quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Lição 02 - 1º Trimestre 2019 - A História do mar que se Abriu - Maternal.

Lição 02 - A história do mar que se abriu

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Levar a criança a descansar em Deus diante das crises.
Para guardar no coração: “[...] O Senhor lutará por vocês.” (Êx 14.14)
Nesta lição, além do aluno conhecer a história do milagre da abertura do Mar Vermelho para o livramento do povo de Deus, ele também deve entender que podemos clamar a Deus quando algo não estiver indo bem e também crer que o Papai do Céu nos socorrerá.
Como complemento desta lição, caso haja tempo após a realização de toda atividade proposta na revista, sugerimos um exercício de recorte e cole. As crianças deverão recortar os animais marinhos e colá-los no Mar Vermelho que Moisés está abrindo. As crianças também poderão colorir o mar com giz azul de lousa molhado em cola branca.
moiseseomar licao2 maternal 
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Lição 02 - 1º Trimestre 2019 - A Natureza dos Anjos - A Beleza do Mundo Espiritual - Adultos.

Lição 2 - A Natureza dos Anjos            – A Beleza do Mundo Espiritual 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – OS ANJOS
II – OS SERES CELESTIAIS PARA SERVIR
III – AS HOSTES ANGELICAIS
IV – JESUS E O ARCANJO MIGUEL
DESENVOLVIMENTO DA ANGELOLOGIA
Esequias Soares
Daniele Soares
O desenvolvimento da teologia dos anjos, ou angelologia, deu-se logo no início da história da Igreja, condicionado pelo crescimento das igrejas e da necessidade de esclarecimento de pontos doutrinários da fé cristã. Os principais eventos que motivaram a discussão do assunto foram o problema da influência da angelologia judaica, do imaginário popular quanto à dimensão espiritual, do culto aos anjos e das ideias gnósticas. O resultado foi a afirmação da transcendência absoluta do Deus Criador, dos anjos como criaturas e da distinção entre os anjos de Jesus Cristo e o Espírito Santo.
A tradição judaica influenciou a teologia cristã nos primeiros séculos do cristianismo, em parte porque os escritores do Novo  Testamento estavam vinculados ao mundo judaico e também porque os primeiros pensadores e líderes cristãos ou eram judeus ou haviam estudado segundo a linha do pensamento judaico. Alguns livros apócrifos e pseudoepígrafos trazem informações sobre a crença nos anjos naquele período. Os anjos eram entendidos como ministros de Deus, que executavam os desígnios divino no mundo. Alguns foram nomeados, como Uriel (1 Enoque 75.3). E apareceram sete arcanjos em Tobias 12.15. Em 1 Enoque 20.1-8 apresenta os nomes dos sete arcanjos: Uriel, Rafael, Raquel, Miguel, Saracael, Gabriel e Remiel. Em Apocalipse de Moisés 33-35, os anjos Miguel e Gabriel chegam a ser retratados como intercessores pelos seres humanos diante do trono de Deus.
O conteúdo dos livros apócrifos e pseudoepígrafos estava bem presente no imaginário dos primeiros cristãos, e esses livros tratam de assuntos envolvendo anjos. A ideia de que Jesus era um anjo mais elevado pode ser lida em O Pastor de Hermas (150). A teologia do livro é controversa, pois primeiro trata o Filho de Deus e o Espírito Santo como sendo os mesmos: “quero mostrar-te outra vez tudo o que te mostrou o Espírito Santo, que falou contigo sob a figura da Igreja; porque aquele Espírito Santo é o Filho de Deus” (Parábola IX.1). Segundo, a imagem de Miguel se assemelha à de Jesus. Miguel aparece com poder sobre o povo de Deus e autoridade para pronunciar juízo (Parábola VIII.69). Pela leitura do texto, a identidade do arcanjo Miguel confunde-se com a do Filho de Deus. Essa confusão ainda sobrevive no pensamento de alguns grupos contemporâneos como os adventistas do sétimo dia e as testemunhas de Jeová.
O gnosticismo foi um fenômeno cristão dividido em diversas seitas e escolas de pensamento nos primeiros séculos. Claudio Moreschini, estudioso da história do pensamento pagão e cristão tardio-antigo, em História da filosofia patrística, define gnosticismo como:
Qualquer movimento de pensamento segundo o qual a verdade divina de salvação está contida numa revelação acessível somente a poucos eleitos, os quais podiam obtê-la ou por meio da experiência direta da revelação ou mediante a iniciação à tradição secreta e esotérica de tais revelações (p. 43).
Segundo o gnosticismo, o mundo consiste na dimensão material e na dimensão espiritual, sendo mau tudo aquilo que é material porque é criação de um deus inferior, o Deus de Gênesis, que surgiu da ruptura do domínio maior do Deus verdadeiro, o Pleroma. Além dos seres humanos, uma variedade de seres habita o espaço entre o Pleroma e o mundo material. Os anjos, então, seriam esse tipo de criatura, os demiurgos e as emanações de eones superiores. Alguns nomes ligados à teologia gnóstica incluem Marcião, Valentim, Basilides.
Irineu (130-202) foi o primeiro a sistematizar uma doutrina sobre os anjos, segundo Basilio Studer (DPAC). Em Contras as heresias, Irineu respondeu:
[...] aquele que fez todas as coisas é o Deus único, o único Onipotente, o único Pai, [...] Com o Verbo de seu poder tudo compôs e tudo ordenou por meio da sua Sabedoria; ele que tudo contém e que nada pode conter. Eleé o Artífice, o Inventor, o Fundador, o Criador, o Senhor de todas as coisas e não existe outro fora e além dele, nem a Mãe que eles se arrogam, nem o outro deus que Marcião inventou, nem o Pleroma dos 30 Éões [...] Só umé o Deus Criador que está acima de todo Principado, Potência, Dominação e Virtude [...] ele é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos viventes, anunciado pela Lei, pregado pelos profetas, revelado por Cristo, transmitido pelos apóstolos, crido pela Igreja; ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] O Filho que está sempre com o Pai e que desde o princípio sempre revela o Pai aos Anjos e Arcanjos, às Potestades e Virtudes e a todos a quem Deus quer revelar (Livro II.30.9).
Assim, contra a teologia gnóstica escreveram os pais da Igreja, afirmando que o Deus da Bíblia é o verdadeiro e o Criador do mundo material. Portanto, são os anjos criaturas de Deus.
A problemática dos anjos entrou na grande discussão teológica sobre a Trindade, quando se formalizava Deus como três pessoas distintas de uma mesma substância. Assim, a ideia de que Jesus e o Espírito Santo eram um tipo de anjo logo foi refutada. O contexto antiariano deu espaço para diferenciar os anjos de Jesus.
Alguns confundiam o Espírito Santo com anjo. O grupo dos chamados “tropicianos”, em Tmuis, Egito, dizia que o Espírito foi criado do nada e era um anjo superior aos outros.1 Eles usavam Hebreus 1.14 para sustentar essa ideia, classificando o Espírito como um dos “espíritos ministradores”, e também Amós 4.13, Zacarias 1.9 e 1 Timóteo 5.21. Atanásio (296-373) refutou essa ideia, na epístola dirigida a Serapião, bispo de Tmuis, defendendo que o Espírito não é criatura, mas sim uma pessoa que compartilha da mesma substância indivisível do Pai e do Filho: “A santa e bendita Trindade é indivisível e uma em si mesma. Quando se faz menção do Pai, o Verbo também está incluído, como também o Espírito que está no Filho. Se o Filho é citado,o Pai está no Filho, e o Espírito não está fora do Verbo. Pois há uma só graça que se realiza a partir do Pai, por meio do Filho, no Espírito Santo” (Epístola a Serapião sobre o Espírito Santo, livro I 14.4).
Basílio de Cesareia (330-379) explicou que a comunhão entre Pai, Filho e Espírito Santo pode ser vista nos seres criados – todas as coisas visíveis e invisíveis – desde o princípio. Em O Espírito Santo, ele escreveu: “de modo que os espíritos com missão de serviço subsistem pela vontade do Pai, existem pela ação do Filho e se aperfeiçoam pela presença do Espírito” (16.38). A perfeição dos anjos é entendida como “a santidade e sua permanência nela” (16.38). Portanto, Basílio considerou o Espírito como digno de adoração tanto quanto o Pai e o Filho; e foi o Senhor dos anjos quem os aperfeiçoou.
Agostinho de Hipona (354–430) dedicou-se a entender os anjos com o devido cuidado de fundamentar sua doutrina nas Escrituras. Em A Cidade de Deus, ele explica que os anjos foram criados antes de todas as criaturas corpóreas, quando Deus disse “haja luz!” (Gn 1.3). Isso porque as passagens bíblicas contam que as obras do Senhor o louvam, e os anjos estão na lista da criação divina. Além disso, as Escrituras afirmam que os anjos louvaram a Deus no momento em que os astros foram criados. Isso aconteceu no quarto dia; portanto, a criação angelical foi anterior a esse dia. “Diremos, acaso, haverem sido feitos no terceiro dia? Nem pensá-lo. [...] No segundo, porventura? Tampouco” (11, IX). Logo, só poderia ter sido no primeiro dia, “se os anjos fazem parte das obras de Deus realizadas nesses dias, são a luz que recebeu o nome de dia” (11, IX). O pensamento de Agostinho reforça o que já vinha sendo ensinado: que os anjos são criaturas de Deus, no entanto, o momento exato em que essa criação aconteceu não está explícito. Embora esse raciocínio seja compreensível, a origem dos anjos continua sendo uma especulação.
A passagem de Gênesis 6.1-4 era controvérsia, pois muitos interpretavam que os anjos tiveram relações sexuais com os seres humanos. Essa interpretação, como ressalta Bruce Waltke no seu comentário ao livro de Gênesis, não só é antiga como permaneceu nos escritos apocalípticos, no judaísmo rabínico e nos escritos do Novo Testamento (1 Enoque 6.1-7; Testamento de Ruben 5.6) e também nos escritos canônicos (1 Pe 3.19, 20; 2 Pe 2.4; Jd 6, 7). Agostinho, em A Cidade de Deus (25, XXIII), escreveu contra essa tradição, pois a passagem não trata de pecado de anjos, mas sim de uma ação humana. Ele explica que o termo “os filhos de Deus” (v. 2) na Bíblia pode se referir tanto a homens quanto a anjos. Se o problema é que da relação entre “os filhos de Deus” e “as filhas dos homens” nasceram outro tipo de criatura, os gigantes, por isso seriam anjos, Agostinho argumentou que era possível nascerem pessoas de estatura elevada em qualquer época. Além disso, ressaltou que o próprio texto já apontava a prévia existência de gigantes na terra, ou seja, não era nada extraordinário.
Outro tema da angelologia é a hierarquia angelical. Seguindo o raciocínio da proximidade de Deus, embora o texto bíblico não ofereça muitos detalhes sobre a hierarquia dos anjos, Pseudo-Dionísio, o Areopagita (cerca do ano 500 d.C.), em sua obra Hierarquia celeste, elaborou uma das estruturas mais conhecidas na tradição. A ordem seria a seguinte:
Primeira hierarquia: Serafim, querubim e tronos;
Segunda hierarquia: Dominações, virtudes e potestades;
Terceira hierarquia: Principados, arcanjos e anjos.
A primeira hierarquia dos seres superiores abrangeria os que estão mais perto de Deus, e a terceira pertenceria às criaturas que ajudam os seres humanos chegarem a Deus. A ideia é que, ao mesmo tempo que do topo a luz divina ilumina os seres humanos, estes se elevam por meio da purificação. Essa doutrina desenvolvida por Pseudo-Dionísio buscava dar aplicação ao pensamento teológico, a fim de aprimorar a vida espiritual do fiel.
É interessante observar que tradições extrabíblicas fortaleceram determinados pontos da angelologia. Além de algumas crenças da tradição judaica, há também a influência do pensamento filosófico platônico. A cosmologia platônica baseada no princípio da hierarquia de todos os seres criados ajudava a sustentar a doutrina de Pseudo-Dionísio. Era compreensível porque haveria criaturas mais próximas ou mais distantes de Deus. Portanto, os anjos seriam criaturas superiores aos seres humanos.
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Lição 02 - 1º Trimestre 2019 - Maria Visita sua Prima - Jd. Infância.

