seu ministério terreno, certamente Jesus também curou pessoas que estavam acometidas de doenças mentais e emocionais. Sabemos que as enfermidades, sejam elas físicas ou mentais, são oriundas da Queda. Jesus, apresentado pelo profeta Isaías como o Cristo sofredor (Is 53), veio ao mundo para nos salvar e nos livrar da maldição do pecado. Logo, a cura divina faz parte da obra redentora de Jesus Cristo. Isaías diz que “verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (Is 53.4). Vejamos o que Vernon Purdy 6 tem a nos dizer a esse respeito:
A cura não deve ser considerada uma opção adicional, inteiramente à parte da nossa salvação. As Escrituras desconhecem um conceito de salvação que exclua todos os aspectos de natureza física. Semelhante conceito é um acréscimo filosófico ocidental à fé, e não uma definição bíblica de salvação. Dizer que Isaías 53.5 e 1 Pedro 2.24 falam exclusivamente de cura espiritual ou da salvação da alma, e não de cura física, é estabelecer uma dicotomia estranha entre as dimensões espiritual e física da existência humana, dicotomia esta que as Escrituras não justificam.
A sociedade moderna, em alguns países desenvolvidos, conta com sistemas de saúde eficazes, diferente do tempo em que Jesus desenvolveu seu ministério terreno. Entretanto, estamos vivendo em um século difícil e trabalhoso (2 Tm 3.1), onde temos visto o crescimento das chamadas doenças da alma, como por exemplo, a depressão, a ansiedade patológica, as fobias, o transtorno obsessivo compulsivo, etc. As doenças da alma não são visíveis, como são as fraturas de um braço ou uma perna, decorrentes de uma queda, contudo elas são reais, dolorosas e necessitam de tratamento. Segundo os profissionais de saúde mental, podemos dizer que a dor da alma é pulsante, porém metafórica; não sabemos exatamente onde dói, mas sabemos que vem de dentro para fora. 
Atualmente fazemos parte de uma geração que procura cuidar bem do corpo, tendo uma alimentação saudável e fazendo atividades físicas, o que é muito salutar. Contudo, em relação à alma, podemos dizer que poucos cuidam dela como deveriam. As pessoas se submetem a uma carga excessiva de trabalho, na igreja e na vida secular, passam horas vendo programas televisivos e séries carregadas de violência e não tiram um tempo para descanso da mente e nem para o lazer. Os resultados são os piores, comprometendo toda a saúde. 
Deus projetou nossas mentes para que trabalhem melhor quando seguimos as instruções fornecidas no nosso manual de instruções — a Bíblia. Infelizmente, no mundo de hoje, há tanta informação entrando em nossas mentes que o nosso pensamento fica enevoado e distorcido. Para pensarmos de uma maneira que leve à vida saudável, precisamos ter pensamentos saudáveis. Precisamos pensar corretamente, da mesma maneira como precisamos ingerir os alimentos corretos. Da mesma maneira como um corpo precisa ser limpo de toxinas que o prejudicam e impedem o seu bom funcionamento, a sua mente precisa ser limpa de pensamentos e informações que o impedem de viver da melhor maneira possível.7  
II  - A CURA DIVINA COMO PARTE DA SALVAÇÃO
Naamã e seu mergulho na fé
Encontramos no Antigo Testamento vários episódios de milagres e curas. Naamã, general do exercito da Síria, é apenas um deles. Ele foi curado, salvo de uma doença incurável no seu tempo, a hanseníase. É importante ressaltar que a palavra “salvar” tem um amplo significado, apontando para a obra redentora de Jesus Cristo. A palavra “salvar”, do latim salvare, tem como um dos seus significados libertar, redimir, pôr em um lugar seguro. E foi exatamente o que ocorreu com o general. Os sírios eram um povo idólatra que oprimia os hebreus, e a cura de Naamã foi uma demonstração de que o Deus de Israel é aquEle que salva, que socorre e resgata a todos que o buscam independente da nação a qual pertence. A enfermidade desse honrado homem, e que ocupava uma importante posição no governo do seu país, também nos mostra que os nossos títulos, ministérios, bens materiais, fama e posição social não nos isentam das mazelas da vida humana. 
Todos estão sujeitos às enfermidades; elas são o resultado da Queda. No caso de Naamã a sua cura dependia do cumprimento de uma ação determinada pelo profeta Eliseu. Para ser curado, era preciso mergulhar sete vezes no rio Jordão.  O general se mostra reticente em cumprir tal ordem, pois ele estaria expondo publicamente a sua condição.  Porém sabemos que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Os milagres, os eventos sobrenaturais e as curas faziam parte da vida do povo hebreu, por isso podem ser vistos em todo o Antigo Testamento e cada cura apontava para a obra do Messias descrita em Isaías 53. 
As Escrituras ensinam que [...] eventos sobrenaturais faziam parte da vida do povo hebreu no Antigo Testamento. Ocorriam com alguma regularidade em cada geração de crentes do Antigo Testamento. Quando os fenômenos sobrenaturais deixavam de ocorrer, os escritores da Bíblia consideravam sua ausência como um sinal do juízo divino. Eis como o salmista se expressa: ‘Por que nos rejeitas, ó Deus, para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?’ (v.1). Então, após descrever o julgamento que caía sobre Israel, o salmista lamenta: ‘Já não vemos os nossos símbolos; já não há profeta; nem, entre nós, quem saiba até quando’ (Sl 74.9). Há um lamento similar em Salmos 77.7-10. Agora, porém, o salmista recusa-se a aceitar a ausência dos feitos sobrenaturais do Senhor. Ele, então, refere-se ao Senhor como o ‘Deus que opera maravilhas’ (v.14). Um dos piores julgamentos que poderia vir sobre Jerusalém foi registrado por Isaías: ‘Porque o Senhor derramou sobre vós o espírito de profundo sono, e fechou os vossos  olhos, que são os profetas, e vendeu as vossas cabeças, que são os videntes’ (Is 29.10). Não ter os benefícios do ministério dos profetas e dos videntes era considerado como um juízo desastroso da parte do Senhor. As Escrituras terminam com a introdução do Reino de Cristo. Introdução essa acompanhada de milagres e fenômenos sobrenaturais. O único registro divinamente inspirado que temos da vida eclesiástica é que milagres e orientações sobrenaturais eram relativamente comuns. O Reino de Cristo é apresentado com milagres. Mesmo que tivessem havido apenas dois períodos de milagres no Antigo Testamento, isso não provaria que o Reino de Cristo teria apenas um breve período de milagres. Tudo se transformou com a vinda de Cristo e de seu Reino. Ora, todas as coisas são possíveis àquele que confia. Dons de cura foram dados a toda a Igreja. Os anciãos devem ter um ministério regular de curas (Tg 5.14-16). Se houve um, quatro ou cinco períodos de milagres no Antigo Testamento, isso é irrelevante para se determinar se o Reino de Cristo deve ter milagres como parte normativa da vida eclesiástica. Isso deve ser determinado à base de declarações específicas do Novo Testamento.”8  
Como parte do processo de cura o profeta Eliseu pede que Naamã vá até o rio Jordão e mergulhe sete vezes em suas águas. As águas do rio Jordão não tinham nenhum poder curativo, seria apenas uma questão de fé, de obediência. Qual era o propósito do profeta ao estipular tal ordem? Chamar a atenção para si? Não! A cura do general deveria ser um acontecimento público, pois segundo o Comentário  Bíblico Moody 9 “o banho no Jordão enfatizava o poder de Deus para curar”. Todos deveriam ver e saber que só o Senhor é o Deus que cura! Na atualidade a fé em Jesus Cristo continua sendo uma condição essencial para a operação da cura divina. 
