quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Lição 11 - 3º Trimestre 2017 - A Segunda Vinda de Cristo - Adultos.

Lição 11

                                     A Segunda Vinda de Cristo 3° Trimestre de 2017
adultos
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – OS EVENTOS DO PORVIR
II – TERMOS BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
III – OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERAL
Apresentar a doutrina bíblica a respeito da segunda vinda de Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I – Analisar os eventos futuros;
II – Identificar os termos bíblicos para a segunda vinda de Cristo;
III – Explicar os eventos da segunda vinda de Cristo;
PONTO CENTRAL
A segunda vinda de Cristo se dará em duas fases: o arrebatamento e a vinda visível.
A DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Marcelo Oliveira de Oliveira*
1. Introdução
A nação brasileira nunca esteve mergulhada num vale de corrupção como se encontra hoje. As manchetes são vastas. A corrupção está entranhada nas esferas pública e privada. E as notícias do aumento da violência?! E o confronto entre as pessoas, o desejo de fazer “justiçamento” com as próprias mãos?! De um lado, um poder público acuado, atordoado; do outro, menores e adultos, agentes do crime galgando os “louros” para suas próprias vantagens. A sensação é de total insegurança: a polícia prende, mas a justiça solta.

Há a agenda do doutrinamento do Homossexualismo na tentativa de promovê-lo à normalidade, como se a heterossexualidade fosse a exceção. Igualmente, a agenda da Ideologia de Gênero empurrada à força para dentro das escolas pelos intelectuais das secretarias estaduais e municipais de Educação ― e claro, sob a tutela do Ministério da Educação, o MEC.

O mundo está perplexo com a crise dos refugiados na Síria, os desentendimentos diplomáticos entre EUA, Rússia, Israel, o caso Coreia do Norte e seu relacionamento com a China, Japão e Coreia do Sul, as ditaduras na América Latina, como a Venezuela. Cada vez mais os acordos diplomáticos são ignorados e o respeito aos pactos internacionais são completamente ignorados. Este é o quadro nada positivo do mundo hoje.

A Bíblia relata que nos dias de Ló e de Noé os acontecimentos estavam assim. Índices altíssimos de corrupção, a violência praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos e o predomínio da imoralidade naquelas sociedades. Como elemento surpresa, ambas as sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus. O Altíssimo é justo e o ato da sua justiça se mostra contra toda a injustiça. A primeira vinda de Jesus Cristo foi um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos homens (Jo 1.4,5). Desde muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas e pecados (Rm 1.18-32). A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré demonstra o quanto o ser humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades ― principalmente em nome de Deus. Assim, haverá um dia em que o nosso Senhor julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt 25.31-46). O Filho retribuirá cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus Cristo demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora, ninguém saiba dia e hora.
2. O Arrebatamento da Igreja
Caro professor, prezada professora, a doutrina da Segunda Vinda do Senhor tem dois aspectos que precisam ser destacados: o secreto e o público. São duas as etapas que constituem a Segunda Vinda do Senhor. A primeira é visível somente para a Igreja, mas invisível ao mundo; a segunda etapa é visível a todas as pessoas, pois “todo olho verá”.

O termo “arrebatamento” se origina da palavra grega harpagêsometha que significa “àquilo que é frequentemente chamado”. Refere-se à ideia de se encontrar com o Senhor para vê-lo como Ele é. A ideia de nos encontrarmos com o Senhor faz um paralelo com 1 Tessalonicenses 4.15, onde a palavra parousia aparece determinando os seguintes significados: “presença” e “vinda” do Senhor. Por isso, há algumas linhas de pensamentos distintas, em que outros irmãos em Cristo consideram que o Arrebatamento e a Vinda Gloriosa serão um só evento.
 Múltiplas Correntes Escatológicas concernentes ao Arrebatamento
 Pré-Milenismo  Amilenismo Pós-Milenismo
O Pré-Milenismo está dividido em Histórico e Dispensasionalista. 
Dispensasionalismo está dividido em:
• Pré-Tribulacionista
• Meso-Tribulacionista
• Pós-Tribulacionista 
 O Amilenismo tem um entendimento de que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só acontecimento, seguindo assim o Juízo Final. Igualmente, o Pós-Milenismo entende que na Segunda Vinda de Jesus, o Arrebatamento e a Parousia estarão conectadas, isto é, serão um só evento, seguindo assim o Juízo Final.
As Assembleias de Deus no Brasil adotam a corrente Pré-Milenista-Dispensacionalista-Pré-Tribulacionista, onde o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes dos sete anos de Grande Tribulação.
Entretanto, o contexto do Arrebatamento como um acontecimento distinto à Vinda Gloriosa está nos escritos do apóstolo Paulo. Este tinha em mente o arrebatamento quando exortava os crentes do Novo Testamento a terem esperança: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.17). Textos como Colossensses 3.4; Judas 14 dão conta dos crentes voltando com Cristo para julgar os ímpios após o Arrebatamento da Igreja.
3. O Tribunal de Cristo e os Galardões
“Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão” (1 Co 3.14). A doutrina do Tribunal de Cristo visa ensinar sobre como a Igreja prestará contas de tudo o quanto fez enquanto esteve presente no mundo. Ali, todas as obras se revelarão, desde as mais complexas às consideradas mais simples. Será um momento de julgamento divino acerca das ações e atitudes dos salvos em Cristo. Entretanto, é importante não confundir o Tribunal de Cristo com o julgamento do Trono Branco. Este será destinado aos ímpios que serão julgados no final do Milênio, e aquele se destina aos crentes vivos e mortos, que foram ressuscitados pelo Senhor no advento do Arrebatamento da Igreja, a fim de serem julgados e receberem cada um, conforme a verdade de suas ações, o seu galardão.

