segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Lição 8 - 3º Trimestre 2014 - Jovens e Adultos.



LIÇÃO 08
O CUIDADO COM A LÍNGUA

24 de agosto de 2014
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO

 "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo"  (Tg 3.2).

VERDADE PRÁTICA


A nossa língua pode destruir vidas, portanto, sejamos cuidadosos com o que falamos.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


"Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo"  (Tg 3.2).

Nosso texto áureo está inserido no capítulo 3 versículos 1 a 17 sobre o tropeço na palavra. No Comentário Bíblico Beacon encontramos a seguinte consideração sobre Tiago 3.2:

O apóstolo nos lembra que todos tropeçamos em muitas coisas (v. 2). Uma tradução mais correta seria: “Todos nós cometemos erros” (RSV). Todos nós podemos tropeçar (cf. 1 Co 10.12); todos nós temos grandes chances de cometer equívocos e somos propensos a errar; por isso, corremos sérios riscos ao assumir voluntariamente o papel de guia. Wesley comenta: “Não coloque mais sobre as suas costas do que DEUS confiou a vocês, visto que é tão difícil não ofender ao falar muito”. Tiago usa o artifício da repetição de palavras para aumentar a ênfase. “Tropeçamos” em 2a é seguido de tropeça em 2b. Ele diz que se alguém não tropeça em palavra — se não cometemos erro no falar — podemos ser considerados homens perfeitos. Aquele que controla suas palavras pode refrear (guiar ou controlar) toda a sua conduta. Isso provavelmente não é um termo literal porque um homem poderia manter sua fala sob controle e mesmo assim pecar de outra forma. Tiago está usando um tipo de provérbio — uma generalização para enfatizar o lugar-chave da fala na vida cristã. Ela é comparável à afirmação de JESUS: “Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12.37).O que Tiago quer dizer com varão [...] perfeito? O adjetivo perfeito (teleios) normalmente refere-se ao propósito ou função do substantivo modificado. Nesse contexto, poderia significar: “aqueles que alcançam plenamente o seu elevado chamado”. O cristão que é cristão no seu falar está agradando plenamente a DEUS. Ele é varão [...] perfeito, no sentido que JESUS ordenou aos seus discípulos a usar um falar franco e direto (Mt 5.37) e então acrescentou: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). A luz dessa verdade um cristão apenas pode se unir à oração do Salmista: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e libertador meu!” (SI 19.14). (HARPER, 2009, p. 174)


Já no Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal encontramos a seguinte consideração sobre Tiago 3.2:

Todos tropeçamos em muitas coisas, ou nos enganamos quando estamos descuidados. Todos tropeçamos, mas os nossos erros mais frequentes acontecem quando estamos falando. Por termos a tendência de cometer erros ao falar, precisamos ter ainda mais cuidado e permitir que DEUS controle o que dizemos. Ele é capaz de orientar a nossa motivação, os nossos pensamentos, a nossa escolha de palavras, e até mesmo o impacto que as nossas palavras têm sobre os outros. Muitas pessoas podem pensar que é impossível controlar a língua, mas a maioria das pessoas nem sequer começou a tentar. A capacidade de controlar a língua é a marca da verdadeira maturidade para o cristão (veja I.I9, “ser tardio para falar”). Quando JESUS confrontou os líderes religiosos sobre as acusações que tinham contra Ele, Ele disse que a boca fala do que há em abundância no coração – mostrando que aquilo que há dentro de uma pessoa afeta o que ela faz com as suas palavras (Mt 12.33-37). O Senhor também disse que nós devemos prestar contas por qualquer palavra descuidada que proferirmos (Mt 12.36). As pessoas que conseguem controlar as suas línguas serão capazes de refrear todo o corpo. A sabedoria e o amor de DEUS e o autocontrole dado pelo ESPÍRITO SANTO nos ajudarão a exercer este controle (veja Pv 15.1-4). COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL, Vol 2. pag. 678).

