segunda-feira, 9 de novembro de 2020

ARTIGO: Ideologia de Gênero.

 

Ideologia de Gênero 

A pessoa não pode ser menina ou menino quando quiser ser

Ao conceber um filho, pai e mãe passam a dedicar toda a atenção para o pequeno ser que, em pouco tempo estará chegando, trazendo alegria, expectativas e muitas preocupações. Desde o inicio da sua vida intra uterina, todo o investimento dos pais é para que o filho alcance um desenvolvimento pleno.

O pequenino embrião vai se desenvolvendo, após oito semanas já é um feto e após o nascimento um lindo bebê, menino ou menina Gn1.27. O sexo biológico identifica a criança em seu gênero. A partir daí, um longo caminho, marcado por diferentes fases, levará esta criança à fase de adulto. Fatores internos (maturação), fatores externos (meio ambiente) influenciarão o seu desenvolvimento físico, mental, emocional, espiritual e comportamentos. “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. Pv 22.6  

Ideologia de gênero é o termo que reúne um conjunto de ideias que desvincula o comportamento sexual do sexo biológico.  

Segundo esta linha de pensamento, ninguém nasce homem ou mulher, mesmo trazendo no nascimento evidentes diferenças anatômicas e funcionais. Cada indivíduo deve construir a sua própria identidade sexual, isto é, seu gênero ao longo da vida. Homens e mulheres, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que representariam como e quando quisessem, independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas e femininas. Assim, a proposta é desvincular a educação e orientação das crianças no seu sexo biológico. 

Este tema vem sendo debatido no Brasil com mais intensidade desde a estruturação do Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014. A proposta do Ministério da Educação (MEC) era incluir temas relacionados com a identidade de gênero e sexualidade nos planos de educação de todo o país. 

Pais e professores estão preocupados com a ameaça à formação saudável de crianças e adolescentes. Eles precisam ser respeitados no seu direito de se desenvolverem conforme o seu sexo biológico. A biologia não pode ser negada, ela é específica, exata e proposital. 

Sem Título 2Abrir espaço para que as crianças, desde a mais tenra idade, questionem e decidam sobre o seu papel sexual, ou seja, “Eu posso ser menina? Ou menino? Ou o que eu quiser ser?”, é uma proposta da Ideologia de gênero que não trará benefício algum ao desenvolvimento sexual da criança, ao contrário trará muita confusão. A harmonia do sexo biológico com a identidade e papéis sexuais, não depende de escolha “eu quero ser menino ou eu quero ser menina” como papel social flexível, este posicionamento não resolve o conflito interno, é muito mais do que isso. A criança pode ao longo do seu crescimento, vivenciar cada fase que marca o  desenvolvimento da sexualidade, questionar suas dúvidas, seus medos e inseguranças, demonstrar insatisfação com aspectos do seu próprio corpo, isto é normal acontecer, essas necessidades devem ser observadas e trabalhadas para que sigam, rumo a serem adultos saudáveis e equilibrados. Assim, entendendo a criança ou adolescente, com amor e sabedoria, ajudá-los a construir a sua sexualidade adulta, saudável, prazerosa. Esta atenção é importante, também para que as más influências que chegam, através de amigos, leituras, mídia, internet e etc... Sejam neutralizadas. 

Como em todas as áreas do desenvolvimento humano, a sexualidade também necessita de um olhar atencioso para que o seu devido valor não seja desvirtuado. 

A confiança e a firmeza de propósitos que as crianças percebem em seus “modelos sexuais”, pai para o menino, mãe para a menina, são elementos fundamentais para a formação da identidade sexual do menino e da menina.

A criança segue uma sequência específica no processo de desenvolvimento da sua sexualidade. Segundo pesquisas científicas e estudos realizados pela Neurociência e a Psicologia Evolutiva, há fundamentos biológicos nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres, ou seja os genes são determinantes para algumas condutas.

A cultura e o meio ambiente influenciam na aprendizagem dos papéis sexuais.

Ronald Slaby e Karin Frey, através de uma pesquisa descobriam que uma criança passa por três estágios diferentes no desenvolvimento da idéia do próprio gênero: 

1. Ela descobre que é um menino ou uma menina – o que Slaby e Frey denominam “identidade de gênero”.

2. Depois compreende que continuará assim durante a sua vida toda – “estabilidade de gênero” 

3. Finalmente, compreende que isso não mudará, mesmo que ela consiga se parecer com o sexo oposto – “constância de gênero”. 

No estudo de Slaby e Frey, entre quatro e cinco anos as crianças compreendem os três estágios. 

Na Psicologia temos aspectos interessantes reveladas na teoria da aprendizagem, (Walter Mischel) ele usou dois princípios básicos da aprendizagem para explicar o desenvolvimento de conceito de gênero e papel sexual. O primeiro é o princípio do reforçamento, onde as ações que trazem consequências agradáveis tendem a ser repetidas. Quando os pais dão atenção a comportamentos de menino, a criança aprende que é um menino e valoriza comportamentos de menino. 

O segundo princípio é a aprendizagem observacional. Não é necessário que uma criança seja gratificada para que aprenda algo. Cada um de nós aprende também observando outras pessoas fazendo alguma coisa. Nós aprendemos muitas coisas através dos meios que a tecnologia proporciona, a mídia, observando algo interessante. A criança aprende como meninos ou meninas se comportam, observando seu pai, mãe, irmãos ou outras pessoas na sua vida. Enfim, Mischel concluiu que as crianças são reforçadas pela imitação, observando as pessoas do mesmo sexo.

Como podemos perceber, crianças e adolescentes precisam de compreensão e orientação segura. Cada criança é única. Possui personalidade com características diferenciadas, até na sua maneira de perceber e interpretar a realidade. Vai ganhando maturidade e conta com a maturidade dos adultos para orientá-la. Precisa ser reconhecida e valorizada pelas suas capacidades, talentos, fragilidades, pontos fortes e fracos. Ela precisa reconhecer o valor que possui e, então, plantamos sementinhas, para que possam germinar e dar frutos, ajudando-os, assim a perceberem o que podem melhorar ou mudar, e o que não puderem mudar,   devem aceitar e desenvolver a resiliência para poder ultrapassar as dificuldades , que com certeza enfrentarão na vida. Pais são educadores, capacitados e convocados por Deus para educar os seus filhos (Dt.4.40ª)!     

A Igreja, através da Escola Dominical, e departamentos de Jovens e adolescentes contribuem de forma significativa no processo de crescimento de jovens e crianças. São educadores. A ED, que trabalha com grupos de faixas etárias específicas, tem acesso às angustias e necessidades tão característica em cada fase, como coadjuvante direto na formação cristã, através dos seus professores, produz conhecimento mais amplo da Palavra de Deus, além de promover os valores cristãos, pode trazer orientações abrangentes aos temas que envolvem o cotidiano dos alunos. Num clima de comunhão com Deus, alunos e professores podem tirar dúvidas, trocar experiências, discutir ideias e fortalecer valores, desenvolvendo também, estratégias e recursos espirituais para estar fortalecidos, vencer as atrações do mundo e identificar os perigos das más influencias.

Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra” (Sl. 119.9).

Artigo extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 19 - nº 76 (out/nov/dez de 2018) 

ARTIGO: Educação cristã no século 21: um grande desafio.

 

Educação cristã no século 21: um grande desafio 

Nos dias presentes, a nova geração tem que conviver num ambiente completamente hostil à fé cristã. Nas escolas, desde cedo, os filhos são ensinados que Deus não existe. Que o universo surgiu por acaso; que o homem veio do macaco; que a Bíblia é um mito, ou um livro de lendas ou de fábulas.

Os primeiros pastores dos filhos devem ser seus pais, se forem crentes em Deus. Ser pai e mãe cristãos, nos dias presentes, é um desafio grande, e, ao mesmo tempo, missão gratificante, quando se analisam as funções que Deus confiou à paternidade e à maternidade. A cada dia que passa, mais difícil torna-se o relacionamento entre pais e filhos, mesmo que sejam evangélicos. No entanto, a Palavra de Deus sempre foi, é, e será o verdadeiro manual de Deus para a família, para o casamento, e para o lar. Neste estudo, desejamos compartilhar o que o Senhor tem nos proporcionado em termos de conhecimento e experiências sobre a educação cristã da família e do lar.

I – Pais no Antigo Testamento

1. Sob a égide da Teocracia. 

No Antigo Testamento, os pais viviam sob a Teocracia, ou sob o governo de Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas, de caráter espiritual, moral, social, ou familiar, emanavam da Lei de Deus. Os pais não tinham grandes desafios, no relacionamento com os filhos, pois os mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e os estatutos de Deus (Dt 5.31). Eles eram de fato os sacerdotes do lar.

2. Os pais tinham mandamento de ensinar a seus filhos (Dt 11.18-21).   

Os profetas entregavam a mensagem de Deus; os pais a aceitavam e transmitiam aos filhos.