É importante ressaltar que no Tribunal de Cristo serão julgadas as obras dos crentes. Conquanto a salvação de Cristo seja pela graça mediante a fé, o galardão entregue a cada crente será distribuído mediante as obras. Neste aspecto, as obras do crente são essenciais para justificá-los diante do Tribunal de Cristo. O texto de 1 Coríntios 3 mostra que acerca dos líderes, mas pode ser aplicado também a toda comunidade de crentes, a maneira pela qual eles continuarão a edificar a Igreja de Cristo será julgada neste Tribunal. Aqui, se verificará que tipos de obras tais líderes fizeram: se edificaram o edifício de ouro ou se de prata ou se de pedras preciosas ou se de madeira ou feno ou palha. Então, o detalhe de cada obra será manifesto naquela oportunidade.

Assim, o “fogo” provará a resistência de cada obra. Se após a provação do “fogo”, a obra permanecer, o crente receberá o seu galardão; senão, não o receberá. O texto diz que a obra padecerá sofrimento, mas isso não interferirá na salvação do crente. Este será salvo como pelo fogo, ou em linguagem mais contemporânea, “como por um triz” ou “por um fio” (1 Co 3.14).

Não há mandamento mais urgente para estarmos pronto diante do Tribunal de Cristo, que este: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Mc 12.31). Ora, toda boa obra na vida do crente deve se fundamentar no princípio mandatório de nosso Senhor: a prática do amor.
4. Bodas do Cordeiro
Após o episódio do julgamento das obras no Tribunal de Cristo, virá o tempo das Bodas do Cordeiro. Antes de prosseguirmos com a explicação, dê uma relembrada no caminho que já fizemos até aqui. Por intermédio do gráfico, abaixo, veja a dimensão linear dos acontecimentos, lembrando que essa imagem é apenas para fins didáticos:
ARREBATAMENTO DA IGREJA → GRANDE TRIBULAÇÃO
                                                           Tribunal de Cristo                                                             BODAS DO CORDEIRO
Apesar de ainda não termos visto o assunto do derramamento da Ira de Deus, estudamos um evento que ocorrerá paralelamente à Grande Tribulação, o Tribunal de Cristo. Agora, neste pouco espaço, nos deteremos ao outro evento que também ocorrerá simultaneamente à Grande Tribulação: As Bodas do Cordeiro.
A palavra “bodas” quer dizer: enlace matrimonial, casamento, festa ou banquete em que se celebram as núpcias. É um momento de festa e de alegria onde o noivo e a noiva farão um voto de casamento até que a morte os separe. Na Escatologia Bíblica, esse termo refere-se ao período que lembra o momento íntimo entre o Noivo e sua Noiva, isto é, Jesus Cristo e sua Igreja.
Em uma passagem dos Evangelhos, quando próximo da sua crucificação, na verdade em sua última Páscoa com os discípulos, nosso Senhor disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14.25). É bem significativo que o apóstolo João escreva no livro do Apocalipse esta mensagem: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (19.9). O cumprimento dessa bem-aventurança se dá exatamente no advento das Bodas do Cordeiro.

Nesse evento glorioso, os crentes foram plenamente vestidos e adornados de atos de justiça, pois já estiveram diante do Tribunal de Cristo, foram ressuscitados, transformados e levados ao céu. Assim como temos um momento de intimidade com Cristo por intermédio da comunhão da Ceia do Senhor, as Bodas do Cordeiro é o momento mais íntimo de Cristo com a sua Igreja. É o tempo de refrigério, de glória, de graça e de alegria. É um tempo que marcará a consumação da redenção dos santos.

De fato, é bem-aventurado quem passa pelas Bodas do Cordeiro! O momento do nosso encontro e estada com Jesus Cristo, o Rei dos reis, é o momento além da história em que todo crente, lavado e remido no sangue do Cordeiro, anela em viver para sempre. Então, estaremos eternamente com o Rei dos Reis!
5. Grande Tribulação
Enquanto no céu estará ocorrendo o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro, na Terra, após o Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um período histórico de sete anos entre o “Arrebatamento da Igreja de Cristo” e a “Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao mundo”. O período da Grande Tribulação remonta a profecia das 70 semanas das quais falou o profeta Daniel. Veja o gráfico abaixo:
                                                  70ª Semanas de Daniel = 7 anos de Tribulação
3 anos e 1/2 – primeira metade: 3 anos e 1/2 – segunda metade:
→ Grande acordo de paz;
→ Ascensão de um grande líder;
→ Políticas que ludibriam as nações, principalmente, Israel e povo judeu.
→ Quebra do acordo;
→ Revelação da verdadeira motivação do grande líder mundial, o Anticristo.
→ Perseguição implacável aos que dizem não! ao sistema.

 → Quando as nações do mundo cercar a Israel, na cidade de Jerusalém, então, o Senhor Jesus, juntamente com a sua igreja, intervirá na injustiça tramada contra o povo, e na terra, que o Senhor escolheu (Jd 14,15) ― A Bíblia diz que a terra da Palestina não pertence a ONU ou as quaisquer nações que ouse repartir aquela terra:
“Então ajuntarei os povos de todos os países e os levarei para o vale de Josafá e ali os julgarei. Eu farei isso por causa das maldades que praticaram contra o povo de Israel, o meu povo escolhido: espalharam os israelitas por vários países e dividiram entre si o meu país” (Jl 3.2).
As Escrituras mostram que o tempo da Grande Tribulação será marcado como o tempo da “ira de Deus”, da “indignação do Senhor”, da “tentação”, da “angústia”, de “destruição”, de “trevas”, de “desolação”, de “transtorno” e de “punição” (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10; Dn 12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o Altíssimo intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se
rebelaram contra o criador. Nesse sentido, podemos dizer que os propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, (2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis que sobreviveram aos ataques do Anticristo.
Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo ― Ap 8 – 11) e do derramamento das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30).
6. A vinda de Jesus em Glória
Após analisarmos os elementos finais da doutrina das Últimas Coisas, tais como, o Arrebatamento, o Tribunal de Cristo, As Bodas do Cordeiro e a Grande Tribulação; a agora veremos finalmente a Vinda de Jesus em Glória.

A vinda gloriosa do Senhor é um fato pronunciado pelas Escrituras, pois há mais de 300 menções sobre isso em o Novo Testamento ― por exemplo, os capítulos 24 e 25 de Mateus e o 13 de Marcos são inteiramente dedicados ao assunto. Antes de prosseguirmos no assunto é importante você rememorar o que significa a vinda de Jesus para os principais agentes da história da Igreja de Cristo no mundo. Veja o quadro abaixo:
O PROPÓSITO DA SUA VINDA
 Para a Igreja  Para Israel Para o Anticristo  Para as Nações

Secreta e repentinamente, nosso Senhor aparecerá à Igreja para levá-la à profunda e eterna comunhão.
 O Messias prometido ao povo de Israel, o libertará da tribulação, restaurando a promessa de sua antiga terra. O Senhor virá objetivamente para destruir o Anti-Cristo e estabelecer o Milênio. Um tempo de paz e de tranquilidade. Nesta oportunidade, nosso Senhor julgará as nações e os reinos desse mundo, fazendo todos os povos sujeitos à sua autoridade e poder
Enquanto que para a Igreja, Jesus Cristo virá misteriosamente; para Israel, o Anticristo e as Nações, Ele virá publicamente com poder e grande glória. Ninguém poderá escapar da sua justiça. O ser humano moderno vive iludido, pensando que não precisa prestar contas a ninguém. Vive a vida a seu bel prazer, não precisando pensar no que está certo nem errado. O apóstolo Paulo diz que o dia em que o nosso Senhor vir, Deus julgará “os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Rm 2.16). Diante do Pai, não haverá quem possa dissimular ou esconder o que sempre desejou e o motivou.
7. Conclusão
No dia em que o nosso Rei julgar os povos, todos saberão quem Ele é e contemplarão a promessa da sua vinda em pleno cumprimento. Não haverá, pois, quaisquer sentenças injustas, pois o nosso Deus é a própria justiça. Outro ponto importante que se deve deixar bem claro nesta aula é sobre alguns aspectos fundamentais a respeito da Vinda Gloriosa de Jesus:
1. Ela será de maneira pessoal (Jo 14.3).
2. Ela será literal (At 1.10).
3. Ela será visível (Hb 9.28).
4. Ela será gloriosa (Cl 3.4).
As Escrituras apresentam com clareza que o nosso Senhor virá em pessoa para julgar todo o mundo. Portanto, renovemos a nossa esperança nesta promessa!
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
*Redator responsável pela revista Lições Bíblicas Adultos
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Lição 11 - 3º Trimestre 2017 - Um Bezerro de Ouro - Primários.

Primários

Lição 11

                                  Um Bezerro de Ouro
3° Trimestre de 2017
primarios
OBJETIVO: Que o aluno compreenda que não devemos adorar ídolos, nem imagens.
PONTO CENTRAL: Só o Senhor, nosso Deus, merece receber nossa adoração.
MEMÓRIA EM AÇÃO: “[...] Adore ao Senhor, seu Deus, e sirva somente a ele” (Mt 4.10).
Querido(a) professor(a), em uma era de tanto materialismo, de ver para crer, é crucial que seus alunos, desde já, tenham contato com o Deus invisível, único e Todo-Poderoso. Nesta próxima aula eles aprenderão sobre os males da idolatria e que só o Senhor, nosso Deus, merece receber nossa adoração.
O monoteísmo, a crença em um único Deus, era uma característica da religião hebraica. As antigas religiões eram politeístas, ou seja, cultuavam muitos deuses. Mas o Deus de Abraão, Isaque e Jacó é o Criador e Senhor de toda terra, o único e verdadeiro Deus. Saber isto era importante para Israel, pois a nação estava prestes a entrar em uma terra cujos habitantes criam em muitos deuses. Tanto naquela época como hoje, existem os que preferem colocar sua confiança em muitos “deuses” diferentes. Mas chegará o dia em que Deus será reconhecido como o único. Ele será Rei sobre toda a terra (Zc 14.9).

[...] O Diabo ofereceu o mundo inteiro a Jesus, desde que Ele “apenas” se ajoelhasse e o adorasse (Mt 4.8-10). Hoje, o Diabo nos oferece o mundo, tentando envolver-nos pelo materialismo, na busca pelo poder. Podemos resistir às tentações do mesmo modo que Jesus fez. Se você almeja algo que o mundo oferece, cite as palavras de Jesus ao Diabo: “Ao Senhor, teu Deus adorarás e só a Ele servirás”. (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 240,1220).
Através da aula de hoje, você poderá ressaltar conceitos importantes para seus alunos: 
- Gratidão: A importância de sempre agradecermos para não nos esquecermos da bondade de Deus conosco. O povo de Israel tinha visto o enorme poder e amor do Senhor por eles ao abrir o Mar Vermelho, os libertar de seus inimigos, alimentá-los no deserto, saciar a sua sede, lhes provê sombra sob o sol escaldante e fogo durante a noite fria. Mas o povo não se lembrou de nada disso ao desobedecê-lO, erguendo uma imagem, um falso deus, que apenas serviria de ilusão para seus olhos e não teria nenhum outro proveito.

- Obediência: A importância de sempre obedecermos ao Senhor, pois tudo o que Ele nos ordena é para o nosso próprio bem. Em decorrência da desobediência dos hebreus, além de entristecerem o coração do Senhor, eles atraíram para si um terrível castigo, a doença que lhes sobreveio mostrou que nenhum ato de rebeldia fica sem consequências.

Após a lição faça um círculo com seus alunos, promovendo um momento de perguntas e respostas sobre a história. Em seguida, explique esses dois preceitos contidos nela, contextualizando-os com situações presentes no dia-a-dia de seus primários. Enfatize que eles precisam sempre se lembrar de agradecer e obedecer ao Senhor, para que alegrem o bondoso coração de Deus e que consequências ruins não lhes sobrevenha. Ore pedindo que todos tenham um coração mais grato e obediente, sendo assim verdadeiros adoradores do único Deus verdadeiro.

O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável pela Revista Primários da CPAD
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Lição 11 - 3º Trimestre 2017 - Jesus Traz o Amigo de Volta - Juniores.

Lição 11

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              Jesus traz o Amigo de Volta – João 11.1-44.
3° Trimestre de 2017
juniores
Prezado(a) Professor(a),

A lição desta semana aborda a respeito de um amigo que era muito especial para Jesus. Tanto ele quanto a sua família eram muito estimados pelo Mestre. Sempre que passava por Betânia, Jesus era bem recebido na casa de Lázaro. Porém, certo dia, chegou a notícia de que seu amado amigo estava muito doente. Como qualquer amigo que se preocupa com o bem-estar do outro, Jesus poderia ter se deslocado no mesmo dia em que soube da situação do Lázaro, mas preferiu permanecer onde estava por mais dois dias, porquanto havia um propósito divino para todas aquelas coisas que estavam acontecendo.
“Jesus adiou a sua ida para ir ver a família que amava (v. 6), a fim de fortalecer a fé, tanto deles, como dos discípulos, e para fazer-lhes um bem maior. Inicialmente, os atos de Jesus aparentemente indicam que Ele não estava interessado, nem compadecido pelo sofrimento deles. Não era nada disso, pois João destaca repetidas vezes que Jesus amava a família e compartilhava da sua tristeza (vv. 3,5,35). Jesus tinha um cronograma e um propósito diferentes daquilo que eles queriam. O cronograma e a vontade de Deus, quanto às nossas provações ou aflições, talvez sejam diferentes do nosso desejo. Deus nos atende de conformidade com a sua sabedoria e amor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1594). O amigo amado não resistiu e veio a falecer. Porém, quando chegou ao local onde o corpo havia sido sepultado, o Mestre se comoveu muito com aquela situação e chorou por sentir a tristeza de seus amigos. Jesus se identifica com o sofrimento humano e entende as suas limitações.

Esta é uma oportunidade para você, professor, mostrar aos seus alunos o lado humano e misericordioso de Jesus. Ensine-os que Ele não é um amigo distante que não se identifica com as nossas aflições. Pelo contrário, o Mestre está sempre ao nosso lado em qualquer dificuldade, embora não nos isente de ter que enfrentá-las.

Para reforçar o ensinamento da lição de hoje, sugerimos a seguinte atividade:

Distribua folhas de papel A4 com a seguinte frase: o que espero do meu melhor amigo é... Em seguida, peça que os alunos leiam para a classe o que esperam de um amigo. Depois, explique que tudo quanto esperamos do nosso amigo devemos fazê-lo primeiro. Ao final, diga que Jesus é o nosso melhor amigo e Ele não nos decepciona. Quando não atende às nossas vontades é porque sabe o que é melhor para nós.
Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 11 - 3º Trimestre 2017 - Jesus, o Bom Pastor - Pré Adolescentes.

Lição 11

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              Jesus, o Bom Pastor
3° Trimestre de 2017
preadolescentes
A lição de hoje encontra-se em: Mateus 18.10-14

Prezado(a) professor(a),

Na lição desta semana seus alunos conhecerão um pouco mais a respeito de Jesus. Ele é o Bom Pastor, e o Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas (cf. Jo 10.10). Jesus revelou seu lado pastoral na forma como cuidava e se preocupava com as pessoas, assim como por intermédio de seus ensinamentos. Na parábola da ovelha perdida, por exemplo, a figura do pastor que se mantém preocupado com uma única ovelha perdida ilustra a preocupação de Jesus pelas pessoas individualmente.
Alguém poderia dizer que era exagero do pastor se preocupar tanto com uma única ovelha perdida tendo em vista que a maioria permanecia segura no redil. Mas para aquele pastor, uma única ovelha tinha um valor inestimável. Assim também, para o Bom Pastor Jesus, as pessoas são mais importantes do que qualquer coisa. É interessante pensar no significado que cada pessoa tem para Jesus. Para o Bom Pastor, todos são igualmente importantes!
A ovelha perdida. As ovelhas eram um importante patrimônio econômico. A maioria das roupas usadas pelas pessoas comuns em Israel era feita de lã. As peles das ovelhas eram curtidas e usadas como couro. As ovelhas eram também os mais desejados dos animais sacrificiais e sua carne era servida nas festas e banquetes que com pouca frequência brilhavam na vida das pessoas de nível mediano.

Embora os pastores de ovelhas do século I tivessem uma posição social tipicamente baixa, todos estavam familiarizados com o cuidado com o que o bom pastor protegia o seu rebanho. À noite, o pastor contava cuidadosamente suas ovelhas para se certificar de que não estivesse faltando nenhuma. Se faltasse uma, ele não deixaria as outras sozinhas, mas encontraria uma outra pessoa para vigiá-las em seu lugar. Contudo, Jesus retrata este pastor deixando seu rebanho de forma apressada para encontrar a única ovelha que estava perdida. De algum modo, o pastor sentiu uma urgência terrível; e quando achou a ovelha, ele a apanhou em seus braços e a trouxe de volta ao aprisco com grande alegria” (Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 174).

Compreender o grande amor de Cristo pelas pessoas, ilustrado na parábola da ovelha perdida, é importante para que seus alunos tenham a segurança de que estão sendo bem cuidados na presença de Deus. É comum os pré-adolescentes pensarem que as pessoas não se importam com o que acontece com eles. Por esse motivo, é importantíssimo que saibam que podem contar com o cuidado de Jesus em qualquer situação que tiverem de enfrentar. Ele é o nosso melhor Amigo! A partir desta reflexão, converse com seus alunos a respeito do que sentem em relação a Cristo. Eles podem confiar no cuidado do Mestre? Sentem-se queridos por Ele? Quando estão passando por algum problema, depositam a confiança no Senhor por meio da oração? Ao final, explique que manter essa relação com Jesus é importantíssimo para que aprofundem a comunhão com Ele.
Por Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 11 - 3º Trimestre 2017 - Avivamento e o Despertamento Para a Obra Missionária - Juvenis.

Lição 11

Avivamento e o Despertamento para a Obra Missionária
3° Trimestre de 2017
juvenis1
ESBOÇO DA LIÇÃO1. CAPACITADOS PARA PREGAR O EVANGELHO
2. AVIVADOS PARA FAZER MISSÕES LOCAIS E REGIONAIS
3. AVIVADOS PARA FAZER MISSÕES TRANSCULTURAIS
OBJETIVOS
Demonstrar
 a relação entre avivamento e missões;
Destacar a capacitação para missões locais;
Apontar a capacitação para missões transculturais.

Querido (a) professor (a), você tem uma importante responsabilidade no chamado que desempenha frente aos seus juvenis. Talvez você nunca tenha pensado desta forma, mas da sua classe podem sair reformadores, avivalistas, pessoas que irão abalar o mundo espiritual, ganhando multidões para Cristo.

Recorde que muitos dos grandes homens de Deus que revolucionaram nações, através do poder do Espírito Santo e das Sagradas Escrituras, sobre os quais você mesma ensina à sua classe (Jonathan Edwards, John Wesley, Charles G. Finney, Spurgeon, Moody, Willian Seymour, etc), tiveram mestres que os intuíram e inspiraram. Hoje você pode ser este tipo de mestre.

Esteja sempre pronto a enxergar e estimular os talentos, potenciais e vocações de seus alunos, quer sejam naturais, emocionais e, sobretudo espirituais. Esta próxima aula será mais uma valiosa oportunidade para tal. Que através da sua vida, seus alunos possam ser motivados a buscarem um avivamento pessoal e coletivo e o despertamento para a obra missionária. Pois um genuíno avivamento não existe sem que a Igreja se volte para o amor ao próximo.

O Senhor Jesus afirmou à igreja em Laodicéia que desejava realmente que ela fosse quente ou fria (Ap 3.15). Não há indícios para crermos que fosse uma expressão de ironia, mas sim, um desejo sincero do Senhor. Imagine os cristãos pegando a água que caía de uma bica advinda dos canos esquentados pelo sol! “Quem dera essa água fosse fria como a de Colossos!” – deviam exclamar. Em outro momento, alguém sofrendo dores nas juntas, exclamava: “Quem dera ter as águas quentes de Hierápolis!” (Colossos e Hierápolis eram cidades vizinhas à Laodicéia).

No mesmo dia, vão à igreja e ouvem alguém lendo a carta de Cristo: “Quem dera fosses frio ou quente”. Quando o Senhor afirmou à igreja: “que nem és frio nem quente”, poderíamos parafrasear: “Que nem possuis função de trazer refrigério às vidas que te procuram, como as águas frias de Colossos; e também perdeste a função terapêutica de trazer alívio aos aflitos, à semelhança das águas quentes de Hierápolis. Como és morna (e águas mornas não possuem função) estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.

A funcionalidade da Igreja, sua missão, chamada para fazer a diferença na terra, constantemente foi um dos assuntos mais enfáticos nas parábolas de Jesus. Certa vez Ele revelou-nos seu descontentamento com uma figueira que não cumpria sua função: achou nela somente folhas. Figueiras devem produzir figos. Não adianta acender uma candeia e colocá-la debaixo de um caixote, pois sua função de iluminar não seria alcançada. Ao tornar-se insípido o sal, para nada mais presta, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.

Não fomos chamados apenas para a salvação, mas também para o serviço. Não é o suficiente sermos crentes, é preciso iluminar e salgar. Não basta viver, é necessário cumprir a missão.

Uma das experiências que mais marcou minha vida ocorreu quando eu visitava o povo Quéshua, no Peru, em 1990. Meu trabalho era encorajar as igrejas na região de Ayacucho e derredores, devido à perseguição do grupo Sendero Luminoso, uma guerrilha que havia matado boa parte dos líderes da Igreja Evangélica nos Andes Peruanos.