Portanto o apóstolo Tiago coloca a questão da língua num aspecto extremamente relevante, que é questão do tropeço. Nós tropeçamos em muitas coisas, aquele que não tropeça no falar é perfeito varão, é capaz de manter o controle de todo seu corpo (3.2). Obviamente todos nós já falhamos, já tropeçamos em nossa própria língua. Quantas vezes já ficamos envergonhados de falar aquilo que não deveríamos ter falado, na hora em que não deveríamos ter falado, com a pessoa que não deveríamos ter falado, com a intensidade e o volume da voz que não deveríamos ter usado. Uma palavra falada é como uma seta lançada, não tem jeito de retorná-la. E como um saco de penas soltas do alto de uma montanha não pode mais recolhê-las. Que o Senhor nos ajude e nos dê o domínio próprio, gere em nós o fruto do Espírito (Gl 5.22).

RESUMO DA LIÇÃO 08


O CUIDADO COM A LÍNGUA
I. A SERIEDADE DOS MESTRES (Tg 3.1,2)
1. O rigor com os mestres.
2. A seriedade com os mestres na igreja (v.1).
3. Perfeição que domina o corpo (v.2).
II. A CAPACIDADE DA LÍNGUA (Tg 3.3-9)
1. As pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5).
2. "A língua também é um fogo" (vv.6,7). 
3. Para dominar a língua.
III. NÃO PODEMOS AGIR DE DUPLA MANEIRA (Tg 3.10-12)
1. Bênção e maldição (v.10).
2. Exemplos da natureza (vv.11,12).
3. Uma única fonte.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tiago 3.1-12
1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. 
2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo. 
3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.  
4 Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. 
5 Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. 
6 A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. 
7 Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; 
8 mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. 
9 Com ela bendizemos a DEUS e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de DEUS: 
10 de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. 
11 Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? 
12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.
INTERAÇÃO
Prezado professor, dando prosseguimento ao estudo da Epístola de Tiago, hoje aprenderemos um tema atual e bem relevante - o cuidado que devemos ter com a nossa língua.
Tiago faz dos primeiros versículos do capítulo três um verdadeiro tratado a respeito da disciplina da língua. Porém, este assunto é destaque em toda a epístola. Observe os seguintes textos da epístola: 1.19, 26; 4.11,12; 5.12.
Sabemos que a língua é um pequeno membro do nosso corpo, todavia seu poder é sempre ambíguo. Sim, a língua tem poder para construir e para destruir, por isso, ela precisa ser controlada pelo Espírito Santo.
Sozinhos não conseguiremos refrear nossa língua e somente utilizá-la para glória de Deus. Precisamos da ajuda do Criador.
Segundo Tiago, o homem que domina esse pequeno órgão é um homem perfeito, com a capacidade de também refrear as demais partes do seu corpo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar a responsabilidade dos mestres na igreja.
Conscientizar-se a respeito da capacidade da nossa língua.
Rejeitar a possibilidade de alguém utilizar a língua de modo ambíguo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
LÍNGUA:
Órgão muscular, situado na boca e na faringe, responsável pelo paladar e auxiliar na mastigação, na deglutição e na produção de sons.
Nessa lição veremos o quanto o crente deve ser cuidadoso na maneira de falar com os outros. Tema do terceiro capítulo da epístola, o meio-irmão do Senhor escreve sobre um pequeno membro do nosso corpo: a língua.
Este acanhado, mas poderoso órgão humano, pode destruir ou edificar a vida das pessoas. Por isso, a nossa língua deve ser controlada pelo Espírito Santo a fim de sermos canais de bênçãos para aqueles que nos ouve.  
I. A SERIEDADE DOS MESTRES (Tg 3.1,2)
