segunda-feira, 1 de março de 2021

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu me Dá Saúde - Maternal.

 

Lição 9 - Papai do Céu me Dá Saúde 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que o Papai do Céu é poderoso e pode curar. 

Para guardar no coração: “O Senhor [...] cura todas as minhas doenças.” (Sl 103.3)

É hora de preparar-se

“Você reparou nos dois jovens que figuram na história da cura de Naamã? Um deles é Geazi, o ajudante de Eliseu; a outra é a escrava da esposa de Naamã. Ambos igualmente jovens e pertencentes ao povo de Deus. Ele tivera o privilégio de continuar vivendo a terra de Israel, e servir, livremente, ao santo homem de Deus. Ela fora arrancada de seu lar, levada cativa a uma nação inimiga, e servia, em regime de escravidão, a uma senhora pagã, adoradora de Rimom.

Seria de se esperar que Geazi aprendesse as virtudes de seu senhor Eliseu, e recebesse porção dobrada do seu espírito, para continuar a sua obra, como sucedera a Eliseu, que antes servia a Elias. E todos estariam prontos a justificar a jovem escrava, se ela se tornasse uma pessoa amarga e egoísta, a ponto de regozijar-se com a doença do patrão.

No entanto, como tudo foi diferente! A escrava hebréia conservou a fé no Deus de Israel, e manteve puro o coração, e reto, o espírito. Por isso foi capaz de perceber o propósito de Deus ao permitir que fosse levada como escrava e, fiel a Ele, anunciou o seu poder curador. Porque ela se dispôs a ser usada por Deus onde Ele a estabelecera, o general sírio não apenas obteve a cura, como converteu-se ao Deus vivo.

Geazi, que tivera sempre a santa influência do profeta, e vivia em condições favoráveis às virtudes, revelou um coração duro e apegado às coisas materiais. Teve a pretensão de barganhar com as coisas de Deus, e não se envergonhou de mentir para obter proveito pessoal. Certamente que Geazi fechara, havia muito, o coração, não permitindo que o convívio com a luz produzisse nele vida para a vida. Então o resultado foi morte para a morte.

Como canta um hino da harpa Cristã, “Deixa penetrar a luz. Que a formosa luz de Deus fulgure em ti, e serás feliz assim” (Marta Doreto).

Perfil da criança do maternal

“As crianças do maternal, principalmente as mais novas, podem sentir-se tensas e inseguras numa classe de Escola Dominical. A sua sensibilidade fica aguçada, e pode chorar por qualquer coisa. Aliás, não é incomum a classe toda pôr-se a chorar, se uma delas iniciar o choro. O professor deve tratá-las com amabilidade e propiciar-lhes um ambiente tranquilo.

Elas assustam-se facilmente. Situações e sensações novas são-lhes assustadoras. Por isso, uma criança que esteja começando a freqüentar a Escola Dominical sentir-se-á insegura ao ser separada da mãe. Não se trata de dengo, mas de um temor real. Teme que a mãe não volte mais. Neste caso, a mãe deve permanecer com ela na sala, até que se familiarize com o ambiente, os professores e os colegas” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Numa folha de ofício, desenhe um rio com traços simples. Faça uma cópia para cada aluno. Distribua canudos de refresco, ensine as crianças a cortá-los em pequenos pedaços, com uma tesourinha sem ponta, e depois colá-los no “rio Jordão” que você desenhou. Converse: Como se chamava o homem doente? E qual era o nome do profeta que orou por ele? Quantas vezes o profeta Eliseu mandou Naamã mergulhar no rio? Como se chamava o rio? E o que aconteceu quando ele mergulhou sete vezes? Quem curou o dodói da pele de Naamã? Certifique-se de que as crianças entenderam que a pele de Naamã foi limpa por Deus, e não pela água do rio ou pelo profeta Eliseu. Repita que o papai do céu cura o nosso dodói e nos dá saúde” (Marta Doreto).

Hora de brincar

“Se na classe houver uma “piscina de bolinhas”, as crianças poderão brincar de mergulhar no rio Jordão. Se não houver, coloque algumas almofadas no chão, e elas farão de conta que estão pulando no rio Jordão. Não devem mergulhar de cabeça; apenas pularão sobre as almofadas” (Marta Doreto).

Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 2 Reis 5.1-19.  

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - Um Menino Herói - Primários.

 

Lição 10 - Um Menino Herói 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno entenda que um herói não é egoísta, mas compartilha o que tem com o próximo e assim é muito abençoado.

Ponto central: Quando abençoamos, somos abençoados.

Memória em ação: “Quem é bondoso será abençoado porque reparte a sua comida com os pobres” (Pv 22.9).

Querido (a) professor (a), como você já deve ter visto em sua revista, a lição de hoje tem baseno texto de João 6.1-11 e é muito rica para todos nós, em especial para os pequeninos. O destaque de uma criança heroína desperta neles ainda mais identificação e, sobretudo inspiração para que eles também se comportem de maneira heroica. Afinal, como estahistória deixa bem claro, não há idade para atos de bondade e heroísmo.

Após a aplicação das atividades sugeridas em sua revista e a história contada, pergunte quem gostaria de fazer como este “menino herói” e compartilhar o alimento com os mais pobres?! Proponha que contem essa história e o versículo de hoje para os seus pais, responsáveis, vizinhos e quem mais desejarem e lhes peçam 1kg de alimento não perecível para doação aosmais necessitados.

Após o momento de memorização do nosso versículo de hoje, você e sua turma podem confeccionar cartões com o texto de Provérbios 22.9 na capa e dentro as informações da campanha de arrecadações de alimentos (que você já terá escolhido previamente seja promovida pela sua igreja, algum centro de ação social, ONG, asilo, orfanato, comunidadecarente, etc.).

Frise para seus primários que só deles fazerem essa solicitação de alimentos e trazerem o seu quilo para doação, eles já estão sendo heróis do Senhor Jesus para essas pessoas necessitadas. E assim eles levam não só comida, mas algo que todos necessitam ainda mais - o próprio amor de Jesus manifesto de forma prática, não só em palavras. Isto é anunciar o Evangelho,levar as Boas Novas do Reino de Deus.

Professor, não se esqueça de, previamente, alinhar esta iniciativa com o pastor e direção da Escola Dominical de sua igreja. Posteriormente, é muito importante mostrar fotos do momento da entrega destes mantimentos, para que as crianças possam visualizar (ainda quede maneira simbólica) os frutos de sua boa ação.

O Senhor lhe abençoe e capacite!

Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - Mardoqueu, um Herói Conselheiro - Primários.

 

Lição 9 - Mardoqueu, um Herói Conselheiro 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno entenda que dar e seguir conselhos com base na Palavra de Deus traz sucesso e alegria.

Ponto central: Quem segue os bons conselhos têm sucesso em tudo.

Memória em ação: “Quem despreza os bons conselhos acabará mal, mas quem os segue será recompensado” (Pv 13.13).

Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula teremos a oportunidade de ensinar, desde já, aos pequeninos o valor que têm os bons conselhos e a importância de nós os seguirmos. Afinal, o que é a própria Bíblia, se não uma coletânea de valiosos conselhos do Senhor para que nós tenhamos uma vida abundante?!

Existem muitos talentos e muitas maneiras de servirmos a Deus fazendo o bem ao próximo, e o bom aconselhamento certamente está entre elas. Uma boa palavra e orientação podem salvar vidas, literalmente. Quantos de nós ao longo de toda a nossa trajetória já não necessitamos de um conselho que fez toda diferença?! Que nos desviou de ciladas e abismos?! Que nos poupou grandes sofrimentos e até mesmo mudou o rumo de nossa história?!

Hoje o Senhor te dá oportunidade de “ser Mardoqueu”, esse bom conselheiro, na vida de seus alunos. Compartilhe com os seus Primários alguns de seus testemunhos. Pode ser coisas simples, até mesmo situações de sua infância em que você se meteu em problemas por não ter ouvido conselhos dos seus pais ou de pessoas confiáveis. Assim como alguns casos em que você seguiu e foi muito bom.

Não mentir, não julgar as pessoas, tratar todos bem, obedecer aos pais... são algumas sugestões que você pode citar algum relato de sua própria experiência, mostrando como é bom seguir bons conselhos ou como pode ser ruim não segui-los. Contudo, uma ressalva, é muito importante frisar para as crianças que não é em todos que nós podemos confiar, seguir e obedecer. Apenas àquelas pessoas que o Senhor colocou em nossas vidas e querem o nosso bem; que são confiáveis e sábias, como foi o herói de nossa história, que ajudou Ester a salvar toda uma nação.

O Valor dos Bons Conselhos

“Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel; Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência; para obter o ensino do bom proceder, ajustiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso. Ouça o sábio e cresça em prudência;

e o instruído adquira habilidade; 6 para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios; O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino”. (Pv 1.1-7)

Desde criança somos ensinados a ouvir e atentar para os bons conselhos. Quem não se lembra, por exemplo, de uma máxima que ouviu na infância? Todas as culturas valem-se de parábolas, lendas, enigmas e máximas como veículo de transmissão dos seus valores morais, éticos e espirituais. Cresci ouvindo os mais velhos dizerem: Quem trabalha, Deus ajuda!; Mais vale uma andorinha na mão do que duas voando; Um homem prevenido vale por dez. Essas máximas sintetizam um saber popular responsável não somente pela transmissão de uma cultura, mas também funcionam como normas de conduta. “O povo, porém, não costuma escrever”, observa Ivo Storniolo, “mas reter na memória os seus achados’ de sabedoria. E por isso que resume tudo num versinho rimado, fácil de guardar de cor. Hoje em dia, os melhores lugares para encontrar a sabedoria popular são os para-choques de caminhões, os muros pichados, as portas e paredes de banheiros públicos, os joguinhos de adivinhação das crianças, os conselhos dos velhos, as piadas que correm de boca em boca etc. Tudo isso é um tesouro que revela a alma do povo, mostrando a compreensão que ele vai formando sobre a vida como resultado da sua experiência no mundo. É o que podemos encontrar no provérbio: Anel de ouro em focinho de porco é a mulher bonita, mas sem bom-senso (Pv 11.22).”