3. Os judeus eram cuidadosos na educação dos filhos. 

Aos 12 anos, eles passavam (e ainda passam) pela cerimônia do “Bar-Mtzvá”, quando já deveriam saber de cor os pontos mais importantes da lei. A sinagoga era templo e era escola também. 

II -  Pais no Novo Testamento

1. A educação era integral. 

Nas poucas referências sobre o tema, vemos o exemplo da educação do menino Jesus. Diz a Bíblia (Lc 2.40, 52). Esses textos nos falam da educação espiritual (“em espírito”), no conhecimento de Deus e intelectual (“cheio e sabedoria”), no crescimento físico (“em estatura”), e no crescimento espiritual e social (“em graça para com Deus e os homens”).

2. Os filhos eram sujeitos aos pais. 

Ainda que não se possa generalizar, por falta de informações, mais uma  vez, na educação de Jesus, vemos que seus pais sabiam criá-lo sob sujeição ou disciplina (Lc 2.51). Nos tempos atuais, a rebeldia na família é tão grande que muitos pais não sabem o que fazer.

3. Os pais são exortados a ensinar os filhos.

“E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4 – grifo nosso).

III – A Educação Antiga e a moderna 

O pastoreio da nova geração é diretamente influenciado pelo tipo de educação que for transmitida à família. Há diferenças fundamentais entre a educação antiga e a educação na pós-modernidade.

1. A Educação Antiga. 

 Nas décadas passadas, os pais criavam os filhos na base do autoritarismo. Tudo era feito na base de um relacionamento rígido. A igreja evangélica, em muitos casos, colaborou para esse tipo de educação. Era a educação repressiva. Eram comuns os castigos físicos, com o uso da “vara” para as falhas mais simples. Teve seu aspecto positivo, pois os filhos eram obrigados a respeitar os limites que lhes eram impostos. Havia respeito aos pais, aos mais velhos, e às normas. Os aspectos negativos dessa educação manifestavam-se tempos depois, quando os filhos tornavam-se independentes. De certa forma, essa educação contrariava a Bíblia, que manda criar os filhos sem provocá-los à ira (Ef 6.4).

2. A Educação Moderna.

Na educação moderna, de uns trinta ou quarenta anos passados, os psicólogos levaram os pais a não ter autoridade sobre seus filhos, para não serem repressivos. Assim, grande parte dos filhos passou a ter uma educação permissiva. Para eles, quase tudo é permitido. Os especialistas aconselham que não se deve reprimir para que os filhos não fiquem frustrados. O resultado dessa educação é uma libertinagem e uma permissividade absurda, a ponto de pais permitirem que suas filhas pratiquem sexo com os namorados em suas próprias residências. É a educação permissiva.

Esse tipo de educação leva os filhos, desde crianças, a não respeitarem limites, normas e princípios. Aliás, essa educação “moderna”, em geral, não tem princípios morais, éticos, e muito menos espirituais. É uma agressão aos princípios bíblicos, que exorta aos pais a criarem seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b); e manda ensinar ao menino o caminho em que deve andar, para que, quando envelhecer, não se esqueça dele (Pv 22.6).

O que os pais cristãos devem escolher? A educação repressiva, que levou muitos filhos à frustração e ao desvio dos caminhos do Senhor? Ou a educação permissiva, que tem levado muitos à pecaminosidade, à libertinagem e à condenação espiritual? Certamente, nenhum dos dois tipos é desejável aos pais cristãos. Mas há uma terceira via, que é a da Educação Cristã.

IV -  A Educação Cristã 

A nosso ver, é a única forma de educação que pode resultar em benefícios espirituais, morais, éticos, sociais e físicos para os pais e para os filhos. É a alternativa para evitar-se a repressão, o autoritarismo, e a permissividade, que tantos prejuízos causam à formação da família. Alguns aspectos dessa abençoada educação podem ser resumidos como se seguem. É uma síntese dos cuidados espirituais que os pais cristãos devem ter para com seus filhos. Não deve ser repressiva nem permissiva. Com a educação cristã, podemos ter um pastoreio eficaz para as novas gerações. É uma educação amorosa e formativa.

1. Os filhos devem ser vistos como herança do Senhor (Sl 127.3 a). Assim, devem ser tratados com muito zelo, cuidado e amor. 

2. Os filhos são prêmios de Deus. “e o fruto do ventre, o seu galardão” (Sl 127.3b). Galardão é prêmio. Sempre os pais devem ser gratos a Deus pelo filho ou pela filha que nasceu no seu lar. São presentes, ou prêmios, vivos, que devem ser cuidados, guardados, e criados com muito amor. 

3. Os pais devem ensinar a palavra de Deus no lar. Os pais devem ser os primeiros e os mais importantes professores de seus filhos (Pv 22.6)”. E (Dt 11.18-21) esse princípio, da educação no AT, é válido e atual para os dias presentes, se os pais querem ver seus filhos bem formados na vida espiritual.

4. Os filhos devem ser criados na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4). Os pais não devem ter medo de doutrinar, de ensinar os filhos os princípios da palavra de (Hb 4.12). O ensino da Bíblia é mais poderoso que castigos físicos, psicológicos, e todo o tipo de repressão desnecessária.

5. O culto doméstico é de grande valor para a vida dos filhos. Infelizmente, a maioria dos pais cristãos não fazem o culto doméstico. É um trabalho simples, mas de grande efeito sobre os filhos e sobre a família em geral. É como acender o altar da adoração no lar.  É melhor do que deixar os filhos presos ao altar da televisão. Fortalece os laços afetivos e espirituais entre pais e filhos. Pode ser feito em 15 minutos por dia, apenas! Cânticos, leitura bíblica, pedidos de oração, e oração por todos, um por um, etc. Lembremos: a pior educação é a da “babá eletrônica”, a TV (ver Sl 101.3; Dt 7.26). Pior ainda é a da “conselheira eletrônica” - A Internet. Muitos têm sido pervertidos por esses meios pós-modernos de (des) educação.

6. Os filhos devem ser levados, ou incentivados a ir à igreja local. A igreja deve ser a continuação do lar. E o lar, a continuação da igreja. Um deve completar o outro. Quando crianças, os pais devem leva-los à igreja, à Escola Dominical, aos cultos. Quando adolescentes e jovens, devem ser persuadidos a ir à casa do Senhor. Se, desde crianças, forem acostumados a ir à igreja, quando jovens darão valor a essa prática saudável (Mc 10.13-16). 

Com essa visão, entendemos que a saída para os pais crentes é desenvolver, em seu lar, os princípios bíblicos para a educação dos filhos. Do contrário, a deseducação formal e agressiva, nas escolas, vai leva-los para longe de Deus. Só há esperança para as novas gerações permanecerem nos caminhos do Senhor, se o lar for a continuação da igreja e a igreja a continuação do lar, de maneira inteligente, com harmonia e amor. 

Artigo extraído da revista do ano 15 - nº 57 – (jan/fev/mar de 2014) 

ARTIGO: Conflitos familiares - Como a Escola Dominical pode ajudar a resolvê-los .

 

Conflitos familiares - Como a Escola Dominical pode ajudar a resolvê-los 

Introdução  

Em toda a Bíblia, percebemos a importância da família. Ela é uma instituição criada por Deus, e todo projeto de Deus não foi feito para fracassar. Entretanto, no decorrer dos séculos, a família foi perdendo sua identidade. Existiram, e ainda existem vários fatores que contribuem para a fragilidade da mesma. 

Segundo a Sociologia, a família é um organismo vivo, um sistema aberto, ou semi-aberto, pois ela dá e recebe informações, energia, trabalho, objetos e trocas permanentemente, o que possui e o que precisa com seu ambiente social.  

Moura (2012) nos chama atenção dizendo que, não existe fórmula para se evitar os conflitos, mas se os envolvidos adotarem atitudes como o autocontrole, a paciência e a prudência, especialmente no trato com as palavras, a harmonia, a reconciliação e o bom convívio estarão presentes na vida familiar.

Definindo alguns conflitos 

A família é constituída pelos cônjuges, pais, filhos e irmãos, cada um com sua personalidade e conflitos. Os maiores conflitos estão na área do relacionamento, e envolvem falta de diálogo, falta de tempo, crises existenciais, isolamento, orgulho, falta de disciplina e falta de elogio. 

Sabemos que a família inicia com o casamento, e para que o mesmo seja equilibrado, é necessário que os cônjuges se amem e se respeitem. As crises entre marido e mulher têm se agravado, pois existe entre os cônjuges uma baixa tolerância à frustração, uma resistência à mudança e o egoísmo.

Outro fator que gera conflito na família é a educação dos filhos. Segundo a Bíblia, eles são heranças do Senhor e são como “flechas na mão do valente”. É importante lembrar que eles precisam de atenção, amor e disciplina. 

O desenvolvimento humano é constituído por fases. No bebê, existe a fase chamada Anomia, ou seja, de completa ausência de regras. Não adianta dizer para um bebê parar de chorar que a mãe tem que trabalhar no dia seguinte, pois ele não entenderá. Na infância, predomina a Heteronomia, ou seja, a regra é imposta pelo adulto. Quando os adultos têm dificuldades em dizer “não” para uma criança, a mesma crescerá com uma baixa tolerância à frustração. Na adolescência, começa o predomínio da Autonomia, mas é importante lembrar que esta fase é uma das mais conflituosas, pois se em uma das anteriores houve problemas, na adolescência os mesmos poderão se agravar. 

