quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Lição 9 - 1º Trimestre 2017 - Habacuque - As Queixas de Um Profeta - Juvenis.

Lição 9

Habacuque - As Queixas de um Profeta
1° Trimestre de 2017
Topo Juvenis 1T17
ESBOÇO DA LIÇÃO1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE HABACUQUE
OBJETIVOS
Conscientizar sobre a confiança no Deus que responde as orações;
Explicar que o tempo de Deus é diferente em relação ao do ser humano;
Mostrar que o justo é recompensado por sua fé.
LUTERO E WESLEY
Pastor Silas Daniel
Esta passagem de Habacuque 2.4 é um dos mais importantes textos das Sagradas Escrituras e da história da Igreja. Através dele, pelo menos dois grandes avivamentos aconteceram, datados dos séculos 16 e 18. Eles definem bem a importância dessa passagem para a vida do cristão, daquele que realmente serve a Deus.
Certo dia, um monge agostiniano de 22 anos, chamado Martinho Lutero, encontrou na biblioteca de seu convento uma velha Bíblia em latim. Ele ficou tão embriagado ato ter contato com o texto sagrado pela primeira vez que durante semanas inteiras deixou de fazer as orações diurnas de sua ordem. Posteriormente, como uma espécie de compensação, dedicou-se a vigílias e jejuns até desmaiar com a saúde debilitada. Mas sua sede pelas Escrituras permanecia.
Admirado com a paixão crescente de Lutero pela Palavra, Staupitz, vigário geral da ordem agostiniana, em visita ao convento daquele monge, ofereceu-lhe uma Bíblia. Foi lendo o presente que o jovem deparou-se pela primeira vez com o texto de Romanos 1.17, que revolucionaria sua vida: “O justo viverá da fé”.
Anos depois, Lutero foi ordenado padre. Aos 25 anos, foi nomeado para cadeira de Filosofia em Winttenberg, para onde se mudou. Em meio às atividades como professor, dedicava-se a estudar a Palavra de Deus. Tempos depois, viajou a pé para Roma em companhia de um monge. Passou um mês ali, tendo inclusive celebrado missas. Um dia, subindo de joelhos a “santa escada”, desejando a indulgência que o papa prometia a quem fizesse isso, ouviu ressoar em seus ouvidos o texto bíblico que o impressionara: “O justo viverá da fé”. A experiência foi tão forte que Lutero imediatamente se levantou e saiu envergonhado.
De volta, lançou-se novamente ao estudo das Escrituras. O que aconteceu a seguir, ele mesmo conta:
“Desejando ardentemente compreender as palavras de Paulo, comecei o estudo da Epístola aos Romanos. Porém, logo no primeiro capítulo, consta que a justiça de Deus se revela no Evangelho (vv. 16,17). Eu detestava as palavras ‘justiça de Deus’, porque, conforme fui ensinado, a considerava como um atributo do Deus santo que o leva a castigar pecadores. Apesar de viver irrepreensivelmente, como monge, a consciência me mostrava que era pecador perante Deus. Assim, odiava a um Deus justo, que castiga pecadores (...) Senti-me ferido de consciência, revoltado intimamente, contudo voltava sempre para o mesmo versículo, porque queria saber o que Paulo ensinava”.
“Depois de meditar sobre o ponto durante muitos dias e noites, Deus, na sua graça, me mostrou a palavra: ‘O justo viverá da fé’. Vi então que a justiça de Deus, nesta passagem, é a justiça que o homem piedoso recebe de Deus, pela fé, como dádiva. Então me achei recém-nascido e no paraíso. Todas as Escrituras tinham para mim outro aspecto; perscrutava-as para ver tudo quanto ensinam sobre a justiça de Deus. Antes, estas palavras eram-me detestáveis; agora as recebo com o mais intenso amor. A passagem me servia como a porta do paraíso”. [BOYER, Orlando Spence, Heróis da Fé, CPAD]
Foi o texto de Romanos 1.17, exatamente a passagem que refere-se a Habacuque 2.4, que provocou, no século 16, a Reforma Protestante na Alemanha, se alastrando depois por todo o mundo.
Em 24 de Maio de 1738, em Aldersgate Street, Inglaterra, um pastor anglicano, chamado John Wesley, estava estudando Romanos 1.17 quando algo extraordinário aconteceu, mudando para sempre a sua vida. De repente, ele sentiu seu coração (usando suas próprias palavras) “estranhamente aquecido”. Conta Wesley:
“Senti o coração abrasado; confiei em Cristo, somente em Cristo, para salvação. Foi-me dada a certeza de que Ele levara os meus pecados e de que me salvara da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todas as minhas forças (...) e testifiquei a todos os presentes do que sentia no coração”. [BOYER, Orlando Spence, Heróis da Fé, CPAD]
Os olhos de Wesley foram abertos para a verdade da justificação pela fé. A célebre conversa entre Peter Bulow e Wesley na viagem de Londres a Oxford, que antecedeu essa experiência relatada acima, foi toda a respeito de Romanos 1.17. “Foi somente depois que Wesley compreendeu esta verdade, e ela o absorveu completamente, que o Espírito Santo veio sobre ele e começou a usá-lo. [LLOYD-JONES, Martin, Avivamento, PES, 1992]
A experiência de Wesley resultou no grande avivamento inglês do século 18, e que alcançou outros países. Segundo os historiadores, foi esse avivamento que evitou que a Grã-Betanha vivenciasse a mesma revolução sangrenta por que passou a França em 1789. E tudo começou com a citação paulina de Habacuque 2.4 em Romanos 1.17. Por todos esses motivos, essa passagem é muito preciosa para os genuínos cristãos em todo o mundo.