A Bíblia como um livro cultural também é rica em provérbios, parábolas, enigmas e máximas. São pérolas usadas pelos autores bíblicos visando facilitar a transmissão cultural de uma verdade. Vale a pena destacar que esse recurso bíblico-literário não possui apenas seu valor cultural, mas também traz consigo a revelação da sabedoria divina. Muitos livros bíblicos são ricos nessas metáforas, mas o livro de Provérbios e Eclesiastes se sobressaem no uso desse recurso. Neste trabalho enfocaremos o que as obras de Salomão têm a revelar sobre esse assunto e assim podermos desfrutar do seu extraordinário valor para o viver diário.(GONÇALVES, José. Sábios Conselhos Para um Viver Vitorioso. Rio de Janeiro: CPAD,2013, pp.9,10).

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - Não Despreze a sua Adolescência - Adolescentes.

 

Lição 10 - Não Despreze a sua Adolescência 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: 1 Timóteo 4.6-16

Destaque: Cuide de você mesmo e tenha cuidado com o que ensina. Continue fazendo isso,pois assim você salvará tanto você mesmo como os que o escutam. (1Tm 4.16)

Objetivos
Destacar que o cristão é servo do Senhor Deus;
Ratificar o compromisso cristão com os exercícios espirituais;
Convocar os jovens a honrarem a Deus com a vida.

Adolescência é uma fase decisiva.

A adolescência passa muito rápido. (Essa pode ser uma boa notícia para os pais que lidam diariamente com as crises, reclamações e contradições de filhos adolescentes. Acalme-se. Vai passar.)

Comparando o período com a expectativa de vida dos brasileiros, os anos da adolescência representam menos de 15% do total da vida. Entretanto, são anos cruciais. Muitas decisões e experiências vividas nessa fase irão influenciar toda a vida adulta.

Óbvio que a maioria dos adolescentes é incapaz de discernir isso, por mais que sejamalertados por adultos. Isso porque eles estão sob influência de diversos fatores, tais como hormônios, paixões, amizades, experiências no âmbito escolar, busca e definição de umaidentidade própria, moda, mídia, etc.

Você imagina quantos indivíduos estão passando por essa fase ao mesmo tempo? Atualmente, segundo os dados do relatório anual do UNICEF, os adolescentes no Brasil representam 17% do total da população. Em números mais específicos, existem mais de 30 milhões de adolescentes em nosso país. E no mundo há 1,2 bilhão de pessoas entre 10 e 19 anos.

Estes gigantescos números representam a dimensão da missão dos líderes deadolescentes e da responsabilidade de todos os adultos que os cercam, (sejam pais, tias/tios,avós/avôs, líderes, professores ou pastores), de orientar, proteger e amar essa nova geração.

Enfim, eles são milhares. E os adultos têm poucos anos para prepará-los. Esse senso de emergência no cuidado dos adolescentes foi apontado pela comunidade global no relatório do Unicef: A adolescência é uma etapa de oportunidades para a criança. É um momento crucial para que possamos continuar construindo seu desenvolvimento na segunda décadade vida, ajudá-la a navegar em meio a riscos e vulnerabilidades e colocá-la no caminho darealização do seu potencial.

Pastores e líderes cristãos possuem mais habilidade para discernir isso do que líderes políticos, porque estes últimos não consideram em suas iniciativas o mandato cristão desalvação, resgate e amor.

De modo que o líder de adolescentes precisa agir como um ‘farol’, que na sua posiçãoe desempenhando a sua função ilumina o caminho, revelando perigos e algumas possibilidades de rotas. Uma liderança comprometida com o desenvolvimento integral do adolescente pode evitar muitas lágrimas e experiências difíceis. Enfim, os líderes de adolescentes precisam discernir que adolescência é uma fase de oportunidade, que de modo algum pode ser desperdiçada ou desprezada.

Quero fechar esse capítulo com as palavras da Princesa Mathilde (Bélgica) sobre a missão dos pais (e adultos em geral) frente aos adolescentes: “Os adolescentes não se consideram ‘futuros adultos’; Eles querem ser levados a sério neste momento. (...) Ouvir os adolescentes é a única forma de compreender o que esperam de nós. (A adolescência)Trata-se de uma etapa decisiva no crescimento de uma pessoa. Por isso, devemos ouvir atentamente as necessidades e preocupações específicas dos adolescentes. Vamos criar oportunidades para que participem da sociedade. Vamos permitir que tenham liberdade e oportunidade para amadurecer e converter-se em adultos saudáveis.”

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD

Fonte: Extraído do livro Liderando Adolescentes (CPAD). 

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - Cristo Vem - Adolescentes.

 

Lição 9 - Cristo Vem 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: 2 Tessalonicenses 2.1-12

Destaque: — Escutem! — diz Jesus. — Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito. (Ap 22.12)

Objetivos
Ratificar o entendimento de que Jesus virá brevemente;
Alimentar a esperança de sua vinda;
Descrever o império do mal na Terra.

A DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Marcelo Oliveira de Oliveira

1. Introdução

A Bíblia relata que nos dias de Ló e de Noé os acontecimentos estavam assim: Índices altíssimos de corrupção, a violência praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos e o predomínio da imoralidade. Como elemento surpresa, ambas as sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus. O Altíssimo é justo e o ato da sua justiça se mostra contra toda a injustiça.

A primeira vinda de Jesus Cristo foi um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos homens (Jo 1.4,5). Desde muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas e pecados (Rm 1.18-32). A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré demonstra o quanto o ser humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades ― principalmente em nome de Deus. Assim, haverá um dia em que o nosso Senhor julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt 25.31-46). O Filho retribuirá cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus Cristo demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora, ninguém saiba dia e hora.

2. O Arrebatamento da Igreja

Caro professor, a doutrina da Segunda Vinda do Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o secreto e o público. São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do Senhor. A primeira é visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a segunda etapa é visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”.

O termo “arrebatamento” se origina da palavra grega harpagêsometha que significa “àquilo que é frequentemente chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para vê-lo como Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com 1Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousia aparece determinando os seguintes significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por isso, há algumas linhas de pensamentos distintas, em que outros irmãos em Cristo consideram que o Arrebatamento e a Vinda Gloriosa serão um só evento.

Múltiplas Correntes Escatológicas concernentes ao Arrebatamento                                                             

 Pré-Milenismo    Amilenismo       Pós-Milenismo
O Pré-Milenismo está dividido em O Pré-Milenismo está dividido em Histórico e Dispensasionalista.O Amilenismo tem um entendimento de que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só acontecimento, seguindo assim o Juízo Final.Igualmente, o Pós-Milenismo entende que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só evento, seguindo assim o Juízo Final.
 O Dispensasionalismo está dividido em:  
 ● Pré-Tribulacionista  
 ● Meso-Tribulacionista  
 ● Pós-Tribulacionista  

As Assembleias de Deus no Brasil adotam a corrente Pré-Milenista Dispensacionalista Pré-Tribulacionista, onde o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes dos sete anos de Grande Tribulação.

Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo. Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo Testamento a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). Textos como Colossenses 3.4; Judas 14 dão conta dos crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o Arrebatamento da Igreja.

3. O Tribunal de Cristo e os Galardões

“ Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão ” (1 Co 3.14). A doutrina do Tribunal de Cristo visa ensinar sobre como a Igreja prestará contas de tudo o quanto fez enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelarão, desde as mais complexas às consideradas mais simples. Será um momento de julgamento divino acerca das ações e atitudes dos salvos em Cristo. Entretanto, é importante não confundir o Tribunal de Cristo com o julgamento do Trono Branco. Este será destinado aos ímpios que serão julgados no final do Milênio, e aquele se destina aos crentes vivos e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e receberem cada um, conforme a verdade de suas ações, o seu galardão.

É importante ressaltar que no Tribunal de Cristo serão julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvação de Cristo seja pela graça mediante a fé, o galardão entregue a cada crente será distribuído mediante as obras. Neste aspecto, as obras do crente são essenciais para justificá-los diante do Tribunal de Cristo. O texto de 1 Coríntios 3 mostra que acerca dos líderes, mas pode ser aplicado também a toda comunidade de crentes, a maneira pela qual eles continuarão a edificar a Igreja de Cristo será julgada neste Tribunal. Aqui, se verificará que tipos de obras tais líderes fizeram: se edificaram o edifício de ouro ou se de prata ou sede pedras preciosas ou se de madeira ou feno ou palha. Então, o detalhe de cada obra será manifesto naquela oportunidade. Assim, o “fogo” provará a resistência de cada obra. Se após a provação do “fogo”, a obra permanecer, o crente receberá o seu galardão; senão, não o receberá. O texto diz que a obra padecerá sofrimento, mas isso não interferirá na salvação do crente. Este será salvo como pelo fogo, ou em linguagem mais contemporânea, “como por um triz” ou “por um fio” (1 Co 3.14).

Não há mandamento mais urgente para estarmos pronto diante do Tribunal de Cristo, que este: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mc 12.31). Ora, toda boa obra na vidado crente deve se fundamentar no princípio mandatório de nosso Senhor: a prática do amor.

4. Bodas Cordeiro

A palavra “bodas” quer dizer: enlace matrimonial, casamento, festa ou banquete em que se celebram as núpcias. É um momento de festa e de alegria onde o noivo e a noiva farão um voto de casamento até que a morte os separe. Na Escatologia Bíblica, esse termo refere-se ao período que lembra o momento íntimo entre o Noivo e sua Noiva, isto é, Jesus Cristo e sua Igreja.

Em uma passagem dos Evangelhos, quando próximo da sua crucificação, na verdade em sua última Páscoa com os discípulos, nosso Senhor disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14.25). É bem significativo que o apóstolo João escreva no livro do Apocalipse esta mensagem: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro”(19.9). O cumprimento dessa bem-aventurança se dá exatamente no advento das Bodas do Cordeiro.

Nesse evento glorioso, os crentes foram plenamente vestidos e adornados de atos de justiça, pois já estiveram diante do Tribunal de Cristo, foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Assim como temos um momento de intimidade com Cristo por intermédio da comunhão da Ceia do Senhor, as Bodas do Cordeiro é o momento mais íntimo de Cristo coma sua Igreja. É o tempo de refrigério, de glória, de graça e de alegria. É um tempo que marcará a consumação da redenção dos santos.

De fato, é bem-aventurado quem passa pelas Bodas do Cordeiro! O momento do nosso encontro e estada com Jesus Cristo, o Rei dos reis, é o momento além da história em que todo crente, lavado e remido no sangue do Cordeiro, anela em viver para sempre. Então, estaremos eternamente com o Rei dos Reis!

5. Grande Tribulação

Enquanto no céu estará ocorrendo o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro, na Terra, após o Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um período histórico de sete anos entre o “Arrebatamento da Igreja de Cristo” e a “Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao mundo”. O período da Grande Tribulação remonta a profecia das70 semanas das quais falou o profeta Daniel. Veja o gráfico abaixo:

70ª Semanas de Daniel = 7 anos de Tribulação

 3 anos e 1/2 – primeira metade:  3 anos e 1/2 – segunda metade:
 → Grande acordo de paz; → Quebra do acordo;
 → Ascensão de um grande líder; → Revelação da verdadeira motivação do grande líder mundial, o Anticristo.
 → Políticas que ludibriam as nações, principalmente, Israel e povo judeu. → Perseguição implacável aos que dizem não! ao sistema.

Quando as nações do mundo cercar a Israel, na cidade de Jerusalém, então, o Senhor Jesus, juntamente com a sua igreja, intervirá na injustiça tramada contra o povo, e na terra, que o Senhor escolheu (Jd 14,15) ― A Bíblia diz que a terra da Palestina não pertence a ONU ou as quaisquer nações que ouse repartir aquela terra:

Então ajuntarei os povos de todos os países e os levarei para o vale de Josafá e ali os julgarei. Eu farei isso por causa das maldades que praticaram contra o povo de Israel, o meu povo escolhido: espalharam os israelitas por vários países e dividiram entre si o meu país” (Jl 3.2).

As Escrituras mostram que o tempo da Grande Tribulação será marcado como o tempo da “ira de Deus”, da “indignação do Senhor”, da “tentação”, da “angústia”, de “destruição”, de “trevas”, de “desolação”, de “transtorno” e de “punição” (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10; Dn12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o Altíssimo intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram contra o criador. Nesse sentido, podemos dizer que os propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, (2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis que sobreviveram aos ataques do Anticristo.

Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6),do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo ― Ap 8 – 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt24.22,29,30).

6. A vinda de Jesus em Glória

Após analisarmos os elementos finais da doutrina das Últimas Coisas, tais como, o Arrebatamento, o Tribunal de Cristo, As Bodas do Cordeiro e a Grande Tribulação; a agora veremos finalmente a Vinda de Jesus em Glória.

A vinda gloriosa do Senhor é um fato pronunciado pelas Escrituras, pois há mais de 300 menções sobre isso em o Novo Testamento ― por exemplo, os capítulos 24 e 25 de Mateus e o 13 de Marcos são inteiramente dedicados ao assunto. Antes de prosseguirmos no assunto é importante você rememorar o que significa a vinda de Jesus para os principais agentes da história da Igreja de Cristo no mundo. Veja o quadro abaixo:

O PROPÓSITO DA SUA VINDA

 Para a Igreja  Para Israel  Para o Anticristo  Para as Nações
 Secreta e repentinamente, nosso Senhor aparecerá à Igreja para levá-la à profunda e eterna comunhão. O Messias prometido ao povo de Israel, o libertará da tribulação, restaurando a promessa de sua antiga terra. O Senhor virá objetivamente para destruir o Anti Cristo e estabelecer o Milênio. Um tempo de paz e de tranquilidade.Nesta oportunidade, nosso Senhor julgará as nações e os reinos desse mundo, fazendo todos os povos sujeitos à sua autoridade e poder.

Enquanto que para a Igreja, Jesus Cristo virá misteriosamente; para Israel, o Anticristo e as Nações, Ele virá publicamente com poder e grande glória. Ninguém poderá escapar da sua justiça. O ser humano moderno vive iludido, pensando que não precisa prestar contas a ninguém. Vive a vida a seu bel prazer, não precisando pensar no que está certo nem errado. O apóstolo Paulo diz que o dia em que o nosso Senhor vir, Deus julgará “os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Rm 2.16). Diante do Pai, não haverá quem possa dissimular ou esconder o que sempre desejou e o motivou.

7. Conclusão

No dia em que o nosso Rei julgar os povos, todos saberão quem Ele é e contemplarão a promessa da sua vinda em pleno cumprimento. Não haverá, pois, quaisquer sentenças injustas, pois o nosso Deus é a própria justiça. Outro ponto importante que se deve deixar bem claro nesta aula é sobre alguns aspectos fundamentais a respeito da Vinda Gloriosa de Jesus:

1. Ela será de maneira pessoal (Jo 14.3).

2. Ela será literal (At 1.10).

3. Ela será visível (Hb 9.28).

4. Ela será gloriosa (Cl 3.4).

As Escrituras apresentam com clareza que o nosso Senhor virá em pessoa para julgar todo o mundo. Portanto, renovemos a nossa esperança nesta promessa!

Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD 

Lição 10 - 1º Trimestre 2021 - A Igreja e as Missões Transculturais - Juvenis.

 

Lição 10 - A Igreja e as Missões Transculturais 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. ENVIADOS ÀS NAÇÕES
2. É A SUA VOCAÇÃO?
3. DESAFIOS DESTE CHAMADO

OBJETIVOS
Apresentar Paulo e Barnabé como os primeiros missionários transculturais;
Discutir sobre a vocação para missões transculturais;
Conscientizar sobre os desafios das missões transculturais.

Querido (a) professor (a), na nossa próxima aula nos aprofundaremos no “Ide” de Jesus, focando o ministério de missões transculturais. Apesar do grande crescimento numérico de igrejas evangélicas no Brasil, os dados de investimento delas em missões é inversamente proporcional.

Para termos uma idéia, a igreja evangélica no Brasil cresceu mais que o dobro do ritmo da população durante mais de 20 anos, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se o crescimento constatado continuar, a igreja evangélica alcançará 50%da população nacional dentro de alguns anos.

Diante de tais números – também percebidos a olho nu, ao observar nas esquinas osurgimento de um novo templo a cada dia, – ficam algumas questões muito importantes a serem, talvez não respondidas, mas ao menos, refletidas. Uma delas é: Por que, enquanto as igrejas brasileiras estão abarrotadas, muitos continentes ainda estão vazios do Evangelho?

Procura-se missionários

A SEPAL (organização de apoio a pastores e líderes) mostra que há cerca de 80 organizações missionárias no País, mas o número de missionários brasileiros no campo transcultural é de pouco mais de três mil pessoas. Ao compararmos os números de necessitados, bem como o de crentes apenas no Brasil, perceberemos a gravidade desta situação.

O saudoso pastor assembleiano Waldemar Carvalho, fundador e até sua morte presidente da Missão Kairós, costumava dizer que o povo brasileiro foi evangelizado “errado”. Como recebemos missionários de outras nações, foi subentendido como se nós, no Brasil, fôssemos os “confins da Terra”, quando na verdade a ordenança de Jesus em Atos 1.8 é para crentes brasileiros avançarem rumo a outras partes do mundo também.

Em apenas um "retângulo" do mapa mundi, na chamada "janela dez por quarenta" (ilustração), está localizada mais da metade da população do mundo. A China com aproximadamente 1 bilhão e 400 milhões de habitantes, a Índia com 1 bilhão e 300 milhões, sem mencionar os outros 60 países desta área somando outros bilhões de pessoas a serem evangelizadas.

A ironia triste é que foi justamente neste trecho do mapa onde aconteceu a chamada de Abraão, muitos episódios marcantes do Antigo Testamento, o local onde Jesus nasceu, treinou seus discípulos e para onde os enviou a evangelizar. É nesta região, que até o século VII o cristianismo predominava, que hoje é coibida a pregação do Evangelho. E cadê a Igreja livre e poderosa do Ocidente para retribuir ao “Ide” que trouxe a Salvação até ela?!