Os conflitos entre pais e filhos encontram-se mais nas áreas da disciplina e da autoridade dos pais. Segundo o psicólogo Artur Nogueira, as pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias. Não vemos mais pais e filhos se elogiando. Lembre-se: o filho gosta de ser lembrado, e o pai ou a mãe gostam de serem reconhecidos e valorizados.  

Outro conflito enfrentado pela família é a falta de compreensão, pois o filho deve entender as responsabilidades que estão sobre os pais e os pais devem compreender as fases de transição na vida dos filhos, bem como seus conflitos e inseguranças. 

Entretanto, mesmo enfrentando essas mudanças, a família atual, neste conceito ampliado, continua sendo o primeiro grupo de vital importância onde o ser humano se relaciona tendo sua função biológica e social.  

Em suma, todos os membros da família devem ter um só propósito, que é servir e agradar a Deus, e cada um deve cumprir o seu papel dentro da família. Os pais devem ser facilitadores na aprendizagem da vida, devem ser modelos para os filhos, devem ser agentes que preparam um bom caminho para os mesmos, e os filhos devem obedecer e respeitar os pais. Nunca esquecendo a presença maravilhosa do Espírito Santo, pois é Ele que nos ensina a tomarmos a decisão certa na hora mais difícil de um relacionamento.

A Escola Dominical como auxiliadora nos conflitos familiares   

Na Escola Dominical, o fator pedagógico envolve a figura do ensinador. Como destaca o pastor Marcos Tuler, ele deve ser diferente, pois ensinar não é somente a transmissão do conhecimento. Educar não é somente professar, ensinar e instruir. É preciso um envolvimento maior.  Segundo La Rosa (2003), aprender a aprender envolve a curiosidade, característica que revela uma inteligência aberta à realidade, a qual é inesgotável, seja ela física, biológica ou sócio-cultural. O aprendente revela-se um curioso, característica profundamente humana. Aprender, então, passa a ser uma tentativa de compreender, de modo mais aprofundado, algo novo ou algo do qual já se possui alguma informação. Por isso a busca incessante pelo conhecimento. 

Quando a família frequenta a ED, ela está tentando melhorar não somente sua vida intima com Deus, mas sua vida como um todo, e isso envolve a vida sócio-cultural, emocional e interpessoal. Diante dessa demanda, o ensinador precisa estar preparado, qualificado, ter uma intima comunhão com Deus, ser flexível e dedicado. Pois somente assim poderá influenciar e modificar a vida familiar dos seus alunos. 

É fundamental que o professor entenda que as famílias estão passando por um momento de crise. Ele precisa ter conhecimento de quais crises estão afetando a mesma.

Outro fator importante que o professor não deve esquecer é que todo aluno, ao iniciar um processo de aprendizagem, já traz consigo uma série de conceitos, crenças e informações de vida, que vão servir de filtro para a elaboração de novos conhecimentos. Isso porque o verdadeiro conhecimento deve gerar um novo comportamento, modificar hábitos, rever métodos. Essa é a razão básica de se aprender algo novo. 

Na visão de Lebar (2009), o estudante não controla completamente o ambiente e o ambiente não controla completamente o aluno. O ambiente influencia o ser, mas não o controla. Como Departamento, a Escola Dominical pode auxiliar as famílias promovendo palestras e encontros, trazendo assuntos atuais e envolventes. Lembrando sempre que ensinar não consiste em aplicar cegamente uma teoria nem em conformar-se com um modelo. É, antes de tudo, orientar na resolução de problemas, instruir para se tomar decisões e agir em situações de incerteza, e, muitas vezes, de emergência. Somente aquele que vive uma experiência de aprendizagem significativa pode compartilhá-la para transmiti-la.  

Segundo Rubinstein (2003), não se aprende de qualquer um; aprende-se daquele que está no lugar do conhecimento, seja pai ou mestre. Isto é aprendizagem. Aprende-se de quem se supõe saber. Pois o conhecimento não é transmitido de cofre. São transmitidos sinais, e é o próprio sujeito que, se apropriando desses sinais, constrói o conhecimento. Mas, para que o sujeito da aprendizagem conheça, o desejo é fundamental. O desejo de conhecer e a capacidade para conhecer andam juntas. 

Conclusão    

Observando a família atual, percebemos  grupos confusos, muitas vezes contraditórios, oscilando entre dois modelos: um hierarquizado e outro igualitário. Pode-se dizer que isso diz respeito ao fato de a modernidade ter afetado a família contemporânea, refazendo seus alicerces. Porém, apesar das pressões sem precedentes, que colaboram para a atual situação familiar, a família está e sempre esteve no centro da civilização e, mais do que isso, no centro da vontade de Deus. Seus alicerces bíblicos e naturais devem ser preservados. 

Segundo Carvalho (2007), não se pode pensar em educação tendo apenas o mobiliário e a figura do professor à frente expondo suas ideias, pois educar não é somente professar, instruir e ensinar. Essa nobre tarefa vai além das raias da informação ou simples instrução. Educar tem a ver com transmissão, assimilação de valores culturais, sociais e espirituais. Quem exerce apenas tecnicamente a função de ensinar não tem consciência de sua missão educativa, formadora de pessoas e de “mundos”.  

Portanto, a Escola Dominical, pode fazer muito para atenuar, ou mesmo resolver os conflitos familiares, tornando os encontros criativos, trazendo novidades e mostrando aos membros da família, o que são esses conflitos e como eles podem ser resolvidos. 

O bom ensino vem de um bom aprendizado. Somente assim poderemos envolver os membros da família na obra de Deus e fazer com que, mesmo enfrentando grandes desafios e grandes conflitos, eles permaneçam fiéis. Podemos ser sábios, se dermos ouvidos à Palavra; ou tolos e fracassados, se nos recusarmos a aprender.

Artigo extraído da revista Ensinador Cristão do ano 15 - nº 59 – (jul/ago/set de 2014)

ARTIGO: Como motivar as pessoas para a ED?

 

Como motivar as pessoas para a ED? 

A Escola Dominical não precisa de marketing, e sim de exemplos!

Penso que uma das grandes preocupações de pastores que têm sob sua responsabilidade uma congregação ou de superintendentes da Escola Dominical, seja a baixa frequência na ED. Muitas vezes, a grande pergunta é: “o que fazer para motivar as pessoas?”. Não há uma resposta direta ou “milagrosa” para esta pergunta. Percebo, porém, que estamos focados em pontos materiais e deixamos de lado o fator humano. 

Pensando na pluralidade das várias igrejas da nossa denominação no Brasil, com diferentes características regionais e sociais, proponho uma reflexão prática sobre um tema simples, porém de extrema profundidade. 

Conversando com superintendentes e pastores de igrejas, percebi que o exemplo é um fator para motivação enquanto que a falta dele é um fator claro para desmotivação. 

A primeira observação está no âmago da família cristã. Os pais precisam dar o exemplo a seus filhos, participando da Escola Dominical. Mas participar não é apenas comparecer na Escola Dominical, ouvir alguma informação, levantar e ir embora. É mais do que isto!

As crianças e adolescentes observam seus pais e os imitam. Então, os pais precisam ir até a Escola Dominical, motivados a aprender. Aprender é diferente de ser informado. Aprender é quando aquilo em que ao estudar por meio formal ou informal, o objeto do estudo causa algum tipo de mudança naquele que aprende. Esta é uma definição “clássica” da Pedagogia e essencial para a vida cristã. Logo, se eu vou a Escola Dominical e nada muda em mim, então eu não estou aprendendo, eu estou sendo apenas informado. 

Os pais dão o exemplo quando demonstram que tem vontade em aprender e também “celebram” este aprendizado com mudanças que são observadas por seus filhos. Pequenas ações os marcarão como fator de motivação. Citando algumas: ao voltarem para casa após a Escola Dominical, os pais podem demonstrar como aprenderam o novo assunto ministrado ou podem comentar durante a refeição sobre o tema da lição, explicando aos seus filhos (observando a linguagem para cada faixa etária). Também seus filhos devem ver seus pais estudando a lição durante a semana. Os pais também dão exemplo com atitudes práticas. Primeiramente, devem levantar-se cedo no domingo, com tempo hábil para uma refeição agradável, e para que os filhos tenham tempo para “acordar” adequadamente para irem a Escola Dominical. Não se deve iniciar o domingo com gritos para acordar um ou outro, e os pais devem estar alegres em levantar para irem a igreja. O domingo precisa ser lembrado pela alegria em ir à Casa do Senhor para aprender (Sl 122.1, Sl 84.10). 

