domingo, 28 de abril de 2019

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Um Dia Triste - Primários.

Lição 4 - Um Dia Triste

2º Trimestre de 2019
Objetivo: Que o aluno saiba que precisamos confiar em Deus, pois Ele está sempre perto para nos ajudar em todas as circunstâncias, favoráveis ou difíceis.
Ponto central: Deus está conosco nos momentos de alegria e tristeza.
Memória em ação: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, eu os seguro pela mão e lhes digo: ‘Não fiquem com medo, pois eu os ajudo’” (Is 41.13).
Querido (a) professor (a), por meio da história de José, nesta próxima aula nós vamos ter a oportunidade de conversar com as crianças sobre emoções e sentimentos muito difíceis e mal vistos socialmente: ciúme, inveja, medo, mágoa...  Se até a maioria dos adultos ainda não aprendeu a lidar com maturidade em face de tais emoções, mesmo sendo elas inerentes a todo ser humano, imagina quão complexo – e até traumático –, não pode ser para as crianças, constantemente censuradas por tais adultos. 
Sentimentos como ira, ciúme, inveja, soberba, rancor e tantos outros foram tão censurados, estigmatizados, punidos com rigor e crueldade pelos mais velhos que logo na infância tratamos de aprender a reprimi-los, negá-los, até para nós mesmos. Esconder invés de resolver crescendo em aprendizado com eles. Evidentemente que aqueles que assim agem o fazem com a melhor das intenções, a de educar para o bem. Porém, há uma maneira mais eficaz de fazer isto. Você já notou que às vezes nós só reproduzimos, repassamos algo como nos foi ensinado, (ainda que tenha sido de uma maneira traumática ou que não nos agrada) pelo simples fato de ter sido esta a única forma que conhecemos. Não sabemos como ensinar de outra maneira. E assim traumas podem atravessar gerações. Por exemplo, o meu pai me ensinou a nadar ainda bem pequena me atirando na piscina, porque o pai dele o ensinou assim. Por isso, antes de reproduzir ou repassar um conhecimento precisamos sempre repensá-lo, refletir se ele se aplica a realidade de hoje, ao contexto individual, se a maneira como nos foi passada é a mais adequada, etc.
Graças a Deus, hoje o conhecimento se difundiu; através da internet, temos fácil acesso a diversos saberes, assuntos, avanços em estudos na educação, descobertas, especialistas e conteúdos que antes para os nossos pais eram impensáveis. Hoje, você está aqui lendo essas linhas e sendo convidado a repensar a maneira de lidar com “lixos” emocionais, que costumamos enterrar – mas eles continuam lá, às vezes até crescem, apodrecem, se agravam. E como educador também está tendo a oportunidade de ensinar uma nova geração de uma maneira diferente, mais sábia e saudável, tanto no âmbito emocional, quanto relacional e espiritual.
O suíço Carl Jung, fundador da psicologia analítica, tem uma frase que ilustra bem o assunto: “O que negas te domina. O que aceitas te transforma”. Esta aceitação é no sentido de autoconhecimento, humildade e maturidade para RECONHECER as próprias falhas e se responsabilizar por elas. Contudo, sem se autoflagelar por saber que é algo da natureza humana. O Mestre dos mestres ilustra muito bem tudo isso na parábola do Fariseu e do Publicano, em Lucas 18.9-14. Vamos relê-la e refletir sobre ela, sob essa perspectiva?!
E (Jesus) disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira:
— Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:
— Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!  
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Até mesmo os maiores e mais admiráveis servos de Deus tiveram sentimentos e emoções consideradas mesquinhas: vaidade, inveja, ressentimento... Como disse o apóstolo Tiago quando mencionou o grande profeta Elias, todos nós seres humanos somos frágeis, isto é, sujeitos as mesmas fraquezas (cf. Tg 5.17). A diferença está em como lidamos com elas. As confessamos diante de Deus com humildade? Ou as escondemos (até de nós mesmos), enquanto elas fazem mal a nós e a outros? 
Transmita às crianças que desde o Pecado Original, sentimentos como os que os irmãos de José tiveram, também surgirão em nossos corações. Por isso precisamos sempre ser sinceros para Deus confessando-os, pedindo a Ele que nos perdoe e nos livre deles para que não façamos mal a nós e a outras pessoas. Mas se fizermos, também precisamos aprender a assumir e pedir perdão com humildade. Um coração sincero e arrependido Deus nunca rejeita.
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD 

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Os Reis de Judá e de Israel - Juvenis.

Lição 4 - Os reis de Judá e de Israel

2º Trimestre de 2019
“Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc 1.32,33).
OBJETIVOS
Refletir sobre as características da liderança exercidas pelos reis;
Apontar Ezequias e Acabe como exemplos de liderança;
Compreender o conceito de vocação integral para liderança.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O REI COMO LÍDER – CARACTERÍSTICAS E FINALIDADE
2. O PÉSSIMO EXEMPLO DE ACABE
3. EZEQUIAS, UM REI QUE CUMPRIU O SEU PAPEL
4. A LIDERANÇA NA PERSPECTIVA INTEGRAL DO REINO DE DEUS
Querido (a) professor (a), na próxima aula vamos no aprofundar no tema “liderança”, analisando o governo monárquico; mais especificamente o exemplo de dois reis, um de Israel, outro de Judá.
A fim de que você possa melhor introduzir o assunto em classe, sugerimos brevemente recordar como se deu esse processo de transição da liderança dos juízes para o período da liderança dos reis. A forma como o pedido do povo para ser como as demais nações, adeptas à monarquia, se desdobrou e até se tornar um insulto ao maior de todos os líderes, o Senhor, o Rei que tirou seu povo da escravidão do Egito, liderando-os através de porta-vozes escolhidos por Ele, rumo à Terra Prometida. 
Lições da monarquia.
Embora a monarquia fosse algo previsto por Deus na história de Israel (Dt 17.14), ficou explícito em sua instituição que Deus reprovou tal escolha (1Sm 12.18-19). A monarquia em Israel traz uma série de lições para a nossa vida. Na monarquia imperava a descendência, onde muitos reis, despreparados e novos, herdavam o trono de seus pais e não eram aprovados por Deus. Eram reis que não conheciam ao Senhor e sempre repetiam os pecados de seus pais.O resultado de tal insanidade foi uma idolatria generalizada, o pecado grassando no meio da nação e a destruição dos reinos do Norte e do Sul. 
Professor, explique aos alunos que não era errado Israel desejar um rei, pois Deus já havia mencionado esta possibilidade (Dt 17.14-10). O problema residia no fato de que o povo estava rejeitando o Senhor como seu líder, porque queria ser como as “outras nações”. Deus, em sua misericórdia, ordenou que Samuel cuidadosamente explicasse ao povo os “prós” e “contras” de se ter um rei. Nesta lição, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo (onde constam os problemas e as realizações da monarquia), e discuta com os alunos o que significou para Israel ter um rei. (Texto extraído da revista Jovens e Adultos, 2009, CPAD).
problemas
É interessante debater em classe e ouvir a opinião dos seus Juvenis sobre este tipo de liderança, em que uma pessoa “herda” o cargo, mas será que também o dom, o interesse, a dedicação e demais requisitos necessários para exercê-lo? Levante esta e outras questões que demonstrem as diferenças entre monarquia e democracia. Pode-se ir pontuando no quadro os prós e os contras de ambas. É interessante debater em classe e ouvir a opinião dos seus Juvenis sobre este tipo de liderança, em que uma pessoa “herda” o cargo, mas será que também o dom, o interesse, a dedicação e demais requisitos necessários para exercê-lo? Levante esta e outras questões que demonstrem as diferenças entre monarquia e democracia. Pode-se ir pontuando no quadro os prós e os contras de ambas. 
Procure ler previamente sobre o modelo de liderança política na Inglaterra, que é uma das monarquias mais conhecidas do mundo; fale sobre o papel do Primeiro Ministro; a diferença entre presidente e Chanceler, e outras curiosidades que despertem o interesse da turma para o foco da lição e objetivos a serem atingidos através dela. 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Juvenis da CPAD

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Papai do Céu é Bom - Berçário.

Lição 04 - O Papai do Céu é bom!

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que a criança compreenda que Deus é bom.
É hora do versículo: “[...] O Senhor Deus é bom” (Sl 34.8).
Nesta lição, as crianças serão conscientizadas de que o Papai do Céu é bom. Por este motivo, Ele faz muitas coisas boas para nós. Ele manda o sol, a chuva, a lua, as estrelas, o papai, a mamãe, a nossa comidinha e a comidinha dos animais. O Papai do Céu é muito bom!
Quando ensinamos ao bebê sobre amor e amar a Deus, e que o Papai do Céu é bom, devemos ter consciência de que a criança que na primeira infância ama e é amada por aqueles que a cercam, gradativamente, saberá amar a Deus. Aquelas que têm um pai amoroso serão capazes de ver a Deus como o amoroso Pai celestial. As que são ensinadas a obedecer aos pais e a outras autoridades, adiante, aprenderão a obedecer a Deus.
Após realizar todas as atividades propostas no manual do professor e caso haja tempo, imprima a folha abaixo, com a palavra “bom” e peça aos alunos para colarem bolinhas de papel crepom. Enquanto realizam a atividade, reforce que o Papai do Céu é bom em todo tempo.
bom
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Berçário

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me Responde - Maternal.

Lição 4 - Quando eu oro, o Papai do Céu me responde

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno compreenda que Deus ouve nossas orações.
Para guardar no coração: “Peçam, e vocês receberão [...]” (Mt 7.7).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história do profeta Elias, quando ele orou e o Papai do Céu respondeu mandando fogo do céu. O Papai do Céu nos responde e Ele é muito poderoso.
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que entregue para cada criança uma cópia da imagem abaixo para as crianças colorirem o profeta e o altar. Enquanto executam a tarefa, diga que o Papai do Céu nos responde quando oramos.
elias licao4 maternal
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Um Amigo é Curado - Jd. Infância.

Lição 4 - Um amigo é curado

2º Trimestre de 2019
Objetivos: Os alunos deverão crer que Jesus é poderoso para perdoar qualquer pecado. Incluir, nas orações diárias, a confissão dos erros e faltas. 
É hora do versículo: “[...] O sangue de Jesus, o seu Filho, nos limpa de todo pecado” (1 Jo 1.7).
Nesta lição, os alunos aprenderão que Jesus é poderoso para curar todas as doenças, até mesmo aquelas que a pessoa já nasce com ela ou que remédio nenhum pode curar. Jesus pode nos curar, mas o que Ele faz de mais importante é perdoar os nossos pecados e nos levar para o céu.
Como atividade complementar, após a realização das atividades propostas na revista do aluno e do professor, e caso haja tempo, sugerimos que imprima a atividade abaixo, uma para cada criança, para colorirem a cena do paralítico descendo pelo telhado com a ajuda dos seus amigos. Enfatize que quem pode curar todas as doenças é Jesus e Ele ainda pode perdoar os nossos pecados.
paralitico jardim licao4
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo
Editora da Revista Jardim de Infância 

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Dia em que Os Luminares Obedeceram - Juniores.

Lição 4 - O Dia em que os Luminares Obedeceram - Josué 10.1-14

2º Trimestre de 2019
Prezado(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos aprenderão a respeito de mais uma importante vitória concedida ao exército do Deus vivo. Nesta ocasião, um fato extraordinário aconteceu. Deus ouviu o clamor de seu servo Josué e fez com que o sol se detivesse nos céus. Este foi o dia mais longo em toda a história da humanidade. Por conta disso, Israel obteve vitória sobre os seus inimigos. Esta narrativa é singular em toda a Escritura Sagrada, pois jamais se ouviu dizer a respeito de algum “deus” ouvir e responder ao clamor de um homem como Deus respondeu ao clamor de Josué.
Este episódio é mais um exemplo de que a obediência a Deus resulta em grandes milagres. Josué havia recebido a promessa de Deus de que não estaria sozinho, pois o Senhor estaria com ele e faria com que o seu servo fiel entrasse com todo o povo israelita na Terra Prometida. Tudo o que Josué deveria fazer era obedecer aos mandamentos do Senhor sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda, mas seguir firme cumprindo a vontade de Deus.
Deus intervém em favor do seu povo e realiza milagres. A seguir, algumas explicações:
Como o sistema solar parou? É claro que em relação à terra o sol está sempre imóvel — é a terra que gira em torno do sol. Mas a terminologia usada em Josué não deveria causar-nos dúvida quanto ao milagre. Afinal, não ficamos confusos quando alguém diz que o sol nasce ou se põe. A questão é que o dia foi prolongado, não que Deus tenha usado um método particular para prolongá-lo. Duas explicações têm sido dadas sobre como isto aconteceu: (1) a diminuição da velocidade da rotação normal da terra deu a Josué mais tempo, como o idioma original hebraico parece indicar; e (2) alguma refração incomum dos raios solares forneceu horas adicionais de luz. Não importa o método escolhido por Deus; a Bíblia é clara ao afirmar que o dia foi prolongado por um milagre, e que a intervenção de Deus direcionou a batalha em favor de seu povo.
(Texto extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 291).
Para reforçar o ensinamento da aula de hoje, converse com seus alunos a respeito dos movimentos da Terra.
Rotação: movimento em torno do seu próprio eixo, dura aproximadamente 24 horas para se completar.
Translação: movimento em torno do Sol, dura aproximadamente 365 dias e 5,59 horas.
Leve para sala de aula um globo terrestre ou utilize uma bola de isopor para simular o planeta Terra. Utilize uma lanterna bem forte para simular a luz do sol iluminando o nosso planeta. Com a lanterna iluminando apenas um lado do globo, à medida que você explica os movimentos da Terra, mostre também como Deus “parou o sol” de acordo com a explicação da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Conhecendo Minha Personalidade - Pré Adolescentes.

Lição 4 - Conhecendo minha personalidade

2º Trimestre de 2019
A lição de hoje encontra-se em: Efésios 4.22-24.
Caro(a) professor(a),
Na aula desta semana seus alunos terão a oportunidade de aprender que cada um de nós tem uma personalidade distinta. O exercício do autoconhecimento é importante para que saibamos lidar com nossas escolhas, nossas emoções, manter o domínio próprio e conhecer os nossos limites. Seus alunos estão numa fase de mudanças bruscas e tudo parece novo para eles. Até se adaptarem com a nova realidade levará um tempo. Por esse motivo, é seu papel como professor da Escola Dominical ajudá-los a compreender o momento em que estão vivendo.
Aspectos da personalidade do adolescente.
A inteligência dá ao adolescente a capacidade de resolver problemas; é nesta fase da vida que a pessoa alcança seu maior grau de desenvolvimento. É importante o adolescente reconhecer seu próprio nível mental, pois, do grau de inteligência depende, em grande parte, o êxito de um grupo. O líder deve estar atento a dois tipos de personalidade: no primeiro caso, adolescentes gostam de sempre ocupar os primeiros lugares em todas as situações e atividades dentro do grupo. Mesmo sem ter a capacidade suficiente, são eternos insatisfeitos, além de causarem aborrecimentos; em determinados momentos, são inconvenientes. No segundo caso, ocorre justamente o inverso: adolescentes vítimas de complexo de inferioridade sentem dificuldades de relacionamentos com o grupo e precisam se estimulados.
Cabe ao educador acompanhar o potencial de cada aluno e incentivá-lo para que se desenvolva intelectualmente e, assim, alcance suas metas tanto na vida ministerial quanto profissional.
Cada aluno tem interesses e gostos diferentes: uns gostam de música, de orar, de cantar; outros preferem atividades movimentadas ou conversar. O grande motivo da insatisfação no grupo de adolescentes é o fato de alguém estar no lugar errado, fazendo o que não gosta; quando isso ocorre o indivíduo não se realiza plenamente.
O temperamento e o caráter são dois fatores essenciais nas relações no grupo. Por esta razão, é importante saber se o adolescente é tímido, introvertido, reservado; se é sociável, amável prestativo e afetivo; ou, ainda, agressivo e autoritário. Existem adolescentes que reúnem todos esses temperamentos, dependendo apenas de uma contrariedade para que venha demonstrá-los. Por isso, é necessário que o professor trace um perfil psicológico dos alunos, assim poderá orientar melhor e ajudar o autocontrole e o domínio próprio.
(Texto extraído do livro de COSTA, Débora F. Os Maravilhosos Anos da Adolescência. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 86).