Texto extraído da obra “HabacuqueA vitória da fé em meio ao caos”, editada pela CPAD.
Marcelo Oliveira de OliveiraEditor Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 8 - 1º Trimestre 2017 - Naum - O Juízo de Deus - Juvenis.

Lição 8

Naum - o Juízo de Deus
1° Trimestre de 2017
Topo Juvenis 1T17
ESBOÇO DA LIÇÃO1. CONTEXTO HISTÓRICO
2. ESTRUTURA DO LIVRO
3. A MENSAGEM DE NAUM
OBJETIVOS
Mostrar a justiça de Deus;
Evidenciar que a falta de arrependimento produz juízo definitivo;
Declarar que Deus abate os que desprezam sua misericórdia.
O JUÍZO DE DEUS
O livro do profeta Naum reflete uma das doutrinas mais difíceis de o mundo aceitar: o Juízo de Deus. O mundo, seduzido por ideologias humanistas, pensa na impossibilidade de um Deus irado com o ser humano. Sim, Deus se ira com o ser humano! As Escrituras dão provas cabais de que o pecado do ser humano ira o Deus Todo-Poderoso. Não por acaso, a estrutura do livro de Naum passa pelo domínio de Deus na história, a aplicação de sua soberania e a o compromisso de Deus destruir o mal para sempre, pois um dia Ele exercerá Juízo contra quem pratica as iniquidades.
Por isso, após a exposição do tópico três, sugerimos que o estimado professor, a estimada professora, reproduza o texto abaixo, extraído da obra Pecadores nas Mãos de um Deus Irado: e outros Sermões, editada pela CPAD e distribua aos alunos:
A ira de Deus é como grandes águas que por enquanto estão represadas. Elas aumentam cada vez mais e sobem cada vez mais até que haja um escoadouro. Quanto mais tempo o fluxo for detido, mais veloz e poderoso será seu curso quando for solto de uma vez. É verdade que o julgamento contra suas más obras até hoje não foi executado. As inundações da vingança de Deus foram retidas, mas sua culpa no tempo médio está aumentando de modo constante e você está diariamente entesourando mais ira. As águas estão permanentemente subindo e se avolumando cada vez mais em força. Não há nada mais que a mera vontade de Deus que segura as águas que estão pouco dispostas a serem detidas e pressionam implacavelmente para ir adiante. Se Deus tão somente retirasse a mão da comporta do dique, imediatamente as águas jorrariam, as inundações furiosas da ferocidade e ira de Deus avançariam com fúria inconcebível e viriam sobre você com poder onipotente. Se sua força fosse dez mil vezes maior do que é, sim, dez mil vezes maior que a força do demônio mais robusto e mais intrépido do inferno, não haveria nada que a resistisse ou a suportasse.

