quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Lição 3 - 4º Trimestre 2017 - O Filho que Voltou - Juniores.

Lição 3

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                      O filho que voltou 
4° Trimestre de 2017
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Prezado(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos aprenderão um pouco mais a respeito da história do “filho pródigo”. O assunto da história é conhecido: o filho mais novo decide pedir sua parte na herança e sair da casa de seu pai para viver uma vida dissoluta. Ele não se importou nenhum pouco com os sentimentos de seu pai ou de seu irmão. Apenas decidiu gastar a herança pensando no momento e não nas consequências que tal decisão poderia lhe acarretar.
O Mestre utiliza essa história para fazer uma comparação com o que acontece no relacionamento da pessoa que abandona os preceitos da Palavra de Deus para viver os prazeres do mundo.

“Nesta parábola, o Senhor ensina que uma vida de pecado e egoísmo, no seu sentido cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O pecador ou desviado é como o filho mais jovem da parábola, que, em busca dos prazeres do pecado, desperdiça os dotes físicos, intelectuais e espirituais que Deus lhe deu. O resultado é a desilusão e tristeza, e, às vezes, condições pessoais degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se encontra no relacionamento correto com Deus.

Antes de um perdido vir a Deus, ele precisa reconhecer seu verdadeiro estado de escravidão do pecado e de separação de Deus (vv. 14-17). Precisa voltar humildemente ao Pai, confessar seus pecados e estar disposto a fazer tudo quanto o Pai quiser (vv. 17-19). É o Espírito Santo quem convence o perdido pecador da sua situação pecaminosa” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1540).

Saber como lidar com os que se encontram distantes do caminho é um desafio para a igreja. Somente o amor de Deus derramado por intermédio do Espírito Santo pode convencer o pecador da sua triste condição distante de Deus. A pessoa que se encontra afastado perde a sensibilidade e a percepção do quanto o pecado faz mal para a sua vida em todos os aspectos. O Senhor deseja restaurá-los, mas para que isso aconteça é necessário que haja arrependimento. Em muitos casos, o pecador só reconhece o seu estado pecaminoso quando sente as dores consequentes dos erros cometidos. É o caso do filho pródigo que, após chegar à triste situação de desejar se alimentar das bolotas dos porcos, caindo em si resolveu retornar para o aconchego da casa de seu pai.

Não é diferente em relação àqueles que conhecem a Palavra de Deus e, por algum motivo, resolvem deixar a Casa do Pai para desfrutar dos prazeres do mundo. Infelizmente só encontram tristeza e dor. Muitos só retornam após atravessarem determinados sofrimentos para reconhecer que não deveriam ter tomado uma decisão tão precipitada.

O exemplo relatado nessa história serve de grande lição para os juniores. Nesta fase o trabalho de conscientização a respeito da permanência na Casa do Pai é de suma importância. Seus alunos precisam ter a compreensão da dimensão do amor de Deus para com eles. Além do mais, precisam desenvolver uma comunhão e intimidade com o Senhor para que saibam o quanto é importante permanecer na sua presença.

Caro professor, mostre amor pelos seus alunos, mesmo quando eles não atingirem todas as metas estipuladas por você em sala de aula. Aos faltosos, mostre o quanto todos da classe sentiram sua falta e o quanto é importante que acompanhem o curso. Se for possível, realize esporadicamente uma festa para os aniversariantes do mês. Todos gostam de ser lembrados e bem aceitos no ambiente onde frequentam. Estimule a comunhão e a parceria entre os seus alunos e que eles demonstrem importarem-se uns com os outros.
Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 3 - 4º Trimestre 2017 - A Quem eu Adoro? - Pré Adolescentes.

Lição 3

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                     A quem eu adoro?
4° Trimestre de 2017
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A lição de hoje encontra-se em: Mateus 6.24-34.

Caro(a) professor(a),

Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de refletir a respeito da idolatria. Quando ouvimos a palavra idolatria logo imaginamos a figura de um ídolo ou personalidade representado em uma imagem de escultura. O ídolo, porém, vai além da representação artesanal tão comum em algumas religiões.
Jesus ensinou que a idolatria pode ser o amor e a dedicação excessiva a qualquer coisa. A Palavra de Deus é bem clara quanto à idolatria, pois desde o início o Senhor já havia determinado que o seu povo não adorasse ou dedicasse devoção a qualquer ser, objeto ou outra coisa que fosse denominada como um deus (cf. Êx 20.2-6). Se há uma coisa que deixa Deus mais irado o nome disso é idolatria (cf. Is 42.8). Ele não suporta ver seus filhos deixarem de adorá-lo, o verdadeiro Deus, para se voltarem para aquilo que é vaidade.