A Igreja Perseguida

Milhões de evangélicos brasileiros que vão à igreja constantemente, pregam em locais públicos, leem suas bíblias no ônibus, pensam que a perseguição, tortura e prisão dos cristãos ficaram apenas no livro de Atos. No entanto, a Coordenação de Viagens e Correspondentes Internacionais da “Missão Portas Abertas” faz um alerta fundamental: “Apenas 0,04% da Igreja brasileira está engajada na causa dos cristãos perseguidos. Isso significa que dentre os quase 50 milhões de cristãos brasileiros, apenas 25 mil envolvem-se no suporte, oração, doação e ajuda à Igreja Perseguida”.

Enquanto gasta-se com prédios magníficos, eventos "gospels" pirotécnicos, debates doutrinários e afins existem centenas de cristãos pagando um preço de sangue, sendo massacrados, em mais de 50 países do mundo onde há perseguição ao Evangelho. E mais de 2.5 milhões de pessoas morrendo anualmente sem conhecer o Salvador, que nós fomos comissionados a apresentar. Mas como ouvirão, se não houver quem pregue? A pergunta de Paulo em Romanos 10.14 se repete. Porém, a resposta "eis-me aqui", infelizmente, está cada vez mais rara.

Compartilhe estes dados com seus alunos. Se possível, converse com seu pastor sobre a possibilidade de convidar um missionário transcultural para comparecer a sua igreja testemunhando deste tremendo trabalho e motivando os juvenis, bem como os demais membros a se envolverem.

Convoque cada aluno a participar como bom soldado de Cristo, dos sofrimentos dos nossos irmãos perseguidos, conforme o convite de Paulo em 2 Timóteo 2.3. Saiba também que você pode e deve, pois foi chamado para alcançar aqueles que nunca sequer ouviram o nome de Jesus.

O Senhor lhe abençoe e capacite!

Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 09 - 1º Trimestre 2021 - A Igreja em Missões Urbanas - Juvenis.

 

Lição 9 - A Igreja em Missões Urbanas 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. PAULO E A EVANGELIZAÇÃO NOS GRANDES CENTROS
2. EVANGELIZAÇÃO NAS GRANDES CIDADES HOJE
3. ESTRATÉGIAS ATUAIS

OBJETIVOS
Apresentar as estratégias utilizadas por Paulo para evangelizar os grandes centros;
Encorajar a vencer os desafios da evangelização nos grandes centros e nas pequenascidades;
Discutir como utilizar os meios tecnológicos na evangelização.

Querido (a) professor (a), a nossa próxima lição abordará um tema para o qual o próprio Cristo comissionou cada um de nós, o “ide”. Vamos focar especificamente em “missões urbanas”, alvo desafiador, porém ao alcance de todos. Para tal, destacaremos como exemploem nosso estudo a dedicação e estratégias utilizadas por ninguém mais, ninguém menos que o próprio Paulo, o apóstolo dos gentios. Certamente seu papel no avanço do Reino, ganhando incontáveis almas para Cristo, tem muito a nos ensinar.

Independente do tempo que você tem de atuação no ministério de ensino é sempre importante lembrar que boa parte deste trabalho começa antes de entrar na sala de aula. Você tem dedicado um tempo consistente para o estudo da lição? Elaboração do plano de aula, bem como preparo de todo material necessário para sua realização? E quanto à oração, você tem apresentado seus alunos a Deus, intercedendo em prol da frutificação da semente a ser lançada em seus corações? Essas são etapas essenciais do processo de educação cristã. Seja qual for sua resposta, separe um momento e ore por seus juvenis. Quem sabe, através desta aula não se levantarão missionários fervorosos, comprometidos em proclamar a mensagem de Salvação, perto ou longe, nas redondezas e até nos confins da Terra?!

Como pontuaremos na lição, temos inúmeros desafios na tarefa de evangelização nos grandes centros urbanos, bem como nas cidades pequenas. Inclusive um muito comum, especialmente em nosso país, é a decepção com a instituição religiosa, devido a alguns erros que seus membros e líderes cometeram, um mau testemunho que pode ter deixado difíceis barreiras para alguns ouvintes. Contudo, acaso “haveria coisa alguma difícil ao SENHOR?”(Gn 18.14). Com Ele venceremos todas as dificuldades. Com esta certeza, incentive seusalunos a crerem no poder da graça de Deus e da Palavra de Salvação, anunciando-a atémesmo ao mais improvável receptor. Afinal, quem diria que Saulo, um dos maioresperseguidores de cristãos da época, fosse se tornar um deles? E não apenas isso, mastornar-se o mais ávido evangelista de seu tempo. No entanto, foi exatamente o que aconteceu,porque a Palavra é mais importante e mais poderosa do que o mensageiro.

Após a aplicação das atividades e demais conteúdos sugeridos na sua revista de ED, que tal propor uma atividade prática à sua turma? Previamente, converse sobre a viabilidade desta ideia com sua liderança e os pais dos juvenis. E proponha-os oração e ação, saindo para evangelizar, seja em bairros próximos à Igreja ou mesmo na porta da dela, antes ou depois deum culto. Aproveitemos a criatividade e intensidade vibrante inerente aos juvenis em prol do Reino de Deus.

O Senhor lhe abençoe e capacite! 

Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Felizes os que são puros de coração - Juniores.

 

Lição 8 - Felizes os que são puros de coração 

1º Trimestre de 2021

Texto bíblico: Mateus 5.8; 23.26,26.

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos aprenderão que um coração puro é indispensável para que a obra de Deus seja realizada com excelência. Jesus afirmou aos seus discípulos que felizes são os que têm um coração puro porque verão a Deus (cf. Mt 5.8). A pureza está atrelada à santidade, e as Escrituras Sagradas afirmam que Deus é santo, nEle não há falta alguma (cf. Tg 1.17). Logo, todos os que estão na presença de Deus e conservam a pureza de coração, receberão a recompensa de ver o Senhor e de estar continuamente em Ele.

Seus alunos precisam aprender desde cedo que conservar um coração puro deve ser o alvo constante de todo cristão. Infelizmente, muitas circunstâncias surgem para tentar “sujar” o coração daqueles que servem a Deus, porém com a ajuda do Espírito Santo é possível manter o coração limpo. A história de hoje apresenta o exemplo de pessoas que se preocupavam mais com a aparência do que com a pureza interior. Destes fazia parte um bom número de fariseus que prezavam mais por honrar os rudimentos da tradição judaica do que zelar pela prática da vontade de Deus (cf. Jo 12.42,43). Na aula desta semana, mostre aos seus alunos o que é preciso observar para que tenham um coração puro e uma vida santa na presença de Deus.

A. A pureza de coração, uma virtude indispensável. A Palavra de Deus ensina que a pureza de coração é um requisito fundamental para que o crente possa desfrutar da presença de Deus de forma plena (cf, Mt 5.8). A pureza encontra sinônimo na palavra santidade. Faz parte do caráter de Deus ser santo, pois esta é a forma como Ele se identifica aos seus servos. “Sejam santos porque eu sou santo”, disse o Senhor (cf. 1 Pe 1.16). Sendo assim, ser santo não é um privilégio daqueles que participam das coisas concernentes ao Reino de Deus, e sim o dever de toda a criação de Deus. O relacionamento com o Senhor depende da forma como a pessoa se mantém separada de tudo o que é pecado ou que recebe influência dele. Preservar o coração limpo é afastar-se de todas as coisas que possam manchar o relacionamento o Criador. O Senhor promete uma recompensa para aqueles que rejeitam o pecado e mantêm o coração puro. Estes desfrutarão perpetuamente da presença do Senhor e terão alegria plena em sua presença (cf. Ap 21.3,4,7). 

B. Pureza interior X pureza exterior. Nos tempos de Jesus, infelizmente, havia aqueles que se preocupavam mais com a aparência do que com o interior do coração. O zelo dos fariseus por cumprir à risca todos os preceitos e ensinamentos da tradição judaica contrastava terminantemente com a vontade de Deus para o seu povo (cf. Mt 15.1-14). Na busca intensa por encontrar o caminho que os aproximasse de Deus, os judeus terminaram se afastando cada vez mais, porque não honravam a Deus nem aceitavam receber os seus ensinamentos. Antes, escolheram fundamentar a sua fé na religiosidade e tradição humana (cf. Mt 23.23). O orgulho os levou ao declínio espiritual. Como consequência dessa escolha, muitos não conseguiam compreender, de fato, qual era a vontade de Deus apresentada por Jesus, pois os seus olhos estavam vendados. Da mesma maneira, temos o nosso entendimento entenebrecido quando nos apegamos aos rudimentos institucionais e nos esquecemos de que o mais importante para Deus é a salvação e o bem-estar das pessoas. O Senhor espera encontrar em cada um de nós um coração puro que preze por fazer a vontade de Deus, e não apenas por demonstrar uma aparência vazia e sem perspectiva.

Compartilhe com seus alunos a importância de mantermos um coração puro na presença de Deus. Explique aos seus alunos que a boca fala aquilo que o coração está cheio. Sabemos que um coração cheio de sentimentos bons pronunciará palavras que edificam. Em contrapartida, um coração sujo pronunciará apenas palavras más e ações que não têm nenhum proveito. A fim de fixar o ensinamento da lição desta semana, prepare e distribua aos seus alunos várias bocas no tamanho de uma folha A4. Eles poderão pintar e decorar com canetinha e lápis de cor. Prepare uma folha com várias palavras boas e ruins e distribua aos seus alunos. Eles deverão recortar e colar sobre a boca as palavras que edificam. Peça que escrevam abaixo da boca: “A boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6.45).

