quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - O Dom de Línguas - Jovens.

Lição 6 - O Dom de Línguas

4º Trimestre de 2018
Introdução
I-O Falar em Outras Línguas
II-O Falar em Outras Línguas na Vida Pessoal
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refutar o argumento de que o dom de línguas é bíblico, mas não é para os nossos dias;
Mostrar que o falar em línguas edifica a nossa vida pessoal.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
O falar em línguas é uma das práticas que crentes pentecostais acreditam serem atuais com base nas Escrituras. Além da promessa de Jesus em Marcos 16 e da narrativa de Lucas em Atos, temos a carta de Paulo aos Coríntios como base para entender a prática do falar em línguas.
Infelizmente, a falta de um estudo adequado das Escrituras traz ideias equivocadas sobre a Igreja em Corinto e suas práticas. Há quem associe as confusões na Igreja de Corinto à prática dos dons espirituais como se os dons do Espírito fossem responsáveis pelos problemas daquela comunidade. Esse é um erro de interpretação, que, de forma premeditada ou não, denigre não apenas o movimento pentecostal, como também os dons espirituais que Deus envia para a sua Igreja.
Ao escrever aos coríntios, o apóstolo Paulo fornece-nos informações preciosas sobre dois dons que, certamente, eram muito usados naquela comunidade: o falar em línguas e o profetizar. Dentro da perspectiva de que as línguas e a profecia são dons do Espírito para a edificação da Igreja, o apóstolo traz orientações sobre como a igreja deve portar-se no trato com essas manifestações.
Se cremos que a Palavra de Deus é inspirada e que Paulo foi inspirado a escrever aos coríntios sobre esse assunto, veremos que o servo de Deus não ensina que esses dons devem deixar de ser ministrados, mas orienta que eles sejam usados da forma correta, tendo em vista que a sua principal função é edificar o corpo de Cristo, quer de forma individual, quer de forma coletiva.
I – O FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS
As Línguas em Marcos 16
Iniciemos nosso estudo sobre as línguas remontando as palavras de Jesus em Marcos 16: “Estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18). João Marcos, o evangelista, tem o cuidado de mostrar que Jesus, já ressuscitado, comissiona seus discípulos com autoridade e poder a que pratiquem, em nome dEle, obras poderosas como, por exemplo, expulsar seres espirituais malignos, curar enfermidades e falar em outras línguas.
Marcos 16 traz as palavras de Jesus numa perspectiva de futuro, ou seja, de coisas que ainda aconteceriam. Os seguidores de Jesus iriam, em seu nome, não apenas falar em línguas, mas também expulsar demônios e curar enfermos. Nesse aspecto, tendo como referência o fim do livro de Marcos, não vemos o falar em línguas acontecendo, mas vemos Jesus já deixando a premissa de que, primeiro, o falar em línguas seria um sinal; segundo, o falar em línguas seria para quem cresse; e, terceiro, o falar em línguas vem acompanhado de outros sinais poderosos, como o expulsar demônios e o curar enfermos.   
O Ensino Paulino sobre as Línguas
Após tratar de diversos assuntos relacionados à divisão na igreja, atitudes para com pessoas desordenadas e a Ceia do Senhor, Paulo dá prosseguimento à sua carta aos Coríntios fazendo uma comparação entre uso do dom de línguas e o uso da profecia. Isso era necessário, pois tratar do uso dos dons era um assunto que deveria ser discorrido naquela comunidade. Deixemos claro que o ensino paulino não impede nem restringe a utilização do falar em línguas, e sim o regulamenta. Qualquer entendimento diferente deste deturpa a ideia original do escritor e, consequentemente, ataca a própria inspiração divina, que moveu Paulo a escrever sobre esse assunto. Além disso, alegar que a Igreja em Corinto era bagunçada por causa dos dons espirituais é o mesmo que dizer que o próprio Deus é responsável pela desordem no culto, pois Ele mesmo deu os dons à Igreja. O que certos intérpretes — que defendem a cessação dos dons — deixam de levar em consideração é que a Igreja em Corinto já tinha seus problemas de desordem, divisões, maus procedimentos na Santa Ceia e até imoralidade sexual. Esses fatores, sim, faziam daquela igreja, em particular, uma igreja que precisava de reprimendas para ajustar-se aos padrões de Deus. E outro aspecto deve ser apresentado: Deus enviou seus dons àquela igreja para que ela fosse edificada. Esse preceito vem sendo atacado hoje por quem entende que os dons cessaram, mas tal opinião não tem respaldo nas Sagradas Escrituras. 
O Ensino Paulino sobre as Línguas
Tem-se crido que a Igreja Coríntia tinha em seus cultos as manifestações dos nove dons espirituais mencionados por Paulo. Acredito que esses dons mencionados no capítulo 12 da Carta são números clausus, ou seja, uma lista fechada, onde não se admite a inserção de outras modalidades de manifestações. Caso o fosse possível, o apóstolo certamente teria mencionado algum outro dom, o que não nos parece ser o caso. Há, sim, outras listas que trazem ministérios e dons dados por Deus, mas a nossa análise será em 1 Coríntios. Os dons descritos no capítulo 12 são suficientes para suscitar questionamentos contrários às ideias cessacionistas no tocante à validade dos dons em nossos dias.
O mais criticado é o dom de línguas, e essa atitude tem uma razão. A doutrina pentecostal tem sido enfática no sentido de ensinar que, de acordo com as referências de Atos 2, 13 e 19, o batismo no Espírito Santo tem o falar em línguas por evidência inicial.
Paulo tem uma perspectiva em relação às línguas diferente dos cessacionistas. Ele reconhece que esse dom vem efetivamente do Espírito Santo: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7). Independentemente de existir cultos na história cujas manifestações tinham similaridades com alguns dons, os dons relatados por Paulo têm origem divina.
Há cultos em que os adeptos tinham momentos de êxtase e falavam palavras desconexas, mas a experiência do falar em línguas mencionada por Paulo é diretamente oposta às outras experiências, pois a sua origem é o Espírito Santo, que criou os dons espirituais, distribuiu-os aos crentes e edificou a sua Igreja por meio deles.
Comparar as experiências dessas religiões ao dom de línguas dado pelo Espírito Santo com o objetivo de desqualificá-lo e chegar à conclusão de que é um fenômeno humano de origem maligna, tendo em vista que seria uma repetição de um padrão de possíveis falas desconexas, é desprezar a fonte que gera e distribui o dom, ou seja, a própria pessoa do Espírito de Deus.
Orar em Línguas
“Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto” (1 Co 14.14). Paulo dá prosseguimento à doutrina ensinada discorrendo sobre a oração. Se entendemos que orar é falar com Deus, também entendemos que a comunicação com Ele em línguas é uma manifestação que é genuinamente pentecostal, porém não restrita aos arraiais pentecostais. As palavras de uma língua não estão necessariamente restritas a uma forma de pensar ou a um grupo de pessoas. O falar em línguas, o derramamento do Espírito e os dons espirituais não estão restritos ao meio pentecostal. A promessa da efusão do Espírito é para toda a carne e não é patrimônio de uma única igreja.
Uma característica destacada por Paulo no assunto das línguas é que, quando utilizadas na oração, fazem com que o espírito ore bem. Parece que não há qualquer impedimento na oração ao Pai Celeste quando se utiliza o falar em línguas.
O apóstolo também destaca que, quando se ora em línguas, “o entendimento fica sem fruto”, ou seja, é como se o intelecto da pessoa não tivesse participação, não entendesse efetivamente o que está sendo falado. Paulo menciona esse fato, mas não dá a entender que o texto seja uma condenação ao orar em línguas. Ele mesmo diz que, ao orar em línguas, “o meu espírito ora bem”. Com certeza, pela revelação do Senhor trazida a Paulo, orar em línguas manifesta uma conexão mais íntima e profunda com o Espírito Santo, sendo difícil crer que Deus tenha reservado esse momento de intimidade com Ele e essa possibilidade de orar em línguas somente para a Igreja Primitiva. Paulo usou o tempo verbal no presente como uma indicação de que, tanto hoje quanto nos dias do apóstolo, o orar em línguas era e é para todos os crentes.