“Jesus disse que podemos ter apenas um mestre ou senhor. Vivemos em uma sociedade materialista, onde muitas pessoas servem ao dinheiro. Gastam toda a vida acumulando-o, mesmo sabendo que, ao morrer, não o levarão consigo. O desejo de certas pessoas pelo dinheiro e por aquilo que este pode comprar é muito superior a seu comprometimento com Deus e com os assuntos espirituais. Gastam muito tempo e energia, pensando no que têm armazenado (dinheiro e outros bens). Não caia na armadilha materialista, ‘porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males’ (1 Tm 6.10). Você pode dizer honestamente que Deus, e não o dinheiro, é o seu Senhor? Um teste é perguntar a si mesmo quem ou o que ocupa mais seus pensamentos, seu tempo e seus esforços.

Jesus contrastou os valores celestiais com os terrenos quando explicou que a nossa vida deve ser direcionada para coisas que não desaparecerão, que não podem ser roubadas ou consumidas e que nunca se desgastam.

Não devemos ficar fascinados por nossos bens, a fim de que eles não nos possuam. Isto significa que podemos ter de fazer alguns cortes se os nossos bens se tornarem excessivamente importantes para nós. Jesus exige uma decisão que nos permita viver satisfeitos com o que temos; para tanto, devemos escolher o que é eterno e duradouro” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1228-29).

Aproveite a ocasião e converse com seus alunos sobre coisas que tomam a atenção deles de modo que não conseguem delimitar tempo para a oração e leitura da Palavra. Para ajudá-los a organizar melhor o tempo, elabore uma tabela com um planejamento da rotina diária. A tabela deve constar uma lista com todas as atividades que seus alunos devem cumprir ao longo do dia. Destaque que Deus deve ter prioridade em nosso tempo, por mais numerosas que sejam as nossas atividades. Leve a tabela pronta e peça os alunos para preencherem. Ao final, peça que leiam para que todos possam aprender uns com os outros a respeito da melhor forma de aproveitar o tempo na presença de Deus.
Boa aula!
Por Thiago SantosEducação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Pré-Adolescentes. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 3 - 4º Trimestre 2017 - Aprendendo sobre os dois Testamentos - Adolescentes.

Lição 3

Aprendendo sobre os dois testamentos
4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO:
O ANTIGO TESTAMENTO, A PALAVRA ANTIGA DE DEUS
O NOVO TESTAMENTO, UMA NOVIDADE PARA VIDA
OBJETIVOS
Mostrar
 as divisões do Antigo Testamento;
Desdobrar as divisões do Novo Testamento;
Conscientizar seus alunos da importância dos dois testamentos;
SOBRE A PALAVRA “TESTAMENTO”
Prezado professor, prezada professora, é importante saber que existem especialistas bíblicos que adotam a expressão Primeiro Testamento, em lugar de Antigo Testamento e Segundo Testamento, em lugar de Novo Testamento, pois a palavra “antigo” as vezes sugere a ideia de algo obsoleto e de menor consequência. Entretanto, quem escolheu o termo antigo não tinha uma intenção depreciativa para com a Bíblia. Todavia, hoje, há quem considere falta de respeito com o texto bíblico. Por isso, alguns biblistas denominam os dois testamentos de “Primeiro Testamento”, em vez de Antigo; “Segundo Testamento”, em vez de Novo.

“A palavra ‘testamento’, nas designações ‘Antigo Testamento’ e ‘Novo Testamento’, para as duas divisões da Bíblia remonta através do latim testamentum ao termo grego diathéke, o qual na maioria de suas ocorrências na Bíblia grega significa ‘concerto’ em vez de ‘testamento’. Em Jeremias 31.31, foi profetizado um novo concerto que iria substituir aquele que Deus fez com Israel no deserto (Êx 24.7,8). ‘Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro’ (Hb 8.13). Os escritores do Novo Testamento veem o cumprimento da profecia do novo concerto na nova ordem inaugurada pela obra de Cristo. Suas próprias palavras ao instituir esse concerto (1 Co 11.25) dão autoridade a esta interpretação. Portanto, os livros do Antigo Testamento são assim chamados por causa de sua estreita associação com a história do ‘antigo concerto’. E os livros do Novo Testamento são desse modo designados porque se tratam dos documentos do estabelecimento do ‘novo concerto’” (COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp.15,16).
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 3 - 4º Trimestre 2017 - Os Símbolos da Igreja nas Escrituras - Juvenis.

Lição 3

Os Símbolos da Igreja nas Escrituras
4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃO1. A IGREJA SIMBOLIZADA COMO NOIVA DE CRISTO
2. A IGREJA SIMBOILIZADA COMO O TEMPLO DE DEUS
3. A IGREJA SIMBOLIZADA COMO CORPO DE CRISTO

OBJETIVOS
Falar
 sobre o papel da Igreja como Noiva de Cristo;
Refletir sobre o papel da Igreja enquanto Templo de Deus;
Discutir sobre a unidade da Igreja como Corpo de Cristo.