Tenha uma boa aula! 

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Comprometidos com a Palavra de Deus - Adultos.

 

Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de Deus 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A AUTORIDADE DA BÍBLIA
II – ZELO PELA DOUTRINA
III – CUIDADO QUANTO AOS MODISMOS
CONCLUSÃO

OBJETIVO GERAL
Demonstrar o nosso compromisso com a Palavra de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Afirmar a autoridade da Bíblia;
II – Mostrar o zelo pela boa doutrina;
III – Pontuar os cuidados quanto ao modismos.

PONTO CENTRAL
Amamos a Palavra de Deus e somos comprometidos com ela.

Estimado(a) professor(a), nós somos apegados à Palavra e buscamos a orientação do Espírito Santo para nos ajudar na interpretação das Escrituras porque Ele é o divino autor da revelação de Deus à humanidade. Os profetas e os apóstolos, os instrumentos humanos, “falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Foi claramente afirmado que os profetas do Antigo Testamento recebiam a Palavra do Senhor por meio do seu Espírito (Zc 7.12; Ez 2.2; Ne 9.30). Uma comparação de Atos 28.25 com Isaías 6.9,10 ensina que o Espírito Santo é a Pessoa especial da Trindade que entregou a revelação de Deus em palavras. O Espírito de Deus é aquEle que inspirou as Escrituras, isto é, ensinou as palavras (1 Co 2.12,13), de modo que elas fossem precisas, infalíveis e repletas de autoridade. O Senhor Jesus prometeu enviar o Espírito Santo para ensinar aos seus apóstolos todas as coisas, e trazer à lembrança tudo o que Ele lhes havia dito (Jo 14.26). (Trecho extraído e adaptado do Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 684)

Por este motivo, estimule seus alunos a buscarem o Espírito Santo para ajuda-los na compreensão das Sagradas Escrituras a fim de evitarem os modismos que cercam nossas igrejas. Vejamos o que o comentarista da lição, pastor Esequias Soares, discorre sobre O Cuidado quanto aos Modismos

“O significado literal de ‘modismo’, segundo os dicionários da língua portuguesa, é o que está na moda, e, dependendo do contexto, é aquilo ‘que tem caráter efêmero, passageiro’. É nesse contexto o nosso cuidado, os nossos pais tiveram e devemos manter a mesma vigilância doutrinária. Esses modismos são provenientes de várias fontes: erros de interpretação de textos bíblicos, experiências pessoais e revelações de origem estranha. Trata-se de distorção doutrinária que está muito em voga na mídia evangélica e nos últimos anos vem recebendo aceitação de muitos líderes desavisados. 

Vários modismos pentecostais têm chegado ao país, como se fossem avivamentos bíblicos genuínos. É assim que se houve falar de doutrinas e práticas religiosas estranhas como sendo o avivamento esperado. Os principais modismos já saíram de moda e outros até já desapareceram. Os mais conhecidos são o mapeamento espiritual, a maldição hereditária, a ideia de ‘crentes endemoninhados’.12 Outro modismo que já está fora de moda é o ‘cair no poder’, chamado ‘sopro santo’. Muita gente se reunia nas igrejas e em grandes concentrações já predispostas para “cair no poder”, com alguém para segurar na hora de cair para trás. Às vezes, o pregador soprava ou jogava o paletó para o plenário e com isso muitos dos presentes caíam para trás. Tivemos que lidar com esse abuso por um bom tempo. 

O dente de ouro eram obturações de ouro que supostamente aconteciam durante os cultos mediante a pregação e a ministração de alguém com uma ‘unção específica’. Muitos iam para esses cultos previamente programados com lanternas e espelhos, e se via muita gente de boca escancarada, e outros com lanternas e espelhos procurando obturações de ouro. Tal modismo já desapareceu. A ‘unção do riso’ foi outra inovação, mas não durou muito tempo, é conhecida também como a ‘bênção de Toronto, gargalhada sagrada ou unção de Isaque’. As pessoas se reuniam nos cultos e começavam a dar gargalhas: ‘As manifestações relacionadas com este movimento incluem gargalhadas, cair no Espírito, passar tempo no carpete (to do carpet time) e emitir sons produzidos por animais tais como urrar como leão e latir como cachorro’.13 O movimento G-12 com a regressão psicológica também foi moda. Onde estão agora todos esses modismos? Alguns desapareceram, outros vão se reinventando para não dizer, desaparecendo. 

Ser comprometido com a Palavra é ir além da comunicação do evangelho, mas também batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos: ‘Amados, quando eu me empenhava para escrever-lhes a respeito da salvação que temos em comum, senti que era necessário corresponder-me com vocês, para exortá-los a lutar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos’ (Jd 3). Assim, o nosso cuidado com a doutrina deve ir além do combate aos modismos e também servir para defender a nossa fé das seitas e heresias, refutar os erros que se opõem aos ensinos bíblicos e persuadir os contradizentes para que eles se convertam ao evangelho. Devemos fazer o melhor para Deus.”


12 Esses três modismos da alegada “Batalha Espiritual”: o mapeamento espiritual, a maldição hereditária, a ideia de crentes endemoninhados, foram estudados na lição 1 do 1º. trimestre de 2019 e o assunto foi ampliado no livro que acompanhou o trimestre: SOARES, Esequias & SOARES, Daniele. Batalha Espiritual – O Povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do Mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, pp. 13-26.

13 ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em Crise – Decadência Doutrinária na Igreja Brasileira. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1995, p. 79. Este livro apresenta um estudo amplo sobre a maioria dos modismos apresentada no presente capítulo com suas práticas abusivas e suas respectivas respostas bíblicas.


Texto extraído da obra “O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo”.

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo
Setor de Educação Cristã 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Papai do Céu Cuida de Mim - Maternal.

 

Lição 8 - Papai do Céu Cuida de Mim 

1º Trimestre de 2021

Objetivo da lição: Que a criança compreenda que ela pode descansar no cuidado do Papai do Céu. 

Para guardar no coração: “O Senhor guardará você de todo o perigo[...]” (Sl 121.7)

É hora de preparar-se

“Além da confiança no cuidado de Deus, o capítulo 27 de Atos traz-nos outras preciosas lições. Uma delas, que desejamos partilhar com você, está na diferença entre a atitude de Paulo e a dos soldados, em relação aos presos. A idéia dos soldados era que matassem os prisioneiros para que ninguém fugisse a nado (v.42). Uma justificativa para esta atitude é que os soldados deveriam pagar com a própria vida, se algum preso escapasse. Um olhar mais atento sobre a natureza humana, revela-nos, entretanto, algo mais grave na decisão dos soldados: na opinião deles, aqueles prisioneiros já estavam mesmo condenados. Afinal, quem eram eles, senão criminosos, salteadores e assassinos? Que lhes importava se Deus prometera a Paulo a vida daqueles homens? Isto os tornava menos criminosos e menos merecedores de castigo? Era melhor que morressem de uma vez! 

Não fazemos nós assim também? Em nossos sentimentos, não julgamos determinadas pessoas imerecedoras da graça de Deus? Em nosso coração, não as sentenciamos à condenação eterna? Fazemos isto cada vez que duvidamos da salvação de um traficante ou de um estuprador. Dentro de nós, gostaríamos mesmo é que se manifestasse contra eles a ira de Deus, conforme Rm 1.18. Esquecemo-nos de que graça é justamente favor imerecido, e que a vontade do Pai é que nenhum se perca (Jo 6.39). 

Que Deus nos dê a visão correta do apóstolo Paulo, que a ninguém julgou indigno, mas preocupou-se com a salvação de todos. Por que Deus lhe teria prometido a vida de todos quantos navegavam com ele (At 27.24)? Certamente, enquanto a tripulação lutava contra a tempestade, o apóstolo lutava em oração perante Deus, suplicando não só por si, como também por seus companheiros de viagem. Por certo, o grande missionário não perdera tempo; aproveitara cada minuto da viagem para falar-lhes de Cristo e conduzi-los à vida eterna, muito embora, dezenas deles estivessem de fato condenados à morte física, pela lei romana” (Marta Doreto).

Perfil da criança do maternal

“Se tivéssemos de usar uma única palavra para responder como é mentalmente a criança do maternal, diríamos: descobridora. A sua curiosidade e constante investigação das coisas, que a impulsionam a mexer em tudo, a querer tocar e ainda levar à boca, são totalmente justificáveis: estão descobrindo o surpreendente mundo criado pelo Pai Celeste.

A descoberta do mundo começou pelo próprio quarto, quando ainda era bebê; depois o lar, e vai expandindo-se à medida que sai de casa e freqüenta novos ambientes. E este conhecimento ou descoberta abrange também as pessoas, a começar pelos pais e os irmãos, e a si mesma. Aos poucos vai se conhecendo e conscientizando-se do lugar que ocupa na família, depois na sala de aula entre os demais alunos, e assim por diante” (Marta Doreto).

Oficina de ideias

“Encha de água umas duas bacias grandes, e deixe que as crianças coloquem para “navegar” os barquinhos que fizeram com folhas de revista. Mostre-lhes como agitar a água da bacia, para fingir que é uma tempestade no mar” (Marta Doreto).


Até logo

Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Atos 27.8-44.  

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Neemias, o Herói que não desistiu - Primários.

 

Lição 8 - Neemias, o Herói que não desistiu 

1º Trimestre de 2021

Objetivo: Que o aluno compreenda que não devemos desistir diante das dificuldades, pois o Senhor é conosco.