Lição 2 - Maria Visita sua Prima

1º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão conhecer a história do anúncio do nascimento de João batista e aprender o significado do cântico de Maria como forma de expressar sua alegria e a grandeza de Deus.
É hora do versículo: “A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador” (Lc 1.47).
Nesta lição, “Alegria” é a palavra mais importante! Maria e Isabel compartilharam de tamanha alegria ao ponto de Maria cantar! Cante muitos louvores de agradecimento e gratidão a Deus. Maria estava alegre pela bênção que sua prima recebeu, que era estar gerando um filho, e Isabel estava alegre por saber que Maria seria a mãe do Salvador! Nós também somos alegres e agradecidos por tudo o que o Papai do Céu faz por nós e pelas promessas que cumpre em nossas vidas.
Por este motivo, sugerimos, como atividade complementar, que você imprima a folha a seguir e entregue às crianças para que elas enfeitem bem bonito a palavra “alegria”. Podem usar glítter, fitas, laços, lantejoulas, lápis de cor, tinta guache, aparas de lápis, bolinhas de papel crepom, enfim, o que já estiver disponível em sua sala. Quem estiver mais alegre nesta aula, fará a palavra mais bonita!
alegria.licao2.jardim

Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 02 - 1º Trimestre 2019 - Em Deus, o Nosso Pai - Adolescentes.

Lição 2 - Em Deus, o Nosso Pai

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
COMO DEUS APARECE NA BÍBLIA – A QUESTÃO DOS NOMES
OS NOMES DE DEUS
AS QUALIDADES DE DEUS
O RELACIONAMENTO COM DEUS
OBJETIVOS
Demonstrar como Deus se revela na Bíblia;
Destacar o caráter de Deus através dos seus nomes revelados na Bíblia;
Elencar os atributos de Deus.
O DEUS ÚNICO E VERDADEIRO SE REVELOU