     Querido (a) professor (a), nesta próxima lição você ensinará seus alunos acerca dos fortes símbolos que representam a Igreja do Senhor. 
     A simbologia na Bíblia é importante para ampliar o nosso entendimento humano acerca de coisas espirituais, transcendentes, que de tão elevadas, por vezes, faz-se necessário a utilização deste recurso para melhor compreendê-las. Por isso, desde os primórdios, o Senhor utilizava símbolos na comunicação com seu povo, inclusive quando por meio dos profetas. O objetivo principal é sempre a maior compreensão da mensagem.

     É importante sempre termos em mente que um bom mestre não é aquele que fala “bonito”, usa palavras rebuscadas, difíceis, cuja maioria dos ouvintes nem mesmo conhece o significado. Ao contrário, o nosso próprio Rabi Jesus Cristo, o Mestre dos mestres, detentor do conhecimento de todas as coisas nos deu exemplo de genuína sabedoria ao ensinar às pessoas usando a linguagem simples delas, elementos de sua rotina acessíveis a sua compreensão. Por isso, não poucas vezes utilizou as parábolas.

   Muitos palestrantes e professores buscam somente o aplauso, o status, admiração de sua platéia, de sua turma, não o enriquecimento intelectual e espiritual da mesma. Isto é lamentável. Em todos os ministérios, sobretudo no do ensino, é preciso constantemente avaliar e mortificar o próprio ego; lembrar que somos apenas servos da voz do Altíssimo. Que Ele cresça e somente a Ele sejam toda a glória e todo o louvor, através da realização do nosso trabalho com eficiência, zelo, humildade e temor.

    O símbolo é aquilo que se coloca no lugar de alguma coisa, ou a representa. Trata-se de um objetivo visível ou a representação de um processo, idéia ou a qualidade de um outro objeto. Os símbolos são diferentes dos tipos no sentido de que geralmente eles não são pré-figurativos, mas representam coisas que realmente existem. Etimologicamente falando, a palavra “símbolo” pode ser identificada com a palavra grega sumballein que significa lançar ou juntar, por exemplo, com a finalidade de fazer uma comparação. Em uma de suas formas esse termo refere-se aos dois lados de uma moeda ou outro objeto semelhante onde qualquer das partes separou-se, dando, portanto, a idéia de um “sinal” ou símbolo.

   Nas Escrituras, o símbolo geralmente aparece sob a forma de objetos literais e sempre denota alguma coisa diferente. Candelabros ou castiçais, oliveiras, animais selvagens, cavalos, árvores, pássaros e pedras são alguns exemplos de objetos usados como símbolos. Eles são objetos vistos pelos profetas, mas naturalmente representam alguma outra coisa. Os símbolos sugerem idéias e conceitos ao invés de declará-los. Existe geralmente algum conceito paralelo entre o símbolo e aquilo que ele está simbolizando. (PFEIFFER, Charles F., VOS, Howard F., REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1818-1819). 
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula!
Paula Renata SantosEditora Responsável da Revista Juvenis
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juvenis. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 3 - 4º Trimestre 2017 - O Problema da Fome no Mundo Contemporâneo - Jovens.

Lição 3

                                     O Problema da Fome no Mundo Contemporâneo
4° Trimestre de 2017
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INTRODUÇÃO
I - A FOME NAS ESCRITURAS SAGRADAS
II - A FOME COMO SINAL DA VINDA DE JESUS
III - A FOME NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
CONCLUSÃO
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivo central ajudar os jovens a refletirem a respeito da importância do testemunho da Igreja por meio do partir do pão. Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, leia o subsídio abaixo:
“A falta de acesso a alimentação básica ainda é um problema crônico nesse início de Século XXI. Uma em cada sete pessoas passa fome no mundo, apontam as pesquisas mais otimistas. Não se trata de fome eventual, ocasionada pela ausência temporária de recursos financeiros. É a falta constante de comida em quantidade suficiente para saciar adequadamente as necessidades de indivíduos e famílias inteiras ao redor do planeta.
Mas como é possível explicar a insegurança alimentar no tempo presente? Por que as inovações tecnológicas e os novos meios de produção e distribuição de alimentos não foram capazes de solucionar até agora esse problema social que perdura por centenas de anos? Para responder esses questionamentos devemos nos voltar para as Escrituras, a fim de compreender a origem da escassez de alimentos e o que os cristãos podem fazer a respeito.
A fome nas Escrituras Sagradas
A terra original criada por Deus era farta, com mantimento suficiente para a subsistência dos primeiros humanos. O Criador disponibilizou ao primeiro casal comida em abundância, conforme extraímos de Gênesis 1.29-30: ‘E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento. E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento’ (Gn 1.29-30).