Ponto central: É preciso perseverar até receber a vitória.

Memória em ação: “[...] não desanimem, nem desistam [...]” (Hb 12.3b).

Querido (a) professor (a), em nossa próxima aula vamos falar sobre um tema tão difícil depraticar, até mesmo para nós adultos: PERSEVERAR! Diante das dificuldades, dosimprevistos, dos infortúnios, das injustiças, do cansaço, da derrota, do desânimo, ou seja, davida, precisamos perseverar! Oh, como é difícil não desistir e perseverar até o fim, até recebera promessa! Imagina então se manter firme, mesmo ciente de que “esse fim” tão desejadopode não ser como nós esperamos. Ou ainda, perseverar no Senhor, mesmo se a promessanão vier. Isso mesmo. A verdade – que requer ainda maior fé, maturidade e genuíno amor porDeus –, é esta: por mais que perseveremos crendo, nem sempre vivenciamos as promessas.

Responda para si mesmo: Eu ainda seria fiel ao Senhor se Ele não fizesse o que tanto peçoem oração? Eu ainda o amaria, ainda o serviria? Porque os “heróis da fé” mencionados emHebreus 11 assim fizeram.

“ [...] Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas , mas, vendo-as delonge, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos naterra.

Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, selembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar.

Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não seenvergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade” (Hebreus11.13-16).

Nesta revista cujo tema e objetivo central é apresentar aos pequeninos alguns heróis, cujas histórias registradas nas Sagradas Escrituras nos inspiram enormemente a perseverar em nossas próprias batalhas, não tem como não lembrar desta maravilhosa galeria dos heróis da fé. Você estaria entre eles, entre os que “sem terem recebido as promessas” (v.13), ainda assim morreram cheios de fé?

Evidentemente o texto de Hebreus se refere à promessa da vida eterna, da Canaã celestial. Contudo, ainda é válida a reflexão: sirvo a Deus por amor ou por obrigação? Ou por medo? Ou hábito? Ou por interesse? Se Ele não cumprir o que eu tanto espero, oro, preciso, eu aindao amarei e servirei com o mesmo fervor?!

Independente de suas respostas converse com o Pai, peça a Ele esse amor que fortalece a féde um homem tão poderosamente a ponto de ultrapassar a lógica humana, o tempo e até mesmo a morte... Que vive aqui e adentra a Eternidade com a compreensão e alegrecontentamento de que a nossa Pátria não é neste mundo.

Que a alegria da salvação renove as suas forças para continuar perseverando em todas as suasbatalhas.

[...] não desanimem, nem desistam [...]” (Hebreus 12.3).

[...] aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 24.13)

[...] O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.5,6)

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.

Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - A Santidade Não Saiu de Moda - Adolescentes.

 

Lição 8 - A Santidade Não Saiu de Moda 

1º Trimestre de 2021

Texto Bíblico: 1 Tessalonicenses 4.1-7

Destaque: Deus não nos chamou para vivermos na imoralidade, mas para sermoscompletamente dedicados a ele. (1 Ts 4.7)

Objetivos
Mostrar que ser santo não é uma opção para os cristãos, mas um mandamento;
Destacar o interesse de Deus em nossa santificação;
Explicar que “ficar” não tem nada haver com o jovem cristão.

SANTIDADE AO SENHOR

Marcelo Oliveira de Oliveira

O que é santificação

Santificação tem a ver com “separação”, “dedicação”, “purificação”, “consagração” e “serviço”, conforme apresentado pelo teólogo pentecostal, Myer Pearlman, em sua“Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”. A Santificação, no campo espiritual, ocorre de maneira instantânea quando entregamos nossa vida a Cristo, pois Ele nos justifica, regenera e santifica. Entretanto, do ponto de vista da vida cristã na Terra, a santificação é um processo progressivo que envolve a reafirmação de vivência da vida cristã que se permite perseverar em Deus, rompendo radicalmente com o mundo.

O significado da santidade dos sacerdotes

A santidade exigida por Deus aos sacerdotes, no Antigo Testamento, significava a entrega total deles para exercer integralmente a vontade de Deus. Por isso, o sacerdote, bem como oslevitas, não recebeu terra, nem poderia trabalhar, mas devia ser sustentado pelos seus irmãosde outras tribos, a fim de viver radicalmente para Deus. Os sacerdotes, bem como os levitas, eram o motor que fazia o Tabernáculo, mais tarde o Templo, funcionar o tempo todo. Logo, aconsciência de que Deus estava presente no meio de seu povo era diuturnamente lembradapelo ministério no templo de seus escolhidos.

A santidade dos sacerdotes implicava toda a área da vida: a área moral, sim; a área espiritualtambém; a área ministerial propriamente dita. Tudo no sacerdote deveria transparecer a santidade do Senhor. Dizer “Senhor, eu sou teu” importava significar verdade e sinceridade. Do contrário, Deus não aceitava. Ele sempre demonstrou sua não aceitação do falso sacerdote por intermédio do ministério dos santos profetas.

O princípio da santidade hoje

A Palavra de Deus diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para asua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo deDeus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pe2.9,10). Aqui, está exposto o mesmo princípio de santidade esperado na vida dos sacerdotes do Antigo Testamento: “separação”, “dedicação”, “purificação”, “consagração” e “serviço”.

A implicação agora é maior, pois não fomos escolhidos por intermédio do ministério de um grande líder como Moisés, ou do sacerdote Arão, ou sob a liderança de Josué, mas pelo próprio Cristo, o Filho de Deus (Hb 2.1-4).

Deus lhe abençoe!

Flavianne Vaz
Editora Responsável pela Revista Adolescentes Vencedores da CPAD

Fonte: Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD. 

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - O Papel da Liderança na Igreja - Juvenis.

 

Lição 8 - O Papel da Liderança na Igreja 

1º Trimestre de 2021

ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IMPORTÂNCIA DOS LÍDERES NA IGREJA
2. O PERFIL BÍBLICO DE UMA LIDERANÇA CRISTÃ
3. VOCAÇÃO E CHAMADO PARA A LIDERANÇA

OBJETIVOS
Discutir a importância da liderança na igreja;
Descrever as qualificações de um bom líder cristão;
Refletir sobre a vocação para a liderança cristã.

Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos conversar com os juvenis sobre aliderança na igreja e a importância de segui-la, claro que com toda sabedoria. Não estamos falando aqui de uma doutrinação à obediência cega e irresponsável, como infelizmente muitas instituições religiosas requerem, mesmo isto não sendo coerente com a Palavra de Deus. Afinal, o Senhor nos criou como seres pensantes e não como robôs prontos a acatarordens, sem nem refletir sobre elas primeiro.

Propomos que esta reflexão seja expandida para a sala de aula. Faça perguntas quelevantem esta temática. Perguntas como: “Respeitar é obedecer sem pensar?”; “É bíblico obedecermos às autoridades? Mesmo quando estas estão em desacordo com a própria Bíblia?”; “Existe um limite para a obediência à liderança? Qual seria?”; “Discordar da ordem de um líder é desrespeito, é pecado?”; “Quando e de que maneira é pecado?”; “É possível contra-argumentar respeitosamente?”

Nesta faixa etária seus alunos tendem a ser questionadores, o que para muitos é encarado como “rebeldia”, mas na verdade pode ser trabalhado como uma boa característica. O educador de hoje precisa compreender e estar preparado para dialogar com esta geração que — de forma muito excedente às suas precursoras —, refletem, indagam,contra-argumentam muito mais.

Conduza esta reflexão de forma sábia, deixando que seus alunos se expressem com honestidade e ao final da discussão de cada pergunta, mostre que é possível um diálogo respeitoso entre liderado e liderança cristã, principalmente quando este é pautado em argumentos bíblicos e quando compreendemos que ela é fruto de legítimo zelo e amor.

Busque ao Senhor em oração para que Ele lhe dê Graça, Sabedoria e Palavras assertivas para conduzir esse tema de forma bíblica, a fim de contribuir com a unidade e crescimento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

O Senhor lhe abençoe e capacite!Boa aula!

Paula Renata Santos
Editora Responsável da Revista Juvenis

Lição 08 - 1º Trimestre 2021 - Habacuque: A intercessão de um homem cheio de esperanças - Jovens.

 

Lição 8- Habacuque: A intercessão de um homem cheio de esperanças 

1º Trimestre de 2021

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Marcos Tedesco, comentarista do trimestre:

INTRODUÇÃO

Diante da ferocidade do Império Babilônico, o Reino de Judá experimentava um dos momentos mais difíceis de sua história. Depois de uma escalada terrível de violência urbana, paganismo, injustiças sociais e imoralidade por todos os lados, a ruína total era apenas uma questão de tempo diante dos cruéis exércitos de Nabucodonosor que marchavam em direção a Jerusalém. Ao vislumbrar tal cenário, Habacuque se levantou e perguntou ao próprio Deus: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?” (Hc 1.2) A partir de uma primeira interpretação, somos levados a imaginar o quão desesperançado estava o profeta. Mas, quando nos debruçamos com mais atenção nas letras escritas pelo profeta, podemos perceber quão profundo é esse livro ao revelar uma série de diálogos entre um simples homem e o Deus poderoso, santo, justo e misericordioso. É esse o contexto que nos permitirá conhecer um pouco mais da história de um homem que intercedeu com toda a sua energia em favor do povo e que, a partir de um franco relacionamento com o Senhor, encheu-se de esperança e nos ensinou valiosas lições sobre fé, justiça, soberania e santidade.

I – A Iniquidade de Judá

Os tempos de glória se passaram e já não havia mais disposição para ouvir a voz de Deus no reino de Judá. Em vez de buscarem a retidão e a justiça, os contemporâneos de Habacuque estavam envoltos em iniquidades, injustiças, violência e afrontas à santidade divina. Durante muito tempo, os profetas pregaram o arrependimento e anunciaram o juízo que se aproximava, porém aquele povo não tinha mais interesse em restaurar o que se havia perdido.

Ao profeta bastava a intercessão a Deus pelo povo infiel. Habacuque, em oração, abriu o seu coração em busca da solução a difíceis questões. Contudo, a resposta do Senhor foi muito além do momento em que precedia a queda de Jerusalém e ainda continua repercutindo em um mundo a agonizar entre a iniquidade e a desesperança.

Caos e sofrimento 

O cotidiano vivido em Judá nos anos antecedentes à queda de Jerusalém era aterrorizante. Por todos os lados imperava um panorama de injustiças, perversidades e abominações evidenciando um desinteresse por qualquer mudança dos padrões e, muito menos, um retorno para Deus. Por todos os cantos de Judá, a situação complicava-se ainda mais e diversas atrocidades já eram vistas como algo comum pela maioria das pessoas: o abandono de crianças nas ruas, violência, injustiças sociais, contendas, litígios, suborno de autoridades, opressão aos menos favorecidos, justiça corrompida, entre muitas outras. Era uma época de grande insensibilidade humana, que levava a situações surpreendentes de crueldade e descompromisso com a vida. Os mais fracos eram oprimidos por pessoas que se deleitavam com os lucros da dor alheia. Foram tempos difíceis e que traziam muita tristeza para o profeta Habacuque, que buscava despertar o povo, assim como também fez Jeremias, para um concerto. No entanto, os ouvidos daquela geração já estavam cauterizados e não mais aceitavam as mensagens dos profetas enviados pelo Senhor. Deus, ao enviar profetas, abria uma porta para uma mudança mediante arrependimento e restauração. Todavia, essa mudança não poderia ser imposta já que deveria ser, sempre, fruto de profunda reflexão e desejo de renovo. Por muito tempo, Deus esperou que a situação se transformasse. Entretanto, o dia do juízo havia chegado. Para o profeta, agora só restava o questionamento ao sofrimento dos justos, que também sofreriam junto com os iníquos.

A situação terrível observada no reino de Judá nos anos que antecederam ao cativeiro, também pode ser encontrada nos dias atuais promovendo um esfriamento dos corações e uma terrível insensibilidade para com qualquer pessoa que sofra.

A iniquidade tem se multiplicado de forma assombrosa e as consequências geradas a partir de tal situação assumiram proporções incontroláveis. O atual quadro de iniquidade nos impressiona: a destruição da família e a condenação do padrão de vida santificada; a violência urbana tem revelado uma crueldade impressionante; a corrupção atingiu, nos últimos anos, índices jamais vistos na história da humanidade; as multidões (de todas as idades) que moram nas ruas mendigando e sendo desamparadas ampliam-se a cada dia; a fome tem atingido uma parcela cada vez maior da população; a prostituição e outras formas veladas de mercantilização dos corpos, levando à objetificação dos seres humanos; a justiça, que não é mais a favor do justo, mas é destruída por leis frouxas e interpretações compradas; as doenças da alma, levando um número crescente de pessoas ao suicídio, mutilação e crises psicossomáticas; guerras e terrorismos em todos os continentes; além de muitas outras realidades aqui não mencionadas. Jornais e sites de notícias facilmente nos mostram casos que desafiam a mente humana e causam náuseas pelas dimensões do que é narrado. Desde o abandono até o assassinato de criancinhas, o envenenamento de pessoas que mendigam alimento e a corrupção entranhada em campanhas que visam a salvar vidas são algumas das notícias que recentemente assustaram milhões de brasileiros, porém estão cada vez mais comuns e aos poucos vão sendo banalizadas. Se até nós, em nossa natureza humana, sentimo-nos entristecidos por tais acontecimentos, imaginemos o nosso amado Pai, que nos criou para a glória de seu nome. Com certeza, vivemos tempos de iniquidades semelhantes aos dias antecedentes ao juízo em Judá. São prenúncios dos tempos descritos por Jesus em seu ministério na terra (Mt 24.6-8), apontando, possivelmente, para “o princípio das dores”. O Mestre apontava que ouviríamos falar de guerras e de rumores de guerras e veríamos fomes, pestes, terremotos, todavia tudo isso ainda não seria o fim.

O povo foi alertado acerca das consequências de seus atos por diversos profetas durante muitos anos. As más escolhas daquelas pessoas um dia desencadeariam em juízo do Senhor e já não haveria mais tempo para pedidos de socorro. Os profetas foram desprezados e, inclusive, humilhados por muitos. Um claro exemplo podemos encontrar em Jeremias, que, durante várias décadas, sofreu na mão de incrédulos que o castigavam sem piedade, tendo inclusive seus escritos queimados pelo rei Jeoaquim (Jr 36). Habacuque compreendera perfeitamente que era chegada a hora do juízo, contudo, diante dos executores de tal castigo, questionou a Deus sobre o uso dos babilônicos para tal ação. Para o profeta, não havia mais nada a fazer além de questionar em prol dos justos que sofreriam também as consequências do juízo dos maus. O profeta clamava movido pelo amor a Deus, pelo desejo ardente de restauração (mas não por mãos ímpias) e por sua dor ao ver os justos serem vítimas das mesmas atrocidades que seriam impostas aos iníquos.

II – O Castigo de Judá 

O castigo é algo a trazer muito desconforto, no entanto é necessário em determinados contextos. No caso em que estamos estudando, o castigo aplicado tem a finalidade de correção e classifica-se como “educativo”, pois busca levar o povo novamente à presença do Senhor mediante arrependimento e restauração. Muitos justos também estavam sofrendo, assim como o profeta, nas mãos dos homens maus, como os próprios judeus, até mesmo dos estrangeiros, como os assírios (que derrubaram o Reino do Norte) e os babilônicos comandados por Nabucodonosor. Os justos apresentados por Habacuque ao Pai em suas orações intercessoras estavam tendo, aparentemente, o mesmo fim que os injustos e iníquos. Entretanto era apenas uma aparência, pois Deus jamais os abandonaria. No momento de maior intensidade das orações do profeta, o Senhor prometera que pela fé, eles viveriam. Deus se faria presente, e jamais desampararia os seus. Pela fé, cremos também nisso. Glória a Deus!

Todas as escolhas que fazemos, geram consequências. Se buscarmos o caminho certo e cumprirmos todas as condições para uma viagem tranquila, teremos uma boa chance de chegarmos ao destino desejado bem e em segurança. Não podemos almejar uma meta, ou uma condição futura, se não nos atentarmos às etapas e estruturas necessárias para tal. Sempre foi assim, e a Bíblia nos mostra diversos exemplos a respeito desse preceito. No tempo de Habacuque, assim como no tempo de Moisés, esse era um importante princípio que deveria ser observado. O livro de Deuteronômio registra três discursos de Moisés que impressionam pelo conteúdo influenciando tanto o povo do deserto quanto as gerações posteriores. Um desses discursos nos permite refletir sobre duas possibilidades dispostas à nossa frente: bênção e maldição. Vejamos: “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos mando; porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno [...]” (Dt 11.26-28). Se o povo obedecesse à Palavra de Deus, seriam alcançados pela bênção. Por outro lado, se desprezassem os mandamentos do Senhor, seriam alvos da maldição. Era uma questão de escolha e conseqüência; o modo de vida do povo apontaria para o seu futuro. Sabemos que a maior parte do povo hebreu, com grande frequência, afastava-se de Deus e andava por caminhos de impiedade, vindo assim a padecer diante da maldição. Essas palavras de Moisés demonstravam ao povo o quanto suas formas de lidar com os desafios diários seriam determinantes quanto ao futuro. Os muitos anos de pecados e injustiças não passaram despercebidos por Deus. A aparente aceitação divina do que acontecia em Judá nos tempos de Jeremias e Habacuque não representava uma passividade do Senhor, mas sim um período necessário até que o juízo fosse determinado e, finalmente, protagonizado pelos caldeus. A validade dessas palavras é tão real hoje quanto era nos dias de Moisés e Habacuque. Temos diante de nós a escolha: bênção ou maldição. Tudo dependerá da forma como conduziremos os nossos passos. Aquilo que semearmos também colheremos (Gl 6.7). Precisamos ser convictos de que nenhuma injustiça ou iniquidade por si só representa a vitória do mal sobre o bem. No tempo certo, o juízo se cumprirá e os justos serão saciados em sua sede e gozaremos da paz que só encontramos em Deus (Sl 62.5).

