terça-feira, 10 de março de 2020

Lição 11 - 1º Trimestre 2020 - O Homem do Pecado - Adultos.

Lição 11 - O Homem do Pecado 

1º Trimestre de 2020
ESBOÇO GERAL
I – O HOMEM DO PECADO
II – A MISSÃO DO HOMEM PECADO
III – A DESTRUIÇÃO DO HOMEM PECADO
O HOMEM DO PECADO
Claudionor de Andrade

Historicamente, os prepostos de Satanás apresentam-se com os títulos mais circunstanciais e pomposos. Carlos Magno ainda é louvado como o construtor da Europa; Napoleão jamais deixou de ser enaltecido como o romântico e culto guerreiro; Hitler, apesar de todas as suas maldades, é fervorosamente cultuado, nalguns segmentos extremistas, como o eterno führer; já o ditador comunista Joseph Stalin, em que pesem os milhões de soviéticos que friamente assassinou, continua a ser incensado, por consideráveis setores da esquerda, como “o pai do povo”.
Apesar dessas “gloriosas” designações, tais déspotas serão julgados não como líderes políticos, mas como lacaios de Satanás. E, nessa miserável condição, antes mesmo do Juízo Final, hão de ser arremessados no Lago de Fogo, para onde também será lançado o querubim caído, que, durante a sua longa trajetória, veio a angariar emblemáticas alcunhas — antiga serpente, Satanás, Diabo e, finalmente, dragão (Ap 19.20; 20.10).       
Neste tópico, enfocaremos a origem, os títulos e a natureza do Homem do Pecado, que, como já vimos, vem sendo precedido por indivíduos malignos e sanguinários, desde o homicida Caim; essa cadeia do mal terá, como ápice, a ascensão do Anticristo — o opositor-mor do Cordeiro de Deus.
ORIGEM DO HOMEM DO PECADO
Caim e Lameque, prefigurando o Anticristo, opuseram-se sistematicamente a Deus (Gn 4.1-10, 23,24). Ambos agiram como o Homem do Pecado, que há de aparecer tão logo a Igreja seja arrebatada (2 Ts 2.6,7). Nesse mesmo grupo, arrolaremos o Faraó do Êxodo, o perverso Hamã e o sanguinário Herodes (Êx 1.8-16; Et 3.1-6; Mt 2.13). 
Desde os tempos bíblicos, muitos se fizeram anticristos e dispuseram-se a perseguir a Israel e a Igreja de Deus. Destes, viremos a destacar apenas Carlos Magno, Napoleão e Hitler, pois a lista é longa e enojadiça.
Apesar de toda a sua hermenêutica, o Diabo não sabe quando os crentes serão arrebatados. Por isso, mantém alguns homens de prontidão, para usá-los imediatamente após o rapto da Igreja (1 Jo 2.18). Embora seja temerário dizer quem, hoje, seria o Homem do Pecado, podemos identificá-lo por seus frutos (Mt 7.16). Eis porque é imperioso escolhermos muito bem nossos candidatos no momento das eleições, para não elegermos servos e servas de Satanás. Conheçamos, pois, suas agendas éticas, educacionais e econômicas, pois o Diabo que, a essas alturas, já é o Dragão do Apocalipse, vem apoderando-se de todas as instituições humanas, visando o estabelecimento de seu governo visível. 
TÍTULOS DO HOMEM DO PECADO
O título principal deste personagem é “Anticristo” (1 Jo 2.18). O apóstolo, sempre atento aos sinais dos tempos, soube como desmascarar os predecessores do Homem do Pecado; em seus dias, já não eram poucos.
O Homem do Pecado, no Apocalipse, é descrito como a besta que sobe da terra (Ap 13.1). Se retroagirmos a Daniel, constataremos que o Anticristo é apresentado como o príncipe que há de vir (Dn 9.26). O Senhor Jesus, por sua vez, mostra-o como aquele que, desprezando o Pai e o Filho, aparece mentindo e enganando os incautos (Jo 5.43).
No final dos tempos, quando Satanás apresentar os seus dois prepostos à humanidade incrédula, para estabelecer o seu império visível no mundo, estará ele em sua máxima degradação espiritual, teológica e moral. Enganam-se, pois, os universalistas que, inocente e tolamente, ensinam que, na consumação de todas as coisas, Deus levará todos à conversão, inclusive o próprio Diabo. O que esses senhores desconhecem é que, a cada dia que passa, torna-se o Adversário mais virulento e inimigo do bem. Tanto é que, no período apocalíptico, o Inimigo estará tão incontrolável, que precisará ser amarrado por mil anos, até que o tempo de sua ruína definitiva (Ap 12.12; 20.2,10).
Se o Diabo vem degradando-se desde que foi expulso dos Céus, o mesmo acontece com os seus seguidores, conforme alerta-nos Paulo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13, ARA). A profecia do apóstolo cumpre-se rigorosamente em nossos dias. Nesse ritmo de depravação total e absoluta, a deterioração dos incrédulos chegará a tal ponto que, dentre eles, não será difícil para Satanás “ungir” seus dois prepostos como as bestas descritas pelo evangelista.
Cabe aqui, uma pergunta intrigante. Por que ambos os lugares-tenentes de Satanás, no Apocalipse, recebem o apodo de “besta”? Examinemos esses personagens e vejamos como se dará o seu aparecimento.      
Um deles surgirá do mar, e o outro, da terra. O primeiro virá como líder político. Já o segundo, em sua condição de guia religioso inconteste, dará todo suporte místico àquele, visando blindá-lo de qualquer oposição. 
