Lição 6 - Os Pré Reformadores
4º Trimestre de 2020
TEXTO BÍBLICO: Apocalipse 3.1-6
DESTAQUE: "Mas alguns de vocês de Sardes têm conservado limpas as suas roupas. Vocês andarão comigo vestidos de roupas brancas, pois merecem esta honra." (Apocalipse 3.4)
OBJETIVOS:
# Fixar a importância de ser uma reserva moral e espiritual em meio à corrupção deste mundo, que tenta minar as igrejas;
# Destacar o exemplo de servos de Deus do passado que cumpriram fielmente suas vocações, apesar de todas as pressões em contrário;
# Estimular seus alunos a lerem sobre a vida de grandes servos de Deus desse período difícil da história da igreja.
Olá Caro(a) Professor(a),
Na lição de hoje, veremos como começou o movimento de despertamento espiritual que culminou na Reforma Protestante.
Na lição de hoje, veremos como começou o movimento de despertamento espiritual que culminou na Reforma Protestante. Para lhe auxiliar, vamos aprofundar o conhecimento sobre o mais antigo desses movimentos, que começou por volta de 1180. Veja essa história:
"Pedro Valdo (1150-1218) tinha uma vida fácil. Nascido em Lyon, França, filho de um comerciante rico, Pedro torna-se-ia ele mesmo um homem de negócios e agiota bem-sucedido.
No entanto, em 1175 ou 1176, Pedro Valdo (às vezes escrito Valdes) vivenciou uma conversão transformadora, como a do apóstolo Paulo.
Ele ficou tão consumido de paixão pelas Escrituras que empregou dois sacerdotes para traduzir as partes principais da Bíblia para o francês, a fim de que as pessoas de Lyon pudessem lê-la.
Ao ler na Bíblia a admoestação para que se dessem tudo aos pobres, Pedro Valdo fez exatamente isso. Ele deu a casa para esposa e o restante da fortuna para os pobres. Então pôs as filhas em um convento e começou a viajar para pregar o que descobrira na Bíblia.
Seu entusiasmo e sua vida consistente logo atraíram seguidores. Os Valldenses, como eram chamados, formavam pares e imitavam seu líder, viajando muito para pregar e ensinar. Como muitos deles não eram instruídos, ficaram conhecidos como os pobres de Lyon.
Eles não eram treinados para pregar, por isso apenas memorizavam partes da Bíblia e as citavam em todos os lugares a que iam. A aparência tosca do grupo, bem como o fato de eles andarem descalços, provocou desdém e tornou-os alvo de zombarias. Depois de uma década, o desprezo se transformou em perseguição organizada. (...)
Os valdenses não deram muita atenção a isto. Eles iam aonde queriam e pregavam quando queriam. Tal desobediência ao protocolo começou a enraivecer os líderes da igreja.
Além disso, a política de pregar em qualquer lugar e o estilo de vida simples e frugal dos valdenses era uma condenação aberta a riqueza e ao luxo da corrente majoritária da igreja, o que era intolerável para os clérigos.
Os valdenses expuseram a mundanalidade do clero e rotularam a Igreja Católica de 'prostituta de Babilônia'. (...)
Por volta de 1182, apenas sete anos após a conversão de Valdo, o arcebispo de Lyon expulsou-os da cidade. Dois anos depois, o Concílio de Verona (1184) os marcou oficialmente como 'hereges'.
Valdo e seus pregadores itinerantes tiveram de pregar escondido pelos 35 anos seguintes. Eles foram afugentados para os Alpes franceses onde foram caçados como animais.
No entanto, a perseguição não impediu o crescimento dos valdenses. Por volta do fim do século XIII, eles haviam se infiltrado na maior parte da Europa. Embora numerosos, foram perseguidos com intensidade. (...)
Em 1209, Inocêncio [O Papa] até anunciou uma cruzada contra os valdenses, que juntamente com outros, foram vítimas do amplo julgamento teológico conhecido como 'Inquisição'. Apesar disso, eles não podiam ser silenciados e não o foram.
A marca registrada do movimento valdense era sua determinação em pregar o Novo Testamento sempre na língua ou dialeto da região em que estavam.
A convicção de Pedro Valdo e seu respeito gnuíno pela palavra de Deus, como também a coragem dos milhares de seus seguidores, causaram a primeira fenda na base da extravagante igreja da Idade Média."
Boa aula!
Fonte: GARLOW, J. L. Deus e o seu povo. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 110-111.
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