segunda-feira, 16 de julho de 2018

Lição 03 - 3º Trimestre 2018 - Os Ministros do Culto Levítico - Adultos.

Lição 3 - Os Ministros do Culto Levítico

 3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
O chamamento divino exige separação, excelência e dedicação integral. 
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – Levi, a Tribo Sacerdotal
II – O Sumo Sacerdote
III – Direitos e Deveres dos Levitas
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que o chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral.
Os Ministros do Culto Levítico
Pr. Claudionor de Andrade
Faremos algumas considerações acerca do chamado extraordinário dos levitas ao ministério sacerdotal de Jeová. Logo de início, buscaremos responder à pergunta: “Por que a escolha recaiu sobre Levi, se esta tribo não era a mais excelente de Israel?”. Em seguida, contemplaremos outra questão igualmente importante: “Não teria sido mais consensual se Moisés houvesse selecionado os ministros do altar dentre os melhores homens de cada tribo?”.

Antes, porém, de nos ocuparmos dessas questões, trataremos de uma temática comum às comunidades divinas de ambos os Testamentos: o serviço a Deus. Afinal, todos fomos chamados a servir ao Criador, pois Ele nos fez e dEle somos.

Portanto, ainda que não sejamos chamados a trabalhar num ministério específico, não poderemos ficar inativos; na Vinha do Senhor, há um trabalho para cada um de nós. Às vezes, o nosso afazer nem lembra um ministério, devido à sua pequenez e aparente insignificância. Mas, se é feito para Deus, jamais deixará de ter a glória e o galardão de ministério.
I. Diaconologia, a Teologia do Serviço Divino
Em qualquer diálogo teológico, precisamos levar em conta este pressuposto básico: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1, ARA). A partir daí, conscientizar-nos-emos de que, neste mundo, devemos atuar como servos humildes e fiéis a Deus, e não como soberanos e ditadores; tudo pertence ao Senhor, inclusive você e eu, querido leitor. Eis a essência do que chamamos de diaconologia.
1. Etimologia e definição.
A palavra “diaconologia” provém de dois vocábulos gregos: diáconos: servo ou ministro; e logos: tratado ou discurso racional. Portanto, a diaconologia é a seção da teologia bíblica que se aplica ao estudo do serviço consagrado ao Reino de Deus.
Tal serviço não compreende apenas o esforço dos membros do ministério santo; reclama também o concurso de todos os que foram chamados à vida eterna. 
2. A diaconologia no Antigo Testamento.
No período do Antigo Testamento, a diaconologia divina repousava sobre o tripé: rei, sacerdote e profeta. Todavia, em momentos de emergência nacional, todo o povo erguia-se como um só homem (1 Sm 11.7). Nessas ocasiões, não se fazia distinção entre o clero e o laicato — todos, sem exceção, identificavam-se como povo de Deus. Mas, com a burocratização do serviço divino, a nação hebreia fragmentou-se de tal forma, que a união do povo com a classe dirigente tornou-se impossível.
A maior expressão da diaconologia vétero-testamentária deu-se na construção do Tabernáculo. Apesar das agruras do deserto, o povo atendeu prontamente ao apelo de Moisés, trazendo-lhe não apenas matérias-primas como ouro, prata, madeira e essências aromática, como também mão de obra especializada. Nesse serviço, os hebreus mostraram-se de tal forma liberais e generosos, que Moisés foi obrigado a proibi-los de trazer-lhe mais oferendas (Êx 36.6).
Nunca mais se repetiu, em Israel, tal exemplo de diaconia. Foi um exemplo único no Antigo Testamento. 
3. A diaconologia no Novo Testamento.
Nos Atos dos Apóstolos, as ações evangelísticas e missionárias não se limitavam ao colégio apostólico; ilimitavam-se nas intervenções de diáconos como Estêvão e Filipe e dos crentes anônimos que, aonde iam, espalhavam as Boas-Novas de Cristo.
O mais perfeito exemplo de diaconia do Novo Testamento é assim descrito por Lucas:
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. (At 2.42-47, ARA)
Tendo por base o relato lucano, concluímos que a diaconia da Igreja Primitiva estava longe de ser um ativismo social. Em primeiro lugar, era essencialmente teológica, uma vez que os crentes só vieram a doar seus bens depois de se haverem fundamentado na doutrina dos apóstolos. Em segundo lugar, era litúrgica e orante: acompanhavam-na a celebração da Santa Ceia e as preces cotidianas. E, finalmente, era marcada por uma profunda koinonia: todos, possuindo tudo em comum, depositavam o resultado de suas ofertas e despojamentos aos pés dos apóstolos. Acrescentemos, ainda, que a diaconia de Atos dos Apóstolos era fortemente soteriológica; redundava na salvação de almas.
Ao contrário da diaconologia de muitos ramos da cristandade atual, quer do catolicismo romano, quer do protestantismo nominal, que resultaram em ações pastorais contrárias às Sagradas Escrituras, a diaconia da Igreja Primitiva teve como fruto imediato a expansão do Reino de Deus.
Feitas essas considerações, voltemo-nos agora ao ministério levítico que, em si, representava formal e essencialmente a diaconologia do Antigo Testamento.   
II. O Chamado de Levi em Abraão
O autor da Epístola aos Hebreus, inspirado pelo Espírito Santo, teve um discernimento excepcional quanto ao chamado de Levi ao ministério sagrado. Conforme veremos, o terceiro filho de Jacó fora chamado a servir como sacerdote antes mesmo de nascer.
1. A presença de Levi na celebração de Melquisedeque.
Segundo vimos no capítulo anterior, o encontro de Abraão com Melquisedeque, rei de Salém, constituiu-se na maior celebração divina do Antigo Testamento (Gn 14.18-20). Nessa ocasião, de acordo com o autor sagrado, Levi, bisneto de Abraão, ali esteve presente nos lombos de seu avoengo:
Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste. (Hb 7.4,9,10, ARA)
Na presciência de Deus, Levi já havia sido escolhido mesmo antes de nascer. Sua diaconologia, como sacerdote transitório dos bens que serviriam de sombra aos eternos, consistiria em servir ao sacerdócio eterno de Melquisedeque, que, naquele momento, representava o Senhor Jesus Cristo.
2. A importância de Levi no Concerto Sagrado.
Se lermos o capítulo 14 de Gênesis, à luz de Hebreus 7, concluiremos que, no âmbito da diaconologia do Antigo Testamento, o patriarca Levi foi mais importante do que Isaque, Jacó, Judá e o próprio José. Tais varões, apesar de sua importância na formação e preservação do povo escolhido, jamais tiveram acesso ao sacerdócio litúrgico.
Mas, ao acompanharmos a biografia de Levi, ficamos sem entender por que o patriarca, que nem primogênito era de Jacó, alcançaria tanta preeminência no decorrer da História Sagrada.    
III. O Caráter Forte e Conservador de Levi
Só viremos a entender a pessoa de Levi, se nos detivermos em sua biografia que, a rigor, nem biografia pode ser considerada. No entanto, o que a narrativa sagrada revela acerca de sua juventude e velhice é suficiente para formarmos uma imagem de seu caráter. 
1. O nascimento de Levi.
Levi, ao contrário de José, não era filho de Raquel, a esposa querida e predileta de Jacó. Quando de seu nascimento, Lia, sua mãe, ainda ressentida por ter sido preterida em relação à irmã, desabriu toda a sua mágoa: “Agora, desta vez, se unirá mais a mim meu marido, porque lhe dei à luz três filhos” (Gn 29.34, ARA). Por isso, deu-lhe um nome que reunia esperança e redenção: Levi, que, em hebraico, significa ligado, unido ou vinculado.
Pelos usos e costumes da época, o menino já estava destinado, desde o ventre, a uma vida comum, medíocre e sem ascendência no clã. Afinal, além de não ser o primogênito, era o terceiro filho de uma mulher que, no coração do marido, estava longe do primeiro lugar.
2. O episódio de Diná.
O caráter forte, conservador e moralista de Levi aflorou quando do estupro de Diná. Após tramar, juntamente com Simeão, a ruína da família de Siquém, o jovem que abusara de sua irmã, justificou o seu ato com uma alegação que, ainda hoje, reflete os costumes de alguns clãs: “Abusaria ele de nossa irmã, como se fosse prostituta?” (Gn 34.31, ARA).
O autor sagrado não deixa claro se tais palavras foram proferidas por Levi. Mas, tendo em conta a história de seus descendentes, entendo que tal discurso é mais apropriado a Levi do que a Simeão. Em termos morais, aliás, Simeão era nada recomendável. Talvez, por isso mesmo, José o manteria preso no Egito, ao receber a primeira visita de seus irmãos (Gn 42.24).   
3. O episódio de José.
Da história de José, inferimos que Levi estivera tão envolvido na venda do jovem sonhador quanto os outros irmãos. O que ele fez para livrar o caçula? Embora fosse o terceiro filho em responsabilidade moral, agiu, naquele momento, como Caim: “Acaso sou eu o guardador de meu irmão?”.
Portanto, se fôssemos analisar a vida de Levi, até aqui, jamais poderíamos referendar-lhe o nome como o chefe da tribo sacerdotal de Israel. Mas Deus, que nos sonda as intenções mais profundas, age doutra forma; usa as coisas que não são, para confundir as que são.
4. A bênção de Levi.
Estando já próximo da morte, Jacó reúne seus filhos para abençoá-los e profetizar-lhes o futuro na História Sagrada. Das palavras do velho patriarca ao terceiro filho, logo concluímos que, para Levi, não haveria futuro ou promissão: 

Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência. No seu conselho, não entre minha alma; com o seu agrupamento, minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua vontade perversa jarretaram touros. Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; dividi-los-ei em Jacó e os espalharei em Israel. (Gn 49.5-7, ARA)
Naquele momento, o moribundo Jacó jamais poderia vir a imaginar que o seu terceiro filho erguer-se-ia, séculos depois, como o sacerdote de toda a sua família. Levi, devido ao seu furor, foi disciplinado. Em Israel, espalhou-se; nenhuma herdade jamais. Todavia, a maldição seria revertida em bênçãos. A sua única herança, agora, era o Deus de Abraão.  
IV. Direitos e Deveres dos Levitas
Os descendentes de Levi, principalmente os da casa de Arão, deveriam observar estes direitos e deveres: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referência moral, ética e espiritual.
1. Viver do altar.
Já que os sacerdotes dedicavam-se ao ministério do altar, do altar deveriam viver (Lv 7.35). Portanto, não tinham eles direito a qualquer herança territorial entre os seus irmãos, porque a sua herança e porção eram o Senhor (Nm 18.20). Moisés, então, divinamente instruído, destinou-lhes cidades estratégicas por todo o Israel (Nm 35.8). Algumas delas serviam também como refúgio ao homicida involuntário (Nm 35.6).
2. Santificar-se ao Senhor.
Em virtude de seu ofício, os sacerdotes deveriam erguer-se, em Israel, como referência de santidade e pureza. O sumo sacerdote, por exemplo, tinha de ostentar uma faixa de ouro, em sua mitra, na qual estava escrito: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Caso o sacerdote profanasse o seu ofício, seria punido com todo o rigor (Lv 10.1-3).
3. Tornar-se uma referência espiritual e moral.
Os sacerdotes, por serem responsáveis pela aplicação da Lei de Deus, tinham a obrigação de constituir-se num modelo espiritual, moral e ético a Israel (Ml 2.1-10). Os filhos de Eli, em consequência de seu proceder, tornaram-se uma péssima referência aos israelitas. E, por causa disso, Deus os matou (1 Sm 2.25). Andemos, pois, em santidade e pureza diante do Senhor. Ele continua a reivindicar santidade de todo o seu povo, principalmente de nós, obreiros. 
Conclusão
O sacerdócio levítico era glorioso; seus membros eram considerados príncipes de Deus (Zc 3.8). Todavia, o Senhor Jesus Cristo é superior ao sacerdócio levítico, pois é eterno (Sl 110.4). Quanto a nós, somos uma nação santa, profética e sacerdotal — recebemos a incumbência de proclamar o Evangelho e interceder pelos que perecem (1 Pe 2.9). Portanto, sirvamos ao Senhor com todo o nosso ser, para que, por intermédio de nossa vida, venha o Reino dos Céus à Terra.       
*Adquira o livro. ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - Louvo ao Papai do Céu que me Protege - Berçário.

Lição 2 - Louvo ao Papai do Céu que me protege

3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar o aluno ao entendimento de que Deus o protege.

É hora do versículo: “Deus me protege como um escudo [...]” (Salmos 7.10).
Nesta lição, as crianças aprenderão que o Papai do Céu é o nosso protetor, assim como o escudo protege um soldado de ser atacado e o guarda-chuva nos protege das gotas de chuva. Por causa da proteção do Papai do Céu, não precisamos ter medo de nada.
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem, utilizando giz de cera, o guarda-chuva. Reforce que o Papai do Céu é um protetor que nos protege das maldades desse mundo. Assim como um guarda chuva nos protege das gotas da chuva de caírem em nossa cabeça.
licao2.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
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Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - Moisés Ajuda os Israelitas a Atravessar o Deserto - Maternal.

Lição 2 - Moisés ajuda os israelitas a atravessar o deserto

 3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que a criança reconheça no pastor um ajudante de Deus, a quem devemos honrar e obedecer. 
Para guardar no coração: “[...] Ele escolheu alguns para serem [...]  pastores e mestres da Igreja.”  (Ef 4.11)
Seja bem-vindo 
Deus tinha plano traçado para o seu povo e para Moisés, aquele que os conduziria até Canaã. Moisés foi sendo preparado, lapidado pelo Senhor dia a dia. Sabemos que a formação de um líder requer tempo, mas infelizmente muitos na atualidade não querem respeitar o momento de Deus. Vivemos em uma sociedade imediatista onde as pessoas não admitem mais esperar.
Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés não era mais um neófito. Ele havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar homens e mulheres para serem usados na sua obra. Você está disposta a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-la em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância. 
Subsídio professor
“A criança desta faixa etária pensa em Deus de maneira pessoal. É comum ouvir crianças de 3 e 4 anos perguntando se o Papai do Céu tem boca, como é o seu cabelo, se Ele é velho, etc. Não devemos rir ou menosprezar tais indagações; elas refletem o interesse dos pequeninos na pessoa do Pai Celeste. Não se esqueça de que os seus alunos nasceram com o impulso da busca de Deus. Leve-os a ter a correta visão de quem é Deus e do que Ele fez e faz por eles” (Marta Doreto).
Oficina de ideias
“Escreva em letras grandes o nome ‘Moisés’. Faça uma cópia para cada aluno. Ofereça cola e fios de lã, e instrua-os a passar a cola sobre o contorno das letras, e depois grudar o fio de lã. Diga-lhes que estão fazendo o nome do homem que ajudou os israelitas a atravessar o deserto” (Marta Doreto).
Atividade do aluno
licao2.maternal
 Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Êxodo 12.37-51. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal
Envie suas dúvidas ou sugestões para telma.bueno@cpad.com.br
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Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - Abraão, o Amigo de Deus - Juniores.

Lição 2 - Abraão, o Amigo de Deus

 3º Trimestre de 2018
Texto bíblico – Gênesis 15.6; 18.9-14; 21.1-4.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos conhecerão a respeito de mais um servo de Deus que teve fé e coragem para vencer os desafios e se tornar um herói da fé. Abraão ouviu a voz de Deus e obedeceu, mesmo quando as circunstâncias não eram nem um pouco favorável. Ele já era de idade avançada, sua esposa era estéril e sua família vivia na idolatria. Tudo que Abraão sabia a respeito de Deus era que Ele o havia chamado pelo nome e lhe fez promessa. Mesmo assim, o patriarca escolheu confiar no Senhor.
Abraão, não carregava uma Bíblia em suas mãos para que pudesse ler e crer num Deus que tem todo o poder sobre os céus e a terra. Ainda assim, Abraão creu e a sua experiência de vida seria a própria Bíblia de que precisava para mostrar que mediante a fé somos alcançados pela graça de Deus. É simples assim: “Abraão creu em Deus, o SENHOR, e por isso o SENHOR o aceitou” (Gn 15.6). Ele não foi aceito, ou justificado, como algumas versões bíblicas apresentam, porque era melhor ou mais certo do que outros de sua geração. Mas porque teve fé em um Deus que o aceitaria por bondade e graça.
A história de Abraão tem muito a nos ensinar no que se refere à fé. Muitas vezes compreendemos mal a graça e a bondade de Deus para conosco. Até mesmo seus alunos podem ter sido criados sob um julgo e aprenderam erroneamente sobre o mérito. Muitos foram ensinados que não são dignos de receberem nada das mãos de Deus se não fizerem por onde. Mas Deus nos abençoa por seu amor e graça, Ele nos ensina que devemos obedecê-lo de bom grado e vontade. Ele não espera uma adoração forçada de um coração não almeja fazer a sua vontade ou agradá-lo. Pelo contrário, o Senhor está à procura de adoradores que o adorem em espírito e em verdade (cf. Jo 4.23). A fé não nos leva a uma obediência sincera, pois todos os que experimentam do verdadeiro “novo nascimento” em Cristo tem o prazer em fazer a sua vontade (cf. 1 Jo 5.4,5).
A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 50) comenta alguns detalhes da natureza da fé que Abraão manifestou em Deus:
[...] A promessa de Deus a Abraão e a sua bênção sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos (isto é, os judeus crentes), como também a todos aqueles que com fé genuína (Gn 12.3) aceitarem e seguirem a Jesus Cristo, a verdadeira ‘posteridade’ de Abraão (Gl 3.14,16). Todos os que são da fé como Abraão, são ‘filhos de Abraão’ (Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3.9). Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29), o que inclui o receber pela fé ‘a promessa do Espírito’ em Cristo Jesus (Gl 3.14 nota). (6) Por Abraão possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvífica (15.6; Rm 4.1-5,16-24; Gl 3.6-9; Hb 11.8-19; Tg 2.21-23; ver 15.6 nota). Biblicamente, qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvífica (ver Jo 3.36 nota).
Que tipo de fé seus alunos têm manifestado em Jesus Cristo? Uma fé que declara adoração somente com os lábios, tendo o coração distante do Senhor? Ou uma fé que tem se transformado em atitudes de um caráter que se permite ser moldado pelas mãos de Deus? Certamente, o que se espera dos servos de Deus é uma conduta que vá além das palavras, pois as pessoas não observam apenas o que é falado, mas, principalmente, como o indivíduo se comporta.
Esta é uma excelente oportunidade para ensinar seus alunos a confiarem no Senhor mesmo quando Ele pede alguma coisa que não compreendemos o motivo de tal pedido. Para ilustrar esta verdade, divida a classe em duplas. Um dos alunos da dupla deverá ser vendado. Peça que os demais alunos da dupla façam um círculo. Prepare bolas de aniversário de diferentes cores, coloque o versículo do dia dentro de uma delas e solte-as na sala. Vence a disputa o aluno que conseguir estourar as bolas, encontrar primeiro o versículo e entregar ao seu amigo da dupla. Durante a brincadeira o parceiro de dupla pode ajudar dando dicas.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - A Mensagem de João Batista - Pré Adolescentes.

