domingo, 26 de agosto de 2018

Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - Lutero e Calvino - Os Agentes da Reforma - Adolescentes.

Lição 9 - Lutero e Calvino: Os Agentes da Reforma

3º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO:
MARTINHO LUTERO: COMO SER ACEITO POR DEUS?
UMA NOVA CONSCIÊNCIA!
JOÃO CALVINO: DEUS É SOBERANO
OBJETIVOS
Relatar as biografias de Lutero e Calvino;
Ensinar os pensamentos de Lutero e Calvino;
Destacar a importância desses dois homens para a História da Igreja.
O Movimento da Reforma teve uma resposta denominada de “Contrarreforma”. A figura de Inácio de Loyola e a Ascensão dos Jesuítas foram importantíssimas para isso. Por isso, disponibilizamos um trecho do texto de James L. Garlow:
“Inácio era um homem profundamente espiritual, desejoso de agradar a Deus. Sua dedicação originou-se, como acontece com muitos filhos de Deus, de uma tragédia. Na primavera de 1521, enquanto lutava como fidalgo, uma bala de canhão atingiu-o e quebrou sua perna esquerda. Durante seu longo período de recuperação, ele leu a respeito da vida de Cristo e dos santos, o que mudou sua vida para sempre. O manual devocional que ele escreveu,Exercícios Espirituais, reflete sua jornada espiritual. Seus escritos são tão convincentes e influentes que são estudados até hoje. Nas faculdades protestantes evangélicas, você pode até se inscrever para estudar seu livro em cursos intitulados “Espiritualidade Inaciana”.
Durante este período de recuperação, Inácio tomou a decisão de levar uma vida de combate a favor de Cristo. Esperava-se que os jesuítas, ou a Companhia de Jesus, como também são chamados, demonstrassem obediência militar. A obra Constitutions (‘Constituições’), escrita por Inácio de 1547 a 1550, chama os jesuítas a estarem ‘prontos para viver em qualquer parte do mundo em que houver esperança de glorificar ainda mais a Deus e de fazer o bem para as almas’. 
Criticado Pelos Dois Lados
Os conservadores da Igreja Católica Romana criticaram Inácio porque o consideraram muito protestante. Por outro lado, os reformadores protestantes o criticaram porque a Companhia de Jesus era um esforço claro para manter as pessoas na Igreja Católica Romana. Inácio realizou uma surpreendente obra missionária independentemente dessas críticas de protestantes e católicos. Os jesuíticos estavam comprometidos com a educação e fundaram universidades em todos os lugares a que foram. Em 1556, época em que Inácio morreu, ele tinha mais de mil seguidores que trabalhavam em mais de cem regiões, mesmo na Índia, China, Japão, Abissínia e América do Sul. A dedicação de Inácio atraiu pessoas do calibre de Francisco Xavier, que expandiu com sucesso a obra missionária da Companhia de Jesus.
Inácio ficava doente com frequência. Em 1551, ele implorou aos colegas que aceitassem a sua renúncia. Por causa da recusa deles, Inácio ficou no cargo de diretor até morrer, em 31 de julho de 1556. Depois de sua morte, a ordem jesuíta continuou a ser poderosa. Seus membros eram disciplinados, trabalhadores, comprometidos e dispostos ao sacrifício. Sofreram a dor da rejeição e foram expulsos de diversos países. Eles também vivenciaram o martírio na Europa e, mais tarde, no século XIX, em vários campos missionários. Em tempo, eles tornaram-se a maior ordem de ensino dos Estados Unidos, com escolas de segundo grau e faculdades em todo o país” (Garlow, James L. Deus e o Seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. Rio de Janeiro, pp.147-48).
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições da Revista Adolescentes Vencedores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo. 

Lição - 09 - 3º Trimestre 2018 - O Sacrifício do Redentor - Juvenis.

Lição 9 - O Sacrifício do Redentor

3º Trimestre de 2018
“E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou”(Lc 23.46)
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ÚLTIMA NOITE DO REDENTOR
2. O JULGAMENTO
3. O SACRFÍCIO (Lc 23.33-39,44-48)
OBJETIVOS
Descrever os fatos que antecederam a morte de Jesus no Calvário.
Expor as implicações do sacrifício do Redentor na cruz.
Conscientizar de que a cruz de Cristo não foi uma derrota, mas uma estrondosa vitória sobre o império do mal.
      Querido (a) professor (a), neste domingo vamos dar continuidade ao nosso tema “Queda e Redenção”. É o momento de passar pelo Calvário. Busque o Espírito Santo para que conduza cada coração, a fim de que compreendam mental, emocional e espiritualmente a magnitude do que Cristo passou, da sua última noite até o momento que expirou na cruz.
      Antes de começar a aula, ore com a classe pedindo que o Senhor ministre ao coração de cada um. Como você sabe, sua revista já oferece todas as ferramentas pedagógicas para uma aula rica, facilitadora para a compreensão e aprendizado do conteúdo bíblico proposto para seus alunos. A cada lição não perca de vista os objetivos propostos nela, e ao longo da aula reforce-os.
       O recurso áudio-visual é muito útil para o aprendizado e melhor absorção do conteúdo. Por isso, se seu pastor e os pais dos juvenis consentirem, promova uma sessão de cinema com o filme “A Paixão de Cristo”, de 2004, sob direção do Mel Gibson.
      O roteiro deste filme alinha-se com os objetivos e temas desta próxima lição, pois foca nas últimas 12 horas da vida de Jesus, começando com a agonia no jardim de Getsêmani, mas termina mostrando que houve a ressurreição. Os flashbacks de Jesus são episódios extraídos dos quatro Evangelhos, mostrando momentos importantes de sua vida e ministério terreno. A Última Ceia, que temos como um dos focos desta lição, é uma dessas imagens retratadas.
       Um fato interessante sobre o filme é que o diálogo foi inteiramente reconstruído em aramaico e latim. E houve uma preocupação de, a partir do relato bíblico, aprofundar as pesquisas sobre tais fatos histórica e culturalmente. Motivo pelo qual os produtores atribuem as críticas do filme ter sido considerado extremamente violento. Eles afirmam terem se comprometido em expor o máximo de realismo possível sobre o que de fato Jesus passou, inclusive com base em estudos sobre as punições do exército romano na época. Segundo eles, até então a maioria das outras películas com o tema “suavizam” o martírio real de Jesus.
       Apesar das controversas, ao longo de seus quase 15 anos de lançamento, muitos testemunhos impactantes de salvação, batismo no Espírito Santo, cura, etc. vem sendo compartilhados, até mesmo quando o filme era exibido em salas de cinema ao redor do mundo. Evidentemente, assistindo com você, seus alunos depois poderão esclarecer possíveis dúvidas e serem conduzidos a buscarem reler os Evangelhos para opinarem sobre a idoneidade do filme com a Bíblia.
      No início deste ano de 2018 o nosso portal de notícias, CPAD News, divulgou declarações sobre a esperada sequência da película, que se chamará “A Ressurreição”. Mais um motivo pelo qual a reprise seria interessante para sua classe. Caso deseje, você pode ler a matéria clicando AQUI.
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD
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Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - O Milagre da Ressurreição de Lázaro - Jovens.

