terça-feira, 5 de setembro de 2017

Lição 11 - 3º Trimestre 2017 - Avivamento e o Despertamento Para a Obra Missionária - Juvenis.

Lição 11

Avivamento e o Despertamento para a Obra Missionária
3° Trimestre de 2017
juvenis1
ESBOÇO DA LIÇÃO1. CAPACITADOS PARA PREGAR O EVANGELHO
2. AVIVADOS PARA FAZER MISSÕES LOCAIS E REGIONAIS
3. AVIVADOS PARA FAZER MISSÕES TRANSCULTURAIS
OBJETIVOS
Demonstrar
 a relação entre avivamento e missões;
Destacar a capacitação para missões locais;
Apontar a capacitação para missões transculturais.

Querido (a) professor (a), você tem uma importante responsabilidade no chamado que desempenha frente aos seus juvenis. Talvez você nunca tenha pensado desta forma, mas da sua classe podem sair reformadores, avivalistas, pessoas que irão abalar o mundo espiritual, ganhando multidões para Cristo.

Recorde que muitos dos grandes homens de Deus que revolucionaram nações, através do poder do Espírito Santo e das Sagradas Escrituras, sobre os quais você mesma ensina à sua classe (Jonathan Edwards, John Wesley, Charles G. Finney, Spurgeon, Moody, Willian Seymour, etc), tiveram mestres que os intuíram e inspiraram. Hoje você pode ser este tipo de mestre.

Esteja sempre pronto a enxergar e estimular os talentos, potenciais e vocações de seus alunos, quer sejam naturais, emocionais e, sobretudo espirituais. Esta próxima aula será mais uma valiosa oportunidade para tal. Que através da sua vida, seus alunos possam ser motivados a buscarem um avivamento pessoal e coletivo e o despertamento para a obra missionária. Pois um genuíno avivamento não existe sem que a Igreja se volte para o amor ao próximo.

O Senhor Jesus afirmou à igreja em Laodicéia que desejava realmente que ela fosse quente ou fria (Ap 3.15). Não há indícios para crermos que fosse uma expressão de ironia, mas sim, um desejo sincero do Senhor. Imagine os cristãos pegando a água que caía de uma bica advinda dos canos esquentados pelo sol! “Quem dera essa água fosse fria como a de Colossos!” – deviam exclamar. Em outro momento, alguém sofrendo dores nas juntas, exclamava: “Quem dera ter as águas quentes de Hierápolis!” (Colossos e Hierápolis eram cidades vizinhas à Laodicéia).

No mesmo dia, vão à igreja e ouvem alguém lendo a carta de Cristo: “Quem dera fosses frio ou quente”. Quando o Senhor afirmou à igreja: “que nem és frio nem quente”, poderíamos parafrasear: “Que nem possuis função de trazer refrigério às vidas que te procuram, como as águas frias de Colossos; e também perdeste a função terapêutica de trazer alívio aos aflitos, à semelhança das águas quentes de Hierápolis. Como és morna (e águas mornas não possuem função) estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.

A funcionalidade da Igreja, sua missão, chamada para fazer a diferença na terra, constantemente foi um dos assuntos mais enfáticos nas parábolas de Jesus. Certa vez Ele revelou-nos seu descontentamento com uma figueira que não cumpria sua função: achou nela somente folhas. Figueiras devem produzir figos. Não adianta acender uma candeia e colocá-la debaixo de um caixote, pois sua função de iluminar não seria alcançada. Ao tornar-se insípido o sal, para nada mais presta, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.

Não fomos chamados apenas para a salvação, mas também para o serviço. Não é o suficiente sermos crentes, é preciso iluminar e salgar. Não basta viver, é necessário cumprir a missão.

Uma das experiências que mais marcou minha vida ocorreu quando eu visitava o povo Quéshua, no Peru, em 1990. Meu trabalho era encorajar as igrejas na região de Ayacucho e derredores, devido à perseguição do grupo Sendero Luminoso, uma guerrilha que havia matado boa parte dos líderes da Igreja Evangélica nos Andes Peruanos.

Em certo dia, tive o privilégio de encontrar-me com Rômulo Saune, um homem de Deus, Quéchua, tradutor da Palavra para a língua de seu povo. Um homem jovem, vibrante, apaixonado por Jesus e com muita determinação. Vivendo em área de risco, lhe perguntei por que não descera para Lima a fim de refugia-se da guerrilha. Tomando uma xícara de chá, ele tomou a Bíblia Quéchua em suas mãos e disse:

– Tenho muitos medos, mas temo, sobretudo, uma coisa: Deixar meus dias passarem e não cumprir a missão. Deus deu diferentes trabalhos a diferentes pessoas. Meu trabalho é a Palavra. Vivê-la em casa e pregá-la nas ruas.

Voltei ao Brasil e semanas depois recebi a notícia que Rômulo Saune foi atraído para uma emboscada ao pregar a Palavra e foi assassinado pela guerrilha. Deixo em minha estante a Bíblia Quéshua de capa azul que ele me presenteou e sempre que a vejo lembro-me de seu compromisso com Deus e disposição para o trabalho. Havia naquele homem um forte ardor missionário. (LIDÓRIO, Ronaldo. Restaurando o Ardor Missionário. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 24-28)
O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

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