Outro ponto importante é a manifestação dos pais quanto ao aprendizado de seus filhos. Algumas igrejas (penso que a maioria) efetua encerramento da Escola Dominical, onde as classes, principalmente de crianças, apresentam o Texto Áureo e também apresentam algum cântico ou algo assim. Neste momento, sugiro que os pais mostrem que estão assistindo as crianças, tirem fotografias, façam filmagem, “vibrem” com seus filhos, porque eles estão aprendendo a Palavra de Deus, na linguagem deles, do jeitinho deles, mas certamente estão aprendendo. Quando os filhos são maiores, como pré-adolescentes, adolescentes e jovens, os pais podem perguntar sobre o que os filhos aprenderam na ED, inclusive durante a semana, podem estudar com seus filhos, ajudando-os a decorarem textos bíblicos. Parece que estamos mais preocupados com o ensino secular (que é importante obviamente) do que com o ensino bíblico de nossos filhos. Ir à Escola Dominical é quase que uma obrigação. Será que não estamos justamente passando uma mensagem a nossos filhos de que a Casa de Deus ou aprender de Deus não é tão importante? Que Deus tenha misericórdia de nós! 

Os professores têm um papel importantíssimo e são fatores para motivação, mas também devem dar o exemplo como membros fiéis e comprometidos com o Senhor. Suas atitudes fora da ED são observadas, principalmente pelas crianças. Devem estar preparados para dar aula, mas suas vidas deve ser um grande exemplo aos alunos.  

Por último, mas não menos importante, estão o pastor ou dirigente da igreja e seus obreiros auxiliares. Infelizmente tenho observado pastores e obreiros que não estão presentes na Escola Dominical, inclusive aparentemente até agem com um certo desdém quanto a Escola Dominical, como se não fosse importante. 

O líder, pastor ou dirigente deve ser o exemplo para a igreja conforme nos orienta Paulo (Tt 2.7, 1 Tm 4.12, 2 Ts 3.9), incluindo comparecer assiduamente na ED. Dentro da Escola Dominical, o pastor ou dirigente pode ser aluno ou professor. Se ele for aluno, ele deve ajudar o professor da classe em que está matriculado em questões polêmicas ou “delicadas” que possam surgir, mas os alunos devem ter liberdade para questionarem.  

O pastor deve estar cedo na Escola Dominical, preferencialmente recebendo os irmãos. O pastor também pode visitar as classes das crianças, adolescentes e jovens e nestas classes, uma boa prática é fazer a oração que inicia a aula, abençoando os alunos e o professor da classe. São pequenas coisas que o pastor pode fazer e que serão guardadas na memória dos membros como demonstração de amor pelo rebanho. 

O pastor deve ressaltar que a Escola Dominical é importante para a vida prática dos membros e deve ser tratada como algo importante para a família e para o ministério local. Ela não pode ser relegada a algo em segundo plano ou sem importância. E esta importância deve ser demonstrada pelos obreiros, como um dos principais elementos da igreja evangélica, porque através dela os membros aprendem mais da Palavra do Senhor. Além disto, a ED é um espaço para diálogo. É o momento em que as pessoas podem fazer perguntas sobre assuntos específicos, que (usualmente) não são feitas durante os cultos. 

Mesmo em tempos de Pós-Modernidade, o fator humano é o mais importante para a Escola Dominical, portanto, pastores e líderes dando exemplo e pais e mães sendo referência para seus filhos são fatores de motivação direta para a Escola Bíblica Dominical. Estes dois itens são aplicáveis em qualquer região, cultura e classe social.  

Apliquemo-nos a conhecer o Senhor; sua vinda é certa como a da aurora; ele virá a nós como a chuva, como a chuva da primavera que irriga a terra. 

Artigo extraído da revista Ensinador Cristão Ano 15 - nº 60 – (out/nov/dez de 2014)

ARTIGO: 12 maneiras de atrair mais pessoas para Escola Dominical .

 

12 maneiras de atrair mais pessoas para Escola Dominical 

1) Esteja certo de que sua classe merece ser assistida – Uma classe desorganizada, despreparada ou com um plano de aula enfadonho não irá causar boa impressão nos visitantes. Esteja certo de que a presença em sua classe será uma experiência positiva para os alunos. Eles voltarão. As crianças e jovens implorando para ir à igreja é um poderoso motivador para os pais. 

2) Crie uma lista de prospecção da classe – Compile as informações básicas dos participantes, incluindo número do telefone, endereço, nome dos pais e parentes mais próximos. O e-mail da família e informações de como essas pessoas chegaram à igreja. Para a classe de crianças coloque o o nome de cada uma delas com idade e que grupo melhor se encaixaria.  

3) Ore por sua lista de prospecção – Faça dessa prática algo regular. Rogue especialmente para que o Senhor lhes dê o crescimento na fé e oportunidade para que cada uma deles possa convidar outros à classe. Você ficará surpreso com o que Deus pode fazer. 

4) Envie convites – Crie convites ou cartas pessoais para sua classe. Elas podem ser enviadas por meio eletrônico também. Escreva as informações básicas sobre a classe e os benefícios que irão apelar à sensibilidade dos pais e amigos. 

5) Faça visitas – Quando você for à casa, leve a revista da Escola Dominical. Apresentá-la à família ajuda a aproximar as pessoas que não têm o hábito nem familiaridade com a igreja. Somente uma visita amistosa para mostrar o seu interesse e cuidado com as pessoas. 

6) Peça ao seu pastor para promover a Escola Dominical – Às vezes firmar a lembrança por meio do pastor irá ajudar as famílias a firmar compromisso. Ele pode simplesmente fazer um anúncio, adicionar um ponto ao sermão. Você pode usar um boletim ou quadro de avisos para promover a ED. 

7) Planeje eventos especiais para a classe e para convidados – Isso pode ser uma festa da pizza depois da classe ou um encontro na casa de alguém. Inclua pais, outras pessoas que possa alcançar e líderes da igreja. Construir relacionamentos e amizades fora da(s) classe(s) é importante. 

8) Conecte-se com as pessoas online – Use o Facebook para manter contato. Esse é um meio fácil e não ameaçador para acompanhar um ausente da Escola Dominical. 

9) Ofereça brindes aos visitantes de primeira vez – Tome atitudes de valor que encoraje os alunos a trazerem outros. Que tal dar um CD ou DVD de brinde. Mas esteja certo de que junto vai um bilhete com uma nota de estímulo e convite que alcance os que estão próximos. 

10) Certifique-se sempre de que os alunos existentes continuam chegando – Não se esqueça de recrutar as crianças que já são fiéis para ajudar. Estimular e parabenizar os pais pelo seu papel na obtenção de outras crianças ou jovens para as aulas todas as semanas é importante. Você pode até mesmo enviar notas ocasionais de agradecimento. Este incentivo vai ajudar os membros existentes em sua classe a permanecerem comprometidos. 

11) Organizar para alcançar outros – Algumas crianças, jovens e adultos seria frequentes se pudessem conseguir carona. Embora complicado, se organizar isso com jeito é uma boa maneira de um servir ao outro. Todavia é preciso seguir todas as políticas de segurança.  

12) Recrute um campeão na ED – Este pode ser um membro que não ensina na ED. Ele pode ajudar com as cargas de trabalho e estratégias e possam ser uma valorizador da ED. 

Artigo extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 17 - nº 68 (out/nov/dez de 2016)

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele me ama - Berçário.

 

Lição 06 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele me ama 

4º Trimestre de 2020

Objetivo da lição: Levar o aluno a compreender que Deus nos ama, e que por isso devemos louvá-lo.

É hora do versículo: “Ó Senhor Deus, como eu te amo! [...]” (Salmos 18.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão que Jesus está sempre conosco, é bom e nos ama. Ele cuida de nós em todos os momentos porque nos ama muito. O Papai do Céu é como o nosso papai e a nossa mamãe para nós. Ele nos leva no seu colo e nos protege de todo o mal no seu forte abraço.

Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem, com giz de cera, o desenho de Jesus abraçando as criancinhas. Reafirme que é assim que o Papai do Céu faz conosco em todos os momentos. Ele nos ama e não nos abandona. Por isso devemos louvá-lo.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - Jesus Faz Amizade perto do Poço - Jd. Infância.

 

Lição 6 - Jesus Faz Amizade perto do Poço 

4º Trimestre de 2020

 

Objetivos: Os alunos deverão aprender que o verdadeiro amigo de Jesus deve adorá-lo de todo o seu coração; e saber que quem é amigo de Jesus, fala de seu amor e salvação para todas as pessoas. 

É hora do versículo: “Ó Senhor Deus, eu te louvarei com todo o coração [...]” (Sl 9.1).

Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história da mulher samaritana, que devemos adorar ao Papai do Céu com todo o coração e em todos os lugares onde estivermos, foi isso que Jesus quis dizer para ela. Jesus não tinha nenhum problema de falar do amor do Papai do Céu e da salvação para a mulher ali no poço só porque ela não era judia como Ele. Pelo contrário! Ela precisava mesmo ouvir que Jesus veio para o perdão dos nossos pecados. 

Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho da cena que ilustra o encontro de Jesus com a mulher samaritana e entregue para as crianças colorirem. Reforce que a mulher foi até a sua cidade e falou do amor do Papai co Céu por todos. Assim deve agir um verdadeiro amigo de Jesus.

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Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - Jesus, O Pão da Vida - Pré Adolescentes.

 

Lição 6 – Jesus, O Pão da Vida 

4º Trimestre de 2020 

TEXTO BÍBLICO: João 6.47-59.

OBJETIVO:
• Reconhecer que todo o sustento vem de Deus;
• Entender os conceitos de temporário e eterno;
• Compreender o conceito bíblico de vida eterna.

Olá prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão verdades espirituais fundamentais para a caminhada cristã. O evangelista João relata em seu evangelho uma das representações mais intensas a respeito da intimidade e comunhão com Deus. Jesus se autodeclarou “o pão vivo que desceu do céu”, um pão que alimenta a alma de todo aquele que nEle crer. A princípio, os discípulos não compreenderam muito bem o que Jesus quis dizer com essa comparação. Estaria o Mestre sugerindo que seus seguidores se alimentassem literalmente da sua carne e do seu sangue? Evidentemente que não, pois os elementos utilizados por Jesus nesta passagem tinham significado relevante para os judeus daquela época.

Note que o discurso do Jesus é direcionado a um grupo de judeus que o seguiam a fim de questioná-lo sobre os seus ensinamentos. Ao perguntarem sobre a obra de Deus, a resposta de Jesus desloca o entendimento de seus ouvintes do material para o espiritual: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que Ele enviou” (Jo 6.29). A resposta de Jesus aponta que Ele não é o pão que alimenta o corpo físico (embora o seu corpo seja representado no alimento da santa ceia), mas é o pão que nutre a alma do ser humano (6.50,57). Tudo o que os homens buscam ou inventam não podem saciar as necessidades da alma, pois tais necessidades somente a presença de Deus pode suprir.

Ao declarar estes ensinamentos sobre o alimento que nutre a alma, isto é, a fé no Filho de Deus que produz a vida eterna, Jesus usa uma expressão polêmica ao tratar com seus ouvintes: “quem come a minha carne e bebe o meu sangue”. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, pp. 1584-85) discorre a respeito desta frase:

Esta expressão de Jesus revela que recebemos a vida espiritual crendo em Cristo e tendo parte nEle e nos benefícios redentores da sua morte na cruz (Rm 3.24,25; 1 Jo 1.7). Destaca, ainda, a verdade que continuamos a ter vida espiritual à medida que permanecemos no Cristo vivo e na sua Palavra. Compare o versículo 53 com o 63, onde Ele diz: ‘as palavras que eu vos disse são espírito e vida’. Participamos de Cristo, portanto, à medida que temos fé nEle e aceitamos a sua Palavra em atitude de oração.

1. Jesus é a Palavra (‘Verbo’) viva (Jo 1.1-5). A Bíblia é a palavra escrita (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Jesus é o ‘pão da vida’ (v. 35) e em Mt 4.4 Ele disse: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’. Portanto, comemos a sua carne ao receber e obedecer à Palavra de Deus (v. 63).

2. Somos salvos pela graça de Deus e pelo poder regenerador do Espírito Santo, primeiramente por ouvir e aceitar a Palavra (Jo 1.12; At 2.41). Continuamos salvos e participantes da graça divina, recebendo continuamente a Palavra de Deus, lendo-a, obedecendo-a e absorvendo-a, em nosso espírito (1 Tm 4.13-16; Tg 1.21). Tendo isto em vista, é fatal o abandono da comunhão com Cristo ou com sua Palavra.

Considere as observações aplicadas no texto acima e leve para a sala de aula os elementos da santa ceia a fim de que os seus alunos possam familiarizar-se com este memorial tão importante para a vida cristã. Você pode levar pão comum e o suco de uva (não utilize os alimentos oficiais da santa ceia da igreja) e explicar a seus alunos o sentido da santa ceia, assim como a importância de participarem deste momento após o batismo. Em seguida, sirva aos alunos e explique que esta atividade não tem o mesmo valor da ceia oficial, mas é útil para o aprendizado e crescimento espiritual.

Tenha uma boa aula!

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - Os Pré Reformadores - Adolescentes.

 

Lição 6 - Os Pré Reformadores 

4º Trimestre de 2020

TEXTO BÍBLICO: Apocalipse 3.1-6

DESTAQUE: "Mas alguns de vocês de Sardes têm conservado limpas as suas roupas. Vocês andarão comigo vestidos de roupas brancas, pois merecem esta honra." (Apocalipse 3.4)


OBJETIVOS:
Fixar a importância de ser uma reserva moral e espiritual em meio à corrupção deste mundo, que tenta minar as igrejas;
Destacar o exemplo de servos de Deus do passado que cumpriram fielmente suas vocações, apesar de todas as pressões em contrário;
Estimular seus alunos a lerem sobre a vida de grandes servos de Deus desse período difícil da história da igreja.

Olá Caro(a) Professor(a),

Na lição de hoje, veremos como começou o movimento de despertamento espiritual que culminou na Reforma Protestante. 

Na lição de hoje, veremos como começou o movimento de despertamento espiritual que culminou na Reforma Protestante. Para lhe auxiliar, vamos aprofundar o conhecimento sobre o mais antigo desses movimentos, que começou por volta de 1180. Veja essa história:

"Pedro Valdo (1150-1218) tinha uma vida fácil. Nascido em Lyon, França, filho de um comerciante rico, Pedro torna-se-ia ele mesmo um homem de negócios e agiota bem-sucedido. 

No entanto, em 1175 ou 1176, Pedro Valdo (às vezes escrito Valdes) vivenciou uma conversão transformadora, como a do apóstolo Paulo.  

Ele ficou tão consumido de paixão pelas Escrituras que empregou dois sacerdotes para traduzir as partes principais da Bíblia para o francês, a fim de que as pessoas de Lyon pudessem lê-la.

Ao ler na Bíblia a admoestação para que se dessem tudo aos pobres, Pedro Valdo fez exatamente isso. Ele deu a casa para esposa e o restante da fortuna para os pobres. Então pôs as filhas em um convento e começou a viajar para pregar o que descobrira na Bíblia.

Seu entusiasmo e sua vida consistente logo atraíram seguidores.  Os Valldenses, como eram chamados, formavam pares e imitavam seu líder, viajando muito para pregar e ensinar. Como muitos deles não eram instruídos, ficaram conhecidos como os pobres de Lyon.

Eles não eram treinados para pregar, por isso apenas memorizavam partes da Bíblia e as  citavam em todos os lugares a que iam. A aparência tosca do grupo, bem como o fato de eles andarem descalços, provocou desdém e tornou-os alvo de zombarias. Depois de uma década, o desprezo se transformou em perseguição organizada. (...)

Os valdenses não deram muita atenção a isto. Eles iam aonde queriam e pregavam quando queriam. Tal desobediência ao protocolo começou a enraivecer os líderes da igreja. 

Além disso, a política de pregar em qualquer lugar e o estilo de vida simples e frugal dos valdenses era uma condenação aberta a riqueza e ao luxo da corrente majoritária da igreja, o que era intolerável para os clérigos. 

Os valdenses expuseram a mundanalidade do clero e rotularam a Igreja Católica de 'prostituta de Babilônia'. (...)

Por volta de 1182, apenas sete anos após a conversão de Valdo, o arcebispo de Lyon  expulsou-os da cidade. Dois anos depois, o Concílio de Verona (1184) os marcou oficialmente como 'hereges'.

Valdo e seus pregadores itinerantes tiveram de pregar escondido pelos 35 anos seguintes. Eles foram afugentados para os Alpes franceses onde foram caçados como animais.

No entanto, a perseguição não impediu o crescimento dos valdenses. Por volta do fim do século XIII,  eles haviam se infiltrado na maior parte da Europa. Embora numerosos, foram perseguidos com intensidade. (...)

Em 1209, Inocêncio [O Papa] até anunciou uma cruzada contra os valdenses, que juntamente com outros, foram vítimas do amplo julgamento teológico conhecido como 'Inquisição'. Apesar disso, eles não podiam ser silenciados e não o foram. 

A marca registrada do movimento valdense era sua determinação em pregar o Novo Testamento sempre na língua ou dialeto da região em que estavam.

A convicção de Pedro Valdo e seu respeito gnuíno pela palavra de Deus, como também a coragem dos milhares de seus seguidores, causaram a primeira fenda na base da extravagante igreja da Idade Média."


Boa aula!


Fonte: GARLOW, J. L. Deus e o seu povo. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 110-111.