Na narrativa da cura de Naamã, aparece a figura de uma menina, uma escrava que servia à esposa de Naamã. Essa menina certamente foi arrancada de seu lar; levada cativa para uma nação inimiga. Contudo, ela se preocupa com o bem-estar do seu senhor e anuncia que em sua terra, na cidade de Samaria, havia um homem de Deus, um profeta que certamente restauraria a saúde de seu senhor (2 Rs 5.3). A menina estava revelando, à sua senhora, que em Israel havia um Deus que podia curar. Tal testemunho nos mostra que a jovenzinha deve ter ouvido, e até visto, alguns relatos de cura entre o seu povo, o que prova que os milagres eram comuns no Antigo Testamento. A menina escrava manteve a sua fé no Deus de Israel e por seu intermédio foi revelado aos sírios, um povo idólatra, o poder curador do Todo-Poderoso. 
O general sírio não apenas obteve a cura física, mas converteu-se ao Deus vivo (2 Rs 5.15-19). Tal verdade fica evidente em sua declaração: “Eis que tenho conhecido que em toda a terra não há Deus, senão em Israel” (v. 15).
A cura espetacular do general sírio, Naamã, mostrou que o Senhor pode dar vida à carne morta (‘a tua carne te tornará’, 2 Rs 5.10), que ele era gentil para com os estrangeiros e que o profeta não era mercenário como era a maioria dos profetas de Israel. Nenhum outro texto ilustra melhor o fato de que o profeta está livre do controle do povo, do que na recusa de Eliseu receber renumeração do general rico. O servo do profeta serviu de exemplo da tolice de agir mercenariamente com o ministério (2 Rs 5).10 
Salvação e restauração da saúde
No Evangelho de Mateus 9.18-26 encontramos o relato da cura de uma mulher que sofria com uma hemorragia havia doze anos. Jesus estava cercado por uma multidão e se dirigia para a casa de Jairo, pois sua filha estava gravemente enferma e precisava de uma cura. No caminho, Jesus é tocado por uma mulher cuja fé era extraordinária. A confiança da mulher encheu seu coração de ousadia e fez com que ela desconsiderasse a lei, pois tudo que uma mulher, em período menstrual ou com qualquer tipo de fluxo de sangue, tocasse, aquilo seria considerado cerimonialmente imundo. 
A condição da mulher era socialmente terrível, vivia de forma oprimida e era considerada como propriedade do homem; uma mulher jamais ousaria tocar em um mestre publicamente e ainda mais naquelas condições. Alguns historiadores afirmam que talvez essa devesse ter sido a razão de tamanho constrangimento ao ter que dizer, publicamente, que havia tocado em Jesus e sido, imediatamente, curada. A mulher teria que admitir, de forma pública, a sua imundícia, a sua vergonha. Pensa no quão difícil era sua situação? Contudo, tal relato bíblico mostra não somente a cura da enfermidade física da mulher que tinha um fluxo de sangue, mas também a salvação da sua alma, pois segundo o Comentário Bíblico Pentecostal 11 o fato de Jesus dizer à “mulher que ela tivesse ânimo, porque a fé dela a curou, o verbo aqui é sozo, e em outras passagens significa ‘salvar’”. Por que Jesus não permitiu que a cura da mulher passasse em segredo? Observe a nota abaixo:
Jesus não permite que o acontecimento se passe em segredo, ficando a mulher perdida na multidão. É necessário que a mulher apareça, fique em evidência, ascenda de sua humilhação. Exige que dê testemunho público à verdade. Não lhe basta somente a cura da enfermidade. Esta é apenas sinal de algo muito mais importante. A mulher, impedida de ser em sua própria identidade feminina e, além disso, marginalizada pelas leis e os costumes sociais, não pode ser deixada no anonimato. Invadida pelo “temor” face à maravilha que lhe acontecera e trêmula de medo pela consciência de sua condição e do seu lugar social, é chamada a ser maior do que ela mesma e revelar publicamente sua identidade: “Quem me tocou?” E Jesus lhe dirige a palavra, não se envergonha nem foge dela. Ao contrário, comunica-lhe o alvissareiro anúncio da paz messiânica, em termos muito próximos daqueles com que os antigos profetas anunciavam a salvação a Jerusalém (cf. Is 40,1-2; 54,1-6; 52,7-12 [...]). “Ir em paz” é fórmula de despedida, para seguir sob o olhar de Deus (cf. Jz 18,6; 2Sm 15,9; At 16,36), na certeza de que ele concede o que se pede (cf. 1Sm 170. Quem anuncia o Reino traz com a paz a restauração dos corpos e a comunhão (cf. Lc 10,5-11), que se vive mesmo nas aflições impostas pelo “mundo” (cf. 16,33; Jo 14,27). É, por excelência, a saudação do Resuscitado e comunica o Espírito e o levantamento do pecado (cf. Jo 20,19.21.26).12  
Na atualidade temos a tendência de tratar o ser humano como uma “estante, com várias prateleiras, compartimentos”. Porém, Jesus tinha uma visão correta do ser humano, sua visão era holística, sabendo que a enfermidade do corpo afeta a alma e também o espírito e vice versa. Por isso, sua cura não incluía somente o corpo, mas fica evidente que em algumas passagens dos Evangelhos, o milagre do Salvador era completo e apontava para algo ainda maior que a cura, a salvação da alma. 
Essas observações de modo algum deixam de ter interesse para o significado mais geral dos milagres no Novo Testamento que leva a sua expressão, de maneira extremamente diáfana e inequívoca, àquilo que acontece com toda e qualquer pessoa que chega a Jesus. Uma vez que não existe qualquer possibilidade de dividir o ser humano em corpo e alma, a corporeidade do ser humano é, para os Evangelhos, o patamar em que se projeta toda a salvação e o destino da pessoa, ou melhor, a corporeidade é o patamar no qual se desenrola e se torna palpável a salvação. Dessa forma, no milagre, coloca-se em evidência aquilo que ocorreu com o ser humano em seu todo. Por conseguinte, o milagre não é uma exceção à regra, mas traz algo à contemplação. Ele não fica de lado como uma ocorrência miraculosa no deserto, mas é como que o primeiro cume ou cimo numa cadeia de montanhas que vai se destacando ao sair da névoa matutina. No milagre, a pergunta pela tangibilidade da salvação recebe uma resposta exemplar e modelo. Porque o corpo e a alma não são separáveis, também este primeiro cume já merece o nome de salvação. Se alguém é curado dessa maneira, então ele ou ela já encontrou a Deus, e depois disso só pode ser curado de forma total. A salvação é indivisível, e, por essa razão, incorrem em erro intérpretes que querem separar o milagre do elemento propriamente salvífico. Assim, o milagre não é nem secundário nem exterior, mas uma parte orgânica do todo.13 
Como deve um salvo cuidar de sua saúde
O salvo em Jesus Cristo deve cuidar do seu corpo com zelo, pois ele é o templo do Espírito Santo (1 Co 6.20). Deus enviou seu Filho Jesus Cristo ao mundo para curar o nosso espírito, alma e corpo, por isso Ele deseja que tenhamos saúde física, mental e espiritual. Cabe a você tomar as decisões certas e fazer escolhas sábias em relação ao seu bem-estar.  A Bíblia nos garante que um dia nós teremos um corpo glorificado, não estaremos mais sujeitos aos males deste mundo: depressão, ansiedade, bulimia, obesidade, etc. Contudo, enquanto esse dia não chega, devemos fazer a nossa parte.  
Uma pessoa doente, física ou mentalmente, terá mais dificuldades para adorar e servir ao Senhor e cumprir com os propósitos estabelecidos por Ele. Muitas das doenças da atualidade estão relacionadas às questões alimentares, precisamos ter cuidado com aquilo que ingerimos, que colocamos em nossa boca.  Você já reparou que a mídia está a todo tempo dizendo o que devemos comer ou beber, influenciando nossos hábitos?  Observe, com o olhar crítico, quantas propagandas de guloseimas e produtos industrializados são apresentadas por dia na tevê, nas redes sociais, nos meios de comunicação em geral. 