O arco da ira de Deus está retesado e a seta se ajusta à corda. A justiça direciona a seta no seu coração e entesa o arco, e não é nada mais que o mero prazer de Deus, de um Deus irado, sem promessa ou obrigação, que impede a seta de num momento ficar encharcada com o seu sangue. Assim, todos vocês que nunca tiveram grande mudança de coração pelo poder grandioso do Espírito de Deus em suas almas, que nunca nasceram de novo e nunca foram feitas novas criaturas e ressuscitaram dos mortos no pecado para um estado de nova luz e vida nunca antes completamente experimentadas, estão nas mãos de um Deus irado. Ainda que você tenha reformado a vida em muitas coisas, tenha tido afetos religiosos e guardado uma forma de religião em sua família, e na casa de Deus, não é nada mais que a mera vontade de Deus que o impede de ser, neste momento, tragado pela destruição perpétua. Ainda que você não esteja convencido da verdade que ouve, logo ficará convencido completamente dela. Os que se foram e estavam em circunstâncias iguais a você veem que foi assim que aconteceu com eles, pois a destruição veio de repente sobre a maioria deles. Quando não esperavam nada disso e diziam: Paz e segurança, agora eles veem que essas coisas das quais eles dependiam para ter paz e segurança eram nada mais que ar tênue e sombra vazias.

O Deus que segura acima da cova do inferno, muito semelhante à pessoa que segura uma aranha ou algum inseto repugnante acima do fogo o detesta e é horrivelmente provocado. Sua ira por você arde como fogo. Ele olha você como merecedor de nada mais que ser lançado ao fogo. Ele é de olhos puríssimos para ter de suportá-lo em seu campo de visão. Você é dez mil vezes mais abominável aos seus olhos que a serpente venenosa mais odiosa aos nossos. Você o ofendeu infinitamente mais que um rebelde teimoso já tenha ofendido o príncipe. Contudo, não é nada mais que sua mão que o impede de cair no fogo a todo o momento. A nada mais que isso deve ser atribuído o fato de você não ter ido para o inferno ontem à noite, de ter acordado outra vez neste mundo depois de ter fechado os olhos para dormir. Não há outra razão a ser dada por que você não caiu no inferno desde que se levantou de manhã, senão a mão de Deus que o sustentou [...].
Palavras fortes! Palavras duras! Não é verdade? Você imagina os crentes modernos ouvindo um sermão como esse? Tal sermão é o mais famoso do grande pregador Jonathan Edwards num frondoso ministério exercido no século XVIII nos Estados Unidos da América. A história registra que durante a entrega desse sermão, pessoas gritavam, lamentavam e agonizavam espiritualmente mediante a consciência alcançada de uma realidade da vida sem Deus. O efeito do sermão foi poderoso durante a noite inteira. Pessoas caiam em arrependimento mediante a consciência dos seus pecados.
Uma proposta pedagógica
Ao distribuir uma cópia do trecho desse sermão, dê um tempo para que os alunos leiam e reflita sobre ele. Em seguida, você pode dividir a classe em dois grupos, ou organizá-la em círculo, a fim de colher as impressões que os alunos tiveram desse trecho do sermão. Após ouvir e comentar as impressões proferidas pelos alunos, conclua a atividade afirmando que a única maneira que o ser humano tem de escapar do juízo de Deus é experimentando uma grande mudança no coração pelo poder do Espírito Santo. A única saída é nascer de novo, se tornar nova criatura, ressuscitar da morte do pecado para a vida nova que raia da luz divina do nosso Salvador. O meio para isso, o Deus justo e santo providenciou: “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
ERRATA:
No tópico 3 da lição 8, onde está escrito 3. A MENSAGEM DE OBADIAS leia-se: 3. A MENSAGEM DE NAUM
Marcelo Oliveira de OliveiraEditor Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 9 - 1º Trimestre 2017 - A Missão Ensinadora da Igreja - Jovens.

Lição 9

A Missão Ensinadora da Igreja
1° Trimestre de 2017
Topo Jovens 1T17
INTRODUÇÃOI - O QUE É ENSINARII - O ENSINO NA BÍBLIA III - ENSINO E TRANSFORMAÇÃO NA IGREJA CONCLUSÃO


Prezado professor, na lição deste domingo estudaremos a respeito da missão ensinadora da Igreja. Foi o próprio Senhor Jesus, antes de subir aos céus, quem deu a sua Igreja a missão de evangelizar, discipular, ensinar (Mt 28.19,20). Os termos discipular e discípulo estão interligados. Discipular “significa próprio de discípulo”; e discípulo é todo aquele que se coloca sob a tutela de um mestre a fim de aprender. Precisamos iniciar com a definição do vocábulo, pois o discipulado, muitas vezes, é visto de uma forma errônea. Quando ouvimos a palavra discipulado, em geral, pensamos logo nos novos convertidos. Será que somente eles precisam de discipulado? O discipulado precisa ser compreendido como uma ação que é para toda a vida, pois somos seres inacabados. Cabe aqui a fala do educador Paulo Freire: “Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender.” Enquanto vivermos neste mundo, precisamos discipular e ser discipulado. O ensino bíblico precisa começar logo depois da conversão e perdurar por toda a vida, até o dia em que estaremos para sempre com o nosso Mestre. Contudo, o discipulado tem vários pressupostos. Observe:
                                                            DISCIPULADO
NOVOS CONVERTIDOSIntegração e fundamentos da fé cristã.
SEGUIDOR DE JESUSFazer novos discípulos (multiplicadores).
MATURIDADEAperfeiçoamento, estatura de homem perfeito.
FORMAÇÃO DE NOVOS LÍDERESAqueles que vão dar continuidade à obra de Deus.