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - Natã: Falando o que Deus Mandou Você Falar - Jovens

 

Lição 6 - Natã: Falando o que Deus Mandou Você Falar 

4 Trimestre de 2020– 08/11/2020

INTRODUÇÃO 

Um dos maiores desafios a quem serve ao Senhor é estar em sintonia com Ele. Mais que isso, somos desafiados a falar em nome de Deus, e isso é um privilégio que traz consigo alta carga de responsabilidade, pois quanto maior o nível de glória revelado, maior a exigência divina. Ser um porta-voz do Eterno exige de nós uma intimidade com Deus, além de atitudes que estejam de acordo com os padrões divinos. Não raro, é preciso discernir quando o Senhor está ou não está falando e não confundir nossa vontade com a de Deus, ainda que esteja aparentemente em sintonia com Ele.  Tal distinção é necessária, pois nossos pensamentos nem sempre são movidos pelos mesmos pensamentos do Eterno. Ele mesmo disse: Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. (Is 55.7-9) Neste capítulo, veremos o exemplo de Natã, o profeta que precisou voltar atrás numa coisa que disse, e, com a história dele, aprender que o Senhor pode usar-nos para falarmos com as pessoas, mas que só podemos falar em nome de Deus o que Ele realmente disse.

I – QUEM FOI NATà

Natã é apresentado nas Escrituras, em 2 Samuel, como um homem de Deus e profeta, sendo também usado pelo Senhor e apontado como escritor que registrou as crônicas sobre a vida e os feitos de Davi: “Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente” (1 Cr 29.29). Ele também é apresentado como uma das pessoas que auxiliou na instalação e organização do culto na Casa do Senhor, por orientação do próprio Deus, ajudando na disposição dos grupos de levitas que tocariam alaúdes e harpas. Natã desenvolveu um talento que ajudou Davi e Salomão na preparação do culto: inserir e organizar os cantos levitas que iriam tocar na Casa do Senhor. Esse ato foi importante duplamente, pois, atém de os levitas precisarem ser divididos conforme os instrumentos que tocariam nas celebrações ao Eterno, essa ordem de dividi-los tinha partido do próprio Deus. A iniciativa da obediência era de Davi, mas foi o Senhor quem ordenou que a música tivesse espaço no seu culto (2 Cr 29.25). Note que até mesmo os levitas que tocariam instrumentos tinham de ser organizados, pois a adoração ao Eterno precisa ser ordeira. Havia muitos músicos, e cada grupo louvaria no seu devido tempo. Desde o Antigo Testamento, há uma preocupação para que a adoração a Deus tenha beleza e expresse a grandeza dEle. Cânticos novos deveriam ser trazidos, e louvores mostrando os grandes feitos de Deus deveriam ensinados por meio de músicas (Sl 96.1-9). 

Davi, o rei que amava a música, compôs salmos que são entoados até hoje por cristãos de todo o mundo. O seu amor pelo culto a Deus e pelo ambiente onde Ele estava pode ser visto no Salmo 122.1:  “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” Ele amava tanto a Deus que fez questão de trazer a Arca de Deus para Jerusalém, fazendo desse momento uma festa para todos os que estavam presentes.  Ainda sobre a música na tradição religiosa dos hebreus.

A ligação com Davi e a monarquia não foi um impeditivo para que Natã exercesse o seu papel de profeta. Diferentemente do rei Saul, Davi buscava ao Senhor, e este respondia ao seu servo por diversos meios, inclusive usando pessoas como Natã. Natã era ligado à monarquia, à pessoa de Davi, e, estando nesse círculo social, foi lá usado pelo Senhor para falar com o rei. Não nos é dito como ele conheceu a Davi, mas é-nos informado que Davi respeitava bastante as palavras de Natã a ponto de ser confrontado pelo profeta sobre um pecado e, em seguida, pedir perdão a Deus. O Senhor tem servos seus em todas as esferas da sociedade, e aqueles que estão em posição de influência por bondade de Deus devem manter o temor a Ele e depender exclusivamente dEle em tudo. Pensemos numa pessoa como Daniel. Na Palavra de Deus, ele é descrito como um profeta, e ele era de fato. A revelação que o Senhor trouxe por intermédio do seu servo mostra muito o que vai acontecer nos últimos dias. Daniel, no entanto, exerceu o seu ministério profético sendo ele um profissional em terra estrangeira. O seu ambiente de trabalho era palaciano. Ele circulava nas altas esferas da sociedade no seu tempo. Nessa posição, ele foi a voz de Deus para advertir reis e ser um gestor de excelência. O livro de Daniel mostra-nos o quanto Deus importa-se com todas as pessoas independentemente da sua posição social. 

Os profetas eram homens e mulheres usados pelo Senhor para trazerem a sua Palavra de forma impactante. As suas palavras vinham diretamente do próprio Deus, não consistindo do fruto de um estudo dos textos, da sua organização em forma de sermão, da retórica para a comunicação e da prática da homilética. Eles foram usados por Deus a partir das revelações que recebiam, e essas revelações estavam relacionadas a eventos futuros, ou mesmo a situações correntes dos seus dias, como, por exemplo, a injustiça social, pecados individuais ou nacionais. Nem todos os profetas de Deus tiveram os seus nomes registrados nas Escrituras. Isso, porém, não invalida a importância que tiveram na história de Israel. 

II – CONFRONTANDO O REI DAVI 

Quando estava reinando em Jerusalém, Davi deixa de ir à guerra e, ao passear pelo palácio, vê uma mulher tomando banho. Ele, então, procura saber quem ela é e manda chamá-la. Mesmo ciente de que ela é casada com um dos seus mais leais guerreiros, Davi deita-se com ela. Como se fosse pouco quebrar uma aliança entre um casal, Davi engravida Bate-Seba e tenta encobrir o seu pecado trazendo o marido dela para casa. Como Urias veio, mas não tocou na sua esposa, Davi preparou tudo para que ele fosse morto. Além de adúltero, Davi tornara-se um assassino. Ele já havia matado homens em batalhas, mas o que fez contra Urias não se enquadrou em uma morte por legítima defesa na guerra. Ele planejou a morte de um dos seus melhores soldados e deixou-o para ser morto covardemente pelo inimigo. Isso foi tão grave que o próprio Deus disse: Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e mataste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher.

Mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus, Davi deixou-se levar. O rei pagou um alto preço dentro da sua própria casa por conta dos seus desejos. O Senhor acentua o pecado de Davi quando diz que os filhos de Amom mataram Urias. Um soldado que vai à guerra sabe que pode ou não voltar para casa, mas, no caso de Urias, a ordem para a sua morte partiu de Davi a fim de que os seus inimigos matassem o soldado e ele entrasse na estatística de mortos de guerra. Deus, no entanto, não pensava como Davi. 

Apesar do pecado de Davi, o Senhor quis restaurá-lo, só que tal feito não seria possível se Davi não fosse confrontado com o seu próprio erro, e Deus iria usar Natã para essa missão.  Para chegar ao coração do homem segundo o coração de Deus, Natã busca um método bastante didático — contar uma história. Histórias costumam prender a atenção de quem as ouve, e esse mecanismo captou a atenção do rei. O profeta não se aproveitou dos seus dons para humilhar o rei. As acusações contra Davi eram graves, e o julgamento divino já havia sido decretado contra ele. O seu pecado — matar um dos seus mais fiéis guerreiros e apropriar-se da viúva grávida — não passaria sem consequências, mas o Senhor estava pronto para tratar com Davi. Natã contou a história de um homem rico que tinha várias ovelhas e que era vizinho de um homem simples, dono de uma única ovelhinha. No dia em que recebeu uma visita, o homem rico sacrificou a ovelha única do homem pobre e usou a sua carne para dar à visita. Essa história deixou Davi bastante irritado. Ele havia sido pastor de ovelhas quando adolescente e, impressionado pela história, disse que aquele homem rico deveria ser morto pelo que fizera — isso sem saber que as suas palavras eram o veredito do pecado que ele mesmo cometera. 3. Um Rei que se Arrependeu Natã, usado por Deus, respondeu ao rei Davi que o homem rico daquela história era o próprio rei, apresentando, assim, o pecado de Davi, que tomou a esposa de outro homem como se fosse sua. A estratégia atinge o seu objetivo. Convencido do seu erro, Davi demonstra arrependimento, pois sabia que o seu pecado era digno de morte. Ele, então, externa a sua preocupação, que era perder a presença de Deus na sua vida: “Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Sl 51.11). Ele sabia que a comunhão que tinha com o Senhor era mais importante do que ocultar um pecado; assim sendo, sujeitou-se à disciplina imposta. O preço que pagou no futuro e dentro da sua própria casa foi alto, porém Davi contou com a misericórdia de Deus. Neste episódio de Natã para com o rei Davi, fica demonstrado que dons e talentos são bênçãos do Senhor, mas usá-los com sabedoria faz com que o projeto de Deus seja estabelecido no tocante à comunicação conosco. Davi arrependeu-se do seu pecado e voltou-se para Deus. 