Lição 2 - A Mensagem de João Batista

3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 1.19-34.
Olá prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão a respeito da mensagem pregada por João Batista. Uma mensagem intrigante que tinha como propósito converter o coração do povo a Deus em um tempo em que as pessoas estavam dispersas e não tinham o compromisso verdadeiro com a religião judaica. João Batista pregava uma mensagem que chamava a atenção até mesmo dos poderosos. E essa mesma mensagem nos traz muitas lições que podem ser aplicadas até mesmo nos dias atuais.
Antes de adentrarmos no assunto central da lição é importante lembrar quem era João Batista no contexto espiritual. João Batista foi questionado se era o Messias, o Cristo que havia de vir e afirmou categoricamente que era apenas “a voz do que clama no deserto” de que havia profetizado Isaías (cf. Is 40.3). Ele não quis trazer para si o prestígio de ser alguém próximo do Messias, mas disse que a sua responsabilidade era apenas preparar o coração do povo para a chegada do Senhor: “Eu batizo com água, mas no meio de vocês está alguém que vocês não conhecem. Ele vem depois de mim, mas eu não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele” (cf. Jo 1.27,28). João estava certo de que a sua responsabilidade não era pequena diante de Deus e, por isso, a sua mensagem seria tão contundente e impactante.
Para alguns a mensagem de João poderia parecer uma afronta, mas na verdade tinha apenas um objetivo: levar o povo ao arrependimento. Não era mais tempo de tratar a adoração e o relacionamento com Deus de qualquer maneira. O estado precário em que se encontrava o relacionamento de Israel com Deus se comprova durante o ministério de Jesus, quando disputava acirradamente com os fariseus e líderes judeus e observava a dureza de seus corações (Mt 23; Mc 8.10-12). Eles amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus. Por esse motivo, não havia outro caminho se não o arrependimento. Mas de que se trata o arrependimento pregado por João Batista? De acordo com o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1389):
Arrependei-vos. O significado básico de arrependimento (gr. metanoeo) é ‘voltar-se ao contrário’; dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e, através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6).
(1) A decisão de abandonar o pecado e querer a salvação em Cristo importa em aceitar a Cristo não somente como Salvador da penalidade do pecado, mas também como Senhor da nossa vida. Por conseguinte, o arrependimento envolve uma troca de senhores; do senhorio de Satanás (Ef 2.2) para o senhorio de Cristo e da sua Palavra (At 26.18).
(2) O arrependimento é uma decisão livre, da parte do pecador, possibilitada pela graça divina capacitadora que lhe é concedida quando ele ouve o evangelho e nele crê (At 11.21).
(3) A definição da fé salvífica como mera ‘confiança’ em Cristo como Salvador é totalmente inadequada, ante a exigência do tipo de arrependimento feita por Cristo. Definir a fé salvífica sem incluir o arrependimento é uma condição imutável para a salvação (cf. Mc 1.15; Lc 13.3,5; At 2.38; 3.19; 11.21).
(4) O arrependimento foi uma mensagem básica na pregação dos profetas do Antigo Testamento (Jr 18.8; Jl 2.12,13; Ml 3.7; Ez 18.21), de João Batista (3.2), de Jesus Cristo (4.17; 18.3; Lc 5.32) e dos cristãos no Novo Testamento (At 2.38; 8.22; 11.18; 2 Pe 3.9). A pregação do arrependimento sempre deve acompanhar a mensagem do evangelho (Lc 24.47).
Desta forma, fica evidente que o arrependimento não se resume ao fato de apenas reconhecer o senhorio de Cristo, mas principalmente de assumir uma posição completamente oposta ao pecado, à antiga conduta e rejeitar sistematicamente se sujeitar a uma vida de pecado. Essa lição é de suma importância que os seus alunos precisam aprender, tendo em vista que nesta fase da vida muitos se tornam participantes de uma igreja e não de Cristo. E, por causa dessa indefinição, muitos acabam se afastando da presença de Deus, pois na verdade não experimentaram do arrependimento necessário para uma vida espiritual sadia.
Aproveite e pergunte aos seus alunos se eles têm facilidade em demonstrar arrependimento quando cometem algum pecado. Mostre que arrependimento não envolve apenas contrição emocional, mas atitude e posicionamento racional de rejeição ao pecado e obediência a Cristo. É uma postura firme em fazer a vontade de Deus com base no temor da sua santa Presença e da sua Palavra.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 02 -3º Trimestre 2018 - Jesus Cristo: O Fundador da Igreja - Adolescentes.

Lição 2 - Jesus Cristo: o Fundador da Igreja

3º Trimestre de 2018
TEXTO BÍBLICO: Mateus 16.16-18.
OBJETIVOS:
Mostrar que Jesus é o fundador da Igreja;
Relatar o ministério de Jesus;
Demonstrar a simplicidade da Igreja fundadora por Jesus.
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão que a igreja está fundamentada sobre a pedra mais preciosa que já existiu: Jesus Cristo. É intrigante pensar como essa instituição permaneceu firme por tantos anos e ainda permanece. A resposta está nas palavras ditas por Jesus aos discípulos durante o seu ministério terreno: “[...] sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas dos infernos não prevalecerão contra ela” (cf. Mt 16.18). O fundamento da igreja é Cristo e Ele zela para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, se mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (cf. Ef 5.27).
Os discípulos que sucederam a Cristo e receberam a responsabilidade de pregar a mensagem do evangelho por todo o mundo, tinham também a incumbência de organizar a igreja do Senhor neste mundo. Vale ressaltar que o propósito essencial de Cristo não era delimitar a igreja a quatros paredes de uma instituição religiosa, embora seja importante o espaço reservado para que os irmãos desenvolvam a comunhão e o aprendizado da Palavra de Deus. Entretanto, a Igreja de Cristo pertence ao Reino de Deus em toda a terra. Um Reino que não pertence a este mundo e não segue as regras e valores impostos por uma sociedade cada dia mais secularizada e distante de Deus.
Apesar de todos os ataques do reino das trevas contra a igreja, ela jamais poderá ser vencida. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1421):As portas do inferno não prevalecerão.
‘As portas do inferno’ representam Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de Jesus Cristo.
(1) Este texto não quer dizer que nenhum crente como pessoa e nenhuma igreja local, confederação de igrejas ou denominação, jamais chegará a cair na imoralidade, nos erros de doutrina ou na apostasia. O próprio Jesus predisse que muitos decairão da fé e Ele adverte as igrejas que estão abandonando a fé neotestamentária a voltar-se do pecado ou sofrer a pena da remoção do seu reino (24.10,11; Ap 2.5,12-29; 3.1-6,14-16; ver 1 Tm 4.1 nota). A promessa [de Mt 16.18] não se aplica àqueles que negam a fé, nem às igrejas mornas.
(2) O que Cristo quer dizer é que, a despeito de Satanás fazer o pior que pode, a despeito da apostasia que ocorre entre os crentes, das igrejas que ficam mornas e dos falsos mestres que se infiltram no reino de Deus, a igreja não será destruída. Deus, pela sua graça, sabedoria e poder soberanos, sempre terá um remanescente de crentes e de igrejas que, no decurso de toda a história da redenção, permanecerá fiel ao evangelho original de Cristo e dos apóstolos e que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de Cristo e o poder do Espírito Santo. Com o povo genuíno de Deus, esses crentes demonstrarão o poder do Espírito Santo contra Satanás, o pecado, a doença, o mundo e as forças demoníacas. É essa igreja que Satanás com todas as suas hostes não poderá destruir nem resistir.
Após apresentar aos alunos os tópicos a lição, converse com eles sobre a estabilidade espiritual que a igreja precisa ter para levar a mensagem de salvação aos perdidos. Em outras palavras, significa que só estaremos preparados para transmitir as verdades do Reino celestial se, de fato, acreditarmos que Jesus é a nossa Rocha firme que não nos deixará cair nem desistir em ocasião alguma. Pondere com seus alunos como está a fé deles no Senhor Jesus Cristo. Adolescentes apresentam muitas dúvidas em relação às verdades bíblicas e à eternidade. Mostre-se aberto aos questionamentos de seus alunos.
Tenha uma boa aula!
Thiago Santos
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - Consequências da Queda - Juvenis.

Lição 2 - Consequências da Queda

3º Trimestre de 2018
“Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2.5).

Esboço da Lição
1. CONSEQUÊNCIAS ESPIRITUAIS (EM RELAÇÃO A DEUS)
2. CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS/MORAIS (EM RELAÇÃO AO PRÓXIMO)
3. CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS (EM RELAÇÃO À VIDA)

Objetivos
Conhecer as graves consequências da Queda;
Reconhecer a vontade de Deus em poupar o ser humano dessas consequências;
Conscientizar de que devemos refletir antes de tomarmos uma decisão.
     Querido (a) professor (a), neste próximo domingo vamos conversar com os juvenis sobre uma lição extremamente importante para todo ser humano, em especial nesta faixa etária, em que os jovens tendem a não pensar previamente nos resultados de suas ações. Teremos a oportunidade de abordar a lei bíblica que é universal, chamada de “lei da semeadura” por uns, “causa e efeito” para outros, na ciência de “ação e reação”, e por aí vai. Cada um pode nomear de uma forma diferente, mas o fato é o mesmo: tudo o que fazemos – seja bom, ruim ou “neutro” –, gera consequências. Lidar com elas é inevitável. Só a semeadura é opcional, porque a colheita é obrigatória. E a base para toda esta conversa serão as mais drásticas consequências com as quais a humanidade já teve de lidar: as “consequências da queda”.
     Pense em que grande oportunidade ter esse tipo de conversa com sua classe! Portanto, ore, prepare-se, peça ao Espírito Santo que convença os corações que necessitam de arrependimento, de conserto, de orientação para suas escolhas, ajuste em sua rota, de uma mudança de rumo, conversão... Interceda para que esta seja uma aula marcante na trajetória de seus alunos. Que eles saiam um pouco mais sábios e aptos para fazerem suas escolhas, ponderarem suas atitudes, e principalmente, para lidarem com as consequências delas de forma responsável.
     No decorrer da transmissão da lição sobre a primeira queda (que repercutiu em todos nós), não deixe de trazer a aplicabilidade para a vida pessoal de seus alunos. Frise que por maior que seja a bondade, graça e amor do Senhor para conosco, Ele também é justo. Portanto, mesmo quando nos arrependermos de alguma má escolha ou pecado cometido, Deus poderá “apagar”, perdoar a transgressão (Is 44.22), mas não as consequências dela. Como um bom Pai que Ele é não nos eximirá de enfrentar os resultados de nossas ações, ainda que nos ajude a lidar com eles. Por isso, o Senhor nos orienta tanto em sua Palavra a buscar sabedoria.
    Cite o caso de Davi, o amado de Deus, cujo próprio Senhor declarou como sendo um homem segundo o seu coração, mas todas as vezes que Davi pecou, enfrentou honesta e corajosamente todas as consequências (2 Sm 12 10-18), não só na ocasião com Bate-Seba, mas também em todos os seus outros delitos.
     Para ilustrar esta lição de forma lúdica e inesquecível para seus juvenis, propomos uma dinâmica. Divida a classe em dois, três ou mais grupos, de acordo com o número de presentes, de forma que não fique mais de cinco alunos, no máximo, em cada grupo.
     Dê a cada grupo uma folha de papel 40 kg (ou metade de uma folha, mas precisam ser exatamente no mesmo tamanho) e deixe a disposição deles tesoura, canetas hidrocor e fita adesiva. Em seguida, diga-lhes que lhes darão uma tarefa e um minuto para executá-la: “Façam o que quiserem nessa folha de papel” (não diga mais do que isso).
     Conte em voz alta com o cronômetro os segundos finais. Terminado o breve tempo, diga que agora dará mais um minuto para a tarefa final: Deixar a folha de papel inteira, em branco, exatamente ou o mais próximo possível de como era antes.
     O objetivo não é se vão conseguir, mas explicar que seja o que for que escolheram fazer, a folha nunca mais será exatamente como antes. No entanto, como eles poderão notar, tendo sido feito algo belo ou não, para todos os casos, inevitavelmente, serão visíveis as marcas (consequências) das suas ações.
     Conclua explicando que assim também são as consequências das escolhas que fazemos. Elas podem ser melhores ou piores, boas ou más, ou até mesmo “neutras”. Mas independente de qual seja, inevitavelmente, teremos de lidar com seus resultados depois.
     Lembre-os que algumas consequências podem até mesmo ser irreparáveis. Como o filho que Davi perdeu; em sua vida ele até foi pai de muitos outros filhos, mas a perda daquele gerado como fruto de seu pecado com Bate-Seba foi irreparável.
      Ao final da aula, ore com a sua turma, clamando ao Senhor para que Ele nos dê sabedoria, a fim de que façamos as melhores escolhas em nossas vidas. Que estejamos em constante dependência e comunhão com o Espírito Santo, para que não caíamos em tentações. Entretanto, quando essas quedas acontecerem (porque ainda somos seres falhos, enfrentando as conseqüências do pecado original, por isso algumas certamente ocorrerão), possamos nos arrepender, aprender e lidar com suas consequências, de maneira honesta, humilde e corajosa, assim como Davi fez.
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
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Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - O Propósito dos Milagres no Ministério de Jesus - Jovens.

Lição 2 - O Propósito dos Milagres no Ministério de Jesus

3º Trimestre de 2018
Introdução
I-A Expectativa Judaica
II-A Vinda do Reino de Deus
III-O Ministério de Jesus só Pode ser Entendido em Conexão com o Reino de Deus
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Historiar a expectativa judaica em relação à questão messiânica;
Ressaltar os paradoxos da vinda do Reino de Deus;
Explicar a conexão do ministério de Jesus com o Reino de Deus.
Palavras-chave: Milagre.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:

Sendo o milagre uma intervenção divina que visa corrigir algo que está fora do lugar e, assim, prestar socorro, como harmonizar tal aspecto com uma criação perfeita de um Deus perfeito? Tal questão é tão incômoda, que Jean-Louis Souletie diz que o “próprio Voltaire, para salvaguardar a grandeza de Deus, desenvolve a ideia de que se Deus é Deus, sua criação é desde o início tão boa quanto ele a poderia ter feito e, portanto, Deus não tem que reinventar sua criação para suprir uma imperfeição que poderia ter evitado ou previsto desde o início”.  Ocorre, porém, que há textos bíblicos que são diretos e categóricos em dizer que a Criação sofreu um transtorno de proporções cósmicas (Gn 3.17-19; Rm 8.20-23); daí o porquê de falar-se em uma nova Criação ou da restauração da Terra (Is 65.17; At 3.20,21; Cl 1.16-20; Ap 21.1). Conhecida tradicionalmente no cristianismo por “pecado original” e mais amplamente chamada de “Queda” em círculos protestantes, tal doutrina, que procura explicar a origem do mal com base na Bíblia, foi desenvolvida por Agostinho de Hipona (354–430), no século V da nossa era, em seus escritos sobre a graça.  Basicamente, a doutrina resume-se no que Bruce Marino afirma ao dizer que as “Escrituras ensinam que o pecado é real e pessoal; que se originou na queda de Satanás, um ser pessoal, maligno e ativo; e que, através da queda de Adão, propagou-se entre a humanidade, que fora criada boa por um Deus totalmente bom”. 
Assim, enquanto pensadores como Voltaire estavam às voltas com a questão que abre esse capítulo, Tomáš Halík, diz de forma bastante natural que, se “o mundo fosse perfeito, ele próprio seria Deus e dentro dele nenhuma busca haveria de Deus”.  Portanto, ainda que não seja possível compreender, a necessidade do ministério terreno de Jesus Cristo só ocorre por causa da Queda (cf. Gn 3.15; Rm 5.12-21). E em que, basicamente, consistiu tal ministério? O evangelista Marcos, já na quarta seção do Evangelho que leva o seu nome, relata que, após João Batista ter sido preso, Jesus foi para a Galileia e pregava o evangelho de Deus, dizendo: “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (1.15).  Enquanto Mateus e Lucas fornecem informações a respeito da concepção e do nascimento de Jesus, Marcos parte do que ele chama de “Início do evangelho de Jesus Cristo, filho de Deus”, ou seja, olhando de forma superficial, seu interesse parece estar na atividade ministerial do Nazareno. Porém, o evangelista alude ao evento histórico e decisivo ― a Nova Aliança, um novo tempo ― inaugurado pelo Filho de Deus. Na realidade, os Evangelhos Sinóticos, incorretamente lidos como se fossem relatos cronológicos, contêm mais teologia que elementos historiográficos; estes, aliás, quando aparecem, têm o propósito de apenas servir como background ou pano de fundo.  Marcos, apesar de sucinto em sua abordagem e narrativa, desenvolve uma cristologia que tem como eixo a mensagem alvissareira do “alegre anúncio”, a “boa nova”, o evangelho. A importância dessa mensagem está vinculada à expectativa imediata dos judeus, conforme escreveu Lucas acerca da profetisa Ana, que, ao contemplar o menino nos braços de Simeão, passou a dar graças a Deus e a falar da criança a “todos os que esperavam a redenção em Jerusalém” (2.38).
Mas é necessário cuidado, pois existe um grande perigo de entender-se e/ou reduzir o evangelho a apenas à sua mensagem. É preciso enxergá-lo no contexto mais amplo da esperança judaica apregoada por Jesus Cristo. Mas qual era essa esperança? Antes de responder, é preciso verificar a expressão “Reino de Deus” (e “Reino dos céus”), que, mesmo sendo abundante nos quatro Evangelhos (63 vezes, sendo apenas duas delas no Evangelho de João), nas palavras de Joachim Jeremias, é ipsissima vox de Jesus, ou seja, é uma expressão autêntica e original dEle, pois, na literatura do judaísmo antigo, não há nenhum paralelo com a grande quantidade apresentada nos Evangelhos (especialmente nos Sinóticos) e nem com a conotação dada pelo Senhor Jesus. Aliás, o mesmo autor diz ainda que, “nas palavras de Jesus que tratam de basileia [reino] encontra-se uma profusão de expressões que não têm nenhum paralelo (nem sequer profano) na maneira de falar dos contemporâneos de Jesus”.  Assim, basileia é ipsissima voxporque “Jesus não só fez do termo o tema central de sua pregação, mas também o preencheu com um conteúdo novo, para o qual não há termo de analogia”.  Isso porque evangelho, conforme apontado por Marcos 1.1, “não é o começo de um livro ou de uma pregação sobre Jesus Cristo, o Filho de Deus, mas o primeiro início e o amadurecer histórico de um acontecimento decisivo para toda a história humana. É o início do ‘Evangelho’ que tem como protagonista e ponto focal Jesus Cristo”.  Isto é, o “‘alegre anúncio’, ‘boa nova’, como a de uma vitória ou de um nascimento e subida ao trono de um novo imperador”.
A discussão a respeito de se Jesus realmente pregou um evangelion, isto é, um novo tempo, ou se apenas surgiu como mais um profeta a corrigir a postura de Israel, dando sequência ao continuísmo da relação imposta pela religião institucionalizada no Antigo Testamento é de suma importância. Kümmel, por exemplo, afirma que “a promissão do perdão anunciada por Jesus não passaria de uma mera promessa, como era no judaísmo de sua época, a qual não modificaria em nada o presente, caso Jesus somente tivesse falado da ação de Deus no futuro”.  O autor não se contenta com conclusões a priori e passa indagar ao texto bíblico se, de fato, Jesus teria pregado “um Evangelho”, dizendo que só há “condições de responder realmente se a pregação de Jesus a respeito do reino de Deus foi ou não proclamação de salvação, isso é, Evangelho, quando reconhecermos até que ponto Jesus também indicou para a ação de Deus no presente”.  Em outras palavras, a pregação de Cristo era “apenas” futurística? Kümmel defende o fato de a “mensagem de Jesus a respeito da iminente vinda e da presença do reino de Deus serv[ir], portanto, para emoldurar a proclamação da ação paternal e julgadora de Deus”.  Assim, “na pessoa, nos ensinamentos e na ação de Jesus a ação de Deus passa a acontecer no presente, transformando-se em realidade concreta para os crentes”.  Evidentemente que, de igual forma, existe um aspecto futurístico na mensagem e nas ações de Cristo. Tal aspecto é designado pela teologia como uma tensão entre o “já” e o “ainda não”.
Portanto, o Reino de Deus (Basileia tou Theou) é o tema central da mensagem de Jesus.  Justamente por isso, o assunto dos milagres de Jesus precisa ser analisado levando-se em conta a mensagem do Reino de Deus e o ministério de ensino desenvolvido pelo Senhor, pois havia perfeita consonância entre as ações do Mestre e suas palavras (Lc 24.19). Como já foi dito, Marcos, tido tradicionalmente como o mais antigo dos Evangelhos, registra que, “depois que João [Batista] foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.14,15). Para qualquer judeu, a vinda do Reino de Deus era esperada com muita ansiedade; porém, para que eles pudessem crer no “evangelho”, isto é, o anúncio de que este tempo realmente havia chegado, era preciso ver os sinais que o caracterizam e que evidenciam que o referido período estava, de fato, em curso. Seguindo seu intento de evidenciar tal realidade, Marcos diz que Jesus foi a uma sinagoga num sábado e que Ele ali ensinava. Entre os presentes, havia um homem atormentado por um espírito imundo, e este se manifestou no momento em que Jesus ministrava. O Senhor repreendeu o espírito imundo, expulsando-o do homem. Na sequência, o texto diz que “todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!” (Mc 1.27). Tal acontecimento denota que o ensino de Jesus não era mera teorização, mas demonstração concreta da chegada do Reino de Deus, pois aliava conhecimento com poder (Mt 22.29; cf. 1 Co 2.4,5). Tim Dowley informa com propriedade que os milagres de Jesus “eram ‘sinais’ do Reino de Deus, mostrando que o reinado do Messias tinha começado, como predisseram as Escrituras”.
Tal entendimento corrobora, de acordo com Jürgen Moltmann, com o pensamento de Lutero que ensinava que o Reino de Deus “se tornou tão próximo que os sinais do tempo messiânico já aparecem: doentes são curados, demônios são expulsos, coxos andam, surdos ouvem, aos pobres é anunciado o Evangelho”, ou seja, “está tão perto que já se pode orar a Deus como “‘Abba’”, Pai Querido, e finalmente, o Reino tornou-se “tão próximo que se torna necessária a interpretação messiânica da Torá por meio do Sermão do Monte em que seu cumprimento se torna possível no discipulado de Cristo”.
Portanto, uma espiritualização do Reino de Deus, vendo-o apenas como algo imaterial e sem nenhuma intervenção na realidade cruel e desumana, significa que ele é impotente em face da enfermidade e da dor (algo que a atuação ministerial de Jesus tratou de contrariar). Por outro lado, deixar de reconhecer que a morte e as catástrofes naturais agora imperam livremente e que, por isso mesmo, o Reino ainda não está atuando de forma completa significa negar-se a enxergar a realidade. Tal “realidade”, inóspita e hostil, aguarda sua transformação; por isso mesmo, de acordo com a “compreensão bíblica”, diz Moltmann, “o reino da glória [isto é, o Reino consumado] é idêntico com a nova criação”.  Em consonância com esse assunto, referindo-se aos relatos de milagres registrados nos Evangelhos, C. S. Lewis divide-os em dois sistemas. O primeiro deles “inclui as classes: 1) Milagres de Fertilidade; 2) Milagres de Cura; 3) Milagres de Destruição; 4) Milagres de Domínio sobre o Inorgânico; 5) Milagres de Inversão; 6) Milagres de Santificação (ou de Glorificação)”.  “O segundo sistema”, continua Lewis, “que atravessa o primeiro, produz apenas duas classes: 1) Milagres da Velha Criação e 2) Milagres da Nova Criação”.  As três primeiras classes restringem-se à “Velha Criação”, isto é, a realidade tal como a experimentamos desde a Queda em Gênesis 3. A quarta classe de milagres ocorre em ambas, e, finalmente, as classes 5 e 6 são exclusivas da “Nova Criação”. Mas o que significa a “Nova Criação”? Lewis oferece um exemplo dizendo que, “quando Cristo anda por sobre a água, temos um milagre da Nova Criação”.
Trata-se, portanto, do que alguns teólogos chamam de prolepse, isto é, “antecipação”. Dessa forma, cada um dos milagres tem a tarefa não apenas de apontar, mas também de levar àqueles que conseguem ver além do miraculoso a seguir a direção sinalizada pelo feito. No caso que está sendo considerado, é preciso decidir pela porta estreita e pelo caminho apertado do Reino de Deus (Mt 7.14). Da mesma maneira que quem está em Cristo torna-se uma “nova criatura” (2 Co 5.17), é preciso também entender que a regeneração humana é a antecipação e o início da regeneração total, o palingenesis (de πλινγενεσία, palingenesia, palin, “de novo”, genesis, “nascimento”), o novo começo que já teve início na concepção quando Cristo, o Messias e Redentor, encarnou-se (Cl 1.16-20). É por isso que, quando interrogado pelos discípulos de João Batista (que tinha uma perspectiva trans-histórica, final e política para o Reino de Deus) acerca do fato de se Jesus era mesmo ou não o Messias, a resposta do Mestre não foi filosófica, teológica ou retórica, mas demonstrativa e muitíssimo prática: “Eles foram a Jesus, e disseram: ‘João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’ Nessa mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de suas doenças, males e espíritos maus, e fez muitos cegos recuperar a vista. Depois respondeu: ‘Voltem, e contem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a Boa Notícia é anunciada aos pobres. E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!’” (Lc 7.20-23).  As ações milagrosas do Senhor eram antecipações do que será uma realidade na plenitude.
É importante dizer que, assim como os milagres realizados pelo Senhor Jesus sinalizavam o aparecimento do Reino de Deus, os prodígios na contemporaneidade antecipam o que será “quando vier o que é perfeito”, quando, “então, o que o é em parte será aniquilado” (1 Co 13.10). Na verdade, “a exigência de ‘sinais e milagres’ dirigida a Jesus pergunta não só pela legitimação de sua missão, mas simultaneamente pelos sinais dos tempos messiânicos”.  Em outras palavras, uma vez que Jesus apresentou-se pregando o evangelho, eu repito: era preciso evidenciar isso por meio dos sinais que caracterizam tal mensagem. Moltmann diz que, como “o messias enquanto profeta prometido estaria acompanhado por ‘sinais e milagres’, essa pergunta foi dirigida também a seus apóstolos”, pois o “novo tempo mosaico da salvação escatológica é reconhecido nos sinais e milagres que se esperam dos apóstolos de Cristo”.  Uma vez que o Reino havia sido anunciado por Jesus e tal inauguração não fora revogada pela ascensão do Senhor, cabia primeiramente ao seu colégio apostólico a incumbência de prosseguir com o anúncio do Reino por meio da pregação (At 28.31). No entanto, pelo fato de a mensagem ser a mesma, esperava-se dos que a anunciavam a prova de que um novo tempo realmente se havia iniciado (Mc 16.15-20). Tal não ocorreu unicamente com o colégio apostólico, mas o próprio Paulo mencionou tais características para legitimar seu apostolado (2 Co 12.12). É sabido que tais operações acontecem pela virtude do Espírito Santo (Mt 12.28; Lc 4.19-21; 5.17; At 10.38). Neste aspecto, mesmo o Senhor Jesus Cristo — que, como membro da Trindade e por “sua própria natureza”, diz Stanley Horton, “o Espírito Santo estava nele” — não prescindiu de “uma experiência distinta com o Espírito, quando este veio sobre Ele, após seu batismo por João”.  Ainda que, como reconhece o mesmo autor, “a vinda do Espírito Santo sobre Jesus era incomparável”, pois sua “experiência ia além da de qualquer pessoa, antes ou depois, porque Deus não lhe deu o Espírito ‘por medida’ (João 3.34)”, mesmo assim, é preciso ter “em mente, também, que o Espírito veio sobre Jesus, após Ele ter se identificado com a humanidade através do batismo nas águas”.  Assim, como ser humano, “Ele devia ministrar no poder do Espírito”.  Não apenas isso, mas considerando “a plena humanidade de Jesus e a sua identificação conosco, é digno de nota que, tão logo o Espírito veio sobre Jesus, Ele se submeteu à orientação do Espírito Santo (Mateus 4.1; Lucas 4.1)”.  Numa palavra, “Jesus não somente era guiado pelo Espírito, como também o seu ministério foi realizado pelo Espírito Santo”.  Mesmo nos “evangelhos”, diz Horton, “não há muita informação de que o Espírito Santo tenha revestido Jesus para o ministério”, pois, “uma vez que é um fato constatado, não havia necessidade para tantas repetições”. Tal conclusão pode ser entendida pelo fato de que, quando “Jesus voltou para a Galiléia, o poder do Espírito Santo se manifestou primeiramente no seu ministério de ensino e, depois, no de cura”.  Numa palavra, uma vez que, “pelo batismo no Jordão desceu sobre Jesus a Rûaḥ Jahwe, o Espírito Santo, e o preencheu com o poder de sua missão messiânica”,
Não menos importante que a reflexão da imprescindibilidade do Espírito Santo para o próprio Mestre, sobretudo por sua condição humana, é o fato de que, mediante “Jesus Cristo o Espírito é enviado sobre a comunidade, de forma que continua obrando”.  Sim, essa é a crença fundamental dos pentecostais no que diz respeito à missão confiada à Igreja. Ela nada poderia realizar sem a presença do Espírito Santo. Apesar de Jesus Cristo ser Deus , sua dotação pelo Espírito para realizar sinais e milagres (Lc 5.17; At 10.38) demonstra que Ele não lançou mão de um poder residente de sua deidade; antes, precisou da unção do Espírito para realizar tais obras.  Moltmann diz que “teólogos liberais recorreram a esse fato para relativizar a Jesus como portador do Espírito entre muitos outros”; ele, contudo, observa que tais teólogos “se esqueceram da maneira singular com que Jesus foi dotado com o Espírito e que conduziu a sua filiação divina e a sua missão específica”.  Diferentemente dos reformados, o próprio Calvino, a quem eles dizem seguir teologicamente, reconhecia “que o Espírito não fora dado a Jesus para ele próprio, mas para toda a comunidade, cuja cabeça ele foi de antemão”.  Para Moltmann, isso demonstra “que Jesus não foi batizado com o Espírito como pessoa privativa, mas pars pro toto, representativamente, como um entre muitos e como um para muitos”, ou seja, “Ele recebeu o Espírito para os doentes que curou, para os pecadores que perdoou, para o povo pobre cuja comunhão procurou, para as discípulas e discípulos que chamou para lhe seguirem”.  E é justamente dessa forma que o pentecostal crê. Não recebemos o batismo no Espírito Santo para usufruto pessoal, mas para servir. O revestimento de poder não é uma capacitação do Espírito que visa o exibicionismo de quem quer que seja, mas, sim, uma forma de Deus mover-se por intermédio de alguém para alcançar pessoas necessitadas (1 Co 12.7). 
Além de servir para demonstrar a realidade do Reino de Deus, pois, conforme Edward Schillebeeckx, o “início do reino de Deus torna-se visível aqui nesta terra, em nossa história, pela vitória contra os ‘poderes do mal’”, isto é, por meio dos milagres de Jesus, pois, conforme os “evangelhos deixam claro”, continua o mesmo autor, “uma ‘salvação’ que não se manifestasse aqui e agora, em seres humanos muito concretos, não teria nada de ‘Boa Nova’” ; por isso, os prodígios realizados pelo Mestre tinham igualmente uma função social. “Chama a atenção”, diz Moltmann, “que muitas histórias de cura se dão com mulheres e para suas filhas que, em uma sociedade patriarcal, têm menos direitos e menor prestígio social”.  Não apenas isso, uma vez que, “à luz do reino de Deus próximo, o mundo necessitado de salvação se mostra em sua verdadeira possessão com suas doenças” , diz o mesmo autor, e estando ciente de “que doenças eram estigmatizadas naquele tempo com impureza, os doentes eram discriminados cúltica e socialmente” . Portanto, ao curar as pessoas, extinguia-se tal estigma, e, por isso, a “anulação dessa discriminação é o aspecto social das curas de Jesus”.  Dessa forma, o objetivo do milagre, que é socorrer o necessitado e devolver-lhe a dignidade, também evidencia o Reino de Deus e faz com que o nome maravilhoso do Criador seja glorificado.                                                                 
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe. 
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
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Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - A Beleza e a Glória do Culto Levítico - Adultos.

Lição 2 - A Beleza e a Glória do Culto Levítico

 3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
Deus não se agrada de um culto que se impõe pelo ritualismo. 
ESBOÇO GERALIntrodução
I – O Culto do Antigo Testamento
II – Elementos do Culto Levítico
III – Finalidades do Culto Levítico
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que o verdadeiro culto divino não se impõe pelo ritualismo, mas pelo quebrantamento de coração e pela integridade de espírito.
A Beleza e a Glória do Culto Levítico
Pr. Claudionor de Andrade
Introdução
Em virtude de sua natureza didática e tipológica, o culto levítico tinha de ser majestoso e belo; um reflexo da glória do Deus de Israel. Sua liturgia, por isso mesmo, era para ser vista, ouvida e tocada. Nalguns ritos e cerimônias, até o olfato e o paladar do adorador eram contemplados.
Apesar de tantos recursos pedagógicos, somente alguns vieram a descobrir a essência dos procedimentos levíticos: a plena comunhão entre Deus e o seu povo. Esses raríssimos homens e mulheres tornaram-se conhecidos, na literatura profética, como o remanescente fiel. 
I. O Culto a Deus no Coração Humano
Veremos que o culto divino, para ser perfeito, tem de ser precedido pelo cultivo do coração humano. No âmbito teológico, cultuar e cultivar são sinônimos; harmonizam-se belamente.
1. Definição do culto divino. A palavra “culto” advém do vocábulo latino cultus que, originário do verbo colere,descreve o esmero que o lavrador, na antiga Roma, dispensava a terra, a fim de torná-la arável. Inspirados por essa belíssima etimologia, os romanos não demoraram a associar o cultivo do solo às lides religiosas.
Teologicamente considerado, o culto pode ser definido como as honras, deferências e louvores que o homem, já cultivado pela Palavra de Deus, tributa ao Deus da Palavra. No ato cultual, o homem externa o seu reconhecimento a Deus como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas. Para ser verdadeiro, o culto há de ter como fundamento a doutrina dos profetas e apóstolos, conforme a encontramos na Bíblia Sagrada.
Rigorosamente, os louvores carreados a um ídolo não podem ser considerados culto, pois somente Deus é digno de toda adoração: Ele tudo criou e a tudo mantém. Quanto aos ídolos, que tributos merecem? Logo, o culto a um ídolo não é culto, mas idolatria; algo esdrúxulo, bizarro, grotesco.
Se a criatura tem de venerar o que a criou, conclui-se que o ídolo, por ser criação do homem, deveria adorar a esse mesmo homem. Silogisticamente, o homem está para o ídolo, assim como Deus está para o homem. A diferença é que somente Deus pode criar a partir do nada. O homem limita-se a recriar coisas de matérias e refugos já existentes. É por isso que o ídolo, embora exista, não passa de um objeto vil e desprezível.
2. Jesus e o cultivo do coração humano. O nosso relacionamento com Deus requer cuidados e zelos agriculturáveis. Exige atenção, sabedoria, paciência. Foi por isso que o Senhor Jesus assemelhou a pregação do Evangelho ao semear (Mt 13.3-18). Nessa faina, o Semeador ansiará por obreiros e diaristas, para que uma parte da sementeira, ao menos, venha a germinar (1 Co.3.6).
Mas quem, de fato, está a sulcar o coração humano? O Senhor Jesus responde a essa pergunta com surpreendente beleza: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor” (Jo 15.1, ARA). Se nos voltarmos a Isaías, deparar-nos-emos com o próprio Deus a sulcar o coração de Israel, a fim de fertilizá-lo, para que a boa semente germine: a Palavra da Fé. A descrição do profeta é de uma sublimidade que transcende a poesia.
O cultivo do coração de Israel, levado a efeito pelo próprio Deus, não foi suficiente para reconduzi-lo, naqueles dias já distantes e rebeldes, ao culto verdadeiro. A alma israelita em nada diferia daquele terreno pedregoso e cheio de cardos descrito pelo Senhor na Parábola do Semeador.
Sim, o culto divino tem muito a ver com o cultivo da terra. Para se cultuar a Deus tem de se cultivar, antes, o coração do homem.
Dessa explanação, concluímos que o culto ao Deus Único e Verdadeiro não vinga como as ervas daninhas, nem como o joio que, nem bem é lançado ao solo, alastra-se e já sufoca o bom plantio. O culto divino exige uma lavragem zelosa, paciente e constante da alma; um trabalho que, iniciado com o semeador, prossegue com o que rega e com o que, vigilante e atento, impede o inimigo de lançar a cizânia durante as vigílias solitárias e já tomadas pelas trevas (1 Co 3.6).
3. O coração humano e o conhecimento de Deus. A melhor forma de se cultivar o coração humano encontra-se no livro de Oseias: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
Quanto mais conhecemos a Deus, mais aprofundamos a nossa comunhão com Ele. O coração de Moisés estava de tal forma cultivado pela presença divina que, segundo o derradeiro registro do Deuteronômio, ele já não orava ao Senhor, mas, com o Senhor, falava cara a cara (Dt 34.10-12). O conhecimento que o profeta tinha de Deus transcendia o mero assentimento teológico; era algo experimental, profundo e cotidiano. 
4. Os cultivadores do coração humano. Foi para cultivar o verdadeiro culto, no coração hebreu, que o Senhor providenciou profetas, sacerdotes e reis. Cada um desses pedagogos tinha a obrigação de educar o povo na Palavra de Deus e mantê-lo ante o Deus da Palavra. Era uma educação tão perfeita, que levava o israelita a crescer tanto diante de Deus como perante os homens. Samuel, apesar do ambiente em que fora criado, alcançou esse ideal (1 Sm 2.21,26).
Vinha o profeta, e ensinava a nação a guardar os mandamentos divinos. Em seguida, chegava o sacerdote que, intercedendo pelo povo, tornava-o propício diante do Senhor. Quanto ao rei, possuindo este um mandato cristológico, tinha por obrigação sustentar o ofício profético e manter o ministério sacerdotal. Doutra forma, os ministros divinos não teriam condições de desempenhar a sua função. Na Igreja de Cristo, temos obreiros igualmente valiosos, cuja função também é educar-nos na Palavra de Deus (Ef 4.11-16).No ato de congregar, cultivamo-nos mutuamente por intermédio do louvor, da oração, da celebração da Santa Ceia e, principalmente, da exposição da Palavra de Deus. Sem as Sagradas Escrituras, a liturgia é inútil. 
II. O Culto Levítico
O culto levítico é o resultado de um processo litúrgico que, iniciado por Adão, culminou na chamada dos descendentes de Levi, cujo ministério precípuo consistia em zelar pela adoração ao Deus Único e Verdadeiro. Neste tópico, veremos os antecedentes do culto hebreu.
1. O culto adâmico. Se Adão não tivesse dado ocasião ao pecado, suas oferendas a Deus, no Éden, teriam consistido apenas em sacrifícios pacíficos e de louvores. Ao invés de ofertas cruentas, limitar-se-ia ele a apresentar ao Senhor as primícias de seu trabalho no paraíso: a exuberância do reino vegetal.
Ao desobedecer ao Criador, o pai da raça humana percebeu que, além das ofertas de paz, teria de apresentar ao Senhor, também, sacrifícios por suas transgressões. Doutra forma, como poderia ele fazer-se propício diante do Santíssimo Deus? Aliás, na morte do animal, ou animais, cujas peles serviram-lhe de vestes, Adão e Eva vieram a entender o mecanismo da expiação (Gn 3.21).
Adão, apesar de sua culpa universal, jamais deixou de ser tratado por Deus como filho amado (Rm 5.12; Lc 3.38). Sem o seu exemplo de arrependimento e de adoração, os cultos que se seguiram, na História Sagrada, não teriam sido possíveis. 
2. O culto noético. O culto com que Noé servia ao Senhor tinha, como genealogia, uma sequência de homens santos, piedosos e ousados em sua adoração. O primeiro dessa lista foi Abel, cujo sangue clamou da Terra aos Céus (Gn 4.10). Assim como a morte de Estêvão deflagrou o crescimento da Igreja (At 11.19.20), de igual modo acontecera com o martírio de Abel; o seu exemplo foi imitado por homens como Enos, filho de Sete, cuja vida levou a linhagem piedosa de Adão a um reavivamento (Gn 4.26).
O culto de Noé era tão excelente que só poderia ser equiparado ao de Jó e ao de Daniel (Ez 14.14). Aliás, esses foram os três varões mais piedosos de toda a História Sagrada. A adoração noética sobressaía-se pela graça divina e constituía-se num poderoso libelo contra uma geração perversa, corrompida, irrecuperável e blasfema (Gn 6.8,9; Hb 11.7).Sobrevivendo ao Dilúvio e à apostasia de Cam, o culto noético teve, como herdeiros imediatos, a Sem, a Jó e, finalmente, a Abraão, nosso pai na fé (Gn 9.26; Jó 1.1). Cronologicamente, o patriarca Jó precedeu ao patriarca hebreu, pois, em suas lamúrias, cita Adão, mas não menciona Abraão (Jó 31.33).
3. O culto abraâmico. O culto de Abraão teve início quando ele ainda era um gentio como eu e você, querido leitor (At 7.2). Os próprios israelitas, aliás, reconhecem que o seu grande patriarca não passava de um pagão entre outros pagãos (Dt 26.5). Mas, reconvocado em Harã, obedeceu prontamente ao Senhor (Gn 12.1-4). Já firme na fé, pôs-se a peregrinar por uma terra que, embora sua, tratava-o como estrangeiro (Hb 11.9). Mas, para o crente Abraão, o que mais lhe importava era a sua confiança em Deus. Ele sabia que, além de sua herança terrestre, aguardava-o uma cidade, nos Céus, cujo artífice era o Senhor Todo-Poderoso.
O auge do culto abraâmico deu-se quando o patriarca encontrou-se com Melquisedeque, depois de uma renhida batalha contra uns régulos orientais. Ali, na já querida Salém, ele foi reconhecido pelo rei-sacerdote como servo de Deus e legítimo representante do verdadeiro culto (Gn 14.19,20).
Celebra-se, ali, a proto-ceia do Senhor Jesus, unindo, numa única liturgia, os representantes de ambos os testamentos (Gn 14.18). Nessa celebração, encontrava-se já presente, nos lombos de Abraão, o responsável pelo culto oficial de Israel, conforme a interpretação do autor da Epístola aos hebreus: “E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste” (Hb 7.9,10, ARA).
Para mim, o capítulo 14 de Gênesis é o texto de ouro da religião divina. Nessa narrativa, Melquisedeque ergue-se como sacerdote do Deus Altíssimo. E, nessa condição, traz o pão e o vinho consagrados ao crente Abraão, que, pela fé, celebra a redenção do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Ao fazê-lo, mostra a eternidade do sacrifício vicário do Filho de Deus. Naquele ato, Levi, em Abraão, curva-se ao Novo Testamento.
Com base nesse texto sagrado, declaramos que existe apenas uma religião abraâmica: a religião do Deus Único e Verdadeiro. Esta, por seu turno, manifestou-se plenamente na vinda de Jesus Cristo, conforme explica muito bem o autor da Epístola aos Hebreus, na introdução de sua carta. Portanto, considerar o Islã uma religião abraâmica é desconhecer o espírito do Antigo Testamento. Rigorosamente falando, nem o próprio Judaísmo, como hoje o conhecemos, é uma religião abraâmica. Foi o que o próprio Cristo deixou patente aos seus contemporâneos (Jo 8.40).
4. O culto levítico. Herdeiro direto da devoção abraâmica, o culto levítico pode ser definido como a instituição oficial da verdadeira religião confiada a Israel pelo próprio Deus. Seu objetivo não é apenas litúrgico, mas essencialmente teológico, conforme exorta o profeta Oseias aos seus contemporâneos (Os 6.3). Apesar de sua imponência e exterioridade, a adoração levítica é voltada ao interior de cada adorador de Jeová, que sempre buscou estar presente entre o seu povo.
Segundo a narrativa sagrada, o culto levítico foi instituído pela celebração da Páscoa, na noite que precedeu a saída dos filhos de Israel do Egito. E, tendo como fundamento esse fato, conduziu litúrgica, didática e teologicamente os israelitas a se apresentarem ao mundo como um povo escolhido, profético, sacerdotal e real. Um povo, aliás, que deve a sua redenção unicamente a Jeová.     
III. As Finalidades do Culto Levítico
O culto divino, no Antigo Testamento, tinha quatro finalidades básicas: adorar ao Único e Verdadeiro Deus, reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o Messias. Era uma celebração teológica e messiânica. 
1. Adorar ao Único e Verdadeiro Deus. Ao reunir-se para adorar a Deus, a comunidade de Israel demonstrava duas coisas: a aceitação do Único e Verdadeiro Deus e a rejeição dos deuses pagãos (Sl 86.10; 97.9). Enfim, o culto levítico afastava os israelitas da idolatria e aprofundava a sua comunhão com o Senhor (Sl 96.5). Esse era o teor dos cânticos congregacionais do Santo Templo.
2. Reafirmar as alianças antigas. Se os filhos de Israel, por exemplo, entoassem o Salmo 136, professariam ser herdeiros das alianças que o Senhor firmara com Abraão, Isaque, Jacó e Davi. E, assim, cultuando ao Senhor, lembravam-se de que Deus comanda a História. Em boa parte de seus cânticos, os filhos de Israel relembram a presença de Deus em sua vida familiar e comunal (Sl 47.9). Veja o Salmo 105.