Evidentemente, o apóstolo roga à igreja que use de equilíbrio na prática das línguas na oração: “[...] Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento” (1 Co 14.15). A orientação paulina é que haja um momento adequado para cada tipo de oração, mas não há uma condenação apostólica para a oração em línguas. Paulo também não proibiu o falar em línguas no culto nem no momento de devoção pessoal.  
Um Sinal para os Incrédulos
É provável que, neste verso, Paulo esteja remontando a Atos 2, quando os apóstolos de Jesus falaram em línguas, e as pessoas de outras nações, que estavam em Jerusalém, ouviram todos falando das grandezas de Deus. As línguas não trariam nenhum sentido ao entendimento para quem não compreendia o culto em Corinto, ou seja, um infiel. Entende-se que aqui — se comparado à profecia, que é transmitida na língua vernácula, isto é, na língua nativa das pessoas daquela igreja — as línguas estranhas trariam a ideia de que aqueles crentes estariam loucos, pois eles iriam falar coisas que não poderiam ser entendidas. Por isso, Paulo privilegiava as línguas no culto que eram acompanhadas de interpretação, e a profecia, para que aqueles que não eram da fé soubessem “que Deus [estava] verdadeiramente entre [eles]” (1 Co 14.25). 
II – NA VIDA PESSOAL
A Oração em Línguas
Vejamos como Paulo trata o uso do dom de línguas em 1 Coríntios 14.14-17:
Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. Doutra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto o Amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado. 
Paulo reconhece que a oração feita em línguas faz com que o espírito ore bem. Parece um mistério a forma como as línguas na oração aproximam de Deus as nossas necessidades, súplicas e louvor sem aparentes interferências. A linguagem humana nem sempre é adequada para aproximarmo-nos do Senhor; sendo assim, as línguas seriam a linguagem do nosso espírito falando diretamente com o Espírito Santo. 
Essa modalidade de manifestação não exige que a oração seja traduzida; na verdade, Paulo compreende ser esse momento da oração em línguas algo tão íntimo que não orienta que a oração passe pelo processo de tradução na língua vernácula, nem que a pessoa que está orando em espírito também ore para interpretar a sua oração, como é o caso do falar em línguas em público no culto. Paulo diz que orar em línguas não traz frutos ao entendimento, mas ele também não pede que a oração seja entendida. Não há, portanto, um obstáculo para que passemos momentos com Deus em oração feita na língua do Espírito.
Paulo orienta que há momento para a oração em línguas e para a oração em público. “Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”. O mesmo entendimento que fica prejudicado no uso das línguas para a oração é valorizado quando é feita a oração na língua vernácula, e assim se ora com o entendimento. É possível cantar com o espírito, mas é igualmente possível cantar com o entendimento, ou seja, na língua dos demais membros do corpo de Cristo.
O amém na oração é uma palavra que traz a ideia de concordância do grupo à pessoa que está orando. Para que essa concordância ocorra, é necessário entendimento de todos. Da mesma sorte, quando uma pessoa dá graças a Deus em espírito, o Eterno recebe a gratidão, mas a comunidade não é edificada por não saber o que está sendo transmitido. Mais uma vez, não há uma reprimenda à gratidão em línguas, apenas a sua regulamentação.
Línguas para Falar com Deus
“Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios” (1 Co 14.2). Uma das verdades acerca do dom de línguas é que quem se utiliza dele fala com o Senhor. Paulo diz que há uma comunicação entre a pessoa e Deus por mais que os homens não entendam o que está sendo pronunciado. Essa é uma revelação muito séria, pois o falar em línguas tem sido combatido por cristãos cessacionistas, que acreditam que essa manifestação não seria um dom para a igreja de hoje. Eles baseiam-se no fato de que a revelação de Deus já está toda nas Escrituras, mas, curiosamente para eles, esta parte da revelação nas mesmas Escrituras não teria valor normativo, como justamente a recomendação de orar em línguas e a não proibição de falar em outras línguas; ou seja, seriam relatos que não deveriam ser reproduzidos na vida cristã em nossos dias. Como Paulo não demonstrou esse mesmo entendimento, cremos que o falar em línguas inicia uma comunhão mais íntima com Deus no momento em que o dom é manifesto, e é isso que a Bíblia diz.
Em comparação com o dom de profetizar, o dom de línguas tem um alcance individual, ou seja, se a pessoa fala com Deus no dom de línguas, a pessoa fala com os homens no dom de profetizar. O juízo de valor estabelecido por Paulo refere-se ao alcance de cada um desses dons, e um tem alcance mais amplo que outro nessa esfera. Assim sendo, não se pode dizer que as línguas não têm serventia no culto.
Nessa vertente, observa-se que os estudiosos que criticam o uso das línguas no culto são os mesmos que não incentivam a profecia, pois eles entendem que profetizar, de acordo com 1 Coríntios 14, não é a pregação da Palavra de Deus, mas o recebimento de uma palavra de forma espontânea vinda diretamente dEle. Para tais teólogos, o maior desses dons é a profecia, mas não podem haver manifestações de profecias em suas igrejas. Na prática, há pessoas que escolhem as partes das Escrituras que lhes interessam ou que lhes são adequadas a uma visão teológica. Ou levamos a sério a revelação dada por Deus por inteiro ou, então, escolheremos os textos que mais nos agradam, desprezando os demais que não combinam com a nossa ótica filosófica.    
Edificação Pessoal
“O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4). Paulo mostra a primeira diferença entre o ato de profetizar — e, nessa passagem, não se trata da pregação da Palavra de Deus — e o falar em línguas. O ato de profetizar traz uma edificação coletiva, ao passo que o falar em línguas traz edificação pessoal. É inegável que o ato de profetizar na língua vernácula traz uma edificação muito maior, pois a profecia alcança a congregação. É igualmente inegável, porém, que o falar em línguas fortalece quem fala, e isso é o apóstolo Paulo que está ensinando. Contradizer esse princípio equivale a contradizer o restante dos escritos paulinos, pois não há um escrito mais inspirado e outro menos inspirado. Não é pecado edificar a si mesmo. Na Igreja de Cristo, há espaço para os que profetizam e edificam a igreja e há espaço para os que falam em línguas edificando a si próprios. A utilidade de cada dom tem sua oportunidade e espaço para a glória de Deus. É notório que há cristãos que intelectualmente entendem ser a profecia um dom de alcance plural, mas rejeitam sua manifestação genuína em suas igrejas. Para sermos honestos intelectualmente, precisamos ser coerentes com o que a Palavra de Deus fala e estar abertos a praticar o que foi falado.  
Agradecendo a Deus
“Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado” (1 Co 14.17). A gratidão é uma das características que traz contentamento a Deus em nossa relação com Ele. Tão importante quanto a santidade, que nos desafia a ser pessoas separadas para Deus, a gratidão faz de nós pessoas que reconhecem que Deus foi quem nos beneficiou, que nos fez um favor, seja por meio de uma resposta de oração, seja simplesmente por um ato de sua vontade para conosco sem que tivéssemos pensado ou pedido.
Paulo mostra que as línguas são um instrumento de manifestação de gratidão por parte de quem fala, e Deus certamente se envolve nesse momento de reconhecimento. A gratidão manifesta no falar em outras línguas, entretanto, não edifica outras pessoas.
Essa observação do apóstolo torna a mostrar que o falar em línguas tem um caráter pessoal quando visto sobre a perspectiva do alcance da coletividade. Não há impedimento para que se fale em línguas na congregação, pois tal manifestação inclui a nossa gratidão a Deus. Concordamos que há uma diferenciação sobre o alcance coletivo e o individual no contexto paulino, mas entendemos que essa diferenciação tem um caráter educativo, ou seja, o objetivo é efetivamente incentivar o dom de uso coletivo sem desprezar o dom de alcance individual. 
III – AS LÍNGUAS NA IGREJA
Podem ser Interpretadas