III – FALANDO O QUE DEUS MANDOU

Um segundo momento importante na história de Natã e Davi refere-se a quando este já era rei. O seu amor pelo Deus de Israel e pela celebração do culto impulsionaram-no a trazer a Arca de Deus para Jerusalém em uma celebração pública em que ele chegou a oferecer sacrifícios e abençoou o povo. Para Davi, foi um momento de alegria; já para Mical, a sua esposa, foi um momento de vergonha (ver 2 Sm 6.20-23). Pelo teor do texto, Davi ficou tão empolgado com a possibilidade de a Arca da Aliança estar em Jerusalém que acabou não prestando atenção nos seus próprios modos, e, de alguma forma, partes do seu corpo apareceram, causando repulsa em Mical, filha de Saul. Lamentavelmente, Mical não pôde ter filhos de Davi. É curioso como a informação da esterilidade de Mical é apresentada justamente após a sua discussão com Davi. Após esse cenário, inicia-se o ponto alto da narrativa. 1. Um Desejo Lícito A Palavra de Deus mostra-nos que, antes de morrer, Davi teve o desejo de construir um santuário para o Eterno. Sendo ele o segundo rei da monarquia, desejava deixar um legado não apenas para ser lembrado, mas igualmente para refletir a sua fé e a sua devoção ao Senhor: “Sucedeu, pois, que, morando Davi já em sua casa, disse Davi ao profeta Natã: Eis que moro em casa de cedros, mas a arca do concerto do Senhor está debaixo de cortinas” (1 Cr 17.1). Davi desejou deixar um legado à posteridade em homenagem ao Deus de Israel. O Eterno merecia um lugar de adoração para congregar o seu povo. Davi não se esqueceu do que o Senhor fez por ele. Houve outras pessoas que conseguiram destaque e foram prósperas em Israel. Alguns deles, como Davi, conseguiram a sua “casa de cedros”, mas diferentemente de Davi, esqueceram-se dos sagrados momentos de consagração e do concerto secreto com o Senhor. Como o Senhor Jesus nos diz, na parábola do semeador, algumas sementes caem em um solo em que são sufocadas pelos cuidados deste mundo e pela sedução das riquezas, e tornam-se infrutíferas. Oh, a tristeza de uma vida cujas grandes determinações de dedicação e concerto com Deus foram negligenciadas! Esse não era o caso de Davi, pois ele estava pronto para agir de acordo com a sua santa decisão, essa grande determinação de que ele deveria responder às bênçãos de Deus com os seus máximos esforços. A princípio, ele recebeu uma resposta favorável de Natã (2 Sm 7.3). Mas rapidamente ficou muito evidente que a resposta de Deus era “Não!” A linguagem desse capítulo parece um pouco incerta, está bastante clara no relato apresentado em 1 Crônicas 17.4 [...] naquela mesma noite Deus veio a Natã e disse: “Vai e dize a Davi, meu servo: Assim diz o Senhor: Tu me não edificarás uma casa para morar.”

Ao ouvir o desejo de Davi de construir o Templo para o Senhor, Natã, sem consultar ao Eterno, fala como se Ele estivesse com Davi naquela empreitada. O objetivo de construir uma casa onde o culto a Deus pudesse ser uma referência era louvável, e, com certeza, não era necessário consultar a Deus para a aprovação daquele projeto (1 Cr 17.2). Sem perguntar a Deus, Natã chancela o plano de Davi. Não é possível crer que Natã tenha falado aquilo de má-fé, mas o fato de não ter consultado ao Senhor custou ao profeta um constrangimento (1 Cr 17.3,4). Na primeira vez em que Natã foi enviado a falar com Davi, foi por causa do pecado deste. Dessa vez, entretanto, foi por causa da precipitação do profeta (ver 1 Cr 17.7,8). O Senhor dá a Natã a estratégia para falar com o rei. Ele começa dizendo que Davi foi tirado de onde ninguém poderia vê-lo, ou seja, do curral de ovelhas. Deus deu a Davi unção, vitórias, o reino, entre tantas coisas. A presença de Deus na vida de Davi era notória. Mas havia um “porém”: Davi tinha as mãos manchadas com sangue das campanhas de guerra que participou (ver 1 Cr 22.8) O santuário para o Altíssimo, que ficaria em Israel, seria construído sim, mas pelas mãos de outra pessoa, Salomão. O projeto de Davi seria executado pelo seu filho Salomão. Mas, para isso, era necessário Davi saber da vontade de Deus, e não da opinião do profeta. 2 REDPATH, Alan. Formando o Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 175. 

Aqui reside a lição: Nunca se utilize de um dom sem que o Senhor chancele o que você vai dizer, muito menos o use em nome de Deus. Davi havia recebido vitórias da parte de Deus, unificou o reino e queria dar um destaque ao culto ao Senhor. Isso, por si só, não era errado, mas nem todos os pensamentos que temos em relação ao culto ou à obra de Deus é necessariamente o que o Senhor deseja que façamos; nem todo projeto que, aos nossos olhos, é de Deus ou para a sua glória é realmente da parte de Deus para nós.  3. Aprendamos a Distinguir nossa Opinião da Opinião de Deus Resguardar nossa opinião e distingui-la da orientação de Deus deve ser uma atitude corrente em nossos dias. Na verdade, é honroso manifestar essa distinção. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo fez isso na primeira carta canônica que enviou aos Coríntios. Houve perguntas sobre a situação de casais em que um dos cônjuges havia aceitado a Jesus, ao passo que o outro, não. 1 Coríntios 7.12 mostra que, no tocante à questão da possibilidade de um homem crente viver com uma mulher não crente, e ela não desejar separar-se dele, o parecer do apóstolo era que o casal não buscasse o divórcio. Paulo fez a distinção entre o que era a sua opinião pessoal e o que era a orientação de Deus com as palavras “digo eu, não o Senhor”. E por qual motivo Paulo, com toda orientação e revelação de Deus recebidas, deixou claro que quem estava dando o parecer naquele momento era ele, e não Deus? Simplesmente porque o Senhor não disse nada ao apóstolo sobre aquele assunto. Da mesma forma como aconteceu com o profeta Eliseu, quando a sunamita perdeu o seu filho e foi procurar o profeta. O Senhor não disse ao seu servo o que havia ocorrido na casa da sunamita e, por isso, o profeta teve de ir à casa dela. Lá chegando, o servo de Deus ressuscitou o menino morto, e o Senhor foi glorificado naquele lar. Deus nem sempre manifesta a sua vontade ou revela aquilo que desejamos saber, e, nesses momentos, é preciso ter cautela para falar e agir. Natã precisou voltar atrás no que disse a Davi. Isso pode parecer vergonhoso para algumas pessoas, pois voltar atrás no que dizemos pode significar que erramos ao falar. Talvez essa atitude nos cause constrangimento. Por isso, é necessário pensarmos bastante antes de falar. É melhor saber retroceder em atos ou palavras a fim de manifestar a humildade necessária para continuar sendo usado pelo Senhor. Manter uma palavra que não nos foi dada por Deus incorre sérios problemas não só em nossa vida, como também na das pessoas que nos cercam. Algumas vezes o sonho vem de Deus; outras vezes não. Ambos são nobres. Ambos são grandes decisões. Ambos são ideais. Mas, quando não são de Deus, não irão realizar-se... nem devem. E no geral é difícil determinar sua origem, muito difícil mesmo. De fato, você terá amigos como Natã que lhe dirão: — Vá, faça tudo que decidiu, porque o Senhor está com você — só para ver Deus mostrar-lhe mais tarde que esse não é o plano dele. É interessante notar que foi exatamente isso que aconteceu com Davi.3 4. Aprendendo a Ouvir um Não de Deus Imagine se Davi tivesse construído o Templo? Teria gastado tempo e recursos e não teria agradado a Deus nos seus projetos. Deus poupou o rei de dispender recursos que seriam posteriormente aproveitados por Salomão, o seu filho. O Senhor louvou a atitude de Davi, porém deixou claro que Salomão iria construir o Templo. Sobre esse assunto, Charles Swindoll diz: Que resposta dura para levar ao rei. Mais cedo, naquele mesmo dia, Natã dissera a Davi: “O Senhor está com você, Davi. Va em frente e realize seus planos”. Agora, poucas horas depois, Natã ouve o Senhor dizendo: “Nada disso. Nada disso!” Como pode ver, Natã não ouvira a voz certa da primeira vez. Não fazia parte do plano de Deus que Davi construísse um templo. Era uma ótima ideia, um grande plano no coração de Davi... mas não era o plano de Deus. E isso e difícil de suportar. Com a recusa desse pedido, no entanto, Deus oferece afirmação a Davi: Davi, você e um homem de guerra, o seu coração está nos campos de batalha. Você e um soldado e um guerreiro, e não um construtor. E um homem para as trincheiras e o abençoei de tal modo que todos os seus inimigos foram subjugados. Lembre-se agora de que não se trata de uma questão de pecado aqui. Não e o juízo de Deus que está vindo sobre Davi em consequência de um erro. E simplesmente Deus redirecionando o plano de Davi e dizendo: — Essa é uma grande decisão, mas digo “não” a você e digo “sim” ao seu filho. Aceite isso. A última parte do v .8 é profunda, pois Deus diz a Davi: “Bem fizeste em o resolver em teu coração”. Em vez de considerar o seu desejo de construir um templo como algo errado, Deus diz a ele: — Louvo o seu pensamento, louvo você por ter um coração tão sensível a mim que desejou construir uma casa de adoração para a minha glória. Foi bom isto estar em seu coração. Não é meu plano que faça isso, mas eu o louvo por pensar assim. 3 SWINDOLL, Charles. Davi: um homem segundo o coração de Deus. Rio de Janeiro: Mundo Cristão, p. 200. 