3. Professar o credo divino. Em seus cultos, os israelitas, guiados pelo ministério levítico, professavam o seu credo: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4, ARA). Nesta sentença, resume-se toda a teologia do Antigo Testamento. É necessário que voltemos a recitar e a cantar o nosso credo. 
4. Aguardar o Messias. No livro de Salmos, há uma elevada cristologia, que descreve a paixão, a morte, a ressurreição e a glorificação do Senhor Jesus Cristo como Rei dos reis (Sl 22.1-19; 16.10; 110.1-4; 2.1-8). Um israelita crente e predisposto a servir a Deus jamais seria surpreendido com a chegada do Messias, pois o culto levítico era essencial e tipologicamente cristológico.
IV. Os Elementos do Culto Levítico
Em seu auge, o culto divino do Antigo Testamento era composto por estes elementos: sacrifícios, cânticos, exposição da Palavra, oração, leitura da Palavra e bênção. Isso não significa, porém, que todo esse conteúdo estivesse presente em todas as celebrações.  
1. Sacrifícios. O culto inaugural do Santo Templo, que teve início com a chegada da Arca Sagrada, foi marcado por uma grande quantidade de sacrifícios de animais (1 Rs 8.5). De forma sem igual, o rei Salomão e todo o Israel demonstraram suas ações de graças ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
2. Cânticos. Em seguida, os cantores e músicos puseram-se a louvar ao Senhor, entoando provavelmente os cânticos que Davi e outros salmistas haviam composto (2 Cr 5,12,13). Nesse período, a arte musical de Israel era a mais desenvolvida de toda região oriental. 
3. Exposição da Palavra. Logo após, Salomão dirigiu-se ao povo, fazendo uma síntese da História Sagrada até aquele instante. Ele mostra a clara intervenção de Deus em cada etapa da existência de Israel (2 Cr 6.1-13). 
4. Oração. O rei dirige-se, agora, a Deus em oração, agradecendo-o por aquele momento, e intercede não só por Israel, mas pelos gentios que, ouvindo acerca da intervenção divina na vida de seu povo, para ali acorreriam.
5. Leitura da Palavra. Após o cativeiro babilônico, já no tempo de Esdras e Neemias, a Palavra de Deus começou a ser lida publicamente como parte da liturgia do culto (Ne 8.1-8). Nesse período, os sacerdotes puseram-se também a explicar a Lei ao povo de Deus. Antes disso, a leitura das Escrituras limitava-se aos montes Gerizim e Ebal (Dt 29.11).
6. Bênção. O culto levítico era encerrado com a bênção araônica (Nm 22.6). Ao serem assim abençoados, os filhos de Israel conscientizavam-se de que eram propriedade particular do Senhor. 
*Adquira o livro. ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018. 
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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Lição 02 - 3º Trimestre 2018 - A História do Semeador - Primários.

Lição 2 - A História do Semeador

3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno aprenda que é importante guardar a Palavra de Deus no coração.
Ponto central: O nosso coração deve estar aberto para a Palavra de Deus.
Memória em ação: “Feliz quem lê este livro, e felizes aqueles que ouvem as palavras desta mensagem profética e obedecem ao que está escrito neste livro” (Ap 1.3a)
     Querido (a) professor (a), seguiremos compartilhando com nossos primários acerca das ricas parábolas de Jesus. Apesar da atemporalidade dessas lições preciosas, é preciso contextualizá-las para que o ouvinte urbano do século presente compreenda a sua profundidade. Justamente com este propósito, sugerimos no subsídio da lição anterior, a plantação de algumas sementinhas, a fim de ajudar nessa ambientação dos pequeninos com o solo, semeadura, tempo de germinação e crescimento de cada semente, etc.
    Se você fez a experiência sugerida na lição anterior, poderá utilizá-la como exemplo também nesta próxima aula. E caso não tenha feito, ainda há tempo para realizá-la nesta lição, recapitulando a anterior e introduzindo a parábola do semeador.
     Explique que antigamente e no local onde Jesus contou esta parábola tinham muitas pessoas do campo, que plantavam seus próprios alimentos e viviam da venda deles. Então, elas entendiam perfeitamente que nem todo solo estava bom ou preparado para ser um bom receptor da semente, por isso nem todas vingavam ou chegavam a dar frutos. Até hoje é desta forma, existem diferentes tipos de solo e maneiras de cuidar e plantar neles, do contrário, não há produção de alimentos.
Solos
     Nesta faixa etária seus alunos provavelmente já estão ouvindo nas suas escolas sobre os tipos de solos:  Nesta faixa etária seus alunos provavelmente já estão ouvindo nas suas escolas sobre os tipos de solos:
Argiloso: Possui consistência fina e é impermeável, isto é, onde a água não penetra. Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa, encontrada principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da agricultura, principalmente para a cultura de café.
Humífero ou Humoso: Presente em territórios com grande concentração de material orgânico em decomposição (húmus). É muito utilizado para a prática da agricultura, pois é extremamente fértil (rico em nutrientes para as plantas).
Arenoso: Possui consistência granulosa como a areia. Muito presente na região nordeste do Brasil, sendo permeável à água.
Calcário: É um tipo de solo formado por partículas de rochas. É um solo seco e esquenta muito ao receber os raios solares. Inadequado para a agricultura. Este tipo de solo é muito comum em regiões de deserto. (Informações do portal Sua Pesquisa https://www.suapesquisa.com/pesquisa/tipos_solo.htm)
     Portanto, é interessante fazer esta pequena recapitulação, antes da introdução da história. Se possível, leve fotografias de cada um. Você encontra com facilidade na internet ou livros de ciências e geografia desta faixa etária. Tal recapitulação, além de ajudá-los em suas classes seculares, clarificará a explicação e aplicabilidade da parábola do Semeador em nossas vidas. recapitulação, além de ajudá-los em suas classes seculares, clarificará a explicação e aplicabilidade da parábola do Semeador em nossas vidas.
     Ao final da história, pergunte que tipo de solo seus alunos querem que sejam seus corações. Ore com eles para que a semente da Palavra de Deus frutifique em cada um e jamais se perca.
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Primários. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.