Alguns comerciais de refrigerantes induzem as pessoas a consumirem outros produtos, como pizza e salgadinhos. Os lugares mostrados por essas peças publicitárias são sempre aconchegantes, com pessoas praticando esportes. Você não vê referência ao arroz com feijão, às frutas ou verduras. É muito alimento processado e quase nada natural, orgânico. É preciso vigiar (Mc 13.37)! Temos aplicativos para pedir comida sem sair de casa, com apenas um click, o que muitas vezes nos impede de pensar no que estamos comendo. A propaganda tenta influenciar os hábitos alimentares e muitos jovens não têm noção do que a gordura em excesso e o sódio podem causar ao nosso corpo. Deus está preocupado com o que nós comemos; nada está fora do interesse dEle. O Senhor deu aos israelitas uma lista dietética (Lv 11) e tal fato mostra a preocupação dEle com a saúde do seu povo. O Senhor preocupava-se com o bem-estar físico dos hebreus (Êx 15.26). 
A bulimia é uma síndrome que ataca muitos jovens, principalmente as mulheres. A pessoa que sofre desse mal, cuida do corpo de forma errada, obsessiva. Seguem dietas rigorosas. Mas de repente, exageram e ingerem uma grande quantidade de alimentos para, em seguida colocar tudo para fora. Para alguns, ter equilíbrio não é algo fácil. Jesus, nosso Mestre, deve ser nosso exemplo em todas as áreas. Ele é exemplo de vida simples, saudável e equilibrada. Seu desenvolvimento foi como de toda a criança e jovem (Lc 2.52), porém perfeito. Olha que Ele participou de festas e jantares (Lc 7.36; Jo 2.1,2). Jesus não se deixava levar pela opinião dos outros, pois seu desejo era agradar ao Pai e fazer a sua vontade (Lc 3.22). 
Temos que cuidar da nossa aparência física e da nossa saúde com cuidado, sabedoria, pois a preocupação exagerada com o corpo tem feito com que muitos jovens deixem de comer de forma adequada e acabem entrando também num quadro de anorexia. Segundo os médicos “a anorexia nervosa é um distúrbio alimentar causado pela preocupação exagerada com o peso”. Ela provoca problemas psiquiátricos gravíssimos e a pessoa que está sofrendo desse mal ao se olhar no espelho se vê obesa, embora esteja bem abaixo do seu peso. Com medo de engordar, estas pessoas exageram nos exercícios físicos, tomam laxantes e diuréticos por conta própria correndo riscos seriíssimos e prejudicando a saúde. Esta doença se não for tratada a tempo pode levar à morte. Mas o que leva as pessoas, especialmente os jovens, a ficarem anoréxicas? Elas são influenciadas pelo conceito de beleza imposto pela moda que determina a magreza como símbolo de elegância e perfeição. 
Outro problema ligado à alimentação, que tem também preocupado as autoridades na área da saúde, é a obesidade, acúmulo excessivo de gordura corporal. A obesidade não é apenas um problema estético. Ela está associada a doenças cardiovasculares, diabetes e outros males. A Bíblia adverte que é preciso comer com sabedoria (Pv 23.2). Muitas são as opções de rodízios. Se paga um único valor e come-se até não poder mais. Não tem nada de mais se reunir com os amigos uma vez ou outra para um churrasco ou pizza. Mas todos os finais de semana não dá: “Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias....” (Rm 13.13). Infelizmente, nas cantinas de nossas igrejas e nos almoços de confraternizações, em geral, temos sempre poucas opções de lanches e comidas saudáveis, porém não faltam refrigerantes e salgadinhos fritos.  
III- JESUS CURA OS ENFERMOS
A dedicação e a cura dos enfermos não foi uma coincidência, mas parte de um plano eterno 
Jesus veio para anunciar o Reino de Deus e as curas e milagres operados por Ele tinham como objetivo mostrar que o Messias prometido havia chegado (Lc 4.43; 8.1). Jesus não somente curou, mas deu poder e autoridade para que seus discípulos também realizassem milagres e curas em seu nome (Lc 9.2, 60). O Filho de Deus principiou seu ministério terreno operando uma ação milagrosa em uma festa de casamento. Observe:
O primeiro sinal milagroso foi a transformação de água em vinho, em Caná. Algo físico ilustra uma verdade espiritual. Jesus mostrou que tinha controle absoluto sobre tudo. Isso mostrou sua glória e levou à crença. 
Os dois sinais milagrosos seguintes foram de cura. O primeiro foi do filho de um oficial. Jesus observou que havia aqueles que estavam sempre à espera de “sinais e milagres” (Jo 4.48). Esse segundo milagre provou que a distância não era obstáculo para Jesus na execução de seu ministério. Depois do primeiro sinal, os discípulos  creram nEle. Como um resultado do segundo sinal, não só o oficial da corte creu, como também toda sua casa (Jo 4.53). A cura de um homem no tanque de Betesda (Jo 5.1-9) provocou grande controvérsia porque foi realizado no sábado (Jo 5.10).14  
O primeiro milagre realizado por Jesus em Caná nos mostra que Deus não se importa somente com a nossa alma, mas com tudo que nos diz respeito. Muitos filósofos helenistas acreditavam que o corpo não tinha valor algum, Platão considerava que o nosso corpo era uma sepultura. Daí a ideia errônea de que Deus somente se preocupa com o nosso espírito. O Criador se importa com todo o nosso ser e não somente com nossa alma ou espírito. Observe o que Vernon Purdy15 nos diz a esse respeito: 
Por que é tão importante ressaltar que a antropologia dualista é um acréscimo estranho ao Evangelho? Porque o dualismo, no seu modo de entender a existência humana, tem sido a pressuposição dos que desejam separar do corpo as implicações salvíficas da expiação realizada por Cristo. Reduzir a expiação à esfera espiritual não provém dos ensinos das Escrituras, mas da influência de uma filosofia pagã. Denegrir o âmbito físico e material não faz parte do Antigo ou do Novo Testamento. Deus criou pessoas inteiras, e é sua vontade, conforme revelam as Escrituras, restaurá-las inteiramente.16 
Ao morrer na cruz, Jesus tomou sobre si os nossos pecados, sendo santo Ele se fez pecado por nós; Ele também foi ferido no seu corpo e foi feito saúde para nos dar uma vida plena, saudável (Jo 10.10). Segundo Vernon Purdy podemos afirmar que a “cura divina é parte do plano de salvação”. 
Temos visto na sociedade atual muitos cristãos lutando arduamente pela conquista de bens materiais, fama, prestígio e poder. As pessoas querem, a todo o custo, serem VIPs e tais desejos, fruto de uma alma doente, acabam prejudicando a saúde física, emocional e espiritual. Essas pessoas em vez de viverem a vida abundante que Jesus Cristo conquistou para nós na cruz do calvário, acabam se tornando sobreviventes, tendo uma sobrevida. Precisamos refletir a respeito da sociedade na qual estamos inseridos como igreja. Que sociedade é essa? Tal reflexão vai nos ajudar a ter uma cosmovisão cristã e, com isso, sabermos identificar o que verdadeiramente é importante. Precisamos aprender a distinguir o supérfluo do que é realmente essencial para uma vida cristã autêntica e saudável. 