Diante de tanto sofrimento e apreensão, Habacuque questionava o motivo do sofrimento dos justos. Ele podia aceitar o triste fim que era anunciado aos ímpios e apóstatas de Judá, mas lhe era incompreensível a iminente tragédia que alcançaria as pessoas que se mantinham fiéis. O profeta questiona com respeitosa e prudente indignação a indigesta realidade: “Por que os babilônicos?”. Difícil compreender como um povo ímpio e praticante das mais terríveis abominações poderia ser usado por Deus para trazer juízo ao seu povo. Em seu questionamento, Habacuque usa uma figura de linguagem comparando os invasores a pescadores os quais matavam suas presas por prazer (Hb 1.14-17), apontando uma nítida desumanidade. Como Deus permitiria que o seu povo caísse nas mãos de homens que se deleitavam com o sofrimento alheio? Como um Deus justo não interviria em tal atrocidade? São perguntas perturbadoras ao simples homem que via na intercessão a sua única possibilidade em busca da compreensão de tal dilema. A resposta de Deus para tais questionamentos serviu de bálsamo ao sofrido profeta: o justo, no fim, emergiria vitorioso. Os justos têm uma comunhão com o Pai, pois são retos e obedecem à vontade divina. Para viverem neste mundo decaído, os justos precisam ter uma firme confiança em Deus e, com alegria, seguir os propósitos divinos. Em relação aos ímpios que se aproximavam de Judá, o Senhor deixara bem claro que, também no tempo certo, os caldeus pagariam por suas atrocidades e iniquidades, porém, nesse momento, estariam sendo direcionados a serem os instrumentos de juízo sobre o povo de Judá. A situação parecia caótica, todavia o Senhor tinha tudo sobre controle: o momento terrível se fazia necessário em busca de um final mais elevado. No cativeiro, o povo seria trabalhado, o milagre aconteceria e Deus, no tempo certo, traria um novo tempo de restauração. As palavras de Habacuque tinham a nítida intenção de dar um amparo aos justos, que também sofriam por conta de toda a situação criada. Entrava em cena uma palavra-chave, tanto naqueles dias quanto no Novo Testamento e até hoje: fé!

Uma triste e assustadora sentença era reservada para Judá em que seus habitantes iníquos estavam prestes a ser massacrados pelas forças caldeias. O profeta Habacuque clamava a Deus por um socorro que não mais seria possível. O intercessor desejava o socorro imediato, contudo a resposta do Senhor apontou para uma solução que se projetava para além do seu tempo: o justo vivendo pela fé.

Os justos de Judá tinham uma grande esperança revelada na resposta de Deus a Habacuque: a fé se apresentava como um fator de extrema relevância na busca pela salvação e reconciliação com o Senhor. Era a fé que permitiria ao justo a continuidade da caminhada buscando firmemente os propósitos divinos. A epístola aos Hebreus define com precisão o que é “fé”: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). É a fé que dá sentido ao ato de orar, pois cremos que Deus nos ouve e nos fortalece em meio à nossa caminhada anunciando o Reino de Deus. Deus queria que as pessoas soubessem dessa verdade excelsa e orientou ao profeta a forma correta de proceder. Habacuque deveria escrever de modo destacado em grandes tábuas e de forma bem legível para que, todo aquele que passasse correndo ao ser levado ao cativeiro, pudesse ler e deixar marcado em seu coração e mente que a “fé” seria o segredo para sobreviver ao que passariam, pois tinham a convicção de que um dia o Senhor novamente os colocaria de pé. Deus estava no controle (Is 26.3)!

III – A Oração de Habacuque 

O profeta Habacuque descreve, em seus escritos, uma conversa com Deus questionando o juízo que se aproximava sobre o povo de Judá. Nesse diálogo, é observado um relacionamento com o Senhor envolto em intimidade, obediência, dependência e fidelidade. Não se trata de um questionar confrontando, mas sim de uma ação em busca de melhor compreensão da dimensão dos planos que o Pai tem para os seus. A resposta de Deus à oração revela informações já conhecidas pelo profeta em seu coração; afinal, buscava ao Pai constantemente ao longo de sua vida. A oração de Habacuque nos permite o entendimento do papel da fé na vida dos justos, levando-os a uma firme esperança na soberania divina. 

Deus Os profetas que escreveram livros na Bíblia dirigiram suas palavras a pessoas específicas, ou ainda, a todo um povo, entretanto com Habacuque foi diferente. O seu livro registra palavras que nos mostram um profundo diálogo entre o profeta e Deus. 

Em toda a Bíblia Sagrada, é raríssimo encontrarmos personagens que receberam de Deus a autorização para questioná-lo abertamente: Moisés é um conhecido exemplo (Êx 33), intercedendo pelo povo que era teimoso em pleno deserto. Outro caso muito conhecido se refere a Habacuque. No início do capítulo 1, o profeta se entristece mediante a injustiça que impera no meio de seu povo e pergunta por que Deus não intervém: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: violência! E não me salvarás?” (Hc 1.2). Já mais adiante, o questionamento é mais “cirúrgico”, abordando a aparente passividade divina enquanto o ímpio destrói e humilha aquele que é justo (Hc 1.13). Não obstante, como pode o Senhor soberano permitir que um homem o questione de forma tão direta? A resposta é simples e animadora: o questionamento de Habacuque, assim como o de Moisés, foi originado em uma relação de profunda intimidade com Deus e protagonizado por alguém que buscava servir ao Senhor com inteireza de coração, permitindo-se ser guiado em tudo pela direção divina. A forma de oração praticada por Habacuque, mas que também encontramos em Moisés e Jó, por exemplo, desafia um entendimento comum, no entanto equivocado, de que não podemos questionar a Deus. É importante destacar que esse tipo de questionamento precisa ser envolto em algumas considerações bem específicas. Aqui apontaremos algumas: não deve ser combativo; deve ser fruto de confiança e fé convicta; só acontece em um relacionamento qualitativo com Deus; busca uma compreensão em relação à vontade divina, não a sua contestação.

O questionamento a Deus jamais pode ser motivado por simples indignação ou ainda incredulidade na soberania ou justiça divina. Esse questionamento é aceitável quando expressa um desejo do crente em conhecer melhor os planos que o Senhor tem para os seus. O diálogo questionador, no caso estudado por nós, justifica-se quando almejamos conhecer ainda mais os propósitos de Deus para a nossa vida.

O profeta possuía uma liberdade com Deus que fora construída ao redor de um relacionamento que gerou notável intimidade. Quando Habacuque orou e intercedeu pelo povo, sentimentos e virtudes nobres estavam envolvidos, os quais nos servem de exemplo. Como interceder se não amamos e nem nos importamos com o alvo da intercessão? A verdadeira intercessão não deve ser apenas fruto de uma reflexão e consequente ação intencional. A intercessão que toca o coração de Deus deve, também, ser oriunda de um profundo sentimento de identificação afetiva com aquele que é contemplado no ato intercessor. Sendo assim, o questionamento não é fruto de simples discordância, porém é concebido a partir de um amálgama de posturas e características próprias do crente fiel e diligente. Como interceder sem amar, sem sentir júbilo com a alegria do próximo e tristeza como o lamento de quem está à nossa frente? A intercessão não pode ser descomprometida com o amor reverberado em nós pela ação divina, mas sim, por esse amor, impulsionada. Finalmente, é importante destacar ainda que, mediante a intercessão, os intercessores também são alvos de bênçãos. Veja: aprofunda nossa intimidade com Deus (Sl 63.1-11); amplia a visão espiritual (Dn 9.20-23); intensifica a unidade (Fp 1.19; 1 Co 1.11); e promove a bênção (Mc 10.29-30). Um versículo do livro de Jó exemplifica bem esse fato, vejamos: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía” (Jó 42.10). Ao intercedermos com o coração movido pelo amor de Deus, nossas próprias vidas são alcançadas e abençoadas, afinal, como ser dirigido pelo Senhor e não ser cheio das suas bênçãos? Enquanto Habacuque intercedia por aquele povo, o seu coração era inundado pela presença restauradora de Deus e, em pleno diálogo, verdades maravilhosas lhes eram apresentadas. Foi naquele momento que o profeta entendeu, na prática, o alcance do amor, da justiça e da soberania divina. Ao justo, bastava a suficiência da fé e a esperança vívida no soberano Deus.

A sensibilidade de Habacuque nos impressiona. Se atentarmos para duas unidades temáticas, os primeiros dois capítulos e o último capítulo, perceberemos uma marcante diferença entre elas. Em um primeiro momento, o profeta exprime um sofrimento devastador a ponto de questionar Deus e chorar pelos justos que sofrerão no cativeiro. Todavia, algo acontece. O Pai responde e revela um grande segredo para a caminhada triunfante do crente: a fé (Hc 2.4). O profeta tem seu questionamento atendido por Deus, não como desejava o homem, mas de uma forma totalmente alinhada com uma narrativa bíblica amorosa, a qual se direciona para a restauração. Uma palavra a ser enfatizada ao longo do terceiro capítulo do livro de Habacuque é, sem dúvida, a esperança. Ao longo do texto, o profeta enfatiza a soberania divina e, finalmente, declara que a sua força está em Jeová. Independentemente das circunstâncias e das restrições temporais, o profeta sabia que Deus estava no controle e, no tempo certo, o justo teria a sua vitória.  Habacuque agora, com essa mensagem bem gravada em sua mente, via o invisível (Hb 11.27) e estava pronto para um novo tempo de esperança. Então, as palavras são de esperança e paz. Alegremo-nos no Senhor, exultemos no Deus de nossa salvação (Hc 3.17-19).

Após ter obtido a resposta de Deus, Habacuque compõe um cântico celebrando o Senhor e as suas grandes obras. Em uma primorosa abordagem, os grandes feitos divinos são lembrados, demonstrando o cuidado de Deus para como o seu povo (Hc 3.1-15). Independentemente do que pudesse vir a acontecer, o profeta celebra e canta uma maravilhosa verdade: tudo terminaria bem para aqueles que servem ao Deus soberano. Os justos jamais seriam desamparados.o de uma comunhão outrora perdida. 

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.