Qual a relevância do discipulado e ensino?
  • É uma ordenança de Jesus (Mt 28.19,20). Jesus ordenou o ensino, o discipulado, porque é ele que dá a sustentação de que precisamos para permanecermos firmes na fé. Discipular é construir alicerces. Esta é uma etapa importante, que requer muito cuidado em uma edificação. É a parte do edifício que exige mais investimento dos construtores, pois os materiais empregados devem ser de altíssima qualidade. Se um alicerce for mal feito, com materiais de má qualidade, toda a construção estará comprometida. Na vida espiritual não é diferente. O precisamos de fundamentos sólidos. Atualmente vivemos tempos trabalhosos (2 Tm 3.1), por isso, não podemos ser negligentes quanto aos fundamentos da fé cristã. Precisamos ter um compromisso com o ensino da Palavra de Deus. A fé cristã não pode estar alicerçada sobre os fundamentos da filosofia ou da ciência, ou baseada em teorias humanas. Ela deve estar sedimentada na Palavra de Deus. Esta é a base segura para qualquer pessoa, pois a Bíblia é a nossa regra de fé e conduta. As lições bíblicas que ensinamos aos domingos contribuem para a construção do caráter cristão de nossos alunos. Se essas lições forem bem planejadas e bem executadas pelos professores, nossos alunos (discípulos) poderão experimentar um desenvolvimento saudável em todas as áreas (espiritual, social, cognitiva e física), o crescimento que Jesus, como homem perfeito, também experimentou: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52). O ensino das verdades fundamentais ajudará a desenvolver uma fé firme e inabalável, ajudando nossos alunos a permanecerem firmes na fé até a Segunda Vinda de Jesus.
  • Contribui para a saúde da igreja. Você sabia que existem muitas igrejas que, embora pertençam a Jesus Cristo, estão “adoecidas”? Talvez você queira fazer a seguinte indagação: “A igreja pode adoecer?” É importante ressaltar que vamos tratar aqui da igreja local, ou seja, um grupo de pessoas reconciliadas com Cristo, que pertencem a Ele e se reúnem para a comunhão e adoração em um determinado lugar. Não estamos falando da Igreja universal, o Corpo místico de Jesus formado por todos os crentes de todos os tempos e localidades. Para falar de saúde e doença, tomemos como exemplo algumas das igrejas na Ásia descritas em Apocalipse: Éfeso (Ap 2.1-7), Pérgamo (Ap 2.12-17), Tiatira (Ap 2.18-29), Sardes (Ap 3.1-6) e Laodiceia (Ap 3.14-22). As cartas que foram endereçadas por João a essas igrejas são instrumentos divinos que nos ajudam a examinar nossas igrejas, pois, segundo Steven Lawson, “as questões e os problemas, enfrentados por essas igrejas, são os mesmos que atingem a igreja, hoje”. Em que áreas essas igrejas adoeceram? Vejamos: Éfeso abandonou o primeiro amor (Ap 2.4); Pérgamo compactuou com as coisas do mundo, carnalidade (Ap 2.14,15); Tiatira foi contaminada pelo “vírus” da imoralidade (Ap 2.20,21); Sardes já estava morta (Ap 3.1); e Laodiceia, pela indiferença (Ap 3.15-17). Uma igreja enferma não pode produzir bons frutos, tornando-se estéril, muito menos usufruir da vida abundante que Cristo conquistou na cruz do Calvário. Jesus veio para que tivéssemos vida abundante, saudável (Jo 10.10). Em breve, Jesus virá buscar a sua Igreja, mas Ele vai arrebatar a Igreja pura, sem mancha, sem mácula, sem enfermidades (Ef 5.27).
  • Colabora para um crescimento saudável. Como podemos saber se uma igreja está tendo um crescimento saudável? Vejamos o que caracteriza um crescimento saudável:
    * Doutrina bíblica (pregação e ensino correto da Palavra de Deus).
    * Os crentes conhecem toda a Palavra de Deus, e não apenas parte dela (caixinha de promessas). Eles vivem a Palavra de Deus no seu dia a dia (Tg 1.22).
    * Os crentes demonstram, mediante suas ações e palavras, que têm uma vida transformada, cristocêntrica (Lc 6.43-45). Testemunho eficaz.
    * Os membros e alunos têm uma visão correta, equilibrada, saudável sobre eles mesmos (a forma como você se vê vai influenciar a forma como você vê Deus e o próximo) (Pv 23.7a).
    * Os crentes sentem-se amados por Deus, por seus líderes (pastores, professores, superintendentes, etc.), pela igreja. Comunhão eficaz.
    * Os membros e alunos compreendem sua missão e a executam com alegria. Qual a nossa missão? A missão suprema da igreja é a evangelização (Mc 16.15).
    * Santidade de vida entre membros.
    * Adoração genuína, oração eficaz, amor por Jesus Cristo.
    A Igreja tem uma missão proclamadora, mas também uma responsabilidade com o discipulado e com o ensino. 
Sugestão didática: 
Professor, reproduza o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para mostrar aos alunos que grande parte do ministério de Jesus foi dedicado ao ensino.
JESUS, EDUCADOR POR EXCELÊNCIA
AdmoestouO mancebo de qualidade (Mt 19.16-30)
ExortouOs seus discípulos (Jo 14–16)
RedarguiuA mulher samaritana (Jo 4.1-42) 
RepreendeuOs fariseus (Mt 23.1-36)
(Adaptado de Lições Bíblicas, 1 Trimestre de 2007, CPAD, p. 61.)

Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra).  Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 9 - 1º Trimestre 2017 - Fidelidade, Firmes na Fé - Adultos.

Lição 9

Fidelidade, Firmes na Fé
1° Trimestre de 2017
Topo Adultos 1T17
INTRODUÇÃO
I-O SIGNIFICADO DE FIDELIDADEII-IDOLATRIA E HERESIA: UM PERIGO À FIDELIDADE
III-SEJAMOS FIÉIS ATÉ O FIM 
CONCLUSÃO

Na lição de número 9, estudaremos a fidelidade, contrapondo com a idolatria, uma das obras da velha natureza. Fidelidade é uma característica daquele que é fiel, leal e que demonstra zelo pelo Senhor. Lealdade também está relacionada à fé, pois são duas palavras cognatas, ou seja, vem da mesma raiz. Podemos definir fé como o “firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). É a confiança que temos em Deus. Porém, o significado da palavra fé é amplo. Por isso, é importante destacar alguns aspectos da fé:
a) Fé natural – “Confiança desenvolvida em virtude da íntima comunhão que o crente mantém com o Espírito Santo (Gl 5.22). É uma fé constante e regular que independe das circunstâncias (Hb 3.17,18). Não é uma fé miraculosa; ela nasce como resultado de um relacionamento com o Senhor Jesus.”1
b) Fé salvadora – “Proveniente da proclamação do Evangelho, esta fé leva-nos a Cristo como o nosso único e suficiente Salvador (Jo 3.16). Ao contrário da fé natural, que brota através do labor filosófico, a fé salvadora só há de nascer no coração humano através da pregação do Evangelho (Rm 10.13). Sem a mensagem da cruz, não pode haver fé salvadora.2
c) Dom da fé – “Capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, através da qual o crente é levado a exercer a fé de maneira extraordinária (1 Co 12.9; 13.2), visando a expansão do Reino de Deus. O dom da fé induz o crente a fazer grandes petições, e a receber, de igual modo, grandes respostas. Esse carisma porém, não é para ser utilizado em favor de quem o possui; deve visar, antes de mais nada, à expansão do Reino de Deus”.3
d) Fruto da fé – Confiança desenvolvida em virtude da íntima comunhão que o crente mantém com o Espírito Santo (Gl 5.22). É uma fé constante e regular que independe das circunstâncias. Não é uma fé miraculosa; ela nasce como resultado de um singular relacionamento com o Senhor Jesus.”4
Essas definições nos ajudam a compreender que a fidelidade, fruto do Espírito, abrange a ideia de lealdade, sinceridade e integridade. A fé é o antídoto que nos preserva da idolatria.
Idolatria não se fere somente a imagens de escultura, mas é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em nossos corações. A palavra idolatria é oriunda de eidolon, e latreia, “serviço sagrado, culto, adoração. Tal prática é pecaminosa e quem a comete está roubando e negando a soberania de Deus. Por isso, o primeiro dos Dez Mandamentos é “não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Os quatro primeiros mandamentos são uma referência ao nosso relacionamento com Deus e segundo o Comentário Bíblico Moody “o primeiro mandamento resguarda a unidade de Deus, o segundo a sua espiritualidade, e o terceiro sua divindade ou essência”. 
Para mostrar o quanto a idolatria é prejudicial à fé cristã, copia no quadro o esquema abaixo e leia com os alunos as referências.
Deus proíbe a fabricação de ídolos e deuses de fundição
Lv 19.4
A adoração a Deus deve ser sem imagens e sem figuras
Dt 4.12
Somente Deus deve ser adorado e a Ele devemos servir
Mt 4.10
Deus é espírito e deve ser adorado em espírito e em verdade
Jo 4.24

Deus não habita em templos feitos por mãos humanas
At 17.24,25
O combate à idolatria é mantido pelo apóstolo João
1 Jo 5.21
(Extraído de SOARES, Esequias. Os Dez Mandamentos: Valores divinos para uma sociedade em constante mudança. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 27).

Sugestão didática:
Explique aos alunos que o primeiro mandamento divino ensinava aos israelitas quanto à idolatria. Eles eram o povo escolhido por Deus para revelá-Lo às demais nações pagãs que estavam ao redor. Por isso, deveria adorar somente a Ele de todo o coração a fim de que todas as nações soubessem que o Todo-Poderoso é único. O povo de Deus jamais poderia esquecer que quem os resgatou da escravidão do Egito foi o Senhor. Agora suas vidas pertenciam não mais a Faraó, mas ao Criador e Libertador. Explique aos alunos que assim como Deus libertou Israel e tornou-se o seu Senhor, Jesus Cristo nos redimiu e nos libertou mediante o seu sacrifício na cruz. Agora pertencemos a Ele e devemos adorá-Lo em espírito e em verdade (Jo 4. 23).
Material: Figura de revistas usadas: casa, carro, filhos, líderes evangélicos, crianças.
Procedimento: Mostre as figuras, uma a uma, para a sua turma. Pergunte se estas figuras têm relação com idolatria. Incentive a participação e ouça os alunos. Em seguida pergunte: “O que é idolatria?” Ouça os alunos com atenção. Diga que idolatria é o amor excessivo por alguma pessoa ou objeto. Mostre a figura da casa e explique que sua casa pode se tornar um ídolo. Seu carro também pode se tornar um ídolo. (Mostre todas as figuras dizendo que podem se tornar ídolos.) Qualquer coisa que tome o lugar de Deus em nossos corações é idolatria. Muitos, erroneamente, pensam que idolatria é adorar somente imagens. Mostre que Deus tem aversão à idolatria, por isso encontramos várias referências tanto no Antigo como em o Novo Testamento que nos mostram que precisamos evitá-la. Conclua lendo com seus alunos os seguintes textos bíblicos: Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35,37,38; 1 Co 10.7,14; Cl3.5; Ap 22.15.

Telma BuenoEditora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
1 ANDRADE, Corrêa de. Dicionário Teológico. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 157.
2 Ibidem. 1999, p. 157.
3 Ibidem. 1999, p. 156.
4 Ibidem. 1999, p. 156.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Lição 7 - 1º Trimestre 2017 - Quem Responde Orações - Pre - Adolescentes.

Lição 7

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Quem responde orações
1° Trimestre de 2017
Topo Adolescentes. 1T17jpg
A lição de hoje encontra-se em Mateus 6.9-13.
Caro(a) professor(a). Seus alunos estão numa fase em que crescer espiritualmente é tão importante quanto fisicamente. Desse modo, alguns hábitos são necessários a fim de que esse desenvolvimento ocorra de maneira saudável. Um deles é o hábito de orar. Você sabe explicar aos seus alunos o que significa orar e a importância desse hábito para a vida deles com Deus?
Na aula de hoje seus alunos aprenderão que a oração é o meio pelo qual conversamos com Deus. E como toda conversa, assim como falamos com Deus Ele também deseja falar conosco. Será que ao término de nossas orações estamos sensíveis para ouvir a voz do Senhor falando conosco? Deus deseja ouvir e responder as nossas orações. Ele disse ao profeta: “— Jeremias, se você me chamar, eu responderei e lhe contarei coisas misteriosas e maravilhosas que você não conhece” (cf. Jr 33.3).
É comum ouvir de algumas pessoas, principalmente daqueles que são novos na fé, a respeito da dificuldade que enfrentam para orar. Mas tal dificuldade é contornada a partir do momento que seguimos o modelo de oração ensinado por Jesus no sermão do monte (cf. Mt 6.5-14).
De acordo com Laurence O. Richards:
[...] A oração é a expressão do nosso relacionamento familiar com Deus. E as respostas às orações não dependem de alguém ter ou não cometido um erro o recitar as palavras adequadas. Na verdade, as respostas à oração representam um transbordamento daquele permanente amor que Deus tem por nós, seus filhos.

Essa grande realidade nos dá a chave para entendermos aquilo que chamamos de Oração do Senhor (Lc 11.2-4).
- Pai. Nós nos aproximamos de Deus como de um Pai, profundamente conscientes de seu amor e compromisso conosco, e o respeitamos e amamos.

Santificado seja o teu nome. Exaltamos a Deus e o louvamos pelo que Ele é. Saboreamos o privilégio de nos aproximar daquele que é o Senhor do Universo com nosso louvor e ações de graças.

Venha o teu Reino. Afirmamos nossa submissão a Deus como Rei de um reino universal do qual somos cidadãos. Comprometemo-nos a viver aqui e agora em obediência ao Senhor, como se seu reino já tivesse sido estabelecido na terra.

Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano. Reconhecemos nossa dependência do Senhor e alegremente colocamos nele toda a nossa confiança. Não pedimos hoje o suficiente para atender às necessidades do amanhã, pois sabemos que Deus é o nosso Pai, e que podemos confiar plenamente nele.

Perdoa-nos nossos pecados. Reconhecemos as nossas imperfeições e fraquezas, e não dependemos dos supostos méritos de nossas obras, mas da disposição de Deus de nos perdoar. Demonstramos essa atitude através da boa vontade de tratar os outros como somos tratados por Deus; assim, “também perdoamos a qualquer que nos deve”.

Não nos conduza em tentação. Como Deus a ninguém tenta (Tg1.13), aqui essa palavra deve ser entendida no sentido de “testar”. Esse pedido não revela qualquer duvida de que Deus nos dará condições de vencer, e demonstra a nossa fé. Algumas pessoas são tão inseguras em seu relacionamento com Deus que procuram tentações para poder vencê-las, e assim se asseguram de que realmente pertencem ao Senhor. Deus permitirá que enfrentemos provas, e também dará o escape para que a possamos suportar (1 Co 10.13). Como confiamos que isso é verdade, não precisamos procurar nenhuma prova, mas expressar a nossa fé pedindo ao Senhor que nos livre das tentações (2007, págs. 167,168).
Aproveite a lição e esclareça aos seus alunos que na oração que o nosso Mestre nos ensinou podemos encontrar tudo o que precisamos para que a nossa comunicação com o Criador seja livre de qualquer motivação que não esteja de acordo com a sua boa, perfeita e agradável vontade (cf. Rm 12.2).

Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 7 - Batismo no Espírito Santo - Adolescentes.

Lição 7

No Batismo no Espírito Santo
1° Trimestre de 2017
Topo Adolescentes 1T17
ESBOÇO DA LIÇÃO:I - O PROPÓSITO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
II - EVIDÊNCIA FÍSICA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
III - EU QUERO RECEBER....
OBJETIVOSConceituar o Batismo no Espírito Santo;
Entender o Batismo no Espírito Santo;
Estimular os adolescentes a que aspirem o Batismo no Espírito Santo.
OS PROPÓSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Prezado professor, a palavra-chave da lição desta semana é Batismo. Esta significa, de acordo com o original grego, mergulho ou submersão. O termo “batismo” está inserido na presente lição com o objetivo de compreender seu título: No Batismo no Espírito Santo. A ideia aqui é explicar a uma pessoa a importância de se mergulhar e encher-se com o Espírito Santo de Deus. 
O Batismo no Santo Espírito é promessa do Pai. É assim chamada porque Deus providenciou o derramamento prometido conforme o Senhor Jesus falou aos discípulos. A profecia de João Batista, registrada nos quatro Evangelhos, lembra este fato: “Jesus os batizaria com o Espírito Santo”.1 Essa operação denota a ação da Santíssima Trindade. O Pai envia o Espírito Santo e o Filho participa dessa obra como o batizador.2
O Batismo com o Espírito Santo possui uma relação tênue com a evangelização mundial. Em Atos 1.8 essa relação é patente. Por isso, é importante ressaltar que o Batismo no Espírito Santo tem propósitos claros e definidos:
  1. Ousadia para testemunhar Jesus Cristo (At 1.8,22);
  2. Poder para realizar milagres (At 5.1-11); 
  3. Carisma para ministrar à Igreja (At 6.3,5);
  4. Oração em língua para edificação espiritual (1 Co 14.2,4).
1. Testemunhando de CristoO Senhor Jesus disse aos discípulos: “... Ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até confins da terra” (At 1.8). Note o pensamento evolutivo do texto! Os discípulos teriam de testemunhar primeiramente numa região pequena (Jerusalém), depois nos distritos maiores (províncias - Judeia e Samaria) e, logo após, ao mundo todo (confins da terra). Em que consistia o testemunho dos discípulos? O teólogo pentecostal, Antony Palma, ajuda-nos a responder:
Quando Jesus disse aos seus discípulos que eles seriam suas “testemunhas”, o pensamento não é tanto que seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar a sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela é aplicada geralmente aos discípulos (1.8,22; 2.32; 3.15; 5.32; 10.39,41; 13.31) e especificamente a Estevão (22.20) e a Paulo (22.15; 26.16). 3 
Os discípulos proclamariam a ressurreição de Jesus Cristo! Porém, para evangelizar o mundo eles careciam do auxílio poderoso do Espírito Santo: poder para realizar milagres! 
2. Poder para realizar milagresEm Atos dos Apóstolos, o poder do Espírito Santo é aplicado aos discípulos com o objetivo de legitimar a mensagem do evangelho a pessoas carentes de salvação e esperança:
At 3.1-10 → A cura do homem coxo;At 9.36-42 A → Ressurreição de mortos (Dorcas);
At 5.19; 12.7-10; 16.23-26 → As libertações milagrosas de Pedro e Paulo;
At 5.1-11; 12.23 → Ananias e Safira; Agripa I são fulminados.
Mas os discípulos, pelo poder do Espírito Santo, ministrariam também à Igreja. 
3. Ministrando à Igreja de CristoEm seu início, a igreja de Jerusalém estava em contínua expansão. Porém, seus primeiros anos eram marcados por circunstâncias que exigiam discernimento e sabedoria oriundos do Espírito Santo. Os assuntos da Igreja – o engano de Ananias e Safira (At 5.3,7,8); o desentendimento das mulheres de fala aramaica e grega (At 6.1-7); o concílio de Jerusalém (15.28) – não dependiam, somente de sabedoria humana, mas indelevelmente da sabedoria do alto. 
O poder do Espírito Santo concedido a Igreja serve, também, para ministrar aos santos individualmente. Por isso, o Santo Espírito disponibilizou um dom para a edificação espiritual do crente: a Glossolalia
4. Glossolalia: dom de DeusO termo “glossolalia” deriva do idioma grego glossa (língua) e lalia (falar). Logo, “glossolalia” é o falar em línguas desconhecidas. “É o dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, que capacita o crente a fazer enunciados proféticos e de enaltecimentos a Deus em línguas que lhe são desconhecidas”.4  
De acordo com o teólogo pentecostal Anthony Palma, há pelo menos três razões para o fenômeno das línguas ser ordenado por Deus. A primeira é de cunho histórico. Os fenômenos meteorológicos e atmosféricos registrados em Atos marcam a inauguração da nova aliança de Deus com a humanidade. 
A segunda é a ocorrência de glossolalia no dia de Pentecostes, uma festa onde judeus oriundos de várias nacionalidades estavam presentes em Jerusalém. Esse evento marcou o “imperativo missiológico” de Jesus Cristo aos discípulos. 
A terceira razão, na perspectiva bíblica, consiste em edificação pessoal. O apóstolo Paulo afirma que a oração em “língua desconhecida” edifica o indivíduo. Segundo Palma, a glossolalia juntamente com o dom de interpretação, edifica a congregação. Porém, sem o dom de interpretação, a língua edifica apenas a pessoa que fala. Ela é um meio de auto edificação espiritual constituída numa oração individual auxiliada pelo Espírito Santo (Rm 8.26).5
Prezado professor, finalize a lição dessa semana dizendo que o Batismo no Espírito Santo tem um propósito bem amplo. Muito além das quatro paredes do templo em que cultuamos a Deus. O Senhor Jesus quer mergulhar, submergir e encher os crentes com o Santo Espírito para exercerem, com sabedoria e discernimento, o ministério ordenado por Ele. 
1HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo. 4. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.11.
2 Ibidem.
 PALMA, Anthony D. O Batismo no Espírito Santo e com Fogo: Os fundamentos Bíblicos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.86.
4 ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 13. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 201.
5 Ibidem, p.89-92. 

Por Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor Responsável pela revista Adolescentes Vencedores
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