Cremos que o desejo maior do cristão deve ser a conquista do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus. De que adianta ter todos os bens nesta terra, ser VIP, ter prestígio e perder a própria alma? O que é mais precioso para você? Siga o exemplo de vida do apóstolo Paulo, pois ele tinha como alvo a pessoa de Jesus Cristo, seu ideal e sua aspiração era conhecer mais do Mestre. Mas, para viver em plenitude ele sabia da necessidade de cuidar bem da sua saúde física e emocional. Por isso, encontramos em suas Cartas algumas recomendações para que os líderes cuidassem bem da sua saúde. “Não bebas mais água só, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (1 Tm 5.23), essa foi uma recomendação para Timóteo, um jovem pastor.  Em 1 Timóteo 4.16, Paulo exorta ao jovem pastor a cuidar de si mesmo, ou seja, cuidar de sua saúde, antes mesmo de cuidar da doutrina e da igreja do Senhor. Paulo sabia que para cuidar do rebanho do Senhor e realizar a sua obra é preciso ter saúde física e emocional. Infelizmente, muitos líderes não se preocupam com o seu corpo, com sua saúde física e emocional na mesma proporção em que cuidam da sua vida espiritual. Oram, leem a Palavra de Deus, jejuam, buscam ao Senhor, mas não vão ao médico, não cuidam da alimentação, têm uma agenda repleta de compromissos e trabalham até à exaustão. Como médico, Lucas, o escritor do livro de Atos, exorta aos pastores a olharem para si mesmos antes de cuidarem do rebanho que lhes foi confiado pelo Senhor: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos [...]” (At 20.28). 
Jesus, a única resposta para alguns enfermos
No período em que Jesus exerceu seu ministério terreno já havia o exercício da medicina, pois Marcos relata no Evangelho que leva o seu nome, que a mulher que sofria com um fluxo de sangue “havia padecido muito com muitos médicos” (Mc 5.26). Existiam também lugares, ou melhor, algumas hospedarias, onde os hóspedes doentes recebiam atendimento. Observe o que o pastor Claudionor de Andrade17 nos diz a esse respeito: 
Em seus primórdios, o hospital não era uma casa de enfermo ou de enfermidade, mas um lugar onde o hóspede, se enfermo, podia receber cuidados médicos. A parábola do Bom Samaritano é um quadro que ilustra muito bem a fundação dos hospitais como hoje conhecemos. Nessa belíssima narrativa, observemos algo muito importante. Os desvelos ministrados pelo samaritano àquele homem refletiram, de certa forma, as funções de um sacerdote levita. Se bem que tanto o sacerdote como o levita, nessa narrativa, embora até possuíssem alguma ciência médica, passaram de largo e ignoraram o seu paciente. 
Segundo a história, o primeiro hospital moderno foi estabelecido, em 370 d.C., na cidade de Cesareia, como resultado de um benévolo édito imperial. 
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, os tratamentos médicos eram caros e somente os ricos podiam pagar. Mesmo tendo condições financeiras, os hebreus deveriam recorrer a Deus, o Criador, antes de recorrer aos tratamentos médicos. Tal fato fica evidente em 2 Crônicas 16.12, quando o rei Asa buscou os médicos antes de se voltar para o Senhor. Parece que o melhor procedimento era, e é, buscar primeiramente a Deus em oração (Nm 21.7; 2 Rs 20; 2 Cr 6.28-30; Sl 6, 107.17-21). Contudo, sabemos que havia doenças, como a temida lepra (uma das doenças mais terríveis da antiguidade e de alto contágio) não tinha cura ou tratamento como tem hoje. Jesus Cristo era a única resposta para os doentes mentais, os coxos, os leprosos e os cegos. Lendo os Evangelhos podemos ver que o Filho de Deus curou muitos leprosos (Mt 10.8;11.5), contudo Jesus não somente curou os doentes, mas ordenou que os seus discípulos também os curassem: “E, indo, pregai dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebeste, de graça dai” (Mt 10.7,8).
Não há protocolos para a realização da cura
Ao lermos os Evangelhos fica evidente que Jesus não seguia nenhum tipo de protocolo para curar os enfermos, pois como Filho de Deus, Ele era e é soberano e age no momento que deseja e da maneira que lhe agrada. Certa vez, ao curar um cego de nascença, Jesus cuspiu na terra, fez com sua saliva um pouco de lama e passou nos olhos do cego (Jo 9.6). Depois, o Salvador ordenou que o homem fosse até o tanque de Siloé e lavasse o rosto ali. O homem que recebeu a cura da sua cegueira demonstrou ter uma grande fé, pois, embora a ordem de Jesus fosse nada convencional e até anti-higiênica,   ele cumpriu a risca as instruções. Tal episódio nos mostra que a obediência e a fé em Jesus são elementos essenciais para a cura do corpo, da alma e do espírito. Contudo, o Senhor é soberano e o fato de não sermos curados não significa que não temos fé ou que não estamos em obediência. 
Sabemos que Jesus é poderoso para curar toda e qualquer enfermidade, contudo nem todos são curados. Por que algumas pessoas não são curadas? Não existe uma única resposta para tal questão. Porém, curados ou não, podemos ter a certeza de que Deus nos ama e um dia limpará de nossos olhos toda lágrima e estaremos no céu onde não haverá mais morte ou dores (Ap 21.4). 
Em outra ocasião Jesus curou dois cegos apenas tocando nos olhos deles (Mt 9.27-30).  Em outro momento Jesus curou o empregado de um oficial romano com apenas uma palavra e à distância: “Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou” (Mt 8.13). Já com a sogra de Pedro, Jesus toca-lhe na mão e ela é imediatamente curada da febre e passa a servi-los com seu trabalho (Mt 8.14,155). Jesus não mudou, Ele continua a realizar milagres e a curar aqueles que lhe pedem ajuda, mesmo que muitos já não creem na cura divina e que outros afirmem que as curas e milagres foram somente para os tempos de Jesus e dos crentes do primeiro século. 
Os críticos da doutrina bíblica da cura divina não compreendem todo o alcance e significado da obra expiatória de Cristo. O sofrimento de Cristo foi por nós, em nosso lugar e em nosso favor. Em Isaías 53, o Servo de Javé experimenta rejeição e sofrimento, “não como consequência de sua própria desobediência, mas em favor de outros”. Qual o resultado? Ele leva a efeito a cura do povo de Deus mediante as “suas pisaduras”. A afirmação de que os sofrimentos de Jesus trazem cura àqueles que sofrem fica estabelecida sobre um sólido fundamento teológico.18 
CONCLUSÃO
Deus nos ama e jamais as doenças fizeram parte do seu plano para a humanidade. Elas são uma consequência da Queda. E foi para nos resgatar do pecado e dos seus efeitos maléficos que Jesus Cristo veio ao mundo, morreu na cruz em nosso lugar, e ao terceiro dia ressuscitou, ascendeu aos céus e de lá voltará novamente para nos buscar. Podemos afirmar que a cura divina é parte da nossa salvação e da obra redentora de Jesus Cristo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
CORREIA JÚNIOR, João Luiz; OLIVA, José Raimundo; SOARES, Sebastião Armando Gameleira. Comentário do Evangelho de Marcos.
Comentário Bíblico Latinoamericano Novo Testamento. São Paulo: Fonte Editorial, 2012.
DEERE, Jack. Surpreendido pelo Poder do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 154.
HAM, Ken. Criacionismo: Verdade ou Mito? Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. 
JOHNSTON, Jeremiah J. Inimaginável: O que o nosso mundo seria sem o cristianismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
TOLER, Stan. Qualidade Total de Vida: Tenha pleno controle de sua vida pessoal, profissional e espiritual. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. 
ZUCK, Roy B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Comentário Bíblico MoodyVol 2. 2.ed. São Paulo: Imprensa Batista Regular: São Paulo, 1985.
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