1. O rigor com os mestres. A palavra hebraica para mestre é rabbi, cujo significado é "meu mestre". Os mestres eram honrados em toda a comunidade judaica, gozando de grande respeito e prestígio.
Na realidade, o ofício rabínico era uma das posições mais almejadas pelos judeus, pois era notória a influência dos mestres sobre as pessoas (Mt 23.1-7). Daí o porquê de muitos ambicionarem tal posição.
E é exatamente alarmado por isso que Tiago inicia então o capítulo três, referindo-se aos que acalentavam essa aspiração, visando obter prestígio, privilégio e fama, a que tivessem cuidado (v.1).
Antes de almejarmos o ministério da Palavra devemos estar cônscios de nossa responsabilidade e de que um dia o Altíssimo nos pedirá conta dos atos e dos talentos a nós dispensados.
2. A seriedade com os mestres na igreja (v.1). Em Mateus 5.19 lemos sobre a advertência de Jesus quanto à seriedade e a fidelidade dos discípulos no ensino do Evangelho.
Devido a sua importância, Jesus estabeleceu o ensino como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim, ordenou a sua Igreja que fizesse seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.19,20).
É interessante notarmos o paralelo que Tiago faz em relação à advertência proferida por Jesus em tempo anterior: Quem foi vocacionado para ser mestre não pode ter o "espírito" dos fariseus, mas o de Cristo (Mc 12.38-40).
3. Perfeição que domina o corpo (v.2). Quem domina ou controla a sua língua, sem cometer delitos (excessos, descontroles, julgamentos precipitados, difamações, etc.), sem dúvida, é "perfeito".
O controle da língua significa que a pessoa tem a capacidade de controlar as demais áreas da vida, pois a língua é poderosa "para também refrear todo o corpo".
Quem tem domínio sobre a língua, tem igualmente o coração preservado, pois a boca fala do que o coração está cheio. Discipline-se! Faça um propósito com Deus e consigo mesmo: não empreste os seus lábios para fazer o mal.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A língua é um pequeno órgão do nosso corpo, porém seu poder é comparado a um fogo destruidor.
II. A CAPACIDADE DA LÍNGUA (Tg 3.3-9).
 1. As pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5). Tiago faz uma analogia acerca da nossa capacidade de usarmos a língua. Ele remete-nos ao exemplo do leme dos navios e do freio dos cavalos.
Apesar de tais objetos serem pequenos, porém, são fundamentais para controlar e dirigir transportes grandes e pesados. Assim, o apóstolo nos mostra que, apesar de pequena, a língua é capaz de realizar grandes empreendimentos - edificantes ou destrutivos. Como um pequeno membro é capaz de "acender um bosque inteiro"?
2. "A língua também é um fogo" (vv.6,7). Quantas pessoas não frequentam mais as nossas reuniões porque foram feridas com palavras? Você já se fez essa pergunta? É preciso usar nossa língua sabiamente, pois "a morte e a vida estão no poder da língua [...]" (Pv 18.21).
Grande parte dos incêndios nas florestas inicia através de uma pequena fagulha. Todavia, essa faísca alastra-se podendo destruir grandes áreas de vegetação. Da mesma forma, são as palavras por nós pronunciadas. Se não forem proclamadas com bom senso, muitas tragédias podem acontecer. 
3. Para dominar a língua. Ainda no versículo sete, Tiago faz outra ilustração em relação ao tema do uso da língua. Ele mostra que a natureza humana conseguiu domar e adestrar as bestas-feras, as aves, os répteis e os animais do mar.
Mas a língua do ser humano até hoje não houve quem fosse capaz de dominar. Por esforço próprio o homem não terá forças para domar o seu desejo e as suas vontades.
Mas quando Deus passa a nos governar, a língua do crente deixa de ser um órgão de destruição e passa a ser um instrumento poderoso e abençoador, usado para o louvor da glória do Eterno.
A fim de dominar a nossa língua, devemos entregar o nosso coração inteiramente ao Senhor, "Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca"         (Mt 12.34).