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - Como Pude Desperdiçar os Meus Talentos - Adolescentes.

Lição 4 - Como pude desperdiçar os meus talentos

2º Trimestre de 2019
OBJETIVOSExpor as consequências da desobediência a Deus;
Fazer a reflexão sobre as escolhas que fazemos; 
Estimular a obediência à vontade de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO:O MENINO SERÁ NAZIREU
O SEGREDO DA FORÇA DE SANSÃO
DALILA: SUA GRANDE RUÍNA
TARDE DEMAIS PARA FAZER AS ESCOLHAS CERTAS
Prezado professor, prezada professora,
A personagem estudada na lição desta semana é Sansão. O tema nos convida a refletirmos sobre as consequências de nossas decisões em relação à vontade de Deus, a mostrar-nos que somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e nos estimular a vivermos uma vida de obediência ao Altíssimo. 
Sansão foi um homem escolhido por Deus para ser um juiz de sua época. Mas ele resolveu flertar com o erro e brincar com o pecado, o que fez pagar um alto preço por isso. 
A lição desta semana toca numa expressão muito importante para compreender o chamado de Sansão: nazireu. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, Nazireu significa 
pessoa leiga de qualquer sexo que estava presa a um voto especial de consagração ao serviço de Deus durante um período definido ou durante toda a vida (Nm 6.1-5). Sua abstinência era assunto pessoal, mas não como membro de um grupo como os recabitas. Geralmente, o voto era feito voluntariamente, mas os pais às vezes faziam a consagração dos filhos para a vida toda, como nos casos de Sansão (Jz 13), de Samuel (1 Sm 1.9-11) e de João Batista (Lc 1.15,80; Mc 1.6). Um nazireu: (1) não participar do fruto da vinha; (2) não podia cortar o cabelo; (3) tinha que permanecer livre de todas as impurezas, inclusive de tocar o corpo de pessoas mortas (Nm 6.3-8). Em caso de profanação era prescrito um ritual de purificação (Nm 6.9-12). Ao final do período de separação, o nazireu obedecia a um procedimento especial para a finalização de seu voto, que incluía seu comparecimento perante o sacerdote com certas ofertas especiais, e também deveria raspar a cabeça e queimar o cabelo cortado (Nm 6.13-21).
Durante a monarquia, Deus denunciou que homens apóstatas estavam forçando os nazireus a beber vinho (Am 2.11,12). Quando estava em Corinto, Paulo fez um voto temporário de nazireado, talvez para obter a proteção divina naquela cidade; esse período terminou quando foi a Cencreia onde cortou o cabelo (At 18.18). Mais tarde, Paulo foi persuadido a se purificar como nazireu, junto com quatro crentes judeus em Jerusalém, e a pagar pelo término dos sacrifícios relacionados ao voto daquele grupo (At 21.18-26) (CPAD, 2010, P.1347).    
Ao perceber que Sansão estava debaixo de um voto de consagração tão radical, o estudante da Palavra de Deus poderá verificar quão grave foi a sua decisão de flertar e brincar com o pecado. Por isso, aproveite essa oportunidade para estimular a sua classe a refletir sobre o perigo de flertarmos com o pecado, brincarmos com a nossa vida espiritual. Deus nos quer achar fiéis para fazer a sua vontade!
Boa aula!
Marcelo Oliveira de Oliveira
Editor da revista Adolescentes Vencedores

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Uso Virtuoso dos Bens Materiais - Jovens.