“E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação” (1 Co 14.5). Pela primeira vez, Paulo equipara aqui a pessoa que profetiza à pessoa que fala em línguas. Essa equiparação acontece justamente quando a pessoa que fala em línguas também a interpreta, de forma que a congregação é edificada. Sem tal junção, fala e interpretação, a igreja não é alcançada. Novamente, cabe a ideia de que Paulo não dá a entender que a profecia é a pregação da Palavra de Deus. Ele está falando dentro de um contexto em que o falar em outras línguas está sendo visto na igreja, e não de um momento no culto em que a Bíblia é explicada.
“Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar” (v. 13). De forma novamente didática, Paulo orienta os crentes em Corinto que busquem em oração a interpretação das línguas. Há o dom de interpretação de línguas dado pelo Espírito de Deus, e esse dom está disponível para a congregação. Paulo mostra que a oração é o caminho para que se possa receber de Deus essa graça e justamente para que haja entendimento das línguas que estão sendo faladas.
A interpretação contextualiza o que está sendo falado. Imaginemos o seguinte cenário: O primeiro culto cristão em terras brasileiras foi celebrado a indígenas e na língua latina. Pense no alcance dessa comunicação aos habitantes da então chamada Terra de Santa Cruz. Como eles não entendiam o latim, e os descobridores não falavam as línguas nativas, não houve qualquer comunicação entre esses grupos, mesmo que o culto tenha sido realizado.
Paulo prossegue: “Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar”. Falar em línguas não é um dom desprestigiado por Paulo na igreja. O alcance individual desse dom ganha contornos públicos quando as línguas faladas são interpretadas. No capítulo 12, Paulo diz que, pelo Espírito, há o dom de interpretar línguas, o ermēneia glōssōn, dado pelo Espírito Santo. O Eterno sabe que falar em outras línguas tem seus momentos e que a interpretação dessas línguas dadas por Ele tem por finalidade edificar a sua igreja quando as línguas são interpretadas.
Não é demais falar que as línguas parecem ter um significado profético quando são interpretadas, e a responsabilidade pela busca da interpretação é do falante, que deve orar e pedir a Deus que lhe conceda a capacidade, que é dada pelo Espírito, de trazer a interpretação à congregação. Da mesma forma que Tiago orienta os crentes que têm falta de sabedoria para que venham pedi-la a Deus, Paulo orienta que quem fala em línguas deve orar para interpretá-las. Note que, se o falar em línguas não traz o entendimento ao falante, ele deverá buscar a interpretação e o entendimento daquilo que está sendo falado quando se dirigir à congregação.  
Não Pode Atrapalhar o Culto
Uma característica que precisa ser observada é que o culto ao Senhor não pode ser atrapalhado ou obstruído pela manifestação dos dons espirituais. Eles devem ser vistos na igreja, mas não podem ocupar espaço no culto de tal maneira que gere desordem ou traga transtornos. Deus ordena que haja cânticos entre os irmãos e expressões de louvor que farão parte do culto.
Ele também ordena que os que falam em línguas façam-no em até duas pessoas e, se houver uma terceira, que seja para interpretar. Reiteramos que Paulo não está proibindo o falar em línguas no culto, e sim trazendo um norte, um senso de organização a uma igreja que, por natureza, como já havíamos dito, precisava de orientações em todos os aspectos. O mesmo vale para a profecia: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Co 14.29). Nessa passagem, o termo “profetas” não se refere aos que trazem a pregação da Palavra de Deus, e sim aos que receberam o dom do Espírito para profetizar, assim como profetizavam os servos do Senhor no Antigo Testamento. Se fossem pregadores e expositores da Palavra, teríamos uma dificuldade textual, pois seríamos levados a crer que dois pregadores falavam ao mesmo tempo na Igreja em Corinto. Imagine um culto em que duas pessoas falam em línguas em um tom de voz mais alto. Agora imagine se fossem dois pregadores falando ao mesmo tempo. A quem a congregação ouviria? Por isso, cremos que profecia e pregação são atividades distintas. Em que pese tal opinião, o que importa é que a ordem no culto deve ser respeitada pelos que manifestam os dons espirituais pelo Espírito.      
Um Culto com Ordem
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26). No texto em que aborda a questão do culto, parece que Paulo traz o seguinte questionamento aos coríntios: o que eles deveriam fazer? Quando se ajuntassem, teriam diferentes formas de demonstrar sua adoração e comunhão com Deus: entoar um salmo, ensinar uma doutrina, trazer uma revelação recebida de Deus, falar em línguas e interpretar. A base desse conjunto de manifestações era que tudo deveria ser feito para a edificação, e não para a divisão ou confusão no ambiente do culto.
Completamos que a interpretação das línguas auxilia na ordem do culto, por trazer o entendimento necessário daquilo que Deus está transmitindo à congregação.
Falando de Forma Ordenada
“E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.27,28). Paulo orienta o ato de falar em línguas no culto público. Seu objetivo não é limitar o dom de línguas, mas, sim, mostrar a forma correta de utilizá-lo em público. Assim como uma pessoa cheia do Espírito pode falar em línguas nos seus momentos pessoais de devoção a Deus, ela também pode falar em público e na igreja; essa manifestação pública, contudo, deve seguir regras. Falar dois, no máximo três, é a orientação. Nesse aspecto, mesmo cultos pentecostais precisam respeitar a orientação bíblica de falarem dessa forma. Parece-nos que não há uma restrição a muitas pessoas falarem em línguas ao mesmo tempo; o verso 28 diz que, “se não houver intérprete, esteja calado na igreja”, uma possível indicação de que havia pessoas que falavam em línguas em um tom mais alto, sendo audível a toda a congregação. Duas a três pessoas falando em línguas num nível de decibéis que alcance todas as pessoas é o suficiente — e que haja interpretação. O objetivo dessa norma é focar na ordem e na modéstia do culto; neste, as pessoas podem manifestar sua espiritualidade sem exageros.   
Buscando a Profecia como Dom
“Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.39,40). Paulo encerra essa parte da Carta com a orientação de buscar com dedicação e com zelo o ato de profetizar, e não proibir o falar em línguas. Ele antecede essa conclusão chamando a atenção dos leitores: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (v. 37). É curioso que a aferição de espiritualidade não é o profetizar ou o falar em línguas, mas, sim, o ato de reconhecer que Paulo está ensinando mandamentos do Senhor. O termo “portanto” é conclusivo, ou seja, completa um ciclo de pensamentos. Foi necessário o apóstolo pronunciar-se dessa forma para que os crentes coríntios não desprezassem o falar em línguas, como o fazem os cristãos cessacionistas.
Se não fosse para usar esse dom, Deus não o enviaria para edificar a sua Igreja. A busca com zelo é para todos os crentes que creem que os escritos de Paulo são a Palavra inspirada de Deus. E, em nossos dias, seria a igreja diferente da igreja daqueles dias? Cremos que profetizar é necessário hoje, tanto quanto o foi naqueles dias de Corinto. Falar em línguas traz benefícios individuais aos crentes, e o benefício é coletivo se as línguas forem interpretadas. E o que é perfeitamente necessário é isto: o culto deve ter ordem e decência. Um culto verdadeiramente pentecostal não necessita de eventos pirotécnicos para chamar a atenção dos ouvintes para as verdades de Deus. O culto também não deve ser engessado, frio, sob a égide de ser um culto racional, sem que o Senhor tenha a oportunidade de ser aquEle que conduz o seu povo à adoração.
Conclusão
A Bíblia é enfática quando diz que o dom de línguas não pode ser desprezado. Sua utilização deve seguir regras que ilustram um culto com ordem, onde Deus faz-se presente edificando o crente de forma individual, ou à igreja, com a interpretação das línguas. E, acima de tudo, que o dom de línguas ache espaço entre nós, em nossas orações, em nossos momentos com Deus, mas também na igreja, onde o Senhor valer-se-á de intérpretes para que tragam o entendimento do que está sendo falado.
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 06 - 4º Trimestre 2018 - Sinceridade e Arrependimento Diante de Deus - Adultos.

Lição 6 - Sinceridade e Arrependimento Diante de Deus 

4º Trimestre de 2018
Marcelo Oliveira de Oliveira
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
II – A HIPOCRISIA DO FARISEU
III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
CONCLUSÃO
INTERPRETANDO A PARÁBOLA
Wagner Tadeu dos Santos Gaby
Eliel dos Santos Gaby
Estamos diante de uma parábola narrativa, direta e simples. É uma comparação de dois personagens opostos por meio de uma justaposição: o fariseu e o publicano. Depois de haver ensinado a respeito da necessidade e do poder da oração por meio da parábola “do juiz iníquo”, Jesus conta essa parábola com o objetivo de ensinar a atitude correta na hora da oração. Agora somos ensinados que não basta perseverarmos na oração, é preciso cultivarmos uma atitude correta.
O fariseu pertencia a uma das principais seitas dos judeus, muito mais numerosa do que a dos saduceus, e de mais influência entre o povo. Insistia no cumprimento rigoroso da Lei e das tradições dos anciãos. Fariseu significa “separado”, porque não somente se separava dos outros povos, mas também dos outros israelitas. Os fariseus observavam as práticas de forma minuciosa; contudo, esqueciam do espírito da Lei, como se nota na forma como se lavavam antes de fazer as refeições, na lavagem dos copos, dos jarros, etc (Mc 7.3,4); em pagar escrupulosamente o dízimo (Mt 23.23); na observância do sábado, etc.
Elwell destaca que "segundo o ponto de vista tradicional, embora nem todos os fariseus fossem peritos na Lei, o farisaísmo era a ideologia da vasta maioria dos escribas e mestres da Lei, assim, os fariseus eram os guardiães e intérpretes da Lei e as instituições judaicas associadas com a Lei, tais como a sinagoga e o sinédrio, eram farisaicas”.1 As denúncias de Jesus contra os fariseus encontram-se em Mateus 23.13-30 e Marcos 7.9. Nesta última passagem Jesus disse: “Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição”.
Em Isaías 29.13 o profeta criticava os hipócritas: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído”. O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal destaca que “Jesus aplicou as palavras de Isaías a esses líderes religiosos, porque eles podiam proferir as palavras corretas e fingir sua devoção a Deus, mas seu coração estava longe dele e Jesus atacou a verdadeira condição do seu coração”.2 Pois se preocupavam com detalhes do cotidiano e desprezavam a observância da Lei de Deus e seu verdadeiro significado.
Os publicanos eram cobradores de impostos públicos entre os antigos romanos. Os judeus consideravam os publicanos traidores e apóstatas porque cobravam os impostos para a nação que os oprimia. Eles eram julgados como pessoas de vil caráter, porque, também, acabavam extorquindo grandes quantias de dinheiro do seu próprio povo (Lc 3.12, 13; 19.8). Eles estavam classificados sempre entre os pecadores (Mt 9.10, 11), os pagãos (Mt 18.7) e as meretrizes (Mt 21.31). O povo murmurava pelo fato de Jesus comer com eles (Mt 9.11; 11.19; Lc 5.29; 15.1,2). Mateus era um publicano.
Champlin destaca que “na antiguidade, as taxas e impostos frequentemente eram coletados por indivíduos privados empregados com esse propósito, e não por agentes governamentais oficiais, assim, tais indivíduos tiravam proveito da situação a fim de auferirem ganhos desonestos”.3 É por esta razão que os publicanos estão associados aos pecadores, reunindo assim “duas classes que tinham grande afinidade de espírito. Pensava-se que nenhum publicano podia ser homem honesto, tão má era a reputação da categoria”.4
Os judeus da cidade de Jerusalém tinham o costume de fazer orações nas horas costumeiras (9h da manhã e 3h da tarde). Entretanto, mesmo fora dos horários regulares havia pessoas orando no templo (Lc 2.37; At 22.17). Um fariseu e um publicano subiram ao templo com o fim de orar à mesma hora. No aspecto religioso e moral reinava no judaísmo daquele tempo uma grande distância entre essas duas classes do povo.
O fariseu, como vimos, era tido como um homem que cumpria a Lei com exemplar rigorismo inatacável. Já o publicano era considerado uma pessoa que vivia em flagrantes pecados e vícios, era mesmo equiparado aos gentios. Essas duas figuras estão orando juntos à mesma hora no templo. Eis o que diz a parábola.
Esta parábola nos ensina que a religiosidade não tem valor para Deus quando não existe sinceridade de coração. O fariseu e o publicano tiveram atitudes semelhantes, ou seja, estavam buscando ao Senhor em oração, porém, o fariseu é reprovado por causa de sua hipocrisia, enquanto que o publicano, mesmo sendo pecador, tem a aprovação divina. “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lc 18.14).
O publicano é um exemplo de alguém que tem consciência de sua condição espiritual. Diferente do fariseu, o publicano coloca-se na presença de Deus com coração contrito, reconhecendo-se como pecador e completamente dependente de Deus. Nesta parábola somos ensinados sobre a necessidade de avaliarmos nossa condição espiritual quando nos colocamos na presença de nosso Deus.
Lockyer destaca que “os dois homens que subiram para orar no templo são diferentes em caráter, credo e na forma de auto-exame, e, ambos se apresentam diante do Santo Deus, mas com uma diferença radical de atitude”.5 Este autor também destaca que “aqui estão dois indivíduos amplamente apartados um do outro, tanto em seu modo de viver como na opinião que o público tinha deles; são representantes de duas classes — (o primeiro) dos arrogantes mantenedores da lei e (o segundo) os desprezados transgressores da lei”.6
Esta parábola destaca a necessidade de uma vida de oração realizada com propósito correto, de maneira constante e com humildade no coração, reconhecendo a necessidade de ser alcançado pela graça de Deus. Em Tiago 5.16 a Bíblia diz que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Shedd e Bizerra destacam que a “oração serve para acalmar o espírito e para receber do Senhor sabedoria, de perceber mais claramente que o Senhor é bom e que sua misericórdia dura para sempre, mesmo quando passamos pela tempestade”.7 O publicano entendeu essa realidade, ao passo que o fariseu não julgava-se necessitado.
Texto extraído da obra “As Parábolas de Jesus:As verdades e princípios divinos para uma vida abundante.” 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018”.

1 ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 2009. p. 149.
2Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. p. 233.
3 CHAMPLIN, Russell N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 5. 11. Ed. São Paulo: Hagnos, 2013. p. 505.
4Ibidem.
5 LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia –Uma análise detalhada de todas as parábolas das Escrituras. São Paulo: Editora Vida, 2006. p.389-390.
6Ibidem.
7 SHEDD, Russell e BIZERRA, Edmilton. Uma exposição de Tiago –a sabedoria de Deus. 1. ed. São Paulo: Shedd Publicações, 2010. p. 168.

Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão disponíveis toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não se trata de uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - A História de Rute - Berçário.

Lição 5 - A história de Rute

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Demonstrar através das atividades e exposições, que devemos sempre ajudar uns aos outros.
É hora do versículo: “[...] Deixe que eu vá até as plantações para catar as espigas [...]” (Rute 2.2).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história de Rute, que o Papai do Céu abençoa as pessoas que gostam de ajudar. As crianças podem ajudar a mamãe guardando seus brinquedos depois de brincar com eles.
E nessa história os bebês saberão que Rute saía para catar espigas para ela e sua sogra poderem se alimentar.
Imprima a folha abaixo e distribua para as crianças colorirem a espiga de milho. Em seguida, distribua alguns grãos de milho para que colem na espiga. Diga que as espigas que Rute colhia para comer eram parecidas com essa da imagem. Cuide para que as crianças não coloquem os milhos no nariz ou na boca e se engasguem. Faça esta atividade depois de realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo.
milho.licao5.bercario
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Papai do Céu me Dá Inteligência - Maternal.

Lição 5 - Papai do Céu me Dá Inteligência

4º Trimestre de 2018
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que a inteligência é um presente de Deus. 
Para guardar no coração: “[...] É El quem dá sabedoria aos sábios [...].” (Dn 2.21)
Bem-vindo
“Ao receber cada aluno, faça-o sentir-se especial e amado. Convide as crianças a usar a inteligência que o Papai do Céu nos dá, e aprender um cântico bem bonito para louvá-lo. Cante o corinho sugerido para a aula de hoje.
Sugestão de oração
“Papai do Céu, obrigado pela inteligência e a sabedoria que o Senhor me dá. Com elas, eu posso aprender a Bíblia e muitas outras coisas! Em nome de Jesus, amém”. (Marta Doreto)
Pense..."Quando o império babilônico precisou de homens cultos, que governassem ao lado do rei, os escolhidos para os cargos foram os jovens “instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento” (Dn 1.4). Não pense que a coisa está mais fácil hoje; ao contrário, o mercado de trabalho está cada vez mais exigente, requerendo profissionais especializados. Terá mais chance quem estiver melhor preparado.
Há quem diga que o estudo mata a espiritualidade, mas tal idéia não encontra respaldo na Bíblia. Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios — língua, escrita, tecnologia, etiquetas da corte, política, estratégias de guerra, etc (At 7.22). Entretanto, esse homem preparadíssimo foi fiel até o fim. Ao mencionar o seu preparo intelectual, a Bíblia destaca também a sua fé e fidelidade (Hb 11.23-27). Além disso, todo o seu saber foi colocado à disposição de Deus, e os seus conhecimentos ajudaram-no a conduzir os israelitas através do deserto. Portanto, leve a sério os seus estudos; dedique-se a ler e estudar. E acima de tudo, conte com Deus e busque sua bênção para os seus estudos” (Marta Doreto). 
Perfil da criança do maternal
“Afirmam os especialistas que uma criança desta faixa etária aprende mais através das emoções que pelos processos da mente. Então, faça de suas emoções um recurso para o aprendizado. Alcance-lhes a mente e o coração através de cânticos vibrantes, histórias cheias de suspense, e com um clímax realmente tocante. Coloque na sua voz e nas expressões corporais e faciais toda a emoção dos personagens da história. Nada é demasiadamente exagerado para a turma do maternal.” (Marta Doreto)
Sugestão para o versículo
Faça dois retângulos de cartolina de cor alegre, de aproximadamente 45 x 25 cm. Una os retângulos, colando três lados, formando uma espécie de envelope horizontal. Decore o envelope com figuras de lápis coloridos, a fim de que pareça uma caixa de lápis de cor. Com retalhos de cartolina de cores vivas e variadas, faça seis lápis de vinte centímetros de altura por sete de largura. Faça cada lápis com duas lâminas de cartolina coladas uma à outra, para que fiquem firmes. Em cada lápis, escreva uma palavra do versículo. Na “caixa”, escreva a referência. Ao memorizar o versículo, vá tirando os lápis um a um, e depois torne a guardá-los da mesma forma. Repita a operação quantas vezes forem necessárias. Depois embaralhe os lápis, e deixe que alguns voluntários os coloquem na ordem certa, dentro da caixa.
Explicação do versículo: A Bíblia está dizendo que é o Papai do Céu quem nos dá sabedoria. Nós precisamos de sabedoria e inteligência para aprender as coisas e para fazer tudo certinho. Você já sabe escovar os dentes sozinho? Que bom! Isto significa que você tem inteligência e sabedoria. Você entende a história bíblica que a tia conta, e aprende o versículo, porque é inteligente. É o Papai do Céu quem lhe dá inteligência e sabedoria. E agora, vamos usar a inteligência que o Papai do Céu nos dá para aprendermos o versículo da Bíblia. (Mostre o visual e memorize o verso). (Marta Doreto)
Até logo
Depois de repetir o versículo e o cântico do dia, encerre a aula com uma oração. Prepare as crianças para a saída. Quando os pais ou responsáveis forem buscar as crianças, recomende que, em casa, leiam a história bíblica de hoje para o(a) filho(a). Sugira que utilizem uma bíblia infantil. O texto bíblico da lição se encontra em Daniel 1.1-21. 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista de Maternal

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Na Casa do meu Amigo eu Ajudo - Jd. Infância.

Lição 5 - Na Casa do meu Amigo eu Ajudo

4º Trimestre de 2018
Objetivos: Os alunos deverão identificar a unidade entre os irmãos; e buscar querer ajudar os irmãos.
É hora do versículo: “Se alguém lhe pedir alguma coisa, dê; e, se alguém lhe pedir emprestado, empreste” (Mt 5.42).
Nesta lição, as crianças aprenderão, através da história dos primeiros cristão pertencentes à Igreja Primitiva, que a união de todos no partir do pão e nas orações, faziam com que todos fossem muito abençoados.
Após realizar todas as atividades propostas na revista do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo com a palavra AJUDA escrita nela. Entregue para as crianças decorarem a palavra. Incentive seus alunos a serem ajudantes na obra do Senhor, ajudar as pessoas idosas, doar aquilo que não estiver mais usando, desde que esteja em bom estado.
Sobre a seção FIXANDO A APRENDIZAGEM, observe que a intenção dessa atividade é reforçar a importância de um ajudar o outro. Caso contrário, a brincadeira não terá sucesso. Assim é na igreja e na vida, sempre um ajudando o outro para termos sucesso em tudo que nos propormos fazer. 
ajuda.licao5.jardim
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Efésios : A Carta da Fé, do Amor e das Virtudes - Adolescentes.

Lição 5 - Efésios: A Carta da Fé, do Amor e das Virtudes

4º Trimestre de 2018
ESBOÇO DA LIÇÃO
QUEM NÓS ÉRAMOS ANTES DE ESTAR EM CRISTO?
SALVOS PELA GRAÇA MEDIANTE A FÉ
UMA VIDA DE AMOR E DE BOAS OBRAS
A SALVAÇÃO PELA GRAÇA
Marcelo Oliveira de Oliveira
     Uma acusação comum aos pentecostais é que não conhecemos a graça de Deus. Acusa-nos de legalistas porque em pleno século XXI preservamos costumes − como os que de quaisquer igrejas evangélicas também são conservados, embora diferente dos nossos − em detrimento da graça de Deus, dizem eles.
   Nesse assunto, os pentecostais também concordam com a teologia arminiana, em que o fundamento essencial na dinâmica da salvação é o da graça preveniente e que toda salvação é fruto inteiramente da graça de Deus. Retomando mais uma vez o auxílio do teólogo arminiano Roger Olson, passamos a conceituar graça previniente.
A graça preveniente é uma doutrina elevada da graça
     Com graça preveniente se quer dizer o chamado de Deus no sentido de ser dEle a iniciativa do começo de relação com uma pessoa que é livre para responder a esse chamado com arrependimento e fé. Esse processo preveniente da graça, segundo Roger Olson, inclui ao menos quatro aspectos: chamada, convicção, iluminação e capacitação. Por isso, alinhado à visão arminiana, o pentecostal não tem dificuldade de pregar a graça de Deus e, ao mesmo tempo, reconhecer que a chamada para a salvação pode ser rejeitada pela pessoa. É muito claro para o pentecostal que nenhuma pessoa pode arrepender-se, crer e ser salva sem o auxílio sobrenatural do Espírito Santo. Este age do início ao fim do processo salvífico. Entretanto, é preciso que a pessoa não resista ao Espírito, como fizeram os fariseus ao resistirem arduamente à mensagem de Jesus Cristo (Mt 12.22-32), mas coopere com o Espírito reconhecendo a própria condição de pecador e crendo no único Salvador.
O que pensava Armínio acerca da graça de Deus na salvação?
      Segundo Roger Olson, a teologia de Armínio sempre foi compromissada com a graça de Deus e o teólogo holandês jamais atribuiu qualquer eficácia salvífica à bondade ou à força de vontade do ser humano. Isso é importante destacar, pois é um equívoco pensar que quem afirma que o ser humano pode resistir a graça de Deus está dizendo que o que define a salvação é a vontade humana. Nada mais injusto!
     Não havia dúvida para Armínio que a salvação era de graça, provinha de Deus, era um presente incomensurável do Altíssimo para o homem. Entretanto, o problema para Armínio, e o mesmo para os pentecostais, era que “de acordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida”. 
Texto extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor do Setor de Educação Cristã da CPAD
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Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada - Adultos.

Lição 5 - Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada 

4º Trimestre de 2018
Marcelo Oliveira de Oliveira
ESBOÇO GERAL
INTRODUÇÃO
I – INTERPRETANDO AS PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS
II – PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU
III – HÁ ALEGRIA NO CÉU QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE
CONCLUSÃO
A quantidade de pessoas que estão nos tráficos de drogas, nos roubos ou em ato de corrupção, e que um dia teve acesso à igreja local, é grande. A verdade é que muitas delas que um dia frequentaram nossos cultos, ouviram nossas pregações e participaram de nossas ceias, hoje, não estão mais entre nós. A causa disso pode ser variada, mas o Evangelho nos mostra que é o nosso dever buscar quem se desgarrou do aprisco. Por isso a lição desta semana (1) tratará da interpretação de duas parábolas, a da ovelha e a da dracma perdida; (2) mostrará que precisamos buscar quem se desgarrou; (3) conscientizará o fator teológico do que acontece no céu quando um pecador se arrepende: há alegria, festa.
Deixemos de justificativas para não buscar quem se desgarrou
É muito fácil justificar a decisão das pessoas que deixaram a igreja local. Os religiosos da época de Jesus faziam a mesma coisa. Neste contexto, o nosso Senhor contou as duas parábolas. O público que lhe ouvia estava acostumado rotular pessoas, ou a receber esse rótulo, que não seguiam oficialmente a religião judaica: pecadoras.
Hoje, em pleno século XXI, corremos também o risco de rotular os que saíram do nosso meio, apaziguando nossas consciências com afirmações tais: não eram do nosso meio; eram rebeldes; só davam dor de cabeça.   
Cuidemos para não sermos insensíveis
Antes de nos insensibilizar, devemos lembrar alguns princípios que norteiam a fé evangélica: Deus quer que todos se salvem; foi ordem de Jesus que buscássemos quem se desgarrou; Deus está interessado no arrependimento do pecador.
Independente do pecado que alguém cometeu, se houver arrependimento, há remissão de todo o pecado. Aqui, o papel do pastor local e da comunidade de santos é fundamental. Embora o pastor não perdoe os pecados, nem a igreja também, todavia, o ministério pastoral, bem como o Corpo de Cristo, pode atuar como um instrumento poderoso de reconciliação do pecador.
Outrossim, não podemos esquecer que também é possível que a liderança da igreja, ou pessoas, precise confessar seus pecados contra o próximo e pedir o perdão. O afastamento de uma pessoa pode esconder um equívoco oficial da comunidade de crentes. Nesse sentido é preciso ter a humildade para reconhecer erros, pedir perdão e restabelecer a comunhão. Isso é desejo do Pai que seja assim.
Não esqueçamos: o nosso ministério é o da reconciliação!
Texto extraído da revista “Ensinador Cristão”, nº 76, p.36, editada pela CPAD.  
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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Abigail, a Heroína que Deus Tornou Rainha - Primários.

Lição 5 - Abigail, a Heroína que Deus Tornou Rainha

4º Trimestre de 2018
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus abençoa quem promove a paz e não brigas.
Ponto central: Os filhos do Príncipe da Paz são pacificadores e muito abençoados.
Memória em ação: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mt 5.9).
      Querido (a) professor (a), em meio a um momento tão bélico e caótico em nossa sociedade, há ainda maior urgência de anunciar o genuíno ensino de Jesus de sermos pacificadores, isto é, pessoas que trabalham pela paz. Com tanto discurso de ódio, muitas vezes vindo até de pessoas que se dizem cristãs, nós somos convocados pelo Senhor a nos levantarmos como pacificadores em nossa geração (Cf. Mt 5.9).
      Não basta apenas dizermos que desejamos a paz, precisamos diariamente promovê-la, trabalhar por ela, em palavras, evidentemente, mas, sobretudo com ações. Uma delas é esta de ensinar, desde já, a estes pequeninos a serem verdadeiros emissários do Senhor na Terra, semeando seu amor e sua paz, que excede todo entendimento (Cf. Jo 14.27; Fp 4.7).
     Que grande privilégio você tem de ensinar algo tão nobre e necessário da Palavra de Deus para os seus primários! E, como sempre reforçamos aqui, não há forma mais eficaz de ensinar do que com o exemplo. Conforme frisa Provérbios 22.6, não basta “apontar o caminho”, dizer o que é certo; é preciso instruir “andando” nele.
      Propomos que após o momento de memorização do versículo, com a atividade proposta em sua revista, você pergunte para as crianças alguns exemplos, situações, formas que podemos ser pacificadores, ou seja, maneiras de fazer algo em prol da paz: ajudar amiguinhos que estão “de mal” a voltarem a se falar; falar do amor de Deus para as pessoas brigonas, etc.
     Em seguida, havendo tempo hábil, como sugerimos na sessão “Oficina Criativa”, permita que eles mesmos confeccionem suas bandeiras em TNT branco. Ofereça materiais que você tenha disponível para que enfeitem com criatividade, da maneira que cada um desejar, mas todas precisam ter o versículo aprendido hoje: “Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos” (Mt 5.9).
     O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Felizes os que são Humildes de Coração - Juniores.

Lição 5 - Felizes os que são humildes de coração

4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Mateus 5.5; João 6.1-13.
Prezado(a) professor(a),
A lição desta semana nos apresenta um fato bem curioso que revela o olhar de Deus sobre o coração humilde. Jesus não operava milagres apenas com vista em atender alguma necessidade humana, mas também tinha como finalidade ensinar grandes lições aos seus discípulos e seguidores. Na história de hoje, o Mestre utiliza o evento da multiplicação dos pães e peixes para ensiná-los que basta apenas um coração humilde e disposto a ser usado por Deus para que maravilhas aconteçam. O centro das atenções na história de hoje não é o próprio Jesus, e sim o menino que, humildemente, apresenta aos discípulos apenas cinco pães e dois peixinhos na intenção de colaborar para que a multidão tivesse a fome saciada. Mas o que seria aquela mera quantidade de alimentos para uma tão grande multidão? O que parecia ser insuficiente foi, justamente, o que o Mestre usou para operar um grande milagre. Jesus ensinou uma grande lição de humildade aos seus discípulos. Assim como o menino se apresentou diante deles, tudo o que o Senhor precisa para operar um milagre é a entrega humilde de um coração sincero e que se preocupa com a necessidade do próximo.  Na aula de hoje, é importante que seus alunos aprendam com o exemplo daquele menino, que mesmo sem a noção completa do problema e tendo pouco a oferecer, humildemente, compartilhou o que tinha com aqueles que precisavam.
A. Um gesto de humildade. O exemplo do menino deve ser explorado ao máximo na lição desta semana. É importante que seus alunos aprendam a mesma lição que os discípulos de Jesus precisavam aprender: Deus honra o coração humilde que oferece o seu melhor (cf. 2 Sm 24.23,24; 2 Co 9.7). O interessante da simplicidade do menino é que ele não parou para pensar na dimensão do problema que os discípulos se preocupavam em resolver. Quando o Mestre pergunta onde comprariam tantos pães para aquela multidão se alimentar, a resposta de Filipe visava apenas as circunstâncias. Nesta ocasião, Jesus mostra que a atitude de Filipe não reflete a mesma simplicidade do menino. O exercício da fé requer dos seguidores de Cristo não compreender as realidades da vida na mesma perspectiva dos descrentes que não possuem a mesma experiência de fé (cf. 2 Co 5.7). Em contrapartida, a fé exige confiar em Deus mesmo quando as circunstâncias não apresentam nenhum ponto favorável para acontecer o milagre (cf. Hb 11.1). Era um exercício de aprendizagem para os discípulos e também o é para nós como seguidores de Cristo.
B. Um coração sincero que se preocupou com a necessidade do próximo. Uma das atitudes do menino que mais chama a atenção nesta história é a sua prontidão em desejar compartilhar com a multidão tudo o que tinha. Era óbvio que apenas cinco pães e dois peixinhos não eram o suficiente para alimentar uma grande multidão. Mas o menino não teve a mínima preocupação, ele apenas fez a sua parte, levando aos discípulos tudo o que tinha (v. 9). É importante que seus alunos aprendam a agir do mesmo modo. Não importa o quanto podemos fazer para a obra de Deus e sim como estamos fazendo. O Mestre ensinou que tudo quanto fizermos em favor das pessoas, a Ele estamos fazendo. Outro detalhe é que o menino não se importou se as outras pessoas não estavam contribuindo. De forma simples e sincera, ele apenas estava focado em fazer a sua parte. Jesus, ao ver a sinceridade do menino, opera um grande milagre de modo que a multiplicação dos pães e peixes sobejou a ponto de sobrar doze cestos de pedaços de tudo o que haviam comido (vv. 12,13). Ensine aos seus alunos que a bênção do Deus é completa onde há sinceridade e verdade. Se cada um fizer a sua parte o Senhor honrará e um grande milagre acontecerá, até mesmo sobre aqueles que não tiverem fé suficiente.
A lição desta semana traz um grande exemplo de fé e honestidade que resultou em grande milagre. Ressalte que Deus se alegra quando nos apresentamos diante dEle de forma simples e verdadeira. A Palavra de Deus afirma que o Senhor não rejeita um coração quebrantado (cf. Sl 51.17). Mostre aos seus alunos que Deus sonda o coração de cada um deles e quer operar muitos milagres através da fé simples e verdadeira. E para reforçar a importância de compartilharmos a bênção de Deus, providencie um café da manhã ao término da aula. Peça para cada aluno, se possível, trazer alguma contribuição para o café. Não se importe eles trarão ou não. Ao final, mostre que o Senhor é quem multiplica o que precisamos não importa o tamanho da nossa contribuição e que devemos compartilhar o que temos para o bem de outras pessoas. 

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Enfrentando Uma Crise - Pré Adolescentes.

Lição 5 - Enfrentando uma crise!


4º Trimestre de 2018
Texto bíblico: Eclesiastes 12.1; Tiago 1.12.
Prezado(a) professor(a),
Na lição desta semana seus alunos aprenderão sobre as crises que afetam a fase da pré-adolescência. Quem nunca enfrentou momentos difíceis nesta fase da vida? Tudo parece confuso e várias perguntas vêm à mente. Vivemos uma luta diária que envolve o corpo, a mente e o espírito. Todas as áreas da vida são impactadas pelas dificuldades, e somente com muito equilíbrio, paciência e fé é possível vencer as adversidades. Mas todas essas mudanças fazem parte do processo de amadurecimento das funções emocionais e intelectuais. Se não enfrentarmos certos os problemas nesta fase, dificilmente, estaremos preparados para lidar com a vida. Em contrapartida, Deus usa esses momentos de dificuldade para ensinar seus alunos grandes verdades que precisam aprender para alcançarem o equilíbrio necessário. O Senhor é cuidadoso em fazer que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam com sinceridade. Assim sendo, na aula de hoje, caro(a) professor(a), você terá a oportunidade de conversar com seus alunos sobre a importância das crises. Esse desajuste que ocorre em vários aspectos da vida de seus alunos não é em vão, e eles devem sentir-se acolhidos para que aprendam a enfrentar os diversos níveis de dificuldade que lhes são apresentados.
1. Uma luta que envolve o corpo, a mente e o espírito. A Palavra de Deus afirma que somos tentados continuamente em vários aspectos da vida. O corpo é tentado a pecar haja vista que as maiores necessidades do ser humano estão ligadas às coisas materiais e, por isso, constantemente somos tentados a apresentar o nosso corpo a praticar as obras da carne que não estão em conformidade com a vontade de Deus (cf. Tg 1.14,15). Devemos apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional (cf. Rm 12.1,2). A mente está em contínua batalha, pois é nela que o adversário combate a fim de que não pensemos nas coisas que são do Alto, mas somente nas que são da terra (cf. Cl 3.1-3). Essa é um estratégia do adversário para que não tenhamos a compreensão das coisas espirituais que nos são esclarecidas pela ação do Espírito Santo. Já a nossa parte espiritual envolve a adoração dedicada a Deus, visto que somente o Senhor é digno de receber completa adoração e devoção. Entretanto, somos continuamente tentados a reverenciar e atentar para outras coisas desta vida e, com isso, dividirmos a reverência devida a Deus (cf. Mt 6.24,33).
2. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Muitas pessoas imaginam que Deus permite adversidades para puni-las por seus pecados ou porque Deus não se importa com elas. Mas, na verdade, a intenção do Senhor é utilizar tais situações a fim de moldar o caráter de Cristo em cada crente. A versão do evangelho que alguns pregam, afirmando que não deve haver sofrimento para os servos de Deus não é verdadeira. Jesus afirmou que no mundo enfrentaríamos aflições, mas deveríamos manter o bom ânimo, pois Cristo já havia vencido o mundo (cf. Jo 16.33). De outro modo, o Senhor também tem o poder de usar as coisas que nos trazem certa tristeza para o nosso bem. O apóstolo Paulo afirmou com toda a convicção que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Observe que o apóstolo é claro em afirmar que todas as coisas contribuem “juntamente”, isto é, estão unidas com o mesmo propósito: o bem! Deus trabalha para o bem de seus servos e faz com que cada aflição ocupe um lugar bem organizado na vida deles para que o melhor seja extraído em cada experiência: o melhor caráter, a melhor adoração, o melhor serviço cristão, enfim. Que a nova natureza gerada pela ação do Espírito Santo, de fato, seja notória na vida de cada filho de Deus.
Considere os aspectos abordados na lição desta semana e converse com seus alunos sobre as crises e dificuldades que estejam atravessando nesta fase da vida. Aproveite para contar alguma experiência de adversidade que você, professor(a), tenha enfrentado nesta fase e com oração e confiança no Senhor conseguiu sair vitorioso. Seus alunos observam em você um exemplo de como vencer os conflitos que surgem no momento. Mostre que Deus tem o controle de todas as coisas, e seja qual a for a crise que estejam enfrentando o Senhor está com eles em todos os momentos.
Por Thiago Santos
Educação Cristã - Publicações CPAD
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Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - Não se deixe Seduzir - Juvenis.

Lição 5 - Não se deixe seduzir

4º Trimestre de 2018
“Seduziu-o com a multidão das suas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o persuadiu” (Pv 7.21).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. ENTENDENDO O CAPÍTULO SETE DE PROVÉRBIOS
2. O QUE O TEXTO TEM A VER COMIGO?
3. UMA SEXUALIDADE SAUDÁVEL
OBJETIVOS
Explicar o capítulo 7 de Provérbios.
Mostrar a contemporaneidade do texto estudado.
Aconselhar o jovem quanto à sexualidade sadia e bíblica.
     Querido (a) professor (a), o tema da nossa próxima aula é de abordagem crucial especialmente na faixa etária de seus alunos. Como vamos falar sobre sexualidade, um tema que costuma ser “tabu” para a maioria dos religiosos, prepare-se ainda melhor, tanto intelectual, como espiritualmente. Além, é claro, de buscar com todo empenho proporcionar um ambiente de grande confiança, sem censuras e julgamentos a nenhum tipo de dúvida ou participação.
      Muitos juvenis necessitam desesperadamente ter uma conversa franca com alguém responsável e de confiança sobre sexualidade. Porém, além da timidez, eles temem qualquer tipo de represália, caso sejam totalmente honestos sobre seus desejos, questionamentos, medos, curiosidades, problemas e tentações. Coloque-se como esta pessoa, de coração aberto para acolhê-los e ajudá-los. E não tema admitir que não sabe, mas irá pesquisar, quando não se sentir apto ou seguro de responder a determinadas perguntas ou ajudar em algum problema específico.
      Entre outros, assuntos como pornografia, masturbação, homossexualidade e até mesmo traumas devido a abuso sexual podem surgir. Disponha-se e frise que quem desejar te procurar após a aula para conversar em particular sobre qualquer assunto será muito bem-vindo.
     Uma ideia para melhor conhecer as necessidades de sua classe é distribuir papel e lápis iguais para todos e pedir para que escrevam anonimamente (com letra de forma e sem assinar), as suas dúvidas e sugestões sobre o que gostariam de ouvir numa palestra sobre sexualidade. Recolha numa salva esses papéis dobrados e posteriormente converse com seu pastor e diretor (a) de Escola Dominical sobre a possibilidade de chamar um psicólogo ou sexólogo cristão da confiança de vocês para abordar os temas requisitados pelos juvenis.
     Dois comentaristas da CPAD que abordam com primor e muita responsabilidade assuntos sobre sexualidade é o pastor e psicólogo Jamiel Lopes, autor do livro “Adolescente, uma Conversa Franca” e a palestrante e psicóloga Valquíria Salinas, autora do livro “Mente Saudável Para o Adolescente”, ambos publicados pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus. As duas literaturas são enriquecedoras tanto para pais, líderes e professores, quanto para os próprios adolescentes e juvenis.
    O Senhor lhe abençoe e capacite! Boa aula.
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD 

Lição 05 - 4º Trimestre 2018 - A Contemporaneidade dos Dons Espirituais - Jovens.