Em certo dia, tive o privilégio de encontrar-me com Rômulo Saune, um homem de Deus, Quéchua, tradutor da Palavra para a língua de seu povo. Um homem jovem, vibrante, apaixonado por Jesus e com muita determinação. Vivendo em área de risco, lhe perguntei por que não descera para Lima a fim de refugia-se da guerrilha. Tomando uma xícara de chá, ele tomou a Bíblia Quéchua em suas mãos e disse:

– Tenho muitos medos, mas temo, sobretudo, uma coisa: Deixar meus dias passarem e não cumprir a missão. Deus deu diferentes trabalhos a diferentes pessoas. Meu trabalho é a Palavra. Vivê-la em casa e pregá-la nas ruas.

Voltei ao Brasil e semanas depois recebi a notícia que Rômulo Saune foi atraído para uma emboscada ao pregar a Palavra e foi assassinado pela guerrilha. Deixo em minha estante a Bíblia Quéshua de capa azul que ele me presenteou e sempre que a vejo lembro-me de seu compromisso com Deus e disposição para o trabalho. Havia naquele homem um forte ardor missionário. (LIDÓRIO, Ronaldo. Restaurando o Ardor Missionário. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 24-28)
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável da Revista Juvenis
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Lição 11 - 3º Trimestre 2017 - Crenças Religiosas - Jovens.

Lição 11

                          Crenças Religiosas
3° Trimestre de 2017
jovens
INTRODUÇÃO
I - CRESCIMENTO EVANGÉLICO E CRENÇAS RELIGIOSAS
II - OS MALES DO SINCRETISMO CULTURAL E RELIGIOSO
III - O PERIGO DO ADULTÉRIO ESPIRITUAL
CONCLUSÃO

Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo principal levar o jovem a refletir a respeito do crescimento das crenças religiosas da atualidade. Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, leia o subsídio abaixo:
“O crescimento do Cristianismo no Século I foi exponencial. Na primeira pregação, Pedro ganhou quase três mil almas. Na segunda, cerca de cinco mil. E em cada dia havia novas conversões. Com tanta gente reunida, houve a necessidade de alguns ajustes entre os judeus e os gentios acerca da lei mosaica. Foi preciso "acertar o passo", cortar arestas, para acomodar todas as vertentes emergentes. Isso se chama "construir a unidade". E era fundamental, para que todos os cristãos pudessem seguir juntos. Em frente. Com uma base sólida. Deus queria que eles crescessem consistentemente. Então, foi realizada uma assembleia em Jerusalém. Após a palavra de Tiago, o Espírito Santo fez o alinhamento dos entendimentos. A igreja conciliou o que era aparentemente inconciliável.
O Cristianismo seguiu sua marcha triunfal. Os cristãos demonstraram tolerância, uns com os outros, e obediência à vontade de Deus. Abdicaram de seus gostos pessoais, por uma causa maior, - a unidade do povo de Deus. Jesus havia destruído todas as barreiras étnicas e, portanto, peculiaridades do povo judeu não deveriam ser ensinadas aos estrangeiros, mas somente as coisas essenciais para o Cristianismo. O amor os fez "acertar o passo", para poderem andar na mesma cadência, na mesma direção, mantendo a identidade cristã.
Séculos XX e XXI
O Brasil experimentou, ao longo das últimas décadas, um vertiginoso crescimento numérico da igreja evangélica. De acordo com o IBGE, em 1980,algo em torno de 6,6% dos brasileiros eram evangélicos; em 1991, o percentual passou a 9,0%; no ano 2000, subiu para 15,4% da população e no último censo, em 2010, o índice saltou para 22,2%, um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões). Talvez hoje os evangélicos brasileiros já totalizem mais de 50 milhões de pessoas!
O triste nisso tudo é que, não obstante esse impressionante crescimento numérico, os índices de criminalidade, prostituição infantil, trabalho escravo, corrupção, dentre outras mazelas sociais, não têm diminuído. Numa análise matemática, portanto, o crescimento evangélico não está fazendo diferença na cultura nacional.
O verdadeiro Cristianismo funciona como um catalisador das condutas inapropriadas, para transformá-las em algo moral e eticamente recomendável, para o bem da humanidade. O Cristianismo essencialmente é, e sempre foi a resposta mais contundente de Deus para o mundo decaído. Entretanto, como visto, as evidências mostram que, no Brasil, o padrão de algumas crenças religiosas perdeu as características principais do Evangelho. Observe-se que nunca houve "um período em que a adoração espiritual tenha sido reduzida a um nível tão baixo. Em muitos lugares a igreja perdeu totalmente a noção do que seja adoração".1 Com tudo isso, outro não poderia ser o resultado: Igrejas cheias de pessoas vazias de Deus, as quais não produzem frutos dignos de arrependimento.
Sincretismo evangélico
As crenças religiosas evangélicas pós-modernas são eminentemente sincréticas, ou seja, misturadas com elementos cultuais da sociedade, notadamente com as práticas dos católicos, espíritas, dos cultos afros e até das religiões indígenas. Uma miscelânea de ideias e conceitos antagônicos entre si, que buscam o crescimento a qualquer custo. Daí advém a realização de novenas, o uso do sal grosso, rosa ungida, a deificação de líderes, a formulação de poções feitas com dezenas de ingredientes "mágicos", dentre inúmeras outras práticas, que indicam que os "convertidos" permanecem prisioneiros de práticas místicas, embora tenham alterado o rótulo religioso.
O Senhor nunca autorizou qualquer alteração para facilitar o convívio social, ou para atrair os incrédulos. Ele disse que havia uma diferença irreconciliável com o mundo, que jamais seria superada (Jo 17.14,16). Não se podem desconstruir exigências, abrandar mandamentos.
Assim, a realidade da fé em Jesus não admite a mistura de elementos litúrgicos de outras culturas, a fim de simplificar ou adaptar as coisas. Observe-se o momento em que o Senhor foi confrontado por uma comitiva estranha, conforme Marcos 2.18. Está escrito que perguntaram a Jesus: "[...] Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus discípulos?
Faziam parte daquela comitiva de questionadores alguns discípulos de João Batista e, possivelmente, uns religiosos fariseus, os quais concordavam com um aspecto: Jesus era pouco ortodoxo e nenhum pouco ascético. Na verdade, os dois grupos se sentiam ofendidos por Jesus não pregar o sincretismo, entretanto o Senhor tencionava ressignificar a adoração a Deus, excluindo elementos ritualísticos nocivos.
Jesus explicou, naquela oportunidade, que sob o prisma do Novo Pacto, depois da partida do "Noivo", os discípulos jejuariam, mas sem estabelecer com isso uma relação de mérito com Deus, que era a base teórica do ascetismo. Era como se Jesus estivesse dizendo, usando uma linguagem moderna: o "aplicativo" antigo, que é ultrapassado, obsoleto, não "abre" no novo programa "criado" pelo Filho de Deus. São incompatíveis.
Jesus estava ressignificando o jeito de se consagrar a Deus. Os atos de devoção deveriam ser secretos, para agradar o Criador, não públicos, para exaltar os praticantes. Ele explicou, então, ao contar a parábola do "remendo novo em veste velha" que o Cristianismo não poderia conviver com práticas do passado. Os "trapos velhos" não poderiam estar juntos aos "panos novos" de uma vida redimida.
O Senhor veio para alterar completamente as coisas, notadamente as que diziam respeito a Deus. Uma mudança tão radical que nem mesmo os seguidores de um de seus melhores amigos, João Batista, compreendiam. Um novo tempo, de novos parâmetros espirituais, estaria disponível para aqueles que nascessem da água e do Espírito.

Conclusão
A pregação cristã deve se basear exclusivamente nas Escrituras (sola scriptura), mas quando o sincretismo religioso surge, elementos exógenos culturais e doutrinários são incorporados gerando mensagens apóstatas, como, por exemplo, aquelas que valorizem o amor ao dinheiro e às riquezas. É como dizia Tozer: "É um escândalo dentro do Reino ver os filhos de Deus famintos, apesar de estarem assentados à mesa do Pai".2
Billy Graham afirmou que não se pode modificar a mensagem bíblica, da mesma forma que um apresentador de televisão não é livre para modificar as notícias.3
Consequência indissociável do sincretismo das crenças ditas evangélicas é o aparecimento do humanismo secular, - o homem se torna o centro de todas as coisas.
O humanismo tira a primazia de Deus e faz o homem assentar-se soberano; então, assim, a obra de Deus se transforma em "ministério" desta ou daquela celebridade, o púlpito da congregação se transforma em palco e o culto em show.
*Este subsídio foi adaptado de ODILO, Reynaldo. Tempo Para Todas as Coisas: Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 128-137.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma BuenoEditora responsável pela Revista Lições Bíblica Jovens
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1 TOZER, A. W. À Procura de Deus. 4ª ed., Belo Horizonte: Betânia, 1985, p. 10.
2 TOZER, A. W. À Procura de Deus. 4ª ed., Belo Horizonte: Betânia, 1985, p. 10.
GRAHAM, BILLY. Billy Graham, o Evangelista do Século. São Paulo: Hagnos, 2008, p. XIII.