Lição 4- O uso virtuoso dos bens materiais

2º Trimestre de 2019
Introdução
I-O Cristão Deve Viver com o seu Próprio Dinheiro, Fruto do seu Trabalho
II-O Cristão não Deve Colocar sua Esperança na Incerteza das Riquezas, mas em Deus
Conclusão
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Refletir a respeito da importância do crente ter o seu trabalho e o seu próprio sustento;
Advertir do perigo de se colocar a confiança na incerteza dos bens materiais e não em Deus.
Palavras-chave: Cobiça e soberba.
A igreja em Tessalônica viveu uma experiência que se repete em muitas igrejas de nossos dias também. Pessoas que com base em argumentos teológicos ficaram ociosas e viviam em dependência de outros membros trabalhadores. Da mesma forma, em Éfeso outra importante igreja do primeiro século, liderada por um dos principais companheiros do apóstolo Paulo também passava por problemas que se repete em algumas igrejas da atualidade. Trata-se de membros da comunidade que eram ricos altivos que não exerciam a mordomia com os bens recebidos de Deus, antes agindo egoisticamente.
I. O CRISTÃO DEVE VIVER DE SEU PRÓPRIO DINHEIRO, FRUTO DO TRABALHO 
Neste tópico, discorreremos sobre o exemplo de Paulo e a advertência sobre o compromisso do cristão em viver do próprio trabalho.
       O problema do abandono do trabalho pelos tessalonicenses
No primeiro século, nos tempos do império romano, o trabalho era realizado primordialmente pelos escravos. A mão de obra escrava era a base da economia do mundo greco-romano. Os cidadãos livres se dedicavam às atividades intelectuais, artísticas e políticas e consideram os trabalhos manuais vulgares, desonrosos e indignos. A cidade de Tessalônica já era respeitável e uma das maiores em extensão e população. Ali, encontrava-se um grande porto no mar Egeu, que produzia o acúmulo de riquezas, e fazia daquele lugar o destino de muitos comerciantes e outras pessoas com bom poder aquisitivo. Devido à característica da cidade, dois terços da população eram constituídos de escravos e o restante um seleto grupo de cidadãos pertencentes às demais classes. Assim, para os trabalhadores braçais a vida era reduzida a um simples meio de sobrevivência. Para a maioria dos trabalhadores do império o trabalho não trazia satisfação e era uma forma de lutar pela subsistência. Portanto, o trabalho não era algo visto de forma positiva, tido mais como uma forma impositiva e de castigo. A comunidade cristã em Tessalônica era composta somente de trabalhadores. 
Paulo dá um sentido maior ao trabalho e promove um novo propósito ao trabalhador, como algo digno. O ensino sobre o comportamento do cristão em relação ao trabalho se encontra principalmente nas epístolas aos Gálatas, aos Efésios, aos Colossenses, a 1 Timóteo, a Filemon e a Tito. O trabalhador era orientado: a) dar o seu melhor (Ef 6.5); b) executar as atividades sob sua responsabilidade com satisfação e dedicação (Ef 6.7); c) ser obediente aos seus patrões (Cl 3.23; Tt 2.9); c) considerar seus senhores ou patrões como dignos de respeito e honra (1 Tm 6.1); d) ser honesto e leal aos senhores ou patrões “para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tt 2.10); d) ser obediente aos seus patrões (Cl 3.23; Tt 2.9); e) entre outras orientações valorizando o trabalho honesto.
Outra referência é a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, onde Paulo trata sobre o abandono ao trabalho pelos cristãos motivados por interpretações teológicas equivocadas.  Para entender como isso ocorreu se faz necessário refazer o caminho feito por Paulo para fundar a igreja em Tessalônica e os fatos que sucederam esse encontro. Durante a segunda viagem missionária, quando Paulo esteve pela primeira vez em Tessalônica, os judeus se levantaram contra a mensagem e a pessoa do apóstolo, de forma que ele foi obrigado a fugir à noite para Bereia para salvar sua vida (At 17.1-15). Em Corinto, após reencontrar com Timóteo, ele o enviou à igreja em Tessalônica para auxiliar em problemas naquela comunidade. Timóteo voltou a Corinto com um relato animador, pois os cristãos tessalonicenses mantinham a perseverança na fé e o testemunho deles já havia se espalhado por toda a Macedônia (1 Ts 1.8).
Entre o ano 51 e 52 a.C. Paulo escreveu a Primeira Carta para responder a algumas perguntas que certos irmãos haviam enviado por meio de Timóteo. Pouco tempo depois, ele escreveu a Segunda Carta para corrigir alguns mal-entendidos sobre os finais dos tempos e rebater falsos ensinos que haviam se infiltrado na igreja. Um dos falsos ensinos foi a respeito da volta de Cristo, afirmavam que seria por aqueles dias (1 Ts 5.2). Esse ensino, provavelmente motivou alguns membros da igreja abandonar o trabalho e ficar esperando a volta de Cristo, vivendo na dependência dos outros que continuavam trabalhando. Com o aumento da perseguição aos cristãos essa crença tomou mais força ainda. (RICHARDS, 2008, p. 466) afirma que “a ociosidade e a dependência dos outros não é uma prática cristã. Os cristãos devem aceitar a responsabilidade de ganhar seu próprio sustento, e devem ganhar dinheiro para compartilhar com aqueles que são verdadeiramente necessitados”. As dificuldades no trabalho não justificam o seu abandono, pois alguém terá que trabalhar para alimentar o ocioso. Essa atitude não é coerente com a doutrina judaico-cristã.
Paulo chama atenção para seu próprio exemplo
Conforme citado, devido à precariedade das condições de trabalho, os trabalhadores não se identificavam com o resultado de suas atividades laborais, pois não tinham satisfação e se sentiam impotentes diante do sofrimento que estavam expostos. Falar dessa situação sem citar Karl Marx seria uma incoerência, pois ele popularizou o termo conhecido como “trabalho alienado” para identificar a condição de alienação do trabalho, um meio de subsistência semelhante à vida animal, como era a situação dos trabalhadores e escravos no Império Romano do primeiro século. Situação semelhante à definição de Marx (2003, p. 116): “O trabalho alienado inverte a relação, uma vez que o homem, enquanto ser lúcido, transforma a sua atividade, o seu ser, em simples meio da sua existência”. Todavia, enquanto Marx propõe uma revolução para solução do problema, Paulo faz a relação do trabalho com o serviço à Cristo. Neste pensamento paulino, Cristo não provê somente a reconciliação com Deus, mas também com o trabalho. 
A proposta paulina, semelhante a de Jesus, é de igualdade, embora as pessoas desempenhem papéis diferentes na sociedade, em contraste ao modelo romano. Ele dissemina uma mensagem de reconciliação por meio da rendição à Cristo, e não uma luta entre as classes. Portanto, defende que esse deve ser o modelo ideal aos nascidos de novo, membros da comunidade cristã. Outra diferença significativa era que Paulo não era apenas um teórico, mas ele demonstrava por meio de seu próprio exemplo a eficácia de sua mensagem. Para reforçar o que iria falar na sequência da epístola, ele chama atenção para o seu próprio exemplo enquanto conviveu com os tessalonicenses.
Os gregos e os romanos consideravam o trabalho manual exclusivo para escravos, enquanto os judeus consideravam o trabalho uma prova de bom caráter e responsabilidade. Paulo, enquanto esteve pregando entre os tessalonicenses, trabalhou tanto (dia e noite) que afirmou ter chegado ao estado de fadiga. Isso, para não ser pesado a nenhum dos membros da igreja e evitar ser acusado ganância ou de ser aproveitador. Uma das ocupações de Paulo era fazer tendas, serviço realizado em algumas ocasiões enquanto fazia missões (At 18.1-3). O apóstolo afirma que pelo seu trabalho missionário teria autoridade para ser sustentado (1 Co 9.6-14; G1 6.6; 1 Tm 5.17,18). Todavia, ele não fez uso desse direito. Provavelmente, Paulo percebeu o comportamento de alguns membros que eram irresponsáveis e tinham por hábito se aproveitarem da boa vontade de trabalhadores responsáveis, como acontece ainda hoje em várias comunidades cristãs. 
O comportamento do apóstolo não deu margem para ninguém usá-lo como referência para justificar sua ociosidade ou acusá-lo de aproveitador. Paulo era um missionário responsável e sempre priorizava a pregação do evangelho, por isso evitava atitudes que pudessem criar obstáculos a sua divulgação e a salvação de almas (1 Co 9.12).
A ociosidade dos tessalonicenses é condenada
A comunidade cristã em Tessalônica não tinha nenhum patrono rico convertido ao cristianismo que pudesse prover as necessidades do apóstolo. Ele, sendo judeu, encarava o trabalho como algo dignificante e não tolerava a ociosidade. O próprio Jesus, como veremos em lição posterior, se colocou no lugar de um escravo para demonstrar a virtude em servir (Jo 13.4,5). Assim, Paulo combate com intensidade a ociosidade dos cristãos em Tessalônica.
Em 2 Tessalonicenses 3.10, Paulo retoma mais uma vez a expressão firme e autoritária do versículo seis, utilizada também em 2 Tessalonicenses 3.4,10,12, “mandamos-vos isto” para reprovar a atitude dos tessalonicenses que não queriam trabalhar. Importante ressaltar que Paulo reprova a atitude de quem não queria trabalhar e não quem, por algum impedimento, não pudesse trabalhar (vv. 10-12). A expressão “mandamos-vos isto” tem referência a uma ordem militar de execução obrigatória, se não obedecida seria pena de traição. A ordem é para se afastar das pessoas ociosas, ou seja, deixar de ter comunhão com ela, o que significava não participar da festa da caridade e da Ceia do Senhor (1 Co 5.9-13). Paulo afirma que as pessoas que não estavam dispostas a trabalhar que não comessem também. Para algumas pessoas pode parecer falta de amor e consideração pelos irmãos rebeldes, mas em algumas situações é necessário uma atitude mais enérgica devido ao cuidado com a obra de Deus. Caso contrário, o prejuízo será maior do que a disciplina dessas pessoas. O fato de um líder ter que tomar medidas mais radicais não significa que não tenha amor pelo grupo sob sua responsabilidade, mas demonstra o zelo e submissão à missão dada por Deus para liderar seu povo. Por esse motivo, os líderes sérios, honestos e comprometidos com o Reino de Deus devem ser respeitados, valorizados e honrados.
