terça-feira, 14 de agosto de 2012

Palavra Pastoral - Agosto 2012.


ESTILOS DE DISCIPLINA ENTRE OS PAIS
Por  Ed Young
Os Pais Autocráticos
Há vários estilos disciplinares por parte dos pais. Os pais autocráticos são ditadores no lar. “É do meu jeito ou rua”, afirmam certos pais, em termos bem claros. Repetidas vezes, os filhos ouvem de pais e mães autocráticos: “Você vai fazer isso do meu jeito, senão...”, ou “Não pergunte por quê! Porque eu disse e está acabado!” Os pais autocráticos são fortes na disciplina de castigo e ameaça, mas fracos em relacionamentos. Eles têm um nível elevado de exigências, e um nível baixo de sensibilidade.

George Brackman, um conselheiro familiar, diz que os pais autocráticos emitem ultimatos aos seus filhos, tais como: “Faça isso, senão...!” “Não há discussão ou respeito pela posição ou pedido do filho... não há espaço para acordo”, escreve o Dr. Brackman. Os pais autocráticos “dão ordens e esperam obediência imediata – sem perguntas a fazer”.

Os pais autocráticos tendem a desenvolver filhos que se ressentem da autoridade e são limitados na auto-expressão. Os adolescentes que convivem com pais autocráticos frequentemente se tornam rebeldes. A frustração se desenvolve quando a criança se torna mais velha e o estilo autocrático não funciona mais. Porém, pelo fato de as linhas de comunicação não terem sido estabelecidas entre o pai autocrático e seu filho, há somente o silêncio – frequentemente repleto de mágoa e ira.  
Os Pais Permissivos
Os pais permissivos se orgulham de construir relacionamentos, mas são fracos em prover a disciplina que guia, estabelece os limites necessários e desenvolve a segurança na criança. Uma mãe permissiva poderia dizer: “Amo tanto os meus filhos que não consigo castigá-los”. Ela cometeu dois erros. Primeiro, está confundindo castigo e disciplina, e, segundo, acredita que castigo e amor são opostos.
Além de serem não-punitivos, os pais permissivos apresentam várias outras características. Eles realmente não querem estar no controle, e prefeririam que os filhos regulassem seu próprio comportamento. A razão prevalecerá sobre o poder na atitude de um pai permissivo. Os filhos não terão mais – se alguma – responsabilidades domésticas casos os pais sejam permissivos. Eles se desenvolverão como pessoas impulsivas, e, mais tarde, ficarão chocados ao descobrirem que seus “chefes” nem sempre os consultarão sobre toda decisão política.
Os Pais Indiferentes
O amor é o oposto do terceiro estilo de criação de filhos, os pais indiferentes. Esses pais são fracos tanto na construção da disciplina quanto do relacionamento. O que o filho ouve desses pais é: “Eu não me importo”. Os pais indiferentes vão desde não estar envolvidos com seus filhos até a total negligência. Eles minimizam a interação com seus filhos, que por sua vez crescem e se tornam execessivamente exigentes. Eles carecem de domínio próprio e se recusam a agir até mesmo de acordo com os padrões e regras razoáveis. Também se mostram agressivos.
Os Pais Relacionais
Pais relacionais cuidam o suficiente para disciplinar os filhos. Esses pais entendem a verdade disciplinar vital de que as regras sem o relacionamento produzem rebelião. O amor verbalmente expresso sem dar tempo leva à raiva. Muitos filhos são rebeldes e raivosos porque são criados por pais que não são relacionais.

Anteriormente, consideramos pais que são autocráticos. Os pais relacionais têm autoridade sem ser autocráticos. Eles têm o equilíbrio de ser exigentes e sensíveis. A pesquisadora da Universidade da Califórnia Diane Baumrind descobriu que esses pais utilizam métodos disciplinares que em primeiro lugar dão apoio, em vez de meramente punir. Os pais relacionais que têm autoridade exercem o controle sobre seus filhos, mas pelo fato de os entenderem, eles crescem em flexibilidade. Eles colocam limites, mas promovem a independência. Os limites definem o “campo de jogo”, a “arena de atividade”, em vez de serem cercas que aprisionam. Os pais relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os motivos por que as exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o diálogo, para que o filho seja capaz de expressar a sua opinião.

A pessoa desenvolvida por pais assim sabe como fazer parte de um time. O filho desenvolve a confiança em si mesmo e cresce em responsabilidade. Em vez de ser agitado e de desenvolver quando adulto sempre uma busca por “pastos verdejantes”, seja no casamento ou no trabalho, as pessoas criadas por pais relacionais com autoridade tendem a ser pessoas satisfeitas.

Há uma grande quantidade de pesquisas e bibliotecas de livros do tipo “como dizer” sobre criar filhos. Mas se quisermos nos tornar pais que se relacionam bem com os nossos filhos corretamente, exercer a autoridade, mas sem tirania, e disciplinar de maneira eficiente, então precisaremos de sabedoria, inspiração e amor sobrenaturais. O nosso relacionamento com Deus determinará a qualidade do nosso relacionamento com nossos filhos.
Texto extraído da obra “Os 10 mandamentos da Criação dos Filhos: O que Fazer e o que não Fazer para Criar Ótimos Filhos”, editada pela CPAD.


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