quarta-feira, 15 de agosto de 2012

LIÇÃO 8 - 3º TRIM. 2012 - A REBELDIA DOS FILHOS.


Lição 08

A REBELDIA DOS FILHOS

19 de agosto de 2012



TEXTO ÁUREO 


Instrui o menino no caminho em que deve andar, e,
 até quando envelhecer, não se desviará dele (Pv 22.6).

VERDADE PRÁTICA


 
Os pais que negligenciam a educação dos filhos estão
 cometendo grave pecado diante de Deus. 

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO

Instrui o menino no caminho em que deve andar, e,
 até quando envelhecer, não se desviará dele (Pv 22.6)
Nosso texto áureo por inferência nos aponta para a disciplina. Salomão o autor do livro de Provérbios, possuidor de uma sabedoria espetacular nos aponta para esse método pedagógico, o uso da disciplina. Claro que em sua época o que imperava era a lei mosaica, hoje temos a graça do Senhor Jesus Cristo, portanto, devemos educar nossas crianças no temor do Senhor, com amor, exemplo, virtudes e disciplina corretiva amorosa, não com abusos, violência gratuita ou qualquer outra forma de opressão que deforma o caráter ao invés de formá-lo. Vejamos alguns versículos do livro de Provérbios (algumas versões) o que nos ensina o Antigo Testamento sobre a correção dos filhos, com disciplina e punição física: 
“Aquele que poupa sua vara [de disciplina] odeia seu filho, mas aquele que o ama o disciplina com diligência e o castiga desde cedo”. (Provérbios 13.24 - Bíblia Ampliada);  “Castiga o teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo”. (Provérbios 19.18 RA)
“Corrija seus filhos antes que seja tarde demais; se você não castigá-los, você os está destruindo”. (Provérbios 19.18 CEV) “Discipline seus filhos enquanto você ainda tem a chance; ceder aos desejos deles os destrói”. (Provérbios 19.18 MSG) 
 “Educa a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6 ARA);
“É natural que as crianças façam tolices, mas a correção as ensinará a se comportarem.” (Provérbios 22.15-  NTLH)
“Todas as crianças são sem juízo, mas correção firme as fará mudar”. (Provérbios 22.15 - CEV)

“Não evite disciplinar a criança; se você a bater nela e castigá-la com a vara [fina], ela não morrerá. Você a surrará com a vara e livrará a alma dela do Sheol (Hades, o lugar dos mortos)”. (Provérbios 23.13-14 - Bíblia Ampliada)

“Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte”. (Provérbios 23.13-14 - NTLH)

“Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura”. (Provérbios 23.13-14 NVI) 
“É bom corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são feitas, ela acaba fazendo a sua mãe passar vergonha”. (Provérbios 29.15 - NTLH)
“Uma surra e um aviso produzem sabedoria, mas uma criança sem disciplina envergonha sua mãe”. (Provérbios 29.15 - GW)





            Hoje vivemos uma época onde a graça do Senhor Jesus Cristo no aponta para a correção amorosa, sem nenhum tipo de excesso, sem surras violentas que colocam a vida da criança em risco. Hoje vivemos numa sociedade completamente diferente, devemos disciplinar as crianças com amor e diálogo.
A falta de disciplina pode representar derrota em muitas áreas para pais cristãos negligentes.
Os meios de comunicação freqüente e insistentemente destaquem os abusos de pais que utilizam a violência no lugar da disciplina, não há espaço igual para alertar o público sobre os perigos da falta de disciplina.
A ideologia do mundo, através dos meios de comunicação — escolheu o radicalismo no lugar do bom senso, preferindo apoiar esforços para proibir toda forma de disciplina em crianças, tornando a falta de disciplina a norma em toda a sociedade.
O ponto preocupante é que se a falta de disciplina em lares cristãos fortes pode provocar grandes prejuízos, o que poderia ocorrer então a uma sociedade inteira que se deixou seduzir pela propaganda enganadora de que toda disciplina equivale à violência?
“Disciplina: Além da Punição
Ao ouvir a palavra disciplinar, qual o primeiro significado que lhe vem à mente? Muitos pensam rapidamente em imagens de espancamento, castigo de ficar em pé olhando para a parede ou privação das atividades favoritas. Na verdade, a definição correta, segundo o Dicionário Aurélio, é ‘fazer, obedecer ou ceder; acomodar, sujeitar e corrigir’.
A palavra disciplinar vem do latim discipulus, de onde também provém a tão conhecida palavra discípulo. Que imagens a palavra discípulos traz à sua mente? Os 12 fiéis seguidores de Jesus, dedicados a seguir seu caminho e aprender com Ele? Perspectiva um tanto diferente da que pensamos para nossos filhos, não?
A definição para disciplinar é ‘treinamento que desenvolve o autocontrole, caráter, bom comportamento e eficiência’. Não é o que realmente desejamos para nossos filhos, mesmo através da correção? Precisamos observar a disciplina em duas categorias principais:
- Primeiro, a disciplina que conferimos aos nossos filhos, a qual inclui exemplo, ensino e também a correção. Sobre instrução declara o Senhor Jesus: "Aprendei de mim." (Mt 11.29);
- “Segundo, precisamos ajudar nossos filhos a desenvolver a autodisciplina”. "Sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste." (Mt 5.48).
Precisamos considerar seriamente a Pedagogia de Jesus, porque nós como Igreja temos uma vocação divina: lutar pelo estabelecimento do Reino de Deus e anunciar a mensagem de salvação para o homem, que é o próprio Cristo. Esta é a razão primária da existência da Igreja.

RESUMO DA LIÇÃO 08 


A REBELDIA DOS FILHOS

I. A DISCIPLINA EVITA A REBELDIA

1. O que é disciplina?

2. O proquê da disciplina?

3.- Os pais devem disciplinar? 

II. OS FILHOS REBELDES

1. Filhos que não ouviram seus pais

2. As consequências da rebeldia  

III. O QUE FAZER DIANTE DA REBELDIA DE UM FILHO

1. Não buscar culpados

2. Demonstrar um amor incondicional 

INTERAÇÃO  


Hoje enfocaremos a nobre missão que Deus concedeu aos pais de educar os filhos. Sabemos que muitos pais, devido o corre-corre da vida atual, estão delegando esta nobre missão a terceiros. Os resultados, os piores possíveis, podem ser visto em noticiários da tevê. “Por que os pais devem disciplinar seus filhos?” “Qual a importância da disciplina?” É importante que você compreenda o valor da disciplina na criação dos filhos, pois a disciplina conduz a criança ao caminho da obediência. Explique que os pais devem disciplinar seus filhos e educá-los de acordo com os princípios que Deus estabeleceu em sua Palavra. Não podemos jamais seguir os padrões deste mundo. 

OBJETIVOS 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

·   Compreender que a disciplina evita a rebeldia.

·   Discutir a respeito de alguns exemplos bíblicos de filhos que foram rebeldes.

·   Conscientizar-se de que mesmo diante da rebeldia de um filho os pais devem demonstrar um amor incondicional.  

COMENTÁRIO 

 

introdução 
Palavra Chave

Rebeldia:
Na lição significa resistência e teimosia em obedecer aos pais. 
Os filhos são presentes de Deus e herança do Senhor. Todavia, nunca foi tão difícil educar uma criança. Por isso, precisamos buscar a orientação e a sabedoria divina para que nossos filhos sejam pessoas de bem, servos do Senhor, obedientes e cumpridores dos seus deveres. Veremos o que os pais podem fazer quando os filhos tornam-se rebeldes e fazem escolhas erradas.  

I. A DISCIPLINA EVITA A REBELDIA  

     1. O que é disciplina? Muitos pais ainda confundem disciplina com castigo. Disciplinar é dar limites e estabelecer parâmetros, não castigar. É preciso mostrar à criança que ela não pode fazer o que bem entende. O texto bíblico de Provérbios é um alerta para os pais: “Não retires a disciplina da criança” (Pv 23.13). Sim, a disciplina não pode ser retirada porque é imprescindível à formação moral de nossos filhos. Quando uma criança não recebe limites, certamente tornar-se-á um adulto inseguro, ansioso e com dificuldades para obedecer.
2. O porquê da disciplina. Não são poucos os pais que têm medo de disciplinar, pois acreditam que os filhos ficarão ressentidos, chegando até mesmo a odiá-los. Porém, a disciplina, quando administrada com sabedoria, faz com que a criança se sinta segura, aceita e amada. Não disciplinar é o mesmo que deixar de instruir, educar. Por isso, não tenha medo de estabelecer parâmetros, pois eles são uma segurança para o desenvolvimento dos seus filhos (Pv 29.15; Hb 12.8). 
3. Os pais devem disciplinar. Muitos pais estão “terceirizando” a educação de seus filhos, ou seja, passando uma responsabilidade, que é sua, para terceiros. Eles esperam, com isso, que os avôs, as babás, ou os professores da Escola Dominical, disciplinem seus filhos e os eduquem. Esta responsabilidade é sua! Os avôs, por terem mais experiência, podem até ajudar com os seus conselhos, mas a responsabilidade final de educar é dos pais. Não seja negligente quanto à educação de seus filhos (Ef 6.4). 

SINOPSE DO TÓPICO (I)  

A disciplina é imprescindível à formação moral dos filhos.  