A ociosidade gera desordem e divisão da comunidade. Basta ver a atual situação de desemprego no Brasil e o consequente aumento de violência, corrupção e assaltos. Paulo é enfático e rigoroso com os desocupados: “A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão” (2 Ts 3.12). Fica evidenciada a seriedade do assunto. As últimas palavras (v. 13) demonstram que a preparação para a volta de Jesus é trabalho dedicado a fazer o bem às pessoas, ou seja, o cristão deve estar ocupado e comprometido, enquanto espera o Dia do Senhor.  As pessoas mal intencionadas procuram sempre uma oportunidade para viver na ociosidade. O apóstolo dá exemplo de como lidar com essas pessoas.
II. O CRISTÃO NÃO DEVE COLOCAR SUA ESPERANÇA NA INCERTEZA DAS RIQUEZAS, MAS EM DEUS 
Neste tópico, a advertência paulina é contra o desejo desenfreado em acumular riquezas, a altivez das pessoas de alto poder aquisitivo que exploram os indefesos e pobres, e também às pessoas que depositam suas esperanças nas riquezas em vez de confiar em Deus.
Os cuidados com a tentação do desejo de acumular riquezas
O cristianismo se difundia entre as camadas mais baixas da sociedade, embora houvesse alguns cristãos abastados. Quando grupos de classes diferentes se unem por meio da religião a tendência é surgirem os conflitos. Na comunidade cristã deveria ser diferente. Os membros mais abastados traziam consigo os costumes da sociedade e estavam em fase de transição para as doutrinas cristãs. A mudança não ocorria de um dia para o outro. A convivência mais próxima entre as classes certamente produzia nos membros das camadas mais baixas o desejo de se tornarem também senhores e patrões. Todavia, entre os mais abastados existiam aqueles que continuavam com a mesma cultura de quanto mais melhor. Sendo assim, o apóstolo alerta sobre o perigo do desejo por acúmulo de riquezas. Se existe uma recomenda é porque esse sentimento estava presente na comunidade cristã destinatária da epístola.  
A recomendação acerca do perigo de acumular riquezas começa na perícope 1 Timóteo 6.9-16. Aqueles que querem ficar ricos dedicam toda a sua força e atenção para atingir esse objetivo. Por isso, caem em tentação e laço (1 Tm 6.9a). Há um adágio que diz: “Uma coisa puxa outra”, ou seja, a busca desenfreada por riquezas conduz à queda em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, e afogam essas pessoas na ruína e perdição (1 Tm 6.9b). Em 1 Timóteo 6.10 fica claro que o mal não está no dinheiro em si, pois ele é neutro. Desse modo, desejar o dinheiro não é o problema, mas sim o meio usado para adquiri-lo (1 Tm 3.3,8; Tt 1.7,11). O autor esclarece que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males e que muitos da própria comunidade ao se alimentarem dessa cobiça, se desviaram da fé. Ele acrescenta que como resultado, eles a si mesmos se atormentavam com muitas dores. 
O dinheiro pode ser investido na eternidade quando utilizado para ajudar os menos favorecidos ou na evangelização de pessoas. Por outro lado, ele também pode ser investido para fazer o mal às pessoas. Por isso, Timóteo é advertido para ensinar a comunidade com vistas evitar que seus membros sejam arrastados por valores falsos e pela ganância por bens materiais (1 Tm 6.11-16). A intenção é o livramento da pior consequência do pecado, a separação eterna de Deus e a perda de todos os benefícios que isso implica. Os ensinamentos de Paulo nas suas epístolas tem uma relação próxima com os conceitos judaicos sobre o trabalho e a prosperidade como demonstra o livro de Deuteronômio. Encontramos em Deuteronômio 8.18 a indicação de que o ser humano recebe de Deus forças para trabalhar e produzir os bens necessários para sobrevivência própria e da família, podendo até se tornar próspero no sentido material. No entanto, a ênfase está no reconhecimento de que a disposição, a condição de trabalho, o próprio trabalho e a prosperidade financeira gerada por ele são dádivas divinas. Por isso, a orientação é a dedicação ao trabalho de forma honesta, tendo a prosperidade financeira como uma consequência natural, sem necessidade de subterfúgios para alcançá-la. De outra forma, a prosperidade financeira alcançada por meio do amor ao dinheiro é considerada maldição e não bênção. Paulo era testemunha viva das duas situações, preferindo a vida simples por meio de trabalho honesto, mas desfrutando da comunhão e paz com Deus.
O rico altivo não entrará no Reino de Deus 
Diferente da comunidade cristã em Tessalônica, a comunidade de Éfeso desfrutava da presença de pessoas proeminentes e mais abastadas em seu grupo. A condição social e financeira da pessoa não é o determinante para a vida eterna com Deus, mas sim a maneira como usa o dinheiro e se relaciona com o próximo. Na primeira epístola enviada a Timóteo, os ricos são advertidos para não serem altivos de coração e para não colocarem suas confianças na incerteza das riquezas (1 Tm 6.17). Um grande número de pessoas acredita que o acúmulo de riqueza é sinal de segurança e paz, mas é um grande equívoco. Por exemplo, existem pais que trabalham por longos anos em busca de acumular riquezas para oferecer segurança para suas famílias, com tanta obstinação que esquece até da própria família. Quando alcançam seu objetivo percebem que perderam a família por falta de atenção e cuidado. Outras pessoas não medem os meios para acumular riquezas, se for necessário sacrificam vidas, famílias e instituições. Pessoas que conquistam suas riquezas com base em corrupção, negócios fraudulentos, tráfico, roubo, assassinatos, entre outras formas inapropriadas. A realidade da política brasileira retrata bem essa situação. Eles correm o risco de perder tudo que conquistaram de uma hora para outra. Tiago adverte os membros ricos de sua comunidade para clamar e chorar pela miséria que passariam, pois o clamor das pessoas exploradas havia chegado diante de Deus e serviriam para a condenação deles (Tg 5.1-6).
A carta destinada a Filemon, homem rico que provavelmente foi convertido por meio da pregação de Paulo e por quem o apóstolo nutria muita afeição (Fl 1.1), e as pessoas que se reuniam em sua casa, tem um apelo particular em favor de um escravo fugitivo de “propriedade” de Filemon, chamado Onésimo. Portanto, um bom exemplo sobre o relacionamento entre membros da comunidade cristã pertencentes à classes sociais diferentes. O escravo além e fugir, ao que tudo indica, também roubou dinheiro de seu senhor. Isso fazia dele um dos seres mais desprezíveis daquela sociedade, segundo os costumes e cultura romana. Paulo, enquanto estava preso em Roma, acolhe Onésimo e o conduz a Cristo. Agora, como irmãos, Paulo intercede por Onésimo em sua carta à Filemon (Fl 1.9-11). A exemplo de Cristo, ele se coloca no lugar do escravo e irmão em Cristo: “E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha conta. Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi: Eu o pagarei” (Fl 1.18-19). Paulo aproveita a oportunidade para ensinar tanto a Filemon, como a toda a comunidade cristã que se reunia em sua casa, como as demais e até a nossa comunidade cristã atual sobre o respeito ao ser humano. O apóstolo ensina que o fato de um membro do corpo de Cristo possuir riquezas não o faz melhor do que seu irmão, que no Reino de Deus, a arrogância e o orgulho pode comprometer a vida eterna com Deus.
O cristão deve depositar suas esperanças em Deus e usar o dinheiro para o bem 
A cidade de Éfeso estava situada num porto que possibilitava o escoamento do comércio até o Mar Mediterrâneo. Em 133 a.C. foi declarada capital da província romana da Ásia. Quando Paulo escreve aos efésios faz uma séria advertência com relação a antigas práticas relacionadas ao dinheiro e ao trabalho: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef 4.28). Na sociedade secular as distinções entre as pessoas eram mantidas e cada classe (escravo, pobre, mulher, ricos, entre outras) tinha um lugar e função a exercer, não podendo haver troca de papeis ou intimidades e aproximações. Para a comunidade cristã, Paulo apregoa a queda dessas barreiras, pois todas as pessoas são consideras filhas de Deus, “escravos” de Cristo e irmãos com disposição para trabalhar ou servir ao próximo e ao Reino de Deus.A recomendação aos ricos serve para todas as pessoas: reconhecer Deus como a fonte de todos os bens e cuidar deles como mordomos. Os ricos são encorajados a praticar o bem com suas riquezas por meio de obras de generosidade e solidariedade. As bênçãos materiais recebidas de Deus devem ser desfrutadas e usadas não para uma vida inútil e egocêntrica, mas para uma vida produtiva e para o avanço do Reino de Deus. A proposta de Mateus 6.19-21 de entesourar ou acumular bens no céu é repetida aqui.
A recomendação é de acumular para si mesmo um tesouro com sólido fundamento para o futuro, para uma vida eterna com Deus. As obras do cristão serão um dia julgadas e avaliadas (1 Co 3.10-15). 
Os versículos 17 a 19 se constituem uma instrução positiva para os ricos de como usar suas riquezas para a glória de Deus, pois é possível ser rico neste mundo e não ser rico diante de Deus (Lc 12.13-21). O cristão deve posicionar-se como mordomo de Deus, não depositar sua confiança no que recebe de dEle, mas na própria fonte que é Deus. O Senhor deseja que desfrutemos da melhor maneira as bênçãos que Ele concede a esta vida, sem descuidar das bênçãos preparadas para a eternidade. A condição social e financeira da pessoa não é determinante para uma vida eterna com Deus, mas em quem o ser humano coloca sua esperança, e como faz uso do dinheiro e bens que Deus tem colocado em suas mãos para administrar (mordomia econômico-financeira).                                                     
*Adquira o livro do trimestre. NEVES, Natalino. Cobiça e Orgulho: Combatendo o desejo da Carne, o Desejo dos Olhos e a Soberba da Vida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens 
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Jovens. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