1 HAM, Ken. Criacionismo:Verdade ou mito? Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.343.2
2 HORTON, Stanley M. (Ed.) Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 505.
3 RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 218,219
4 GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 154.
5 JOHNSTON, Jeremiah J. Inimaginável:O que o nosso mundo seria sem o cristianismo. Rio de Janeiro: 2018, pp. 38,39.
6 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 514.
7 TOLER, Stan. Qualidade Total de Vida:Tenha pleno controle de sua vida pessoal, profissional e espiritual. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 45.
8 DEERE, Jack. Surpreendido pelo Poder do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 257-58 
9 Comentário Bíblico Moody. Vol 2. 2.ed. São Paulo: Imprensa Batista Regular: São Paulo, 1985, p. 179.
10 ZUCK, Roy B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 154.
11 Comentário Bíblico Pentecostal:Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 72.
12 CORREIA JÚNIOR, João Luiz; OLIVA, José Raimundo; SOARES, Sebastião Armando Gameleira. Comentário do Evangelho de Marcos, p. 201. 
13 Ibid., p.65. 
14 Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 556.
15 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 514.
16 Ibid., p. 514.
17 ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço:Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.  49. 
18 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 519. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

terça-feira, 10 de março de 2020

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - O Homem do Pecado - Adultos.

Lição 11 - O Homem do Pecado 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – O HOMEM DO PECADO
II – A MISSÃO DO HOMEM PECADO
III – A DESTRUIÇÃO DO HOMEM PECADO
O HOMEM DO PECADO
Claudionor de Andrade

Historicamente, os prepostos de Satanás apresentam-se com os títulos mais circunstanciais e pomposos. Carlos Magno ainda é louvado como o construtor da Europa; Napoleão jamais deixou de ser enaltecido como o romântico e culto guerreiro; Hitler, apesar de todas as suas maldades, é fervorosamente cultuado, nalguns segmentos extremistas, como o eterno führer; já o ditador comunista Joseph Stalin, em que pesem os milhões de soviéticos que friamente assassinou, continua a ser incensado, por consideráveis setores da esquerda, como “o pai do povo”.
Apesar dessas “gloriosas” designações, tais déspotas serão julgados não como líderes políticos, mas como lacaios de Satanás. E, nessa miserável condição, antes mesmo do Juízo Final, hão de ser arremessados no Lago de Fogo, para onde também será lançado o querubim caído, que, durante a sua longa trajetória, veio a angariar emblemáticas alcunhas — antiga serpente, Satanás, Diabo e, finalmente, dragão (Ap 19.20; 20.10).       
Neste tópico, enfocaremos a origem, os títulos e a natureza do Homem do Pecado, que, como já vimos, vem sendo precedido por indivíduos malignos e sanguinários, desde o homicida Caim; essa cadeia do mal terá, como ápice, a ascensão do Anticristo — o opositor-mor do Cordeiro de Deus.
ORIGEM DO HOMEM DO PECADO
Caim e Lameque, prefigurando o Anticristo, opuseram-se sistematicamente a Deus (Gn 4.1-10, 23,24). Ambos agiram como o Homem do Pecado, que há de aparecer tão logo a Igreja seja arrebatada (2 Ts 2.6,7). Nesse mesmo grupo, arrolaremos o Faraó do Êxodo, o perverso Hamã e o sanguinário Herodes (Êx 1.8-16; Et 3.1-6; Mt 2.13). 
Desde os tempos bíblicos, muitos se fizeram anticristos e dispuseram-se a perseguir a Israel e a Igreja de Deus. Destes, viremos a destacar apenas Carlos Magno, Napoleão e Hitler, pois a lista é longa e enojadiça.
Apesar de toda a sua hermenêutica, o Diabo não sabe quando os crentes serão arrebatados. Por isso, mantém alguns homens de prontidão, para usá-los imediatamente após o rapto da Igreja (1 Jo 2.18). Embora seja temerário dizer quem, hoje, seria o Homem do Pecado, podemos identificá-lo por seus frutos (Mt 7.16). Eis porque é imperioso escolhermos muito bem nossos candidatos no momento das eleições, para não elegermos servos e servas de Satanás. Conheçamos, pois, suas agendas éticas, educacionais e econômicas, pois o Diabo que, a essas alturas, já é o Dragão do Apocalipse, vem apoderando-se de todas as instituições humanas, visando o estabelecimento de seu governo visível. 
TÍTULOS DO HOMEM DO PECADO
O título principal deste personagem é “Anticristo” (1 Jo 2.18). O apóstolo, sempre atento aos sinais dos tempos, soube como desmascarar os predecessores do Homem do Pecado; em seus dias, já não eram poucos.
O Homem do Pecado, no Apocalipse, é descrito como a besta que sobe da terra (Ap 13.1). Se retroagirmos a Daniel, constataremos que o Anticristo é apresentado como o príncipe que há de vir (Dn 9.26). O Senhor Jesus, por sua vez, mostra-o como aquele que, desprezando o Pai e o Filho, aparece mentindo e enganando os incautos (Jo 5.43).
No final dos tempos, quando Satanás apresentar os seus dois prepostos à humanidade incrédula, para estabelecer o seu império visível no mundo, estará ele em sua máxima degradação espiritual, teológica e moral. Enganam-se, pois, os universalistas que, inocente e tolamente, ensinam que, na consumação de todas as coisas, Deus levará todos à conversão, inclusive o próprio Diabo. O que esses senhores desconhecem é que, a cada dia que passa, torna-se o Adversário mais virulento e inimigo do bem. Tanto é que, no período apocalíptico, o Inimigo estará tão incontrolável, que precisará ser amarrado por mil anos, até que o tempo de sua ruína definitiva (Ap 12.12; 20.2,10).