Lição 9 - O Milagre da Ressurreição de Lázaro

 3º Trimestre de 2018
Introdução
I - A Enfermidade para a Glória de Deus
II - A Ressurreição e a Vida
III - “Para que Creiam que Tu me Enviaste”
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Debater acerca do fato de a enfermidade ser para a glória de Deus e do duplo significado da morte;
Explorar a profundidade e a riqueza do diálogo teológico de Jesus com Marta;
Refletir sobre a faceta sentimental de Jesus e também acerca da grandeza do milagre.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
Em sua espiral do elenco dos sinais, João chega ao sétimo e último sinal (11.1-45). Apesar da grandiosidade do milagre, dizer que há uma gradação entre eles como se tivesse iniciado com um milagre mais “simples”, portanto, “fácil” e que agora chegou a algo mais “complexo” e, por isso, “impossível”, constitui um equívoco, pois todos os milagres eram, de um ponto de vista estritamente humano, impossíveis. Tal reconhecimento vem dos próprios principais dos sacerdotes e fariseus que, após formar um conselho, ou coalizão, concluíram que algo deveria ser feito para barrar o Senhor, pois reconheciam que Ele fazia “muitos sinais” (Jo 11.47). A consequência, na opinião deles, era que se Jesus continuasse em sua escalada de realização de prodígios, “todos” creriam no Senhor e os romanos viriam e tirariam o lugar e a nação das mãos deles, ou seja, os tornariam dispensáveis (11.48). Evidentemente que, conforme observa João, “ainda que tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele” (12.37), e que muitos outros, “até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga” (12.42). Portanto, as opiniões sobre o Mestre se dividiam. O capítulo que antecede este último sinal e sucede a cura do cego (10.1-42), vai preparando o leitor para entender, definitivamente, que a classe religiosa que estava dominando em Israel, havia se corrompido de tal forma que a expulsão das pessoas que confessavam Jesus como Cristo, conforme se pode ver no caso do cego (9.20-23,34,35), era a “menor” das ameaças. Uma vez que a sinagoga era o local popular de leitura e meditação da Lei, para um judeu, ser privado de tal acesso era um castigo terrível e uma situação muito embaraçosa. Contudo, os líderes religiosos ― principais dos sacerdotes e fariseus (11.46-57) ― haviam perdido qualquer noção de escrúpulo para manterem-se no domínio das pessoas, pois o Quarto Evangelho informa que quando da visita de Jesus em Betânia, na casa da família de Lázaro, “muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos”, no entanto, pelo fato de Lázaro ter se transformado em um testemunho vivo, João diz que “os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro” (12.9,10).
Como todos os outros sinais, este também possui um sentido que, como já foi reiteradas vezes mencionado, vai além do milagre em si. Uma observação interessante é que, diferentemente dos outros eventos, neste, diz Maggioni, “não temos primeiro o fato e depois um discurso que o comenta, mas um contínuo alternar de gestos e palavras”1.  Tal é a percepção de Benny Aker que afirma desse episódio que “a distância entre o sinal e suas referências diminuem”2.  Dodd, da mesma forma, diz que certamente “devemos reconhecer nesta perícope uma variação especial com referência ao modelo joanino normal de sinal + discurso”, ou seja, neste “episódio a mistura de narração e diálogo é total”3.  Apesar dessa observação, a narrativa “ocupa um lugar central no evangelho”, ou seja, “é a dobradiça entre a primeira e segunda parte”, pois ao se estudar “este caráter central percebe-se seu significado global”, esclarece Maggioni, que é justamente “a prefiguração da ressurreição de Jesus”4.  Em termos diretos, a “história de Lázaro ocupa em João um lugar análogo ao que ocupa na tradição sinótica o relato da transfiguração”, pois para Maggioni, “antes de enfrentar a Paixão, Jesus oferece aos discípulos desnorteados uma antecipação da ressurreição, para lhes mostrar o significado profundo e inesperado da cruz, que não é caminho de morte, mas de vida; não derrota, mas vitória”5.  É necessário, porém, esclarecer um aspecto óbvio, mas importantíssimo dessa questão. Ao se falar dos relatos de “devolução” da vida na Bíblia, é preciso distinguir entre ressurreição e “revivificação”. Juan Antonio Aznárez Cobo esclarece que prefere usar esse termo ― revivificação ― “em vez do mais comum, ‘ressurreição’, porque está claro que não se fala aqui da ressurreição propriamente dita, e sim de uma simples volta a esta vida, uma espécie de ‘prorrogação’”6.  Isso, porque, como é do conhecimento geral, as pessoas que reviveram cuja Bíblia relata suas histórias ― o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.17-24), o filho da sunamita (2 Rs 4.32-37), o homem que reviveu ao tocar os ossos de Eliseu (2 Rs 13.21), o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), a filha de Jairo (Lc 8.41,42,49-55), Tabita (At 9.36-43), Êutico (At 20.7-12) e o próprio Lázaro ―   voltaram a morrer posteriormente.
O apóstolo do amor inicia a narrativa identificando as personagens envolvidas no episódio do sétimo sinal, bem como cientificando o leitor acerca do que se trata (vv.1-3). Uma curiosidade, é que no versículo dois se faz menção a um ato que acontecerá somente, literária e cronologicamente falando, no próximo capítulo (12.1-8). Do versículo quatro até o dezesseis salta aos olhos as incompreensões por parte do colégio apostólico. Elas, basicamente, são duas. Primeiro eles “não entendem por que o Cristo, o Filho de Deus, deve sofrer (v. 8)” e, em segundo lugar, “não entendem o mistério da doença de Lázaro e do comportamento de Jesus, ou seja, que a morte possa ser chamada de sono (v. 12)”, portanto, diz Maggioni, trata-se da “dupla incompreensão do fiel: se Cristo é o Filho de Deus, por que se põe a caminho da cruz? E se Deus ama o Filho, por que parece abandoná-lo?”7.  A próxima perícope (vv.17-27) antecipa e prepara o leitor que, com as mesmas dúvidas dos Doze, querem uma resposta para a “demora”, ou “atraso”, de dois dias de Jesus para ir até Betânia (v.6). O diálogo entre o Senhor e Marta contém grandes revelações acerca do tema da vida e da morte. Para Dodd, tal diálogo oportuniza aos leitores o adensamento do tema da vida, sobretudo, tendo-se em mente o “discurso programático de 5.19-47, onde a atividade do Pai no Filho é caracterizada como consistindo em zoopoiesis e krisis”, sendo que “a obra de zoopoiesis é apresentada em duas etapas, ou em dois níveis”8.  Tais “níveis” são os seguintes: “Primeiro, ouvir e crer na palavra de Cristo é possuir a vida eterna; é passar da morte para a vida” e, neste aspecto, significa que “a hora está próxima e é agora (erxetai ora kai nyn estin) quando os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e virão à vida (5.24-25)”. O mesmo autor diz que, em “segundo lugar está próxima a hora (erxetai ora) em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão (5.28-29)”9.  Dodd defende que o diálogo didático do Mestre com Marta retoma, sobretudo nos versículos 25 e 26 do capítulo 11, a linha de pensamento exposta no capítulo 5 versículos 19 a 47 e que ambas as discussões possuem, igualmente, duas etapas ou níveis. Para ele, “todas essas passagens afirmam, primeiro que a vida eterna pode ser alcançada aqui e agora por aqueles que correspondem à palavra de Cristo; e, em segundo lugar, que o mesmo poder garante a vida eterna aos crentes durante sua existência terrena, ressuscitará, após a morte do corpo, os mortos para uma renovada existência num mundo extraterreno”10