Lição 04 - 2º Trimestre 2019 - O Altar do Holocausto - Adultos.

Lição 4 - O Altar dos Holocaustos

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO 
I – O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS (ÊX 27.1,2)
II – AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO (ÊX 27.6,7)
III – O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO
O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS
Elienai Cabral 
“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” (Hb 10.22)
O Altar de Bronze (cobre) era o primeiro objeto que se via ao entrar pela Porta do Pátio. Ele fazia parte da liturgia de adoração do povo de Israel e ficava situado fora do santuário, ao ar livre dentro do Pátio. Esse altar foi erigido para oferecer sacrifícios a Deus para que fosse conquistado o perdão dos pecados. A posição do Altar, que ocupava o primeiro lugar naquele recinto, indicava que, para chegar-se a Deus no seu Santuário, os direitos e demandas da perfeita justiça divina precisam ser satisfeitas. Antes de gozar da comunhão com Deus, devemos passar por esse Altar, que é o lugar da manifestação da justiça e do amor de Deus.
Nesse altar, eram oferecidos holocaustos, que eram ofertas voluntárias que tinham por objetivo alcançar o favor de Deus. O animal era imolado fora do Pátio. Depois de tiradas as suas vísceras e a sua pele, o animal limpo era trazido e colocado sobre o altar. 
A estrutura desse altar era quadrada, com dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de largura e dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de altura. A construção desse altar era feita com madeira de acácia (madeira muito resistente) e revestida de cobre por dentro e por fora. Nele eram oferecidos todos os sacrifícios a Deus, tanto os sacrifícios pelos pecados que eram queimados até virarem cinza, quanto os sacrifícios que eram holocaustos de gratidão e louvor a Deus pelas suas benesses. Dos holocaustos denominados “oferta pacífica” (ou de Paz), os ofertantes podiam comer da sua carne, sem sangue, e não podiam comer as suas vísceras. Do mesmo modo como se tomava o sacrifício e colocava-o sobre o altar, Jesus também foi levantado tipologicamente no altar do calvário para redimir a nossa alma (ver Lv 1.8,9; Jo 3.14,15; 12.32,33; Ef 5.2).  
I – PARA QUE SERVIA O ALTAR DE BRONZE?
O Altar de Bronze servia para duas finalidades básicas no contexto dos rituais dos sacrifícios de animais: (1) para os holocaustos por pecados cotidianos e (2) para a expiação do pecado uma vez por ano (Êx 38.30; 30.28). As ofertas queimadas eram feitas sobre o Altar de Bronze duas vezes por dia, um pela manhã, e outro à tardinha.  
Servia para Serem Feitos os Holocaustos
Antes de querer entender o sentido teológico do Altar do Holocausto, precisamos conhecer o significado da palavra “holocausto”. O prefixo “olã”, no hebraico, literalmente significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Como esse tipo de oferta era consumido no fogo, a fumaça do holocausto exalava um cheiro especial que subia para os ares. Ao entrar no Pátio, a primeira visão do ofertante era “o Altar do Holocausto”, construído para oferecer sacrifícios perante o Senhor. A palavra “altar”, portanto, sugere a ideia de “mesa” levantada, visto que a imolação das vítimas (animais) era colocada em cima do altar. Naquele lugar, era derramado o sangue dos sacrifícios pelos pecados do povo. O altar foi o único lugar onde Deus encontrava-se com o povo de Israel para reconciliação. Um animal limpo e sem defeito era oferecido ali em substituição ao pecador. Por causa da regularidade e frequência com que aconteciam os sacrifícios de holocaustos, eles eram chamados de “holocausto contínuo” (Êx 29.42). O animal sacrificado era totalmente queimado no holocausto, e o cheiro da gordura queimada sobre o altar exalava um cheiro que agradava a Deus; era um “cheiro suave, uma oferta queimada ao SENHOR” (Êx 29.18). Foi o que Cristo fez por todos nós, entregando-se por nós em sacrifício suave a Deus (ver Ef 5.2).
Servia para Ser Feita a Expiação pelos Pecados
Na oferta do sacrifício para expiação pelo pecado, a vítima, depois de imolada, era queimada, e o sangue do animal era separado e colocado num vasilhame e, em seguida, era aspergido sobre o Altar de Bronze. O Altar tinha quatro pontas, que também eram identificadas como chifres. Nessas pontas, o sacerdote tingia-as com o sangue do sacrifício. É interessante saber que o vocábulo hebraico saraph significa “consumir”; por isso, o sacrifício era consumido pelo fogo do altar. Quando o animal imolado e limpo era colocado sobre o altar de fogo, tornava-se maldito por Deus em lugar dos homens pecadores. Ora, entende-se que expiação é quando Deus perdoa o pecado de um pecador arrependido e abre o caminho para a reconciliação com o pecador mediante um sacrifício de um substituto. Deus aceitava o animal que era sacrificado no lugar do pecador, que deveria morrer por conta de seu pecado, mas que acabou sendo salvo por esse substituto que morreu em seu lugar. No NT, Jesus Cristo é o Cordeiro substituto que deu a sua vida pelos pecadores de todo o mundo (ver Jo 3.16). Jesus fez de si mesmo a oferta pelo pecado, e o seu sangue é o que “nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7).   
Servia para Queimar o Incenso 
Havia uma distinção entre o Altar do Incenso, que era feito de madeira de acácia coberto de ouro (Êx 30.1-8), e o Altar de Bronze. Este Altar também usava o fogo para queimar o incenso que era composto de resinas, gomas e gravetos de plantas aromáticas. O composto do incenso tinha estoraque, ônica (ou onicha), gálbano perfumado e outras árvores odoríficas. Geralmente, o sacerdote tomava brasas do Altar de Bronze lá fora no Pátio com uma pá no fundo do altar e espargia o pó do incenso sobre as brasas do altar, fazendo exalar um agradável odor no ambiente do Lugar Santo. Era o símbolo das orações e intercessões em favor do povo de Israel. A fumaça do incenso subia e enchia o ambiente com agradável cheiro, que representava as orações que subiam até o trono da Graça (ver Lc 1.8-13; Ap 5.8; 8.3,4).
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.
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Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Entrando no Tabernáculo - O Pátio - Adultos.