Lição 5 - A Contemporaneidade dos Dons Espirituais

4º Trimestre de 2018
Introdução
I-A Atualidade dos Dons Espirituais
II-Os dos Espirituais em Corinto
III-Cessacionismo e Continuísmo
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da utilidade dos dons espirituais;
Explicar os dons espirituais a partir de 1 Coríntios;
Discutir o cessacionismo e o continuísmo.
Palavra-chave: Pentecostes.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Alexandre Coelho:
Introdução
No último século, a história cristã registrou em diversas igrejas a ocorrência de manifestações espirituais semelhantes às relatadas por Lucas e pelo apóstolo Paulo em Atos e em 1 Coríntios 12 respectivamente. Muitos cristãos foram usados por dotações do Espírito Santo, os dons espirituais, e milhares de igrejas experimentaram um mover de Deus sem precedentes. Seriam essas manifestações espirituais realmente vindas de Deus? E, se sim, com qual propósito? Seriam para os nossos dias, ou estariam elas restritas aos tempos bíblicos e, portanto, inoperantes ou inexistentes para nós hoje? Estudaremos agora sobre a contemporaneidade dos dons do Espírito Santo, uma das marcas mais importantes do pentecostalismo. 
I – A UTILIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS
O Contexto dos Dons em 1 CoríntiosEm que pese o fato de Lucas registrar, por inspiração do Espírito Santo, o falar em línguas, as profecias, as revelações, a operação de milagres e as curas em Atos, é na primeira carta de Paulo aos Coríntios que se menciona um conjunto de dotações do Espírito de Deus (os dons espirituais) a pessoas da igreja local. O registro dos dons espirituais é um dos diversos assuntos da carta e mostra-nos que, após o Pentecostes, o Espírito Santo não apenas continuou a batizar pessoas, como também deu à Igreja dons, presentes e manifestações do Espírito em pessoas da congregação.  Paulo escreve esses assuntos para que eles saibam como lidar com essas manifestações tanto na igreja quanto fora dela, deixando claro que não quer que os coríntios sejam ignorantes e desconheçam a existência, bem como a forma correta de esses dons serem tratados (1 Co 12.1)   
A Edificação da Igreja por Meio dos Dons
Paulo deixa claro que “a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 12.7). Tem-se em mente que os dons espirituais trazem edificação à Igreja. Não raro, críticos da doutrina pentecostal alegam que a igreja mais pentecostal do Novo Testamento era também a mais bagunçada e confusa, como se os dons espirituais fossem os responsáveis pelos problemas daquela igreja. Se analisarmos o contexto da primeira carta de Paulo aos Coríntios, veremos que o apóstolo tratou do comportamento daqueles cristãos antes mesmo de tratar dos dons espirituais. Havia entre eles, por exemplo, divisões entre grupos de obreiros, pessoas abastadas desprezando as mais simples, um homem tendo relações sexuais com a mulher do próprio pai e crentes processando judicialmente outros crentes. A primeira carta de Paulo aos Coríntios é um retrato de uma igreja que estava começando e que precisava de educação e disciplina no processo de crescimento. Dentro desse mesmo contexto, no entanto, Paulo não diz que os problemas naquela igreja eram atribuídos aos dons espirituais.
Aos divisionistas da igreja, que se baseavam em líderes, Paulo deixa claro que os líderes escolhidos por eles eram homens que foram usados por Deus e que Ele é quem dava o crescimento à sua obra. Aos prósperos arrogantes que comiam a Ceia antes da hora, Paulo diz que eles estavam envergonhando a mesa do Senhor. Ao incestuoso, Paulo ordena a exclusão (1 Co 5.13), e aos crentes que processavam uns aos outros, ele pergunta se não havia na igreja quem julgasse entre seus irmãos (1 Co 6.5). E sobre os dons espirituais? “Não [...] sejais ignorantes” (1 Co 12.1), “[...] não proibais falar línguas” (1 Co 14.39), “[...] procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1). Essa é a Palavra do Senhor.
Se crermos que os dons espirituais eram os responsáveis pela desordem daquela igreja, devemos atribuir esse problema a Deus também, pois foi Ele quem deu os dons. Entretanto, como já vimos, não é esse o caso, pois tudo o que Senhor faz é perfeito.
Os Dons Espirituais Glorificam a Deus
Como os dons espirituais são dados pelo próprio Espírito Santo, que “opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11), é certo entender que essas instrumentalidades glorificam a Deus quando usadas de forma correta. Pessoas curadas são geralmente tomadas de um profundo senso de gratidão e glorificam a Deus. Quando uma profecia genuína é trazida à congregação, o Senhor é glorificado.
Quando uma pessoa é usada pelo Espírito na palavra de conhecimento ou na palavra de sabedoria, Ele é exaltado. Quando há uma manifestação na igreja e ela é questionada, o dom de discernimento de espíritos glorifica a Deus. De acordo com Paulo, o próprio ato de orar em línguas é uma forma de orar bem. Os dons existem, portanto, para que a Igreja glorifique a Deus.
Cabe aqui uma observação. Como os dons espirituais glorificam a Deus e edificam a Igreja, Satanás faz o possível para que essas dotações sejam imitadas, e muitos crentes, de forma inadvertida, decidem descrer dos dons espirituais por causa das falsificações de Satanás. Como crentes, devemos usar de sabedoria e não deixar de fora da vida na igreja os verdadeiros dons, pois estes não podem ser penalizados pelos simulacros do Inimigo. Só porque Satanás pode imitar algumas manifestações, vamos penalizar as manifestações verdadeiras do Espírito? Realmente, não é razoável agir com esse entendimento. As imitações malignas não podem fazer com que descreiamos do verdadeiro poder de Deus manifesto pelos dons espirituais.
II – OS DONS ESPIRITUAIS EM 1 CORÍNTIOS
Conforme sua utilização, os dons espirituais são classificados, para fins didáticos, em três grupos.
Dons de ElocuçãoOs chamados dons de elocução, assim descritos, são manifestos pela fala, a saber, a profecia, a variedade de línguas e a interpretação das línguas. A profecia é uma mensagem dada diretamente por Deus, trazida pela vontade do Espírito Santo e transmitida de forma consciente e, como se depreende, é emitida na própria língua da pessoa que está falando. A variedade de línguas e a interpretação delas são dons que andam juntos, tendo em vista que essas línguas, pelo contexto apresentado por Paulo, não são as mesmas que a pessoa fala para edificar a si mesma. Conforme as palavras de Paulo, as línguas têm o peso de uma profecia quando interpretadas, pois edificam a igreja, e não apenas a pessoa que está falando. 
Dons de Sabedoria
Os dons de sabedoria, a saber, a palavra do conhecimento, a palavra da sabedoria ou o discernimento de espíritos, são capacitações que Deus dá a pessoas para que, por um conhecimento puramente divino, venham a tomar decisões, saibam de coisas que somente o Senhor poderia mostrar, ou saibam se uma atividade ou manifestação está sendo produzida realmente por Deus ou se é um simulacro de Satanás. 
Dons de Poder
A fé, a operação de maravilhas e os dons de curar (no plural, como descrito na Bíblia) são os dons que se manifestam de forma sobrenatural em prol dos servos de Deus, trazendo a cura divina, a ocorrência de um milagre ou mesmo uma confiança fora do comum sobre algo que o Senhor há de fazer.
Ressaltamos que, pelo fato de todas essas manifestações serem de origem divina, não se pode dizer que os servos ou servas de Deus usados nesses dons são pessoas superiores a outras que não são usadas por essas mesmas dotações. Esses dons são concedidos pelo Espírito, não por questão de mérito ou santidade pessoal, mas, sim, pela vontade de Deus (1 Co 14). Além disso, nem todos possuem os mesmos dons; nem todos que falam em línguas interpretam línguas; e nem todos que têm a palavra de conhecimento são profetas. 
III – CESSACIONISMO E CONTINUÍSMO
O que é o cessacionismoCessacionismo é, em poucas palavras, a teoria que acredita que os dons espirituais, como relatados no Novo Testamento, só foram correntes até certa época da História da Igreja. Essa época em que os dons teriam cessado situa-se, para alguns, no momento da morte do último apóstolo, João, no fim do 1º século. Outros colocam o quarto século de nossa era como a data do fim da validade dos dons espirituais. Essa teoria é predominantemente divulgada por cristãos que aderem à denominada linha “reformada” de interpretação da Bíblia. Entre as alegações para o cessacionismo, está a convicção de que milagres e sinais foram usados por Deus para reiterar a mensagem do evangelho, e, uma vez que o cânon sagrado foi completado, os dons não teriam mais razão para existir. Se o cânon já foi completado, não há mais espaço para novas revelações na igreja. É dito ainda que todos os cristãos possuem o dom do Espírito e que a história mostra que os dons cessaram. O cessacionismo ainda ensina que Deus limitou a si mesmo em épocas específicas da Bíblia para a prática de milagres.   
O que é o continuísmo
Continuísmo é a corrente teológica adotada por pentecostais, que creem que os dons espirituais, como mencionados por Paulo em 1 Coríntios, são correntes em nossos dias. Pentecostais não consideram uma palavra profética trazida por meio do dom de profecia uma palavra equivalente a uma nova revelação escriturística, pois sabem que qualquer manifestação espiritual precisa ser avaliada à luz da Palavra de Deus. Reconhecemos o ministério pastoral, o dos presbíteros e o dos diáconos, mas entendemos que o Senhor continua a edificar a Igreja por meio dos dons espirituais. Todos os que nasceram de novo foram selados por Deus; esse selo, porém, não é o batismo no Espírito Santo, pois este se trata de um revestimento de poder para testemunhar de Jesus. No tocante à ausência de registros históricos de manifestação de dons, entendemos que é necessário ter um respaldo muito sólido para tal opinião, sendo necessário uma pesquisa que cubra os 2 mil anos de História do Cristianismo para depois se chegar a essa conclusão. Na verdade, a própria história registra muitos casos de curas, milagres e manifestações sobrenaturais de Deus antes de o movimento pentecostal ser organizado.      
O que a Bíblia diz
Para que possamos finalizar este assunto, devemos recorrer à Bíblia, autoridade máxima aceita por todo crente comprometido com a verdade. Enquanto vários pensadores cristãos que são avessos à contemporaneidade dos dons ensinam que estes deixaram de existir quando o último apóstolo morreu, a própria Bíblia jamais disse que os dons tinham uma “data de validade”, ou seja, que deixariam de existir a partir de uma determinada data.
Teólogos que criticam o continuísmo valem-se da ideia de que alguns dos pais da Igreja não viam, em seus dias, as manifestações espirituais conforme relatadas no Novo Testamento; por isso, esses pais da Igreja entenderam que os dons cessaram por não serem mais necessários para os seus dias. O fato de os chamados pais da Igreja não mencionarem as manifestações dos dons ao longo da história não se comprova um argumento idôneo para questionar o continuísmo. Um estudo honesto e profundo na História da Igreja mostra que houve, sim, várias ocorrências de manifestações ao longo da história. Além disso, a ideia de que os dons cessaram porque não houve mais necessidade de que existissem não é um argumento bíblico, e sim uma opinião humana. Paulo alega que, “[...] havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá [...]. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado” (1 Co 13.8-10). Com base nesse texto, os defensores do cessacionismo argumentam que as línguas cessaram, mas não dizem que as profecias e a ciência também cessaram; ou seja, eles escolhem o que lhes é mais conveniente para desacreditar. Essa mesma teoria vai de encontro a si mesma, pois, se não podemos aceitar novas revelações (a não ser as já descritas nas Sagradas Escrituras), então a ideia de que os dons cessaram é uma nova revelação e, portanto, incabível e incompatível com as Escrituras.
O ensino de Paulo aos coríntios não proíbe a manifestação das línguas, mas orienta os coríntios sob a forma correta dessa manifestação.
Se percebermos o texto de Paulo, veremos que ele pede que os dons sejam manifestos com ordem no culto e sem atrapalhar a liturgia da congregação (1 Co 14.40). A utilização das línguas deve respeitar o santuário, como também a profecia. Na prática, o apóstolo corrige não os dons, mas sua utilização desestruturada no culto. E ele mesmo deixa claro: “Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas” (v. 39). Essa é a orientação de Deus para a Igreja em nossos dias. Podemos, sim, praticar os dons espirituais se os recebermos. Paulo não proibiu os dons espirituais, apenas ensinou à igreja a tratá-los de forma correta. E essa é a Palavra do Senhor, não sendo, portanto, passível de ser contradita.   
CONCLUSÃO
Cremos que os dons espirituais são para os nossos dias, pois não há um verso sequer nas Sagradas Escrituras que tragam essa revelação revogando a edificação do corpo de Cristo por meio dessas manifestações espirituais. Paulo não disse em sua primeira carta aos Coríntios que a Igreja de hoje deve parar de trabalhar com os dons espirituais, e sim que ela não deixe de tê-los e que os utilizem corretamente. O mesmo Deus que operou orientando os coríntios é o mesmo que opera hoje e sempre e que reparte os dons a cada um conforme lhe aprouver. 
*Adquira o livro. COELHO, Alexandre. O Vento Sopra Onde Quer: O Ensino Bíblico do Espírito Santo e sua Operação na Vida da Igreja. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.