Lição 3 - Entrando no Tabernáculo: o Pátio
2º Trimestre de 2019
ESBOÇO
I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
III - A PORTA DO PÁTIO
I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
III - A PORTA DO PÁTIO
O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
Elienai Cabral
No livro de Números, os capítulos 1 a 10 relatam alguns fatos acontecidos no Sinai antes da partida do povo até Cades. Nesses capítulos, Israel ainda era um povo desorganizado e, por isso, Deus ordena a Moisés fazer um censo relativo às tribos para ter noção exata das famílias existentes e descobrir homens para o serviço militar. Moisés sabia que o povo precisava de ordem para que fossem criados o contingente de guerra e os grupos para as várias atividades sociais no meio do povo. Moisés tinha um senso de organização invejável. Assim sendo, ele fez a distribuição das tribos em torno do Tabernáculo, que ficava no centro de todas as tribos de Israel.
A melhor tipologia para o Tabernáculo é o Senhor Jesus Cristo. Ele, segundo o NT, fez-se carne e habitou entre os homens (Jo 1.14). Ele tornou-se o nosso Tabernáculo, isto é, como profetizou Isaías: “Ele vos será santuário” (Is 8.14).
A Temporariedade do Tabernáculo
Quando Israel chegou às planícies do Sinai, o povo ficou maravilhado pela beleza exuberante do lugar, do sol brilhante e das suas montanhas. O povo só não entendeu que ali era o lugar onde Deus estaria presente. A partir de então, o povo deveria reconhecer e obedecer a autoridade de Moisés e aceitar o projeto do Tabernáculo. Depois de conhecido o desenho do projeto, Moisés partiu para a execução. Naturalmente, com o material pronto, a primeira montagem do Tabernáculo foi feita de frente ao Monte Sinai, no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano após a saída do Egito (ver Êx 40.2,17), isto é, catorze dias antes da celebração da Páscoa. Reunidos os materiais prontos do Tabernáculo, os construtores sabiam que os mesmos eram desmontáveis, porque aquele lugar junto ao Sinai não seria para sempre. A Terra Prometida, a Canaã desejada, estava mais à frente.
Posteriormente, toda a peregrinação de Israel desde o Sinai até Canaã foi registrada nos livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Nesse tempo, passaram-se mais de 39 anos, sendo que Israel passou 38 anos em Cades-Barneia. Depois que Israel, de fato, entrou em Canaã — depois da morte de Moisés, na terra de Moabe, sendo sepultado num vale naquela terra —, Josué assumiu a liderança de Israel (Dt 34.5-9). Já na terra de Canaã, Josué concitou o povo para a montagem do Tabernáculo, que teria de ser estabelecido num lugar fixo, além de estar num lugar não habitado e limpo. Em sua peregrinação pelo deserto, o povo de Israel montou o Tabernáculo em Gilgal (Js 4.19; ver 5.10; 9.6; 10.6,43), mas não ficou lá por muito tempo; então, mudaram-no para Siló (Js 18.1), terra que ficava no território de Efraim.
A história registrou vários episódios da vida de Israel, quando o Tabernáculo havia sido desmontado e a Arca da Aliança não tinha um lugar fixo para ficar. Depois das guerras nos tempos de Saul e Davi, a Arca da Aliança não tinha lugar certo para ficar. Finalmente, quando Jerusalém foi conquistada por Davi, foi preparado um local e foi armada uma tenda para guardar a Arca da Aliança. Inicialmente, ela ficou em Geba (2 Sm 6.1-3); depois foi levada para a casa de Obede-Edom e permaneceu ali por três meses (6.10,11). Davi não demorou a instalar um Tabernáculo em Jerusalém, e, posteriormente, a “Arca da Aliança” foi levada para o Templo de Salomão (1 Rs 8.1-4). Deus agradou-se desse feito e teve a sua confirmação e aprovação com a manifestação da sua Shekinah divina no templo (1 Rs 8.10,11).
A Posição das Tribos em Torno do Tabernáculo
Era propósito de Deus morar no meio do seu povo; para tanto, Ele ordenou que fosse organizado um modo de ter cada tribo próxima ao Tabernáculo. Para entendermos essa organização das tribos, precisamos entender o propósito divino que está resumido no texto de Êxodo 25.8, que diz: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Portanto, era o desejo de Deus habitar no meio do seu povo, e esse desejo seria efetivado com a construção do Tabernáculo, que foi montado no centro do acampamento de frente para o Oriente, isto é, para o nascer do Sol. De frente para a Porta Principal de entrada para o Tabernáculo, três tribos de Israel foram organizadas para guardarem a Porta: Judá, Issacar e Zebulom, e essas três tribos tinham “cento e oitenta e seis mil e quatrocentos” homens (Nm 2.1-9). Ao sul, na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se as tribos de Ruben, Simeão e Gade, com “cento e cinquenta e um mil e quatrocentos e cinquenta” homens (vv. 10-16). Aos fundos, a oeste para o Ocidente, na retaguarda do Tabernáculo, outras três tribos foram estabelecidas: Efraim, Manassés e Benjamim, com “cento e oito mil e cem” homens (vv. 18-23). Ao norte, na lateral do Tabernáculo, as tribos de Dã, Aser e Naftali, com “cento e cinquenta e sete mil e seiscentos” homens (vv. 25-31). O total de homens acima de 20 anos de idade era de “seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta” homens (v. 32).
O Significado Tipológico do Pátio (Átrio)
É interessante notar que o Pátio era exclusivamente israelita. Os povos gentios ao redor do acampamento de Israel não tinham acesso ao Tabernáculo, nem mesmo no Pátio, porque só Israel era o povo de Deus. Por isso, aquele lugar específico, ou seja, o Pátio, era o redil do rebanho do Senhor, que era Israel. No AT, era forte esse exclusivismo na mente de Israel (ver Jo 10.16). Era privilégio peculiar de Israel o direito a entrar no Pátio até a Porta do Tabernáculo. A partir da Porta do Tabernáculo, somente o sumo sacerdote podia entrar e ministrar na presença de Deus. Em Cristo, porém, o acesso foi aberto a todo crente que se torna sacerdote e exerce o seu sacerdócio mediante o sangue da expiação que Cristo efetuou. Hoje, pelo Espírito Santo, temos acesso ao Pai (Ef 2.18 e 1 Pe 2.9).
O Tabernáculo era composto por várias peças diferentes, e a sua montagem tinha um caráter especial de unidade e singularidade. Deus queria que o povo de Israel visse o Tabernáculo como um todo, e não como um amontoado de peças, para gerar no coração do povo a noção da unidade. Entretanto, cada peça do Tabernáculo tem significado espiritual, pois ele representa as realidades espirituais do Tabernáculo no céu.
Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.
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