Assim descritos, representam eles a síntese dos instintos animalescos que moviam os impérios mundiais, que, desde a Babilônia de Nabucodonosor, vêm maltratando Israel e perseguindo a Igreja de Cristo. Do reino babilônico, trazem o orgulho do leão: a soberba que causou a desgraça do querubim ungido; do reino persa, terão a voracidade do urso: espezinharão e despedaçarão seus opositores; e, do império grego, sob Alexandre, o Grande, terão a velocidade do leopardo: suas conquistas serão mais rápidas do que as da Alemanha Nazista no início de suas campanhas. E, sintetizando, todas essas características, resultarão ambos nas bestas descritas por João (Ap 13.1,2).
Eles dirigirão o reino visto por Daniel representado pelo animal terribilíssimo e indescritível:
Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres. (Dn 7.7, ARA)
Um império mundial, com tais características, só pode ser dirigido por governantes com os instintos das bestas descritas por João.
Todavia, por que esses prepostos de Satanás são vistos como as bestas que sobem do mar e da terra? Antes de tudo, não devemos vê-los como demônios. Mas, conquanto homens, far-se-ão piores do que os mais incontroláveis anjos do mal, devido aos imensos poderes que receberão de Satanás (2 Ts 2.9). Mais vorazes do que as bestas-feras, despojar-se-ão de todos os seus atributos humanos, a fim de tornarem-se imagem e semelhança de Satanás.
O termo grego usado para descrevê-los — thērion — significa, entre outras coisas, animal selvagem, brutal e feroz. Assim será o interior de ambos os prepostos de Satanás; certamente, os piores seres humanos a pisar sobre a face da terra. Em sua alma, já iludidos e cegados pelo Diabo, acreditarão que, de fato, terão condições de derrotar o próprio Deus. Aliás, assim também imagina o Maligno, que, já como Dragão, e mais bestificado que nunca, mantém a ilusão que o levou a revoltar-se contra o Todo-Poderoso: vencer o Criador e Mantenedor de todas as coisas. Se ele assim não lucubrasse, não teria caído na apostasia, quando ainda era querubim e ungido.     
Quem lê a história da Segunda Guerra Mundial, admira-se de quão bestiais tornaram-se os nazistas. Mesmo sabendo que os russos invadiam Berlin, pelo Leste, e que os americanos, britânicos e franceses chegavam, pelo Oeste, ainda alimentavam a ilusão de que os aliados seriam, finalmente, derrotados antes de chegarem ao bunker onde Adolf Hitler escondia-se. Assim funciona a alma dos que aborrecem a Deus; acreditam que, apesar dos decretos divinos, sempre haverá uma brecha judicial para escaparem do Juízo Final.      
A NATUREZA DO HOMEM DO PECADO
O Homem do Pecado será de tal forma usado por Satanás que chegará a ser confundido com este (2 Ts 2.9). Ele aparecerá como uma espécie de “ungido” do Diabo. E, na força do Maligno, realizará grandes sinais e prodígios, induzindo a humanidade a recepcioná-lo como se fosse o próprio Deus (2 Ts 2.4). Os que não tomarem parte no arrebatamento da Igreja serão obrigados a prestar-lhe honras e adoração (Ap 13.4). Nele, a possessão satânica será plena e incontrolável, superando inclusive a situação do gadareno oprimido por aquela legião de demônios (Lc 8.30).
No terceiro capítulo das profecias de Daniel, lemos a história da formidável estátua que Nabucodonosor mandara erguer, a fim de eternizar-lhe o nome e o império. Estrugidas as trombetas, todos os que se achavam congregados, no campo de Dura, curvaram-se, atemorizados, perante aquela blasfêmia e abominação, exceto os três jovens santos: Sadraque, Mesaque e Abdnego (Dn 3.12). 
Observe, querido leitor, que o imponente momento, embora inanimado, forçou a todos os presentes — grandes e pequenos — a dobrarem-se ante o paganismo estatal. Se a situação descrita parece aterrorizante, o que não será o reinado do Anticristo? Nessa ocasião, o Falso Profeta, mais convincente do que os mágicos egípcios e caldeus, fará construir uma imagem da primeira besta que, aparentemente, será ferida de morte. E, diante de todos, levará a estátua a abrir a boca e a falar. O resultado dessa façanha pode ser visto na descrição do evangelista: 
Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. (Ap 13.13-15, ARA)
Em vista das artimanhas do Adversário, estejamos precavidos acerca daqueles que, aqui e ali, realizam façanhas e maravilhas. Ouçamos a advertência do Senhor Jesus: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24). 
A fé cristã não é movida nem alimentada por milagres e portentos, mas pela confiança que depositamos em Cristo, o Filho de Deus. Isso não significa que rejeitemos tais ocorrências; acreditamos piamente no Deus, que, ab-rogando as leis naturais e ordinárias, opera o sobrenatural e o extraordinário, para realçar a sua glória e império sobre todas as coisas. Aliás, como pentecostais, não podemos rejeitar o inexplicável. Mas, por meio do dom de discernir, saibamos de onde procedem os espíritos, pois já vivemos na fronteira dos eventos apocalípticos (1 Jo 4.1).     
Texto extraído da obra “A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção”, editada pela CPAD. 
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