Para o teólogo pentecostal Benny Aker, da mesma forma que para Maggioni e Dodd, “com a morte e ressurreição de Lázaro, o leitor chega ao principal sinal que prepara para o clímax do Evangelho: a paixão e ressurreição de Jesus”11.  E mais, acrescenta o mesmo autor, neste sinal, “Morte e vida, e morte eterna e vida eterna entram em atrito”12.  Ao falar, por exemplo, que a “enfermidade” de Lázaro “não é para morte” (v.4), Aker diz que para “o verdadeiro crente inteligente e informado, ‘morte’ alude a julgamento, a separação eterna dos pecadores de Deus, condição que eles já experimentam”13.  Ao acrescentar que tal situação servirá “para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (v.4), Aker afirma que a “ignorância [dos Doze] testemunha sua condição espiritual, mas também fala sobre a natureza da fé”, ou seja, muito embora “eles sigam Jesus e tenham uma medida de fé, fé plena não virá até que seu objetivo seja atingido ― a morte e ressurreição de Jesus, o Filho de Deus”. Em termos diretos, finaliza o mesmo autor, o referido “sinal aponta nessa direção”14.  Alinhando-se com Dodd, Benny Aker defende que a “resposta de Jesus (vv. 23,25) contém dois aspectos escatológicos: atual (ou realizado) e futuro”, isto é, o “aspecto futuro aponta para o último Dia, o dia em que ocorrerá a ressurreição (cf. o v.24)”15.  Todavia, “Jesus também assinala uma escatologia ‘realizada’ ― para si mesmo como fonte da vida eterna”, portanto, o “significado de ‘vida’ no versículo 25 transcende a percepção humana de ressurreição e distingue a vida ‘natural’ da ‘eterna’”, pois ao dizer: “Ainda que esteja morto, [...] todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá”, completa Aker, Jesus “está se referindo a um tipo diferente de vida, uma vida qualitativa que caracteriza a vida que Deus tem em si mesmo”. Portanto, tal “vida transcende a vida e morte naturais; nenhuma destas destrói a vida eterna”. Em termos simples, a “lição que Jesus quer ensinar a respeito da morte de Lázaro e sua demora em ir ressuscitá-lo” é a seguinte: “A morte física não faz diferença se a pessoa tem a vida eterna”, pois “Jesus ressuscitará tal pessoa, ou seja, dará a vida eterna”16.  Assim, mesmo que a revivificação de Lázaro não seja definitiva, pois ele voltou a morrer, ela é, de certa forma, prolepticamente, uma antecipação da ressurreição eterna e um vislumbre do que será no último Dia.
O que se conclui com a revivificação de Lázaro, é que a apresentação de Jesus, durante todo o Quarto Evangelho, como doador da vida, revela-se aqui com este aspecto novo, qual seja, diz Dodd, “que o dom da vida é aqui apresentado expressamente como vitória sobre a morte”17, pois a “ressurreição é a revogação da ordem da mortalidade, na qual a vida sempre caminha rápido para a morte”.  Uma vez que a “sociedade helenística à qual este evangelho era dirigido, estava preocupada com o espetáculo da phthora 18, o processo pelo qual todas as coisas terminam no nada e que devora toda a existência humana”, a narrativa do capítulo 11 revela, por outro lado, que uma parte do crescente “interesse pelo cristianismo se prende ao fato de que ele dava certeza de um princípio divino de zoopoiesis inserido dentro do processo histórico, e oposto ao reino da phthora”. Tal certeza “fundava-se num exemplo no qual a ressurreição efetivamente teve lugar”, esclarece o mesmo autor, qual seja, de que “Cristo venceu a morte, morrendo”. Não obstante, considerando o fato de que se “o episódio da Ressurreição de Lázaro deve ser um verdadeiro semeion da ressurreição, é preciso que de certa forma ele abra o caminho para a morte de Cristo, por virtude da qual ele é revelado como a ressurreição e a vida”. E é justamente essa reflexão que evidencia “a importância do diálogo preliminar entre Jesus e seus discípulos em 11.7-16”, sobretudo pela verdade de que tal “se refere às tentativas de apedrejá-lo, relatadas em 8.59 e de novo em 10.31-33”19.  Pelo fato de tais tentativas terem se dado no território da Judeia, local onde o Senhor “manifestou a sua glória”, ironicamente, “o lugar da manifestação se tornou o lugar daquela hostilidade que causará sua morte”20, portanto, “ir para a Judéia, significa ainda ‘manifestar-se ao mundo’, como em 7.4, mas agora significa também ir para a morte”.  Em termos diretos, “os apelos para ir para a Judéia, a fim de que a glória seja manifestada num ato de zoopoiesis (11.4,40), é também um apelo para enfrentar a morte; e assim os discípulos o entendem”, conforme se pode depreender do pronunciamento de Tomé no versículo 16. Dessa forma, é perfeitamente claro que “a história que temos à nossa frente não é apenas o relato do morto Lázaro ressuscitado para a vida”, mas, para finalizar com Dodd, “é também a história de Jesus que vai enfrentar a morte a fim de vencê-la”.21
À parte de toda a profundidade teológica presente no diálogo didático de Jesus com Marta, bem como a retumbante demonstração de poder explicitada no milagre, o apóstolo do amor revela lances dos momentos que antecederam a revivificação, que caracterizam o Senhor não apenas como ser humano, mas como alguém profundamente humano (vv.32-38). E isso a tal ponto que José Castillo, retoricamente, pergunta: “pode-se dizer que aquelas pessoas viram em Jesus um homem que havia sido elevado à condição divina ou antes se deve afirmar que viram em Jesus um homem no qual Deus se havia rebaixado à condição humana?”22.  Deificação ou kenosis? Em tal “dúvida” consiste o mistério da encarnação, pois o Mestre era tanto Deus como homem, sem que uma natureza, ou condição, eclipsasse a outra e muito menos a suplantasse. Mesmo ciente de que o Pai o atenderia no pedido de revivificação (v.42), o texto do Quarto Evangelho afirma, sem qualquer subterfúgio, que “Jesus chorou” (v.35). Com a consciência de que seria ouvido, haveria motivo para chorar? Contudo, diante do que Ele presenciara ― Maria prostrada aos seus pés chorando, os conhecidos que vieram à casa dos enlutados também choravam, além do fato de Lázaro estar morto ―, João mostra um homem que se identificava de tal forma com as pessoas, ao ponto de sofrer com o sofrimento delas (vv.33,35,38). Qual era a ameaça que tal homem terno oferecia ao povo? Nenhuma, óbvio. Contudo, ao realizar prodígios que não apenas curavam as pessoas do ponto de vista físico, mas também as restaurava em sua completude e, muitas vezes, contrariando flagrantemente a classe religiosa oficial, Jesus colocou-se numa linha perigosa de atuação.23  Neste aspecto, como se poderá ver de agora em diante, não apenas o Quarto Evangelho revela que este foi um dos motivos da perseguição e morte de Jesus, mas os demais evangelistas também ressaltam tal aspecto (Mt 12.14; Mc 3.6; Lc 6.11).                                                                      
*Adquira o livro do trimestre de autoria de CARVALHO, César Moisés. Milagres de Jesus: A Fé Realizando o Impossível. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.

1 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.392.
2 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.561.
3 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.470.
4 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.392.
5 Ibid.
6 COBO, J. A. A. Análise narrativa In AGUIRRE, R. (Org.). Os milagres de Jesus, p.181. O referido autor acrescenta que se trata de “um modo de distinguir terminologicamente, em português, aquilo que em grego é expresso com um destes verbos: έγείρω ou άνίστƞμι (cf. Mc 5,41 e 42, respectivamente), que significam ‘alçar-se, levantar-se’ e, em determinados contextos, chega a significar ‘ressuscitar’, ou seja, ‘levantar ou levantar-se definitivamente da morte’ (por exemplo, aplicado à ressurreição de Jesus e dos cristãos)” (Ibid.).
7 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.392.
8 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.471.
9 Ibid.
10 Ibid., p.471-72.
11 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.561.
12 Ibid.
13 Ibid., p.562.
14 Ibidem., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
15 Ibid., p.563.
16 Ibidem., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
17 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.474.
18 Gr.: Corrupção, destruição, decadência, podridão, decomposição.
19 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
20 Ibid., p.475.
21 Ibidem., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
22 CASTILLO, J. M. Jesus: a humanização de Deus, p.175.
23 José Castillo diz que “Se Jesus não tivesse visto as coisas dessa forma, não se explicaria a insistência dos quatro evangelhos em apresentar os feitos prodigiosos de Jesus de tal modo que, aqui e ali, e por diversos motivos, esses feitos eram atos de insubmissão religiosa, ações que causavam escândalos nos profissionais da religião e, sobretudo, eram vistas como delitos que punham em perigo a credibilidade de sua mensagem e até mesmo a própria vida de Jesus” (Jesus: a humanização de Deus, p.319). Portanto, Jesus era ciente de que essa era sua missão e que o exercício dela poderia custar sua vida, por isso, na opinião de Castillo, “Quaisquer outras especulações em torno dos milagres de Jesus a partir de outros pontos de vista equivalem a não interar-se do mais fundamental e mais forte presente nos evangelhos” e, tal ignorância premeditada, significa “buscar uma espécie de escapatória para não enfrentar o significado real de Jesus para nós” (Ibid., p.320).

Telma BuenoEditora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
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Lição 09 - 3º Trimestre 2018 - Jesus, o Holocausto Perfeito - Adultos.

Lição 9 - Jesus, o Holocausto Perfeito

3º Trimestre de 2018
PONTO CENTRAL
Os sacrifícios do AT apontavam para o sacrifício perfeito de Jesus. 
ESBOÇO GERAL
Introdução
I – O Holocausto, o sacrifício mais antigo
II – O Holocausto na história e Israel
III – Jesus Cristo, o Holocausto Perfeito
Conclusão
OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar
 que o holocausto é o sacrifício mais antigo;
Discutir a respeito do holocausto na história de Israel;
Compreender que Jesus Cristo é o holocausto perfeito.
JESUS, O HOLOCAUSTO PERFEITO
Pr. Claudionor de Andrade
Só viremos a entender plenamente a obra da salvação, em Jesus Cristo, se nos voltarmos com devoção e temor à teologia do holocausto, o principal sacrifício levítico. Quando o ofertante apresentava essa oferta ao Senhor, encenava ele, de maneira vívida e dramática, a História Sagrada. Uma interface perfeita com João 3.16; sublime teologia. Quem melhor compreendeu a sua doutrina foi o autor da Epístola aos Hebreus. Inspirado pelo Espírito Santo, ele divisou, nos animais oferecidos periodicamente a Jeová, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Estudaremos, neste capítulo, a instituição do holocausto: história, teologia, referência simbólica e cumprimento em Jesus. Sem o sacrifício dos sacrifícios, não podemos entender o plano da nossa salvação. O presente estudo, por conseguinte, além de formalmente tipológico, é essencialmente soteriológico; requer uma exegese correta que harmonize profetas e apóstolos, pois estes jamais estiveram em desarmonia.
Que Deus nos permita a perceber a maravilhosa doutrina da salvação e a desenvolvê-la em nossa jornada terrena.
Holocausto, o Sacrifício por Excelência
Como já vimos, a religião noética gerou grandes santos e teólogos como Jó, Melquisedeque e Abraão. E, pelo que nos é permitido inferir do texto sagrado, cada um deles, em seu próprio turno, serviu a Deus com sacrifícios cruentos. Nesse sentido, o rei de Salém, por ter uma teologia bem mais messiânica e soteriológica, foi além das oferendas animais. Ao receber o pai dos hebreus, em seu domicílio, Melquisedec apresentou-lhe uma oferta que, em virtude de sua essência, unia o Antigo ao Novo Testamento. Neste tópico, mostraremos por que o holocausto é o ofertório por excelência.Testamento. Neste tópico, mostraremos por que o holocausto é o ofertório por excelência.
Definição de holocausto

O termo holocausto provém do vocábulo hebraico `olah, que significa ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada, em si, como à devoção e a entrega amorosa dessa mesma oferta ao subir à presença de Deus (Lv 1.9). Sacrifício dos sacrifícios. Foi por essa razão, que Paulo considerou o desprendimento dos irmãos filipenses, em favor da obra missionária, como um holocausto de cheiro suave ao Senhor (Fp 4.18).
O holocausto era o mais importante sacrifício do culto hebreu (Lv 1.1-3). Consistindo no oferecimento de aves e animais limpos, requeria a queima total da vítima; era pleno e incondicional (Lv 1.9). Tendo em vista a sua relevância, inaugurava todas as solenidades diárias, sabáticas, mensais e anuais do calendário litúrgico do Antigo Testamento.
O holocausto era conhecido também como oferta queimada.
Ao oferecê-lo ao Senhor, o crente hebreu fazia-lhe uma oração que, apesar da ausência de palavras, era eloquente e persuasiva; implicava em sua total submissão ao querer divino. Assim como a vítima do sacrifício dera-se ao altar sem resistência, assim também o fazia o adorador naquela instância; entregava-se resignadamente a Deus. Tal atitude remetia-o ao Calvário.
Jesus Cristo é o holocausto perfeito.
Quando nos conformamos plenamente à vontade do Filho, oferecemos ao Pai o mais sublime dos holocaustos; mostramos-lhe que, pela ação intercessora do Espírito Santo, já estamos crucificados com Cristo. A partir de agora, não sou eu quem vive, mas Jesus Cristo vive em mim.
A antiguidade do holocausto
O holocausto é também o mais antigo sacrifício da História Sagrada. Introduzido mui provavelmente por Abel, foi observado durante todo o período do Antigo Testamento. É o cerimonial que mais caracteriza o culto levítico; descreve, gestualmente, a peregrinação da alma penitente da Queda, no jardim do Éden, à Redenção, no monte Calvário.
Pelo que depreendemos da narrativa sagrada, após a morte de Jó, o holocausto, como o praticara os primeiros descendentes de Noé, não demoraria a desaparecer. Manter-se-ia, porém, no clã de Abraão, o ramo mais nobre de Sem; messiânico e soteriológico.
Em Canaã, se o holocausto noético foi alguma vez oferecido, não tardou a dar espaço a celebrações sórdidas, lascivas e criminosas. Naqueles templos e lugares altos, dominados por régulos tiranos e sanguinários, prostituição e homicídio litúrgico eram livremente praticados. Já no Egito, sacrifícios como o holocausto eram algo impensável. Se bovinos e ovinos eram deuses, por que lhes tirar a vida?
Nas escavações arqueológicas realizadas nos entornos das pirâmides, animais mumificados são descobertos em nichos e santuários. Aqui, um macaco; ali, um falcão. E quanto ao boi? Era intocável; personificava a Terra. Imolá-lo? Sacrilégio dos sacrilégios aos olhos egípcios.
No Cairo, capital do Egito, existe um museu em que é possível constatar que os ídolos, nos quais Faraó depositava toda a sua confiança, eram absurdamente esdrúxulos. Cada um deles, embora tivesse corpo de homem, carregava uma cabeça de animal. Até deus com cara de cachorro pode ser visto ali entre múmias de reis e carcaças de nobres.Cada um deles, embora tivesse corpo de homem, carregava uma cabeça de animal. Até deus com cara de cachorro pode ser visto ali entre múmias de reis e carcaças de nobres.
Já que a religião egípcia tinha o holocausto como algo abominável, como descrever-lhe a soteriologia? Para mim, semelhante religião nem soteriologia possui. O mais acertado seria qualificá-la de tanatologia: doutrina ou estudo da morte. Isso porque, no Egito, empregavam-se todos os recursos para dar a Faraó, após o seu falecimento, confortos, regalias e honras. O reino do Nilo mais parecia uma imensa casa funerária.
A bem da verdade, os egípcios não acreditavam na vida eterna, mas numa morte sem fim. No mundo além, dependiam do mundo aquém. Nem mesmo Aquenáton que, reinando no século XIV antes de Cristo, buscou estabelecer um culto monoteístico em ambos os Egitos (alto e baixo), logrou uma doutrina da salvação que tivesse a Deus como redentor. Adorando o Sol, ignorou o Criador dos Céus e da Terra.
Retornemos, agora, aos descendentes de Noé que perseveraram em seguir-lhe as pisadas.
O holocausto no período patriarcal
Se considerarmos o sacrifício que Abel ofereceu ao Senhor uma espécie de holocausto, então essa oferenda foi, de fato, a mais antiga da História Sagrada (Gn 4.4). O costume seria preservados pelos filhos de Abraão em Isaque e Jacó (Gn 8.20; 22.13).
A religião divina, como Adão e Noé a transmitiram a seus descendentes, foi preservada nos holocaustos que, sem interrupção, foram oferecidos ao Senhor desde Abel até a destruição do Templo de Esdras, no ano 70 de nossa era. Cada vez que um desses crentes imolava um animal, profetizava ele, tipologicamente, a morte de Cristo no Calvário. Em cada oferenda, sustentada pela fé, havia uma súmula da soteriologia que hoje professamos.
O holocausto no período mosaico
Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, para evitar impurezas pagãs. Quanto ao holocausto, por exemplo, apesar de já ser uma tradição na comunidade de Israel, teria de observar preceitos e normas. A partir daquele momento, haveria um altar específico para as ofertas queimadas (Êx 31.9). Tudo deveria ser executado de acordo com as normas estabelecidas por Deus (Lv. 1—6).
Em sua peregrinação, os israelitas retornam livremente ao holocausto. Se, no Egito, era abominação imolar um animal a Jeová, agora, naquele deserto inóspito, o sacrifício de animais veio a constituir-se na parte mais bela e nobre da religião hebreia. Os sacerdotes, agora, ofereciam redis inteiros ao Senhor.
Como puderam eles criar tantos animais, não apenas consumo próprio, como também para oferecê-los a Deus? Se em prados verdejantes e junto a águas tranquilas já é difícil tanger bois e carneiros, o que fazer em regiões ermas e abrasadoras? Quando nos pomos a servir a Deus, tudo Ele dispõe a nosso favor. À noite, orvalhava o maná para o sustento do povo. Durante o dia, providenciava o pasto àqueles rebanhos que se esparramavam pelo Sinai.
A instituição e a continuidade do culto levítico, no deserto, constitui, em si, um grande milagre. Uma religião como a hebreia que, litúrgica e teologicamente, requer animais, perfumes, incensos e pães, não pode sobreviver sem uma logística perfeita. Num grande centro urbano, não haveria problemas; fornecedores de matérias-primas não faltam. Mas, no Sinai, já distante do Egito e ainda longe de Canaã, adorar ao Senhor, com os rigores e demandas do culto levítico, era um desafio cotidiano. Sem mencionar a construção do Tabernáculo em si.
O holocausto na Terra de Israel
Após a conquista de Canaã, os holocaustos continuaram a ser oferecidos livremente ao Deus de Abraão. Josué celebrou uma importante vitória sobre os cananeus com holocaustos e ofertas pacíficas (Js 8.31). Gideão, ao ser comissionado pelo Senhor para libertar Israel, ofertou-lhe um holocausto (Jz 6.26). Quanto a Samuel, ofereceu o mesmo sacrifício ao Poderoso de Jacó, antecipando uma grande vitória sobre os filisteus (1 Sm 13.9,10). A reforma de Ezequias foi marcada por generosos holocaustos (2 Cr 29.7-35). Após o retorno do exílio, os judeus, agradecidos a Deus pela restauração de seu culto, também ofereceram-lhe holocaustos que iam além de suas posses (Ed 8.35).
A essa altura, o que era tradição adâmica e noética torna-se instituição religiosa em Israel. Agora, o holocausto é visto como a principal liturgia do culto israelita. Se fizermos uma pesquisa no âmbito da história, da cultura e da antropologia, concluiremos que apenas a linhagem de Sem observou a prática de ofertas queimadas ao Senhor. Quanto aos camitas, que povoaram a África e partes do Oriente Médio, e aos jafetitas, que colonizaram a imensa região da Eurásia, temos evidências de que não deram continuidade a oferenda com que Noé inaugurara a segunda civilização humana.
As etnias acima citadas praticavam sacrifícios cruentos; nenhum desses, porém, assemelhava-se ao holocausto semítico. Entre os povos tidos como bárbaros, houve (e ainda há) abate ritual de animais e de seres humanos. Mas holocausto, semelhante ao hebreu e com a sua essência teológica, não; é algo exclusivo de Israel, a linhagem mais nobre e representativa de Sem. E, por se falar em sacrifícios humanos, veremos, daqui a pouco, por que esse tipo de oferenda jamais seria aceito por Deus. 
(Texto extraído da obra “Adoração, Santidade e Serviço: Os Princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.)
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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele cuida de mim - Berçário.

Lição 08 - Louvo ao Papai do Céu porque Ele cuida de mim 

3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar os alunos a entender que Deus cuida de nós como o pastor cuida das ovelhas.
É hora do versículo: “O Senhor é o meu pastor: nada me faltará” (Salmos 23.1).
Nesta lição, as crianças aprenderão que podemos confiar que o Papai do Céu como o nosso protetor. Ele é o nosso pastor que cuida de nós como suas ovelhinhas.
Como complemento para esta lição, após realizar todas as atividades propostas no manual do professor, e caso ainda haja tempo, sugerimos que distribua a imagem abaixo para as crianças colorirem a imagem do pastor que cuida das ovelhas. Peça para as crianças desenharem o rosto do pastor feliz.
pastor.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário
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Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - Davi ajuda Saul tocando para ele - Maternal.

Lição 8 - Davi ajuda Saul tocando para ele

3º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Levar a criança a perceber os próprios talentos e usá-los para ajudar alguém. 
Para guardar no coração: “[...] Davi pegava a sua lira e tocava. O espírito mau saía de Saul [...]  (1 Sm  16.23).
Seja bem-vindo“O esquema de decoração da sala tem grande influência sobre as atitudes mental e emocional dos alunos. Cores como laranja, vermelho ou amarelo dão a sensação de calor, mas tendem a fazer a sala parecer menor. Os tons de azul e verde criam uma atmosfera mais descontraída e fresca, e fazem a sala parecer maior. Cores brilhantes devem ser limitadas ao mural e centros de interesses. Um corredor longo e mal iluminado fica melhor quando é pintado com uma cor clara. As paredes da área infantil precisam ser iluminadas e alegres, com uma tinta ou cobertura durável e lavável. Um armário volumoso, numa sala pequena, ficará menos óbvio se for pintado da mesma cor que as paredes. Um piano velho pode ser pintado para harmonizar com a decoração da sala e ter as costas cobertas por uma placa aderente, a fim de servir como mais um espaço de exposição” (Ron Hels, citado por Clancy Hayes em “Alcance Todos os Seus Alunos”, CPAD).
Subsídio professor
“Dissemos que a criança do maternal é muito afetuosa. Isto não significa, no entanto, que o professor deve ir acariciando um novo aluno, logo em sua primeira aula. Embora carinhosa, a criança desta idade é também muito tímida, e mostra-se inibida diante de estranhos. Tanto, que só concorda em permanecer na classe, sem a presença da mãe, depois que se acostuma aos professores e aos demais alunos. Havendo feito amizade, aceita conversar e ser tocada.
Outra característica sócio/emocional desta turma é a teimosia. Quer fazer aquilo que lhe dá vontade. Contudo, a vontade pode ser moldada. Uma boa maneira de se lidar com isto é usar o “você pode”, em vez de “não pode”. Por exemplo, se ela deseja brincar com um objeto frágil ou perigoso, em vez de dizer-lhe: “Você não pode brincar com isto”, diga-lhe: “Você pode brincar com os blocos de borracha (ou outra coisa)”. Em vez de repreender: “Você não pode espalhar o giz de cera pela sala toda”, consinta: “Você pode brincar com o giz de cera em cima deste tapete (ou neste canto)”. Assim, você estará impondo limites, sem suscitar um ataque de rebeldia” (Marta Doreto).
Oficina de ideias
Faça previamente pequenas caixas de presente (pode embrulhar caixas vazias, de remédio ou cosmético, em papel bonito). Providencie antecipadamente cópias de figura de instrumentos musicais ou crianças cantando. Dê uma para cada aluno e ajude-o a colá-la numa lateral da caixinha. Noutra lateral, cole um cartãozinho com o versículo do dia. Amarre um laço de fita.
Enquanto trabalham, repita como é bom louvar e adorar ao Papai do Céu. Entregue as lembrancinhas quando os pais vierem buscá-los. 
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em 1 Samuel 16.14-23; 2.11-26. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal 

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - O Amigo que Traiu Jesus - Jd. Infância.

Lição 8 - O Amigo que Traiu Jesus

 3º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão aprender que um verdadeiro amigo de Jesus não ouve o inimigo para fazer coisas erradas; saber que Jesus nos ensina a perdoar e nos perdoou pagando pelos nossos pecados na cruz.
É hora do versículo: “E não deixes que sejamos tentados, mas livra-nos do mal” (Mt 6.13).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história dos doze discípulos de Jesus, seus amigos mais próximos, que não podemos ouvir o mal fazermos coisas erradas. Quando agimos assim, não estamos sendo honestos e nem verdadeiros com Jesus, o nosso maior e melhor amigo. Quando fazemos o mal, estamos traindo Jesus, deixando-o triste conosco. Mas se já fizemos alguma coisa errada, Ele nos perdoa se nos arrependermos de coração, porque todos os nossos pecados já foram perdoados, apagados e esquecidos lá na cruz quando Jesus Cristo se entregou por nós.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com o desenho de um coração e peça às crianças que desenhem seus amiguinhos.
coraçãojardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas lições da Revista Jardim de Infância. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - A História de Dois Construtores - Primários.

Lição 8 - A História de Dois Construtores

 3º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno aprenda que os verdadeiros discípulos de Jesus ouvem e praticam a Palavra de Deus.
Ponto central: Sem obediência é impossível ter uma vida espiritual bem alicerçada.
Memória em ação: “— A pessoa que me ama obedecerá à minha mensagem, e o meu Pai a amará” (Jo 14.23).
     Querido (a) professor (a), dando seguimento ao tema do trimestre sobre as parábolas que o nosso Mestre dos mestres contou, no próximo domingo vamos ensinar aos Primários acerca da história narrada em Lucas 6.46-49, sobre dois tipos de construção, isto é, duas maneiras distintas de viver.
    Como você sabe, sua revista já oferece todas as ferramentas pedagógicas para uma aula rica, facilitadora para a compreensão e aprendizado do conteúdo bíblico proposto pelos seus alunos. A cada lição não perca de vista os objetivos propostos na mesma, e ao longo da aula reforce-o na prática a todo momento.
    Aqui propomos uma dinâmica para ilustrar o conteúdo da nossa história, facilitando assim a sua memorização e internalização das lições aprendidas com ela. Ao passo que de maneira lúdica também trabalharemos a psicomotricidade de seus alunos, aprimoramento da criatividade e raciocínio, cooperação e habilidade no trabalho em equipe.
cartas
    Para isso, leve algumas cartas (existem muitos brinquedos e jogos desse tipo) Após contar a história, divida a turma em grupos de no máximo quatro crianças e distribua uma quantidade igual de cartas para cada grupo. Diga que agora eles é que serão os construtores e juntos terão que construir alguma coisa com aquelas cartas. Motive-os dizendo: “Qual será a construção mais criativa?! Qual será o grupo que terminará primeiro?!” Acione um cronômetro e dê-lhes um minuto (ou o tempo que julgar interessante dentro de seu plano de aula) e diga “valendo”.
    O mais importante não é o que eles vão conseguir construir, mas todo o processo que envolve a atividade. Elogie o desempenho de todos, pergunte o que eles acharam difícil e por que, pontue o que achar necessário (por exemplo, se houve discussão em algum grupo, reforce que sem união o trabalho fica mais difícil, etc).
    Por fim, aos que conseguirem erguer algo com as cartas, diga que é uma bela construção, mas “será que é firme? Que aguenta as tempestades da vida?” Peça para que todos soprem juntos para testar uma por uma. Certamente todas irão cair. Conclua explicando que assim é a nossa vida quando não obedecemos a Palavra de Deus, o amor ao próximo e as lições maravilhosas que Jesus nos ensinou.
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - Gideão, Um Servo Valoroso - Juniores.

Lição 8 - Gideão, um Servo Valoroso

 3º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Juízes 6.11-16; 7.7, 16-22.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos conhecerão algumas características importantes observadas em uma pessoa que serve a Deus com sinceridade. A história de hoje apresenta a vida de Gideão, um servo valoroso, que recebeu de Deus uma importante missão em circunstâncias muito difíceis. Mas algumas características encontradas em Gideão foram fundamentais para que ele obtivesse vitória sobre os seus inimigos. Dentre todas as qualidades a que mais se destaca neste servo de Deus é a confiança. Gideão aprendeu a depender do Senhor quando tinha todos os motivos para desanimar e desistir. Mesmo com uma quantidade de soldados bem aquém do necessário, este servo de Deus pode aprender que do Senhor é a guerra e somente Ele é quem concede a vitória ao seu povo (cf. 1 Sm 17.47).
Um aspecto fundamental que justifica o fato de Gideão ter superado as expectativas e confiado em Deus foi o revestimento de poder. O verso 34 descreve que o “Espírito do Senhor revestiu a Gideão” de modo que, ao tocar a trombeta, as tribos de Israel se ajuntaram a ele. Isso prova que as batalhas que os servos de Deus enfrentam só podem ser vencidas com o revestimento do Espírito. Contextualizando esta palavra, em o Novo Testamento, Jesus afirmou aos seus discípulos enquanto estava com eles que não muito depois daqueles dias, eles seriam revestidos de poder do Alto, a fim de que estivessem capacitados para executar a missão de anunciar o evangelho em vários lugares (cf. At 1.8; 2.1-4).
O exemplo de Gideão ensina que para executar o serviço da obra de Deus com sucesso é preciso estar “revestido de poder”. O serviço na igreja promove a salvação de pessoas para uma vida eterna, algo muito precioso que não pode ser conduzido de qualquer maneira. Os crentes devem atentar a este fato e considerar que as aflições e conflitos terrenos não podem assumir o primeiro lugar na dinâmica da vida de quem serve a Deus. Mais um motivo pelo qual é necessário estar cheio do Espírito Santo. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 1626) discorre sobre estar “cheio do Espírito”:
Recebereis a virtude. O termo original para ‘virtude’ é dunamis, que significa poder realpoder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27).
(1) ‘Poder’ (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no Espírito Santo trará o poder pessoal do Espírito Santo à vida do crente.
(2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no Espírito Santo com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia.
(3) A obra principal do Espírito Santo no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de Cristo, à ressurreição e à promessa do batismo no Espírito (cf. 2.14-42). 
O destaque para o revestimento de poder em Atos 2, assim como na ocasião de Gideão, revela a necessidade de realização da obra de Deus sob a ação e supervisão do Espírito Santo. O desdobramento vitorioso de Gideão naquele contexto só foi possível por que ele foi um servo obediente à direção do Senhor e seguiu à risca a estratégia divina. Não é diferente para a igreja dos dias atuais, pois o mesmo Espírito opera entre os crentes, direcionando, revelando e mostrando a estratégia correta para alcançar a vitória sobre os ataques do inimigo (cf. Ef 6.10-18; 2 Co 2.10,11).
Aproveite e faça a seguinte dinâmica com seus alunos: leve para a sala de aula uma jarra cheia de água, um copo transparente, uma bacia e um pouco de terra. Coloque sobre uma mesa ou banco onde todos possam visualizar. Em seguida, coloque o copo dentro da bacia, encha com água até a metade e insira a terra. Naturalmente, a água ficará suja. Depois complete a água no copo até transbordar e permaneça enchendo até acabar a água da jarra. Os alunos perceberão que à medida que o copo transborda a água nele contida fica mais limpa até que chegará um momento em que a água ficará completamente limpa. Da mesma maneira é a ação do Espírito Santo na vida do crente, quanto mais cheio do Espírito, mais limpo ele fica e capacitado para anunciar o evangelho a toda criatura.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Juniores. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - Jesus, o Pastor Verdadeiro - Pré Adolescentes.