Se o Diabo vem degradando-se desde que foi expulso dos Céus, o mesmo acontece com os seus seguidores, conforme alerta-nos Paulo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13, ARA). A profecia do apóstolo cumpre-se rigorosamente em nossos dias. Nesse ritmo de depravação total e absoluta, a deterioração dos incrédulos chegará a tal ponto que, dentre eles, não será difícil para Satanás “ungir” seus dois prepostos como as bestas descritas pelo evangelista.
Cabe aqui, uma pergunta intrigante. Por que ambos os lugares-tenentes de Satanás, no Apocalipse, recebem o apodo de “besta”? Examinemos esses personagens e vejamos como se dará o seu aparecimento.      
Um deles surgirá do mar, e o outro, da terra. O primeiro virá como líder político. Já o segundo, em sua condição de guia religioso inconteste, dará todo suporte místico àquele, visando blindá-lo de qualquer oposição. 
Assim descritos, representam eles a síntese dos instintos animalescos que moviam os impérios mundiais, que, desde a Babilônia de Nabucodonosor, vêm maltratando Israel e perseguindo a Igreja de Cristo. Do reino babilônico, trazem o orgulho do leão: a soberba que causou a desgraça do querubim ungido; do reino persa, terão a voracidade do urso: espezinharão e despedaçarão seus opositores; e, do império grego, sob Alexandre, o Grande, terão a velocidade do leopardo: suas conquistas serão mais rápidas do que as da Alemanha Nazista no início de suas campanhas. E, sintetizando, todas essas características, resultarão ambos nas bestas descritas por João (Ap 13.1,2).
Eles dirigirão o reino visto por Daniel representado pelo animal terribilíssimo e indescritível:
Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres. (Dn 7.7, ARA)
Um império mundial, com tais características, só pode ser dirigido por governantes com os instintos das bestas descritas por João.
Todavia, por que esses prepostos de Satanás são vistos como as bestas que sobem do mar e da terra? Antes de tudo, não devemos vê-los como demônios. Mas, conquanto homens, far-se-ão piores do que os mais incontroláveis anjos do mal, devido aos imensos poderes que receberão de Satanás (2 Ts 2.9). Mais vorazes do que as bestas-feras, despojar-se-ão de todos os seus atributos humanos, a fim de tornarem-se imagem e semelhança de Satanás.
O termo grego usado para descrevê-los — thērion — significa, entre outras coisas, animal selvagem, brutal e feroz. Assim será o interior de ambos os prepostos de Satanás; certamente, os piores seres humanos a pisar sobre a face da terra. Em sua alma, já iludidos e cegados pelo Diabo, acreditarão que, de fato, terão condições de derrotar o próprio Deus. Aliás, assim também imagina o Maligno, que, já como Dragão, e mais bestificado que nunca, mantém a ilusão que o levou a revoltar-se contra o Todo-Poderoso: vencer o Criador e Mantenedor de todas as coisas. Se ele assim não lucubrasse, não teria caído na apostasia, quando ainda era querubim e ungido.     
Quem lê a história da Segunda Guerra Mundial, admira-se de quão bestiais tornaram-se os nazistas. Mesmo sabendo que os russos invadiam Berlin, pelo Leste, e que os americanos, britânicos e franceses chegavam, pelo Oeste, ainda alimentavam a ilusão de que os aliados seriam, finalmente, derrotados antes de chegarem ao bunker onde Adolf Hitler escondia-se. Assim funciona a alma dos que aborrecem a Deus; acreditam que, apesar dos decretos divinos, sempre haverá uma brecha judicial para escaparem do Juízo Final.      
A NATUREZA DO HOMEM DO PECADO
O Homem do Pecado será de tal forma usado por Satanás que chegará a ser confundido com este (2 Ts 2.9). Ele aparecerá como uma espécie de “ungido” do Diabo. E, na força do Maligno, realizará grandes sinais e prodígios, induzindo a humanidade a recepcioná-lo como se fosse o próprio Deus (2 Ts 2.4). Os que não tomarem parte no arrebatamento da Igreja serão obrigados a prestar-lhe honras e adoração (Ap 13.4). Nele, a possessão satânica será plena e incontrolável, superando inclusive a situação do gadareno oprimido por aquela legião de demônios (Lc 8.30).
No terceiro capítulo das profecias de Daniel, lemos a história da formidável estátua que Nabucodonosor mandara erguer, a fim de eternizar-lhe o nome e o império. Estrugidas as trombetas, todos os que se achavam congregados, no campo de Dura, curvaram-se, atemorizados, perante aquela blasfêmia e abominação, exceto os três jovens santos: Sadraque, Mesaque e Abdnego (Dn 3.12). 
Observe, querido leitor, que o imponente momento, embora inanimado, forçou a todos os presentes — grandes e pequenos — a dobrarem-se ante o paganismo estatal. Se a situação descrita parece aterrorizante, o que não será o reinado do Anticristo? Nessa ocasião, o Falso Profeta, mais convincente do que os mágicos egípcios e caldeus, fará construir uma imagem da primeira besta que, aparentemente, será ferida de morte. E, diante de todos, levará a estátua a abrir a boca e a falar. O resultado dessa façanha pode ser visto na descrição do evangelista: 
Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. (Ap 13.13-15, ARA)
Em vista das artimanhas do Adversário, estejamos precavidos acerca daqueles que, aqui e ali, realizam façanhas e maravilhas. Ouçamos a advertência do Senhor Jesus: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24). 
A fé cristã não é movida nem alimentada por milagres e portentos, mas pela confiança que depositamos em Cristo, o Filho de Deus. Isso não significa que rejeitemos tais ocorrências; acreditamos piamente no Deus, que, ab-rogando as leis naturais e ordinárias, opera o sobrenatural e o extraordinário, para realçar a sua glória e império sobre todas as coisas. Aliás, como pentecostais, não podemos rejeitar o inexplicável. Mas, por meio do dom de discernir, saibamos de onde procedem os espíritos, pois já vivemos na fronteira dos eventos apocalípticos (1 Jo 4.1).     
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Um presente para José e Maria - Berçário.

Lição 10 - Um presente para José e Maria 

1º Trimestre de 2020
Objetivo da lição: Apresentar Jesus ao bebê como o Salvador da família.
É hora do versículo: “Nasceu o Salvador de vocês” (Lucas 2.11).
Na lição de hoje as crianças aprenderão que o Papai do Céu enviou Jesus como o Salvador da família. Ele foi um presente para o Papai José e a mamãe Maria. Hoje, o Salvador Jesus também é um presente para nós.
Para auxiliar o aprendizado da criança do Berçário, é fundamental que o professor saiba utilizar bem seus recursos de visuais e conheça as “duas escolas a respeito do tipo de figuras que melhor se adéquam à aprendizagem inicial das crianças. Alguns aconselham o uso de figuras simples de um ou de poucos objetos, sem fundo e com o mínimo de detalhes extras. Outros nos aconselham a utilizar gravuras completas, com muitos detalhes. [...] O mais aconselhável é propiciar às crianças experiências com todos os tipos de gravuras. As figuras simples de somente um objeto atingirão alguns objetivos com as crianças, como aprender o nome de objetos; e as gravuras completas e detalhadas atingirão outros objetivos, tais como relacionar objetos dentro de uma gravura e ler a sua ‘história’.]
A conversa simples é a melhor maneira de ajudar as crianças a aprender com uma figura. Apenas converse com elas sobre o desenho. Podemos começar perguntando: ‘O que você vê?’ Então pergunte: ‘O que mais?’, e ‘O que mais?’, até que as crianças tenham observado bem o conteúdo da gravura. A seguir, comece a fazer perguntas que requeiram outros tipos de raciocínio.”(BEECHICK, Ruth. Como Ensinar Crianças do Maternal: Não é tão fácil mas aqui está como fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 38-39)  
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário 

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Jesus Veio Salvar quem Está Perdido - Primários.