II. FILHOS REBELDES 

1. Filhos que não ouviram seus pais. Na Palavra de Deus, encontramos alguns casos de filhos que desrespeitaram seus pais. Tais exemplos, ainda que negativos, foram registrados para que venhamos a aprender com eles. Vejamos alguns casos de filhos que não ouviram os conselhos de seus pais: 
a) Caim. Caim e Abel receberam o mesmo tipo de educação. Caim, porém, era tolo e mau; seu coração estava cheio de inveja, ciúme e ira (Gn 4.5). Deus o inquiriu dizendo: “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?” (Gn 4.7). Aprendemos com a triste história de Caim, que a rebeldia de um filho não significa que ele não tenha sido bem disciplinado ou corrigido. Às vezes os pais ensinam e corrigem seus filhos, estes, todavia, optam por tomar atitudes erradas. 
b) Hofni e Fineias. Eli fora sacerdote e juiz. Ele julgou Israel durante quarenta anos e, ainda, preparou seu sucessor, Samuel. Contudo, não se saiu muito bem como pai; negligenciou a disciplina de seus filhos (1 Sm 2.27-30). A Bíblia declara que Hofni e Fineias eram filhos de Belial, ou seja, “filhos inúteis” (1 Sm 2.12). Eli sabia que os seus filhos não agiam corretamente, mas nada fez para corrigi-los de forma rigorosa (1 Sm 3.13). Infelizmente, muitos pais também agem como Eli ao saberem dos erros dos seus filhos. Fingem que nada está acontecendo e preferem esconder suas falhas. As consequências foram trágicas para Eli, sua família e para toda a nação. Israel perdeu a batalha, e a arca da aliança, símbolo da presença de Deus, foi tomada pelos filisteus. Além disso, os dois filhos de Eli morreram no mesmo dia (1 Sm 4.11). Um filho rebelde envergonha seus pais, traz prejuízos para a família e até mesmo para a nação. 

c) Absalão. Jovem bonito e forte, veio a matar o seu irmão, Amnom, por haver este estuprado sua irmã, Tamar (2 Sm 13.1-29). Não obstante, ele não era alguém que amava e clamava por justiça. Não respeitava ao seu pai e, durante quatro anos, conspirou contra ele, pois queria o reino a qualquer preço (2 Sm 15.6). Davi foi obrigado a fugir para não ter que matar o próprio filho (2 Sm 15.14). Quantos pais também não são obrigados a deixarem sua casa e seus pertences por amor aos seus filhos? 
2. As consequências da rebeldia. A rebeldia de Absalão trouxe resultados terríveis para o reino, para sua família e para ele próprio. Rebeldia é pecado. Por isso, Deus determina que os filhos honrem aos seus pais: “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor, teu Deus, te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem à terra que te dá o Senhor, teu Deus” (Dt 5.16). Honrar é obedecer, respeitar. Absalão desonrou seu pai e o inevitável aconteceu. Morreu, ainda jovem, de maneira trágica (2 Sm 18.9-14).  

SINOPSE DO TÓPICO (II) 
Rebeldia é pecado, por isso Deus determina, em sua Palavra, que os filhos devem honrar os pais. 

III. O QUE FAZER DIANTE DA REBELDIA DE UM FILHO  

1. Não buscar culpados. Davi chorou muitíssimo a morte de seu filho (2 Sm 18.33). A dor da perda de um filho é algo terrível! Somente Deus, por intermédio do Espírito Santo, pode consolar o coração enlutado de um pai e de uma mãe. Se não bastasse, a dor de Davi era agravada pelo fato de saber que seu filho havia morrido em sua rebelião. Contudo, a despeito de sua dor, o rei não buscou um culpado. Ele não culpou a mãe do jovem, os amigos ou a sociedade. Às vezes, os pais esmeram-se por dar uma boa educação aos seus filhos; são piedosos e tementes ao Senhor, mas os filhos acabam seguindo o caminho da rebeldia, colhendo trágicas consequências.
2. Demonstrar um amor incondicional. Pais são para toda a vida, mesmo quando as coisas não dão certo e os filhos tomam decisões equivocadas. Mesmo que seu filho tenha trazido dor e decepção ao seu coração, só lhe resta uma saída: o perdão e o amor incondicional. Ore e busque a reconciliação; procure a ajuda de seu pastor. Quem sabe se, assim, você não terá o seu filho de volta? Não o trate como inimigo, antes reafirme o seu amor por ele (Lc 15.11-32). Mesmo que ele tenha se desviado por um tempo, certamente voltará. É difícil, mas procure ver a bondade e a fidelidade de Deus mesmo em meio à provação e à tristeza. Confie no Senhor! 

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Pais são para toda a vida, mesmo quando as coisas não dão certo e os filhos tomam decisões equivocadas. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Deus concedeu aos pais a nobre missão de educar os filhos. Educar é disciplinar, pois a disciplina conduz a criança ao caminho da obediência. Discipline seus filhos e eduque-os de acordo com os princípios que Deus estabeleceu em sua Palavra. Dessa forma, você verá as bênçãos divinas sobre a sua família e sobre os seus filhos e netos e, como Josué, poderá dizer: “Eu minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).  

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 


HUDSON, K. Criando os Filhos no Caminho de Deus: Um guia bíblico para pais cristãos. 1.ed., RJ: CPAD, 1997.

GANGEL, K. O.; GANGEL, J. S. Aprenda a ser Pai com o Pai: Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1.ed., RJ: CPAD, 2004.

Palavra Pastoral - Agosto 2012,


 – Mas eu nasci assim...
 
Texto bíblico: Gênesis  25.19-34; Gálatas 5.16-26
     Personalidade é conjunto de atributos e qualidades físicas, intelectuais e morais que caracterizam o indivíduo. Os principais elementos formadores da personalidade são a hereditariedade e o meio ambiente. Hereditariedade são os fatores herdados, isto é, a natureza humana transmitida pelos pais. Esses fatores hereditários nascem com o indivíduo e afetam e agem no mesmo  através: 
·         Do sistema nervoso
·         Do sistema endócrino (as glândulas de secreção interna);
·         Dos demais órgãos internos.
Esses fatores influem no psiquismo da pessoa, determinando o seu biótipo, isto é, sua constituição física, seu temperamento e influindo no, seu caráter. Eles passam de geração a geração e afetam o aprendizado de várias maneiras.
A.   Componentes da Personalidade 
1.     Biótipo ou constituição. É o aspecto físico-morfológico do indivíduo. 
2.     Temperamento. É o aspecto fisiológico-endócrino do indivíduo. Noutras palavras, é a característica dinâmica da personalidade. Fazem parte dele os impulsos ou instintos, que sãos as força motrizes da personalidade. Os instintos são congênitos; implantados na criatura para capacitá-la a fazer instintivamente o que for necessário, independente de reflexão e para manter e preservar a vida natural. “Se no início de sua vida, o bebê não tivesse certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno médico”. Dr. Leander Keyser.  Esses instintos saíram perfeitos das mãos do Criador, mas o pecado que veio pela queda os perverteu e os transtornou. Os afetos agem sobre o temperamento. É do temperamento que depende a maneira de reagirmos face aos fatos e circunstâncias da vida e ambientes. 
3.Caráter. É o aspecto subjetivo da personalidade. O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão da personalidade. É a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a vontade própria e conduta. É a “marca” da pessoa subjetivamente. 
4. O “eu”. É a pessoa consciente de si mesma. É o aspecto espiritual da personalidade. É ele o centro de gravitação, estrutura e equilíbrio de toda a vida psicológica. Dos mais importantes aspectos ou componentes da personalidade são o caráter  e o temperamento, os quais passamos a destacar: 

Caráter  
·         É um componente da personalidade.

·         É adquirido, não herdado.

·         Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, e o estado sócio-econômico.

·         Pode ser mudado, mas... Não é fácil!

·         Jesus pode mudar milagrosamente o caráter (2 Co 5.17) e continuar mudando-o, à medida que nos rendemos a Ele ( Rm 12.2; Fp 1.6). Jesus pode salvar (Hb 7.25), e esta salvação abrange espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).

Temperamento 
·     É um estado orgânico neuropsíquico.
·     É inato, e capaz de desenvolver-se.
·     É influenciado pelo sistema nervoso, glândulas de secreção interna, hereditariedade, constituição física.
·     Pode ser controlado. O Espírito Santo pode e quer controlar o temperamento do crente (Rm 8.6,13; Gl 5.22).
·     Não pode ser mudado.
(Texto extraído do livro Manual da Escola Dominical, pp. 222-224. CPAD).

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mensagem para a Família - Agosto 2012.


Lição 08 – Pais Separados em Quem Confio?

Texto bíblico: Gênesis 2.24; Mateus 19.1-12



PAIS ADOTIVOS E CRIANÇAS ADOTADAS


As crianças podem viver longe de seus pais biológicos por várias razões e por um longo tempo quando eles ficam impossibilitados de cuidar dos filhos. É quando entram os pais adotivos.

Independentemente das circunstâncias da adoção, a criança manterá ligação com os pais biológicos. A criança que é forçada a escolher se quer os pais adotivos ou os pais biológicos escolherá seus pais biológicos. As crianças sentem-se apoiadas quando entendem que seus pais biológicos podem amá-las, ainda que não possam suprir o cuidado por elas dia a dia.

Se os pais biológicos não demonstrarem amor ou interesse pela criança, o que pode ser dito é que ela é uma criança amável e que não há nada nela que tenha causado esse tipo de incapacidade de cuidar delas. As crianças podem achar que são rejeitadas por causa de algumas qualidades que tornam impossível que os pais cuidem delas.

A vida com os pais de criação geralmente é diferente da vida com os pais biológicos. As crianças precisam de tempo para aprender novas expectativas e rotinas. Muitas vezes elas acham que só serão aceitas quando demonstrarem bom comportamento. Muitas crianças inicialmente ficarão em “lua-de-mel” até que se sintam seguras o suficiente para mostrar seus verdadeiros sentimentos.

As crianças precisam de ajuda sobre como responder aos estranhos as questões acerca do porquê de estarem vivendo sob o cuidado de outras pessoas. Podem ser ensinadas de que não devem ter obrigação de explicar a ninguém que pergunte. A criança pode dizer: “Eu estou vivendo com essa família porque minha mãe e meu pai não podem tomar conta de mim neste momento”.

TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA: Criança Pergunta Cada Coisa... Rio de Janeiro, CPAD, p. 223,24.

Palavra Pastoral - Agosto 2012.


ESTILOS DE DISCIPLINA ENTRE OS PAIS
Por  Ed Young
Os Pais Autocráticos
Há vários estilos disciplinares por parte dos pais. Os pais autocráticos são ditadores no lar. “É do meu jeito ou rua”, afirmam certos pais, em termos bem claros. Repetidas vezes, os filhos ouvem de pais e mães autocráticos: “Você vai fazer isso do meu jeito, senão...”, ou “Não pergunte por quê! Porque eu disse e está acabado!” Os pais autocráticos são fortes na disciplina de castigo e ameaça, mas fracos em relacionamentos. Eles têm um nível elevado de exigências, e um nível baixo de sensibilidade.

George Brackman, um conselheiro familiar, diz que os pais autocráticos emitem ultimatos aos seus filhos, tais como: “Faça isso, senão...!” “Não há discussão ou respeito pela posição ou pedido do filho... não há espaço para acordo”, escreve o Dr. Brackman. Os pais autocráticos “dão ordens e esperam obediência imediata – sem perguntas a fazer”.

Os pais autocráticos tendem a desenvolver filhos que se ressentem da autoridade e são limitados na auto-expressão. Os adolescentes que convivem com pais autocráticos frequentemente se tornam rebeldes. A frustração se desenvolve quando a criança se torna mais velha e o estilo autocrático não funciona mais. Porém, pelo fato de as linhas de comunicação não terem sido estabelecidas entre o pai autocrático e seu filho, há somente o silêncio – frequentemente repleto de mágoa e ira.  
Os Pais Permissivos
Os pais permissivos se orgulham de construir relacionamentos, mas são fracos em prover a disciplina que guia, estabelece os limites necessários e desenvolve a segurança na criança. Uma mãe permissiva poderia dizer: “Amo tanto os meus filhos que não consigo castigá-los”. Ela cometeu dois erros. Primeiro, está confundindo castigo e disciplina, e, segundo, acredita que castigo e amor são opostos.
Além de serem não-punitivos, os pais permissivos apresentam várias outras características. Eles realmente não querem estar no controle, e prefeririam que os filhos regulassem seu próprio comportamento. A razão prevalecerá sobre o poder na atitude de um pai permissivo. Os filhos não terão mais – se alguma – responsabilidades domésticas casos os pais sejam permissivos. Eles se desenvolverão como pessoas impulsivas, e, mais tarde, ficarão chocados ao descobrirem que seus “chefes” nem sempre os consultarão sobre toda decisão política.
Os Pais Indiferentes
O amor é o oposto do terceiro estilo de criação de filhos, os pais indiferentes. Esses pais são fracos tanto na construção da disciplina quanto do relacionamento. O que o filho ouve desses pais é: “Eu não me importo”. Os pais indiferentes vão desde não estar envolvidos com seus filhos até a total negligência. Eles minimizam a interação com seus filhos, que por sua vez crescem e se tornam execessivamente exigentes. Eles carecem de domínio próprio e se recusam a agir até mesmo de acordo com os padrões e regras razoáveis. Também se mostram agressivos.
Os Pais Relacionais
Pais relacionais cuidam o suficiente para disciplinar os filhos. Esses pais entendem a verdade disciplinar vital de que as regras sem o relacionamento produzem rebelião. O amor verbalmente expresso sem dar tempo leva à raiva. Muitos filhos são rebeldes e raivosos porque são criados por pais que não são relacionais.

Anteriormente, consideramos pais que são autocráticos. Os pais relacionais têm autoridade sem ser autocráticos. Eles têm o equilíbrio de ser exigentes e sensíveis. A pesquisadora da Universidade da Califórnia Diane Baumrind descobriu que esses pais utilizam métodos disciplinares que em primeiro lugar dão apoio, em vez de meramente punir. Os pais relacionais que têm autoridade exercem o controle sobre seus filhos, mas pelo fato de os entenderem, eles crescem em flexibilidade. Eles colocam limites, mas promovem a independência. Os limites definem o “campo de jogo”, a “arena de atividade”, em vez de serem cercas que aprisionam. Os pais relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os motivos por que as exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o diálogo, para que o filho seja capaz de expressar a sua opinião.

A pessoa desenvolvida por pais assim sabe como fazer parte de um time. O filho desenvolve a confiança em si mesmo e cresce em responsabilidade. Em vez de ser agitado e de desenvolver quando adulto sempre uma busca por “pastos verdejantes”, seja no casamento ou no trabalho, as pessoas criadas por pais relacionais com autoridade tendem a ser pessoas satisfeitas.

Há uma grande quantidade de pesquisas e bibliotecas de livros do tipo “como dizer” sobre criar filhos. Mas se quisermos nos tornar pais que se relacionam bem com os nossos filhos corretamente, exercer a autoridade, mas sem tirania, e disciplinar de maneira eficiente, então precisaremos de sabedoria, inspiração e amor sobrenaturais. O nosso relacionamento com Deus determinará a qualidade do nosso relacionamento com nossos filhos.
Texto extraído da obra “Os 10 mandamentos da Criação dos Filhos: O que Fazer e o que não Fazer para Criar Ótimos Filhos”, editada pela CPAD.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

LIÇÃO 7 - 3º TRIM. 2012 - A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR.


Lição 07

A DIVISÃO

ESPIRITUAL NO LAR  

12 de agosto de 2012 

TEXTO ÁUREO




Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher, seja ganho sem palavra (1 Pe 3.1)



VERDADE PRÁTICA  


Ganhe o seu cônjuge para Cristo, através do seu bom testemunho.


COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO



Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher, seja ganho sem palavra (1 Pe 3.1)


Nosso texto áureo (1 Pe 3.1) fala sobre a vida cristã, os deveres dos casados (1 Pd 3.1-7), nestes versículos estão orientações do apóstolo Pedro aos cristãos sobre o relacionamento conjugal, quando um dos cônjuges não for crente. Paulo escrevendo aos coríntios (1 Co 7.12-14) fala da mesma forma: “O primeiro exemplo de um casamento misto é aquele no qual o parceiro descrente está disposto a permanecer com o outro que havia se tornado cristão. Nesse caso, o cristão era obrigado a permanecer com o parceiro descrente. Tal diretiva de Paulo deixava claro que o cristão, não poderia partir ou divorciar-se do outro, baseando-se na recusa do outro em se tornar cristão. O cristianismo não pode se tornar uma desculpa para a conduta pagã. Então, se o parceiro descrente está satisfeito, o crente é obrigado a permanecer casado.
Não há qualquer estigma espiritual ligado a um novo convertido que permanece com um cônjuge inconverso. Ao contrário, o parceiro inconverso recebe algum benefício espiritual do cristão. Com relação às bênçãos espirituais que o descrente compartilha, Paulo escreve: ‘Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido’ (v.14). Isto não significa que o descrente sofra uma mudança moral ou espiritual. A expressão ‘é santificado’ ‘não pode significar santo em Cristo perante Deus, porque este tipo de santidade não pode ser atribuído a um descrente’. Paulo usa o termo santificado aqui com um significado cerimonial, e não em um sentido ético espiritual” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.8, 1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.298).
Embora o contexto está apontando para o testemunho da mulher crente casado com um descrente, as orientações paulinas em Efésios é o mesmo, que as mulheres sejam submissas e os maridos as amem com amor sacrificial (Efésios 5.22-33). Obviamente a cosmovisão mundana não suporta esse ensinamento bíblico, reservado aos crentes nascidos de novo, que não vivem segundo a carne mas segundo o espírito (Gálatas 5.16-26). 

RESUMO DA LIÇÃO 07  


A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR  

I. CONVIVENDO COM O CÔNJUGRE NÃO CRENTE

1. Convivendo com o cônjuge descrente

2. Santificando o cônjuge  

II. AGINDO COM SABEDORIA

1. Na criação dos filhos

2. Nos afazeres domésticos

3. Na vida espiritual  

III. EVANGELIZANDO O CÔNJUGE

1. Com nova postura

2. Com bom testemunho  

INTERAÇÃO  


 O que fazer quando um dos cônjuges não se converte ao Senhor? Essa é uma situação que, apesar de difícil, possivelmente alguns de seus alunos podem estar enfrentando. Sabemos que o servo de Deus deve casar-se no Senhor, todavia, muitos se convertem a Jesus depois do casamento. Enfatize que nesse caso é preciso que o cônjuge busque, em Deus, sabedoria para que o lar seja um lugar de paz, amor e respeito. Quando o cônjuge não é crente, a Palavra de Deus recomenda a submissão (1 Pe 3.1) a fim de que ele seja alcançado por intermédio do bom testemunho do cristão. Essa é a vontade de Deus! 

OBJETIVOS 


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

·   Explicar como deve ser o procedimento do crente quando um dos cônjuges não é crente.

·   Conscientizar-se de que quando um dos cônjuges não é crente é preciso agir com muita sabedoria.

·   Compreender o valor da evangelização no lar.  

COMENTÁRIO  


introdução  

Palavra Chave  

DESCRENTE:

Na lição é aquele(a) que ainda não se converteu a Jesus Cristo. 

Nesta aula, estudaremos os conflitos que surgem quando um cônjuge converte-se, e o outro não, e as implicações que tal mudança ocasiona na convivência do casal. Ressaltaremos que o plano de Deus é que a família toda sirva a Cristo como Senhor e Salvador. Nessa perspectiva, o cônjuge que serve ao Senhor precisa ver-se como o principal responsável pela evangelização dos membros de sua família. Entretanto, a prática demonstra que palavras, nesse caso específico, geralmente transformam-se em discussões infrutíferas. Assim, a melhor atitude evangelística é manter um bom testemunho de vida através da mudança de hábitos. Quem serve ao Senhor deve ser sábio no falar, no agir, evitando conflitos. 

I. CONVIVENDO COM O CÔNJUGE NÃO CRENTE 

1. A convivência com o cônjuge descrente. Quando Deus criou o mundo declarou que tudo era bom (Gn 1.31).
A única coisa que o Criador disse não ser boa era o fato de o homem viver só (Gn 2.18). Por isso, fez para Adão uma adjutora, Eva, formando assim a primeira família (Gn 2.22). Não faz parte do plano divino que o casal se divorcie (Mt 5.31,32; 19.3-9; Mc 10.2-12). Mas em 1 Coríntios 7.15, o apóstolo Paulo fala acerca dessa triste realidade como iniciativa do cônjuge descrente. Todavia, o apóstolo aconselha que, se o cônjuge descrente não se opuser à fé do que aceitou ao Senhor Jesus, então não deve o crente, em hipótese alguma, abandoná-lo (1 Co 7.12,13). A fim de garantir uma convivência pacífica é imprescindível não entrar em conflitos, evitando discussões sobre religião ou igreja. Torne o seu dia a dia agradável; mostre ao cônjuge que servir a Cristo transforma um dia ruim em uma noite tranquila. Se houver algum problema na igreja, ou algo que não concorde, é prudente não dividir tal assunto em casa, pois o cônjuge não compreenderá, podendo até mesmo desenvolver uma aversão pelas coisas de Deus. Como já dissemos, a convivência deve ser pacífica (Rm 12.18). Observemos, ainda, este conselho de Pedro: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” (1 Pe 3.1,2). Esse conselho também vale para o homem. 
“Um casamento misto onde o descrente não está satisfeito (1 Co 7.15,16) A situação aqui é oposta do casamento misto onde os parceiros permanecem juntos por consentimento mútuo. Se o descrente se recusar a permanecer com o crente, o cristão está livre da obrigação de sustentar o casamento: ‘Mas, se o descrente se apartar, aparte-se’ (v.15). Desta maneira o crente fica em paz. Sob tais circunstâncias, o cristão não está destinado a uma vida de perseguição, abuso e agonia, por causa de seu relacionamento com um parceiro pagão. Mas a separação deve ser iniciada e completada por outra pessoa. O cristão nem deve estimular a dissensão nem promover separações.
A paz e o amor devem ser sempre as marcas da vida cristã. Não há qualquer contradição entre a atitude de Paulo ao permitir o rompimento de um casamento com um descrente pagão, e o mandamento de Jesus em Mateus 5.32. As palavras do Senhor foram dirigidas àqueles que professam ser leais e sujeitos a Deus. As palavras de Paulo são dirigidas àqueles que são casados com descrentes. A diretiva não dá permissão para que um crente se case com um descrente. Serve apenas para uma pessoa casada que se torna crente depois de seu casamento. Em tal situação, o cristão está livre para deixar que o descrente parta, em vez de insistir em continuar uma união que sobrevive em uma atmosfera de tensões, brigas e medo. Se o parceiro descrente iniciar a separação, o cristão não deve se condenar pelo fracasso do cônjuge que partiu, por não ter se tornado cristão” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.8, 1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.299). 
2. Santificando o cônjuge. A Bíblia afirma que o cônjuge que serve ao Senhor santifica o não crente (1 Co 7.14). É muito importante ressaltar que a santidade a que se refere o apóstolo não leva à salvação. Isto é, um incrédulo não pode ser salvo através da experiência salvadora do outro, pois a salvação é individual e intransferível.  

SINOPSE DO TÓPICO (I) 
A Palavra de Deus aconselha que, se o cônjuge descrente não se opuser à fé do que aceitou ao Senhor Jesus, então não deve o crente, em hipótese alguma, abandoná-lo.  

II. AGINDO COM SABEDORIA  

1. Na criação dos filhos. O desejo do cônjuge cristão é que toda a sua família sirva ao Senhor Jesus. Em se tratando dos filhos o desejo é ainda maior. Mas nem sempre é possível criar os filhos dentro dos limites do templo, principalmente se um dos responsáveis não serve ao Senhor. O que fazer? Entrar em conflito com o cônjuge não resolve e ainda traz discórdia para o lar. A única coisa a ser feita é ensinar a Palavra de Deus em casa. Procure estimular a leitura das Sagradas Escrituras e de literatura cristã adequada para a faixa etária dos filhos. Não podemos descuidar da oração. Sigamos o exemplo de Jó que intercedia a Deus por seus filhos (Jó 1.5). Em o Novo Testamento, encontramos a história do jovem Timóteo, filho de uma judia crente com um grego incrédulo (At 16.1). Mas a sua avó e mãe ensinaram-lhe a Palavra de Deus, livrando-o assim das influências do paganismo (2 Tm 1.5). Timóteo tornou-se, então, um discípulo de Cristo, companheiro de Paulo e um grande servo do Senhor. 
2. Nos afazeres domésticos. Tanto os homens quanto as mulheres que servem a Deus devem agir com sabedoria em relação às atividades domésticas. O cônjuge crente não pode descuidar de maneira alguma de sua vida espiritual, do lar, e dos filhos. Saber administrar o tempo é um fator que evita conflitos. A mulher não pode deixar sua casa desorganizada, as refeições por fazer e as roupas da família sujas sob a alegação de que o culto terminou mais tarde. O esposo incrédulo não a compreenderá, e julgará que a igreja está atrapalhando o bom andamento do lar. Da mesma maneira, o homem que deixa de ajudar a mulher na organização do lar, que não realiza os pequenos reparos na casa, desculpando-se que não pode chegar atrasado ao culto, levará a esposa descrente a afastar-se ainda mais do Evangelho.  Portanto, os cônjuges crentes devem agir com sabedoria, procurando os melhores dias e horários para comparecer aos cultos. Não podemos nos esquecer que Deus ama a família, pois Ele mesmo a criou. 
3. Na vida espiritual. Há muitos casos de maridos que proíbem as esposas de participarem das atividades da igreja ou até mesmo de comparecerem aos cultos. Também há casos de mulheres que dificultam a vida espiritual dos maridos.
Mesmo diante de tantas dificuldades não se pode descuidar da vida espiritual. Reservar um lugarzinho e um horário adequados, no lar, para oração, adoração e meditação da Palavra de Deus é uma excelente alternativa (Dn 6.10). Esses momentos preciosos na presença do Pai fortalecem a vida espiritual e ajudam a suportar as perseguições enquanto que, ao mesmo tempo, evitam conflitos. Confie, Deus sabe como agir em todas as situações.  

SINOPSE DO TÓPICO (II) 

O cônjuge crente deve pedir sabedoria a Deus para que seus filhos sejam criados no temor do Senhor. 

III. EVANGELIZANDO O CÔNJUGE 

1. Com nova postura. Todo aquele que reconhece Jesus como Salvador é transformado numa nova criatura (At 9.1-15; 2 Co 5.17). A partir daí, a natureza pecaminosa é colocada sob o controle do Santo Espírito, havendo mudança de vida e de comportamento (Gl 5.22). O cônjuge convertido, pois, deve demonstrar que mudou e que Cristo o tornou um ser humano melhor. Agindo dessa maneira, o outro perceberá que, em Jesus Cristo, há mudanças profundas no caráter. E, dessa maneira, o descrente poderá até vir a converter-se pelo bom exemplo que observa no crente (1 Pe 3.1). 
2. Com bom testemunho. O cônjuge convertido não pode viver envolvido em situações ilícitas. Pois, através do seu bom testemunho, pode vir ganhar o outro para Cristo (1 Pe 3.1). Se o cônjuge, antes de ser crente, agia com grosseria, pronunciava palavras de baixo calão ou era dado a vícios, tais coisas devem ser abandonadas, pois agora ele é nova criatura. Afinal, de uma mesma fonte não podem sair águas amargas e doces (Tg 3.11). Lembremo-nos que o bom testemunho começa no lar, nas pequenas ações. O cônjuge descrente precisa perceber a mudança que Jesus realizou em sua casa através da conversão do outro.  

SINOPSE DO TÓPICO (III)  

O cônjuge convertido deve demonstrar que em Cristo ele é uma nova criatura. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS  

A família é uma instituição divina inaugurada no Jardim do Éden por Adão e Eva. E é desejo do Criador que os cônjuges vençam as dificuldades e permaneçam unidos assim como Ele os criou. Diante disso, o bom testemunho daquele que serve ao Senhor é uma forma clara e prática de evangelismo no lar. Tal comportamento demonstra, em ações e palavras, que Cristo o modificou e o tornou um ser humano melhor, levando o cônjuge à conversão.  

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 


CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados: Os três pilares do casamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.




terça-feira, 7 de agosto de 2012

MENSAGEM PASTORAL AGOSTO 2012.


O SEGREDO DO AMOR

Por Débora White Smith  
Já li e ouvi inúmeras pessoas que põem a culpa de todos os problemas do casamento e da manutenção do lar na falta de submissão da esposa. Além disso, fico doente quando vejo mulheres saindo de conferências completamente convencidas de que são o problema principal de seus matrimônios. À primeira vista, uma visão tendenciosa da submissão pode parecer bíblica. As palavras soam como verdades sagradas. Afinal de contas, o Novo Testamento de fato diz que as esposas devem se submeter a seus maridos. No entanto, uma análise mais profunda mostra que esta visão polarizada da submissão acaba com a vitalidade do casamento, não deixando lugar para uma sexualidade sadia ou mesmo um pouquinho de romance sincero.
Os problemas neste terreno escorregadio surgem quando os versículos-chave sobre submissão são tirados do seu contexto e analisados sem levar em conta todas as passagens que se referem ao casamento e aos relacionamentos em geral. Este método tem sido usado com frequência para justificar o rebaixamento, a dominação e a depreciação das mulheres, ignorando completamente vários versículos bíblicos importantíssimos... 
E houve também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve (Lc 22.24-27). 

Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (Rm 12.3-5).  
Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.3-8).  
Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela [...]. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo (Ef 5.25,28). 
Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus (Ef 5.21). 
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas (Mt 7.12).  
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará (1 Co 13.4-8).  
À luz desses versículos, não há fundamento para se considerar um sexo mais responsável do que o outro, no que se refere à submissão. De acordo com H. Norman Wright, “um marido amoroso deseja dar tudo o que for necessário para preencher a vida da sua mulher. O seu amor está pronto a fazer qualquer sacrifício para o bem de sua amada. A responsabilidade primeira do homem é para com a sua mulher. O amor que sente por sua esposa o capacita a entregar-se por ela”. O dicionário Webster define submissão desta forma: “Oferecer por vontade própria”. Tiago escreveu: “... assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2.26b). O amor sem submissão também está morto.
A submissão é uma via de mão dupla. De acordo com o Dr. Stan Toler, “chegou o momento de termos uma visão equilibrada sobre submissão. Nenhum casamento se manterá saudável sem altas doses de submissão, tanto do marido quanto da mulher”.  
Texto extraído da obra “Apaixonando-se Por Seu Marido: Desfrutando Junto a  uma Vida Prazerosa”, editada pela CPAD.