O cuidado de Deus com a alimentação do homem é igualmente percebido no Éden. Deus disse que poderia comer livremente de toda árvore do jardim, menos da árvore da ciência do bem do mal (Gn 2.15-17). Antes da Queda, havia fartura e abundância de alimentos, pois os recursos da terra atendiam as necessidades básicas da espécie humana. Além da suficiência de mantimento, havia cooperação entre homem e mulher. Até então, eles desfrutavam de uma relação pacífica de mutualidade, vivendo de acordo com vontade de Deus.

Isso nos leva a compreender que, anteriormente ao pecado original, as condições externas (existência de alimentos) e internas (cooperação humana) viviam em perfeito equilíbrio: ‘Escuridão e luz, terra e água, planta e animais, seres humanos e animais, homem e mulher. Esse jardim, criado com maestria pelo maravilhoso Pai, era um modelo de ordem e, neste sentido, apto para a existência infinita (Gn 3.22)’1. Esse belo quadro foi destruído com a desobediência humana. Ao quebrarem o mandamento divino para não comerem do fruto da árvore da ciência do bem do mal o equilíbrio caiu por terra, assim como a abundância e a cooperação (Gn 3). A consequência da condenação encontra-se registrada nos versículos 17 a 19:
E a Adão disse: Porquanto destes ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás (Gn 3.17-19).
Tal passagem deixa entrever que o Criador lançou verdadeira maldição sobre a terra e a raça humana, com implicações econômicas. Segundo Aaron Armstrong o solo é amaldiçoado por causa de Adão, de modo que
[...] satisfazer as necessidades materiais será difícil. A fertilidade exigirá trabalho pesado. O tempo todo forças externas se oporão à nossa busca por progresso material. A prosperidade sempre será difícil e ilusória. Os próprios materiais e processos com os quais trabalhamos para tentar gerar prosperidade resistirão a nós. E continuará assim até o dia em que morrermos.2
É interessante notar que a Queda não inaugurou o trabalho humano, simplesmente tornou-o mais difícil. O serviço que antes era feito com facilidade, agora passou a ser realizado com suor e canseira. Herbert Hotchkiss expressou da seguinte maneira: ‘a queda moveu a humanidade da segurança e conforto para a insegurança e hostilidade; portanto, a humanidade passaria o restante de seus dias procurando comida e uma casa’3.
A fome e o pecado

Como percebemos, a narrativa de Gênesis deixa transparecer que a fome é o resultado direto do pecado do ser humano. Além das dificuldades naturais, a iniquidade acarretou também consequências danosas na natureza humana, gerando competição e instabilidade. R. W. Mackey explica que ‘essas condições de escassez, competição e instabilidade se ativaram quando o pecado entrou no mundo, fazendo da economia uma realidade. Fontes de fornecimento de produtos de necessidade básica para a vida se tornaram difíceis de adquirir e difíceis de manter’4 .

A natureza pecaminosa do homem é responsável por várias condutas que provocam as situações sociais da fome, a exemplo das guerras (Ez 6.11; 2Rs 25.2,3), governos injustos, egoísmo, ociosidade (Pv 19.15), corrupção e consumo descontrolado (Lc 15.14). Por isso, as Escrituras relatam vários casos de fome durante os dias de Abraão (Gn 12.10), Isaque (Gn 26.1), José (Gn 41.56,57), Elimeleque e Noemi (Rt 1.1), Davi (2Sm 21.1), Elias (1Rs 18.2; Lc 4.25), Eliseu (2 Rs 6.25; 8.1) e do cerco final de Jerusalém (2Rs 25.3). Ao mesmo tempo, muitas vezes a falta de alimento é retratada nas Escrituras como o juízo de Deus pelo pecado (2Sm 21.1; 24.13; 1Rs 8.32; 2Rs 8.1; Is 51.19; Jr 14.12-18; Ez 5.12).5

Segue-se que os problemas sociais, incluindo a falta de comida, têm início quando os homens desobedecem a Deus. Ao encaramos o problema da fome, portanto, não podemos negligenciar a sua natureza espiritual.
A fome como um sinal da vinda de Jesus
Em seu sermão profético (Mt 24), Jesus predisse que a fome seria um dos sinais do tempo da sua volta: ‘E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores’ (vv. 4-8).

Como vemos, todos os fatores característicos dos dias que hão de anteceder a vinda de Jesus — guerras, pestes e terremotos — formarão um contexto de grave crise alimentar. Aliado a isso, esses dias serão marcados pelo aumento da iniquidade (Mt 24.12), o colapso dos padrões morais (2Tm 3.1-5) e a operação da injustiça (2Ts 2.7), responsável pela proliferação da miséria em todo o mundo. Isso explica porque a fome insiste em existir em nossos dias, mesmo que os recursos naturais produzidos pela terra sejam suficientes para atender as necessidades alimentares das populações em todo o mundo. Nesse sentido, relatório ‘Estado de Segurança Alimentar no Mundo 2015’6 elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), apontou, à época, a existência de 795 milhões de pessoas em situação de fome. O relatório indicou que fenômenos ambientais extremos, desastres naturais, instabilidade política e conflitos civis dificultam o combate à fome. O documento destacou ainda que uma em cada cinco pessoas desnutridas no mundo vive em contextos de crise caracterizados por uma governança fraca e alto risco a doenças e morte.

Portanto, os avanços na produção de alimentos e desenvolvimento econômico de muitas regiões não foram suficientes para erradicar a fome no planeta, pois o problema está alojado no coração caído do homem. Há alimento suficiente para todos, porém, a injustiça, a má distribuição da riqueza, a supressão das liberdades e outros efeitos nefastos do pecado fazem com que nem todos tenham acesso. Tal quadro é agravado pelo esfriamento do amor nos tempos do fim (Mt 24.12). Afinal, não havendo compaixão e sentimento de solidariedade, o contingente de pessoas sem acesso à alimentação básica, em situação de miséria, continuará a persistir.
Conclusão
Uma das maiores atitudes do crente em relação a fome é dar alimento aos famintos, pois isso é fazer a vontade de Deus (Mt 25.40). Jesus deu mostras da sua preocupação com a fome das pessoas ao realizar os milagres de multiplicação de pães (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Mc 8.1-14; Lc 9.12-17).

No relato do Evangelho de Mateus (14.13-21) é interessante notar que a multidão havia acompanhado o Mestre até uma região desértica e afastada. Ao fim da tarde, os discípulos, vendo que não possuíam comida para toda a multidão, pediram para Jesus despedir o povo para que fosse comprar comida. Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão, dai-lhes vós de comer (v.16). Até então, os discípulos não haviam entendido que o Mestre se interessava pelo ser humano na sua forma integral, e não somente pelo aspecto espiritual e religioso. Eles pensaram que Jesus já havia feito a sua parte, por intermédio das curas e dos ensinamentos proferidos durante o decorrer do dia, e, agora, era hora do povo sair a procurar comida. Tal pensamento encontra-se presente em muitas de nossas igrejas, para quem a responsabilidade estaria adstrita somente à primeira parte do dia, nos momentos de devoção, ensino e curas. Mas Jesus ensina que também se importa com o cair da tarde, quando a fome bate e o estômago reclama por comida. Lawrence Richards capta o sentido da multiplicação dos pães ao dizer que Jesus não estava preocupado somente com a condição espiritual do povo. Ele também foi movido pela compaixão pela fome física. Sendo assim, ‘não poderemos representar adequadamente a Jesus se formos levados apenas pela necessidade de resgatar almas perdidas. Para representar Jesus adequadamente devemos no preocupar com os famintos, com aqueles que não têm onde morar, e com os oprimidos, da mesma maneira que Jesus preocupou-se com as multidões famintas’ 8.

*Este subsídio foi adaptado de NASCIMENTO, Valmir. Seguidores de Cristo: Testemunhando numa Sociedade em Ruínas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 39-44.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens

1 MACKEY, R. W. Propondo uma abordagem bíblica da economia. In: MACARTHUR, J. (Org.). Pense biblicamente: recuperando a visão cristã de mundo. São Paulo: Hagnos, 2005, p. 473.
2 ARMSTRONG, A. O fim da pobreza: o evangelho, a nova criação e a necessidade de um salvador. São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 29.
3 MACARTHUR, 2005, p. 474.
4 MACARTHUR, 2005, p. 475.
5 PFEIFFER; REA; VOS, 2009, p. 815.
6 FAO. The State of Food Insecurity in the World. Disponível em: http://www.fao.org/3/a-i4646e.pdf. Acesso em 03/fev/17.
7 PIACENTINI, P. A fome no mundo. Disponível em: http://pre.univesp.br/a-fome-no-mundo#.WJT-R9IrJ0x. Acesso em 03fev17.
8 RICHARD, L. O. Comentário Histórico-Cultural no Novo Testamento. 3a. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 112.
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 3 - 4º Trimestre 2017 - A Salvação e o Advento do Salvador - Adultos.

Lição 3

                                     A Salvação e o Advento do Salvador
4° Trimestre de 2017
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ESBOÇO DA LIÇÃOINTRODUÇÃO
I - O ANÚNCIO DO NASCIMENTO
II – A CONCEPÇÃO DO SALVADOR
III – “O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS”
CONCLUSÃO
OBJETIVO GERALMostrar que o nascimento de Jesus Cristo se deu dentro do plano divino para salvar a humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
I – Apresentar como se deu o anúncio do nascimento do Salvador;
II – Explicar a respeito da concepção do Salvador;
III – Mostrar que “o verbo se fez carne e habitou entre nós”.
PONTO CENTRALJesus Cristo veio ao mundo na plenitude dos tempos para salvar a humanidade.

“O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS”
Pastor Claiton Ivan Pommerening
Entre os títulos messiânicos da tradição veterotestamentária e interpretados como sendo de Jesus de Nazaré, um em particular recebe destaque: “Emanuel”, que, no hebraico, é a junção de dois termos: immánu, que significa “conosco” e El, que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”. O título foi uma apropriação teológica atribuída ao profeta Isaías, já que a expressão aparece em dois versículos e indiretamente em um versículo. Seguem: (1º) “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). (2º) “[...] e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele, e chegará até ao pescoço; e a extensão de suas asas encherá a largura da tua terra, ó Emanuel (Is 8.8)”. (3º) “Tomai juntamente conselho, e ele será dissipado; dizei a palavra, e ela não subsistirá, porque Deus é conosco” (Is 8.10).
O Emanuel é a garantia de que, assim como foi com o povo de Israel, Ele também está conosco, assim como Ele mesmo prometeu: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20). Assim se cumpre em nós a promessa messiânica de que Ele, de fato, estaria conosco. O apóstolo João escreveu: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O verbo “habitar” (armara sua tenda) utilizado por João tem o mesmo sentido que o Emanuel utilizado por Isaías, ou seja, Deus agora habita definitivamente entre seu povo através de Cristo e de seu sacrifício na cruz. “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm 8.11).

O apóstolo Paulo refere-se à encarnação de Cristo como “aquele que foi manifestado na carne” (1 Tm 3.16), como Ele sendo a “imagem de Deus” (2 Co 4.4), que realizou sua obra de reconciliação “no corpo da sua carne” (Cl 1.22) e que Deus condenou o pecado na carne (Rm 8.3). Pedro afirma que Cristo morreu por nós na carne (1 Pe 3.18; 4.1). Portanto, as escrituras estão repletas de confirmações de Jesus como Deus encarnado. João avisa que o espírito do Anticristo atua naqueles que negam que Cristo veio em carne (1 Jo 4.2; 2 Jo 7).
Quando Jesus tornou-se carne, Ele assumiu toda a humanidade com suas fragilidades próprias. E é por esse motivo que Ele chora em público (Jo 11.35), admite perdas e sente saudades (Jo 11.36), grita de dor (Mt 27.50), confessa tristeza de morte (Mt 26.38), sente-se cansado (Jo 4.6), tem sede (Jo 19.28), tem dificuldades familiares (Jo 7.3-5), é tido como louco (Mc 3.21) e sabe que a privacidade e a oração são uma necessidade de sobrevivência (Mc 1.35; 6.30-32,45,46; Lc 5.16). Assim sendo, sua encarnação não foi uma farsa, mas, sim, a realidade concreta de que o ser divino excelso escolheu sentir toda a dor, toda a aflição e toda a tentação humana para, dessa forma, socorrer-nos em nossas fraquezas (Hb 4.15) e dar-nos a salvação “enviando o seu próprio filho em semelhança da carne do pecado” (Rm 8.3), condenando o pecado que nos afligia na carne. A encarnação de Jesus é a afirmação verídica de que Ele tornou-se completamente homem, mas que, ao mesmo tempo, não deixou de ser completamente Deus (Jo 1.1-3; 10.30; Fp 2.6). Portanto, sem ter deixado de ser Deus, Deus tornou-se homem.

A realidade de um Deus santo encarnar é completamente anormal e impossível — é um paradoxo. Por isso, Paul Tillich afirma que o “paradoxo cristológico [da encarnação] e o paradoxo da justificação do pecador são um único e mesmo paradoxo — o paradoxo do Deus que aceita um mundo que o rejeita”.2 Assim, diante da situação pecaminosa do homem e diante da necessidade de a expiação ser feita por um ser humano perfeito, somente uma solução foi possível: o Filho de Deus encarnar, ou seja, deixar sua glória e majestade e tornar-se como um ser humano comum e sujeito às mesmas falhas e erros, mas sem pecado (Lv 4.3; Hb 4.15). Para o plano de salvação ser aceito por Deus, ele deveria ser executado por alguém que pudesse ser Deus e homem ao mesmo tempo na função de mediador (1 Tm 2.5), alguém que pudesse colocar-se entre Deus e a criatura pecadora e sem esperança; para ser mediador, teria que ser Deus; para representar a humanidade, teria que ser homem. Somente Jesus poderia preencher esses requisitos em sua automanifestação divina, demonstrando o paradoxo de que aquEle que transcende o universo aparece no universo e está sujeito às suas condições limitantes por decisão própria, embora, a qualquer momento, pudesse utilizar seus atributos divinos incomunicáveis (Mc 4.39).

Para Jesus cumprir a penalidade humana, Ele teria que morrer. Para morrer, Ele teria que ter um corpo (Jo 1.14).5 Assim, conforme afirma a Confissão de Fé das Assembleias de Deus:
A encarnação do Senhor Jesus fez-se necessária para satisfazer a justiça de Deus: o pecado entrou no mundo por um homem, Adão, assim, tinha de ser vencido por um homem, Jesus. Em sua natureza humana, Jesus participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual.6
As duas naturezas de Jesus permaneceram inalteradas em sua essência; são revestidas de seus atributos inerentes7 e apresentam Jesus como uma única pessoa indivisível na qual as duas naturezas estão unidas, constituindo uma pessoa com uma só vontade e consciência. Essa união somente é possível por causa do parentesco do homem com Deus, ou seja, Deus soprou no homem o seu próprio fôlego de vida, instilando nele a sua essência e semelhança. Ele não podia tornar-se árvore ou pedra, mas podia ser homem, pois foi feito à sua imagem. Assim como a imagem de Deus foi aviltada no homem pelo pecado, “Cristo, a imagem perfeita de Deus segundo a qual o homem foi feito, restaura aquela imagem perdida, unindo-se à humanidade e enchendo-a de vida e amor divinos.”8 A possibilidade da restauração da imagem de Deus, corrompida radicalmente pelo pecado, é dada a nós novamente naquEle que refletiu a perfeita imagem de Deus.

A plenitude da divindade (Cl 1.19; 2.9) encarnou em finitude humana na plenitude dos tempos (Gl 4.4). Isso torna possível que nós, simples mortais e sujeitos ao pecado, estejamos cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3.19) para refletir sua glória ao mundo através do amor com que nos amamos uns aos outros (Jo 13.35).

A encarnação foi a manifestação do Logos (Palavra) divino em Jesus como o Cristo. Por esse motivo, a Teologia cristã transcende outras teologias, pois “nenhum mito, nenhuma visão mística, nenhum princípio metafísico, nenhuma lei sagrada tem a concretude de uma vida pessoal [como a de Cristo]. Em comparação com uma vida pessoal, tudo o mais [outras teologias e religiões] é relativamente abstrato. E nenhum desses fundamentos relativamente abstratos da teologia tem a universalidade do Logos”.9

A encarnação da Palavra em Jesus não era automática, mas, sim, fruto da obediência ao Pai em tudo. Jesus disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo” (Jo 5.30). Para obedecer à Palavra do Pai, Jesus teve que desobedecer às autoridades religiosas da época várias vezes. Ele teve momentos difíceis em que orava: “Afasta de mim este cálice!” (Mc 14.36). Teve que pedir a ajuda dos amigos (Mt 26.38,40). Teve que orar muito para poder vencer (Hb 5.7; Lc 22.41-46). Apesar de tudo, Ele venceu! Ele mesmo o confirma: “Eu venci o mundo!” (Jo 16.33). Como diz a carta aos Hebreus: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.7-8).

Teologicamente, afirma-se que o nascimento de Jesus é a sua encarnação e que sua morte é a expiação dos pecados. Assim, a humilhação de Jesus tem início com o seu esvaziamento ao tomar a forma de servo (Fp 2.7-8), culminando com seu sofrimento na cruz. Portanto, sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos: a perseguição, o desprezo das autoridades, a discriminação (Jo 1.46), o silêncio diante de seus acusadores, os açoites impiedosos, o julgamento diante de Pilatos e Caifás e, por fim, a sua morte. Em Jesus, cumpriu-se cada detalhe do Servo Sofredor (Is 53) e, por esse motivo, devemos agir conforme o texto adiante.
E cabe a nós, igreja, anunciar ao mundo que em Cristo há um caminho para a salvação e para a vida abundante. Essa compreensão impele a igreja a um despertamento da necessidade de “sair para fora” e anunciar que há um juízo, mas que também há uma salvação em Cristo.10
Quando Jesus andou na terra, ofereceu-nos o melhor exemplo, pois assumiu a forma humana plena e conviveu humildemente com a fraqueza humana. Quando estava cansado, não sentiu vergonha de dormir na popa do barco. Ele sentiu fome, chorou diante da miséria humana, do sofrimento alheio e do seu próprio e tornou-se servo dos discípulos (Jo 13); na cruz, porém, deu o brado final “está consumado” para que hoje pudéssemos estar salvos. Dessa forma, devemos seguir o exemplo de humildade dEle e servir nossos irmãos.