Lição 3 - Entrando no Tabernáculo: o Pátio

2º Trimestre de 2019
ESBOÇO
I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
III - A PORTA DO PÁTIO 
O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
Elienai Cabral
No livro de Números, os capítulos 1 a 10 relatam alguns fatos acontecidos no Sinai antes da partida do povo até Cades. Nesses capítulos, Israel ainda era um povo desorganizado e, por isso, Deus ordena a Moisés fazer um censo relativo às tribos para ter noção exata das famílias existentes e descobrir homens para o serviço militar. Moisés sabia que o povo precisava de ordem para que fossem criados o contingente de guerra e os grupos para as várias atividades sociais no meio do povo. Moisés tinha um senso de organização invejável. Assim sendo, ele fez a distribuição das tribos em torno do Tabernáculo, que ficava no centro de todas as tribos de Israel. 
A melhor tipologia para o Tabernáculo é o Senhor Jesus Cristo. Ele, segundo o NT, fez-se carne e habitou entre os homens (Jo 1.14). Ele tornou-se o nosso Tabernáculo, isto é, como profetizou Isaías: “Ele vos será santuário” (Is 8.14).
A Temporariedade do Tabernáculo
Quando Israel chegou às planícies do Sinai, o povo ficou maravilhado pela beleza exuberante do lugar, do sol brilhante e das suas montanhas. O povo só não entendeu que ali era o lugar onde Deus estaria presente. A partir de então, o povo deveria reconhecer e obedecer a autoridade de Moisés e aceitar o projeto do Tabernáculo. Depois de conhecido o desenho do projeto, Moisés partiu para a execução. Naturalmente, com o material pronto, a primeira montagem do Tabernáculo foi feita de frente ao Monte Sinai, no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano após a saída do Egito (ver Êx 40.2,17), isto é, catorze dias antes da celebração da Páscoa. Reunidos os materiais prontos do Tabernáculo, os construtores sabiam que os mesmos eram desmontáveis, porque aquele lugar junto ao Sinai não seria para sempre. A Terra Prometida, a Canaã desejada, estava mais à frente. 
Posteriormente, toda a peregrinação de Israel desde o Sinai até Canaã foi registrada nos livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Nesse tempo, passaram-se mais de 39 anos, sendo que Israel passou 38 anos em Cades-Barneia. Depois que Israel, de fato, entrou em Canaã — depois da morte de Moisés, na terra de Moabe, sendo sepultado num vale naquela terra —, Josué assumiu a liderança de Israel (Dt 34.5-9). Já na terra de Canaã, Josué concitou o povo para a montagem do Tabernáculo, que teria de ser estabelecido num lugar fixo, além de estar num lugar não habitado e limpo. Em sua peregrinação pelo deserto, o povo de Israel montou o Tabernáculo em Gilgal (Js 4.19; ver 5.10; 9.6; 10.6,43), mas não ficou lá por muito tempo; então, mudaram-no para Siló (Js 18.1), terra que ficava no território de Efraim.
 A história registrou vários episódios da vida de Israel, quando o Tabernáculo havia sido desmontado e a Arca da Aliança não tinha um lugar fixo para ficar. Depois das guerras nos tempos de Saul e Davi, a Arca da Aliança não tinha lugar certo para ficar. Finalmente, quando Jerusalém foi conquistada por Davi, foi preparado um local e foi armada uma tenda para guardar a Arca da Aliança. Inicialmente, ela ficou em Geba (2 Sm 6.1-3); depois foi levada para a casa de Obede-Edom  e permaneceu ali por três meses (6.10,11). Davi não demorou a instalar um Tabernáculo em Jerusalém, e, posteriormente, a “Arca da Aliança” foi levada para o Templo de Salomão (1 Rs 8.1-4). Deus agradou-se desse feito e teve a sua confirmação e aprovação com a manifestação da sua Shekinah divina no templo (1 Rs 8.10,11).  
A Posição das Tribos em Torno do Tabernáculo
Era propósito de Deus morar no meio do seu povo; para tanto, Ele ordenou que fosse organizado um modo de ter cada tribo próxima ao Tabernáculo. Para entendermos essa organização das tribos, precisamos entender o propósito divino que está resumido no texto de Êxodo 25.8, que diz: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Portanto, era o desejo de Deus habitar no meio do seu povo, e esse desejo seria efetivado com a construção do Tabernáculo, que foi montado no centro do acampamento de frente para o Oriente, isto é, para o nascer do Sol. De frente para a Porta Principal de entrada para o Tabernáculo, três tribos de Israel foram organizadas para guardarem a Porta: Judá, Issacar e Zebulom, e essas três tribos tinham “cento e oitenta e seis mil e quatrocentos” homens (Nm 2.1-9). Ao sul, na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se as tribos de Ruben, Simeão e Gade, com “cento e cinquenta e um mil e quatrocentos e cinquenta” homens (vv. 10-16). Aos fundos, a oeste para o Ocidente, na retaguarda do Tabernáculo, outras três tribos foram estabelecidas: Efraim, Manassés e Benjamim, com “cento e oito mil e cem” homens (vv. 18-23). Ao norte, na lateral do Tabernáculo, as tribos de Dã, Aser e Naftali, com “cento e cinquenta e sete mil e seiscentos” homens (vv. 25-31). O total de homens acima de 20 anos de idade era de “seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta” homens (v. 32). 
O Significado Tipológico do Pátio (Átrio)
É interessante notar que o Pátio era exclusivamente israelita. Os povos gentios ao redor do acampamento de Israel não tinham acesso ao Tabernáculo, nem mesmo no Pátio, porque só Israel era o povo de Deus. Por isso, aquele lugar específico, ou seja, o Pátio, era o redil do rebanho do Senhor, que era Israel. No AT, era forte esse exclusivismo na mente de Israel (ver Jo 10.16). Era privilégio peculiar de Israel o direito a entrar no Pátio até a Porta do Tabernáculo. A partir da Porta do Tabernáculo, somente o sumo sacerdote podia entrar e ministrar na presença de Deus. Em Cristo, porém, o acesso foi aberto a todo crente que se torna sacerdote e exerce o seu sacerdócio mediante o sangue da expiação que Cristo efetuou. Hoje, pelo Espírito Santo, temos acesso ao Pai (Ef 2.18 e 1 Pe 2.9).  
O Tabernáculo era composto por várias peças diferentes, e a sua montagem tinha um caráter especial de unidade e singularidade. Deus queria que o povo de Israel visse o Tabernáculo como um todo, e não como um amontoado de peças, para gerar no coração do povo a noção da unidade. Entretanto, cada peça do Tabernáculo tem significado espiritual, pois ele representa as realidades espirituais do Tabernáculo no céu. 
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.  
Prezado professor, aqui você pode contar com mais um recurso no preparo de suas Lições Bíblicas de Adultos. Nossos subsídios estarão à disposição toda semana. Porém, é importante ressaltar que os subsídios são mais um recurso para ajudá-lo na sua tarefa de ensinar a Palavra de Deus. Eles não vão esgotar todo o assunto e não é uma nova lição (uma lição extra). Você não pode substituir o seu estudo pessoal e o seu plano de aula, pois o nosso objetivo é fazer um resumo das lições. Sabemos que ensinar não é uma tarefa fácil, pois exige dedicação, estudo, planejamento e reflexão, por isso, estamos preparando esse material com o objetivo de ajudá-lo.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Quando eu Oro, o Papai do Céu me dá Inteligência - Maternal.

Lição 3 - Quando eu oro, o Papai do Céu me dá inteligência

2º Trimestre de 2019
Objetivo da lição: Que o aluno crie o hábito de pedir a Deus sabedoria em suas ações.
Para guardar no coração: “[...] É Ele quem dá sabedoria aos sábios e inteligência aos inteligentes” (Dn 2.21).
Nesta lição, o aluno vai conhecer uma parte da história do rei Salomão quando ele faz um pedido muito especial ao Papai do Céu: Salomão pede inteligência. Ele quer ser muito inteligente para reinar sobre o povo e tratar todos da mesma forma. Deus ouviu a oração do rei e fez dele o homem mais inteligente que já existiu.
Em nossos dias, com tantos estudos sobre o que a criança é capaz ou não de aprender e a preocupação em introduzir os ensinamentos bíblicos nos primeiros anos de vida da criança, existe uma tendência a adotar uma postura rígida sobre quais as histórias bíblicas que devem ser utilizadas com as crianças. De um lado, alguns julgam ser adequado ensinar-lhes sobre a maioria dos personagens do antigo testamento, em ordem cronológica. De outro, ansiosos em relação à “aplicação prática” ou “às necessidades das crianças”, professores se perguntam: “Por que elas devem aprender sobre Abraão?” Na verdade, muitas das histórias da Bíblia podem ser relacionadas às necessidades de crescimento das crianças. Elas podem imitar os sons dos animais da Arca de Noé, como faz com os animais da fazenda ou do zoológico.
Após narrar a história bíblica em sua totalidade e realizar as atividades propostas na revista do professor, caso ainda haja tempo, sugerimos que entregue para cada criança a figura de um rei para colorirem. Enquanto executam a tarefa, diga que o Papai do Céu se agrada quando pedimos a Ele para nos dar sabedoria em nossas ações.
rei.licao3.maternal
Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Setor de Educação Cristã da CPAD

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - O Filho Sonhador - Primários.

Lição 3 - O Filho Sonhador

Objetivo: Que o aluno compreenda que Deus nos dá sonhos e devemos estar atentos para ouvir a sua voz.
Ponto central: Deus realiza sonhos.
Memória em ação: “Ele será generoso, e as bênção que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos” (Lc 6.38).
Querido (a) professor (a), como vão seus sonhos?! Sua capacidade de sonhar, de crer nos sonhos que o Senhor semeou em seu coração, de trabalhar por eles?! O tema da nossa próxima aula trata sobre isso. Não apenas dos sonhos que temos enquanto dormimos, em que Deus pode falar conosco, mas também daqueles que sonhamos acordados. 
Ao longo das nossas vidas, tomamos tantos “tombos”, sofremos tantas desilusões, decepções... Amadurecemos e isso é bom. Mas precisamos tomar cuidado para isto não se tornar em ceticismo, ou para esconder um medo de tentar e fracassar. Tais mecanismos de defesa de nossa mente já experiente, nem sempre nos livra só da decepção, mas pode também nos livrar de coisas boas, de realizações. Você já parou para pensar nisto? O que começaria a fazer pelos seus sonhos hoje, se não fosse o MEDO?
Eu não sei como anda os sonhos em seu coração nem a fé que você ainda tem neles, mas o Senhor conhece. Quem sabe não é através desta lição, ou mesmo a partir destas linhas, que Ele quer ressuscitar alguns sonhos seus que morreram ao longo do caminho; plantar outros dEle em sua alma; confirmar algum sobre o qual você tem orado... 
Portanto, antes de preparar esta Palavra para os seus Primários, permita que o Pai a ministre primeiro a você. Relembre a história de José. Do dia em que ele teve tão gloriosos sonhos até o momento da realização deles houve imensas lutas, não é mesmo?! Passaram-se anos, reveses e adversidades tão árduas que fariam qualquer um duvidar: Será que foi mesmo o Senhor quem falou comigo ou foi algo da minha cabeça? Será que tal sonho não era do agrado dEle? Será que fui eu, sem querer, que mudei a rota, fiz algo errado e perdi a chance? Só Deus pode, e quer lhe responder estas perguntas. Ore a Ele. Permita que o Espírito Santo fale com você, lhe dê a direção e renovo que precisa.
Lembre-se como está escrito na sessão de sua revista Ponto Central: “Deus realiza sonhos!” O verbo está no presente, é contínuo e verdadeiro hoje em sua história. 
Que tal para introduzir a lição você fazer uma roda de conversa para conhecer melhor os sonhos de seus pequeninos?! Explique a diferença entre o sonho que temos enquanto dormimos e aqueles que são desejos fortes em nossos corações. Ambos podem ser orientações de Deus para nós. Ao final da conversa, ore por todos os sonhos de Deus para cada um de sua turminha! 
Após contar a história, você pode fazer um gancho com esta data tão especial em nossas vidas que é a Páscoa, explique: 
“Você sabia que Deus também tinha um grande sonho? Sim, o sonho (maior desejo) de Deus era que pudéssemos ser amigos dEle, conversar com Ele diretamente todos os dias e um dia irmos todos morar com Ele no Paraíso... Mas tudo isso era impedido pelo pecado, a cada erro que cometemos mais nos afastamos dEle. E alguém precisava pagar por todos esses erros, levá-los e sofrer por eles em nosso lugar, para que assim conseguíssemos viver o maior dos sonhos do Papai do Céu. Mas só alguém PERFEITO poderia fazer isso. Você sabe quem foi? Isso mesmo JESUS! Ele morreu e ressuscitou para nos salvar, para realizar o sonho do Pai de nos ter pertinho dEles. E é isso que celebramos todos os dias, especialmente hoje na Páscoa. Quem quer receber este presente da salvação?” 
O Senhor te abençoe e capacite. Boa aula e uma feliz verdadeira Páscoa! 
Paula Renata Santos
Editora Responsável pela Revista Primários da CPAD

Lição 03 - 2º Trimestre 2019 - Fazendo a Diferença na Sociedade - Adolescentes.

Lição 3 - Fazendo a diferença na sociedade

2º Trimestre de 2019
Esboço da Lição:
Frutos que fazem a diferença
Gerados em Cristo
"Sal e luz”
O carater de Cristo
Objetivos:
Conscientizar de que o cristão precisa fazer a diferença na sociedade em que está inserido;
Saber que o cristão precisa produzir bons frutos;
Compreender o real significado de ser “sal” da terra e “luz” deste mundo.
A Urbanização do Evangelho
Três vezes Jonas é chamado para ir a Nínive, que Deus continua chamando de “grande cidade” (1.1; 3.2; 4.11). Deus apresenta, diante de Jonas, a dimensão da cidade. Em Jonas 4.11, Ele diz: ‘e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda (...)?’ O raciocínio de Deus é bastante transparente. As grandes cidades são gigantescos armazéns de pessoas perdidas espiritualmente. Como você pode nãose sentir atraído a elas? Certa vez, tive um amigo que usou este rígido argumento teológico comigo: ‘As cidades são lugares onde existem mais pessoas do que plantas, e o campo é o lugar onde existem mais plantas do que pessoas. Uma vez que Deus ama as pessoas muito mais do que as plantas, deve amar a cidade mais do que o campo’. Esse é exatamente o tipo de lógica que Deus está usando com Jonas. Os cristãos e as igrejas, naturalmente, precisam estar onde houver pessoas! E não existe um versículo sequer na Bíblia que diga que os cristãos devem habitar nas cidades. Mas, de modo geral, as cidades são desproporcionalmente importantes com respeito à cultura. É para lá que os pobres se congregam frequentemente. É lá que os estudantes, os artistas e os jovens criativos se reúnem. Conforme estão as cidades, assim está a sociedade. No entanto, os cristãos estão sub-representados nas cidades por todos os tipos de motivos.
Muitos cristãos de hoje em dia perguntam: ‘O que podemos fazer com uma cultura que se embrutece?’ Alguns se voltam para a política. Outros reagem contrariamente a isso, dizendo que ‘a igreja simplesmente deve ser ela mesma’, como uma testemunha da cultura, e aconteça o que tiver que acontecer. Em seu livro Two Cities, Two Loves, (Duas cidades, Dois Amores), James Boice afirma que até que os cristãos estejam dispostos a simplesmente viver e trabalhar nas grandes cidades, pelo menos nas mesmas proporções que os outros grupos, devemos parar de reclamar que estamos ‘perdendo a cultura’ (BOICE, James Montgomery, p.165ss).
Enquanto a cidadezinha era ideal para os povos pré-modernos e o subúrbio era formidável para os povos modernos, a cidade grande é amada pelos povos pós-modernos com toda a sua diversidade, criatividade e dificuldades de administração. Jamais alcançaremos o mundo pós-moderno com o evangelho se não o urbanizarmos e não criarmos versões urbanas de comunidades do evangelho [...].
Com que essas comunidades urbanas deveriam parecer? David Brooks escreveu sobre “Bobos”, que combinaram o materialismo tosco da burguesia com o relativismo moral dos boêmios. Eu proporia que os cristãos urbanos fossem “bobos reversos”, combinando não os piores aspectos, mas os melhores desses dois grupos. Praticando o evangelho bíblico na cidade, eles combinariam a criatividade, o amor pela diversidade e a paixão pela justiça (dos antigos boêmios) com a seriedade moral e a orientação familiar da burguesia.
(Texto extraído da obra “A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno”, Editora CPAD, 2007, p.122,123).