Lição 8 - Jesus, o Pastor Verdadeiro

3º Trimestre de 2018
A lição de hoje encontra-se em: João 10.10-16.
Olá prezado(a) professor(a),
A lição desta semana traz uma abordagem sobre o cuidado do Senhor para com os seus filhos na qualidade de “Bom Pastor”. Diferentemente dos pastores terrenos, que são falhos e cheios de limitações, o Supremo Pastor não deixa as suas ovelhas nem sequer por um instante. A figura de pastor ilustra perfeitamente o cuidado de Deus com o seu povo, e nesta perspectiva as suas ovelhas devem corresponder à orientação divina na mesma harmonia de compromisso. O assunto da aula de hoje é relevante para que seus alunos compreendam melhor como se dá esta relação com o Criador, sabendo que assim como Ele exerce responsavelmente o seu papel para conosco, é fundamental que tenhamos o comprometimento de sermos ovelhas obedientes à orientação divina.
O cuidado do Senhor para com os seus filhos não poderia ser mais bem representado nas Sagradas Escrituras do que a ilustração do Bom Pastor que cuida das suas ovelhas. Esta incumbência não se trata de uma obrigação para o verdadeiro pastor, visto que ele mesmo compreende as necessidades e limitações de suas ovelhas. Sabe exatamente que elas não podem sobreviver sozinhas, pois são completamente dependentes de cuidados que somente o pastor pode suprir.
A. O Senhor é o Bom Pastor. No Antigo Testamento, Davi declara no salmo 23, “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. O rei de Israel sabia que a sua vida dependia completamente dos cuidados divinos. Davi conhecia bem o ofício de pastor, pois era ele quem apascentava as ovelhas de seu pai, Jessé (1 Sm 16.11). Por isso a descrição do salmo 23 é tão detalhista quanto aos cuidados de um pastor com as suas ovelhas. Desde a provisão do alimento com pastos verdejantes até os cuidados com a saúde da ovelha ao ungi-la com óleo para que insetos não colocassem larvas sobre a sua cabeça, o zelo pelo bem estar do rebanho exigia dedicação e presença continua do pastor. Estes são aspectos que o Senhor Deus prometeu ao seu povo desde quando o tirou da Terra do Egito (cf. Dt 28.1-14).
B. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Em o Novo Testamento não poderia ser diferente, pois Jesus se identifica como o Bom Pastor que cuida e dá a vida pelas suas ovelhas. Ele demonstrou esse cuidado ao guiar os discípulos e estar com eles continuamente durante o três anos de seu ministério. Não faltou nada para que eles estivessem preparados para dar continuidade ao ministério da pregação do evangelho até os confins da terra. Mesmo assim, Jesus, o Bom Pastor, prometeu estar com eles todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20). O Senhor também demonstrou um amor imensurável pelos seus discípulos ao entregar-se para ser morto sobre a cruz do Calvário. Ele mesmo explicou que o verdadeiro pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Mas o mercenário que só trabalha por interesse, quando nota que as ovelhas estão em perigo, foge (cf. Jo 10.11-15). Jesus, no entanto, não fugiu da cruz, mas se entregou espontaneamente a fim de ser a causa da nossa salvação, mediante o seu sangue derramado na cruz.
C. O Falso pastor abandona o rebanho. Assim como há homens chamados por Deus para cuidar do rebanho do Senhor, há também pessoas que se intitulam escolhidos para este chamado, mas são falsos pastores. Desde o Antigo Testamento o Senhor condenou os falsos líderes que se diziam “pastores” do povo de Deus, mas as suas decisões levaram o povo ao sofrimento e muitos que faziam parte do rebanho de Deus foram espalhados para outras nações (cf. Jr 23.1-6; Ez 34.11-16). Em o Novo Testamento, Jesus deixou bem claro que aquele que trabalha por interesse sempre buscará alguma compensação pelo serviço prestado ao rebanho do Senhor. São pessoas que abandonam as ovelhas na primeira dificuldade e não se importam em procurar as que estão desgarradas (cf. Jo 10.12). A motivação daqueles que verdadeiramente são chamados para cuidar do rebanho do Senhor sempre será o amor.
Reserve um tempo e confeccione um cartaz juntamente com os alunos. No cartaz, recorte e cole figuras do Bom Pastor cuidando das ovelhas. Em volta das figuras, peça os alunos que escrevam num papel pequeno à parte quais sãos as características que devem ser encontradas no Bom Pastor. Você vai precisar de papel 40 kg, tesoura sem ponta, canetinhas coloridas, lápis de cor, revistas e desenhos. Ao final, peça os alunos para expressarem porque escolheram a respectiva característica.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 08 - 3º Trimestre 2018 - A Reforma Protestante - Adolescentes.

Lição 8 - A Reforma Protestante

3º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO:
TENTATIVA DE MUDANÇA
ENFIM A MUDANÇA
A REAÇÃO ROMANA
OBJETIVOS
Relatar os antecedentes da Reforma Protestante;
Ensinar o que levou Lutero a fazer a Reforma Protestante;
Demonstrar as conquistas da Reforma Protestante.
AS 95 TESES
James L. Garlow
     As teses protestavam contra os abusos da Igreja Católica. Protestavam contra a transubstanciação, a doutrina do purgatório (acrescentada às crenças católicas no início dos anos 600, por Gregório), as orações pelos mortos, a venda de indulgências e outros abusos.
    Conforme as ideias de Lutero se espalhavam, mais e mais pessoas começaram a entender como sua mensagem era libertadora. Logo, a popularidade e a audácia de Lutero chamaram a atenção do Vaticano. O papa e os líderes da Igreja Católica começaram a atacá-lo, pedindo-lhe que defendesse publicamente suas teses. A tenacidade e a convicção de Lutero em relação a este desafio tornaram-se muito conhecidas. Em abril de 1518, eles o convocaram para um grande debate com o intuito de fazê-lo desistir de suas teorias sobre a graça. Fracassando em alcançar seus objetivos neste primeiro debate, eles agendaram um outro encontro para outubro de 1518. De novo, Lutero se negou a retratar-se. Por fim, em Julho de 1519, a igreja trouxe seu teólogo “peso pesado”, Johann Eck, famoso professor universitário de Leipzig, Alemanha. Em um momento altamente dramático, Eck forçou Lutero a admitir que fora influenciado pelas ideias de John Huss, que cem anos antes fora queimado na estaca como herege. Lutero, ao admitir a ligação, classificou-se na mesma categoria de Huss: herege. E todos sabiam o que acontecia com os hereges!
    A escrita de Lutero era ainda mais poderosa do que sua habilidade oratória, e provavelmente isto lhe trouxe muitos problemas. Em 1520, ele escreveu quatro obras provocativas que estremeceram as fundações do papado:
    • Tratado das Boas Obras
    • Carta Aberta à Nobreza Cristã da Nação Alemã
    • O Cativeiro Babilônico da Igreja
    • Sobre a Liberdade Cristã
    Intensificou-se a hostilidade entre Lutero e Roma. O papa excomungou Lutero e ordenou a queima de seus livros. A reação audaciosa de Lutero foi declarar a excomunhão do papa! 
(Texto extraído da obra “Deus e o Seu Povo”, editada pela CPAD)
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
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