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Aprendemos com o meio-irmão do Senhor que embora a língua seja um pequeno órgão do nosso corpo, ela tem poder para edificar e destruir pessoas e instituições. Precisamos submeter este pequeno órgão ao Criador.
III. NÃO PODEMOS AGIR DE DUPLA MANEIRA     (Tg 3.10-12).
1. Bênção e maldição (v.10). Tiago até reconhece a possibilidade de alguém usar a língua de modo ambíguo. Entretanto, deve a mesma língua que expressa o amor a Deus, deixar-se usar para destruir pessoas?
Apesar de o meio-irmão do Senhor dizer que tudo que existe obedece sua própria natureza, se experimentamos o novo nascimento, tornamo-nos uma nova criação, isto é, adquirimos outra natureza.
Esta tem de ser manifesta em nosso falar e agir. Portanto, se você foi transformado pela graça de Deus mediante a fé de Cristo, a sua língua não pode ser um instrumento maligno. A fofoca, a mentira, a calúnia e a difamação são obras carnais e não podem ter lugar em nossa vida.
2. Exemplos da natureza (vv.11,12). O líder da igreja de Jerusalém usa dois exemplos da natureza para apontar a incoerência de agirmos duplamente. Tiago questiona a possibilidade de a fonte que jorra água doce jorrar igualmente água salgada.
Para provar a impossibilidade natural deste fenômeno, o meio-irmão do Senhor pergunta, de maneira retórica, se uma figueira poderia produzir azeitonas, e a videira, figos.
Naturalmente, a resposta é um sonoro não! Portanto, a pessoa que bendiz ao Senhor não maldiz o próximo. Se Deus é amor, como podemos odiar alguém?
3. Uma única fonte.  Aquele que bebe da água da vida não pode fazer jorrar água para morte. Quem bebe da água limpa do Cristo de Deus não pode transbordar água suja. Portanto, a palavra proferida por um discípulo de Cristo deve edificar os irmãos, dar graça aos que ouvem e sarar quem se encontra ferido.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Como servos de Deus, não podemos utilizar nossa língua para expressar palavras de adoração ao Senhor e em seguida utilizá-la para destruir o nosso próximo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma vez Salomão disse que a boca do justo é manancial de vida (Pv 10.11), e que as palavras da boca do homem são águas profundas (Pv 18.4).
Tomemos o devido cuidado com a maneira como usamos a nossa língua. Não esqueçamos que, no dia do Juízo, daremos conta a Deus de toda palavra ociosa proferida pela nossa boca (Mt 12.36).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Tiago emprega duas metáforas para descrever a habilidade da língua em 'refrear todo o corpo' - o freio nas bocas dos cavalos e o leme no navio. Nos dois exemplos, qualquer uma das menores partes é capaz de controlar a direção e as ações de todo conjunto. No entanto, a relação entre a língua e o resto do corpo é diferente daquela de um freio com o cavalo ou de um leme com o navio; ela não controla diretamente as ações de uma pessoa. Devido à imperfeita adaptação dessa analogia, alguns comentaristas sugeriram que Tiago está estendendo sua discussão ao papel dos professores da Igreja. É a 'língua' do mestre que controla todo o 'corpo' da Igreja. Porém, a principal preocupação de Tiago nessa seção da carta está dirigida às atitudes individuais dos crentes, e não à vida coletiva da Igreja (uma questão que ele analisa em 5.13-20). Assim sendo, [...] pode ainda estar fazendo uma ilustração da ideia dos ensinamentos de Jesus quando diz que 'do que há em abundância no coração, disso fala a boca' (Mt 12.34; Tg 3.10), onde o desejo do indeciso coração humano profere tanto a bênção quanto a maldição)" (ARRINGTON, French L; STRONSTD, Roger. (Eds.).  Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, pp. 873-74).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON, French L; STRONSTD (Eds.).  Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. 4.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009. FONTE: www.professoralberto.com.br

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