Lição 10 - Jesus Veio Salvar quem Está Perdido 

1º Trimestre de 2020 P
Objetivo: Que o aluno aprenda que Jesus nos ama e que Ele veio ao mundo para nos salvar.
Ponto central: Jesus veio ao mundo para nos salvar. 
Memória em ação: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10).
Querido(a) professor(a), nesta próxima aula vamos ensinar às crianças sobre a graça e salvação de Jesus. É, portanto, uma oportunidade muito importante, pois pode ser o dia que seus alunos entreguem suas vidas a Cristo, aceitando-o como Senhor e Salvador. Ao longo desta semana ore por cada um deles, bem como por suas famílias, focado neste propósito.
Através da história de Zaqueu, os primários aprenderão que Jesus não olha as aparências ou leva em conta o preconceito humano contra alguém, ao contrário, Ele deseja salvar a TODOS. 
Zaqueu não era bem quisto pelo povo de Deus. Naquela época os judeus estavam sob o julgo do Império Romano, que para ampliar o seu domínio mundo a fora, coletava das nações já subjugadas altas taxas em forma de impostos. Apesar da importância do alto cargo de um publicano, cobrador de imposto do governo, o povo os considerava como traidores, por serem judeus, mas trabalharem para Roma, seu dominador. Por isso, o texto bíblico da nossa lição deixa claro, em Lucas 19.7, que as pessoas murmuravam por Jesus entrar na casa deste que consideravam um terrível pecador. Contudo, como o versículo do nosso “Memória em Ação” bem frisa, Jesus “veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10). É justamente para os perdidos que Ele veio (Mc 2.17).
Ensine desde já aos pequeninos a não se comportarem como crentes preconceituosos. Aproveite para falar contra o racismo, homofobia, sexismo. Usando palavras na linguagem deles, explique que tais coisas que diminuem e machucam um grupo de pessoas, seja pela cor de suas pele, a forma como se vestem ou agem ou apenas por serem mulheres, nada disso agrada a Deus – que nos fez todos diferentes, especiais cada qual a sua maneira, mas igualmente importantes para Ele. Portanto, devemos tratar a todos desta maneira, como Jesus tratou, com respeito e carinho.
Para ilustrar esta importante verdade, propomos que antes da chegada dos alunos, você esconda uma moeda em algum lugar da sala e uma ovelha (pode ser uma miniatura de brinquedo ou mesmo uma figura impressa como a do exemplo abaixo). 
Ao final da aula, leia para as crianças a passagem de Lucas 15.4-10. E diga-lhes que uma ovelha e uma dracma (moeda) como as da parábola estão perdidas e quem encontrá-las ganhará um prêmio (pode ser um simples doce, lanche na cantina, ou outra coisa simples que você dispuser). A criança que encontrar certamente ficará muito feliz e ilustrará exatamente o que explica a parábola. 
Conclua enfatizando que esta é a alegria de Jesus quando uma pessoa que estava perdida o aceita como Senhor e Salvador. Há uma festa nos céus. Incentive toda a classe a falar do amor de Deus e da sua salvação para todas as pessoas.
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Ética Cristã - Adolescentes.

Lição 10 - Ética Cristã 

1º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO
1 – APRENDENDO OS VALORES DO REINO
2 – UM REINO QUE FUNCIONA DE MANEIRA DIFERENTE
3 – AGINDO DE ACORDO COM O REINO DE DEUS
OBJETIVOS
Explicar que devemos aprender os valores do Reino de Deus;
Mostrar que fazemos parte de um Reino diferente;
Estabelecer que o discípulo de Cristo deve praticar a Palavra de Deus.

Atenção para a tradição da Igreja de Cristo!
Além das Sagradas Escrituras, a Igreja de Cristo tem uma tradição riquíssima em decisões de questões éticas, como aborda muito bem o pastor Claudionor de Andrade: “Se, por um lado, não podemos escravizar-nos à tradição, por outro, não devemos desprezá-la. Sem o legado do que nos precederam, jamais teríamos conseguido estruturar nosso edifício teológico, moral e ético. Logo, é-nos permitido eleger a tradição eclesiástica como o segundo fundamento da Ética Cristã. [...] A tradição, quando bem utilizada, assessora a Igreja nos dilemas teológicos, morais e éticos. O apóstolo Paulo reconhece-lhe a importância: ‘Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes?” (2 Ts 3.6). O que não podemos fazer é colocá-la de pé de igualdade com a Bíblia. A Didaqué é um dos tratados mais antigos e tradicionais da Igreja Cristã. Produzida ainda nos dias apostólicos, ajudou os primeiros cristãos a posicionarem-se espiritual e eticamente. A Doutrina dos Doze Apóstolos, como também é conhecida, realçava-se por amorosas admoestações, conforme podemos observar: ‘Há dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença entre ambos é grande. O caminho da vida é, pois, o seguinte: primeiro amarás a Deus que te fez: depois teu próximo como a ti mesmo. E tudo o que não queres que seja feito a ti, não o faças a outro’. Mais adiante, prossegue o autor anônimo, citando as práticas que conduzem o ser humano à perdição: ‘Mortes, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatrias, práticas mágicas, rapinagens, falsos testemunhos, hipocrisias, ambiguidades, fraude, orgulho, maldade, arrogância, cobiça, má conversa, ciúme, insolência, extravagância, jactância, vaidade e ausência do temor de Deus’.” 
(ANDRADE, Claudionor de. As Novas Fronteiras da Ética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.17,18).

Lição 10 - 1º Trimestre 2020 - Sofonias – o Juízo de Deus é Universal - Juvenis.

Lição 10 - Sofonias – o Juízo de Deus é Universal 

1º Trimestre de 2020
“Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve” (Ml 3.18).
OBJETIVOS
Declarar que o julgamento de Deus não faz acepção de pessoas;
Relacionar o Dia do Senhor com o juízo e a misericórdia;
Mostrar que os fiéis serão recompensados pela lealdade a Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE SOFONIAS 
Além de todo o conteúdo programático presente em sua revista, deixamos abaixo mais um auxílio acerca do tema.
Sofonias
[...] Como profeta de Deus, Sofonias era obrigado a falar a verdade. E ele o fez claramente, prevendo um juízo certo e um castigo horrível a todo aquele que desafiasse o Senhor. A terrível ira de Deus consumiria tudo na terra, e a destruiria. “Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, diz o SENHOR” (1.3). Nenhum ser vivo na terra escaparia. E aquele dia terrível aproximava-se: “O grande dia do SENHOR está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do SENHOR; amargamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação...” (1.14-16)
Podemos sentir a opressão e a depressão que seus ouvintes sentiram. Foram julgados culpados e condenados. No entanto, ainda há esperança em maio a este terrível pronunciamento. O primeiro capítulo da história de Sofonias é repleto de terror. No capítulo 2, porém surge uma promessa: Buscai o SNEHOR, vós todos os mansos da terra, que ponde por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do SENHOR” (2.3). E mais adiante lemos a expressão o “resto da casa de Judá” (2.7) que será restaurado.
Finalmente, no capítulo 3, o refrão tranquilo cresce, ao ser declarada a salvação e a libertação concedida por Deus àqueles que são fiéis: “Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém. O SENHOR afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o SENHOR, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verá mais mal algum (3.14,15). Esta é a verdadeira esperança, fundamentada no conhecimento da justiça de Deus e em seu amor pó seu povo.
Ao ler o livro de Sofonias, ouça cuidadosamente as palavras de juízo. Deus não lida com o pecado de um modo suave, mas de uma forma contundente. Porém, sinta-se encorajado pelas palavras de esperança – nosso Deus reina, e resgatará os seus. Decida fazer parte deste fiel remanescente de almas que humildemente adora e obedece ao Deus vivo. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1174).
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.                               
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD