Lição 07
- Detalhes
- Categoria: Adultos
- Publicado: 14 Agosto 2015
EU SEI EM QUEM TENHO CRIDO
3º Trimestre de 2015
Caro professor, esta lição iniciará a abordagem da segunda Epístola de Paulo a Timóteo. Nesta oportunidade, o apóstolo encontrava-se preso. É a última vez que ele falara da sua prisão, pois de onde estava o apóstolo, este iria para o “matadouro”, isto é, o martírio.
Uma das características mais tocantes nesta carta é a comprovação da fé inabalável do apóstolo Paulo. Numa prisão, e do ponto de vista humano, perder a esperança é explicável. Na história da Igreja de Cristo, ao longo das perseguições do império romano, muitos cristãos negaram ofi cialmente a sua fé, pelos menos apenas de lábios, para não perderem as suas vidas e protegerem a integridade da sua família. Mas a vida do apóstolo, ainda que “presa” em sua dimensão física, confi nada pela prisão romana, tinha liberdade plena e confi ança em Deus para propagar livremente a palavra divina.
O apóstolo dos gentios tinha uma convicção internalizada na alma de que estava cumprindo sua missão, mesmo preso numa prisão abjeta. Toda a sua vida se dava em torno da dimensão proclamatória do Evangelho a todos os povos. Isso fazia Paulo compreender que tudo o que acontecia com ele, direta ou indiretamente, levaria prosperar o Evangelho nas regiões habitadas por povos gentílicos. Paulo cria firmemente que Deus, segundo a sua maravilhosa graça, estava conduzindo a sua vida e a expansão do Evangelho como um tapeceiro que, por intermédio de movimentos ondulado, tece o tapete. Então, como o “tapeceiro da vida”, Deus “tecia” a existência do apóstolo. Por isso, é possível vermos na epístola expressões como “dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia” (v.3).
Diante de todas as circunstâncias que o apóstolo estava imerso, ele dava “graças a Deus”, o servia “com uma consciência pura”, e fazia “memória de ti [Timóteo] nas minhas orações, noite e dia”. Ou seja, o jovem pastor de Éfeso constantemente era objeto das orações do apóstolo Paulo, mesmo este preso. Ao longo dos capítulos 1 e 2, o apóstolo expõe uma série de conselhos que perpassa pelo despertamento da vocação de Timóteo (v.6), de sentir-se valorizado por testemunhar o Senhor pela mensagem que o apóstolo pregava (v.8), da conservação do modelo das sãs palavras aplicadas pelo apóstolo (v.13), do fortalecimento na graça que há em Cristo Jesus (2.1), um convite a sofrer as aflições como um bom soldado de Cristo (2.3) etc. Eis os convites de um preso do Senhor!
Fonte: Ensinador Cristão, Número 62, Ano 16 / 2015, CPAD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário