terça-feira, 7 de agosto de 2012

MENSAGEM PASTORAL AGOSTO 2012.


O SEGREDO DO AMOR

Por Débora White Smith  
Já li e ouvi inúmeras pessoas que põem a culpa de todos os problemas do casamento e da manutenção do lar na falta de submissão da esposa. Além disso, fico doente quando vejo mulheres saindo de conferências completamente convencidas de que são o problema principal de seus matrimônios. À primeira vista, uma visão tendenciosa da submissão pode parecer bíblica. As palavras soam como verdades sagradas. Afinal de contas, o Novo Testamento de fato diz que as esposas devem se submeter a seus maridos. No entanto, uma análise mais profunda mostra que esta visão polarizada da submissão acaba com a vitalidade do casamento, não deixando lugar para uma sexualidade sadia ou mesmo um pouquinho de romance sincero.
Os problemas neste terreno escorregadio surgem quando os versículos-chave sobre submissão são tirados do seu contexto e analisados sem levar em conta todas as passagens que se referem ao casamento e aos relacionamentos em geral. Este método tem sido usado com frequência para justificar o rebaixamento, a dominação e a depreciação das mulheres, ignorando completamente vários versículos bíblicos importantíssimos... 
E houve também entre eles contenda sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve (Lc 22.24-27). 

Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (Rm 12.3-5).  
Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.3-8).  
Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela [...]. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo (Ef 5.25,28). 
Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus (Ef 5.21). 
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas (Mt 7.12).  
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará (1 Co 13.4-8).  
À luz desses versículos, não há fundamento para se considerar um sexo mais responsável do que o outro, no que se refere à submissão. De acordo com H. Norman Wright, “um marido amoroso deseja dar tudo o que for necessário para preencher a vida da sua mulher. O seu amor está pronto a fazer qualquer sacrifício para o bem de sua amada. A responsabilidade primeira do homem é para com a sua mulher. O amor que sente por sua esposa o capacita a entregar-se por ela”. O dicionário Webster define submissão desta forma: “Oferecer por vontade própria”. Tiago escreveu: “... assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2.26b). O amor sem submissão também está morto.
A submissão é uma via de mão dupla. De acordo com o Dr. Stan Toler, “chegou o momento de termos uma visão equilibrada sobre submissão. Nenhum casamento se manterá saudável sem altas doses de submissão, tanto do marido quanto da mulher”.  
Texto extraído da obra “Apaixonando-se Por Seu Marido: Desfrutando Junto a  uma Vida Prazerosa”, editada pela CPAD.

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