CONCLUSÃO 

Natã, com a sua história, mostra-nos que é possível uma pessoa ser usada por Deus em um momento e, em outro, deixar-se levar pela sua própria opinião e manifestá-la como se fosse a vontade de Deus. O fato de Deus ter-nos usado uma vez, de uma forma, não significa que Ele assim o fará da mesma forma. Não estamos imunes a apresentar nossas próprias opiniões como se fossem palavras de Deus. Por isso, é necessário que tenhamos o devido discernimento para não ultrapassar os limites daquilo que o Senhor disse. Ter um dom da parte do Eterno não nos isenta de usá-lo com sabedoria. Para que isso não ocorra, é necessário estarmos alinhados com a sua Palavra, que está revelada nas Escrituras, e sabermos ouvir o Eterno falando conosco. Mais que isso, é necessário saber voltar atrás naquilo que falamos em nome de Deus, sem que o Senhor tenha-nos mandado falar. Por mais que a intenção seja boa a nossos olhos e que pareça que o Senhor há de ser honrado em uma empreitada, é necessário saber se Ele está de acordo com aquele projeto. 

Lição 06 - 4º Trimestre 2020 - A Teologia de Elifaz: Só os Pecadores Sofrem? - Adultos.

 

Lição 6 - A Teologia de Elifaz: Só os Pecadores Sofrem? 

4º Trimestre de 2020

ESBOÇO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

I – OS PECADORES NO CONTEXTO DA JUSTIÇA RETRIBUTIVA
II – OS PECADORES NO CONTEXTO DA TRADIÇÃO RELIGIOSA
III – OS PECADORES DIANTE DE UM DEUS INFINITO
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL

Destacar o pensamento teológico de Elifaz que faz uma defesa contundente da religião tradicional segundo a qual somente os pecadores sofriam.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I – Apontar a defesa de Elifaz acerca da justiça retributiva;
II – Mostrar a associação de Elifaz a respeito do pecado à quebra da tradição religiosa;
III – Identificar o abismo que Elifaz diz existir entre o Criador e a criatura.

PONTO CENTRAL
Não só os pecadores sofrem.

Querido(a) professor (a), na lição do próximo domingo estudaremos a respeito do sofrimento humano. Na realidade, todos os seres humanos querem saber a natureza de seus sofrimentos e questionam: “Será a consequência de algum pecado cometido no passado?”

Entender este episódio na vida de Jó, permite-nos que sejamos mais pacientes e compreensivos em relação ao sofrimento de muitos irmãos na atualidade. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e não venhamos a fazer acusações precipitadas quando alguém passar por momentos difíceis em sua vida. Só Deus conhece o início e o fim; a causa e a finalidade de cada sofrimento de seus filhos.

A partir desta lição, nos deteremos “[...] na teorização que os amigos de Jó começam a fazer acerca da calamidade do patriarca. O que era para ser uma visita solidária, passa a ser um período de teorização acerca do sofrimento alheio. O objeto dessa teorização pode ser identificado com a seguinte pergunta: ‘Por que Jó está sofrendo?’ Uma possibilidade, de acordo com a crença comum na época, era que Jó teria cometido algum pecado para estar naquele estado. Ou seja, se há sofrimento é porque o homem pecou? Só os pecadores sofrem?

Resumo da lição

As perguntas acima representam o eixo da teologia de Elifaz, a justiça retributiva. Destacá-la é o objetivo geral de nossa lição. 

Para alcançar esse objetivo, trabalharemos o primeiro objetivo específico dessa lição que é apontar a defesa de Elifaz acerca da justiça retributiva. O primeiro tópico trabalha a lei da semeadura e da colheita. É uma lei que está presente na Bíblia. O ser humano colhe o que planta. Entretanto, Jó rejeita os efeitos dessa lei em seu sofrimento, pois ele não havia cometido um pecado de justificasse essa tragédia.

Estava presente ali uma tradição religiosa que, na perspectiva de Elifaz, havia sido quebrada por Jó e, por isso, ele estava sofrendo esta calamidade. Mostrar isso é o segundo objetivo específico da lição. Nesse sentido, o segundo tópico apresenta que a teoria de Elifaz representa a tradição religiosa da época e as palavras de Jó representavam a quebra dessa tradição. Para fazer a sua defesa, Jó espera um defensor celeste, um mediador justo e imparcial.

O último objetivo específico da lição é identificar o abismo que Elifaz diz existir entre o Criador e a criatura. O último tópico justamente faz esse paralelo entre um Deus transcendente e o homem finito. Segundo a teologia de Elifaz, Deus não se importa com as queixas humanas, pois Ele está muito acima do homem. Entretanto, Jó não concordara com isso. Deus havia de caminhar com os homens.

Aplicação

É preciso deixar bem claro que há sim uma lei de semeadura e colheita. A Bíblia mostra isso com muita clareza. Entretanto, há também o caminho que Deus faz com os homens, que também é uma verdade bíblica. Diante do sofrimento, Deus caminha conosco no sofrimento. Nem sempre o sofrimento na vida do crente é um acerto de contas, mas uma oportunidade de amadurecer espiritualmente.”   “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”

Vejamos o que o comentarista da lição discorre sobre a transcendência divina no terceiro discurso de Elifaz:

Transcendência sem Imanência (22.1-3;12)
por Pastor José Gonçalves

Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse: Porventura, o homem será de algum proveito a Deus? Antes, a si mesmo o prudente será proveitoso. Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos? [...] Porventura, Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas; quão elevadas estão! 


No seu terceiro discurso, Elifaz expõe uma defesa da transcendência de Deus (Jó 22). O conceito que ele possuía da grandeza de Deus não destoa daquele que encontramos em outras porções das Escrituras. O problema com a argumentação de Elifaz não diz respeito ao conteúdo da sua doutrina, mas, sim, à forma como era interpretada e aplicada por ele. Elifaz, então, usa esse conceito de transcendência para humilhar e rebaixar Jó. Para ele, Deus é onipotente, grandioso e majestoso e, devido a isso, não deveria rebaixar-se para dar atenção a um pecador como Jó, que deveria reconhecer o seu lugar de insignificância e conformar-se com o julgamento punitivo do Senhor sobre ele.  

“Porventura, Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas; quão elevadas estão!” (22.12). Fica bastante claro que Elifaz argumenta em defesa da transcendência de Deus, que é a doutrina que destaca a supremacia divina em relação ao Universo criado. Nesse aspecto, Harris (1984, p. 703) destaca: 


Duvidar da transcendência de Deus é duvidar de seu caráter. Sem nenhuma base de juízo absoluto, não se pode condenar a conduta humana [...] a transcendência divina significa que sobre o homem e sobre tudo aquilo que é terreno está o Criador, Preservador, Cuidador, que dá as leis e é um juiz independente. O homem é dependente deste Deus para sua própria existência e suas ações estão sujeitas ao escrutínio e avaliação de Deus. Porque Deus é transcendente e livre para atuar em e sobre a sua criação sem ser assimilado ou subjugado por ela. 


Deus é o “totalmente outro”. Contudo, há um perigo quando não se compreende corretamente a transcendência de Deus. Corre-se o risco de a crença em Deus ser transformada num simples deísmo. Nas palavras de Willis (citado por Harris, 1984, p. 362), “Deus, uma vez que criou o universo, se apartou dele”. Dizendo isso de uma forma mais simples, quando é destacado apenas o atributo da transcendência divina — por exemplo, a sua soberania —, Deus é transformado num déspota, um carrasco que age sobre a sua criação sem sentimento algum. Jó vai contrapor-se a isso. 

“Mas ele sabe o meu caminho [...]” (23.10). Mesmo sabendo que Deus estava oculto e em silêncio, Jó tinha a consciência de que o Senhor era um ser relacional. Deus não estava distante a ponto de não conhecer o seu caminhar. Harris (1984, p. 362) destaca: 


É confortante crer que Deus está presente em toda a sua criação em forma única e pessoal. É sua singularidade que provoca nossa adoração e é sua personalidade que nos permite crer em suas promessas de graça, em sua direção e cuidado. Acima de tudo, é a certeza de sua santidade que o coloca como o juiz moral do universo. Porque Ele é santo, espera que nós também sejamos santos. E esta é a maior prova de sua imanência: Deus presente na vida de cada um dos membros de seu povo. 

Se a transcendência divina descamba para o deísmo quando mal compreendida, por outro lado uma compreensão equivocada da imanência divina pode desembocar no panteísmo e politeísmo. De uma forma simples, Deus não está tão distante da sua criação (transcendência) a ponto de não se relacionar com ela, mas também não está tão próxima (imanência) a ponto de misturar-se com ela. Portanto, o contraste entre o entendimento de Elifaz, que via Deus de forma transcendente, com a resposta de Jó, que o via também de forma imanente, permite que se veja onde a teologia estava sendo mal aplicada. Uma teologia errada conduz a uma crença igualmente errada.

Texto extraído da obra “A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã


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