As Boas-Novas do evangelho materializaram-se em Jesus no seu nascimento na Galileia. Sua obra salvadora foi profetizada em todo o Antigo Testamento e anunciada pelos anjos aos pastores, de forma que a abrangência de sua obra salvadora ecoa por todo o Universo. Dessa forma, basta-nos desfrutar dos benefícios de sua encarnação de maneira responsável e repartir essa benção infinita com o maior número possível de pessoas para que o Reino de Deus esteja entre os homens.
Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”, editada pela CPAD, 2017.

1 POMMERENING, Claiton Ivan. Isaías: eis-me aqui, envia-me a mim. Rio de Janeiro: CPAD, 2016. p. 101-102.
TILLICH, Paul. Teologia Sistemática. 5ª ed. São Leopoldo: Sinodal, 2005. p. 436.
3 TILLICH, Paul. Teologia Sistemática. 5ª ed. São Leopoldo: Sinodal, 2005. p. 435.
4 Os atributos incomunicáveis de Deus são os que o fazem ser Deus e que lhe são exclusivos, como sua onipotência e onisciência.
5 DUFFIELD, Guy P.; CLEAVE, Nathaniel M. Van. Fundamentos da Teologia Pentecostal. Vol. I. São Paulo: Quadrangular, 1991. p. 240.
6 SILVA, 2017.
7 Os atributos de Deus são tradicionalmente divididos na Teologia em: naturais/incomunicáveis e morais/comunicáveis.
8 STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2003. p. 333-334; 347-348.
9 TILLICH, 2005, p. 33.
Marcelo Oliveira de OliveiraRedator do Setor de Educação Cristão (CPAD)
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Lição 2 - 4º Trimestre 2017 - Moisés Louva a Deus - Maternal.

Lição 2

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             Moisés louva a Deus
4° Trimestre de 2017
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Objetivo da lição: Conscientizar a criança de que através do louvor podemos agradecer a Deus por tudo o que Ele fez e faz por seus filhos.
Para guardar no coração: “O Senhor é grande e merece todo o nosso louvor [...]” (1 Cr 16.25).
Perfil da criança
“Se tivéssemos de usar uma única palavra para responder como é mentalmente a criança do maternal, diríamos: descobridora. A sua curiosidade e constante investigação das coisas, que a impulsionam a mexer em tudo, a querer tocar e ainda levar à boca, são totalmente justificáveis: estão descobrindo o surpreendente mundo criado pelo Pai Celeste.

A descoberta do mundo começou pelo próprio quarto, quando ainda era bebê; depois o lar, e vai expandindo-se à medida que sai de casa e frequenta novos ambientes. E este conhecimento ou descoberta abrange também as pessoas, a começar pelos pais e os irmãos, e a si mesma. Aos poucos vai se conhecendo e conscientizando-se do lugar que ocupa na família, depois na sala de aula entre os demais alunos, e assim por diante” (Marta Doreto).
Subsídio professor 
“Salomão empregou na construção do Templo os materiais mais nobres e resistentes. O Templo de Deus não podia ser um edifício qualquer; tinha de ser o mais belo e o mais forte; um Templo que honrasse o Deus Criador e Todo-Poderoso, ali adorado. Isto nos faz pensar no edifício espiritual de que nos fala Paulo em 1 Coríntios 3.9-15. Edifício que você está ajudando a edificar. A cada domingo, ao ministrar a lição aos seus alunos, você está ajudando a levantar as paredes desse templo espiritual, que é a Igreja de Cristo. Portanto, cuidado, ‘veja cada um como edifica’. O alicerce deste templo não pode ser outro, senão Jesus Cristo, a principal pedra de esquina. É sobre Ele que a sua Igreja é edificada. No entanto, é possível que alguém tente edificar sobre o fundamento correto, usando o material errado, como o caso mencionado por Paulo nesta passagem. Ele, como sábio construtor, lançara o fundamento certo: Jesus (v.10). Mas outros estavam levantando as paredes com material de categoria inferior; material facilmente consumível pelo fogo, como o feno e a palha.

O que seriam estes materiais na construção espiritual? Talvez a sabedoria carnal; provavelmente as doutrinas de homens e as heresias. Deus nos guarde de laçarmos mão destas coisas. Que Ele nos ajude a somente empregar em sua construção o ouro, a prata e as pedras preciosas, que são as excelentes doutrinas do Evangelho e os valores da pessoa de Jesus. Somente estes materiais são de durabilidade eterna e trazem a Deus a glória que lhe é devida” (Marta Doreto).
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Recomende às crianças que peçam aos pais para lerem o cântico de Moisés que se encontra em Êxodo 15. Quando os pais vierem pegar os filhos, mostre-lhes a nova revista.
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Maternal da CPAD
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