Na seção “Quebrando a Rotina”, da revista do Professor, há uma sugestão de conclusão de atividade pedagógica que leva em conta a apresentação de gravuras sobre deuses de diversas culturas. Talvez os mais próximos e acessíveis ao nosso público infanto-juvenil sejam os deuses da Mitologia Grega, onde muito deles estão presentes em desenhos animados e em manifestações culturais diversas.
O objetivo dessa atividade é mostrar que, diferentemente das formas e dos contornos físicos mostrados por intermédio dessas figuras, em relação ao Deus da Bíblia não há formas ou imagens que deem conta dEle. Aqui, o prezado professor deve acrescentar uma importante informação referente à revelação de Deus de acordo com as Escrituras Sagradas. O teólogo pentecostal norte-americano, Russel Joyner, na introdução do capítulo quatro, da obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, menciona que a revelação de Deus à humanidade não se deu para simplesmente propor conhecimentos técnicos ou teóricos à Igreja a respeito de si mesmo. O objetivo maior dessa revelação está vinculado “a um desafio pessoal, a uma confrontação e a oportunidade de o homem reagir positivamente a essa revelação”.
O autor ainda menciona como exemplo disso quando Deus se encontrou com Adão, com Abraão, com Jacó, com Moisés, com Isaías, com Pedro e tantas outras testemunhas. Essas personagens bíblicas comprovam que o objetivo maior da revelação de Deus é que o conheçamos experimentalmente, não somente por teorias. Tal entendimento está absolutamente de acordo com o fundamento da Teologia Pentecostal, onde sempre defendeu a doutrina de que podemos conhecer a Deus de maneira pessoal, experimental e autêntica.
Na obra Pentecostes: Essa História é a nossa História, editada pela CPAD, e na introdução do capítulo 2, a fim de mostrar a importância do livro de Atos para os pentecostais, e a atualidade da manifestação do Espírito Santo, Robert Menzies cita a fala de um líder pentecostal chinês: “Quando os cristãos ocidentais leem o livro de Atos, veem nele histórias inspiradoras. Quando os crentes chineses leem o livro de Atos, veem nele nossas vidas”. Ou seja, o autor quer mostrar que os pentecostais creem piamente na autenticidade de toda a experiência relatada em Atos dos Apóstolos e experimentada pelos discípulos de Cristo por intermédio do Santo Espírito como fenômenos que podem ser repetidos e vivenciados hoje: essa é a grande herança pentecostal para a cristandade. Por isso, interligue a doutrina da Revelação de Deus com o propósito de experimentarmos o Altíssimo de maneira gloriosa. Que os nossos adolescentes tenham uma experiência autêntica com o Deus da Bíblia!
  
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor e comentarista da revista Adolescentes Vencedores

Lição 02 - 1º Trimestre 2019 - Os Preparativos Para a Conquista - Jovens.

Lição 2 - Os Preparativos Para a Conquista

1º Trimestre de 2019
IntroduçãoI-Criando a Ordem SocialII-Construindo a Identidade NacionalIII-Cuidando da Vida EspiritualConclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Apresentar o modelo social criado por Deus para os hebreus;
Explicar como se deu o processo da formação da identidade nacional;
Mostrar o cuidado de Deus para com a vida espiritual dos hebreus ainda no deserto.
Palavras-chave: Peregrinação no deserto.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor Reynaldo Odilo:
INTRODUÇÃO 
Toda jornada com Deus começa, sempre, com as orientações para o caminho, porque andar com o Senhor não é uma coisa fácil. Há conflitos naturais, decorrentes da incompatibilidade entre a essência divina e a humana. Como o Imaculado pode partilhar vida e emoções com o impuro? Como o Justo consegue conviver com o transgressor, ou o Eterno se embrenhar na vida de quem é finito e cheio de defeitos? Nesse contexto, após a travessia do Mar Vermelho, que provavelmente aconteceu na extremidade da parte norte do Golfo de Suez1,  Deus determinou que eles acampassem por aproximadamente um ano ao pé do Monte Sinai, onde receberam a lei, para que compreendessem as regras da jornada — calcadas no princípio da santidade, bem como apresentou o desenho do Tabernáculo, a fim de que houvesse um novo espaço de adoração e manifestação da sua glória — o lugar das revelações de Deus migraria do Monte Sinai para a planície do deserto (Nm 3.14), mais precisamente para onde estava o Tabernáculo (erguido um mês antes do início do livro de Números, Êx 40.17; Nm 1.1). Como preparação para a travessia do deserto, Deus levantou líderes para o povo: no primeiro escalão estavam Moisés e Arão (Nm 1.1,3) e, em um segundo nível hierárquico, um homem de cada tribo de Israel (Nm 1.4). O Senhor mencionou-os nominalmente (Nm 1.5-15), declarando, ademais, que eles seriam “príncipes das tribos de seus pais” (Nm 1.16). O Senhor também mandou contar o povo, a fim de mostrar-lhes a força belicosa da nação, e estabeleceu regras que trouxessem unidade nacional, justiça, fraternidade, como corolários de sua santidade. Eles tinham potencial para conquistar o território de Canaã e tornarem-se o país mais rico e poderoso da Terra.
I – CRIANDO A ORDEM SOCIAL
1-Censo para a Guerra 
Conhecer a sua própria capacidade é requisito essencial para saber até onde se pode ir, e o que é possível conquistar. Nesse cenário, o livro de Números começa com o Senhor determinando a contagem dos israelitas aptos para a guerra (expressão repetida quinze vezes em Nm 1). Deus estava sendo franco: a jornada não será fácil! Haverá guerras pela frente, não com os egípcios, mas outros inimigos se levantarão para destruir o povo (aliás, os israelitas já sabiam disso, pois tinham lutado e vencido uma batalha contra os amalequitas (Êx 17.8-16). 
Interessante que, mesmo com a promessa de Deus — “[…] a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos” (Gn 22.17) —, Israel precisava conhecer sua força militar e preparar-se para o futuro. Se ficassem inertes, o território de Canaã não seria conquistado, afinal “o cavalo prepara-se para o dia da batalha” (Pv 21.31). Eles precisavam lançar fora o medo, pela fé, e fazer um grande esforço, como posteriormente Deus falou de modo explícito a Josué (Js 1.9). Definitivamente, a vida dos servos de Deus nunca foi, nem nunca será, uma “mar de rosas”.
2- Censo sem Discriminação 
Fato extremamente curioso sobre o primeiro censo realizado por Moisés, diz respeito à iniciativa pela contagem do povo: a ideia foi de Deus (Nm 1.1) Por óbvio, O Senhor sabia precisamente quantos homens aptos para a guerra existiam em Israel, mas, ao que tudo indica, o Todo-Poderoso anelava que os homens se credenciassem, que assumissem a posição de guerreiros, afinal não eram mais escravos. Os que se sentissem aptos para o alistamento seriam agregados ao exército de Israel. Deus usaria a todos que se dispusessem a lutar.
A Bíblia diz que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Ele usa a todos quantos se colocarem debaixo da sua autoridade para servi-lo, por tal razão o censo não foi feito levando em consideração a posição econômica, intelectualidade, força física, beleza, ou outros requisitos subjetivos, mas, de todas as famílias, aqueles que tivessem “da idade de vinte anos para cima, todos os capazes de sair à guerra em Israel” (Nm 1.3, ARA).
Ninguém apto seria desprezado (2 Cr 19.7; Jó 34.19; At 10.34), demonstrando o princípio segundo o qual toda pessoa “nascida de novo” é um instrumento de Deus, pois certamente recebeu algum talento do Senhor (Mt 25.14-30).
3- Senso Organizacional 
Refletindo o caráter de um Deus que ama o que é belo e, em tudo, é organizado, a Bíblia recomenda que os cristãos realizem as coisas com ordem e decência (1 Co 14.40). Basta apenas olhar a natureza ao redor, e constatar-se-á claramente como o Senhor gosta das coisas em ordem. Aliás, no princípio, existindo o caos, depois da ação do Espírito Santo, tudo passou a ser sumamente organizado.
Após fazer o censo dos guerreiros, o Senhor determinou como as tribos deveriam ser distribuídas no acampamento: a Norte, Sul, Leste e Oeste do Tabernáculo, quer quando estivessem arranchados, quer em marcha (Nm 2.1-32). Apresenta-se impressionante como Deus, em todos os momentos em que tratou com o seu povo, ou mostrou como é o céu (Sl 24.7-10; Is 6.1-3; Ez 1.26-28; Ap 4.3-11; 5.8-14; 21.10-23; 22.1,2), evidenciou ser extremamente detalhista e organizado. O improviso não faz parte do Reino de Deus, pois, na verdade, a ordem é a primeira lei do céu.
Deus estava lhes comunicando que havia um padrão a ser seguido, e que eles deveriam entender que todas essas coisas faziam sentido e eram importantes! E não somente isso: o nome de cada pessoa era importante para Deus (Nm 1.18 diz que eles foram “contados nominalmente”!). O Senhor tem um cuidado especial pelo seu povo e por sua obra, nada acontecendo por acaso ou coincidência. Deus sempre tem o controle de tudo e nenhum dos seus propósitos pode ser impedido (Jó 42.2). Deus sempre tem um plano, e Ele nunca erra. As surpresas são apenas para os homens, que não conhecem a mente do Senhor. Ele, porém, já conhece o fim, desde o começo (Is 46.10).
II – CONSTRUINDO A IDENTIDADE NACIONAL 
1- Senso de Pertencimento 
Muitas pessoas se perdem na vida porque não possuem senso de pertencimento. Anrão e Joquebede, por exemplo, incutiram em seu filho caçula, de forma veemente, senso de pertencimento hebreu. Está escrito: “Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó” (Hb 11.24). O libertador de Israel, com ousadia, renunciou ao título de mais alto prestígio social do mundo, simplesmente porque se sentia integrante de algo muito maior: uma família chamada Israel!
Ao analisar as determinações divinas, nos primeiros capítulos de Números, observa-se que Deus planejou que os filhos de Israel tivessem, também, esse senso de pertencimento social, eventualmente fragmentado, pelo longo período que viveram no Egito. Assim, Deus determinou que as pessoas acampassem “junto ao seu estandarte, segundo as insígnias da casa de seus pais” (Nm 2.2, ARA), para que as amizades e associações sociais fossem formadas primariamente com base na proximidade física. O senso de pertencimento deveria nortear todas tribos.
Os filhos de Israel sabiam que cada tribo descendia de um mesmo tronco, Jacó, e isso permitiu que entendessem a necessidade de terem unidade na diversidade de suas tribos. Cada tribo deveria se identificar com seu estandarte, cada família com sua insígnia, mas todos deveriam se sentir um só povo, uma só nação.
Esse sentimento de unidade tornou-se tão forte que, quando as tribos Gade, Rúben e a meia tribo de Manassés desejaram herdar porção de terra na Transjordânia (sem atravessar o Jordão), Moisés reagiu fortemente contra essa quebra da unidade (Nm 32.6-15). Entretanto, essas tribos assumiram o compromisso de conquistar a Terra Prometida para seus irmãos e, somente depois, retornariam para a Transjordânia, para suas famílias (Nm 32.16-19), o que efetivamente aconteceu.
Esse senso de pertencimento era tão importante para Deus que, inclusive, a herança de uma tribo não poderia ficar para pessoas de outra, conforme se vê no exemplo das filhas de Zelofeade, as quais tiveram que casar com homens da própria tribo de Manassés para que a herança paterna não fosse transferida para outros clãs (Nm 36.5,6).
Com isso, Deus tencionava que a vida no acampamento fosse notoriamente comunitária, sem espaço para egocentrismos, conforme está escrito: “[…] amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” (Lv 19.18). O Altíssimo, na verdade, estava protegendo o futuro dos hebreus, incutindo-lhes a capacidade de estar juntos por um longo período. Observe-se que é da “natureza do amor prender a si mesmo. O amor não é livre. Alguém que realmente ama outra pessoa não pode deixar de ser zeloso pelo objeto do seu amor”.2
Nos dias atuais, infelizmente, muitos cristãos perderam o senso de pertencimento familiar, eclesiástico e comunitário, aceitando a argumentação de que não se admite “mais um padrão oficial e aprovado de crença ou conduta”.3  A tendência moderna, nessa esteira, é que a pessoa se sinta integrante apenas de uma “aldeia global”. Com isso, quebra-se a coluna vertebral das famílias, das igrejas e das comunidades, desprezando as experiências e lutas do passado, bem como os princípios e valores apreendidos, os quais foram historicamente aperfeiçoados. 
2-Senso de Serviço
Jesus disse que aquele que serve é o maior. De fato, servir é um sinal de grandeza, de amadurecimento, de espiritualidade. No livro de Números, o homem é ensinado precipuamente a servir. E, realmente, um novo comportamento começava a surgir naquela nação de ex-escravos, representado na expressão: “Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, assim o fizeram” (Nm 1.54; 2.34; 8.20; 9.5).
É bem verdade que os filhos de Israel estavam acostumados a servir por obrigação, debaixo do jugo egípcio, mas agora eles deveriam aprender a servir uns aos outros em amor (Paulo diz que o cumprimento da lei é o amor — Rm 13.10). Isso seria uma bênção, já que, por meio do serviço ao próximo e a Deus, as pessoas são aperfeiçoadas, pois, à proporção que elas se doam, em amor, vão morrendo um pouco mais para seus egoísmos e vaidades, e são vivificadas para com Deus (2 Co 4.5,11).
Em verdade, “à medida que as relações se tornam superficiais, […] produz-se desarraigo, certas verdades e valores centrais professados por todos, tais como comunhão, consciência de corpo, solidariedade, fraternidade, serviço, mordomia, amor, etc., perdem sua concreticidade”,  e, por isso, Deus desejava que os hebreus, pelo serviço, demonstrassem bondade uns aos outros e recebessem os frutos decorrentes da obediência. Era disso que aquela grande multidão precisava desesperadamente! 
3-Senso de Reverência Sacerdotal
O Senhor Deus, tão logo estabeleceu o Tabernáculo, preparou um grupo de pessoas para serem os responsáveis pela adoração coletiva: os levitas. Eles seriam, doravante, grandemente usados pelo Senhor como tribo sacerdotal diante de Deus. A sociedade judaica, assim, foi dividida entre dois segmentos: de um lado a tribo de Levi e, de outro, as demais tribos.
O reconhecimento dos levitas como sendo sacerdotes de Deus, e isso por todo o povo, sem nenhum questionamento ou revolta contra esse privilégio levítico, conforme está escrito — “[…] conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim os filhos de Israel lhes fizeram” (Nm 8.20) —, foi, certamente, um ponto alto na solidificação da nação judaica. Na verdade, todos os detalhes que levaram à construção da identidade dos filhos de Israel (senso de pertencimento, serviço e reverência sacerdotal) foram entretecidos diretamente por Deus, constituindo-se num grande milagre cultural!
CONCLUSÃO
Como visto, os preparativos da viagem no deserto incluíam organização, estratégia, sentimento de unidade entre as tribos, mas, principalmente, uma forte mudança de mentalidade e o desenvolvimento de um profundo senso de compromisso do povo com Deus e a sua palavra. O Senhor tinha chamado o seu filho do Egito e, por isso, estava o ensinando a andar e dando-lhe mantimento, mas quanto mais o atraía, mas se ia de sua face (Os 11.1-4).
Tudo era muito incerto, mas havia algo tranquilizador: o Senhor oferecia, ao longo da estrada, a garantia de sua presença constante. Deus disse a Moisés: “Certamente eu serei contigo […]” (Êx 3.12). Os israelitas podiam ter a certeza da companhia inafastável do Altíssimo. Jesus, igualmente, assegurou aos seus discípulos: “[...] eis que eu estou convosco todos os dias […]” (Mt 28.20). Deus é assim: exorta, adverte, repreende e disciplina seu povo, mas sempre assegura aos fiéis um futuro feliz, conforme está escrito:
Estendi as mãos todo o dia a um povo rebelde, que caminha por caminho que não é bom, após os seus pensamentos; […] E folgarei em Jerusalém e exultarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor. […] E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. (Is 65.2,19, 24)

*Adquira o livro do trimestre. ODILO, Reynaldo. Rumo à Terra Prometida:A Peregrinação do Povo de Deus no Deserto no Livro de Números. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

1 PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 1502.
2 ZACHARIAS, Ravi. Quem é Jesus? Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 160.
3 AMORESE, Rubem. Icabode. Viçosa: Ultimato, 1998, p. 49.
4 AMORESE, Rubem. Icabode. Viçosa: Ultimato, 1998, p. 126.

 Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - Deus Criou o Bebê - Berçário.

Lição 1 - Deus criou o bebê

1º Trimestre de 2019 
Objetivo da lição: Levar a criança a reconhecer, através das atividades e exposições que foi Deus quem nos criou.
É hora do versículo: “tu me formaste na barriga da minha mãe” (Sl 139.13).
Nesta lição, a primeira do trimestre, as crianças aprenderão que Deus criou todas as coisas e reconhecerão que Deus também as criou.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a figura abaixo e distribua entre as crianças para que colem pedaços de tecidos na roupinha da boneca e lã no cabelo.
boneca.licao1.bercario

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - A História de um Cestinho e um Bebê - Maternal.

Lição 1 - A história de um cestinho e um bebê

1º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Certificar a criança de que ela jamais será abandonada por Deus.
Para guardar no coração: “[...] Nunca os deixarei, e jamais os abandonarei [...].” (Hb 13.5)
Na oficina de ideias, sugerimos que o professor faça um cestinho desenhado na cartolina para que as crianças colem palha entrelaçada. Imprima o cesto abaixo em formato A4 e entregue uma folha para cada criança. 
 cesto.licao1.1t19

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - Um Anjo anuncia o Nascimento do meu Amigo - Jd. Infância.

Lição 1 - Um anjo anuncia o nascimento do meu amigo

1º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão entender o nascimento de Jesus como parte do plano de salvação e; compreender que Deus enviou Jesus ao mundo porque nos ama.
É hora do versículo: “Porque para Deus nada é impossível.” (Lc 1.37)
O anjo foi anunciar à Maria que ela seria mãe do Salvador, o Filho de Deus. O nascimento de Jesus faz parte do plano de salvação que o Papai do Céu preparou para nós porque nos ama. Todo o plano deu certo porque Maria foi obediente. Nós também devemos obedecer ao que o Papai do Céu manda a fim de sermos abençoados e felizes.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que você imprima a folha abaixo, entregue uma para cada aluno colar penas brancas nas asas do anjo e purpurina dourada nos cabelos.
anjo.licao1.jardim

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - Noé, o Herói de sua Família e dos Animais - Primários.

Lição 1 - O Começo

1º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus criou todas as coisas.
Ponto central: Toda criação de Deus é boa. Ele tudo criou para o nosso bem.
Memória em ação: “No começo Deus criou os céus e a terra” (Gn 1.1).
Querido (a) professor (a), como está sendo a sua primeira semana do ano?! Para a maioria um pouco corrida, não é mesmo?! Se este também for o seu caso, esforce-se para dar uma pausa em toda agitação e refletir sobre suas conquistas, desafios e até percalços no ano que passou; agradecer e é claro consagrar ao Senhor os dias que virão.
Há quem goste de nesta época do ano escrever suas metas, alguns acham mais prático rever e elaborar planos de ação para alcançar as que não foram concretizadas, já outros têm por hábito fazer uma lista de pedidos de oração, etc. Independente de qual seja sua preferência, meditar e agradecer sempre traz forças para melhor vivenciar as próximas etapas, quer as planejadas ou as inesperadas. Trazer à memória todos os momentos que o Senhor nos fortaleceu, abençoou, consolou, capacitou ou mesmo só esteve conosco em silêncio traz a confiança e ânimo para seguirmos adiante, certos de que haja o que houver esse mesmo Deus fiel continuará ao nosso lado e não há nada mais valioso do que isso, a presença dEle.
Nesta primeira aula de 2019, olha que apropriado o tema de nossa lição: “O Começo”. Se você é professor há muitos anos, talvez possa lhe soar um pouco repetitivo falar sobre o livro de Gênesis novamente, contudo, é importante lembrarmos três fatores cruciais para o ministério de mestre na Escola Dominical.
Primeiro, que vale para todos os cristãos, é que a Palavra de Deus é viva, eficaz e uma fonte inesgotável de sabedoria, instrução e crescimento (Cf. Hb 4.12).  Ela se renova, trazendo a cada leitura de um mesmo trecho sagrado uma perspectiva, entendimento, orientação, ou seja, “um alimento” diferente para sua alma.
Em segundo lugar, um dos principais métodos comprovadamente eficazes para o aprendizado é a repetição. Ao longo da história, inúmeros filósofos, neurocientistas, professores, pedagogos e outros especialistas, cada qual na sua área, vem frisado a importância da repetição no sistema de ensino-aprendizagem humano. Tanto para absorver conceitos, quanto para um aperfeiçoamento de práticas, a repetição é necessária.
Em terceiro lugar, e o que sempre explicamos, enquanto editora de materiais didáticos para a Escola Bíblica Dominical, um currículo é elaborado ciclicamente, isto é, com temas que retornam periodicamente, justamente para contemplar também os novos alunos – quer sejam estes vindos de fora da igreja ou de classes das faixas etárias inferiores. Para nós professores, as lições podem estar se repetindo em sala de aula, porém, é novidade para muitos da turminha que compõe sua classe de alunos hoje.
Esperamos que o Senhor renove a alegria por seu chamado em seu coração, a fim de que as próximas aulas sejam ministradas aos pequeninos com toda a riqueza de sua experiência, mas também empolgação e pureza de como quando você ouviu estas histórias pela primeira vez. O Senhor te abençoe e capacite.
Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - O Deus Criador - Juniores.

Lição 1 - O Deus Criador

1º Trimestre de 2019
Texto Bíblico: Gênesis 1—2.
Prezado professor,
Estamos iniciando o primeiro trimestre da Revista Juniores do Currículo de Escola Dominical CPAD. É um novo momento, e como todo início você deve estar preparado para ministrar lições que terão um efeito terminante no desenvolvimento espiritual de seus alunos. Verifique a lista de materiais que você vai utilizar ao longo de suas aulas e deixe organizado num espaço reservado para a Escola Dominical.
Antes de iniciarmos com o conteúdo de apoio para a lição desta semana, torna-se necessário esclarecer alguns pontos importantes a respeito do Currículo de Escola Dominical:
1. O currículo está dividido em três segmentos: infantojuvenil (berçário a juvenis), jovens e adultos. A primeira parte do currículo é desenvolvida em dois ciclos fechados com duração de dois anos, com exceção da faixa etária de juvenis que são três anos.
2. Após a conclusão dessas etapas o aluno é transferido para a classe seguinte. Mas o currículo recomeça o seu ciclo para os novos alunos que devem também receber o conteúdo proposto de acordo com a sua faixa etária e necessidades específicas.
3. Para que o aluno cumpra o currículo de maneira eficaz é importante que a transferência de classe só ocorra a partir do momento em que aluno atingir a idade necessária para aprender o conteúdo.
Após o devido esclarecimento no tocante ao currículo, sugerimos que você tenha em mãos os materiais de apoio necessários para a elaboração da sua aula. A lição de hoje nos fala a respeito do “Deus Criador”. O Senhor é o Criador de todas as coisas, Ele se revela em toda a sua criação.
A. Deus existe antes de todas as coisas. Nesta primeira lição os seus alunos terão a oportunidade de conhecer maios sobre o Criador. E logo de início é fundamental que saibam que o Senhor existe antes de todas as coisas. Tudo o que existe e o que foi criado são obras das mãos de Deus. Ele é infinito, eterno, autoexistente e todas as coisas só existem porque esta é a sua vontade soberana. O universo e toda a criação subsistem e são sustentados pelas mãos de Deus (cf. Is 42.5). E como Criador de todas as coisas o Senhor também assume a responsabilidade direta com a obra de suas mãos. O ser humano é a maior obra criada por Deus e, por esse motivo, tem maior relevância. Neste caso, é importante que seus alunos saibam que estão sendo cuidados pela poderosa mão de Deus e podem confiar nEle (cf. Sl 139.14; Cl 1.16).
B. Deus criou a humanidade e deseja se relacionar com ela. Deus é um ser pessoal, isto é, Ele é uma pessoa. Ele criou o ser humano à sua imagem e semelhança e o colocou no jardim do Éden. Infelizmente, o ser humano pecou contra o Criador e perdeu o direito à comunhão plena com Ele (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9). Mas Deus não desistiu de resgatar a sua criação e de trazê-la de volta à mesma comunhão que havia no Éden. Por causa disso, o Criador enviou o seu Filho Unigênito a este mundo e o entregou para ser morto e pendurado na cruz do Calvário. O sacrifício de Jesus Cristo foi o preço do resgate que Deus teve de pagar para cumprir sua própria justiça sobre o pecado, pois não poderia voltar-se contra a sua própria palavra (cf. Cl 2.13,14). Ele é santo e decidiu cumprir a sua justiça, mas não nos imputou a culpa dos pecados. Antes, por amor de nós, depositou-a sobre os ombros de seu Filho Amado Jesus que não tinha pecado. O Cordeiro de Deus que não tinha pecado veio a este mundo e obedeceu a vontade do Pai. Desde então, podemos ser reconciliados com Deus à medida que cremos no sacrifício de Jesus e depositamos nEle a fé que nos leva à salvação (1 Jo 1.8—2.2).
Por esse motivo é de suma importância que você, professor, saiba como ensinar a verdade bíblica aos seus alunos, mostrando não apenas de forma teórica, mas ensinando como alguém deve crer e praticar aquilo que ensina. Seus alunos vão perceber, mediante o seu testemunho, se o conteúdo que você está ensinando, de fato, é o que você acredita ou apenas uma forma de pensar como tantas outras. Mostre à sua classe através do seu testemunho quem é o verdadeiro Deus, Criador dos céus, da terra e de todos os que nela habitam. 

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - O Criador - Pré Adolescentes.

Lição 1 - O Criador 

1º Trimestre de 2019
Texto bíblico: Gênesis 1.1-4, 26-28, 31.
Caríssimo(a) professor(a),
Estamos começando mais um ano de muito trabalho e dedicação ao ministério para o qual fomos chamados. Novos desafios nos esperam neste ano e uma grande responsabilidade nos foi atribuída. Seus alunos precisam crescer espiritualmente e compreender os diversos aspectos que envolvem a fé que estão aprendendo a professar. Para tanto, o seu cuidado e dedicação no ensino da Palavra de Deus de forma aprimorada é imprescindível.
E para iniciarmos o ano de maneira eficiente a lição deste trimestre traz o tema “Quem é Deus”. Nela, seus alunos terão a oportunidade de conhecer os aspectos da natureza divina, como ela se revela. Veremos que as Escrituras Sagradas apresentam Deus como o Criador do universo, o Libertador da humanidade, o Justo Juiz que julga com justiça, o Pai amoroso que deseja compartilhar da sua maravilhosa graça e presença com a humanidade. Tais aspectos no fazem perceber que Deus não realiza nada de maneira desorganizada ou sem propósito.
Nesta primeira lição, que tem como título “O Criador”, a proposta é revelar a natureza do Deus Criador e a relação com a sua criação. O livro de Gênesis nos mostra que Deus criou os céus e a terra, manifestando a sua glória e majestade. Depois de haver criado e organizado todo o ecossistema e os seres vivos para nele habitar, por fim, criou o homem e o constituiu de honra e autoridade sobre a sua criação (cf. Gn 1.27,28). Diferentemente de todas as outras criaturas que Deus fez, o ser humano é especial, pois o Senhor concedeu-lhe a capacidade de pensar e adorar de forma espontânea àquEle que o criou. Por esses e outros motivos, toda a criação de Deus deve adorá-lo, inclusive, o ser humano.
1. A criação deve adorá-lo porque Ele é o Criador. Tudo que existe é resultado da vontade de Deus e o ser humano é a principal obra da sua criação. Sendo assim, Deus é digno de ser adorado e glorificado pela sua criação. A Bíblia afirma que todo ser que vive deve louvar e exaltar o nome do Senhor (cf. Sl 150.6). A criação de Deus não foi criada por acaso, há um propósito de Deus para cada obra da sua criação, inclusive, para o ser humano. Cada uma das suas criaturas exerce papel especial na criação de Deus e, por fim, a adoração é a principal peculiaridade da sua criação (cf. Rm 11.36).
2. A principal criação de Deus deve reconciliar-se com o seu criador. Após haver criado todas as coisas, o Senhor colocou o ser humano no jardim do Éden e ordenou-lhe que não tocasse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Infelizmente, o ser humano desobedeceu à voz de Deus e cedeu à tentação de Satanás (cf. Gn 3). Por conta disso, a humanidade definhou e distanciou-se de Deus (cf. Rm 3.23). Somente mediante a fé em Jesus Cristo é que ela pode ser reconciliada com Deus. O apóstolo Paulo enfatiza esta verdade quando escreve aos coríntios que Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo, não lhes imputando os seus pecados, antes pondo sobre nós a palavra da reconciliação (cf. 2 Co 5.18). Aos efésios, Paulo afirma que Cristo desfez as inimizades e pela cruz, reconciliou ambos os povos (judeus e gentios) com Deus em um só corpo (cf. Ef 2.16). A reconciliação da humanidade com Deus faz parte do propósito eterno do Criador. Deus não quer que a principal obra de suas mãos permaneça distante da sua presença e venha a se perder (cf. Ez 33.11).
Por esse motivo, seus alunos precisam compreender que eles são a propriedade exclusiva do Senhor e a maior de todas as suas criações. Explique que Deus tem propósitos para a vida de cada um deles. Dentre muitos está o de adorar e engrandecer ao Santo Nome do Criador. Seus alunos precisam aprender que não vieram a este mundo por acaso. Apesar de serem tão jovens, Deus os convida a servi-lo e a proclamarem o nome do Senhor a todas as pessoas (cf. Mt 28.19,20).

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - Na Bíblia, a Bússula da Vida - Adolescentes.

Lição 1 - Na Bíblia, a Bússula da Vida

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO DA LIÇÃO:
A BÍBLIA, O LIVRO DO POVO
A BÍBLIA FOI REDIGIDA POR PESSOAS
A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS
AME A PALAVRA DE DEUS!
OBJETIVOS
Ensinar seus alunos sobre a Bíblia;
Mostrar que a Bíblia foi inspirada por Deus, mas redigida por homens;
Estimular aos alunos amarem Palavra de Deus.
EXPLICANDO O CURRÍCULO DE ADOLESCENTES
*Marcelo Oliveira de Oliveira

Prezado professor, prezada professora, neste primeiro momento conversaremos um pouco a respeito do currículo da revista Adolescentes Vencedores. Antes de dar início ao planejamento trimestral do currículo é importante dominá-lo por completo. A Adolescentes Vencedores é uma revista composta por oito trimestres que se constituem em dois anos de conteúdo curricular. Abaixo, o currículo completo da revista:
ANO 1
1º Trimestre → Cremos
2º Trimestre → Adolescentes da Bíblia
3º Trimestre → Vivendo em Sociedade
4º Trimestre → A Bíblia, um Livro Atual
ANO 2
1º Trimestre → Jesus Cristo, o Melhor Modelo
2º Trimestre → A Família Cristã
3º Trimestre → História da Igreja para Adolescentes
4º Trimestre → Aprendendo com as Cartas
* A grade curricular da revista Adolescentes Vencedores se encontra na primeira contracapa da revista.
O currículo de Escola Dominical da CPAD é construído dentro de uma lógica pedagógica e bíblica. Por isso, o professor verificará que a revista deste trimestre retornará ao tema CREMOS, estudado em 2015 e 2017. Desavisadamente alguém poderá dizer que a lição de adolescentes repetirá o conteúdo nesse ano. Não. O aluno que assistiu a este conteúdo desde o início de 2017 terá concluído os dois anos do currículo de Adolescentes, e, portanto, deverá ser transferido para a classe Juvenis, pois a de adolescentes receberá os alunos oriundos da classe Pré-Adolescentes. Como o currículo infanto-juvenil da CPAD é fechado, ele retorna de dois em dois anos, com a exceção de Juvenis que é de três anos.
O sistema de currículo adotado pela CPAD é o mesmo adotado do 1º ao 9º ano e do Ensino Médio na Educação Nacional. Ao findar o currículo, se o aluno não for transferido de classe, repetirá o conteúdo inteiro da revista, e consequentemente, de todo o currículo de adolescentes. Mas se o aluno for transferido de classe de acordo com a regularidade do currículo, cada assunto será uma novidade para ele.
O objetivo desse modelo curricular é fazer o professor um especialista no assunto, pois cada vez que ele ministrar o conteúdo de cada lição aproveitará a experiência adquirida nas aulas anteriores a fim de aperfeiçoar seus métodos pedagógicos e pôr em prática outros novos. É uma excelente oportunidade de o professor avaliar sua metodologia, bem como a absorção de conteúdo por parte da classe.
Conhecer bem o material didático que o professor tem em mãos é importantíssimo para o sucesso do processo ensino-aprendizagem. Por isso, caro professor, prezada professora, se você não tem essa visão do todo do currículo, pare agora! E adquira esse conhecimento. Leia com antecedência as propostas pedagógicas que a revista de professor traz para você. Os recursos pedagógicos e teológicos são para enriquecer seu planejamento de aula.
Por exemplo, para melhor elaborar o plano de aula, sugerimos a leitura atenta das seções que constam na revista do professor. Elas foram elaboradas para contribuir na preparação de seu plano de aula. Também indicamos as sugestões de dinâmicas específicas para professores da classe dos adolescentes trazidas pela Ensinador Cristão, uma revista especializada em Educação Cristã e editada pela CPAD.
Em relação à lição desta semana, sugerimos a leitura atenta do primeiro capítulo da obra A Origem da Bíblia, editada pela CPAD. O capítulo é curto (pp.13-25), mas seu conteúdo o ajudará muito para dominar de maneira competente os dois primeiros tópicos da presente lição. O capítulo sugerido foi escrito por um dos maiores eruditos de Bíblia, dr. F. F. Bruce.
No caso de o (a) professor (a) desejar se aprofundar mais no conteúdo da revista, sugerimos também a leitura do terceiro capítulo (pp.64-85) da obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, tendo como editor o renomado teólogo pentecostal Stanley Horton, também editada pela CPAD. Essa sugestão se dá no sentido de o professor atingir o domínio de três conteúdos essenciais ao estudo da Bibliologia: Revelação e Transmissão e Registro do texto bíblico. O que acarretará melhor entendimento sobre o tópico: A Bíblia foi redigida por pessoas.
Com a visão do todo do currículo, o entendimento da dinâmica da revista e com as leituras indicadas em dia, fazemos votos de que o prezado professor e a prezada professora tenham um ótimo trimestre.
Deus o abençoe!
*Redator da revista Adolescentes Vencedores

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - Música! Que som é Esse? Juvenis.

Lição 1- Música! Que som é esse?

“Cantai ao SENHOR com a harpa; com a harpa e a voz do canto” (Sl 98.5).
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O QUE É MÚSICA?
2. A MÚSICA É UM DOM DE DEUS
3. A MÚSICA É UMA FORMA DE EXPRESSÃO
4. MÚSICA TAMBÉM É UM NEGÓCIO
OBJETIVOS
Expor as origens, divina e humana, da música;
Mostrar a música como forma de comunicação humana;
Denotar o caráter comercial da música moderna.
Querido (a) professor (a), como está sendo a sua primeira semana do ano?! Para a maioria bastante corrida, não é mesmo?! Se este também for o seu caso, esforce-se para dar uma pausa em toda agitação e refletir sobre suas conquistas, desafios e até percalços no ano que passou; agradecer e é claro consagrar ao Senhor os dias que virão.
Há quem goste de nesta época do ano escrever suas metas, alguns acham mais prático rever e elaborar planos de ação para alcançar as que não foram concretizadas, já outros têm por hábito fazer uma lista de pedidos de oração. Independente de qual seja sua preferência, meditar e agradecer sempre traz forças para melhor vivenciar as próximas etapas, quer as planejadas ou as inesperadas. Trazer à memória todos os momentos que o Senhor nos fortaleceu, abençoou, consolou, capacitou ou mesmo só esteve conosco em silêncio traz a confiança e ânimo para seguirmos adiante, certos de que haja o que houver esse mesmo Deus fiel continuará ao nosso lado e não há presente mais precioso do que a presença dEle.
Nesta primeira aula de 2019 vamos iniciar um tema interessante atemporalmente, em especial para os jovens. Se você é professor há muitos anos, talvez possa lhe soar um pouco repetitivo falar sobre música, louvor e adoração novamente, contudo, é importante lembrarmos três fatores cruciais para o ministério de mestre na Escola Dominical.
O primeiro, e válido para todos os cristãos, é que a Palavra de Deus é viva, eficaz e uma fonte inesgotável de sabedoria, instrução e crescimento (Cf. Hb 4.12).  Ela se renova, trazendo a cada leitura de um mesmo trecho sagrado uma perspectiva, entendimento, orientação, ou seja, “um alimento” diferente para sua alma.
Em segundo lugar, um dos principais métodos comprovadamente eficazes para o aprendizado é a repetição. Ao longo da história, inúmeros filósofos, neurocientistas, professores, pedagogos e outros especialistas vêm frisando a importância, cada qual na sua área, da repetição no ensino-aprendizagem. Tanto para absorver conceitos, quanto para um aperfeiçoamento de prática, a repetição é necessária.
Em terceiro lugar, e o que sempre explicamos, enquanto editora de materiais didáticos para a Escola Bíblica Dominical, um currículo é elaborado ciclicamente, isto é, com temas que retornam periodicamente, justamente para contemplar também os novos alunos – quer sejam estes vindos de fora da igreja, de outras denominações ou mesmo de classes das faixas etárias inferiores. Isto significa que, para nós professores, as lições podem estar se repetindo em sala de aula, porém, é novidade para muitos da turma que compõe sua classe de alunos hoje.
Esperamos que o Senhor renove a alegria do seu chamado em seu coração, a fim de que as próximas aulas sejam ministradas aos seus juvenis com toda a riqueza de sua experiência, mas também com a mesma empolgação e pureza de como quando você estudou estes versículos pela primeira vez.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula!
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

Lição 01 - 1º Trimestre 2019 - Batalha Espiritual - A Realidade não Pode ser Subestimada - Adultos.

Lição 1 - Batalha Espiritual – A Realidade não Pode Ser Subestimada 

1º Trimestre de 2019
ESBOÇO GERAL
I – A BATALHA ESPIRITUAL
II – PRINCIPAIS CRENÇAS DA PSEUDOBATALHA ESPIRITUAL
III – VAMOS À BÍBLIA
Existe cristão endemoninhado?
Esequias Soares
Daniele Soares
Os pregadores de libertação baseiam os seus ensinos nas experiências vindas do campo missionário. A Bíblia fica em segundo plano, pois eles pinçam as Escrituras aqui e ali, com interpretações peculiares contrárias à hermenêutica bíblica e aplicando uma exegese ruim. Paulo Romeiro, em sua obra Evangélicos em Crise, cita diversas fontes desses relatórios missionários (p. 120-123).
Para justificar a ideia de que um crente, mesmo cheio do Espírito Santo, pode ser endemoninhado, tais pregadores costumam apresentar o seguinte argumento: “A palavra traduzida ‘possuído’, na versão bíblica feita pelo rei Tiago da Inglaterra (KJV), e a palavra grega daimonizomai. Muitas autoridades em língua grega dizem que esta tradução está errada. Ela deveria ser traduzida por ‘endemoninhado’ ou ‘ter demônios’” (HAMMOND, 1973, p. 11); “esta palavra ‘possessão’ teologicamente é inadequada e enganosa. A expressão correta deve ser endemoninhado. O grego usa a palavra daimonizomenos, significando endemoninhado, ou echon daimonia, significando ‘ter demônios’ ou ‘estar com demônio’” (ITIOKA, 1991, p. 171). Tudo isso é para dizer que o espírito imundo pode habitar no corpo do cristão, mas não no espírito: “enquanto o Espírito Santo pode habitar no espírito, os demônios podem habitar na carne... Eles se escondem em algum lugar nos cantos” (MILHOMENS, s/d, p. 54, apud ROMEIRO, 1995, p. 128).
Esses argumentos são de uma fragilidade exegética assustadora. Poderia ser citada uma lista considerável de dicionários e léxicos que não sustentam tais ideias, como os léxicos Liddell & Scott e Walter Bauer’s; o Léxico Grego do Novo Testamento, de Edward Robinson, edição da CPAD, e o Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, de Verlyn D. Verbrugge, da Vida Nova, entre muitos outros. Quanto à exegese, Mateus e Marcos empregam daimonizomai para os endemoninhados gaderenos (Mt 8.28; Mc 5.15) e Lucas utiliza echon daimonia (Lc 8.27). A descrição do gadareno em Mateus, Marcos e Lucas mostra que ele estava completamente dominado pelos demônios, e isso evidencia que não há diferença entre “endemoninhado” e “possuído pelo demônio”.
Outro meio de justificar a ideia de que o crente pode ser endemoninhado é desenvolvendo uma nova antropologia. Eles argumentam ainda que o homem “é um espírito - tem alma – e vive num corpo” (HAGIN, 1988, p. 89). Esse conceito é defendido também pela Confissão Positiva. Partindo desse falso conceito, afirmam que o Espírito Santo habita no espírito humano, na salvação, e os espíritos imundos “estão relegados à alma e ao corpo do cristão” (HAMMOND, 1973, p. 132). 
À luz da Bíblia, o ser humano é um ser metafísico e moral, feito à imagem e semelhança de Deus, constituído de corpo alma e espírito (Gn 1.26; 2.7; 1 Ts 5.23). Alma e espírito são entidades imateriais, distintos um do outro, embora inseparáveis. O corpo é o invólucro material da alma e do espírito, pois existe uma “divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas” (Hb 4.12). Isso refere-se às três partes distintas da constituição humana. Fazer jogo de palavras envolvendo corpo, alma e espírito para redefinir teologicamente o ser humano, afirmando ser ele um “espírito que tem alma e habita num corpo”, facilita a manipulação do texto para adulterar o pensamento bíblico. A constituição bíblica do ser humano contraria o falso conceito da presença dos demônios no corpo e na alma do cristão.
Outros citam, ainda, passagens bíblicas, como “o mau espírito da parte de Deus, se apoderou de Saul” (1 Sm 18.10) e fraseologia similar (1 Sm 19.9), além de Judas Iscariotes (Lc 22.3) e Ananias e Safira (At 5.1-10). Essas três passagens são interpretadas por eles de maneira distorcida. O argumento sobre o estado espiritual e psicológico de Saul precisa ser analisado com muito cuidado: “E o Espírito do SENHOR se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do SENHOR” (1 Sm 16.14); “Porém o espírito mau, da parte do SENHOR, se tornou sobre Saul” (1 Sm 19.9); “o mau espírito, da parte de Deus, se apoderou de Saul” (1 Sm 18.10). Antes de tudo, convém salientar que Saul já estava desviado e havia sido rejeitado por Deus (1 Sm 15.23; 16.1). Então, essa passagem não ajuda em nada na possibilidade de um crente fiel ter demônios. O que aconteceu com Saul é que o Espírito Santo se apoderou dele por ocasião de sua unção para reinar sobre Israel (1 Sm 10.6, 10; 11.6). Uma vez que “o Espírito do SENHOR se retirou de Saul”, isso indica não ser ele mais o escolhido para reinar, e dessa forma Deus enviou o “espírito mau” para o assombrar e o atormentar. Trata-se de um espírito da parte de Deus, e não de Satanás.
O exemplo de Judas Iscariotes é inconsistente, pois está escrito que “Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes” (Lc 22.3, ARA), mas Jesus havia dito antes que Judas era “um diabo” (Jo 6.70). Assim, “dizer que ele foi um cristão é forçar demais o texto bíblico, e nem foi essa a opinião do Senhor sobre ele” (ROMEIRO, 1995, p. 125). 
A passagem de Ananias e Safira (At 5.1-11) não confirma sua doutrina, pois o texto sagrado declara que Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo, ou seja, mentir à Igreja é mentir a Deus. Não está escrito que ambos ficaram possessos ou endemoninhados. Eles foram incapazes de discernir o Espírito Santo na vida da Igreja. O acontecido é que eles não vigiaram e por isso agiram sob influência de Satanás, mentindo ao Espírito Santo (v. 3). Isso pode acontecer com um cristão vacilante, e não é possessão maligna, por isso devemos orar e vigiar, para não cairmos em tentação. Jesus disse: “o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Não está escrito que Pedro expulsou o “demônio” de Ananias e Safira.
O Senhor Jesus afirmou que todos os espíritos demoníacos deixam o corpo da pessoa que se converte ao seu evangelho (Lc 11.24). Tal corpo fica varrido e adornado, como obra do Espírito Santo (v. 25). A Bíblia, ensina ainda, que o corpo do cristão é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19) e que o corpo, a alma e o espírito do cristão “pertencem a Deus” (v. 20). Temos promessas de Deus de que o maligno não nos toca: “o que de Deus é gerado conserva-se a sim mesmo, e o maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18). O cristianismo baseia-se na Bíblia, e não em experiências humanas contrárias às Escrituras Sagradas.
Texto extraído da obra “Batalha Espiritual”, editada pela CPAD.  
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.